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Cúpula Espiritual
A Umbanda nasceu muito antes de seu anúncio neste mundo, ela veio do anseio
de uma espiritualidade forte em sua luz, conhecedora das mazelas da humanidade, sua
descrença e ignorância no conhecimento do espírito e da espiritualidade que domina
todos os mundos, cada ponto do universo, que envolve e interage o tempo todo com
todo o plano material, com o ser humano no estimulo do bem ou do mal. Reuniu de
forma eclética, inteligente, respeitosa e bem articulada os aspectos espirituais mais
relevantes das religiões e doutrinas, das quais absorveu o melhor conteúdo conciliador e
doutrinário de referência ao espírito, a se destacar o Candomblé, Catolicismo,
Kardecismo e outras.
A Umbanda vem cada vez mais adquirindo essência única, desvinculando-se das
associações e sincretismos, aprimorando suas práticas, assumindo sua própria
identidade.
Para seguir em frente com esta missão, com este desafio, a Espiritualidade de Luz
traçou suas estratégias, suas metas, recrutou os Espíritos de Luz aos quais Oxalá deu o
desígnio e o domínio sobre todos os elementos e energias universais, cósmicas, naturais,
das sensibilidades e dos sentidos, habilidades, intelecto, emoções e tudo mais que rege a
natureza de cada mundo e de seus ocupantes, e na Terra ao ser humano.
Como auxiliares de Oxalá, estão os orixás , que são seus representantes diretos,
são idealizadores das vontades divinas, criando o plano que governa, dirige e oriente
todas as camadas espirituais de Direita e Esquerda e todos os espíritos encarnados ou
não. Na umbanda acreditamos que não é possível incorporar um orixá, o que ocorre
nas gira e sentir-se a irradiação de seus falangeiros.
O templo tem como guia chefe e dirigente no plano espiritual o Caboclo Pena
Branca e pai Izidoro de Rhiundia...
Cúpula Material
Estes espíritos trazem no DNA espiritual o diferencial para que seja aplicado,
ativado quando de sua chamada para o exercício de sua missão, fundando Templos e
adotando as práticas, ensinamentos, a consciência religiosa umbandista, reunindo
seguidores, orientando-os e formando-os para o objetivo de despertá-los para o
reconhecimento da existência do espírito, dos planos espirituais e suas camadas, da
necessidade da evolução galgando os degraus de luz que podem levá-los mais próximos
da luz mais intensa, da luz maior de Oxalá, que é a referência que a Umbanda dá ao
maior, único e absoluto padrão de luz que um espírito pode atingir, mas nunca se
igualar. Da mesma forma a consciência da escuridão e suas profundezas até o mais
escuro estágio que um espírito pode atingir, onde a referência é a maldade perversa que
leva as trevas e aos mais desesperadores martírios que o abismo espiritual pode impingir
a seus ocupantes, o frio intenso e doloroso, somente sentido pelos espíritos isolados de
qualquer resquício de luz presos as amarras do mal ao qual sua própria índole o levou.
É com esta consciência que uma Mãe e um Pai de Santo, seus Filhos e seguidores
devem levar adiante o objetivo traçado por Oxalá para a Espiritualidade de Luz e por
consequência para todos que foram recrutados por eles. Este é o maior sentido de
responsabilidade e comprometimento que um espírito pode ter, está acima de qualquer
outro, pois nele está incutido todo o significado do bem e o maior requisito para
alcançar a luz.
Em meio a todas as diferenças de seus Filhos uma Mãe ou um Pai de Santo devem
ter também estrutura íntima e espiritual que lhe permita reunir esforços, paciência e
prudência para poder lidar com antagonismos, egos e divergências, sempre procurando
preservar a harmonia e união do grupo, bem como o equilíbrio da Casa e da Corrente.
Rubens Saraceni a luz dos ensinamentos do caboclo das sete encruzilhadas nos
traz um olhar sobre a sagrada missão do sacerdócio na nossa religião, “Portanto, a
missão do sacerdote de Umbanda é trabalhar as necessidades das pessoas sem
perguntar quem são elas e de onde vêm, pois são seres humanos em busca do auxílio
espiritual oferecido pela Umbanda, ou vêm porque buscam dar um novo rumo religioso
às suas vidas.”
Mãe pequena
No nosso templo a mãe pequena tem função polivalente além dos habituais, pois
ela faz doutrinação, auxilia os médiuns durante a incorporação e reequilibra as energias
após a irradiação dos falangeiros de orixá, transportes e as incorporações de guias.
Exercer a função de cambona chefe, tira dúvidas da assistência e dos médiuns da casa.
Atua na coordenação dos trabalhos de cura. Atua como irradiadoras de energias de luz
e reequilíbrio.
