E-Book Manutenção em Queimador Industrial - GN

EZEQUIAS ROQUIM
MANUTENÇÃO EM
GÁS NATURAL
GLP
INTRODUÇÃO
Queimadores industriais possuem diversas aplicações
práticas e auxiliam a indústria de inúmeras formas.
Estes dispositivos são utilizados diariamente em
aquecimento residencial e industrial, estufas, fornos,
geradores de água quente e vapor contribuindo de
maneira formidável para o bem estar e desenvolvimento
de todos os setores onde é utilizado.
Na prática, a função do queimador industrial é fazer com

que o combustível e o ar atmosférico fiquem em contato
por tempo suficiente e na proporção ideal para que
ocorra a combustão.
E, como toda máquina, os queimadores demandam

manutenção constante e atenção por parte dos gestores
e dos responsáveis pelo bom funcionamento do
equipamento e, consequentemente, de todo o setor que
demanda performace destes dispositivos.
Pensando nisso, desenvolvemos este e-book sobre como

realizar uma boa manutenção em queimadores, com
todos os critérios e premissas necessárias para um
funcionamento perfeito e sustentável da máquina onde
o intuito é mostrar para pessoas que possui relação
diária com esses equipamentos os principais pontos de
atenção e a maneira como o próprio equipamento
demonstra quais são as suas falhas e, principalmente,
como resolver paradas inesperadas.
INTRODUÇÃO
Neste e-book iremos abordar a manutenção
em queimadores monoblocos que utilizam
tanto gás natural quanto GLP para a
combustão.
Iremos verificar cada ponto de montagem e

cada item do equipamento numa abordagem
leve, fácil de compreender e direta ao ponto.
Vale lembrar que toda manutenção deve ser

realizada por um profissional qualificado e
que devem ser utilizadas ferramentas
especificas para cada trabalho.
No ambiente laboral deve-se utilizar também

equipamentos de proteção individual,
coletivos e respeitar os limites de segurança
do local.
ÍNDICE
CAPÍTULO
Cavalete de gás
01
CAPÍTULO Partes do Queimador
02
CAPÍTULO Principais falhas no
03 programador de chama
e suas soluções
CAPÍTULO Principais falhas no
04 programador de chama
LME11...22 - Siemens
CAPÍTULO Conclusão
05
CAPÍTULO Bibliografia
06
www.steamserv.com.br
05
CAPÍTULO 1
CAVALETE DE GÁS
O cavalete de gás é o início dessa jornada
sobre manutenção de queimadores. Essa
estrutura é essencial para o funcionamento de
todo o conjunto e deve ser dimensionado de
acordo com a demanda térmica do equipamento
onde será instalado o queimador (caldeiras,
estufas, fornos, geradores de ar e água quente) já
que é por meio dele que é feito o controle dos
procedimentos de entrada segura do combustível
utilizado para obter a eficiência térmica.
O cavalete de gás é um equipamento que

precisa ser produzido de acordo com normas
nacionais e internacionais para garantir
segurança operacional e eficiência. No Brasil
quem orienta e direciona esses trabalhos é a NBR
12.313. Existem normas internacionais que
tambem são utilizadas para a montagem como a
NFPA86, EN 676 dentre outras.
CAVALETE DE GÁS
06
Um cavalete de gás completo conta com todos os
acessórios necessários citados pelas normas vigentes e
incluem: Válvula de bloqueio manual na entrada, filtro,
borbulhador, válvula de alívio, manômetro, válvula
reguladora de pressão, válvula shutoff, pressostatos de
segurança e outros que asseguram um controle efetivo
das operações do queimador instalado em seguida.
Esses cavaletes de gás podem trabalhar com Gás
GLP, Gás Natural e Biogás e são fabricados para
diversas vazões e diâmetros, respeitando as
questões de ΔP e velocidade. Para ajustes e
reajustes em caso de reinstalação de um
dispositivo quebrado deve-se verificar as
pressões de trabalho para ajuste nas placas dos
queimadores ou no data sheet do próprio
cavalete.
www.grandesite.com.br
COMPONENTES DO CAVALETE DE GÁS
07
Fig. 01 - Fluxograma de um cavalete de gás.
Fonte: Manual Riello RS130.
Vamos entender cada componente do

cavalete, qual sua função e qual é o ajuste
ideal em uma instalação ou manutenção caso
seja necessário.
Cada componente terá sua função explicada
e logo em seguida serão relacionados os
passos de manutenção que são utilizados em
caso de substituição, inspeção de rotina ou
manutenção preventiva.
Será listado também os principais ajustes em
cada componente caso haja.
1 - ENTRADA DE GÁS NO CAVALETE

