Você está na página 1de 10

09 22 2011 o primado de Kardec

Ver até que ponto o caráter do homem quando estava na terra ainda está refletindo no ser
espiritual que está se comunicando

Consolação espírita vem pelo esclarecimento

Informação espírita qualificada gera um esclarecimento que pode sim no momento que você
precisa te dar uma consolação impressionante, mas se você não tiver a informação você
também não vai ter esta respectiva consolação

Espiritismo = passou a existir a partir desse ensino coordenado metodicamente por Kardec
(codificação)

Coordenação metódica dos ensinamentos ditados pelos Espíritos

Método = aferição, submeter a uma comprovação que está sendo falado

Agora este método vai fazer uma aferição, vai submeter a uma comprovação que está sendo
falado. Não basta falar para o sujeito aceitar como verdade, é isso que essencialmente a alma
do espiritismo: não acreditar cegamente em nada que os Espíritos estão a dizer, eles são ou
foram, melhor dizendo, os homens, muitos deles são mais ignorantes do que nós, mas como
são invisíveis podem fazer parecer uma coisa que não são e podem nos enganar. Esse é um
escolho que o espiritismo não dissimula, ao contrário nos ensina como evitar.

Em tudo isto (diz o Kardec muito modestamente, né, ele era muito moderno) não fiz senão
(como se fosse pouco, né, eu só fiz isso) recolher e coordenar metodicamente o ensino dado
pelos Espíritos; sem levar em conta opiniões isoladas (olha aí! Então o sujeito trabalha
isoladamente lá no centro dele, tudo que vê e todo mundo acredita. Que isso? Isso é
espiritismo? Não, é espiritualismo! Ah, mas ensinam muitas coisas boas! Graças a Deus que o
bem já está espaço, né, a questão é o resto do pacote, que ele só se detêssem no bem, no
ensino chamado moral, tudo bem, problema é que eles excedem, vão além do ensino
chamado moral: vem com detalhes, descrições, não sei o quê, ideias particulares e o Kardec aí
é que nos chama atenção. Cuidado! A moral, a palavra caridade, né, aparecem às vezes muito
recheada no texto pode ser apenas um chamariz, uma espécie de passaporte para ele fazer
aceito o seus sistemas, fazer aceitos os seus sistemas particulares, as suas opiniões pessoais.

 Os Espíritos sensatos, honesto dizem: não, estou te dando a minha opinião, é o que eu
penso
 Os Espíritos menos sensatos, menos honesto vão querer impor isto como uma verdade

Então tomar cuidado: o conjunto, o contexto é que vai dizer). Sem levar em conta opiniões
isoladas, adotei as do maior número (então em todas aquelas milhares de comunicações que
havia na correspondência do Kardec, ele pegava os denominadores comuns, aquilo que eles
ensinavam igualmente por diversos médiuns, em diversas localidades. Isso dava para Kardec
um ar mais grave, não quer dizer que fosse necessariamente a verdade infalível. Havia um
segundo critério que era também passar aquilo pelo crivo da razão e da lógica mais severa e
dependendo do assunto, se fosse necessário, vai depender do assunto naturalmente, colocar
aquilo de acordo ou em contraponto, no caso aí, com os dados positivos da ciência. O que que
a Ciência está falando? Eu não vou aprender ciência com os Espíritos. O espírito se aventura a
falar sobre outros mundos. É o campo de quem? Da astronomia! Que que o espírita vai fazer?
Vai ver o que que é astronomia diz para aferir da informação que o espírito está falando. Ah,
mas a gente não tem a capacidade de aferir o que ele falou! Então você fica com a ciência e
esquece o que ele falou. É assim que o espiritismo procede: fica lá com que a astronomia está
dizendo, esquece o que o espírito falou por que qual é a utilidade do espírito dizer alguma
coisa que eu não posso aferir nem de perto? Que que ele quer com isso? A filosofia espírita vai
perguntar para ele. Ele não pode estar mal-intencionado? Querer fazer parecer que tem um
conhecimento que a gente não tem, por isso é mais elevado? Os Espíritos Superiores não ficam
jaquetando conhecimento, eles falam com a gente do jeito que a gente pode entender. O
maior exemplo foi Jesus. Olha as suas parábolas: as coisas mais simples do mundo podem-se
depreender dali as relações mais profundas de espiritualidade, mas tudo com elementos do
dia a dia, do cotidiano, sem complicação e ele era puro, não era só superior, né. Então vejam:
há outros Espíritos que já não procedem assim porque ainda há o que? Orgulho, ainda há
vaidade, ainda há o personalismo então aí entra o critério espírita: olho vivo! Cautela! Vamos
analisar com calma tudo o que eles estão falando.

