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Universidade Federal do Ceará

Centro de Ciências Agrárias


Desenho Técnico aplicado a Ciências Agrárias

INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

Dra. Jéssica Lucinda Saldanha da Silva


E-mail:jessicalucinda89@gmail.com

1
SUMÁRIO

1. Introdução ao desenho;
2. Normas regulamentadoras do desenho técnico;
3. Classificação dos desenhos;
4. Definição das formas de elaboração do desenho;
5. Instrumentos e utensílios para uso em desenho técnico;
6. Forma correta de uso dos instrumentos.

2
1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

• O desenho é a forma de comunicação mais importante, depois da


palavra .

Fonte: https://ensinarhistoria.com.br/pre-historia-do-brasil-parte-2/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues

• O homem pré-histórico marcou na rocha seres humanos, animais,


plantas, elementos do seu mundo, expressando de uma forma intensa
as suas vivências.
3
1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

• Historicamente, não se tem afirmações precisas sobre a


origem do Desenho.

• Pré-história Desenhos rupestres


• Período Paleolítico

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

• Eram pintados em baixo-relevo, dentro de sua


perspectiva, sendo planas e vista frontal;

• Não faziam essas pinturas e objetos com intuitos


artísticos, mas sim de sobrevivência, poder e magia.

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

• As civilizações foram evoluindo;


• Surgimento da escrita/alfabeto;
• Invenção do pergaminho;
• Invenção do papiro;
• Papel;
• Descoberta da tinta nanquim
(pigmento negro extraído do carbono queimado, como o carvão)

6
1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

• De acordo com registros históricos:

1º uso do desenho técnico consta no álbum de desenho da


Livraria do Vaticano (1490): Giuliano de Sangalo já usava
planta e elevação.

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1. INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

O sistema criado por Gaspard Monge, publicado em 1795 com o título


“Geometrie Descriptive” é a base da linguagem utilizada pelo Desenho
Técnico.

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

• Qualquer representação gráfica – colorida ou não – de


formas.

Um bom desenho mostra a melhor expressão visual


possível da essência daquilo que está sendo representado.

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

Desenho

O desenho é a arte de representar graficamente objetos e


ideias através de linhas, cores e formas.

• Podendo ser à mão livre ou com o uso de instrumentos


apropriados (instrumental) ou até mesmo com
computador e software específico (CAD).

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

Desenho

Desenho Livre Desenho Técnico


(artístico)

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

Desenho

Desenho Livre
(artístico)

• é capaz de produzir EMOÇÕES E RETRATAR O


MUNDO DO ARTISTA.

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

Desenho

Desenho Técnico

1. Forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação


de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as
diferentes necessidades, de forma minuciosa e,
REGULAMENTADA.

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

Desenho
1

Desenho técnico
2
O Quarto do Artista em Arles Vincent
Cama de solteiro van Gogh - outubro de 1888 Museu
Van Gogh, Amsterdã Óleo em tela

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

Desenho

Desenho Técnico

2. Utiliza um conjunto constituído de linhas, números, símbolos e


indicações escritas normalizadas internacionalmente,

3. DT é definido como linguagem gráfica universal da área técnica


(Engenharias e Arquitetura).

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

Desenho

Desenho Técnico

4. Finalidade principal do DT: representação precisa, no plano,


das formas do mundo material e, portanto, tridimensional, de
modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas.

Utiliza figuras planas (bidimensionais) para representar


formas espaciais (tridimensionais), e vice-versa.

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

Desenho

Desenho Técnico

5. Engloba um conjunto de metodologias e procedimentos


necessários ao desenvolvimento e comunicação de projetos,
conceitos e idéias.

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

Desenho Técnico

6. Utilização específica:
• Desenho Mecânico,
• Desenho de Máquinas,
• Desenho de Estruturas,
• Desenho Arquitetônico,
• Desenho Elétrico/Eletrônico,
• Desenho de Tubulações...

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO
DESENHO MECÂNICO

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO
DESENHO DE MÁQUINAS

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

DESENHO ARQUITETÔNICO

Planta baixa

Vistas: frontal,
lateral,
superior....