Ponto de entrada do gás no cavalete.
Geralmente é uma ponta rosqueada más pode
ser montada com uma flange também.
08
2- VÁLVULA DE BLOQUEIO MANUAL
Essa válvula é utilizada para realizar o
bloqueio do gás logo na entrada do cavalete
seja por uma parada de produção, parada de
emergência ou até mesmo por uma parada
para manutenção em componentes do
cavalete após este dispositivo.
MANUTENÇÃO
Não há a necessidade de ajuste aqui, a
manutenção é focada na integridade e
funcionalidade da válvula. Se está danificada
ou não está estanque, substitua.
3 - JUNTA DE EXPANSÃO
Esta junta é instalada para evitar que
alguma vibração indesejada se propague por
todo o cavalete danificando todo o conjunto
ou algum componente específico.
MANUTENÇÃO
Na junta de expansão a manutenção ocorre
de maneira similar a utilizada nas válvulas de
bloqueio, é com inspeção visual.
Caso a junta apresente sinais de desgaste,
quebras ou rasgos deve ser substituída
imediatamente.
09
4 - MANÔMETRO COM VÁLVULA "PUSH BOTTON"
Este componente também é chamado de
manômetro de pressão alta do gás. A válvula
push botton permite que se faça a liberação
do gás no cavalete sem danificar o
manômetro por uma sobrepressão repentina.
Este é o manômetro de pressão alta do gás.
MANUTENÇÃO
A manutenção nesse componente é feita
anualmente onde se faz a aferição do
manômetro e a inspeção da válvula. A
manutenção pode ser feita de acordo com o
cronograma de preventivas também.
5 - FILTRO DE GÁS
Esse componente tem a função de filtrar e
reter partículas sólidas que possam vir junto
com o gás na linha. Essas partículas podem
ser contaminantes do próprio combustível ou
partículas que desprenderam da tubulação ou
outros componentes.
MANUTENÇÃO
Geralmente a inspeção é anual, porém, uma
boa prática é realizar este serviço sempre
que possível, em paradas programadas
geralmente de 6 em 6 meses onde, abre-se o
sesto do filtro, inspeciona o elemento
filtrante e o substitui caso esteja saturado ou
danificado.
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6 - VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO
Este componente é responsável por ajustar a
pressão do combustível à pressão que o
queimador precisa para trabalhar
corretamente e entregar o desempenho que
se espera. É a válvula reguladora de pressão
que fica responsável por evitar a flutuação da
pressão no sistema. Além disso, nos cavaletes
de gás ela tem a função de garantir que a
saída de pressão do combustível permaneça
constante, independentemente das mudanças
de pressão em pontos anteriores no sistema
ou alterações no fluxo.
MANUTENÇÃO
Aqui deve-se ter atenção para as
manutenções preventivas, corretivas ou
substituições. A pressão de ajuste é
relacionada com as especificações do
queimador e este valor de ajuste geralmente
é informado na placa de dados do mesmo.
Geralmente a pressão após a reguladora é
medida em mbar. Caso esteja em outra escala
ou uma escala que não é usual, pode-se
converter as unidades de medida utilizando
um aplicativo de conversão.
Para se ajustar a pressão de trabalho da
válvula reguladora, aumentando a pressão,
geralmente, se aperta o parafuso de ajuste
girando em sentido horário. Para diminuir a
pressão, gira-se em sentido anti horário.
11
6 - VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO
A manutenção das válvulas reguladoras
devem ser realizadas por laboratórios
homologados para este serviço. Não se abre
essa válvula em campo.
Geralmente o componente que mais se
danifica é o diafragma e estes danos são em
sua maioria ocasionados por material sólido
que não foi retido pelo filtro. Estes micro
cortes aumentam com o passar do tempo e a
reguladora perde a capacidade de manter a
pressão da linha nos parâmetros
estabelecidos.
Quando ocorre um rompimento abrupto outro
componente do cavalete de gás faz o
bloqueio de segurança do fluxo de
combustível: a valvula Shut-off.
12
7 - PRESSOSTATO DE GÁS BAIXO
Este componente é responsável pela
segurança do sistema de combustão do
queimador. Uma pressão muito baixa de gás
pode ocasionar falhas na chama,
deslocamento de chama na câmara de
combustão, micro explosões, danos na cabeça
de combustão, difusor e eletrodos de ignição
e ionização. Para que isso não ocorra é
instalado logo após a saída de gás da
reguladora de pressão um pressostato de gás
baixo que é ajustado para uma pressão
minima de gás no sistema; dessa maneira,
quando a pressão do gás passa abaixo do
valor ajustado este dispositivo interrompe a
conexão elétrica para o controlador de
combustão gerando uma falha de
funcionamento e desligando o queimador.
MANUTENÇÃO
As manutenções nos pressostatos são anuais
más podem ser realizadas durante
manutenções preventivas, corretivas ou
substituições. Toda manutenção em
pressostatos devem ser realizadas em
laboratório com equipamentos calibrados.
No pressostato de gás baixo a pressão de
ajuste, geralmente, é 30% menor que a
pressão da válvula reguladora.
Ex: Pressão da reguladora: 50 mbar.
Pressão de ajuste do pressostato: 30 mbar.
13
8 / 9 - VÁLVULAS SOLENOIDE DE BLOQUEIO
DE SEGURANÇA - V1 E V2
As válvulas de bloqueio de segurança ou
válvulas solenóides são instaladas na linha
de alimentação de gás com o propósito de
permitir ou não o fluxo de gás em resposta a
um sinal elétrico vindo do programador de
combustão. Essas válvulas são de diversos
modelos, tamanhos e são sempre
normalmente fechadas. Todo cavalete de gás
precisa dispor de válvulas de bloqueios
duplas tanto na linha do gás principal quanto
na linha da chama piloto quando se utiliza
este recurso para acendimento.
MANUTENÇÃO
As manutenções nas válvulas são realizadas
em periodos anuais más podem ser realizadas
durante manutenções preventivas, corretivas
ou substituições. Toda manutenção em
válvulas devem ser realizadas em laboratório
com equipamentos e ferramentas específicas
e geralmente são feitas por empresas
dedicadas a estes dispositivos.
No local geralmente são realizadas
inspeções visuais e acompanhamento da
integridade destes equipamentos realizando
a substituição sempre que detectada alguma
anomalia.
14
10 - FLANGE E JUNTA DE CONEXÃO COM O
QUEIMADOR
Estes componentes marcam o fim do
cavalete de gás. O flange do cavalete será
conectado ao flange da válvula moduladora
de gás do queimador. Este componente é
responsável pela segurança do sistema de
combustão do queimador.
MANUTENÇÃO
Quando se retira o cavalete para inspeções
ou manutenção em algum componente, essa
junta de vedaçao deve ser trocadas sempre.
15
CAPÍTULO 2
PARTES DO QUEIMADOR
Para realizar uma boa manutenção em um
queimador é necessário conhecer bem cada parte
que compõe o equipamento. Conhecer bem como
são os detalhes de cada peça é fundamental para
identificar de maneira acertiva as falhas de
funcionamento, as anomalias que podem
proporcionar ao processo no qual o queimador
está conectado e, principalmente, garantir uma
manutenção rápida, correta e sem retrabalho.
Aqui iremos seguir um raciocínio de manutenção

em um queimador monobloco de capacidade
média e com uma boa automação que utiliza
combustíveis gasosos para a geração de calor
para proporcionar um entendimento mais amplo,
más não total, de como deve ser feito a
manutenção em diversos modelos de
queimadores disponíveis no mercado.
PARTES DO QUEIMADOR
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Fig. 02- Partes de um queimador a gás.
Vamos entender cada componente do