Ideias sistemáticas = ideia que o espírito repete muito, que faz muita questão de falar nela
toda hora. Aparece num livro, aparece no outro, aparece de novo. O que que é isso? É uma
ideia que não sai da cabeça dele, é um sistema dele, mas que ele não se preocupou em dizer
para você que é uma opinião pessoal dele, ele está repetindo porque na verdade ele está
querendo impor para você aquele sistema.

Que que fez o Kardec: opa! Está muito estranho isso daí, afasta!

...adotei as do maior número, afastando as ideias sistemática, individuais = só aquele espírito


fala do assunto! Só ele e mais uns dois ou três da turma dele então também não vou adotar,
pode ser uma opinião só desse grupo aí. Eu tenho que ver o que que os outros estão falando
também sobre o assunto.

...sistemática, individuais, excêntricas = quer dizer que foge assim da realidade mais imediata,
né, coisas estranhas, meio bizarras, com um tom meio místico, toma cuidado com isso, é sinal
característico de mistificação: a excentricidade, o misticismo.

...ou em contradição com os dados positivos da ciência = vem o espírito falando uma
inverdade astronômica, química ou física, deixa para lá! Kardec afastou. Então ele diz muito
modestamente: não fiz se não... como quem diz: ah, só fiz isso aqui... gente, isso é tudo! Sem
isso não haveria o espiritismo. Então por que que a gente adota como premissa maior
segurança no trabalho de Kardec? Por este tipo de procedimento, é a metodologia dele, está
aqui ó: coordenação metódica do ensino dado pelos Espíritos.

O que que significa isso?

 Não leva em conta opiniões isoladas


 Adota as do maior número
 Afasta as ideias sistemáticas, individuais, excêntricas ou em contradição com os dados
positivos da ciência

Esse é o método de Kardec quando vai aferir as comunicações e hoje o que que se faz?

Não faz nada, não se compara nem com o Kardec, a gente aceita de pronta mão.

 Porque é um espírito que só ensina o bem


 Os livros deles só ensinam, só fala sobre Jesus

Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Os padres não ensinam muito bem sobre o
evangelho? É a profissão deles.

Ele fala tão bem!

E daí? Tem que ir mais a fundo nessa história aí. Isso é uma coisinha chamada retórica, é
capacidade que você tem de falar sobre um determinado assunto. Você pode falar dando
demonstrações de que sabe ou pode falar enganando sobre o seu próprio conhecimento. Você
tem que ver o que está por trás do que está sendo falado. A metodologia de Kardec vai lá. Hoje
a gente faz isso? Não, estamos muito distantes!
NOTA DE KARDEC

Esse o objeto das nossas publicações (quer dizer: dos meus livros, está dizendo Kardec aqui)
que se podem considerar (vejam bem! Kardec definindo o que são as suas obras) o resultado
de um trabalho de apuro (faz uma apuração de todo esse conjunto). Nelas (nessas obras),
todas as opiniões são discutidas (não só nas chamadas obras fundamentais, no chamado
pentateuco que é um equívoco, não existe pentateuco. Kardec tem muito mais do que cinco
livros e Kardec não é Moisés, vamos parar de misturar os canais aí, o pentateuco são os cinco
primeiros livro da Bíblia. Não existe pentateuco de Kardec. Que história é essa? Só tem cinco
livros? Não! Tem quase 20, tudo é codificação, tudo faz parte do processo do espiritismo. E a
Revista Espírita? Também entra na jogada aí). todas as opiniões são discutidas (quem estuda
os textos de Kardec vê ali o que? O debate, é a investigação dos conceitos, dos fatos que são
apresentados, enfim.