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

DESENHO DE TUBULAÇÕES

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO

QUAL A IMPORTÂNCIA DO DESENHO

TÉCNICO PARA O SEU CURSO?

24
2 NORMAS REGULAMENTADORAS DO
DESENHO TÉCNICO

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2 NORMAS REGULAMENTADORAS DO DESENHO TÉCNICO

DEFINIÇÃO DO DT: Forma de expressão gráfica que tem por


finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos
de acordo com as diferentes necessidades, de forma minuciosa e,
REGULAMENTADA.

Brasil NBR-Normas Brasileiras

A execução de desenhos técnicos é inteiramente


normalizada pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).

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2 NORMAS REGULAMENTADORAS DO DESENHO TÉCNICO

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

• As Normas procuram dar uniformidade aos diversos


Elementos do Desenho Técnico de modo a facilitar a
execução (USO), a consulta (LEITURA) e a classificação
(ARQUIVO).

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2 NORMAS REGULAMENTADORAS DO DESENHO TÉCNICO

Principais Normas (ABNT)

• NBR – 10647:1989 - Desenho técnico


• NBR-6492:1994 - Representação de projetos de arquitetura
• NBR – 8196:1994 - Emprego de escalas em desenho técnico
• NBR – 8403:1984 - Aplicação de linhas em desenhos
• NBR-10067:1987 – Princípios gerais de representação
• NBR – 10068:1987 - Folha de desenho - Leiaute e dimensões
• NBR – 10126:1987 – Cotagem em desenho técnico
• NBR – 10582:1988 - Apresentação da folha para desenho

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RESUMINDO

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RESUMINDO

Desenho

O desenho é a arte de representar graficamente objetos e


ideias através de linhas, cores e formas.

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RESUMINDO

Desenho

Desenho Livre Desenho Técnico


(artístico)

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RESUMINDO

Desenho

Desenho Técnico

1. Forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação


de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as
diferentes necessidades, de forma minuciosa e,
REGULAMENTADA.

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RESUMINDO

Desenho

Desenho Técnico

4. Finalidade principal do DT: representação precisa, no plano,


das formas do mundo material e, portanto, tridimensional, de
modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas.

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SUMÁRIO

1. Introdução ao desenho;
2. Normas regulamentadoras do desenho técnico;
3. Classificação dos desenhos;
4. Definição das formas de elaboração do desenho;
5. Instrumentos e utensílios para uso em desenho técnico;
6. Forma correta de uso dos instrumentos.

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS
TÉCNICOS

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao aspecto geométrico

Quanto ao grau de elaboração

Quanto ao grau de pormenorização

Quanto ao material empregado

Quanto à técnica de execução


Quanto ao modo de obtenção

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao aspecto geométrico

Desenho Projetivo Desenho não Projetivo

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao aspecto geométrico

Desenho resultante de projeções do objeto


Desenho Projetivo sobre um ou mais planos que fazem
coincidir com o próprio desenho. Este tipo
de desenho compreende:

Vistas ortográficas Perspectivas

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:
Quanto ao aspecto geométrico Desenho Projetivo

Vistas ortográficas Perspectivas

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao aspecto geométrico

Corresponde a desenhos resultantes dos


Desenho não cálculos algébricos e compreendem os
Projetivo desenhos de gráficos, fluxogramas,
diagramas, esquemas etc..

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao aspecto geométrico

Desenho não Projetivo

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

Quanto ao aspecto geométrico Desenho não Projetivo

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Os desenhos projetivos compreendem a maior parte dos
desenhos feitos nas indústrias e alguns exemplos de utilização são:

• Projeto e fabricação de máquinas, equipamentos e de estruturas - nas indústrias


de processo e de manufatura (indústrias mecânicas, aeroespaciais, químicas,
farmacêuticas, petroquímicas, alimentícias, etc.).

• Projeto e construção de edificações - com todos os seus detalhamentos elétricos,


hidráulicos, elevadores etc..

• Projeto e montagem de unidades de processos - tubulações industriais, sistemas de


tratamento e distribuição de água, sistema de coleta e tratamento de resíduos.

• Representação de relevos topográficos e cartas náuticas.

• Desenvolvimento de produtos industriais.

• Projeto e construção de móveis e utilitários domésticos.

