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Introdução
Este guia pretende fornecer o mínimo de especificações para a reprodução digital de arquivos em
papel com vista à obtenção de Matrizes de Preservação de Longa Duração.
Não deve em caso algum substituir uma análise específica de cada arquivo, nem a consulta
informada das Directrizes e ISOs internacionais na matéria:
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Decisão e seleção para digitalização
Direitos de autor
Avaliação da natureza física dos originais, isto é, as características (suporte e formato) e o seu
estado de conservação
Avaliação da natureza intelectual dos originais (valor do conteúdo)
Natureza e a qualidade do próprio processo de digitalização
Capacidade institucional quanto aos recursos humanos, materiais e financeiros
Investimento nos metadados descritivos da coleção a digitalizar
Preservação dos objetos digitais a longo prazo (armazenamento e backup)
Plataforma de acesso para os utilizadores
Relação com outros projetos: economia de esforço e colaboração interinstitucional
Custos e benefícios
Esta é uma fase essencial em qualquer projeto de digitalização, tendo como principais objectivos:
Deverá ser ainda incluído nesta etapa o planeamento da transferência dos itens dos depósitos com
base em critérios pertinentes para a reprodução (formas de manuseamento, suporte, técnica, etc).
Etapas recomendadas nesta fase e que devem ser executadas em estreita articulação com todos os
serviços/profissionais envolvidos:
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1. Preparação física da coleção e avaliação dos riscos:
1.1. Selecção dos originais para reprodução;
1.2. Avaliação do estado de conservação dos originais;
1.3. Identificação de exceções e casos que necessitem de ações específicas ou
especiais;
1.4. Proceder a eventuais ações de conservação e acondicionamento.
4. Caso ainda não exista, ou não possa ser articulado com o sistema de informação
existente, conceber e fazer um ficheiro de controlo das reproduções digitais.
5. Prever e definir procedimentos para as exceções para cada uma das etapas.
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Fase 2: Captura digital dos originais
Genericamente:
Scanner plano ReproScan
Vantagens
Desvantagens
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- Lentos quando usados em alta qualidade e
por isso mais sujeitos a vibrações do
ambiente;
- Por outro lado, quase todas as soluções de
scanner existente para digitalização de
materiais opacos assumem um determinado
formato de saída e especificações, e
processam a informação recolhida de acordo
com elas: formato do ficheiro, curvas de
contraste, curvas de tonalidade e sharpening
que não podem verdadeiramente ser
desligadas.
Em qualquer dos sistemas, as imagens resultantes podem ser mais ou menos exatas na forma como
reproduzem os tons, cores, detalhes e outras características superficiais do original.
Em qualquer caso, deve ser prioritária a instalação de um sistema sólido e robusto capaz de suportar
manuseamento sem variações, minimizar alterações acidentais e capaz de absorver ou minimizar
vibrações durante a sua utilização.
Iluminação
A escolha da iluminação deve sempre incidir numa luz de espectro total com alto CRI (>95), dando
preferência à utilização de unidades flash com protecção UV. Características particularmente
importantes em originais, frágeis e delicados.
Câmara e Sensor
A escolha de qualquer equipamento deve ser precedida da recolha de toda a informação técnica
disponível, tanto do equipamento disponível, como daquele que se presume necessário, de forma a
determinar as reais necessidades para o projeto.
A resolução do sensor deve ser escolhida de acordo com o projeto de digitalização e a taxa de
reprodução e qualidade estabelecida. No entanto, deve ser dada preferência a sensores com
capacidade de captura de maior profundidade de bits possível (14 a 16 bits), pois isso permite um
registo mais rigoroso das nuances dos originais.
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Lentes
Deve ser dada preferência à utilização de lentes Macro e Apocromáticas, corrigidas para planos.
Evitar a utilização de lentes angulares ou grandes angulares, uma vez que, por norma, apresentam
maiores distorções geométricas.
Os ficheiros
De forma a minimizar danos nos originais, é preferível adotar a política de "Digitalizar Uma Vez”.
Quer isto dizer, que a captura digital de Bens de Herança Cultural deve ser orientada para a obtenção
de uma Matriz Digital de Alta Qualidade (ou Matriz de Preservação Digital de Longa Duração) para
cada original. A partir desta matriz podem ser produzidos todos os derivativos, versões de acesso
(para visualização ou divulgação) ou edições específicas para um determinado output (impressão,
montagem digital, etc.).