queimador, qual sua função e qual é o ajuste
ideal em uma instalação ou manutenção caso
seja necessário.
Cada componente terá sua função explicada
da mesma maneira que o cavalete de gás e
aqui também serão relacionadas as etapas de
manutenção que são utilizados em caso de
substituição, inspeção de rotina ou
manutenção preventiva.
PARTES DO QUEIMADOR
17
1 - CABEÇA DE COMBUSTÃO
Também conhecido como duto de chama,
esta é a parte do queimador que fica exposta
dentro da câmara de combustão. Esta peça
tem como função principal direcionar a
chama dentro do equipamento no qual está
instalado.
INSPEÇÃO
A inspeção neste componente deve procurar
encontrar pontos quebradiços, trincas e furos
ocasionados pela alta temperatura de
trabalho. Deve-se observar a formação de
rachaduras, torções e deformações no
material de fabricação.
MANUTENÇÃO
As manutenções nestes componentes podem
ser realizadas no local quando possível. Deve
ser realizada a limpeza do duto, o conserto
de pequenos furos, trincas ou partes
amassadas. Caso os danos sejam muito
severos aconselha-se a substituição do
mesmo.
Por se tratar do componente direcionador da
chama dentro do equipamento, este duto tem
que estar com a geometria intacta para não
comprometer a integridade de todo o
conjunto.
PARTES DO QUEIMADOR
18
2 - ELETRODO DE IGNIÇÃO
O eletrodo de ignição é responsável pela
centelha inicial que irá inflamar o gás dentro
do queimador e proporcionar o acendimento
da chama. É uma peça extremamente sensível
e que precisa de cuidado e manutenção
periódica bem definida.
INSPEÇÃO
Neste componente deve-se ficar atento com
desgaste na haste em decorrencia da
centelha, pontos de carbonização,
microtrincas e rachaduras na cerâmica de
isolamento, conectores elétricos soltos e
também na estrutura das partes metálicas.
MANUTENÇÃO
Quando se retira o eletrodo para inspeção
deve ser feita a limpeza da parte metálica
com uma lixa fina (200 grãos) para remover
toda incrustração, carbonização e oxidação
que possa ocasionar falhas na centelha. A
cerâmica deve ser limpa. Caso esteja
danificada deve ser substituida
imediatamente. Uma cerâmica quebrada não
oferece um bom isolamento elétrico no
momento da descarga para a centelha e isso
faz com que a ignição do queimador falhe.
PARTES DO QUEIMADOR
19
3 - PARAFUSO DE AJUSTE DA CABEÇA
DE COMBUSTÃO
Este componente é utilizado para ajustes na
cabeça de combustão, com ele é possível
ajustar o comprimento da chama, rendimento
do queimador e a mistura ar/combustível.
INSPEÇÃO
A inspeção neste componente deve se
atentar para partes soltas, parafusos sem
apertos e porcas soltas.
MANUTENÇÃO
Depois de instalado no equipamento este
componente não sofre alterações. Caso exista
a necessidade de substituição deve-se
atentar para as medidas de ajuste que
deverão ser repetidas no novo dispositivo
instalado afim de nao comprometer os
ajustes que já estavam parametrizados no
queimador.
Fig. 03 - Detalhes do ajuste da cabeça de
combustão.
PARTES DO QUEIMADOR
20
4 - CONEXÃO DO QUEIMADOR COM A
CABEÇA DE COMBUSTÃO
Este componente faz parte da estrutura de
sustentação do queimador e serve para
manter fixo na mesma estrutura a cabeça de
combustão e o conjunto do queimador onde
fica preso o motor, o ventilador, o painel de
controle e os instrumentos do queimador.
INSPEÇÃO
desgaste nos parafusos de conexão
verificando sempre o aperto dos mesmo.
Verificar também a integridade das juntas de
vedação.
MANUTENÇÃO
Quando necessário, trocar as juntas de
vedação para evitar o escape de ar da
combustão. Caso exista algum parafuso de
fixação oxidado ou quebrado este deve ser
trocado imediatamente.
PARTES DO QUEIMADOR
21
5 - SERVOMOTOR
O servomotor é utilizado para o controle da
válvula borboleta do gás e, através de uma
came de perfil variável, controla o registo do
ar. Há também os queimadores onde é
utilizado um servo motor para controle da
modulação do ar além do servomotor de
controle do gás. Os principios de inspeção e
ajuste são os mesmos.
Quando o queimador está parado, o registo
do ar deve estar completamente fechado de
forma que evite a entrada de ar frio na
camara de combustão e proporcione uma
dispersão térmica da caldeira devido á
circulação natural do ar.
INSPEÇÃO
atentar para partes soltas, parafusos sem
apertos e porcas soltas, oxidação em
contatos elétricos, fios elétricos soltos nos
bornes, curto-circuito, umidade, ajustes dos
cames de posição e integridade total do
equipamento.
MANUTENÇÃO
Toda manutenção em servo motores são para
substituição do equipamento instalado por
um equipamento novo. Em caso de quebra ou
de curto circuito no servomotor este deve ser
retirado e levado a uma bancada de testes e
ajustes para receber a manutenção necessá-
PARTES DO QUEIMADOR
22
ária.
No novo aparelho instalado deve ser feito o
ajuste dos cames de posicionamento que são
utilizados para ajustes de abertura,
fechamento e confirmações de etapas do
queimador em funcionamento.
Deve-se ficar atento ao ângulo de rotação do
servomotor que deve ser igual ao ângulo da
escala de abertura da válvula borboleta do
gás. O servomotor gira 90º em 15 segundos.
Não se deve modificar os ajustes realizados
pela montadora do queimador, porém, caso
seja necessário realizar um ajuste para
adequar a necessidade de produção onde está
instalado o equipamento deve ser adotado os
seguintes parametros para ajustes iniciais:
Came vermelho: 90°

Limita a rotação máxima do servomotor para
a abertura da válvula borboleta do gás e
damper de entrada de ar. Com o queimador
funcionando em 2a chama, a válvula de
borboleta do gás deve estar completamente
aberta: 90°.
Came azul: 0°
Limita a rotação mínima do servomotor para
o fechamento da válvula borboleta do gás e
damper de entrada de ar. Com o queimador
parado, o registo de ar e a válvula borboleta
do gás devem estar fechados: 0°.
PARTES DO QUEIMADOR
23
Came laranja: 15°