De todos nós que escolhemos, e, aceitamos estar num Terreiro, a mãe pequena é a
que não pode faltar faça sol, chuva, frio o q for precisa estar ali
Ogãs
Assim, vê-se a importância dos ogãs saberem os pontos e o que cada ponto
significa, a energia que cada ponto traz. A vibração espiritual associada com o médium
que está girando está completamente associada com a vibração do canto e da voz dos
ogãs. De todos os médiuns, principalmente os ogãs têm a função de concentrar e
canalizar as energias durante o trabalho espiritual. O ogã, assim, precisa aprender não
só a cantar com o voz, mas, também, com a alma, com o coração. Como o pai-no-santo
precisa, muitas vezes, estar incorporado durante a gira, os ogãs não devem contar com
ele para saber que linha e que pontos devem cantar. Com o passar do tempo, o ogã
conquista uma grande sintonia com os médiuns e com os guias de cada médium, por
estar diretamente conectado com os espíritos e as linhas de trabalho que estão
encarregados a trabalhar em cada médium. Com a incorporação da entidade, é natural
que os ogãs saibam intuitivamente, e pela experiência e observação, o tipo entidade
(caboclo, exu, preto-velho etc) e a linha (o orixá) para a qual ela trabalha. Essa sintonia
entre os ogãs e as entidades, quando apurada, dá força às entidades, aos médiuns e ao
trabalho, de forma geral.
Como qualquer médium, veio com uma missão predeterminadas pelas forças
superiores. Todo ogã tem obrigação de cuidar de e buscar o aprimoramento de seu
dom. Seu desenvolvimento e crescimento mediúnico dependerão exclusivamente de si
próprio, pela disciplina, força de vontade, fé e respeito para com as obrigações.
Cambono
Orientar os consulentes quando não for entendido por ele o que foi determinado
pela Entidade de Luz, como por exemplo algum banho, entregas, novas consultas,
vibrações e o que for necessário. Qualquer dificuldade em orientar os consulentes,
pedir auxilio a Mãe Pequenos ou mesmo ao Pai de Santo, não tente resolver
um problema que não faz parte da ossada de sua função.
Prestar extrema atenção na consulta, para não ser infringida nenhuma regra ou
regulamento da casa, e notando alguma anormalidade deve ser comunicado ao Chefe de
Cambonos, no nosso templo a Mãe Pequena do Terreiro, e, conforme o caso, o Pai de
Santo.
Não pode incorporar quando está atendendo a uma Entidade, exceto quando
autorizado pela Entidade a quem estiver servindo, ou se essa Entidade o trouxer junto ao
consulente para um provável descarrego. Mas tudo isso com a autorização prévia da
Entidade incorporada no momento.
Muitos médiuns acham que o Cambono é algo inferior dentro de um terreiro, que
seu trabalho pode ser substituído por qualquer pessoa. Pois não é, o Cambono é
extremamente necessário para o bom caminhar de toda uma Gira. Basta dizermos que
por muitas das vezes uma Entidade de Luz entrega toda a confiança a seu Cambono,
falando-lhe e ensinando-lhe milhares de coisas, que um médium um tanto mais distante
dos afazeres dentro de um terreiro nunca aprenderia se não passasse por um bom tempo
como Cambono.
Mediuns
Faremos uma breve classificação dos médiuns que trabalham na casa, por
questões didáticas, segue.
Médiuns de trabalho - São os médiuns que dão consulta, as suas entidades já estão
bem desenvolvidas. Alguns chamam de Médiuns prontos, outros de Médiuns batizados
(pode ser tenha outros significados ou contexto, temos médiuns que são batizados no
ritual de umbanda que não são médiuns de trabalho, e médiuns de trabalho que não são
batizados, se for usar talvez seja necessário aprofundar um pouco na pesquisa nesse
termo, para não geral duvidas), outros de Médiuns feitos. Essa nomenclatura também
varia de acordo com a orientação do Babalorixá ou Ialorixá, da raiz da Casa ou ainda de
estado para estado.
Médium em desenvolvimento - São médiuns que como o nome já diz, estão em
desenvolvimento. Dependendo do terreiro eles podem dar passes, já incorporam uma ou
outra linha, mas ainda não dão consultas. Estão sendo preparados para tornarem-se
médiuns de trabalho.
Médiuns iniciante - Também como o nome diz, são médiuns que ingressaram a
pouco tempo no terreiro e ainda não incorporam.
Médiuns de sustentação – como o nome diz faz a sustentação energética do
trabalho, mantendo o padrão vibratório saudável por meio de pensamentos elevados,
assim, ajudam a manter a segurança e a firmeza no trabalho.
Transa - É a pessoa responsável por recepcionar os assistidos e coordenar a ordem
de atendimento.