Mas as questões somente são apresentadas em forma de princípios (que que é o princípio
aqui? É o que é considerado uma verdade adquirida ou comprovada, quer dizer: eu debato,
debato, debato e discuto. Posso chegar a uma conclusão e a partir desse debate, dessa
discussão estabelecer um princípio, ou seja, uma verdade adquirida, alguma coisa na qual nós
podemos confiar pelo processo de análise exaustivo ao qual essa coisa foi estabelecida) então
o Kardec diz aqui: as questões somente são apresentadas em forma de princípios (ou seja,
como uma verdade adquirida, admitida) depois de haverem recebido a consagração de todas
as comprovações, as quais, só elas, lhes podem imprimir força de lei e permitir afirmações
(não basta o espírito dizer! O espírito falou pelo Chico Xavier então é verdade porque o Chico
era maravilhoso. O Chico era maravilhoso, mas não quer dizer que o espírito falou, é verdade!
Pronto! Metodologia espírita... aí quando começa aplicar o coração, né, começa a bater.
Kardec é maravilhoso, mas se a gente bota na realidade, ai: ai, meu Deus! Mas é isso: ou vale
ou não vale. Então dizer, exaltar Kardec e na hora de aplicar a metodologia dele a gente fica
com medo, como é que fica? Não pode! Não é falar mal, é analisar as coisas como elas são: o
que que é espiritismo e o que não é!

Porque o médium é muito prolífico!

porque o tem uma produção extraordinário!

Porque ele escreve com muita facilidade!

Isso é o aspecto fenomênico, é o aspecto da faculdade mediúnica. O espiritismo se detém no


fenômeno, gente? Não! O espiritismo em si mesmo vai ao conteúdo que é vazado pelo
fenômeno. E aí? Esse conteúdo passou por esse escrutínio aqui? Não! Nunca ninguém analisou
nada, tanto que quando a gente para analisar a gente vê as diferenças com Kardec e fica
assustado! E aí fica assustado, descobre que está integrando uma religião, a gente está numa
religião igrejeira infelizmente, podia ser uma religião sem ser igrejeira, não é isso? E aí faz uma
forma acomodatícia: você começa a querer a união de duas coisas que não se podem unir,
você chama de complementação um negócio que está contradizendo. André Luiz vem, dá uma
informação sobre um monte de bicho no além: é pássaro, é pantera, é cavalo! A codificação
diz categoricamente no número 600 do Livro dos Espíritos que não é dado aos princípios
inteligentes os espíritozinhos dos bichos, né, entrar em contato com nenhuma outra criatura,
eles são aproveitados imediatamente, ou seja, reencarnam imediatamente porque eles
precisam desse processo mais automático da reencarnação. É o número 283 também do Livro
dos Médiuns. Então há uma contradição entre ambos: o Kardec recebeu uma instrução, o
André Luiz traz outra! Isso é apenas um fato, é apenas uma constatação.

Eu me aventuro a dizer o seguinte: é preciso escolher!

o Quem é que tem mais segurança?


o Quem tem um conjunto apurado dessas revelações na sua obra?
O André Luiz? Não! É a opinião de um espírito, é uma opinião pessoal dele, só! O Kardec fez
esse trabalho então por presunção e por coerência eu vou escolher o Kardec e não o André
Luiz

Ih, Sérgio, você...

Eu não disse que na hora de aplicar era difícil? Eu avisei antes!

A gente fala do Kardec: ah, que maravilha, o Kardec! O professor! O educador! O cientista! O
poliglota! Ó, espiritismo! Que glória da humanidade!

E na hora de aplicar o que ele ensinou na própria matéria pertinente a gente não faz! Grave,
muito grave, por isso que eu tenho que falar dando o nome para os boizinhos que é para vocês
raciocinarem! Não adianta eu me omitir nisso! Muita gente vem: Sérgio, não fala essas coisas
que acaba prejudicando o seu trabalho!

Eu digo: gente, se eu não der aplicabilidade ao que está sendo falado, ficar aqui eu vou me
virar um outro retórico dizendo coisas bonitas, coisas que todo mundo aceita, aí vem um outro
aqui, fala bonito também, vocês vão aceitar do mesmo jeito? Que que é isso? É enganação,
gente! Eu não sou desse time, tá? Ou a coisa vale ou tem coerência com Kardec ou não tem. A
gente tem que escolher! Nós estamos no momento muito difícil no movimento espírita: ou a
gente colhe ou a gente vai ficar se enganando, né).

