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O Alfa e o Exilado

De Cheryl Dragon

Expulso de sua colônia leopardo-shifter por ser gay, Zane Adams está
perdido.

Ele vagueia em problemas, acaba ferido e encontra refúgio em um


resort, perto do Lago Tahoe chamado Shadow Valley.

Bronson Carter é o proprietário.

Ele lidera um bando de desajustados e shifters rejeitados. Zane sabe


instantaneamente que Bron é seu companheiro, mas o Alfa reservados precisa de
um pouco convencimento.

Bron derrete rapidamente e mostra seu lado sub em particular quando


ele descobre a história de Zane. Ambos não têm ninguém ... até que o irmão de
Zane aparece. Bron quer manter Zane com ele, mas não quer dividir com a
família. Ele exorta Zane para ficar com sua colônia, mas Zane não vai escutar.

Se Bron não é seu companheiro, Zane tem certeza que ele nunca vai ter
um.
Comentário da Revisora Marcia: Uau! Confesso que a história
me surpreendeu, principalmente quanto ao Alfa, vocês saberão por quê.
Amei Bron e Zane e a maneira como suas histórias se completam.
Rejeitados que se encontram e se aceitam sempre me conquistam. Quero
conhecer a história dos personagens secundários apresentados aqui, já
torcendo para que um determinado casal seja formado. Não, não vou falar
qual por que seria spoiler.
Capítulo 1

Dentro do prédio, olhando pela janela para o vale verdejante, Bronson


Carter ignorou o desejo urgente de mudar e correr para fora. O verão terminaria
em breve e queria sentir os ventos quentes em sua pele uma última vez. Ele
raramente mudava sua forma, mas esta semana sentia-se elétrico por algum
motivo.

O sol refletiu sobre o lago, à distância. A proximidade de seu Vale das


Sombras com o lago Tahoe trouxe-lhe hospedes durante o ano todo, ansiosos
para acampar, esquiar ou fazer caminhadas. Sua mente precisava se focar na
administração do resort em vez de pensar numa última corrida pela natureza.

Uma batida na porta fez Bronson se virar. Reid Addison entrou pela
porta de ligação, seu empresário e velho amigo que tinha um escritório ao lado
do seu. Alguns dos empregados, estupidamente, pensavam que eles eram
amantes. Eram como irmãos, mas Bron não estava disposto a discutir sua vida
pessoal, ou a falta dela, com sua equipe.

— O que foi? — Perguntou Bron.

— Temos um relato de shifters lobos, no cume perto das cavernas.


Perto de onde um grande gato foi flagrado ontem. Pode ser um problema. —
Disse Reid.

— Quantos lobos? – Os lobos shifters tinham seu próprio território. O


bando geralmente ficava ao norte, fora das terras de Bron, já que não gostavam
de lutar se não fosse uma vitória fácil.
— Meia dúzia. Se fosse um grupo de caça, teriam nos avisado. Os
lucros não devem ter sido tão magros este ano. — Disse Reid.

Bron assentiu.

— Vamos dar uma corrida até lá e ver por nós mesmos.

— Eu vou apreciar uma corrida. — Reid deslizou para fora de sua

roupa de forma casual.

Bron o imitou, deixando suas roupas perfeitamente em ordem na sua

cadeira. Abrindo a porta de vidro atrás de sua mesa, Bron e Reid saíram para o ar

fresco. Depois que abriu a porta, Bron mudou para sua forma de leão da

montanha. Reid fez o mesmo e saíram correndo pela grama aparada do resort na

direção das florestas próximas.

Uma corrida intensa, com suas patas batendo na terra, o fazia sentir-se

glorioso. Eles poderiam ter usado um Jeep, mas deste modo era mais rápido e

mantinha os instintos animais vivos. Bron preferia a forma humana para noventa

por cento de sua vida, mas não queria perder o contato com suas raízes de

origem animal. Além disso, estava louco por uma corrida.

O cheiro de lobos fez Bron e Reid silvarem. Eles não toleravam intrusos

em seu território. Os lobos uivavam e arranhavam a entrada estreita de uma

pequena caverna.

Bron reconheceu Lance, filho do líder do bando do norte. Tinha que ser

algo sério. Aproximando-se da caverna, Bron captou o cheiro de outro felino lá


dentro. Uma vez que Lance percebeu a presença de Bron, ambos mudaram para

forma humana, parando os rosnados.

— Qual é o problema, Lance? Vocês não caçam grandes felinos. —

disse Bron.

— Não, mas caçamos ladrões. Ele roubou um monte de carne. — O

homem alto, enorme e com longos cabelos negros, estava sendo civilizado, mas

Bron podia sentir a tensão, mesmo na forma humana.

— Ele provavelmente estava com fome. Deixe-me ver o que está

acontecendo. — Bron mudou para leão da montanha e penetrou na caverna. Os

dois lobos enormes nunca seriam capazes de se espremer na abertura.

Havia um grande leopardo agachado num canto afastado. Ele bateu com

as patas e silvou, mas Bron manteve a distância suficiente entre eles para evitar

lesões. O cheiro de sangue enchia a caverna. Mesmo no escuro, a visão felina de

Bron viu o que os olhos humanos jamais poderiam. O grande leopardo tinha

marcas de mordida em seus flancos. Um grande ferimento aberto e sangrando.

Havia cicatrizes de cortes em sua cauda também, mas aqueles eram ferimentos

antigos e já curados.

Bron mudou para humano.

— Você pode mudar? — perguntou Bron. O felino desapareceu e um

homem desalinhado e pálido, mas decentemente musculoso, com cabelos

castanhos e grandes olhos da mesma cor, surgiu lutando para se controlar.


— Preciso de ajuda... — Disse ele.

— Obviamente. Os lobos fizeram isso? — Perguntou Bron.

O jovem assentiu enquanto tremia de dor. Seu corpo duro era magro,

mas definido. Um fugitivo? Não havia leopardos nativos por ali.

— Qual o seu nome? — Bron perguntou, enquanto pressionava o

ferimento. Ignorando a faísca da atração, focou-se no tema em questão. Ele tinha

uma queda pelos solitários.

— Zane Adams. — O homem olhou para cima e observou Bron.

— Você roubou carne da matilha de lobos? — Bron ignorou as ondas

de excitação e se controlou. Nudez para shifters não era nada demais. Por que

este homem o tentava?

— Não, estava passando. Pensei que era um acampamento

abandonado. Este é um território do resort, certo? - Perguntou Zane.

— Sim, é. O território dos lobos, que você atravessou, porém não é.

Você tem sorte de estar vivo. Eles não toleram os ladrões. Nós vamos tirar você

dessa. Segure isso. - Bron pegou a mão do outro homem e apertou-a contra o

pano.

Bron saiu da caverna e balançou a cabeça.

— Ele está perdido. Pensou que eram restos de algum acampamento.

— Cinco grandes coelhos? - Lance rebateu.


— Não se preocupe, vamos ressarci-lo. Reid, leve-os até a cozinha e

lhes dê o dobro do que foi levado. É o suficiente para parar a caça a esse cara? -

Perguntou.

— Parece justo para nós. Você tem que parar de pegar os perdidos,

Bronson. Seu bando já está cheio de fugitivos e rejeitados. - Lance sorriu.

— Vou me certificar de que ele saiba como as coisas funcionam por

aqui e não roube novamente. Mas se ele viajar através de suas terras, nada de

mais ataques. Passagem segura. - Disse Bron. Ele pode querer ir para casa

quando ele estiver curado. Essa idéia deixou Bron um pouco enjoado, mas

ignorou a mistura de reações que Zane provocava.

— Claro. Desde que não roube novamente... - Lance acenou para Reid.

- Ele vive.

Bronson se inclinou para Reid.

— Volte depressa e envie um Jeep. Eu vou levá-lo para baixo do monte

e levá-lo para o posto médico, você lida com a carne.

— Claro que sim. - Reid passou e abriu o caminho para o bando de

lobos.

Bron assistiu a conclusão pacífica do episódio. Os lobos não queriam

encrenca com o bando desconexo de Bron. Lance podia zombar deles, mas Bron

nunca mordeu a isca. Eles não eram um exército de combatentes, mas todos
tinham que lutar para sobreviver de alguma forma. Quando encurralados, eram

muito mais perigosos do que um lobo confiante.

Caminhou de volta para a caverna e examinou o homem ferido. Cerca

de 1,80m e estrutura sólida. Não era provável que fosse o nanico da ninhada.

— Eu tenho que levá-lo até nosso veículo. O posto médico tem tudo

que precisa.

Zane assentiu.

— Obrigado. Vou encontrar uma maneira de pagá-lo de volta.

— Você vai, mas não vai a lugar nenhum em breve. - Bron puxou

suavemente Zane através da abertura, com o homem ferido se arrastando para

fora.

— Eu posso fazer isso. - Zane tentou ficar de pé.

Bron sabia que seria inútil discutir. Levantou Zane em seus braços e o

arrastou pela floresta até encontrar a inclinação rasa no cume. Pedras e galhos

rasparam sua pele, mas Bron mal sentiu. Iria descobrir de onde esse cara veio,

qual era a sua história e como ganhou suas cicatrizes. Zane estava tendo

problemas para permanecer consciente. Ele estaria seguro com o bando de Bron,

que não eram do tipo tradicional, mas não eram cruéis. Bron já tinha tido

crueldade suficiente quando era criança.

O homem em seus braços despertava-lhe uma luxúria inevitável. Bron

culpou sua falta de vida social. Aos trinta anos, esteve sozinho a maior parte de
sua vida. Sempre teve um fraco por solitários e azarões. Os fugitivos e rejeitados

eram bem-vindos em Vale das Sombras. Ninguém passava fome ou sofrimento

em seu bando.

Deitado na parte de trás do jipe, Zane se sentia como se fosse

novamente um erro. Não conseguia sequer caçar na floresta por si mesmo. Sua

colônia de leopardos shifters vivia nos confins do Canadá, mas a sua pequena

cidade era bastante civilizada. Mantinham os velhos hábitos de caçar na forma

felina, mas a organização em forma de colônia ajudou a proporcionar segurança e

cooperação entre as famílias shifters e seus indivíduos. Leopardos eram solitários,

mas sua parte humana precisava da socialização e cooperação. Segundo a lenda

contada pelos anciãos, foram as várias matilhas de lobos nas proximidades que

deram a seus antepassados a idéia da colônia. Viver em um bando iria mantê-los

mais seguros. Muitos felinos mais jovens chamavam a colônia de “bando” como

os lobos faziam, levando os anciãos à loucura, mas era verdade de certa maneira.

A vida na colônia era responsabilidade de todos e isso incluía a caça e a criação


de animais. Mesmo que fosse a sua colônia, Zane não era um caçador e não

pertencia àquele lugar.

Ele foi resgatado por um alfa alto, sexy e de olhos azuis. Tudo neste

homem gritava "responsável". Poderosamente musculoso e com curtos cabelos

castanhos. Pela primeira vez em semanas, Zane sentiu-se seguro.

— Qual é o seu nome? - Perguntou Zane.

— Bronson Carter. Sou o dono do Resort. Você está em Vale das

Sombras. O que estava fazendo lá fora, sozinho? - Ele nem sequer olhava para

Zane.

— Procurando um lugar para me curar e esconder. Cheguei lá ontem à

tarde depois de ter fugido dos lobos. Eles voltaram à luz do dia. – Os erros de

Zane tinham voltado a ele desde que era um filhote. Era o caçula, mas nunca

desenvolveu as habilidades de caça que tinham seus irmãos. Ou a

heterossexualidade deles.

— Você não pensou em ir para o posto médico ou ao edifício principal

do Resort para obter ajuda? - perguntou Bron.

— Não sabia que vocês eram shifters. E os lobos foram tão simpáticos.

— Zaner e revirou os olhos. — Vou encontrar uma maneira de recompensá-lo.

— Não se preocupe com isso. Veremos isso depois. Agora, tem apenas

que se curar. Você está seguro aqui. De onde veio?


— A colônia de leopardos shifters no Canadá. Os leopardos geralmente

são solitários, mas nossos antepassados descobriram que era mais seguro viver

em uma cidade pequena e com comércio. Especialmente na forma humana. —

Zane não queria falar sobre sua família. Quando o seu irmão mais próximo não se

preocupou em procurar por você, era hora de deixar o passado para trás.

— Você vivia em um bando e sobreviveu a um longo caminho por

conta própria. Tem coragem. — Bron acenou para o motorista do Jeep indicando

uma vaga no estacionamento.

Essa foi a primeira palavra agradável que alguém disse a Zane em

meses. Lutou contra sua atração por Bron, jogando fora todas as esperanças

românticas. Esse cara sentia pena de Zane, nada mais. Mas a chama estava lá.

Nunca sentiu o “puxar” que alguns falavam. A sensação de um verdadeiro

companheiro era algo que os mais velhos da colônia juravam que iria acontecer a

ele com a mulher certa, mas nunca sentiu isto.

As fêmeas não atraiam Zane, os homens sim. Ainda assim, ninguém

tinha o atingido tão profundamente num primeiro encontro. Respirando fundo,

Zane tentou levantar-se. A equipe médica se aproximou e o acomodou em uma

maca com pouco esforço. Uma mulher gritava ordens para a equipe levá-lo para

dentro do prédio. Zane caiu para trás e deixou-os trabalhar. Evitou os

pensamentos sobre Bronson.

Qualquer desejo bizarro deve ter sido apenas a perda de sangue.


— Por que não chamou uma ambulância? — A mulher exigiu de Bron.

— Ele estava no cume, numa caverna. Tirá-lo de lá era complicado. —

Bron remexeu-se inquieto no assento.

Zane, casualmente, espiou tentando ter um vislumbre do corpo firme de

Bron que estava encoberto. Ele estava perto, mas não o suficiente.

— Ficarei bem. — Disse.

— Sou a dra. Stanton. Deixe-me julgar isto. Qual é o seu nome?

— Zane Adams, shifter leopardo. Talvez eu precise de alguns pontos.

— Admitiu.

— Pelo menos alguns... Você sente dor em alguma parte interna?

Algum outro machucado? — Ela perguntou.

— Não, só onde fui mordido. — Zane fez uma careta enquanto ela

examinava seus ferimentos.

— Bom. Vamos tirar um pouco de sangue e fazer alguns testes.

Bronson, você se arranhou um pouco também. Deixe a equipe limpar os seus

ferimentos. - Disse a dra. Stanton.

— Alguns arranhões ao carregá-lo para baixo. Normalmente, eu

percorro essa área na forma felina. Preocupe-se com ele. — Bron respondeu.

Ela revirou os olhos.

— Homens! – Bufou. — Temos bastante pessoal. O sr. Adams precisa

de pontos e suas feridas limpas. Lobos?


Zane assentiu.

— Os lobos não são exatamente conversadores quando você pisa em

suas patas. Vou dar-lhe algo para a dor e vamos começar com uma medicação

intravenosa para hidratá-lo. Ela vai fazer você ficar um pouco grogue. Alguma

alergia ou outra coisa que preciso saber? - Ela perguntou.

— Não, nada. - disse Zane.

— Você tem algumas cicatrizes em sua parte traseira. Operações de

grande porte? – Ela perguntou.

— Não, são apenas velhas feridas. - Zane fez uma careta quando a

agulha afundou em seu braço, mas o alívio veio rapidamente.

— Bron, você precisa ir se limpar também. Não precisa de feridas

infectadas. Estes pontos vão demorar um pouco. Vá. – A voz firme da médica

penetrou na névoa do estado medicado de Zane.

— Vá. Já causei problemas o suficiente para você. - Disse Zane .