Nesta abordagem, ganha especial importância o conhecimento das ISO e normas internacionais, que
estabelecem as características essenciais e critérios de qualidade que estas matrizes devem ter, e
uma aposta na literacia da imagem para avaliação de resultados e criação dos derivativos adequados.
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- Especificações técnicas recomendadas: Tiff a 8 ou 16bits, em espaço de cor Adobe
RGB(1998), sem compressão ou compressão Lossless.
Versão de Acesso
- Usada em substituição das Matrizes de Produção e Matrizes de Trabalho para acesso remoto
ou local;
- Redimensionado e comprimido para facilidade de acesso e distribuição;
- Formato: qualquer formato (pdf, png,...). Normalmente JPG em espaço de cor SRGB, ou
JPG2000.
RAW: formato de captura (proprietário) a partir do qual devem ser efetuadas todas as
calibrações e edições iniciais, anteriores à pós-produção.
TIFF: as Matrizes de Preservação Digital e Matrizes de Produção devem sempre ser
guardadas em formato TIFF, sem compressão ou compressão Lossless.
JPEG, PDF, PNG…: Versões de acesso, com compressão para uso em ambiente web ou
visualização rápida. (JPG2000 como alternativa de maior qualidade).
Só um sistema calibrado, com recursos a perfis de cor personalizados, construídos com base em
miras técnicas e com valores de referência conhecidos, permite a representação correta e o registo
descritivo e rigoroso de toda a informação visível, e uma avaliação objetiva dos resultados obtidos.
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Existem diferentes formas de calibrar a resposta de cor do equipamento usado, dependentes do
processador de RAWs escolhido. Sendo os principais:
- Adobe Câmara Raw e Lightroom CC, com um protocolo de calibração baseado em perfis DCP,
aplicáveis apenas a uma Câmara/lente/luz numa determinado cenário fotográfico;
- Capture-One e Phocus (Hasselblad), usam um protocolo baseado em perfis ICC, aplicáveis a
uma Câmara/lente/luz num determinado cenário fotográfico.
A Qualidade está dependente do nível de “ruído” introduzido no sistema, pela óptica, hardware,
software ou ambiente, e só pode ser avaliada através da medição do SFR (Spatial Frequency
Response) de forma a determinar o nível de detalhe efetivamente capturado e despistar eventuais
erros cometidos pelo utilizador ou deficiências dos elementos do sistema.
Outros valores de referência mínimos podem ser considerados, quando articulados e aprovados pela
gestão do projeto:
- Originais menores que A5: 600 PPIs com detalhe distinguível de 12 lpm ou 0,17 mm;
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- Originais entre A5 e A3: 300 PPIs com detalhe distinguível de 5lpm ou 0.34 mm;
- Originais maiores que A3: 150 PPIs com detalhe distinguível 2.5 lpm ou 1.42 mm.
As miras técnicas são uma espécie de referências arqueológicas que permitem conhecer e
compreender as condicionantes físicas em que o original foi ou é reproduzido:
- O equipamento estava opticamente focado?
- Existem desvios de cor superiores às tolerâncias estabelecidas?
- A taxa de amostragem conseguida é próxima da taxa de amostragem reclamada?
- Foi feita pós-produção para aumentar o detalhe?
- Existem variações de luz no enquadramento, desvios na temperatura de cor, etc.
O uso correto das miras garante não só a calibração da resposta dos equipamentos, mas também o
controlo objetivo da qualidade dos resultados e a avaliação visual de eventuais perdas de informação
ou desvios grosseiros na qualidade da imagem final.
QA-62: Avaliação SFR (Spatial Frequency Response) da taxa de reprodução efetiva obtida
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X-rite Colorchecker mini: pode ser usada como mira de avaliação de consistência ao longo da
sessão relativamente à cor e exposição.
Munsell linear Gray Scale: pode ser usada como mira de avaliação de consistência ao longo da
sessão relativamente à cor, exposição e contraste.
Respeitar o Original
É importante que a cópia digital capture e preserve o melhor possível o aspeto do original.
Independentemente do seu formato, o documento físico deve ser integralmente capturado, de
preferência sobre um fundo negro, de forma a limitar a interferência de potenciais reflexos parasitas
(glare).