Então aqui nesses dois textos Kardec na Revista Espírita, setembro de 1863, segunda carta ao
padre (?) ele descreve a sua metodologia e também na Gênese, capítulo primeiro, nota ao
número 53 (nota! Impressionante a modéstia do Kardec (né): ele vai definir, vai falar sobre a
sua própria obra numa nota de rodapé do capítulo primeiro do número 53, mas vejam que
texto importantíssimo! É isso).
Agora, para que falar dessas coisas? Olha só, eu não disse que a gente tinha que lançar um
olhar histórico sobre os fatos? Eu tenho que lançar um olhar lá para trás e ver como é que o
processo vem se desenvolvendo senão não tem informação, vou ficar (?) acreditando em um
monte de bobagem! Olha o que que o Kardec fala num artigo dele de setembro de 1862
intitulado o que deve ser a história do Espiritismo. Espiritismo tem uma história? Tem e está
registrada pelo próprio punho de Allan Kardec, em 12 volumes da Revista Espírita, nas suas
obras fundamentais! Está tudo lá bem registrado e a gente não se dá o trabalho de ler porque
está lendo outras coisas, alguém me disse que eu tinha que ler esse livro, aquele outro e o
Kardec que é bom há menos ênfase! Não vou dizer que não é lido absolutamente, mas ele não
é lido na escala de valores que mereceria. O primado é de Kardec, o primeiro lugar é dele. Se
eu não tenho tempo, se o meu tempo é reduzido eu tenho que dedicar esse tempo a leitura de
Kardec, não a outras. Se eu tenho mais tempo, aí então eu passo para outras leituras. Agora,
terei que aplicar nessas outras leituras o que aprendi no Kardec sob pena de não ter coerência
espírita. Está difícil de acompanhar? É alguma coisa muito absurda o que eu estou falando?
Será que eu estou obsediado? Hein? Eu acho que é a lógica, então estou sempre aberto a
conversa, eu estou sempre conversando com as pessoas, estou sempre aberto a discussão e ao
debate, eu não sou uma pessoa fechada para coisa nenhuma, agora é o seguinte: vem querer
me impor a título de espiritismo alguma coisa que não tem fundamento em Allan Kardec eu
não escuto, eu não dou razão por que está ferindo a estrutura histórica e conceitual do que a
gente chama espiritismo. Eu não posso admitir a opinião de um único espírito impor-se ao
conjunto apurados das revelações metodicamente coordenada por Allan Kardec que
supostamente por uma questão de logística, é uma lei da lógica, tem mais segurança! Claro
que as pessoas a quem isso não interessa trabalham para encontrar ou tentar encontrar
supostos erros. evidentemente que há um interesse nisso daí, a gente tem que saber separar
uma coisa de outra.

Diz lá o que deve ser a história do Espiritismo para o Kardec.


Será interessante (olha a preocupação dele! Esse homem não vivia o presente, gente, cabeça
dele estava lá adiante, por isso o desprendimento. As pessoas não entendem o
desprendimento de certas pessoas. Isso aí é porque a cabeça dele não está no presente, ele
dizia: o futuro está escrito diante de mim em letras de fogo, então ele sabia o que que ele
estava fazendo aqui, então ele estava com o olhar lá adiante do horizonte) para as gerações
futuras saber por que meios ele se terá estabelecido). Está vendo? Ou seja, é preciso estudar a
história dele e a história do espiritismo não é a história da FEB, que é outra história! A história
do espiritismo é o procedimento de Allan Kardec, é a biografia dele, é como ele trabalhou para
codificar o espiritismo. Isso é que a história do espiritismo. O que veio depois, é outra história,
já é o espiritismo que as pessoas fizeram, já não é exatamente o espiritismo, já é o espiritismo
que certas instituições fizeram e que muitas vezes está em contraposição ao espiritismo entre
aspas de Kardec, como se tivesse algum outro, né, mas há! Na prática há:

 Existe o de Kardec
 Existe o da Federação
 Existe o do centro não sei das quantas que já quer um negócio diferente