— Isso pode ajudá-lo a relaxar. - Disse a médica.

Bronson se afastou. O ar mudou quando o alfa saiu. Zane não tinha

nenhum desejo pelo toque de uma mulher na cama. Medicamente, entretanto,

estava emocionado por estar sob o cuidado de mãos macias e carinhosas. Fazia

muito tempo que não se sentia seguro.


Capítulo 2

Entrando na área médica, os olhos de Bron foram imediatamente para a

musculosa figura seminua enfiada na cama de canto. Sua cor estava melhor. A

dra. Stanton atravessou a sala para atender Bron.

— Como ele está indo, Moriá? - Perguntou Bron.

— Melhor. Estou lhe dando soro e antibióticos. Não há nenhuma

infecção, então pode ser movido quando você descobrir onde quer abrigá-lo. - Ela

respondeu.

— Ele está cooperando? - Bron vinha diariamente para ver o progresso

de Zane, mas shifters não nativos da região sempre passavam por uma pesquisa

minuciosa. Ninguém queria seus convidados em perigo ou chateados. Novatos

sempre eram acompanhados de perto para verificar se estavam realmente

adaptados e se queriam estar lá.

— Ele é inofensivo. Pequeno para um shifter leopardo, mas está em

boa forma. Nós temos de alimentá-lo, principalmente. Não acho que seja do tipo

que caça. Ele precisa de cuidados por mais alguns dias. Levou alguns pontos, mas
tem alguns ferimentos internos. Os ferimentos estão se curando, mas o estado

debilitado dele é o pior de tudo. - Disse Moriá.

— Talvez ele devesse ficar aqui mais uns dias? - Bron preferia manter

distância, mas algo o fazia se sentir puxado para ele. Bron não podia deixá-lo

sem supervisão, porém não queria chegar muito perto.

— Posso ficar com ele, mas está ficando inquieto. Continua falando

sobre encontrar uma maneira de nos pagar de volta. Disse a ele que ainda não

está apto para qualquer trabalho. Não acho que tenha dinheiro. - Ela encolheu os

ombros.

— Reid revistou a caverna. Não tinha muita coisa, além da identidade

e algumas roupas velhas. Havia uma bolsa de pano em que ele devia levar seus

pertences humanos, quando mudava. Vou levá-la e guardá-la. - Bron consultou o

nome do cara com o xerife local, que era um amigo. Zane não tinha antecedentes

criminais e ninguém procurava por ele. Mesmo no Canadá, nenhum relato de

desaparecimento foi apresentado nos últimos meses.

Ninguém o procurava. Bron não entendeu isto muito bem, o cara tinha

vinte e poucos anos e sua colônia cuidou dele até a idade adulta. Por que foi

expulso agora?

— Vou lhe dar algumas coisas básicas. - Moriá dirigiu-se para a parte

de trás.

Bron caminhou até Zane.


— Pronto para sair do posto médico?

Zane se ergueu no colchão, expondo seu peito nu quando o lençol

branco deslizou.

— Estou pronto para continuar. Se você puder me dar uma carona

para Reno, encontrarei um emprego e vou lhe enviar o dinheiro. Eu juro.

Balançando a cabeça, Bron cruzou os braços.

— Não vai sair do resort, mas nada de trabalho para você ainda.

Vamos apenas deixar se estabelecer para que eu possa manter um olho e

acompanhar sua melhora. Por que foi expulso de sua colônia?

Zane olhou Bron no olho.

— Ser gay não atendia suas regras. Não farei mal a ninguém. Não sou

realmente um ladrão.

— Eu já ouvi isso antes de indecisos. Melhor prevenir do que remediar.

As pessoas aqui são importantes para mim. Não deixarei ninguém ficar aqui se

for remotamente questionável. - Bron deixou cair sua identidade no colo de Zane.

— Você não tem ficha, pelo menos.

— Essa carne foi a primeira coisa que eu roubei na minha vida. Eu

estava sem comida e dinheiro. Trabalhei aqui e ali, mas não sou muito bom na

floresta. Se não fosse pela matilha de lobos, teria ido para Reno.

Zane segurou sua identidade, a única posse pessoal que não havia

deixado para trás. Moriá surgiu com uma grande mochila e uma pilha de roupas.
— Não se preocupe, se você for sincero, Bron irá ajudá-lo a se

reerguer. Somos todos desajustados aqui. Estas roupas devem se encaixar. Há

sapatos e produtos de higiene pessoal na mochila também. Qualquer coisa que

você precisar é só pedir. Se não tivermos, vamos buscá-la.

— Obrigado dra. Stanton. Você é um anjo. - Zane sorriu para ela.

A pontada de desejo acertou Bron e ele deu um passo para trás. Zane

não era só um andarilho taciturno. Ele foi expulso por ser gay e conquistou Moriá

e parecia realmente gostar dela. Talvez fosse um bom homem? Zane teria que

provar isso para Bron antes que fosse solto na propriedade de novo.

— Você é um paciente indulgente. Agora, coloquei pomada e gaze

aqui. Troque o curativo todos os dias. Vou ver você novamente em poucos dias, e

não tente ir embora. - Ela sacudiu o dedo para ele.

— Ele vai ficar aqui. - Bron disse com firmeza.

Depois de Zane achar os sapatos, Bron pegou a mochila. Ele não sabia

exatamente o que fazer enquanto zane se vestia. Ele não estava completamente

nu quando empurrou o lençol, mas a boxer cinza deixava pouco para a

imaginação. Zane vestiu rapidamente o jeans e uma camiseta cinza escura com a

propaganda do resort Vale das Sombras.

A camiseta ficou justa como uma luva e delineava todos os seus

músculos. Ele já parecia mais saudável do que na caverna. Tinha uma cor melhor
e parecia mais forte. Nunca seria um homem volumoso, mas Bron se pegou

olhando e forçou os olhos para a vista da janela.

— Pedi a Reid para pegar um pouco mais roupas na loja. - Moriá

ergueu um frasco de comprimidos. - Para a dor. Tome um à noite para que

durma bem. Se precisar tomar mais, me avise.

Ele concordou com a cabeça.

— Obrigado.

Zane tentou pegar a mochila das mãos de Bron.

—Eu levo isso.- Respondeu Bron. Vamos lá.

Dez minutos depois, Bron colocava a mochila na cama de seu quarto de

hospedes.

— Você pode ficar aqui. Mais privacidade. Assista TV e descanse nos

próximos dias. Ordens médicas. Vou pegar mais algumas roupas.

Bron entrou em seu quarto e abriu uma gaveta. Pegou três camisas e

alguns pares de calções. Um par de jeans. Lembrava-se de como era não ter

nada. Agora Bron tinha terra, amigos e tudo o que precisava. A atração de Zane

deteve Bron.

Ele faria isso por qualquer outro shifter em necessidade, como já tinha

feito antes. Tecnicamente, não abrigava ninguém em sua cabana, mas alguém

sempre acompanhava os novatos, casos se rebelassem ou fossem um perigo. Não


havia nenhuma razão pela qual não podia acompanhar o novato. Foi apenas

piedade e simpatia. Nada mais.

Caminhando de volta pelo corredor estreito, Bron deixou as roupas

sobre a cama.

— Isso deve bastar por enquanto. Quando estiver pronto para o

trabalho, Reid providenciará botas, jeans e o que mais precisar.

— Eu posso trabalhar agora. A médica estava apenas sendo

excessivamente cautelosa. - Zane sentou-se na cama com um estremecimento.

— Estou feliz que esteja se sentindo melhor, mas Moriá é a chefe

agora. Você tem alguma habilidade? - Perguntou Bron.

Zane suspirou e virou sua mochila espalhando seu sobre a cama.

— Não exatamente alguma coisa útil. Não sou um caçador.

Principalmente, faço trabalho manual. Sempre gostei de trabalhar com madeira.

— Vamos encontrar algo para você fazer. Temos muitos empregos

num resort com clientes e atividades. - Bron olhou o conteúdo espalhado. Moriá,

com certeza, queria que Zane tivesse abundância de roupas íntimas e outros

itens básicos.

Zane assentiu.

— Eu vou fazer o que quiser. Apenas me diga. Aqui parece ser a

cabana de alguém. Não quero incomodar.


— É a minha cabana. Você não incomoda, é meu convidado. - Bron

manteve o tom de sua voz como se fosse um simples negócio. Controle e poder

eram sua segurança e não queria baixar a guarda perto de Zane.

— Não quero me intrometer. Posso ficar me em qualquer lugar. Posso

voltar para o posto médico. Você não precisa de mim debaixo de seus pés. - Zane

começou a guardar suas coisas.

Bron agarrou a mochila e jogou-a para o lado.

— Você vai ficar aqui para que possa observá-lo. Quero ter a certeza

de que não é um perigo para ninguém aqui. Pode não ter antecedentes criminais,

mas pessoas em situações desesperadas fazem coisas loucas. Você se esforça em

se recuperar e nós vamos ficar bem. Se você se encaixar aqui, poderá continuar

trabalhando, com um salário, em qualquer atividade que escolher. Então, talvez,

possa ir para o alojamento dos empregados.

A carranca no rosto de Zane fez Bron mais seguro de sua decisão. Pela

primeira vez, Zane não era reconhecido como fraco. Um animal enfraquecido que

se esconde para não ser presa. Como ser humano, ele estava recebendo apoio

até que ficasse forte novamente. Bron não estava enganado. Ele queria cutucar o

Leopardo e ver como Zane reagia, antes de Bron libertá-lo em sua propriedade.

Confuso e sentindo-se preso, Zane não gostou. Ele fugiu de um bando

que tentou forçá-lo a dobrar-se à sua vontade. Não iria se juntar ao outro do

mesmo tipo.
— Estou em prisão domiciliar? Não vou fugir e sumir de repente. -

Disse Zane.

Os ombros largos de Bron e seu corpo duro bloqueavam a porta. Todos

os sonhos de Zane eram sobre o alfa sexy que salvou sua vida. Mas as noções

românticas desapareceram de sua cabeça.

— Na minha experiência, os solitários podem ser problemas. Até

descobrir sua história completa, não vou arriscar.

Zane balançou a cabeça.

— Moriah disse que você era um salvador da shifters solitários. Você

disse que estaria seguro aqui!

— Você está seguro. Eu só preciso certificar-se que todos os outros

também estão. Algumas pessoas deixam bandos porque foram abusados e

maltratados. Isso pode levá-los a agir igual e abusar de outros. Alguns são

solitários, que não sabem compartilhar e trabalhar em conjunto. Nem todos, mas

eu não vou arriscar. - Bron estudou Zane.

A sensação de ser avaliado gelou Zane. A atração permanecia, o cara

estava além de sexy e poderoso.

— Deveria apenas me deixar ir e enviar-lhe o dinheiro. Não precisa se

incomodar comigo.

— Do que você está fugindo? - Perguntou Bron.


— De uns idiotas como você, que querem me obrigar a fazer as coisas

à sua maneira. Estou cansado de ser usado e jogado de lado. Nada é bom o

suficiente. Não vou aturar isso aqui também. - Zane levantou-se e colocou-se de

igual para igual com Bron. – Deixe-me ir.

— Não. Você precisa de ajuda. Reno não é longe, mas não tem montes

de trabalhos de carpintaria. É um lugar de exploradores e abusadores. - Bron

moveu-se para frente.

O calor e o cheiro de Bron fizeram Zane querer se submeter.

— Posso cuidar de mim mesmo.

— Vamos começar com a verdade. Vai me contar mais sobre sua

colônia? - Perguntou Bron.

Zane balançou a cabeça.

— Nunca fui um caçador de elite ou qualquer coisa. Não podia, não

faria isso. Não havia nenhum companheiro para mim lá. Eles tentaram me forçar

a achar uma companheira, porque tudo era sobre reprodução e crescimento da

colônia. Outro benefício para a colônia era ter um maior número de potenciais

companheiros. Eu não me encaixava.

— Você acredita no mito de um companheiro? - Bron zombou.

— Acredito que saberei quem eu quero quando encontrá-lo. Eu sei que

desejo homens. Não vou ser forçado a nada. - Zane empurrou Bron. – Deixe-me

ir embora.
— Sem chance. - Bron empurrou Zane na cama. - Será que sua colônia

virá atrás de você?

Zane suspirou e sentiu o peso do outro sobre ele. Havia mais poder em

Bron do que ele deixava transparecer. Seus joelhos prendiam as coxas de Zane

enquanto as mãos de Bron seguravam seus braços. Não foi o medo que

preencheu Zane, só o desejo.

— Eles me expulsaram, não virão aqui. Não serei seu prisioneiro. Você

está me tratando como se eu fosse um criminoso. - Zane lutou.

Bron riu.

— Você roubou e invadiu. Considere-se um empregado sob supervisão

neste primeiro mês. Nós não podemos ter ladrões ou arruaceiros trabalhando

aqui. Ninguém vai usar ou abusar de você. Ninguém vai forçá-lo a acasalar ou

impedi-lo de explorar a área quando estiver melhor. - Bron puxou o jeans de

Zane para baixo e verificou o curativo. - Não está sangrando.

— Se eu disser para Moriá que me prendeu e agrediu, estará em

apuros. - Zane disse com um sorriso.

— Ela trabalha para mim. Confia em mim. Faço o que for preciso para

o bem de todos. Não sou um valentão. Há muitos shifters que se fazem de

desgarrados para vir para cá. Alguns bandos não vêm bem à perda de um

membro. Moriá entende os perigos. - Bron olhou para o corpo de Zane.


Sua ereção cresceu e o jeans não a cobria mais. Zane odiava amar os

homens mais fortes. O único sexo que teve em sua colônia era com homens que

tinham companheiras, mas que queriam diversão com outros homens. Eles nunca

deixariam suas companheiras ou se preocupavam realmente com Zane. Ele não

faria isso com uma mulher. Sempre soube que queria homens. Na verdade,

queria submeter um homem na cama, mas as suas opções eram tão limitadas.

Mudar as regras era a única maneira de lidar com esta situação. Será

que Bron seria o homem que jogaria como Zane tanto queria? Ele desistiu de

lutar e Bron chegou mais perto, Zane deu um beijo naquela boca séria. Forçou

sua língua para dentro e tocou a de Bron, Zane gemendo quando sua necessidade

cresceu. Instintos lhe disseram que este homem também estava lutando contra

seu desejo. Por alguma razão, este alfa assumiu a responsabilidade pessoal por

um perdido. Talvez fizesse isso com todos os novatos, talvez não. Zane não se

importava.

Bron soltou seus lábios.

— Você está louco?

— Você sempre traz os novatos para sua cabana? - Perguntou Zane.

— Não, mas se acha que é assim que vai pagar a sua dívida, esqueça.

Eu não pago por sexo. - Bron não se afastou ou soltou Zane.

O calor aumentava e o pau de Zane latejava.


— Pensei que você e Reid fossem um casal. Não estou oferecendo sexo

por dinheiro. E não finja que não quer isto.

— Eu quero um monte de coisas. Mas não ponho meus caprichos sobre

o bem de meu bando. Você quer ser livre para explorar, então siga as minhas

regras. Se você se encaixar e for bom, então será convidado para fazer parte do

bando. Está seguro aqui, mas estou te observando. Acredite em mim. – As mãos

de Bron afrouxaram seu aperto e massagearam os braços de Zane.

— Obrigado pela segurança. Só não ache que sou um criminoso. Eu

não fugi, fui expulso. Não tive nem a chance de pegar minhas coisas. Deveria ter

percebido que isto aconteceria e saído por minha conta, mas não quis acreditar

que iriam me mandar embora depois de vinte e cinco anos. Ninguém falou em

minha defesa. - Zane fechou os olhos.