Define a posição de acendimento e do ponto
de funcionamento do queimador quando
estiver operando em chama mínima.
Came preto: 85°
Utilizado para liberar tensão para
acionamento da válvula de segundo estágio
do queimador quando aplicável. Pode ser
utilizado também para indicar que o
queimador está operando em potencia
máxima.
Fig. 04 - Detalhes do ajuste do servomotor
PARTES DO QUEIMADOR
24
6 - PROLONGADORES GUIAS
Este componente serve de apoio para os
cabos do transformador de ignição.
INSPEÇÃO
desgaste nos cabos decorrente da fricção
mecânica.
MANUTENÇÃO
Quando necessário, trocar os cabos que
passam por estes suportes. Caso exista algum
parafuso de fixação oxidado ou quebrado
este deve ser trocado imediatamente.
7 - CONTATORA DO VENTILADOR
Este componente serve para acionar o motor
do ventilador.
INSPEÇÃO
Neste componente deve-se ficar atento ao
aperto nos parafusos dos bornes das
conexões elétricas, cabos carbonizados,
espessura dos cabos, continuidade dos
contatos, integridade dos cabos e condições
das bobinas de acionamento.
MANUTENÇÃO
Quando necessário, trocar os cabos, trocar
terminais elétricos, apertar bem os bornes,
utilizar cabos de qualidade, manter limpa e
seca a contatora, caso necessário, trocar.
PARTES DO QUEIMADOR
25
8 - CHIP DO CABO DE IONIZAÇÃO
Este componente é utilizado em alguns
cabos de ionização em alguns modelos de
queimadores. A função deste componente é
ajudar na condutividade da corrente elétrica
proveniente da leitura da chama no
queimador.
INSPEÇÃO
atentar para carbonização, oxidação ou
quebra.
MANUTENÇÃO
Caso seja encontrada alguma anormalidade
no dispositivo, substituir imediatamente.
9 - RÉGUA DE BORNES
É por esta regua de bornes que são feiras as
conexoes eletricas do queimador com a rede
elétrica e com os diversos instrumentos de
controle instalado na area de utilização do
queimador.
INSPEÇÃO
atentar para carbonização, oxidação ou
quebra.
MANUTENÇÃO
nos bornes, substituir imediatamente.
PARTES DO QUEIMADOR
26
10 - PRENSA CABOS
Este componente serve para passar os cabos
para o queimador e prender os mesmos.
INSPEÇÃO
desgaste nos cabos decorrente da fricção
mecânica ou quebra dos dispositivos.
MANUTENÇÃO
nestes componentes, substituir
imediatamente.
11 - INTERRUPTORES DE SELEÇÃO DE
FUNCIONAMENTO
Estes interruptores servem para seleção de
formas de funcionamento. Serve também para
ligar e desligar o queimador localmente.
INSPEÇÃO
quebras por desgaste de repetição, quebra
dos contatos elétricos.
MANUTENÇÃO
nestes componentes, substituir
imediatamente.
Fig. 05 - Chaves de acionamento no queimador.

PARTES DO QUEIMADOR
27
12 - PROGRAMADOR DE COMBUSTÃO
Os programadores de combustão são usados
para a partida e supervisão de queimadores a
gás de 1 ou 2 estágios ou queimadores em
funcionamento intermitente.
Existem diversos modelos de programadores
de combustão no mercado e todos possuem
boa disponibilidade, adaptação e instalação
fácil além de suporte dos fornecedores.
O programador de combustão é o centro de
controle principal dos queimadores, é nele
que ocorre as tomadas de decisões e
controles de segurança em relação ao
controle de chama e o funcionamento do
queimador propriamente dito.
O programador de combustão pode indicar
todas as etapas do funcionamento do
queimador e indicar ainda pontos de atenção
ou de manutenção para o usuário.
INSPEÇÃO
A inspeção no programador deve ser feita
com atenção aos alarmes disponíveis nas
interfaces de comunicação de cada modelo.
Deve-se ficar atento para oxidação ou
carbonização dos contatos elétricos, partes
ou superfícies quebradas e aos esquemas de
conexões elétricas.
MANUTENÇÃO
A manutenção nos programadores devem ser
realizadas em local específico para tal geral-
PARTES DO QUEIMADOR
28
mente laboratórios de manutenção de
eletrônicos.
Estes componentes quando apresentam
algum defeito ou quebra são substituidos por
novos dispositivos.
Fig. 06 - Programador de combustão LME21.
PARTES DO QUEIMADOR
29
13 - VISOR DE CHAMAS
O visor de chama oferece a possibilidade de
acompanhar o aspecto e geometria da chama
através da parte frontal do queimador. Esse
recurso é fundamental para a inspeção da
chama e verificação da sua estrutura.
INSPEÇÃO
A inspeção no visor de chama é visual e
significativamente fácil de realizar. Neste
dispositivo deve-se observar sua integridade
física apenas.
MANUTENÇÃO
neste componente o mesmo deve ser ,
substituido imediatamente.
14 - PRESSOSTATO DE AR
O pressostato de ar indica para o
programador de combustão que há ar
suficiente no queimador para que ocorra uma
chama com segurança.
INSPEÇÃO
No pressostato de ar devem ser realizadas
inspeções nos contatos elétricos, nos cabos
elétricos e, proncipalmente nos tubos de
tomada de pressão.
MANUTENÇÃO
Limpar sempre os tubos de tomada de
pressão, manter sempre calibrado, verificar
PARTES DO QUEIMADOR
30
o aperto dos bornes de conexão elétrica,
ficar atento sempre em relação às ligações
dos cabos nos contatos NA ou NF para que
não ocorra a inversão de posição, verificar
sempre o ajuste de pressão no disco de
ajuste, garantir que não há umidade nos
contatos.
Geralmente a pressão de ajuste do
pressostato de ar é 1 mbar. Há algumas
aplicações onde este ajuste pode ser até 0,2
mbar.
Fig. 07 - Pressostato de ar da combustão.
PARTES DO QUEIMADOR
31
15 - VISOR DE CHAMAS
O visor de chama oferece a possibilidade de
acompanhar o aspecto e a geometria da
chama através da parte frontal do queimador.
Esse recurso é fundamental para a inspeção
da chama e verificação da sua estrutura.
INSPEÇÃO
A inspeção no visor de chama é visual e
significativamente fácil de realizar. Neste
dispositivo deve-se observar sua integridade
física apenas.
MANUTENÇÃO
neste componente o mesmo deve ser
16 - TOMADA DE PRESSÃO DO GÁS
Este ponto é utilizado para verificar qual é a
pressão do gás na cabeça de combustão. O
parafuso é utilizado para prender a cabeça de
combustão no corpo do queimador também.
INSPEÇÃO
A inspeção neste componente é visual.
MANUTENÇÃO
PARTES DO QUEIMADOR
32
17 - TOMADA DE PRESSÃO DO AR
Este ponto é utilizado para verificar qual é a
pressão do ar na cabeça de combustão.
INSPEÇÃO
A inspeção neste componente é visual.
MANUTENÇÃO
18 - HASTE DE IONIZAÇÃO
A haste de ionização é responsável pela
confirmação de presença da chama no
queimador. É uma peça extremamente
sensível e que precisa de cuidado e
manutenção periódica bem definida.
INSPEÇÃO
desgaste na haste em decorrencia da
centelha, pontos de carbonização,
microtrincas e rachaduras na cerâmica de
isolamento, conectores elétricos soltos e
também na estrutura das partes metálicas.
MANUTENÇÃO
Quando se retira o eletrodo para inspeção
deve ser feita a limpeza da parte metálica
com uma lixa fina (200 grãos) para remover
toda incrustração, carbonização e oxidação
PARTES DO QUEIMADOR
33
que possa ocasionar falhas na centelha. A
cerâmica deve ser limpa. Caso esteja
danificada deve ser substituida
imediatamente. Uma ceramica qubrada nao
oferece um bom isolamento elétrico no
momento da leitura da chama e isso faz com
que ocorra falhas no programador de
combustão.
Todo o sistema deve estar muito bem
aterrado, não pode haver fuga de corrente
para a estrutura e não pode haver curto
circuito na fiação da haste de ionização.
A corrente de trabalho da haste de ionização
são 5 miliampéres (5 μA). O queimador gera
uma corrente nitidamente superior, não
precisando normalmente de nenhum
controle.
Para medir a corrente da haste de ionização
é necessário retirar a placa eletronica do
cabo da haste de ionização e conectar um
microamperímetro de corrente contínua de
escala baixa de 100 μA.
Deve-se atentar para a polaridade.
Fig. 08- Esquema de conexão de multímetro na haste de
ionização.
34
CAPÍTULO 3
PRINCIPAIS FALHAS NO
PROGRAMADOR DE CHAMA
E SUAS SOLUÇÕES
Para realizar uma boa manutenção em um
queimador é necessário conhecer bem cada parte
que compõe o equipamento. Conhecer bem como
são os detalhes de cada peça é fundamental para
identificar de maneira assertiva as falhas de
funcionamento, as anomalias que podem
proporcionar ao processo ao qual o queimador
está conectado e, principalmente, garantir uma
manutenção rápida, correta e sem que ocorra
retrabalho.
Aqui iremos seguir um raciocínio de manutenção