Para onde isso vai levar, né. Então cria outra religião, outra seita, não tem problema nenhum
nisso! Porque alterar o que o Kardec deixou sem nenhum fundamento, né). Então: será
interessante para as gerações futuras saber por que meios ele se terá estabelecido (então
vamos estudar, claro! A intriga (olha o texto dele) e a ambição não devem usurpar o lugar que
lhes não pertence, nem um reconhecimento e uma honraria que lhes não são devidos. (ou seja,
vamos botar os pingos nos is porque a intriga e a ambição distorcem a história para fazer valer
os seus interesses pessoais. Havia os integrantes e os ambiciosos que não concordavam com o
procedimento de Allan Kardec e tentavam jogar lama no trabalho dele. O senhor JB Roustaing
foi um! Jesus o tenha e o ilumine. Nosso irmão em humanidade. Estamos falando da história.
Infelizmente foi o que ele fez, vamos ver aqui. Então a maneira dele trabalhar, a maneira dele
proceder, as reivindicações de independência ao espiritismo que ele fez, ou seja, deixa o
Kardec para lá, no fundo é isso, é o que é feito por muita gente hoje para poder fazer valer o
seus sistemazinhos particulares e deixar o Kardec sem o primeiro lugar na escala de valores.
Então por que que é interessante eu saber como é que o espiritismo se estabeleceu? Porque
os pingos têm que ser colocados nos is, a intriga e a ambição não podem ter um lugar que ela
não merece, ou seja, informações falsas são repassadas as pessoas e tem muita gente
escrevendo livro aí com inverdades em relação ao processo histórico de codificação do
espiritismo para quê? Para fazer distorcer essa ideia e impor o seu sistemazinho contra o
mérito de Kardec que as pessoas muitas vezes não conhecem porque não estudam, por isso
não abram mão... foi o que eu disse: consolação faz parte do nosso trabalho, mas é preciso
que haja informação. O sujeito tem que ser crítico não em detrimento de ser espiritual. Pessoa
acha: ah, o espírito não pode ser crítico, não pode ficar criticando, ele tem que ser amoroso.
Vocês já leram os Evangelhos na Bíblia? O nosso guia, o nosso modelo está ali: é Jesus! Em
muitos momentos ele era bem enérgico, fazia coisas que nós não faríamos aqui. Você chama
alguém de hipócrita assim na lata? Jesus fazia: hipócrita! Por que que você me tenta? Foi
meigo? Ele foi meigo com os meigos, com quem estava merecendo a meiguice dele, mas quem
merecia a energia ele dava energia e ainda por cima tinha autoridade moral para isso porque o
problema de Jesus para os fariseus não é o que Jesus ensinava necessariamente, era o como
ele ensinava e autoridade moral dele: o cara não tinha rabo preso! Que coisa! Né. Então é
aquela história: não tem o que dizer, inventa! Então fizeram aquela rede de Intrigas, né,
sempre tentando pegar Jesus em alguma coisa: ah, está vendo essa moeda aqui? Que que você
acha? Vamos pagar o imposto ou não vamos? Né. Se paga o imposto fica mal com o povo que
não quer pagar imposto, se diz que não paga fica mal com o Cézar que quer receber o imposto.
Sai dessa que eu quero ver, né? De quem é essa esfinge aí? Qual é o rostinho que está gravado
aí nessa moeda? Ah, é de César, é de Tibério! Então está bom, dá para ele o que é dele! Dá
para Deus o que é de Deus. Que beleza, né. Muito bem. Então estou justificando aqui. Olha
aqui viram a linha de pensamento do Kardec? Por que que a gente estuda, por que que a gente
vai as fontes? Olha aqui, é preciso saber como é que o espiritismo se estabeleceu, o que deve
ser a história do espiritismo). E continua ele lá. Olha lá: Se há Judas (texto do Kardec), forçoso é
que sejam desmascarados. (ah, Kardec! Isso é falta de caridade! Deixa o Judas para lá,
coitadinho. A verdade vai prevalecer! Não é assim? Como se fosse no automático. Claro que a
verdade vai prevalecer, gente, é óbvio, a lei de Deus se impõe, os Espíritos acabam
aprendendo, mas isso usurpa a nossa responsabilidade gente? Né. Os nossos deveres muitas
vezes incluem fazer coisas desagradáveis, que não gostaríamos de fazer, mas que não temos
outro caminho, sob pena de sacrificarmos muitas vezes os nossos princípio, o famoso vender o
que não tem preço! E aí? Como é que eu fico depois? Fico numa situação moralmente
desconfortável). Diz Kardec: Se há Judas (nessa história do espiritismo), forçoso é que sejam
desmascarados. [...] importa que seu papel não seja desnaturado (do espiritismo, né),
(importa) e opor uma história autêntica (olha aí) às histórias apócrifas (ou seja, falsas) que o
interesse pessoal poderia engendrar. (que que ele está dizendo aqui? Espíritas! Conheçam a