Bron recostou-se e suas mãos deslizaram ao longo do peito de Zane.

— Normalmente, costumam expulsar os menores mais jovens,

deixando-os em algum lugar.

De alguma forma, Zane sentia que estavam próximos de algum segredo

de Bron. Queria saber tudo, mas sabia que teria que compartilhar primeiro.

— Era duro se livrar de mim e cresci bastante. Eu podia trabalhar e

ganhar meu sustento. Eles me expulsaram porque eu só queria homens e me

recusei a acasalar para aumentar a prole. Eu não podia.


— Você foi corajoso, mas esta não é uma história única. - Bron

desabotoou o jeans de Zane e desceu seu zíper, deixando seu pênis livre.

Ofegante, Zane arqueou as costas.

— Não faça isso. Você não tem que fazer nada. Não posso ajudá-lo.

— Apenas uma reação por ser empurrado e pressionado? - Bron

acariciou o membro rígido de Zane.

— Se não gosta, pode deixar. Posso lidar com isso. - Zane deu ao alfa

uma saída. Bron tinha a opção de parar. Zane esfregou a frente do jeans de Bron

e sentiu o crescimento de seu pau.

Bron arrancou a camisa de Zane e em seguida agarrou seus pulsos,

prendendo-os na cama. Preparando-se para qualquer coisa, desde a rejeição ao

sexo selvagem, Zane fez contato visual com o homem mais sexy forte que já

tinha conhecido.

— Prometa que vai descansar. - Disse Bron.

— Eu prometo. Fique aqui e certifique-se, se quiser. - Zane sorriu.

Bron abaixou a cabeça e lambeu o comprimento do pênis de Zane.

Gemendo, Zane fechou seus olhos e orou para que Bron não estivesse fazendo

apenas uma grande provocação. O homem era quente como o inferno, mas seu

toque gritava sua sede por sexo. Zane nunca acreditou que tinha um

companheiro lá fora esperando por ele. Sua colônia se preocupava com


reprodução e prole. Gays não têm o gene mágico de acasalamento, ou assim ele

tinha sido ensinado.

Eram um bando de malditos mentirosos, Zane sabia disto agora. Ele mal

conhecia Bron e sentiu a conexão. Quanto mais se aproximavam, mais forte ela

ficava. Bron era mal-humorado e controlador, um alfa, mas não tão dominante na

cama quanto Zane esperava. Tinha uma necessidade urgente do toque de Bron.

Ele foi uma virada total no seu destino. A atração estava lá, mas eles pareciam

tão diferentes. Zane nunca teria apostado em um relacionamento real em vez de

apenas sexo, mas a idéia de deixar Bron o fazia doente.

Bron sugou a ponta do pênis de Zane, e seu controle escorregou. Com

seus pulsos presos, Zane sabia que não iria a lugar nenhum até que Bron

quisesse. Empurrando-se na boca de Bron, tinha total fé de que ele nunca iria

machucá-lo. Eles precisavam um do outro. A maneira com que Bron engoliu o

eixo de Zane sinalizou mais adoração do que posse. Zane daria qualquer coisa

por um beijo ou uma transa agora, mas seu alfa era arisco.

— Chupe-me forte, não provoque ou vou enlouquecer. - Zane ergueu

os quadris e moveu seus braços para desafiar o domínio de Bron.

Em vez disso, Bron soltou o pau de zane e lambeu suas bolas. Dentes

arranharam suas bolas e Zane tentou se afastar. Bron apertou a base de seu pau

e serpenteou sua língua por toda a ereção até o estômago de Zane. Sobre o peito
e pescoço, fazendo Zane arrepiar e estremecer. Em seguida, a boca de Bron

tomou posse da de Zane.

O beijo foi lento e breve, mas Zane tremia da cabeça aos pés com o

poder e controle que seu companheiro exibia. Quando Zane ergueu a cabeça para

mais, Bron afastou-se e engoliu o pau de Zane até a base. Ofegante, Zane

sentou-se e olhou para as costas musculosas de Bron enquanto sua boca

trabalhava no pau dele.

Liberando as mãos de Zane, Bron recuou e lambeu a cabeça de seu pau.

Segurou Zane na base e rolou as bolas na palma da mão áspera. Zane gemeu e

acariciou as costas de Bron. Zane torceu os quadris e Bron apertou suas bolas em

troca. Erguendo-se um pouco, Zane sentiu seu interior se contraindo e seu corpo

estremeceu.

Seu sêmen jorrou na garganta de Bron e Zane gritou. Bron sugou cada

gota de Zane até que ele tremeu com o toque de sua língua.

— Foda-me. - Pediu Zane.

— De jeito nenhum. Você teve o que precisava para manter seu

traseiro na cama e descansar. Vá dormir. - Bron recuou.

A visão de sua grossa ereção esticando suas calças fez Zane estocar

para frente. A dor em seus pontos o fez ir apenas um pouco mais devagar.

Bron empurrou Zane de costas para o colchão.

— Você não vai estourar seus pontos. Vai descansar e se curar.


— Não posso deixar você ir embora assim. Você me quer. - Zane

lambeu os lábios.

— Eu quero um monte de coisas. Vou sobreviver. - Bron tentou sair

novamente, mas Zane deslizou para a beirada da cama.

Bron virou-se e novamente colocou a mão no peito de Zane forçando-o

de volta para os lençóis. A outra mão de Bron libertou seu pênis enquanto subia

em Zane. Bron evitou os pontos e sentou sobre as costelas do outro. Zane

estendeu sua língua e esticou o pescoço na esperança de tocar o pênis de Bron.

Em vez disso, Bron afastou seu membro e deslizou sua mão nele, em

movimentos rápidos. A expressão em seu rosto era difícil de ler, mas os olhos de

Zane percorreram o rosto de Bron até seu impressionante e latejante pau. Os

músculos de Bron se contraíram e ele deu um grunhido de aviso antes que o

pescoço e o rosto de Zane ficassem respingados de sêmen.

Bron esfregou a ponta do seu pênis ao longo clavícula de Zane e

respirou fundo antes de pular da cama como se tivesse cometido um crime.

— Feliz? - Perguntou Bron.

Zane lambeu o esperma quente próximo de sua boca e suspirou.

— Não, mas é melhor do que nada.

— Vá dormir. Se ouvir você se masturbando durante toda à noite, vou

te amarrar. - Bron fechou as calças e caminhou até a porta.

Zane acreditou nas palavras dele.


— Você podia me foder até me deixar exausto e me ver dormir.

A porta se fechou com firmeza e Zane teve sua resposta. Lambendo os

lábios, Zane apostou que teria o alfa. Ele só precisava se fortalecer mais para

lutar pelo seu destino.

Capítulo 3

Quando Zane completou uma semana inteira no Vale das Sombras, Bron

via a diferença que o descanso e os cuidados faziam por ele. Em sua cabana,

Bron poderia ter certeza de que Zane comeu, descansou e não entrou em apuros.

Tirar vantagem sexual aliviando Zane não fazia parte do plano. Ele resistiu tanto

quanto possível, mas Zane não ajudou.

Bron precisava fazer algo logo ou cederia às suas próprias necessidades

sexuais e agarraria Zane até que ambos estivessem esgotados. Zane era o único

que Bron, secretamente, desejava. Enquanto almoçavam com Reid, procurou se

manter na conversa.

— Então sua colônia não era tolerante com membros gays? - Reid

perguntou chocado.
— Nem um pouco. Você tinha que gerar prole para ser útil. Eles

cuidaram de mim quando criança, mas eu me recusava a sequer pensar em uma

companheira do sexo feminino... - Zane balançou a cabeça. - O seu bando

tolerava membros gays?

— Eles não me expulsaram. Ou a Bronson. Eles se preocupavam em

reproduzir para a segurança do bando, mas não puniam os diferentes. - Reid deu

de ombros.

Bron viu como Reid admirava o corpo de Zane quando ele não estava

olhando. Mesmo sendo próximo de Reid, não mencionou uma palavra sobre o

jogo sexual aleatório que faziam ou como Bron sentia um apego crescente pelo

novato.

— Então por que você saiu? - perguntou Zane.

— Bron gosta de estar no comando. Nós nunca fomos grandes

caçadores. - disse Reid.

— Então cresceram juntos? São do mesmo bando? - Zane perguntou.

— Não exatamente o mesmo bando ou família, mas nós crescemos

juntos. - Bron respondeu.

Reid levantou uma sobrancelha para o seu amigo.

— Minha família foi menos cruel.

— O que aconteceu com sua família? - Perguntou Zane.


Seu olhar cheio de simpatia fez Bron queimar de raiva. Ele tinha

superado o que sua família fez e não queria a piedade de Zane.

— Nada. Vim de uma família que prefere as formas animais e as

severas leis da vida selvagem. Não lembro muito dos detalhes. Fui encontrado

pela família de Reid quando era muito jovem. Podemos apenas supor que eu era

o menor do bando e não podia me manter.

— Você? – O choque de Zane estava escrito em todo o seu rosto.

— Temos algumas teorias. Sua família poderia ter sido atacada e ele

foi deixado para trás. Moriá acha que ele pode ter tido pneumonia muito jovem.

Seus pulmões parecem ter tido problemas, mas ele cresceu forte. Trabalhou

duro. A vida na administração de um resort lhe convém melhor. - Reid sorriu para

Bron.

— Então, você deixou seu bando para estar com Bron? - perguntou

Zane.

— Sim. Bem, nós crescemos como irmãos. Mesmo que ele não seja o

meu Sr. Certo, gostei da chance de encontrar um companheiro aqui. Não me

encaixava num bando onde as crianças eram altamente valorizadas e queria

fêmeas para ter o maior número possível delas. Eu sou um dos nove de minha

família. Entendo que querem manter o bando forte, mas isso não era vida para

mim.
— Nove? Uau! Pelo menos seus pais são cuidados por seus irmãos. -

Zane encolheu os ombros.

— Sim. E com apenas um felino gay no bando. Meus pais esperavam

que Bron e eu acabássemos juntos. - Disse Reid.

— Acabamos, mas como irmãos. - Bron balançou a cabeça. – Já é o

suficiente sobre o meu passado chato. Você tem família, Zane?

— Não. Ninguém. Se tivesse alguém que lutasse por mim, não teriam

me expulsado. Estou por minha própria conta. - Zane afastou-se da mesa. -

Prefiro a forma humana e deve ter algum trabalho que possa fazer em Reno.

Preciso de alguma distância da minha antiga colônia.

— Posso entender isso. Bem, não se atrase para a médica. Espero que

esteja curado e que possa colocá-lo para trabalhar. - Reid limpou a boca e se

levantou. – Vou voltar ao escritório.

— Vejo você lá. - Disse Bron.

Após o almoço, Bron levou Zane ao posto médico para seu checkup.

— Espero que os pontos sejam retirados e possa começar a trabalhar.

Quero lhe pagar. - Disse Zane.

— Não se esforce demais. - Bron não tinha certeza se Zane iria pagar

suas dívidas e partir para Reno, mas não tinha pressa em descobrir. No entanto,

isto o fazia sentir que Zane não era um caçador de ouro. Muitos dos homens que
demonstraram interesse no macho alfa se mostraram muito mais ansiosos em ter

sua terra e resort. Zane não queria estar em dívida e Bron respeitava isso.

— Eu estou feliz que não vou estragar as coisas com você e Reid. Pelo

menos eu posso começar a fazer a minha parte na cama. - Disse Zane.

Antes que Bron pudesse responder, Zane abriu a porta e eles estavam

em uma sala cheia de pessoas. Moriá imediatamente atendeu Zane. Bron recuou

e esperou pelos resultados.

Por mais que ele quisesse explorar as coisas com Zane, se recusava a

usar um homem que estava debilitado. Zane insinuou que outros tinham feito

isso com ele. Bron, de repente, sentiu como se não fosse melhor do que estes

outros. Disse a si mesmo que os boquetes eram apenas para impedir Zane de

procurar parceiros sexuais e acabar arrebentando seus pontos no calor do

momento. Não tinha idéia do que pensava Zane, pois suas conversas foram mais

sobre a sua história e objetivos para o futuro.

— Você está bem. - Moriá puxou uma bandeja com instrumentos. -

Vamos tirar esses pontos.

Bron deu um suspiro de alívio. Seus jogos não tinham piorado nada.

— Eu posso começar a trabalhar? - Perguntou Zane.

— Trabalho físico? - Ela perguntou. Bron encolheu os ombros.

— Nós precisamos estocar lenha para o inverno. Será que ele está apto

para cortar?
— Meio período nesta semana e em tempo integral na próxima. Vou

colocar um esparadrapo sobre o ferimento só para garantir. Se sentir alguma

coisa puxar ou doer, venha aqui. E nenhum trabalho pesado. - Disse ela.

— Entendi, nenhum trabalho pesado. Cortar exige braços e costas, não

o estômago. - Disse Zane.

— E um monte de alongamento. Sei que você é um shifter, que se cura

mais rapidamente e é mais forte do que o um humano médio, por isso não vai

demorar muito a recuperar sua força, mas vá com calma. - Moriá colocou o

esparadrapo sobre a cicatriz. - Alguns exercícios não vão te matar. Apenas

lembre-se, não é uma corrida.

— Ficarei bem. Obrigado. - Zane puxou suas calças para cima e

deslizou para fora da mesa. - Onde está o machado?

— Obrigado, acho que ele melhorou. - Bron acenou para Moriá.

Ele guiou Zane em direção ao celeiro de madeira perto da extremidade

da propriedade. No interior do celeiro a privacidade tornou Bron ainda mais

consciente do corpo musculoso, e agora saudável, de Zane.

— Juntamos árvores caídas ao longo do ano. Os rapazes podem fazer

horas extras cortando lenha. A serra grande corta as toras. Apenas um dos

rapazes pode usar essa coisa, ninguém mais. Você pode usar o machado. Cada

quarto tem uma lareira, então usamos um monte de madeira no inverno.

Agarrando o machado preso num grande toco velho, Zane sorriu.


— Isso, eu posso fazer.

— Naquela caixa tem luvas de vários tamanhos. Não acabe com bolhas

ou Moriah nunca vai deixar você em paz. - Bron sorriu.

Zane assentiu.

— Ficarei bem.

— Quatro horas. Se não o ver depois disso, vou te caçar. - Bron

dirigiu-se para a porta. Queria ficar e assistir.

Ele queria beijar e explorar todo aquele homem, mas não podia

transformar tudo em sexo apenas. Agora, Zane estava recuperado e decidiria o

que queria. Bron caminhou para o escritório e colocou todos os pensamentos

estranhos sobre intimidade e Zane para fora de sua cabeça. O cara era popular

com o pessoal e não lhe dava nenhuma razão para se preocupar. Só tinha que

lidar com a atração.


Zane parecia energizado depois do jantar. A atividade física parecia tê-lo

ajudado. Ele comeu como se fosse um gato faminto. Mais uma vez Reid e ele

conversaram como se fossem velhos amigos, comparando histórias sobre suas

infâncias. Bron se perguntou se esses dois não fariam um casal melhor.

Acostumado com a solidão estava pronto para se afastar caso quisessem formar

um vinculo. Mas Reid tinha que cuidar de outras coisas, deixando Zane e Bron

sozinhos.

Quando caminharam para a cabana de Bron, a tensão sexual faiscava

entre eles.

— Reid é um grande cara. - Disse Bron.

— Posso ver por que vocês são tão bons amigos. - Zane sorriu.