em um queimador monobloco de capacidade
média e com uma boa automação que utiliza
combustíveis gasosos para a geração de calor
que irá proporcionar um entendimento mais
amplo, más não total, de como deve ser feito a
manutenção em diversos modelos de
queimadores disponíveis no mercado.
FALHAS E SOLUÇÕES
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1 - IGNIÇÃO A GÁS FALHANDO
CAUSAS POSSÍVEIS
Falta de gás.
Transformador não dando centelha.
Isolador interno dando passagem.
Eletrodos podem estar encostados no
queimador ou fornalha e por isto não há
centelha.
Terminal do cachimbo mal encaixado.
Válvula solenoide de gás não está dando
passagem.
Filtro de gás sujo.
Pressão na carcaça de ar acima do valor
ajustado no startup para o acendimento.
Sensor de chama danificado.
Sensor de chama sujo.
Sujeira na ponta do eletrodo.
Distância entre o eletrodo e o tubo da
lança está muito distante.
Cabo de ignição interrompido ou
carbonizado.
AÇÕES CORRETIVAS
Verificar pressão do gás no cavalete e
verificar se os registros estão fechados.
Verificar condição da válvula Shutoff;
pode ocorrer o acionamento da proteção
involuntariamente.
Verificar transformador de ignição, sensor
de ignição e partes elétricas, se persistir
o problema, substitua a peça.
FALHAS E SOLUÇÕES
36
Ajustar eletrodos de ignição para que
fique no máximo 1,5 mm de distância do
tubo.
Verificar bobina elétrica e fiação da
válvula de ignição. Limpar as partes
internas, pode estar suja e agarrando. Se
persistir o problema, substitua a peça.
Limpar o filtro ou substituir o refil.
Verificar a pressão através de um
manômetro coluna d’água na carcaça do
queimador. Se a pressão for maior ou
menor que o recomendado, devem ser
tomadas as seguintes providencias:
(a) verificar se dampers não estão
travados ou danificados
(b) verificar se servo motor não está
danificado;
(c) verificar se parâmetros dos
inversores estão conforme startup.
Retirar a lança de ignição e limpar a
ponta dos eletrodos. Ajustar para que
fique no máximo 3 mm do tubo.
Verificar damper e solucionar o problema.
Substituir peças danificadas.
FALHAS E SOLUÇÕES
37
2 - TESTE DE ESTANQUEIDADE NÃO
DANDO CONDIÇÕES DE PARTIDA.
(QUANDO UTILIZADO)
CAUSAS POSSÍVEIS
Pressostato estanqueidade não está
funcionando.
Válvulas de gás não estão vedando (dando
estanqueidade).
Vent está aberta na hora da
estanqueidade.
Pressostato de estanqueidade
desrregulado.
AÇÕES CORRETIVAS
Verificar toda a fiação. Limpar os
contatos.
Verificar sujeiras na sede da válvula,
podem estar travando; verifique se a
bobina não está danificada ou sem
contato com os bornes das conexões
elétricas (se o problema persistir,
substitua a peça).
Verifique a bobina da válvula vent se não
está danificada ou sem energia elétrica.
Verifique a regulagem do pressostato de
estanqueidade. Devem estar conforme
parâmetros ajustados no momento do
start-up.
FALHAS E SOLUÇÕES
38
3 - ALARMES DE PRESSÃO BAIXA DE
GÁS
CAUSAS POSSÍVEIS
Pressostato fora da faixa de ajuste.
Falta de gás.
Pressostato danificado.
MANUTENÇÃO
Verificar se regulagem dos pressostatos
está dentro da faixa de ajuste deixado no
startup.
Verificar válvulas como Shutoff.
4 - ALARMES DE PRESSÃO ALTA DE