Todos nós temos mediunidade, prova disso é a intuição que em muitas situações
nos avisam de perigo ou nos orientam em momentos de dúvida. Contudo, há pessoas
que tem ela mais aflorada, ostensiva, tendo como missão de vida trabalhar essa
mediunidade, no nosso caso em através da caridade.
Os médiuns são porta-vozes do plano espiritual. Eles são, por isso, canais de
alívio para muitas aflições. Pois tiram os acompanhantes que estão com os consulentes.
Ou apenas levam e trazem mensagens entre estes dois planos. São encontrados com este
nome e com muita frequência nas religiões espíritas, mas em outras religiões esta
manifestação também acontece, porém com outras denominações, mas de fato
acontecem.
Transa
ORGANOGRAMA HIERÁRQUICO –
Cúpula Espiritual
Pena Branca
Pai Izidório
Cúpula Material
Cambono-Chefe
Mãe de Santo
Cambonos
Médiuns
de Trabalho, Desenvolvimento,
Transporte e Iniciantes)
Transa
DISCIPLINA
AS ARMADILHAS DA ANSIEDADE/VAIDADE
É comum encontrarmos médiuns “afoitos” abandonando um terreiro por achar que não está a ser
“valorizado” por seu dirigente porque acha-se preparado e não foi reconhecido.
Precipitar o processo pode acarretar em desânimo, frustração e pode transformar um bom médium
num mistificador, vaidoso e arrogante, fazendo talvez com que se desvirtue do seu caminho e comece a
culpar a Umbanda, seu terreiro, seu/sua dirigente por seus desajustes.
O médium que depois de uma análise de seu dirigente e da espiritualidade da casa foi indicado
para receber seu preparo, deve ter muita humildade e não sentir-se envaidecido pelo posto, ou melhor
tarefa que lhe foi designada e entender que apesar do preparo ele nunca estará realmente “preparado” para
tal compromisso, pois o preparo é constante.
Agora que ele assumiu essa tarefa de forma consciente e não emocional sua atenção e
responsabilidade perante seu desenvolvimento mediúnico precisa aumentar, pois ele passa a ser um
expoente dentro do seu terreiro e como tal tem a responsabilidade, se não a obrigação de ser um exemplo
na casa.
O tempo é leal conselheiro e se esse for seu caminho dentro da Umbanda, não se apresse nem se
preocupe, o tempo chegará no momento em que você estiver pronto para iniciar uma nova etapa no seu
desenvolvimento. Enquanto isso procure servir a espiritualidade, seu terreiro, seus irmãos de corrente
e assistência da melhor maneira possível. E lembre-se que a pressa é inimiga da perfeição, da
compreensão e da sua evolução.
CONDUTA DOS MÉDIUNS – Disciplina
“Não nos repugne o verbo obedecer. Tudo o que constitui progresso e aperfeiçoamento guarda a ordem
por base. Não olvides que a disciplina principia no Céu. As mais sublimes constelações atendem às
leis de equilíbrio e movimento. O Sol que nos sustenta a vida no mundo repete operações de ritmo,
há numerosos milênios. A Lua que clareava o caminho das mais remotas civilizações da Índia e do
Egito efetua, ainda hoje, as mesmas tarefas, diante da Humanidade. ... Chamados a servir aos
nossos semelhantes no Espiritismo Cristão, em favor de nós mesmos, saibamos cultivar a liberdade
de obedecer para o bem, aprendendo e ajudando sempre. Jamais nos esqueçamos de que Jesus se
fez o Mestre Divino e o Soberano das Almas, não somente porque tenha vindo ao mundo,
consagrado pelos cânticos das Legiões Celestes, mas também por haver transformado a própria
vida, em Seu Apostolado de Amor, num cântico de humildade, obedecendo constantemente a
vontade de Deus.”
Scheilla, Livro "Taça de Luz" - Francisco Cândido Xavier
Sintonia significa entendimento, harmonia, compreensão, afinidade ou equivalência. A boa sintonia precisa ser
um modo constante do indivíduo, estabelecendo um estilo de vida pessoal. Bons pensamentos sintonizam Bons
Espíritos. A amorosidade, a prontidão, a dedicação são formas eficientes de construir sentimentos superiores. A
natureza é um imenso campo de vibrações e fluidos, onde os seres transitam, influenciando e sendo
influenciados. Quando pensamentos negativos (melindres, irritação, ciúme, inveja, raiva, ira, tristeza) surgirem,
devemos nos questionar sobre sua causa e procedência.
Disciplina, sinônimo de ordem, organização, começa pela assiduidade dos Médiuns, iniciando desde o respeito
aos horários, hábitos salutares de silêncio e respeito são indispensáveis para a harmonização do ambiente.
VIDA versus TERREIRO
DÁ PARA SEPARAR?