— Se quiser, posso colocar você no dormitório dos homens. É gratuito

para todos os funcionários. - Bron não queria que Zane se sentisse obrigado a

ficar sozinho com ele todas as noites.

— Pensei que estava em liberdade condicional por um mês? - Zane

abriu a porta e fechou-a atrás Bron.

— Você ainda está. Reid e eu vamos manter um olhar atento sobre o

seu trabalho e comportamento. Você não é perigoso. - Bron enfiou as mãos nos

bolsos para evitar agarrar e beijar Zane.


— Entendo. Você quer sua privacidade de volta. Eu era apenas uma

diversão enquanto estava aqui. - Zane caminhou pelo corredor até o quarto de

hóspedes.

Bron o seguiu.

— Não, não é isso que quis dizer. Não quero que se sinta como se

tivesse que estar aqui comigo. Sei que o sexo era casual, mas não queria que

você vá à procura de alguma coisa e estoure um ponto ou se machuque.

Com duas gavetas abertas, Zane fez uma pausa e olhou para Bron.

— Então era sexo por caridade? Sexo para um animal ferido?

— Não foi nem sexo! Um pouco de trabalho oral e manual. Todos nós

já tivemos conexões aleatórias. Não se sinta obrigado. Não sou como os

membros de sua colônia. - Bron cruzou os braços e inclinou-se na soleira da porta

não permitindo que Zane fugisse. Quando percebeu o que estava fazendo,

mudou-se para o lado para que Zane não se sentisse preso.

— Eu sei. É por isso que gosto de você. Você é muito claro e honesto

sobre as coisas. Os anciãos da minha colônia me disseram que eventualmente iria

encontrar minha fêmea companheira. Que não iria encontrar um companheiro

masculino, porque éramos animais com o cerne de procriar e caçar. Então,

conheci você. Negue o quanto quiser. - Zane caminhou até Bron e o beijou. –

Você é meu companheiro.


Bron firmou seus pés para não agarrar Zane e tomá-lo. A idéia de um

companheiro para ele parecia impossível, mas não podia discutir com a pulsação

em suas veias. A atração por Zane tinha sido instantânea quando o encontrou,

mas agora, conhecendo-o, tornou-se mais real. A paixão e a conexão eram

profundas e cada vez se tornavam mais fortes.

Correspondendo ao beijo, Bron envolveu com seus braços o corpo de

Zane e inalou seu perfume.

— Não vou usá-lo como os outros homens fizeram. Eu não posso.

Os lábios de Zane se curvaram em um sorriso, ele beijou o queixo de

Bron.

— Você não é como eles. Você me quer.

Concordando com a cabeça, Bron lambeu o pescoço de Zane até que

morder o lóbulo da sua orelha.

— Eu quero, também, e não estou mais ferido. Ou tímido. - Disse

Zane.

A mão de Zane esfregou o pênis de Bron sobre seus jeans. Bron

engasgou. Era ele geralmente quem fazia os avanços. A idéia de Zane assumindo

o controle fez seu pau esticar a frente de sua calça. Como se lesse a mente de

Bron, Zane ajoelhou-se e tirou-lhe a calça.

Apoiando-se, Bron engasgou novamente quando Zane chupou sua

ereção até o fim. A língua áspera trabalhou o lado enquanto os dedos de Zane
apertavam as bolas, brincando com elas. Bron empurrou-se para frente e deslizou

as mãos no cabelo de Zane.

Zane soltou Bron o tempo suficiente apenas para se despir. A visão de

corpo duro e cheio de cicatrizes de Zane fez Bron querer ficar de joelhos e

proteger seu companheiro para sempre. Mas a grossa ereção pulsando na direção

de Bron provou que Zane não era fraco e estava com um tesão infernal.

Quando Bron pegou o pau de Zane, este empurrou a mão dele e

ajoelhou-se novamente. Desta vez, sua boca estava agressiva e com um único

objetivo. Bron firmou sua posição quando os dedos de Zane vagavam por detrás

de suas bolas e brincava com sua bunda. Ele ficou tenso por um segundo ao

sentir a intrusão. Era sempre ele quem fodia.

— Zane. - disse Bron.

— Venha para mim. Estou no comando agora. - Zane chupou a ponta

do pênis de Bron até Bron amaldiçoá-lo.

A sensação áspera dos dentes e da língua fortemente lambendo a

cabeça de seu pênis estava levando Bron ao limite. Os malditos dedos

carinhosamente penetrando sua bunda, enquanto Zane continuava o chupando,

estavam minando qualquer controle que tivesse. Os quadris de Bron

estremeceram quando gozou na boca de Zane.

— Zane! - Bron gritou.


A doce atenção não terminou, Zane lambeu cada gota e chupou a ponta

para ter certeza de que tinha tudo. Em seguida, abaixou-se mais e rolou as bolas

ao redor com sua língua.

— É a minha vez. - Disse Bron.

— É. - Zane empurrou Bron na cama. - Fique aí.

Bron respirou fundo algumas vezes e se deixou afundar. Tinha sonhado

com a boca de Zane e agora era real. Quando Zane voltou com preservativos e

uma garrafa de lubrificante, Bron não perguntou como Zane sabia onde estavam.

Claramente, seu convidado andou explorando o lugar.

— Vire-se de bruços. – Disse Zane.

— Dê-me um minuto e vou te foder loucamente. - Bron estendeu a

mão para o pênis de Zane.

— Não, eu vou te-lo na primeira vez. - Zane rolou Bron.

Sem dúvida, a força de Zane tinha retornado. Bron encontrou-se de

bruços sobre a cama. Zane puxou a bunda de Bron para si, colocando-o de

joelhos. Ele raramente desistia do controle, mas parecia natural e sexy quando

Zane beijava seus ombros.

A língua de Zane deslizou pela espinha de Bron e ele arqueou as costas.

Zane finalmente esfregou lubrificante na bunda de Bron e começou a prepará-lo

cuidadosamente.

— Foda-me, Zane.
— Você é apertado. - Zane pressionou dois dedos dentro de Bron. –

Tem certeza de que quer?

— Deus, sim! - Bron balançou para trás.

Zane beijou o quadril de Bron, que impaciente ouviu o farfalhar da

embalagem do preservativo. Ele estava desesperado para ser fodido. Seu corpo

pulsava por ser tomado plenamente. Nunca confiara ou quis alguém com tal

fervor absoluto. Podia ser apenas luxúria e, uma vez satisfeito, estaria bem, mas

Bron não podia ter certeza. Zane pressionou seu pênis na bunda de Bron e todos

os seus pensamentos foram apagados pela paixão.

Gemendo pela tensão e dor, Bron empurrou de volta para mais, mas

Zane o segurou.

— Fique quieto.

Bron balançou o quadril desafiante. Zane adicionou lubrificante e

avançou para trás antes de empurrar para frente. As mãos de Zane apertaram as

nádegas de Bron e massagearam a sua volta. Relaxado, Bron sentiu Zane deslizar

mais profundamente nele. Agarrou as cobertas da cama e balançou mais

sutilmente. Zane pulsava dentro de sua bunda e Bron se focou nessa sensação.

— Você me queria. - Zane pressionou seu peito nas costas de Bron e

empurrou com mais força.

— Droga, é claro que queria. Eu quero. - Bron sentia-se incrivelmente

completo e quente quando o saco de Zane se esfregou contra seu corpo.


— Você gosta de ser tomado? - Zane brincou.

— Por você. - Disse Bron.

Zane mordeu o ombro de Bron.

— Acho que você gosta muito. - Ele pegou os pulsos de Bron e puxou-

os atrás das costas.

Bron lutou por um segundo, em seguida, deixou Zane ter o controle

total. A sensação de estar sob o controle e o poder de Zane fez o macho alfa

esquecer tudo.

— Eu pensei assim. - Disse Zane contra o pescoço de Bron.

— Pensei assim o quê? - Bron perguntou.

Zane fodia a bunda de Bron de forma dura e rápida.

— Você estava destinado a ser meu.

Bron riu por um segundo, mas Zane segurou seus pulsos com força e

fez seu amante sentir quando se afundou em seu traseiro. Zane deu um tapa na

bunda de Bron e a dor enviou um choque de urgência através do corpo de Bron.

Não havia dúvida sobre quem estava no comando. Em vez de querer lutar ou

brigar, Bron queria se render.

Dor tinha sido uma parte da sua vida, mas não no sexo. Sua mente

girava em como obter mais de Zane.

— Se você me quer, desta forma, vai ter que ser muito duro para me

manter na linha.
Bron resistiu e torceu os pulsos. Zane não recuou. Mais três tapas

afiados caíram na bunda de Bron e ele sufocou seus gemidos na cama. Zane

apertou forte o traseiro de Bron, mas soltou suas mãos. Retirando-se totalmente,

Zane agarrou a parte de trás do pescoço de Bron e segurou-o até que atingiu

aquele traseiro mais e mais.

O desejo e a dor se espalhavam. A urgência de Born crescia e queria

algo mais áspero do que a mão de Zane.

—Por favor. - Disse Bron.

—Santo inferno, você ama isto. - Zane empurrou seu pênis

profundamente na bunda de Bron novamente. – O grande e difícil alfa gosta de

ser espancado.

Bron balançou para trás para acompanhar as estocadas de Zane. As

palavras eram verdadeiras, mas fizeram Bron estremecer. Desistir do poder

nunca foi algo seu. Escolheu ser o líder e assumir o controle. Todo mundo, até

mesmo Reid, buscava nele a segurança e as respostas. Com Zane, isto

claramente não aconteceu, pelo menos não na cama.

— Ninguém nunca fez isso comigo. - Bron admitiu.

Zane passou os braços ao redor do peito do Bron e beliscou seus

mamilos.

— Gostou?

Bron engasgou com a nova dor e balançou a cabeça.


— Não sei. - Aqueles dedos torceram a carne de Bron e seus quadris

tremeram. Ele adorou.

— Eu preciso gozar.

— Você vai, quando eu estiver pronto. - Zane laçou o mamilo direito e

deslizou sua mão até o pênis de Bron.

Bron preparou-se para algo novo. O ritmo constante de Zane em sua

bunda manteve Bron no limite, mas não capaz de alcançar o clímax. Zane bateu

em suas bolas e Bron pulou novamente.

— Gosta disto? - Zane perguntou enquanto lambia as costas de Bron.

— Amo isso. Foda-me muito e me faça gozar. Me bata. - Bron não

conseguia parar as palavras enquanto apertava o pau de Zane.

— Bom. Eu não faria isso se você não gostasse. - Zane bateu no saco

de Bron novamente e trabalhou seu traseiro mais rápido.

A dor e o prazer misturavam-se profundamente em Bron, mas não podia

gozar até Zane permitir. Zane agarrou a ponta de sua ereção e empurrou-se com

força. Atingindo o orgasmo Bron congelou. Seu sêmen jorrou na mão de Zane e

seu corpo se contraiu apertando o pau de Zane. Ele estaria muito dolorido

amanhã, mas ainda queria mais.

— Zane, por favor! - Gritou Bron.

— Bom? - Zane puxou-se para fora.


Bron acenou com a cabeça e caiu sobre a cama. O sêmen pegajoso se

espalhava em seu estômago sem incomodá-lo. Sua bunda doía e suas bolas

latejavam. Zane deslizou para fora da cama. Bron virou de lado e viu Zane atirar

a proteção usada. Seu pênis ainda ereto e pulsante.

— Você não gozou? - Bron franziu a testa.

Zane sentou na cama e correu os dedos pelos cabelos de Bron.

— Você gostaria de me chupar, não é?

Bron desviou o olhar, mas Zane agarrou seu queixo e beijou-o firme.

— Admita.

— Gostaria.

— Com quantos homens você esteve? - perguntou Zane.

Bron nunca respondeu esse tipo de pergunta, mas com Zane era

diferente.

— Três.

— Incluindo a mim? - Zane insistiu.

Bron assentiu.

— Eu sabia que queria homens, mas foi estranho na primeira vez. O

segundo queria que eu o dominasse. Isso nunca foi exatamente o que desejava.

A confissão fez Bron querer rastejar para debaixo das cobertas. Zane

agarrou Bron pelos cabelos e guiou seu rosto para sua ereção.

— Eu entendo o que você precisa. Chupe-me.


Sem hesitar, Bron chupou o pau de Zane como se sua vida dependesse

disso. Empurrando a base e massageando as bolas, Bron se concentrou na ponta.

Zane não poderia segurar por muito tempo agora.

Em seguida, o baque o atingiu. A mão de Zane caiu forte na bunda de

Bron e ele estremeceu.

— Mais?- Perguntou Zane.

— Por favor. - Bron engoliu o pênis de Zane novamente e a palmada

suave libertou seu pensamento. Ele tentou prolongar o boquete, mas Zane

aumentou a velocidade e a força das palmadas, até que gozou.

Bron lambeu cada gota de sêmen e engoliu, encostando o nariz no saco

de Zane. A troca de energia o deixou tonto e as sensações profundas o fizeram

sorrir.

— Obrigado. - Disse.

— Isso é um bom começo. - Zane puxou Bron e beijou-lhe a boca.

Bron queria perguntar o que viria a seguir. Como poderiam jogar desta

forma e de onde veio este intenso lado dominante de Zane? O poder do beijo o

fez derreter contra Zane e abraçar o homem que tinha salvado dos lobos. Ele não

tinha idéia de que as coisas tomariam um rumo tão selvagem.


Capítulo 4

Enquanto cortava madeira na manhã seguinte, Zane contava suas

bênçãos. Chuveiro quente, um lugar seguro para se viver, cheio de boa comida e

boas pessoas - além de seu companheiro. O sexo com Bron tinha sido

enlouquedor, mas o amante estava estranhamente calmo e distante nesta

manhã. Na noite anterior Bron tinha respondido muito bem ao jogo sexual, Zane

tinha ido mais longe do que jamais sonhou. Será que Bron iria querer mais ou

estava arrependido de abrir mão do controle?

Zane sabia que tinha tirado Bron de sua rotina normal e ambos

precisavam achar um padrão agora que Zane estava saudável. Ainda assim,

apenas dois outros amantes para uma besta sexy como Bron dizia muito. Ele não

confiava facilmente e ficar vulnerável foi duro para ele.

Estavam acasalados, Bron poderia duvidar se quisesse, mas Zane tinha

todas as provas de que precisava. Dando um tempo a si mesmo de cortar lenha,

Zane tomou um gole de água e tirou a camisa. O celeiro ficou quente enquanto

trabalhava. Verificou sua cicatriz, estava se curando bem. Nenhuma dor, apenas

um pouco de coceira.
Um rangido da porta fez Zane olhar por cima. Alguns gatos vadios

freqüentemente corriam pelo celeiro perseguindo ratos, mas desta vez era Reid.

— Ei, tempo para uma pausa? - Perguntou Reid.

— Estava apenas me hidratando. - Zane tomou outro gole. - O que

precisa?

— Algumas coisas para você, na verdade. - Reid entregou um

smartphone, uma carteira e uma chave.

— O que é tudo isso? - Zane abriu a carteira. Havia dinheiro e um

cartão de crédito. Tocou o telefone e ele se iluminou. Números foram

programados nele.

— O telefone é padrão para os funcionários. A propriedade é grande, e

é mais fácil de manter contato. Os sinais podem ser duvidosos no vale, por isso

usamos aqueles que sabemos que funcionarão. A carteira é apenas uma ajuda

inicial se precisar de alguma coisa. O cartão está na conta comercial. Se pegar

um jipe para alguma missão e ficar sem combustível ou precisar de roupas é só

usar o cartão. Vamos atribuir-lhe um veículo. - Disse Reid.