GÁS
CAUSAS POSSÍVEIS
Pressostato fora da faixa de ajuste.
Excesso de gás.
Pressostato danificado.
MANUTENÇÃO
Verificar se regulagem dos pressostatos
está dentro da faixa de ajuste deixado no
startup.
Verificar válvulas no cavalete de gás.
Verificar válvulas como Shutoff.
FALHAS E SOLUÇÕES
39
5 - CHAMA PRINCIPAL DE GÁS NÃO
ACENDE.
CAUSAS POSSÍVEIS
Válvulas V1 e V2 não acionam.
Filtro de gás sujo (falta gás).
Excesso de gás.
Válvula borboleta mecânica travada.
Furos internos do queimador obstruídos.
Sensor de chama danificado.
Excesso de ar.
Válvula Shutoff fechada.
AÇÕES CORRETIVAS
Verificar fiação e verificar parte mecânica
da V1 e V2.
Realizar a limpeza no filtro.
Verificar se a pressão de gás no
manômetro está nas mesmas condições de
ajuste e, se necessário, inspecionar a
válvula reguladora de pressão, pois ela
deve estar danificada.
Verificar se a válvula borboleta se
encontra destravada e se a Shutoff não
está fechada.
Verificar se os furos internos estão
obstruídos. Caso esteja, providenciar
limpeza.
Verificar parâmetros do inversor, sinal
analógico do controlador e se o damper
(quando aplicável) se encontra travado.
Verificar sensor de chama.
FALHAS E SOLUÇÕES
40
6 - SHUTOFF ACIONADA
CAUSAS POSSÍVEIS
Sobre pressão de gás.
Alarme de baixa pressão de gás.
Calibração fora da faixa de pressão.
MANUTENÇÃO
Diafragma da válvula reguladora
danificada (substituir o diafragma e
ajustar).
Verificar o que acionou a Shutoff e
depois, se não houver nenhuma anomalia
que acarrete maiores prejuízos, rearmar a
mesma.
Se a Shutoff estiver desregulada, ajustar a
pressão de trabalho.
7 - QUEIMADOR APRESENTANDO
RUÍDO
CAUSAS POSSÍVEIS
Excesso de gás.
Problema na parte mecânica.
Difusor fora do ajuste.
MANUTENÇÃO
Ajustar a combustão do queimador. Caso
não consiga, acionar a assistência técnica.
Verificar todas as partes mecânicas e
sanar.
Para ajuste do difusor é necessário
acionar a assistência técnica.
FALHAS E SOLUÇÕES
41
8 - QUEIMADOR NÃO INICIA A
OPERAÇÃO
CAUSAS POSSÍVEIS
Motor do ventilador não parte ou com
giro no sentido oposto ao de
funcionamento normal.
Pressostatos (fluxo / gás alto / gás baixa /
pressão alta).
Parâmetros do controlador de pressão
(SP/ALL do loop de pressão) estão
desconfigurados.
Teste de estanqueidade não concluído
(quando aplicável).
Detector de gás acionado (quando
aplicável).
Temperatura do wetback (quando
aplicável).
Seletor de liga/ desliga.
Sinal analógico de pressão.
Falta de comunicação com servomotores
(quando aplicável).
Confirmação chave de fogo alto e fogo
baixo (quando aplicável).
Inversão de fase no programador.
AÇÕES CORRETIVAS
O programador de combustão tem uma
sequência que tem que ser respeitada.
Verificar o tipo de falha no display.
Verificar parâmetros no controlador de
pressão. Se necessário, configurar os que
são acessíveis ao operador.
FALHAS E SOLUÇÕES
42
Verificar se as válvulas V1 e V2 estão
vedando e se o pressostato de
estanqueidade funciona.
Verificar se existem vazamentos de gás.
Verificar se o sensor de temperatura
(quando aplicável), que se localiza atrás
da caldeira, está funcionando.
Verificar se chave no frontal do painel
está acionada.
Verificar fiação dos transmissores e servo
motores.
Verificar chave de fim de curso ou
feedback do inversor.
Verificar chave de confirmação do damper
do FGR (quando aplicável).
Verificar se não há retorno de tensão no
borne do programador. Não deve estar
energizado naquela sequência.
9 - FALHA NO SERVO MOTOR