As páginas translúcidas ou muito danificadas devem ser reproduzidas sobre um fundo branco neutro,
já que o fundo negro pode alterar a cor ou interferir com o contraste percebido da imagem.
Nos documentos avulsos, devem ser capturadas todas as páginas, frente e verso; e os documentos
encadernados devem ser capturados de capa a capa, incluindo flyers destacáveis e materiais
inclusos.
Sempre que necessário, algumas características especiais podem ser capturadas por outro processo
e incluídas no fim da sequência.
A orientação das páginas num documento composto ou encadernado, não deve ser alterada durante
toda a sequência.
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Nomeação dos ficheiros
Metadados
Informação estruturada que descreve certos aspetos de um objeto (analógico ou digital), de forma a
tornar mais fácil a recuperação, a utilização e a gestão desse objeto (NISO). Existem diferentes tipos
de metadados: administrativos, que incluem os metadados técnicos, os metadados de preservação e
os metadados de direitos, descritivos, estruturais e linguagens de marcação/formatação.
Os metadados têm um papel fundamental na descoberta, gestão e preservação dos objetos de uma
instituição. A utilização de diferentes tipos de metadados permite a organização e identificação dos
objetos dentro de um sistema, otimiza a recuperação de informação através de pesquisa, maximiza a
interoperabilidade entre objetos de diferentes sistemas, e constitui a melhor forma de arquivar e
preservar os objetos a longo prazo, garantindo um acesso continuado.
O preenchimento destes metadados pode ser automático ou manual, em texto livre e/ou com
recurso a vocabulários controlados, e deve seguir as normas adotadas pela instituição.
Metadados Administrativos
Registam informação necessária à gestão de um recurso ou relacionada com a sua criação, como por
exemplo a identificação do objeto através de um código que o liga a todas as instâncias digitais e ao
seu local de armazenamento físico.
Entre estes, encontram-se os metadados técnicos sobre objetos digitais (incluindo a cópia digital),
embebidos no ficheiro, os metadados de preservação, registando as características do objeto e
eventos de preservação, como a migração de formato e a verificação de integridade, ou operações
de conservação e restauro, e os metadados de direitos, informando sobre os direitos de propriedade
intelectual associados ao conteúdo (por exemplo, uma licença Creative Commons).
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Metadados Descritivos
Registam informação sobre o conteúdo do objeto original, através de elementos como o título, o
autor e outros contribuidores (incluindo registo de autoridade), a data e local de produção, mas
também eventos, pessoas, locais e datas representadas no objeto, a proveniência do objeto
(produtor do documento) e a instituição de depósito.
Metadados Estruturais
Descrevem o suporte do objeto e a relação entre as diversas partes que o compõem, como as
páginas de um livro, um documento com um selo de autenticação, a relação entre um índice e as
respetivas páginas, ou a relação entre diferentes versões do mesmo objeto, como por exemplo
cópias digitais com diferentes resoluções.
A informação recolhida depende do equipamento usado. No entanto, sempre que possível deve ser
garantida a recolha dos seguintes elementos:
Data da Captura;
Modelo do scanner ou Câmara;
Espaço de cor;
Resolução Espacial/Taxa de reprodução (ppi);
Dimensão da imagem (px);
Profundidade de bits (Bit depth);
Velocidade de obturador (se aplicável);
Diafragma usado (se aplicável);
Valor ISO (se aplicável);
Parâmetros especiais de Captura ou conversão raw (se aplicável).
Para além destes, devem ser introduzidas manualmente as seguintes informações mínimas,
recorrendo aos campos IPTC acessíveis através do software de captura ou, numa fase posterior,
usando software de edição de imagem e/ou manipulação de ficheiros:
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Fase 3: Controlo de Qualidade dos masters, pós-produção e upload para o sistema
Controlo de Qualidade 1
O controle de qualidade deve incidir sobre as principais fases do processo e ser efetuado na altura
certa do processo, de forma a evitar necessidades de digitalização e acesso aos originais,
comprometendo a execução e objetivos iniciais.
O controle de qualidade deve ser articulado com os objetivos definidos inicialmente, prevendo
métodos de análise e avaliação dos aspetos relevantes e adequados aos mesmos.