Parecia tão casual. Zane não podia acreditar no que estavam

entregando-lhe tudo isso.

— A chave não parece de um carro.

— Não, isso é de seu quarto. Eu lhe dei o 707 no alojamento dos

homens. O veículo é de menor prioridade.


— Certo. Então, Bron me quer fora. Nunca entendi por que queria que

ficasse com ele de qualquer maneira. - Zane escondeu sua decepção diante de

Reid e empurrou os itens em vários bolsos em sua calça jeans. - Obrigado, Reid.

— Não tem problema. Não pense muito nisso. Bron é um osso duro de

roer. Levantou um monte de paredes para se proteger. Ele queria você aqui para

que pudesse ter certeza de que estava tudo bem e não causaria problemas.

Dando-lhe o seu próprio espaço prova que confia em você. - Reid sorriu.

Zane tentou ignorar que isso significasse algo de bom com Bron.

— Ele me quer fora.

— Ou ele quer que opte por não sair. Ele não me disse exatamente o

que está acontecendo, mas conheço Bron tempo suficiente para ver quando algo

mudou em sua vida.

— Ele está apenas sentindo pena de mim. O cara, obviamente, ajuda

um monte de gente. Ele é ótimo. - Zane implodiu a idéia de que era especial. Ele

encontrou cinco pessoas que Bron tinham ajudado e dado emprego. Eles podem

não ter tido problemas médicos, mas ele ajudou a começar de novo. A única coisa

que Zane tinha que Bron queria era uma mão áspera na cama.

— Ele é, vai cuidar para que ninguém prejudique a paz no Vale das

Sombras. Mas tem sido mais cuidadoso com você.

— Provavelmente, se vê na minha história. Sua família realmente o

abandonou? - Zane queria saber o quanto pudesse.


Reid concordou.

— Ele era um nanico doente, mas forte. Ele lutou como o inferno.

Trabalhou mais do que todos para tentar pagar os meus pais. Eles nunca lhe

pediram nada, mas não quis ouvir. Fez todas as tarefas que podia, e até mais,

para ajudar as pessoas que foram gentis com ele.

— Assim, tendo pessoas aqui é uma continuação. Fazendo para aos

outros o que fizeram por ele?

Não foi pessoal. Bron tinha a sua própria missão. Ele e Reid pareciam

muito dedicados ao mesmo objetivo. Aqueles dois poderiam ter sido algo no

passado ou poderiam ser no futuro. Zane estava no caminho.

— Sim, isso é Bron. Salvar o mundo, fazendo o seu próprio pequeno

refúgio para aqueles que não se encaixam em outros lugares. Todo mundo

pertence aqui. Até você. Eu sei que estava falando de ir para Reno, mas não

tenha pressa.

— De jeito nenhum! Tenho carne, contas médicas e hospedagem para

pagar antes de sequer pensar nisso. Não quero caridade.

— Dois teimosos orgulhosos. Não é à toa que gosta de você. - Reid

deu uma risadinha.

— Eu posso abrir o meu próprio caminho. - Zane insistiu.

— Claro que pode. Meus pais me deram tudo o que podiam. Até

faculdade. Ninguém disse que eu estava recebendo caridade. - Disse Reid.


— São os seus pais. Quando as pessoas que compartilham de seu

sangue se voltam contra você, de repente torna-se muito claro o que não tem

direito e quem não vai te ajudar. Isso muda tudo. - Zane odiava o fato de que

nenhum de seus irmãos se levantou para lhe apoiar. Nunca iria voltar.

— Meus pais nunca colocaram condições para Bron. Eles o amavam

como se fosse deles. Sei que ele os aprecia e os visita. Mas sempre mantém suas

defesas erguidas. Como se o mundo está estivesse para enganá-lo novamente.

Ter o seu próprio bando é a única maneira que se sente seguro. - Reid pegou um

par de luvas e empilhou um pouco da madeira que Zane tinha acabado de cortar.

— Não o odeie só porque ele pode ser espinhoso.

— Gosto dele mais por isso. Ele é real. Pena que não tenha encontrado

o cara certo. - Zane colocou outro pedaço de madeira no toco.

— O cara certo vai ter que encontrá-lo e derrubar suas defesas. Provar

que o deixará. Você entende isto, de pessoas que te deixam por sua própria

conta. Meio que destrói sua confiança no mundo. Novas pessoas estão sempre

sob suspeita. - Reid terminou de empilhar a madeira e colocou as luvas de volta

na caixa.

— Obrigado. Eu entendo. Não tenho certeza de onde eu deveria dormir

esta noite. - Zane balançou o machado.

— Tudo depende se quer dormir sozinho. E, tenho que dizer isso, se

você machucar Bron, então vai se ver comigo. - Disse Reid.


— Você realmente é um bom amigo. Acho que gosto de estar aqui,

sozinho ou não. - Zane tirou a luva e estendeu a mão.

Reid apertou sua mão e assentiu.

— Vou deixá-lo trabalhar. Pare depois de quatro horas. Não exagere.

— Eu vou ficar bem. - Zane colocou a luva de volta e balançou o

machado com precisão.

Zane almoçou com um bando de rapazes mais jovens, que também

eram novatos. Bron chamou sua atenção, mas não veio até ele. Após o almoço,

Zane parou no posto médico para uma verificação. Então, ele e Moriá foram dar

um longo passeio pelo resort. Ele começou a se sentir em casa e durante o jantar

com a equipe médica que cuidou dele, sentia Bron olhando para ele. Será que

Bron queria Zane fora de sua cabana imediatamente? Zane não se iria se afastar

dos amigos, especialmente se Bron estivesse colocando distância entre eles como

um casal.
Tinha uma escolha a fazer. Zane sabia o que queria, mas pressionar

Bron poderia ser um erro. Zane queria ficar, mas queria dormir com Bron e não

sozinho. Caminhou até a agradável cabana e viu que a porta não estava

trancada. Na verdade, tinha a recolher suas roupas, se nada mais fosse fazer. A

menos que Bron tivesse feito Reid mudar as suas coisas para o alojamento, o que

seria um sinal claro.

— Espero não estar interrompendo. - Disse Zane.

Bron estava sentado à mesa de trabalho com seu laptop.

— Nem um pouco. Reid lhe entregou as coisas?

— Entregou. Eu não tinha certeza se me queria fora ou o quê. Só vou

pegar minhas coisas. - Zane não era um tolo. O gelo na sala era inconfundível.

Bron era geralmente calmo e acolhedor, mas agora estava frio.

— Você não tem que ir. Só queria que tivesse a opção de privacidade.

- Bron seguiu Zane até seu quarto. - O que fez hoje à tarde? Eu pensei que eu

iria vê-lo.

— Você não me mantém vigiado? Eu não estava trabalhando. Moriá me

levou para um passeio a pé.

— Isso não foi demais para você? - Perguntou Bron.

Zane riu e não teve pressa para embalar suas coisas.

— A médica não parece pensar assim. Ficou bastante tempo longe de

seu trabalho. Estou bem.


— Fico feliz em ouvir isso. Como conseguiu suas cicatrizes antigas? -

Bron perguntou nervosamente.

Zane franziu a testa. Ele não estava esperando perguntas pessoais.

— Que importa? É uma história antiga.

— Você já ouviu falar um pouco da minha história antes. Rejeitado,

nanico. Agora sabe os meus segredos mais íntimos na cama. Você tem que me

dar alguma coisa.

Bron parecia desconfortável. Zane caminhou até ele e beijou-lhe a boca.

Bron não respondeu de imediato, então Zane mordeu seu queixo e pescoço.

— Você não é mais um anão rejeitado. Nós não somos a nossa

história. Eu sou o único sem um centavo em meu nome. Tudo o que tenho agora,

você me deu.

— Eu faria isso por qualquer um. - Bron cutucou Zane volta.

Zane assentiu.

— Eu sei. E vou cortar madeira até quando for preciso para lhe pagar.

O sexo não tem nada a ver com vingança ou dívida. Eu quero você. Gosto de ter

controle na cama. Se você quiser me deixar, tem que recolher minhas coisas e

me expulsar.

— Você sente pena de mim agora. Droga Reid! - Bron empurrou Zane

para a cama.
— Não sinto pena de você. Não me admira que Reid estivesse tão

tenso hoje. Ele me entregou todas as coisas. Não fique bravo com ele. Você não

conta nada. Eu te contei sobre minha história e você não disse nada. Se isto é só

sexo, tudo bem. Então não se importa com a minha história, só que não sou um

criminoso. Se for assim, por que se importa com o que penso sobre a sua

história, então? Se quiser mais do que o sexo, então é melhor me dizer algo

sobre você. Tenho que confiar em você mais profundamente antes de lhe falar

sobre minhas antigas cicatrizes. – A energia de Zane se foi totalmente. Havia o

risco de Bron expulsá-lo de Vale das Sombras, mas duvidava que ele faria isto.

Bron olhou Zane nos olhos e houve alguns segundos de silêncio entre

eles.

— Ou talvez só deva ir. — Zane deslizou para fora da cama. Bron

puxou Zane de volta para ele e beijou-o lentamente. Pressionou Zane contra a

parede, e sem dúvida Bron era forte, mas a maneira como lambeu a boca de

Zane desta vez foi muito diferente. Segurando em Bron, Zane relaxou e deixou

sua excitação emergir.

— Diga-me alguma coisa. - Pediu Zane contra a boca de Bron.

— Nunca dormi com Reid. Nunca sequer pensamos em nós dessa

forma. Ele é meu irmão adotivo, não é um rival para você. Ele é apenas protetor.

— Ele é um bom amigo. Acho que gosta de mim. - Disse Zane.

Bron franziu o cenho e se afastou. Zane riu.


— Não deste jeito. Ele me disse àquelas coisas sobre você na hora do

almoço, porque quer que entenda você. Sabe como pode manter a boca fechada.

Acha que talvez ele me aprove?

— Talvez? - Bron prendeu Zane a parede novamente. - Você pode

mudar-se para o seu próprio lugar. Não quero que você pense que tem que

manter a minha cama quente ou fazer qualquer outra coisa para ficar aqui.

— Tenho meu próprio quarto agora, tudo bem. Ontem à noite, eu vim

para você. Alfas realmente acham que detêm todo o poder. Por que não se solta

e me deixa controlar as coisas? - Zane lambeu de clavícula de Bron para cima até

seu pomo-de-adão para provocá-lo.

— Droga. Você estava se recuperando. Ferido. Eu não vou pedir para

você fazer isso de novo. - Bron passou as mãos pelo peito de Zane. Finalmente,

segurou o pau de Zane, que gemeu e se empurrou na mão de Bron.

— Estou bem agora. Posso, com certeza, fazer amor com você.

— Realmente? - Perguntou Bron.

Zane deixou suas mãos vagarem em Bron por mais um minuto, em

seguida, agarrou seu traseiro.

— Tire fora todas estas roupas, agora.

Bron endureceu e Zane apostaria seu traseiro que ele se batia com

freqüência. Sem uma palavra, Bron removeu todas as suas roupas e foi tirar a

roupa de Zane, que assentiu.


O alfa era um sub natural no quarto. Zane sorriu e estudou o corpo nu

de Bron. Ombros largos, musculosos em todos os lugares certos e uma mandíbula

robusta. Sexy como o inferno. Zane se ergueu, com as roupas ao redor de seus

pés. Ele se aproximou de Bron em linha reta.

— Ninguém precisa saber disto. É um segredo só nosso. - Disse Zane.

O alívio brilhou nos olhos de Bron, que pareceu relaxar. Ele se ajoelhou

e beijou as coxas de Zane.

— Eu vou fazer o que quiser.

Zane balançou a cabeça.

— Não se preocupe, não sou um sádico. Não jogo com base no que

preciso, isto é sobre o que você precisa.

Bron não disse nada, mas lambeu o quadril de Zane. O cara colocava

pressão demais sobre si mesmo. Zane esfregou o ombro de Bron e pôde sentir os

nós de tensão se soltando. Ele assumia tanta responsabilidade e nunca podia

relaxar e confiar nas pessoas que cuidam dele.

— Você confia em mim? - Perguntou Zane.

— Sim. - Bron lambeu o membro rígido de Zane.

— Suba na cama em suas mãos e joelhos. - Disse ele.

Bron obedeceu imediatamente. Gentilmente, Zane acariciou a bunda de

Bron. Não estava rosada, mas podia sentir Bron enrijecer um pouco.

— Dói? - Perguntou.
— Não, eu gostei.

— Eu sei disso. - Zane deu um tapa bunda de Bron. - Quer mais?

— Sim! - Bron gemeu.

— Já volto. Não se mova. - Zane pegou camisinhas, lubrificantes e a

pá de madeira que tinha esculpido para se divertir. Estava fazendo alguns

pequenos presentes para as pessoas daqui... Era algo que poderia fazer. Mas a pá

foi um impulso. Felizmente, conseguiu lixá-la antes do jantar.

Ele esfregou a pá ao longo da bunda de Bron e o Alfa virou-se para

olhar. Zane balançou a pá e bateu firme no seu traseiro.

— Oh inferno! - Bron engasgou.

— Gosta? Minha mão vai ficar dormente fazendo todo o trabalho. -

Zane deu outro tapa em Bron.

— Mais! - Disse Bron.

Zane deu-lhe outro.

— Não tem que ser responsável e forte comigo. Não sou fraco ou

incapaz. Você me salvou quando precisei. Agora posso ajudá-lo todas as noites.

— Eu preciso disso. - Disse o sub.

Balançando novamente, Zane teve o cuidado de não colocar muita força

nisto ainda. Bron teria que definir sua tolerância e aproveitar o momento. Zane

desceu a pá na bunda redonda de Bron e caminhou ao redor da cama. Ele se

inclinou e beijou Bron na boca.


— Mais, Zane. Por favor! - Disse Bron.

— Devagar. Você precisa sentir isso e não pedir muito. - Zane beliscou

a parte de trás do pescoço de Bron. - Não vou te machucar.

— Não sou um fraco. - Ele respondeu.

— Nem eu, mas se não tomar cuidado, posso feri-lo. Quero transar

com você, também. Agora, feche os olhos e concentre-se na dor. Você realmente

quer mais? - Perguntou Zane.

Bron obedeceu, fechando os olhos e permanecendo assim por um

momento.

— Mais um. - Disse ele.

Zane circundou a cama de novo e lambeu a bunda punida de Bron.

Afastou as bochechas e provocou seu buraco. Zane bateu nas duas nádegas com

as mãos.

— Mais uma com a pá?

— Por favor, foda-me até a morte! - Disse Bron.

— Não, quero que você viva. Quero fazer isso todas as noites. - Zane

pegou o instrumento e deu Bron batida uma sonora em cada nádega. Ouvir seu

amante prender o ar fez o pau de Zane pulsar.

Soltando a ferramenta disciplinar na cama, Zane controlou seu desejo.

Deslizou a camisinha sobre seu rígido pau e depois espalhou lubrificante na


rachadura de Bron. Zane enfiou um dedo no buraco de Bron, em seguida,

esguichou lubrificante diretamente dentro dele.

Bron estremeceu e arqueou as costas. Zane mordeu a carne no quadril

de Bron. Esta posição não era suficiente. Não desta vez.

— Vire de costas. – Disse ele.

Bron congelou e Zane deu-lhe um tapa.

— Faça isso.

Lentamente, Bron rolou de costas, com as pernas bem abertas. A

vulnerabilidade da nova pose fez Zane sorrir. Acariciou os braços e o peito de

Bron, deslizou sobre seu estômago e agarrou seu pau com força.