CAUSAS POSSÍVEIS
Rompimento do batente de curso.
Perda de sinal analógico.
Queima do servo motor.
Posicionamento dos micros switch
internos fora das posições.
MANUTENÇÃO
Substituir o servo motor e verificar
posição do motor para substituição.
Corrigir a fiação, verificar a saída do
controlador e verificar se tem sinal
analógico no motor.
FALHAS E SOLUÇÕES
43
10 - ALTA TEMPERATURA NA
FORNALHA
CAUSAS POSSÍVEIS
Queimador desregulado.
Termo resistência descalibrada.
Falha do sinal.
AÇÕES CORRETIVAS
Ajustar a pressão e verificar a chama.
Calibrar termo resistência.
11 - VIBRAÇÃO MECÂNICA NO
VENTILADOR OU QUEIMADOR
CAUSAS POSSÍVEIS
Rolamentos danificados.
Desbalanceamento.
Sujeira no rotor do ventilador.
Solda quebrada.
Parafusos soltos.
Motor danificado.
AÇÕES CORRETIVAS
Realizar o balanceamento e limpeza.
Reapertar parafusos.
Lubrificar rolamentos.
FALHAS E SOLUÇÕES
44
12 - FUMAÇA ESCURA
CAUSAS POSSÍVEIS
Excesso de combustível.
Falta de ar de combustão.
Ventilador e caixa de ar sujos.
Tiragem insuficiente.
Refratários ou difusor danificados.
Falta ajuste no came (quando aplicável).
Registro de ar fora do lugar.
Acúmulo de fuligem nos tubos.
Servo motor não abre a borboleta.
Acúmulo de coque na fornalha.
Chama bate na fornalha/ tubos.
Alavanca de comando do ar solta (quando
aplicável).
MANUTENÇÃO
FALHAS E SOLUÇÕES
45
13 - ALTA TEMPERATURA NA SAÍDA
DOS GASES
CAUSAS POSSÍVEIS
Caldeira suja.
Excesso de ar.
Tiragem toda aberta.
Incrustações na área de aquecimento.
Excesso de combustível.
Refratário/ isolação danificada.
AÇÕES CORRETIVAS
Limpar a caldeira.
Verificar tratamento de água.
Verificar refratários e isolação. Caso
estejam danificados, substituir.
14 - CHAMA MUITO LONGA
CAUSAS POSSÍVEIS
Excesso de ar muito alto.
Excesso de vapor de atomização.
AÇÕES CORRETIVAS
Ajustar a pressão do cavalete conforme
regulagem deixada pelos técnicos.
FALHAS E SOLUÇÕES
46
15 - RETROCESSO DE CHAMA,
EXPLOSÕES EM FORNALHAS
CAUSAS POSSÍVEIS
Falha na ignição.
Tiragem insuficiente.
Vazamento por válvulas.
Alta pressão na fornalha.
Entupimentos na chaminé.
Má ventilação da fornalha.
Acúmulo de gás na fornalha.
Velocidade ar/ gás insuficiente.
MANUTENÇÃO
Acionar imediatamente assistência
técnica Steamserv.
Verificar falhas na ignição.
Verificar pressão de interna da fornalha.
Se a pressão for maior que a medida no
start-up, devem ser verificados outros
pontos como: economizadores, tubos
sujos e chaminé obstruídas.
Sempre realizar manutenção periódica em
partes móveis como o damper da
chaminé, damper do queimador (quando
aplicável), base de fixação dos motores e
fim de cursos (quando aplicável).
Verificar válvulas de comando de fogo e
acionamentos elétricos.
Verifique se o programador de combustão
está seguindo os passes conforme carta
de tempo.
FALHAS E SOLUÇÕES
47
16 - CHAMA MUITO CURTA
CAUSAS POSSÍVEIS
Pouco ar de combustão.
Pouco vapor de atomização.
MANUTENÇÃO
Ajustar a pressão do cavalete conforme
regulagem deixada pelos técnicos.
17 - QUEIMADOR APAGA AS VEZES
CAUSAS POSSÍVEIS
Bico sujo.
Modulação muito baixa.
Excesso de ar na chama.
Deficiência de ar na chama.
Falta de gás na chama.
Excesso de gás na chama.
Problemas com a alimentação elétrica.
Inversão de fases.
Falha intermitente em alguma chave
eletrica.
MANUTENÇÃO
Providenciar limpeza no queimador.
FALHAS E SOLUÇÕES
48
18 - O SISTEMA AUTOMÁTICO DE
COMBUSTÃO OPERA, O PILOTO ACENDE,
MAS O QUEIMADOR PRINCIPAL NÃO
ACENDE
CAUSAS POSSÍVEIS
Fotocélula queimada/ suja.
Falta gás no sistema.
Sensor de chama não libera sinal.
Rede de gás obstruída/ fechada.
MANUTENÇÃO
Verificar o funcionamento da fotocélula.
Verificar limpeza da fotocélula.
Verificar modulação e posicionamento da
vávula borboleta do gás.
Verificar cabos de comando das vávlulas.
Verificar cabos de comando do servo
motor.
Verificar e abrir vávulas manuais que
estiverem fechadas
FALHAS E SOLUÇÕES
49
19 - A PRESSÃO DO GÁS NO SISTEMA
É BAIXA
CAUSAS POSSÍVEIS
Filtros sujos.
Válvula de entrada da rampa fechada.
Vazamento por válvulas.
Válvula reguladora de gás desajustada.
Shutoff desarmada.
Gás da concessionária com pressão baixa.
Falta de gás.
MANUTENÇÃO
Limpar filtros.
Verificar pontos de vazamentos e
solucionar.
Se a válvula de entrada de gás na rampa
estiver fechada, abrir devagar para evitar
golpes de aríetes e desarme da Shutt-off
por aumento abrupto da pressão no
cavalete.
Retirar todos os vazamentos.
Reajustar válvula reguladora de gás.
Ajustar a pressão de trabalho da válvula
shut-off.
Acionar a concessionária para solucionar
o problema caso seja necessário.
FALHAS E SOLUÇÕES
50
20 - SISTEMA AUTOMÁTICO DE
COMBUSTÃO NÃO OPERA.
CAUSAS POSSÍVEIS
Pressostatos com defeitos.
Parâmetros do controlador ou CLP
desajustados.
Perda do sinal analógico.
Controladores (quando aplicável) com
defeito.
Modo de operação está em manual.
Servos motores danificados.
MANUTENÇÃO
Verificar parâmetros adequados de
funcionamento deixados pelos técnicos.
Verificar entradas e saídas do controlador.
Selecionar modo de operação em
automático.
FALHAS E SOLUÇÕES
51
21 - O MOTOR DO VENTILADOR NÃO
FUNCIONA
CAUSAS POSSÍVEIS
Defeito no comando elétrico.
Inversor/ soft-starter com defeito ou
desconfigurados.
Disjuntor de proteção desligado ou com
defeito.
Falta de fase.
Defeito mecânico no motor.
Pressostato de ar do queimador não
voltou ao estado de partida (NA).
MANUTENÇÃO
Verificar motor e verificar pertences
elétricos: disjuntor, ligação do motor,
contator etc.
Verificar parâmetros do inversor/ soft-
starter adequados de funcionamento
deixados pelos técnicos.
Verificar se não houve nenhuma
sobrecarga e a causa.
Retirar o motor para revisão ou substituir
a peça.
Verificar o pressostato de ar no
queimador.
FALHAS E SOLUÇÕES
52
22 - SENSOR DE CHAMA NÃO DETECTA A
CHAMA
CAUSAS POSSÍVEIS
Falta de chama na camara de combustão.
Cabos em curto circuito.
Cabos quebrados.
Sensor danificado fisicamente.
Sensor danificado eletronicamente.
Conexões invertidas no amplificador de
chama.
Amplificador de chama incompatível.
Amplificador de chama danificado.
Distância entre os componentes do painel
e campo.
MANUTENÇÃO
Verificar se no display do programador
está indicando 5 Volts.
Consultar a sequência de conexão elétrica
do dispositivo com o programador.
Limpar a lente frontal do sensor.
Verificar toda a fiação elétrica.
Substituir o sensor, caso esteja
danificado.
53
CAPÍTULO 4
PRINCIPAIS FALHAS NO
PROGRAMADOR DE CHAMA
LME11...22 - SIEMENS
A maioria dos queimadores monoblocos
disponiveis no mercado utilizam programadores
de combustão Siemens.
Estes programadores se destacam pelo preço
acessível, pela versatilidade, pela
disponibilidade e principalemente pela facilidade
de instalação, manutenção e compreensão
técnica.
Veremos neste capítulo as principais falhas que
ocorrem em sistemas que utilizam este modelo
de programador e as ações que devem ser
tomadas para a solução dos problemas.
Com certeza estas falhas ja foram comentadas
no capítulo anterior porém daremos atenção para
a simplicidade de tomadas de decisões corretivas
em aparelhos que utilizam estes programadores
especificamente.
FALHAS E SOLUÇÕES
54
1 - TABELA DE CÓDIGOS DE CORES
PARA LÂMPADA DE SINALIZAÇÃO
MULTICOLORIDA (LED) LME11...22
Fig. 08- Tabela de cores do LED no programador de