Existem pelos menos 3 fases onde o controlo de qualidade deve ser efetuado com especial cuidado:
- Após a calibração do sistema
Controlo de qualidade com o objetivo de garantir que o sistema tem a resposta esperada e
que a mesma se encontra dentro das tolerâncias admitidas.
- Após a exportação das Matrizes de Preservação Digital e antes do upload para o sistema
Após a criação (exportação) de Matrizes de Preservação digital em formato TIFF, o controlo
de qualidade deverá pelo menos garantir que:
- O formato do ficheiro é o definido para o projeto;
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- É feito um checksum dos ficheiros.
Deverá ainda ser feita uma inspeção pormenorizada aleatória, e uma leitura objetiva das miras
técnicas, dependendo do nível crítico e do tipo de erros detectados numa primeira abordagem: 25%,
50%, 75% ou 100% do trabalho.
Nota: o olho/cérebro é muito bom a detetar padrões e falhas nos mesmos, pelo que o controlo de
qualidade deve ser orientado para maximizar essa capacidade, evitando cair em armadilhas de
perceção.
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Workflow Genérico de Reprodução
para captura digital por meios fotográficos
Planeamento e Definição do Nível de Qualidade > Preparação de equipamento e Meio Ambiente >
Preparação de Software e Metadados > Calibração do Sistema > Verificação de Resultados > Início da
Sessão de Trabalho > Workflow de Produção
Como referência, sem prejuízo de uma avaliação rigorosa de casos concretos, deve ser tido em
consideração as resoluções teóricas possíveis:
Sugestão: Agrupar os originais por taxa de reprodução pretendida, tipo de suporte e tamanho
permite aumentar a velocidade da captura e manter um setup constante.
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Matt Pearson, Why 300ppi? Requirements-based methodology for determining digitization project specs.
Archiving Conference 2011.
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Fórmula de cálculo:
Dimensões em pixéis do sensor, divididos pelos PPI desejados. Uma vez que o
resultado obtido é em polegadas (PPI), deverá ser convertido para Cm.
Assim, para obter uma taxa de amostragem de 400 ppi com um sensor com 7952 x
5304 (42MP):
(7952 px/400 ppi) x 2.54 = 50.50 cm
(5304 px/400 ppi) x 2.54 = 33.68 cm
Área possível com uma taxa de amostragem/reprodução de 400 ppi será de 50.50
cm por 33.68 cm;
Posicionamento da Câmara
- Posicionar a câmara à altura necessária para a obtenção da Taxa de Reprodução
estabelecida;
- Focar o sistema de forma precisa e confirmar a área desejada com recurso a uma régua;
Câmara
- Escolher o ISO base de forma a minimizar ruído digital, perda de gama dinâmica e outras
consequências resultantes do ganho artificial de sensibilidade - normalmente 50 a 100 ASA,
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no entanto os valores exatos devem ser consultados no manual e características técnicas do
equipamento usado;
- Escolher a profundidade de bits mais alta possível;
- Escolher o espaço de cor mais abrangente disponível e a opção sem compressão;
Nota: mesmo que o equipamento usado apenas tenha capacidade de registar informação a
12 ou 14 bits, a exportação dos ficheiros resultantes deve sempre ser feita a 16 bits de forma
a minimizar artefactos introduzidos pelo processamento do ficheiro;
- Colocar a câmara em modo manual (exposição, ISO, etc), de forma a que os ajustes não
mudem ao longo da sessão de trabalho.
Software
- Garantir que o software usado permite calibração de cor através da aplicação de perfis de
cor DCP ou ICC;
- De preferência, o software deverá permitir pré-visualizar a imagem com base nos perfis de
saída escolhidos (proof mode; Output; Export…);
- Rever e remover qualquer edição automática;
- Fazer reset a settings de projetos anteriores;
- Escolher e aplicar curvas de contraste lineares ou neutras;
- Se o software o permitir, remover aplicação de perfis de cor pré-estabelecidos;
- Introduzir metadados técnicos definidos;
- Aplicar a estrutura de nomeação de ficheiros definida;
- Garantir que o software tem forma de ler e mostrar os valores de cor, através da colocação
de color readouts ou pelo posicionamento do ponteiro do rato.