— Você está maravilhoso.

— Eu nunca estive nessa posição ou fiz algo assim. - Admitiu Bron.

— Relaxe. Deite-se e divirta-se. - Zane agarrou a bunda de Bron e

lentamente o preencheu.

Os olhos de Bron giraram em sua cabeça. Zane precisava ver cada

detalhe.

— Bom, aberto para mim. - Zane empurrou ainda mais, e a tensão

dificultava seu deslizamento. Enfiou-se profundamente e de uma vez só.

Bron levantou e engasgou.

— Droga. - Zane puxou para trás e acariciou o pau de Bron. - Sinto

muito.
— Não, de novo! - Bron balançou ansiosamente seus quadris.

Zane precisava aprender o grau de tolerância à dor de seu amante.

Deslizando novamente para dentro, Zane trabalhou Bron com golpes curtos até

que ele gemeu e estendeu a mão para o seu próprio pau.

Batendo a mão de Bron longe, Zane empurrou o eixo de Bron no ritmo

com que transava com ele. A expressão séria no rosto de Bron caiu para uma

careta e um sorriso quando a tática mudou. As mãos de Bron se estenderam para

a mão para Zane e tateou algo para agarrar.

— Coloque suas mãos atrás de sua volta. - Disse Zane.

Bron fez isso e um pouco da tensão nele desapareceu. Zane foi para trás

e acariciou mais e mais aquela enorme ereção. Zane se inclinou e beijou o peito

de Bron.

— Olhe para mim. - Disse ele.

Os olhos do sub se abriram e ele olhou para Zane.

— Você acredita em companheiros? - Perguntou Zane.

— Não sei. - Bron balançou a cabeça.

— Mentiroso. - Disse Zane.

— Eu quero você. - Bron gemeu.

Zane não insistiu no assunto e se concentrou na paixão, que era real.

Esfregando a ponta do pau de Bron, Zane bateu em sua bunda mais e mais

rápido. Bron gemeu e suspirou.


— Espere por mim. - Disse Zane.

— Por favor. - Disse Bron.

Sua bunda apertava Zane e seu controle foi embora. Gozar no fundo de

Bron olhando para o rosto dele foi o melhor orgasmo da sua vida. Ele trabalhou o

pau de Bron e o sêmen jorrou entre eles. Bron xingou e gritou.

— Você pode não acreditar em companheiros ainda, mas eu com

certeza o farei acreditar. - Zane empurrou-se em Bron uma última vez para

destacar seu ponto.

— Sei que isso é bom. Nunca conheci shifters acasalados gays antes.

— Bron abraçou Zane.

Zane não queria discutir. Soltou Bron rapidamente e jogou a camisinha

fora, antes de enrolar-se com ele na cama. Nunca dormiria sozinho de novo, só

tinha que convencer Bron que eram predestinados e que era para sempre.

Capítulo 5

Algumas semanas felizes tinham feito Bron sorrir mais e criar o hábito

de parar para cheirar a madeira recém-cortada. Zane tinha esculpido pequenos

presentes para todos que o tinham ajudado. Ele era engenhoso. Parecia contente
em cortar madeira, mas ofereceu seus serviços para reparação de edifícios ou

qualquer outra coisa que precisasse de trabalho. Vale das Sombras tinha um novo

felino habilidoso.

O que confundia a mente de Bron era o fato de Zane ter todo o controle

no quarto, mas não mostrar nenhuma necessidade de dominar fora dali ou

demonstrar isto em público. Eram um casal estranhamente equilibrado nesse

sentido. Era meio da tarde quando Bron decidiu que precisava de um tempo

sozinho, longe de tudo. Encontrou Zane, como de costume, cortando madeira.

Zane fez uma pausa e sorriu quando viu Bron.

— O que o traz por aqui?

— Que acha de uma corrida? - Bron beijou Zane. Algumas pessoas

sabiam do relacionamento, mas ninguém estava fazendo barulho sobre isso.

— Onde? - Perguntou Zane.

— Aquela caverna. Gosto de manter um olho nela agora que sei que

está lá. - Bron encolheu os ombros.

— Você não tem todo um bando de guardas que patrulham?

— Tenho, mas alguém poderia se esconder lá e sem ser visto. Temos

um bom estoque de madeira com todo o seu trabalho duro. Uma tarde de folga

não vai doer. - Bron sorriu.

— Vou correr em forma felina. - Zane tirou sua roupa.


Bron olhou por alguns minutos. Fazer sexo no celeiro significaria ser

descoberto em algum momento. A caverna iria dar-lhes a privacidade.

— Você não vem? - Zane mudou.

Bron tirou a roupa e mudou. Como um leão da montanha, lambeu o

rosto de Zane, que se aproximou em troca. A dupla correu para fora da porta até

o cume pela floresta.

Na forma animal, era mais fácil reconhecer a realidade. Bron inalou o

cheiro de Zane, pois teve pouco trabalho com a distância. Zane era seu

companheiro. O lado animal dele tinha tanta certeza que não podia acreditar que

seu lado humano duvidasse disso.

Escorregaram para dentro da caverna, que estava vazia. Depois que

mudarem para a forma humana, Bron beijou Zane.

— Preciso me transformar mais em um leopardo? - Perguntou Zane.

— Não, mas o lado do animal nos revela algumas coisas. - Bron não

queria pressionar a sua relação longe demais. O casal tinha estabelecido uma

rotina, e Bron se permitiu ceder e se afeiçoar. Eles pareciam sólidos, mas Zane

era inteligente e talentoso, poderia fugir para Reno por qualquer razão. Bron não

queria estragar algo tão novo e intenso.

— Revela o quê? - Zane estendeu e sentou-se no chão.

— Instintos mais profundos? - Bron sentou ao lado de Zane e se

aconchegou nele.
— Quem te machucou quando estava com a sua colônia? - Zane se

enrijeceu.

— Não foi tão ruim assim. Apenas, não era o que nós temos.

— Diga-me a verdade. - Disse Bron. Suspirando, Zane descansou a

cabeça no ombro de Bron.

— Alguns dos homens gostavam de homens, mas tinham esposas e

filhos. Eles escondiam o seu desejo. Muitos insistiam que era apenas por

diversão. Sem drama. Saber que eu gostava abertamente de homens era o

suficiente para que me usassem. Bastava dar o que eles queriam. Era apenas

sexo.

— Eles te estupraram? - Bron abraçou com força.

— Não exatamente. Eu queria homens experientes. caras da minha

idade nem sempre estava dispostos a admitir ou experimentar, quando eu era

adolescente.

— Você era um adolescente? Aqueles homens eram pedófilos. - Bron

queria rasgar a garganta de alguém.

— Tinha idade suficiente para me defender se realmente não quisesse.

O ruim era a pressão para não contar a ninguém sobre o que gostavam. Para

fazer e esquecer. Era sujo e vergonhoso. Tenho certeza que esses caras ficaram

felizes por ter ido embora, assim nunca teria a chance de dizer qualquer coisa.
Não quero que esta seja minha vida. - Zane beijou o pescoço de Bron. - Agora

não é. Somos livres e estamos juntos. Sem vergonha.

Bron se sentiu mal por tê-lo arrastado até a caverna para ter

privacidade.

— Sei que você acredita na coisa de acasalado.

— Acredito. Você não precisa. - Disse Zane.

— Acho que está certo. Senti isso quando estava na forma felina. Foi

uma atração poderosa. - Bron se preparou. Estava acostumado a ser necessário,

não a precisar de alguém. Desistir do poder na cama era uma coisa, mas Zane

tinha um imenso poder sobre a felicidade de Bron e isso era assustador.

— Bom. Você está preso comigo. - Zane não mexeu um músculo.

Bron respirou fundo e sorriu.

— Tenho sorte por ter te encontrado. Temos de ser acasalados. De que

outra maneira pode explicar como combinarmos tão bem?

— Há uma lógica divina para isto. Existem cidades mais próximas do

que Reno, eu fui atraído por você. - Zane deu beijos ao longo do pescoço de Bron

e esfregou a mão pelo seu corpo.

Bron sabia que ia conseguir exatamente o que queria com a fugida da

tarde. Não planejou admitir seus sentimentos ou a conexão cósmica, mas admitiu

ambos. Sozinho com Zane, não tinha poder para resistir. Estava mais livre e feliz
do que já havia se sentido em sua vida. Zane era tudo para ele e ele era tudo

para Zane.

A admissão de Bron emocionou Zane. Mesmo que sua conexão tivesse

crescido, Bron não tinha tanta disposição em falar quanto para experimentar o

sexo selvagem. Deixar Bron desfrutar da liberdade fazia Zane feliz, mas

intimidade importava para ele. Esta não era uma aventura. Teve encontros sem

sentido suficientes. Então, novamente, como Bron não tinha muita experiência

romântica, estavam vindo para a relação com diferentes visões.

Zane sabia que podia contar com Bron para fazer qualquer coisa, e o

faria. Mas o estado de espírito de Zane estava relaxado mesmo com a excitação à

tona. Deslizou dos braços de Bron e esticou-se de costas no meio da caverna.

— Eu acho que você deveria me chupar. - Disse Zane.

Bron inclinou-se e lambeu de cima a baixo a ereção de Zane. Erguendo

os quadris, Zane estendeu a mão e agarrou a bunda de Bron, guiando-o em um

sessenta e nove. Bron alinhou-se com entusiasmo e Zane beliscou suas bolas.

Não havia pressa quando brincavam mais e mais um com o outro. Zane

beliscou o pau de Bron e deu um tapa em sua bunda. Seu companheiro gemeu e

enfiou-se na garganta de Zane.

Zane bateu firme e duro nas nádegas de Bron e empurrou-se na sua

boca. Mais alguns minutos e fodiam em uníssono. Zane beliscou o traseiro de

Bron e lambeu-lhe até que Bron grunhiu e gozou forte.


Zane segurou firme Bron durante seu clímax e provocou sua entrada.

Quando Bron se recuperou, ele desceu a boca no pau de Zane como se ele fosse

um homem possuído. Os gemidos e suspiros de Bron soavam tão animalescos

que Zane não conseguia silenciar o homem que amava. Bron percorreu todo o

caminho para baixo sobre ele e lambeu as bolas de Zane.

— Bron! - Zane gritou. Seu controle se foi e seu gozo bateu forte na

parte de trás da garganta de Bron. Com o gozo se sentiu tão tonto que se

segurou no corpo de Bron.

— Meu. - Bron beijou o corpo de Zane.

Zane bateu no traseiro de Bron e mordeu seu quadril.

— Companheiros para sempre.

Bron observou Zane cochilando depois do sexo. A ferida era agora uma

cicatriz que ia desaparecer com o tempo. Se os lobos não tivessem atacado... Se

Zane não tivesse roubado um pouco de carne... Se Zane tivesse seguido outra

direção... Eles nunca se encontrariam.


Ele se estendeu ao lado de Zane, não tinha certeza se ele poderia

suportar este cenário agora. Não acreditava em companheiros ou qualquer coisa

cósmica, mas aqui estava ele: loucamente apaixonado por um homem que

conhecia apenas há algumas semanas.

Bron passou a mão sobre o peito e os braços musculosos de Zane. O

desejo de proteção era muito forte para negar. Estavam acasalados. Este homem

estava disposto a cortar lenha e ganhar seu sustento. Nunca lhe perguntou quão

grande era o terreno de propriedade de Bron ou quanto valia. Não havia interesse

nele ao contrário de outros que tentaram seduzir Bron.

Nas últimas semanas, Zane não gastou um centavo ou até mesmo foi

para Reno olhar ao redor. Parecia contente em ajudar e percorrer o resort. Seu

quarto tinha sido realocado e a mascara caiu. Um número suficiente de pessoas

sabia que estavam dormindo juntos. Ninguém perguntou como eles estavam

envolvidos. Mesmo Reid não havia perguntado, o que significava que sabia que

era sério. Bron aconchegou-se ao homem dormindo.

Ninguém tinha vindo para tentar arrastar Zane de volta para a colônia

de leopardo. Não havia ninguém que iria reivindicar o homem que Bron queria.

Ele temia amar e se apegar tanto, porque nunca se sentiu seguro. Nunca

verdadeiramente em casa, mesmo com a família de Reid. Este bando nunca o

expulsou, mas tentou descobrir aonde ele pertencia, e o fato de que não

pertencia ali nunca foi esquecido.


Um som à distância fez Bron sentar-se. Olhou para fora da entrada da

caverna e escutou. A forma felina de Reid surgiu a partir da floresta e olhou ao

redor antes de cheirar o chão. Finalmente, Reid percebeu Bron e mudou-se para

a forma humana.

— O que há de errado? - Zane perguntou sonolento.

— Nada, Reid aparentemente tem algo a me dizer que não pode

esperar. - Bron olhou friamente para Reid por interromper a paz. - O que houve?

— Na verdade, um visitante para Zane apareceu. Ele está insistindo

em ver Zane agora. - Reid deu de ombros.

Bron ficou tenso.

— Os membros da colônia querem levá-lo de volta?

— Eles não me querem de volta. - Zane zombou.

— É apenas um. Mandei os guardas para a floresta e verifiquei com os

lobos também. Ele veio sozinho. Não há mais ninguém por quilômetros. - Disse

Reid.

— Um ex-namorado? - perguntou Bron.

— Não, deve ser um engano. Ninguém iria me seguir. - Zane esfregou

as mãos sobre o rosto.

— Disse que seu nome é Aiden, se ajuda. Não quis fornecer quaisquer

outras informações até ver Zane. - Disse Reid.


Bron viu a reação no rosto de Zane. Foi sutil, mas o nome significava

algo importante para seu amante. Zane assentiu.

— Nós podemos mandá-lo embora, se não quer vê-lo. - Bron ofereceu.

— Não, ele não vai machucar ninguém. Se veio até aqui, preciso falar

com ele. - Zane saiu da caverna e passou para a forma felina.

Bron e Reid seguiram o exemplo e o trio correu até o resort. Com o

estômago embrulhado, Bron reprimiu suas emoções e se preparou para dor de

cabeça. Zane dissera a Bron que não tinha ninguém... Parecia ser uma mentira

agora.

Capítulo 6

Ver seu irmão mais próximo o fez se sentir estranho. Zane tinha se

vestido rapidamente e estava atordoado que Bron não fizesse uma tonelada de

perguntas ou pedisse para ir no encontro. Sozinho com seu irmão Zane fechou a

porta do escritório de Reid atrás dele e se perguntou o que Bron estava

pensando. Zane tinha que fechar seu passado antes de começar seu futuro.

— Eu sinto muito pelo que aconteceu. Você está bem? - Perguntou

Aiden.
Aiden foi o único irmão que mostrou simpatia para com a situação de

Zane. Os anciãos esperaram até que Aiden estivesse fora, em uma viagem de

caça demorada, para expulsar Zane.

— Estou bem. O que está fazendo aqui? - Perguntou Zane.

— Vim para te levar de volta. Eles não podiam ter feito isto enquanto

eu estava caçando.

Zane balançou a cabeça.

— Eles planejaram dessa forma para que não pudesse objetar. Você só

está prejudicando a si mesmo agora, Aiden.

— Sei que me mantiveram ocupado e atolado para não segui-lo. Eu o

teria protegido e me levantado por você. Já convenci os outros a ficarem ao meu

lado. Todos os seus irmãos irão protegê-lo agora. Não se preocupe com um

companheiro. É um bom trabalhador e tem valor para a colônia. Nós mostramos

a eles como é loucura expulsarem os trabalhadores esforçados. - Aiden sorriu.