história do Espiritismo para não enganarem vocês! O interesse pessoal pode engendrar
histórias apócrifas, falsidades com interesses outros, com outros interesses que não os do
próprio espiritismo, então Kardec está alertando, eu não invento nada, gente, tudo isso que eu
falo está sempre perseguindo os textos do Kardec. Eu vou lá, leio, os companheiros também
com quem eu estudo me avisam, me apontam: leia isso aqui, Sérgio, veja aquilo outro e é
baseado no que ele fazia que a gente procede! Hoje a gente já elegeu outros modelos. Claro, o
nosso modelo maior é Jesus. Guia e modelo, mas o modelo de espírita é Kardec, gente! Tem
alguém melhor? Ah, tem! Eu prefiro o Chico Xavier! Não pode ser melhor! O Chico Xavier era
um intelectual com história de dívida no passado, foi o que ele disse em rede nacional em
1971. Não foi alguém que ouviu aí num pé de ouvido porque agora todo mundo vem com
alguma coisa que o Chico falou. Não tem registro em lugar nenhum, né, porque para virar
verdade é preciso que o Chico tenha dito, então ele vem com uma informação: Chico disse
isso, Chico disse aquilo! Eu costumo dizer: e se disse? Qual é o problema? O espiritismo não
está dependendo de um homem, gente! Quer dizer: isso mostra o fanatismo a que a coisa está
chegando. Quem era o Chico Xavier? Ele disse: um intelectual falido em outras vidas! É isso o
que ele disse, inclusive justificou dessa forma o fato de não ter escrito nenhum livro com o
próprio nome que ele achou que desta forma estava praticando a humildade entregando a sua
possibilidade de escrever para um outro e não para ele mesmo já que ele tinha dívidas no
passado no campo da intelectualidade, estava cansado disso. Era Kardec reencarnado? Kardec
era um espírito com dívidas no campo intelectual? Sinceramente! Né. Então tem um pessoal aí
querendo que o Chico seja a reencarnação do Kardec. Isso está em contradição com o que o
próprio Chico disse sobre ele. Isso ninguém inventou, foi ele que falou em rede nacional, está
no pinga-fogo. Vocês já viram o DVD? (...), já ouviram? Perceberam isso quando ele justifica?
Então ele está dizendo o que que é o espírito dele. Não é nenhum ser angelical de luz no
sentido de espírito puro! Tem gente já dizendo que o Chico era puro, era superior! Era um
homem bom, gente, uma pessoa caridosa, ponto! E que provavelmente tinha um mundo de
deficiências que ele mesmo é que devia saber como qualquer um de nós! Deixar de ficar
endeusando as pessoas à revelia inclusive da vontade dele que ele não queria essas coisas, era
uma pessoa simples. Virou um mito agora de repente? Ele mesmo disse que era um intelectual
falido, né, com imensas dívidas no campo da intelectualidade, então não podia ser Kardec
reencarnado. De jeito nenhum! E também não tem condição de ser o modelo de espírita que
seja melhor do que o Kardec. Não tem como! Então você quer um modelo de espírita? Como
proceder em relação às questões espíritas? Não é o Chico Xavier, é o Allan Kardec! Ah, mas o
Chico Xavier... Não, imita a compaixão que ele tinha com relação as pessoas pobres, com
relação as pessoas sofredoras e isso pode ser imitado. Agora, não imite quando ele fala sobre
questões doutrinárias porque sinceramente, ele falou um cem número de coisas que não tem
fundamento nenhum na doutrina espírita, estão aí pelo jornais da vida, reproduzidos um
milhão de vezes e vira doutrina! É espiritismo ou não é espiritismo? Dizer que viu a
cachorrinha, não sei o que, veio o espírito da cachorrinha... não tem espírito no além de bicho,
como é que ele viu o espírito da cachorrinha? Mas vai para o jornal, repete um milhão de
vezes, vira lei! Então não interessa o que o espiritismo ensinou, o que o espírito da Verdade
disse, o que o Livro dos Médiuns ensina. Não interessa mais. Se o Chico disse, é lei! Pronto!
Cuidado! Cuidado com isso! Há um interesse maior gente, que é a doutrina. É muito maior e a
doutrina está lá em Kardec. Ai quando temos essa linha de atuação: ah, isso é falta de
caridade! Não! Se há Judas... que é o caso do Roustaing, que é o que a gente vai ver aqui, eles
têm que ser desmascarados que o benefício é da doutrina. Ah, isso é falta de caridade! E a
caridade com a doutrina espírita? Hein? A gente diz que é uma coisa muito importante para
nós, mas não defendemos. A gente defende médium, defende espírito, mas não defende o
espiritismo! É engraçado isso. Eu vejo isso nas pessoas. Os espíritas se diferenciam, se separam
e brigam até por causa de médiuns!

Você também pode gostar