Calibração do Sistema
- Garantir a uniformidade da iluminação na área a reproduzir;
- Posicionar a mira técnica escolhida para a produção do perfil de cor;
- Capturar a mira técnica, tendo especial cuidado em não sub ou sobre expor. Grosso modo,
uma exposição para a referência branca entre os valores RGB 220 e 248 será o indicado, mas
depende do software que vai ser usado para a construção do perfil de cor;
- Fechar o programa de captura usado;
- Construção do perfil ICC (seguir o protocolo adequado ao software usado);
- Abrir novamente o programa de captura e processamento - fechar e abrir o programa de
captura, visa garantir que o software atualiza a lista de ficheiros ICC/DCP disponíveis;
- Escolha da aplicação do perfil de cor criado;
- Verificação e correção da curva de contraste (OECF), de forma a corresponder aos valores da
mira usada (se possível, usar a opção Luma que apenas altera os valores de luminosidade);
- Proceder ao White Balance escolhendo o patch mais neutro da mira.
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Exemplo para uma calibração básica usando uma mira técnica acessível, software de
calibração gratuito e imagens capturadas com Adobe Lightroom.
Equipamento necessário: licença Adobe Lightroom; mira técnica X-rite Colorchecker
Passport, X-Rite Câmara Calibration.
- Capturar uma imagem com colorchecker passport nas mesmas condições que o
original, através do Adobe Lightroom CC, com uma exposição de c. 90% na
amostra branca;
- Escolher uma curva de contraste linear;
- Verificar se não existem ajustes de exposição inadvertidos;
- Fazer White balance no patch mais neutro da mira
- Exportar a imagem para DNG (“File” > “Export”);
- Fechar o programa;
- Abrir o software X-Rite Câmara Calibration;
- Arrastar ou importar a imagem exportada para o software X-Rite Câmara
Calibration;
- Aguardar que o software carregue e identifique a mira técnica na imagem;
- Corrigir a grelha caso a mesma não tenha sido bem colocada e proceder à criação
do perfil;
- Nomear o perfil criado como um nome com significado e facilmente identificável
(por defeito a imagem será guardada na pasta do sistema “Camera Profiles”,
pode escolher outra localização e importar mais tarde para o LR);
- Abrir o Lightroom, localizar a imagem desejada e aplicar o perfil criado (Develope
Mode > Profile - caso o perfil não apareça listado, importar a partir da
localização anteriormente escolhida, através do menu “...”);
- Corrigir novamente o White Balance;
- Corrigir a curva de contraste;
- Copiar os settings e aplicar às imagens seguintes.
Notas:
Caso o X-Rite Câmara Calibration esteja instalado como plug-in do LR, o perfil pode
ser feito diretamente a partir do programa através do menu de exportação
(“File” > “Export”).
O perfil criado apenas é válido para a geometria de luz onde foi criado e desde que
os parâmetros de captura se mantenham inalterados (obturador, diafragma,
etc..).
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Controlo de Qualidade e Verificação de resultados obtidos
- verificação e avaliação dos resultados obtidos relativamente a cor, curva de contraste e
Resolução.
Preparar a Captura
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Captura
- Antes de exportar os raws produzidos para o formato tiff, deve ser feito um controle de
qualidade exaustivo, de forma a garantir a sua integridade, em conformidade com os
padrões de qualidade definidos e fidelidade ao original, nomeadamente:
- Revisão de linhas de corte;
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- Verificar e garantir as características técnicas correctas do ficheiro de exportação: Tiff, 16
bits, espaço de cor ECIRGB.
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Bibliografia e recursos
- Berns, Roy S. (2016). Color Science and the Visual Arts: A Guide for Conservators, Curators,
and the Curious. Los Angeles: The Getty Conservation Institute.
- Pearson, Matt (2011). "Why 300ppi? Requirements-based methodology for determining
digitization project specs," in Proc. IS&T Archiving 2011, pp. 187 - 192.
https://doi.org/10.2352/issn
- Federal Agencies digital Guidelines Initiative (Fadgi)
- Metamorfoze Preservation Imaging Guidelines (Metamorfoze)
- ISO 19262:2015 - Photography — Archiving Systems — Vocabulary
- ISO/TR 19263-1:2017 - Photography — Archiving systems — Part 1: Best practices for digital
image capture of cultural heritage material
- ISO/TS 19264-1:2017 - Photography — Archiving systems — Image quality analysis — Part 1:
Reflective originals
● Delt.ae
● Zebra
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Anexos e Diagrama
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Workflow de calibração
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