— Então, se eu me machucar ou quando ficar velho estarei fora.

Esqueça isso. - Disse Zane.

— Não, nós não faremos isso.

— Mas sem filhos para cuidar de mim... - Zane suspirou. - Aprecio

todos os seus esforços, mas nós dois sabemos que é impossível. Não pertenço

aquele lugar. Quer que eu fique sozinho para sempre e trabalhe para nada, além

de piedade.
— Você pertence a nós. Somos sua família. Vou encontrar uma

companheira. Você vai ser padrinho de todos os meus filhotes e eles irão cuidar

de você quando estivermos velhos. - Aiden insistiu.

O olhar maníaco no rosto de seu irmão deixou Zane desconfortável.

— Obrigado por tentar, mas não posso voltar atrás. Ninguém duvida

de que você vai encontrar uma companheira e ter montes de filhotes, mas não

quero ser seu fardo ou tornar a vida mais dura para qualquer um dos meus

irmãos. Estou bem aqui.

— É errado. O que eles fizeram foi idiota e insano. - Aiden andava.

— Eu sei. Nossos anciãos da colônia fizeram isso enquanto você estava

caçando para que ninguém viesse em meu socorro rapidamente. Eu tenho uma

nova casa agora. - Zane encolheu os ombros.

— É por isso que foi tão longe? Depois disso, eu deveria estar no topo

dos rastreadores da colônia. - Aiden deu uma risadinha.

— Você está. Não quis ficar perto de nosso território, porque esperava

o assédio se fizesse. Só tinha pouca comida e dinheiro comigo. Não me deixaram

levar minhas coisas. Então, tive que ir para algum lugar seguro onde pudesse

encontrar trabalho.

— Aqui? É um bom resort. - Aiden assentiu.

— Estava indo para Reno, mas acidentalmente parei aqui. Alguns lobos

foram atrás de mim. - Ele levantou sua camisa. - Bron e Reid me salvaram e
pagaram pela carne que tomei. Eles me remendaram e estou trabalhando para

pagar o que devo.

— Isso parece ruim, mas está se recuperando bem. Posso pagar suas

dívidas. - Aiden pegou sua mochila.

— Não, não preciso de dinheiro. Sou acasalado agora, descobri que

shifters gays têm companheiros. Bron é o meu e não vou deixá-lo. - Zane soltou

a camisa e cruzou os braços.

— Você só esteve aqui por algumas semanas. Um mês, talvez? Nós

somos sua família. Não vou deixar nada acontecer com você. Não pode estar

falando sério sobre ficar aqui. - Disse Aiden.

— Estou. Sinto muito que veio até aqui, mas agora sabe que estou

seguro. Não serei o seu caso de caridade ou a piada da colônia. Tenho trabalho e

amigos aqui. Pode voltar sem culpa ou obrigação. - Zane abraçou o irmão. - Você

é bem-vindo para ficar por alguns dias, se quiser.

— Reid disse que você está cortando lenha. Essa é a sua vida? -

Perguntou Aiden.

— É um começo aqui. E posso escolher a melhor madeira para

esculpir. Falei para eles me deixarem fazer reparos também. Há uma abundância

de edifícios e madeira para trabalhar por aqui. Este bando é composto por shifters

sem um lar. Eu me encaixo perfeitamente. - Zane encerrou a conversa e se

dirigiu para a porta.


Andando em seu escritório, Bron tentou processar a informação que

Reid lhe dera. queria dar um soco na parede ou em Zane. Perder a paciência com

Reid era inútil.

— Aquele homem é irmão de Zane?

Reid concordou.

— Disse que há um monte de irmãos. Nem todos aceitam o estilo de

vida de Zane.

— Nenhum, aparentemente. - Bron ouviu a porta abrir e saiu para o

corredor.

— Reid, será que você abastecer meu irmão com suprimentos

suficientes, por favor? Ele está indo para casa na primeira hora de manhã.

— Claro, vou te dar um quarto. - Reid acenou para Aiden.

— Pense sobre isso, Zane. Sua família quer você por perto. Tem

sobrinhos e sobrinhas que perguntam sobre você o tempo todo. - Aiden parou um

instante e seguiu Reid.

— Você está bem? - Perguntou Bron.

Zane assentiu com a cabeça e entrou no escritório de Bron.

— Sinto muito sobre isso.


Bron queria gritar e sacudir Zane.

— Você disse que não tinha ninguém. Acreditei em você.

— Sinto muito. Ninguém se levantou por mim quando fui expulso.

Aiden é o único irmão que nunca deu a mínima para o que faço. O bando esperou

até que estivesse em uma longa viagem de caça para me expulsar. Quando não

me encontrou depois de duas semanas, achei que viu que era impossível tentar

convencer a colônia para me levar de volta. - Zane encolheu os ombros.

— Ele rastreou você por um longo caminho. Isso é impressionante. -

Bron se inclinou sobre a mesa.

— Aprecio o que ele fez. Ele é a minha família mais próxima e se sente

culpado. Disse a ele que não vou embora. Não posso sair. Você está unido a mim.

Encontrei o meu companheiro e não vou. - Zane passou os braços em volta do

pescoço de Bron.

O calor começou a crescer em Bron, mas ele resistiu. A dor pelas

mentiras e omissão ainda estavam vivas.

— Deveria ter me dito que tinha família. Realmente pensei que não

tinha ninguém.

Zane franziu a testa.

— Sinto muito. Estava tentando deixar tudo para trás. Esse nível de

rejeição é ruim, com um adulto ou uma criança. Confie em mim, não quer a

minha família. Sim, sinto falta dos meus sobrinhos e sobrinhas que não foram
ensinados a julgar ou se envergonhar de mim ainda. Aiden é o único que importa,

e não é totalmente altruísta, confie em mim.

— O que você quer dizer? - Perguntou Bron .

— Aiden é um par de anos mais velho do que eu e não está acasalado

ainda. Eu era a prova de balas, porque me recusava sequer a pensar nisto.

Deixei claro que gostava de homens. Todo mundo pensava que Aiden estava

solteiro para ajudar a tirar a pressão de cima de mim e até ele encontrar a garota

certa. Inferno, talvez seja por isso que finalmente me expulsaram, para ele se

acalmar. Quando voltar, vão estar em cima dele para escolher uma companheira.

- Zane beijou o pescoço de Bron.

A atração era tão forte que Bron quase perdeu o foco.

— Acha que ele não vai encontrar uma mulher?

Zane deu de ombros.

— Tenho certeza de que vai. Provavelmente tem algumas

selecionadas. Adicionando-me a sua família vai fazê-lo parecer como um herói.

Muito caridoso. Nós somos uma colônia, não um bando. Os anciãos votaram por

me expulsar, mas se Aiden me quiser na sua família... Os líderes vão olhar para o

outro lado. Aiden prometeu que seus filhotes cuidariam de mim na minha velhice,

para não ser um fardo para a colônia e ser expulso novamente. Ele está

tentando, e isso significa muito, mas prefiro estar aqui com vocês. Sem ser
julgado, com os amigos e você. Prefiro ajudar a cortar lenha e consertar as coisas

aqui. Trabalhar em madeira e correr até a nossa caverna.

Balançando a cabeça, Bron o abraçou apertado.

— Eu sei que seria mais fácil. Mas a família, o sangue, significa alguma

coisa.

— Posso ir visitá-los. Não tenho que cortar todos os laços. Os filhotes

podem vir aqui me visitar nos meses de verão. Não vou viver lá. Minha casa é

aqui. - Zane disse com firmeza.

— Se encontrasse os meus irmãos, faria tudo o que pudesse para me

conectar com eles. - Disse Bron.

Zane abraçou mais apertado.

— Claro que sim. Eles não abandonaram você... Você era pequeno e

por isso eles foram. Quem sabe exatamente o que aconteceu? Mas não estava no

poder deles mais do que no seu. Meus irmãos e irmãs, no entanto, não são mais

crianças. São todos os adultos e ficaram quietos quando fui banido. Aiden teria

me defendido, mas a decisão teria sido a mesma. Sua vida só seria mais dura se

eu voltasse. E eu seria infeliz sem você.

Olhando nos olhos de Zane, Bron acreditou nele.

— Existe mais alguma coisa que você não disse? Qualquer coisa?

— Não, Bron. Sinto muito. O que disse foi provavelmente errado, mas

senti realmente que não tinha ninguém. Demorou tanto tempo para que pudesse
me encontrar. Sou grato a Aiden pelo que fez e talvez possamos visitá-los. Meus

sobrinhos e sobrinhas, com Aiden, serão bem-vindos, mas não voltarei para

implorar por uma casa. Tenho uma aqui. Sou parte deste bando. A menos que

você não me queira... — perguntou Zane.

Bron respirou fundo e pesou a situação. Será que Zane sempre se

sentiria assim? Sua colônia pode repensar as coisas. Sua família pode fazer um

ataque para o retorno de Zane. Toda a colônia pode, quando souberam que se

juntou a outro bando. As coisas poderiam acontecer de muitas maneiras e Bron

tinha que pensar primeiro no bando e não apenas no que ele queria.

Capítulo 7

Zane esperou por uma resposta.

— Bron, lembra da minha cicatriz? A antiga? Fui pego numa armadilha

para lobos quando eu e meus irmãos estávamos caçando. Era muito jovem e

todos eles apenas riram. Tentei puxar e me livrar. Aiden foi o único a me ajudar.

Eles disseram que eu iria atrair outros predadores com o sangue e arruinar a

caça, então tive que voltar. Não se importaram se chegaria em casa em


segurança ou não. Não sou um caçador. Não sou um procriador. Aiden me salvou

e perdi muito sangue. Desde esse dia sabia que nunca pertenceria a colônia.

Nasci na família errada.

— Eles ainda são seu sangue. Sua colônia pode exigir o seu retorno.

Desafiar-nos. - Disse Bron.

— Não vão. Não valho o seu tempo. Não me querem de volta. Mesmo

que incomode ao orgulho de Aiden ou ao ego dos meus outros irmãos. Eles têm

problemas maiores do que eu. Não são como um bando, não tem mentalidade de

bando. Juro. Não colocaria em risco a você, Reid ou Moriá por qualquer coisa. Eu

te amo. E acredito que você me ama, e vai ter que provar que não. - Zane

beliscou o queixo de Bron. - Me jogue aos lobos.

— Nunca mais. - Bron puxou Zane e beijou-o com força. - Eu te amo.

Mas o amor nem sempre é o suficiente para fazer as coisas funcionarem.

— Pensei que você fosse o Alfa aqui. Você faz as regras em seu bando.

Certo? - Perguntou Zane.

— Certo. Mas não posso controlar o mundo. Algo poderia levá-lo longe

de mim. Não posso forçá-lo a ficar. - Disse Bron.

O medo nos olhos de Bron disse a Zane tudo o que precisava saber.

— Não vou deixar você. Ninguém pode me forçar a me afastar. Nunca

irei. Nossas famílias estão fodidas, mas nós não estamos. Estamos escolhendo
um ao outro e este lugar. E não por gratidão ou porque salvou a minha bunda. O

acasalamento aconteceu para nós. Admita.

Bron riu.

— É duro argumentar com o destino.

— Nós nos amamos. Ninguém vai ficar no caminho. Certo? —

Perguntou Zane.

Bron assentiu e agarrou os ombros de Zane.

— Certo. Você não vai a lugar nenhum.

— Nunca mais. - O alívio atingiu Zane mais forte do que qualquer

ataque que sofreu antes. A alegria anulou qualquer rejeição que sentiu em sua

vida. - Diga isso de novo. - Zane exigiu.

Bron afastou Zane a distancia de seu braço e olhou-o nos olhos.

— Eu te amo. Você é meu. Eles não podem ter você de volta nunca

mais.

Zane abraçou Bron apertado.

— Isso é tudo que eu queria ouvir e não se esqueça: sua bunda é

minha.

— Acho que devemos passar o fim de semana em Reno. Pegar um

bom quarto de hotel e ver um show ou algo assim. A caverna é boa, mas é muito

fácil ser interrompido. - Bron sorriu.


— Eu adoraria. - Zane beijou e mordeu seu pescoço. - Não posso

esperar tanto tempo.

— Não tem que esperar. - Bron trancou a porta de seu escritório.

Zane fechou as cortinas nas grandes janelas e portas de pátio. Bron

estava ali, completamente vestido e esperando por ele.

— Venha aqui e curve-se na sua grande mesa. - Disse Zane.

Bron se aproximou e quando começou a se despir, Zane bateu no seu

traseiro sobre o jeans.

— Não. Deixe suas roupas.

— Você é o chefe. - Disse Bron.

Zane não queria que fossem pegos totalmente nus e enroscados. Puxou

o jeans de Bron até a metade de sua bunda firme e bateu na pele exposta até

que virou rosa. Os gemidos e suspiros de Bron encorajaram a ereção de Zane.

— Mais! - Disse Bron.

— Não agora. Acredito que tenha proteção por aqui. - Disse Zane.

Bron abriu uma gaveta e afastou um kit de primeiros socorros para

revelar uma caixa de preservativos e lubrificantes.

Zane pegou o que precisavam.

— Pensei que só tivesse dormido com duas pessoas antes de mim.

Muita ação por aqui?

— Não. - Bron riu. - Esperava usá-los algum dia.


— Sorte minha. - Zane empurrou Bron em sua grande cadeira de

couro.

— O que você está fazendo? - Bron mexeu e tentou levantar-se.

Zane deixou o livre pênis de Bron e chupou-o profundamente. O pau

latejante e o sabor da carne de Bron acalmavam o stress da Zane. Enfrentar seu

passado novamente e ter que tranquilizar Bron sobre seu compromisso tinha

minado a calma que tinha encontrado em Vale das Sombras.

— Quero que você me foda. - Disse Bron.

Zane deslizou seus dentes pelo eixo de Bron.

— Vou chegar lá. Como seu traseiro se sente?

— Vazio. - Bron mexeu-se na boca de Zane.

Sorrindo, Zane engoliu todo aquele lindo pau grosso e deixou-o pulsar

em sua garganta até que Bron se mexeu novamente. Zane deixou Bron foder sua

boca e beliscou seus mamilos através da camisa.

— Droga! - Bron puxou e segurou a cabeça de Zane com mais força.

Zane engoliu o gozo de Bron. Sentir o gosto do seu homem no estado

de puro prazer aumentou a pressão em sua braguilha. Ele precisava foder Bron

loucamente.

Enquanto Bron segurava a respiração, Zane levantou-se e apontou para

a mesa.

— Você quer ser fodido ou não?


Bron sorriu e abriu a braguilha de Zane. Um pouco de rebeldia podia

levá-lo a ter a pá em ação de noite. Lambeu as bolas de Zane e beijou o seu

membro. Esperando a reação, Bron saboreou o jogo sexual. Nunca confiou em

ninguém antes, não desse jeito.

— Você realmente quer sua bunda vermelha, não é? - Zane puxou o

cabelo de Bron.

— Sim, confio em você. Eu nunca fui assim com ninguém. - Ele tinha

que dizer isso. Zane precisava saber o quanto significava para ele.

Zane se inclinou e beijou duramente Bron.

— Não deixarei você. Não vou deixar o resort sem você. Acasalado,

lembra?

— Prove. - Disse Bron.

Sem se mover, Bron deixou Zane forçá-lo sobre a mesa e puxar sua

calça jeans mais para baixo. Manteve as pernas juntas para reforçar a sensação.

Zane espalhou as bochechas de Bron e trabalhou na lubrificação. O líquido frio fez

Bron arrepiar e Zane preencheu sua bunda com uma única estocada.