combustão.
Fonte: Manual Siemens LME11...22.
Após um bloqueio repentino, a luz de

sinalização vermelha acende no programador.
Quando ocorre essa situação deve-se procurar o
o diagnóstico visual da causa da falha
verificando o código de disponivel no
programador.
Para se ter acesso a esta sequencia de códigos é
só manter pressionado o botão de reset de
bloqueio do programador por mais de 3 segundos
e soltar em seguida.
De acordo com a quantidade de vezes que o led
pisca podemos identificar de maneira simples e
efetíva qual foi a causa original da falha
conforme veremos a seguir.
FALHAS E SOLUÇÕES
55
2 - QUANTIDADE DE FLASHES NO LED
DO CONTROLADOR DE CHAMAS
CÓDIGO DE FALHAS
Tab. 01 - Código de alarmes no programador de combustão.
Alarme
Código do
no
LED Possível Causa
term.
vermelho
10
A chama não estabilizou no final do tempo de

segurança (TSA)
- Falha ou sujeira nas válvulas de combustível.
02 Piscadas ON
- Falha ou sujeira no detector de chama.
- Mistura pobre no queimador, sem combustível.
- Falha no eletrodo de ignição.
Falha no pressostato de ar
- Perda do sinal de pressão de ar após o tempo
especificado (t10).
03 Piscadas ON
- Pressostato de ar colado em uma posição apenas.
- Falha durante o teste das válvulas (quando
aplicável LDU11)
04 Piscadas ON Luz extranha na partida do queimador.
Tempo de supervisão do pressostato de ar

05 Piscadas ON
- Pressostato de ar selado na posição de trabalho.
06 Piscadas ON Livre
Perdas constante de chama durante a operação

(limitação de repetições)
07 Piscadas ON - Válvulas de combustível defeituosas ou sujas.
- Detector de chama com defeito ou sujo.
- Mau ajuste do queimador.
Erro de fiação ou erro interno, contatos de saída,

10 Piscadas OFF
outras falhas.
14 Piscadas ON Contato CPI não fechado
Fonte: Manual Siemens LME11...22.

FALHAS E SOLUÇÕES
56
Durante o tempo em que a causa da falha é
diagnosticada, as saídas de controle são
desativadas. Sendo assim:
- O queimador permanece desligado
- A indicação de falha externa permanece
desativada.
- Sinal de status de falha (alarme) no terminal
10, conforme tabela de códigos de erro.
Pressione o botão de reinicialização do bloqueio

por cerca de 5 segundos para obter o
diagnóstico da causa da avaria.
Pressione o botão de reinicialização do bloqueio
por cerca de 1 segundo (<3 segundos) para
realisar o reset do programador de combustão.
57
CAPÍTULO 5
CONCLUSÃO
Este e-book é um compilado de atitudes
práticas que podem ser utilizadas no dia a dia de
manutenção e também da operação de
queimadores.
Um olhar atento, uma pequena atitude de
cuidado com estas máquinas e um olhar crítico
em relação aos detalhes de conservação e
funcionamento tornam o cotidiano de quem
trabalha nestes ambientes muito mais produtivo,
seguro e organizado.
Espero que este livro digital contribua para o

desenvolvimento e disseminação de
conhecimento sobre atitudes de manutenção em
queimadores que utilizam gás natural e GLP
como combustíveis.
Sinta-se a vontade para conpartilhar, comentar e

propor novas ideias e maneiras de manter suas
máquinas operando com máxima eficiência e
segurança.
33
CAPÍTULO 6
BIBLIOGRAFÍA
Riello. Instruções de Instalação, Funcionamento e
Manutenção. 2915937 (5) - 09/2012.
Santos, Gilson Manoel dos. AQUECEDORES DE

FLUÍDO TÉRMICO - Operação, Manutenção e
Segurança. Curitiba, PR 2001.

E-Book Manutenção em Queimador Industrial - GN

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EZEQUIAS ROQUIM

Na prática, a função do queimador industrial é fazer com

E, como toda máquina, os queimadores demandam

Pensando nisso, desenvolvemos este e-book sobre como

Iremos verificar cada ponto de montagem e

Vale lembrar que toda manutenção deve ser

No ambiente laboral deve-se utilizar também

O cavalete de gás é um equipamento que

Fonte: Manual Riello RS130.

Vamos entender cada componente do

1 - ENTRADA DE GÁS NO CAVALETE

Aqui iremos seguir um raciocínio de manutenção

Fonte: Manual Riello RS130.

Vamos entender cada componente do

Fonte: Manual Riello RS130.

Came vermelho: 90°

Came laranja: 15°

Fig. 04 - Detalhes do ajuste do servomotor

Fonte: Manual Riello RS130.

Fonte: Manual Riello RS130.

Fig. 06 - Programador de combustão LME21.

Fonte: Manual Riello RS130.

Fig. 07 - Pressostato de ar da combustão.

Fonte: Manual Riello RS130.

Fonte: Manual Riello RS130.

Aqui iremos seguir um raciocínio de manutenção

4 - ALARMES DE PRESSÃO ALTA DE

9 - FALHA NO SERVO MOTOR

14 - CHAMA MUITO LONGA

17 - QUEIMADOR APAGA AS VEZES

Fig. 08- Tabela de cores do LED no programador de

Fonte: Manual Siemens LME11...22.

Após um bloqueio repentino, a luz de

A chama não estabilizou no final do tempo de

04 Piscadas ON Luz extranha na partida do queimador.

Tempo de supervisão do pressostato de ar

Perdas constante de chama durante a operação

Erro de fiação ou erro interno, contatos de saída,

14 Piscadas ON Contato CPI não fechado

Fonte: Manual Siemens LME11...22.

Pressione o botão de reinicialização do bloqueio

Espero que este livro digital contribua para o

Sinta-se a vontade para conpartilhar, comentar e

Santos, Gilson Manoel dos. AQUECEDORES DE

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