Bron apoiado sobre a mesa empurrou-se de volta para mais.

— Sou seu. Eu te amo.

Zane passou os braços fortes em torno do peito de Bron.

— Nunca vou te deixar. Nunca deixarei você ir. Não importa como,

você não pode se livrar de mim.


As palavras enviaram uma sensação de ardor para o corpo de Bron. Pela

primeira vez em sua vida, acreditou e confiou no que alguém disse a ele. Ele

finalmente encontrou alguém com quem estava ligado tão profundamente, que

não poderia encontrar espaço para dúvida ou motivo para discutir.

Zane mordeu o pescoço de Bron e martelou em seu traseiro como se

fossem gatos selvagens acasalando.

— Eu te amo. - Sussurrou.

— Acredito em você. - Bron tremeu quando balançou para trás para

atender pressões de Zane.

Virou o pescoço mordido para beijar Zane, cujo toque era tão possessivo

e protetor que preenchia toda a sua mente, seu corpo e sua alma. Ele congelou

no clímax e sentiu o vínculo com seu companheiro crescer tão profundamente

que sabia que não poderia viver sem Zane.

Zane gozou dentro dele e Bron sentiu o fluxo de energia. Torcendo seu

torso, beijou a boca de Zane e segurou-o com força. A expressão de Zane refletia

que algo havia mudado. Ele saiu do corpo de Bron e virou seu amante

totalmente. Bron sentou em sua mesa e acalmou Zane. Meio vestido, ele mordeu

o pescoço de Zane forte o suficiente para deixar uma marca, num gesto quase

romântico ou cerimonial.

— Nós não precisamos de sangue. - Zane assegurou.

Bron sorriu.
— Nunca mais quero ver você sangrar de novo.

Zane mordeu novamente o pescoço de Bron.

— Para sempre. - Ele beijou a marca da mordida.

— É melhor ir. As pessoas vão nos procurar. - Disse Bron.

— Reid verá meu irmão na parte da manhã. Não quero mais lidar com

a vida colônia. - Zane encolheu os ombros.

Bron riu.

— É mais provável que Reid o convide para jantar e seja um bom

anfitrião. Devemos nos juntar a eles.

Zane gemeu, mas acenou com a cabeça.

— Você não quer que nada de ruim aconteça com seu irmão. Você não

pode me deixar, mas não quero que corte todas as suas ligações familiares. Se

tiver alguém que é bom para você, fique em contato. - Bron beijou a boca de

Zane.

— Como explicaremos as marcas de dentes no jantar? Não vejo o meu

bom irmão entendendo jogos sexuais. - Zane corou.

— Acho que não devemos a ninguém alguma resposta. - Bron beijou

Zane duro e começou a colocar suas roupas de volta no lugar.


Epílogo

Três meses depois...

Depois de um dia de brincadeiras com os sobrinhos e sobrinhas, Zane e

Bron enfrentaram uma reunião dos adultos que Aiden tinha organizado. Não foi

aprovada pelos anciãos, mas foi permitida para aqueles interessados no que

aconteceu com Zane.

O grupo não era grande. Em uma colônia de centenas, apenas trinta ou

mais apareceram. Era mais do que Zane esperava ver. Reid e outro guarda os

acompanhavam, por segurança e insistência de Bron.

Quando Zane entrou na frente do pequeno grupo na sala de reunião,

imediatamente voltou para o momento em que foi mandado embora. Nenhuma

das pessoas sentadas ali tinha participado, apesar de tudo. O nervosismo

desapareceu quando percebeu isso. Zane não era tão sozinho como se sentia. Ele

só não se misturava e se escondia, também.

— Estou feliz por ter permissão para voltar e visitar. Quando fui

expulso, finalmente acabei no Vale das Sombras, perto do Lago Tahoe. É um

bando para desajustados e párias. Aceitaram-me e encontrei um lugar onde

pertenço, e encontrei um companheiro. - Zane sorriu para Bron.

Houve alguns murmúrios da multidão, bem como acenos e sorrisos.


— Sei que algumas pessoas podem não aprovar, mas queria que

soubessem que se não se encaixarem nesta colônia ou quiserem ser sós... Há um

bando que é seguro lá fora. Se conhece alguém que teme ser expulso ou não se

encaixa, por favor, fale sobre nós.

— É um longo caminho a percorrer. - Alguém da multidão disse.

— É, e não aconselho irem na forma felina ou a pé. Reid tem alguns

cartões que vamos deixar. Se alguém quiser ajuda ou for expulso, a melhor coisa

a fazer é nos chamar e vamos providenciar o transporte com segurança. Só

atravesse a fronteira para os Estados Unidos como um gato, e do resto

cuidaremos. - Disse Zane.

As pessoas cochichavam e conversavam entre si.

Zane trocou olhares com Bron.

— Alguma pergunta? - Perguntou à platéia.

A sala ficou em silêncio.

— Ok, bem, estaremos por perto até amanhã de manhã. Então, iremos

voltar. Se quiser conversar com um de nós em particular, sinta-se livre.

Obrigado! - Zane sorriu.


Na manhã seguinte, Zane e seu grupo tomaram café da manhã com

Aiden e alguns de seus amigos. Depois, empacotaram suas coisas em pequenas

sacolas que podiam carregar na forma felina e mudaram. O bando partiu para

atravessar a fronteira para a América.

Depois de ultrapassar a fronteira, caminharam para os dois grandes

SUVs escondidos na floresta. Mudaram, vestiram-se e se puseram na estrada a

caminho de casa. Sem lobos ou stress.

— Foi tudo bem. - Disse Bron no assento do motorista.

— Melhor do que poderia esperar. Ninguém nos expulsou. Pensei que

poderíamos trazer algumas pessoas na volta. Eu me sinto mal, trouxemos os dois

SUVs e realmente só precisávamos e um. - Zane tinha muitas esperanças que os

shifters enrustidos em sua colônia poderiam se revelar. Reid e o segurança

estavam no outro SUV.

— Você nunca sabe. Podemos receber uma ligação amanhã. Se eles

quiserem a chance de dizer adeus e colocar suas coisas em ordem, talvez enviar

uma caixa para nós, para que não percam todos os seus pertences pessoais,

como você fez, por que não? Eu não lhes invejo nisto. - Bron pegou a mão de

Zane.

Zane assentiu.

— Você está certo. Eu não tinha opções, então esperava que os outros

fossem pular e correr também. Isso não é justo. Eles podem pensar e
permanecer, porque é mais fácil, mas pelo menos têm uma opção e podem

escolher.

— Você possibilitou isso. - Bron piscou para Zane.

— Não, você criou o bando. Você proporcionou a mim e a um monte de

pessoas segurança. - Zane beijou a bochecha de Bron.

Bron franziu a testa e olhou para trás.

— Pensei que gostasse do meu beijo. - Disse Zane.

Bron riu.

— Amo isso. Temos companhia. Quatro grandes felinos chegando à

velocidade máxima. Mande mensagem para Reid encostar.

Segundos depois, os dois SUVs estacionaram em um trecho calmo da

estrada. Os gatos entraram nos arbustos pelo lado direito assim que todo o

tráfego cessou. Zane foi até a parte de trás do SUV e tirou sacolas com roupas e

itens essenciais. Eles vieram preparados.

Reid e Bron lentamente se aproximaram da linha das árvores. Zane se

juntou a eles, farejando o ar. Shifters não eram simples gatos.

— Não há problema em sair. Temos roupas para vocês.

Aiden, um outro homem e mais duas mulheres saíram dos arbustos.

Zane se obrigou a não reagir com a presença do irmão e jogou os sacos.

— Há o básico ai. Nós vamos equipar totalmente vocês no Vale das

Sombras. – Vestiram-se rapidamente. Uma das mulheres, Zane não ficou


chocado ao ver. Ela não nunca teve interesse em homens. O outro homem era

um enrustido em níveis épicos, mas inteligente o suficiente para manter as

aparências, evitando um companheiro. A segunda mulher não era gay e o rosto

de Zane deve ter mostrado sua curiosidade.

— Tive que sair de lá. Eu amo os homens, mas o meu pai acreditava

que meu companheiro era um cara que queria de dez a quinze filhotes. Não sou

uma fábrica de gatinhos. - Ela balançou a cabeça.

— Todo mundo é bem-vindo. Temos muitos membros heterossexuais

que não se encaixam com suas matilhas ou com a vida solitária. A regra número

um é o respeito. Nem todo mundo é um shifter felino. Vocês terão um lugar para

ficar, comida, assistência médica e tudo o que precisar. Em troca, pedimos que

trabalhem para o resort em alguma atividade. O que quer que suas habilidades

permitam. Não se preocupem com nada agora. Vocês terão tempo para resolver

quando estiverem lá. - Bron entregou garrafas de água da caixa na parte de trás.

-Temos lanches, também, e vamos parar para o almoço. Se estiverem prontos,

entrem nos carros.

Os homens se juntaram a Reid e as mulheres pularam no banco de trás

do carro de Bron. Zane olhou para Aiden, mas o rosto de seu irmão só ficou

vermelho. Agora não era o momento para essa conversa.

De volta à estrada, Zane se virou e olhou para as mulheres.

— Aiden está aqui por minha causa?


A mulher riu e não tentou ocultar.

— O quê? Por que ele está aqui? - Zane sabia a resposta óbvia, mas

não poderia aceitá-la.

— Querido, você estava tão preso na sua coisa... Você nunca percebeu

um de seus irmãos estava no mesmo barco. - A menina hetero afagou seu

ombro. - Ele apenas era melhor em esconder isso. Você tirou todo o foco e ele

podia negá-lo por mais tempo. Não falou de nada além de você, Bron e aquele

cara chamado Reid por três meses consecutivos .

A gata lésbica revirou os olhos.

— Não temos nada mais forte do que a água? - Perguntou Zane.

— Não no carro. Vamos pegar uma cerveja na hora do almoço. - Bron

deu um tapinha no joelho de Zane.

— Aquele Reid é quente. Há homens heterossexuais em Vale das

Sombras? - A garota hetero abriu a garrafa de água e bebeu.

— Definitivamente e ficarão felizes em conhecê-la. - Disse Bron.

— E se nenhum deles for o seu companheiro e você não gostar do

resort, pode tentar Reno. Eu estava indo para lá originalmente. - Disse Zane.

— Em qualquer lugar que eu possa estar e encontrar a garota certa é

melhor. - A mulher gay fechou os olhos. – Acorde-me para o almoço.

— Acordarei. - disse Bron.

— Aiden? - Zane sussurrou e balançou a cabeça.


Bron esfregou o pescoço de Zane.

— Vai ficar tudo bem. Você terá alguém de sua família de sangue em

Vale das Sombras. Ele o ajudou a crescer, agora você vai ajudá-lo.

Zane assentiu distraidamente. Queria um cochilo, mas tinha muito que

pensar antes dele e Aiden falarem. De repente, um sorriso se espalhou por seu

rosto e não conseguia controlá-lo.

— Aquele cara é seu namorado?

— Não sei. - Disse Bron.

— Não, acho que Aiden gosta de mais robustos e menos nerds. - A

menina hetero disse na parte de trás.

— Obrigado. - Disse Zane e tomou um longo gole de água. Olhando

para o telefone, ligou para Reid, que respondeu e passou imediatamente para

Aiden.

— Ei, irmãozinho. Chocado? - Perguntou Aiden.

Zane fez uma pausa para as escolher as opções. Ele permaneceu

confuso por mais alguns segundos.

— Você só quer ser livre em um bando diferente? Nunca encontrou seu

companheiro lá?

— Não. Quero o que você tem. Nós somos muito parecidos.

Zane deu um suspiro profundo.


— Você definitivamente me enganou. Acho que enganou toda a

família. Não se preocupe com nada. Vai ser ótimo. Fico feliz que está vindo! -

Disse Zane.

— Deveria ter lhe contado. De todas as pessoas, deveria ter contado a

você. - A voz de Aiden ficou presa na garganta.

— Eu tinha meu próprio drama. Não precisa se desculpar por nada. Eu

te amo, irmão mais velho, mas qualquer cara para você terá que atender a

padrões bem altos. Bron e eu somos exigentes. - Zane riu.

— Não estou nem pensando em um cara. Apenas em não ter que

mentir e encontrar desculpas. Obrigado, Zane. - Disse Aiden.

— Não se preocupe com nada. Falaremos mais tarde. Basta relaxar e

desfrutar da liberdade. Fique de olho no Reid, ele gosta de acelerar. - Zane sabia

o quão melhor o seu irmão se sentia com um projeto.

— Ficarei. Vejo você no almoço.

— Você vai ficar enjoado de mim em um mês. - Disse Zane.

— Nunca. Acho que nunca vou querer deixar Vale das Sombras. -Aiden

encerrou a ligação.

Zane olhou para a tela escura.

— Você não precisa.


Bron esfregou o braço de Zane, que colocou o telefone de lado e

entrelaçou os dedos com os de Bron. Se Aiden tivesse a metade de sua sorte com

seu companheiro, seria muito bom.

Três dias depois, as novas adições foram encaixando-se muito bem.

Zane estava lidando com seu irmão sem segredos. Sozinho em sua casa, Bron

fechou os olhos enquanto Zane deu-lhe um golpe mais duro com a pá.

Finalmente, seu Dom tinha amarrado seus pulsos juntos. Ele tornou as coisas

muito melhores. Teve que pedir para ele, mas isso é porque estavam sendo

cuidadosos com o passado e os medos de cada um.

— De costas. - Disse Zane.

Gemendo, Bron rolou. A dor em sua retaguarda sinalizou que estaria

dolorido por dias.

— Obrigado.
Zane sorriu e puxou os pulsos amarrados de Bron sobre sua cabeça.

Mais corda e foi amarrado à cabeceira da cama. Bron testou as amarras e gemeu.

A corda vermelha fez Bron estremecer. Ele abriu as pernas e esperou.

— Não desta vez. - Zane acariciou o pau de Bron e deslizou a

camisinha e lubrificante nele.

— Não. - Bron queria sua bunda fodida como estava acostumado.

— Uma vez. Eu quero. - Zane beijou Bron e montou em seus quadris.

Bron queria também, mas nunca pediria para ele. Desistir de poder e

controle durante o sexo lhe deu satisfação que nem sua forma de gato, possuir

sua própria terra e ser alfa do bando lhe deram. Zane deslizou no pau de Bron e

montou-o com força.

O atrito na próstata do parceiro, o aperto da bunda de Zane em seu pau

e a maneira impiedosa com que Zane beliscou os mamilos de Bron, faziam com

que Bron se empurrasse para cima e gemesse sem parar. Ele puxou as cordas,

sabendo que poderia mudar e estraçalhá-las em segundos. Não havia medo ou

perigo, apenas deliciosa troca de energia.

— Goza na minha bunda e, talvez, eu goze em cima de você. - Disse

Zane.

— Por favor. - Bron enfiou-se mais duro em seu amante e, finalmente,

Zane se inclinou para frente e lambeu seu mamilo. Gozando forte, Bron pulou e

gritou, enquanto puxava a corda.


— Bom! - Zane acariciou seu pênis e em seguida esfregou-o no peito

de Bron, até que disparou sêmen por todo o macho alfa.

— Amo você. - Disse Bron.

— Eu também. – Zane mordeu suavemente um mamilo de Bron e

estendeu a mão para liberar suas mãos.

Bron passou os braços em torno de Zane e beijou-o firmemente.

Rolando Zane para debaixo dele, Bron aprofundou o beijo. Nunca tinha imaginado

que a vida poderia ser tão boa para um par de rejeitados.

FIM

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