• Promoção de vendas com apresentação de ilustrações sobre o produto.

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao aspecto geométrico

Quanto ao grau de elaboração

• Esboço
• Desenho preliminar
• Croqui
• Desenho definitivo

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

Quanto ao grau de elaboração

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

Quanto ao grau de elaboração

Croqui
Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado
normalmente à mão livre e contendo todas as informações
necessárias à sua finalidade.

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

Quanto ao grau de elaboração

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

Quanto ao grau de elaboração

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao grau de pormenorização

• Desenho de componente
• Desenho de conjunto
• Detalhe

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao grau de pormenorização

• Desenho de componente

Desenho de um ou vários componentes representados


separadamente.

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS
• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser
classificado:
Quanto ao grau de pormenorização
• Desenho de conjunto

Desenho mostrando reunidos componentes, que se associam


para formar um todo.

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao grau de pormenorização


• Detalhe

Vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo


complexo.

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao material empregado

• Desenho a lápis;
• Desenho a tinta;
• Desenho a giz, carvão, etc.

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:
Quanto ao material empregado

• Desenho a lápis;

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:
Quanto ao material empregado

• Desenho a tinta;

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:
Quanto ao material empregado

• Desenho a giz...

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto à técnica de execução

• Desenho a mão livre;


• Desenho com instrumentos.

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto à técnica de execução


• Desenho a mão livre;

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto à técnica de execução


• Desenho com instrumentos;

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao modo de obtenção

• Original
• Reprodução

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao modo de obtenção


• Original: Desenho matriz que serve para reprodução de
novos exemplares, por exemplo.

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao modo de obtenção

• Reprodução: Desenho obtido, a partir do original, por


qualquer processo;
• compreendendo:
• a) cópia - reprodução na mesma escala do original;
• b) ampliação - reprodução maior que o original;
• c) redução - reprodução menor que o original

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3 CLASSIFICAÇÃO DOS DESENHOS TÉCNICOS

• De acordo com a NBR 10647:1989, o desenho técnico por ser


classificado:

Quanto ao modo de obtenção

• Reprodução: Desenho obtido, a partir do original, por


qualquer processo;

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Esboço Técnico
Executados a mão-livre;

O desenho a mão livre tem como finalidade a execução do esboço preliminar


de determinado objeto, o qual após o reestudado e pormenorizado terá seu
desenho definitivo feito com instrumento.

• Organizar pensamentos;
• Registrar idéias
• Esclarecer mudanças;
Informações de reparo

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Esboço Técnico

ATENÇÃO!!!

Esboço a mão-livre
Desenho malfeito

Proporções
Clareza
Espessura CORRETA linhas

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Esboço Técnico

Material para Esboço

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Esboço Técnico

Traçado de Linhas e retas

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Exercício

Traçar retas horizontais e verticais a mão- livre;

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EXERCÍCIO PARA CASA:

DESENHAR UMA CIRCUNFERÊNCIA

81
FORMAS DE ELABORAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO
NBR - 10647
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FORMAS DE ELABORAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO – NBR 10647

Para a ELABORAÇÃO/CONFECÇÃO de um desenho técnico devemos


seguir ETAPAS objetivas, de forma a obtermos um bom resultado.

Quais são essas ETAPAS?

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EXEMPLO
• Um empresário lhe contratou para construir uma unidade de
processamento de camarão.

• Qual o primeiro passo a ser feito?

ELABORAÇÃO DE UM PROJETO
• Sem um PROJETO não há possibilidade de se determinar:

 Custo da construção;

 Quantitativo de materiais;

 Tempo de construção e etc

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PROJETO E DESENHO TÉCNICO, QUAL A DIFERENÇA?

• O PROJETO é uma ideia, resultado da imaginação, ou de uma


vasta pesquisa, visando um determinado objetivo/meta.

• O DESENHO é a representação gráfica do projeto, faz parte do


mesmo, sendo constituído pelas PLANTAS, CORTES, FACHADAS,
PERSPECTIVAS.

AMBOS POSSUEM SUAS ETAPAS DE ELABORAÇÃO


AS QUAIS IREMOS VER A SEGUIR.

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ETAPA DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO

• ESTUDO PRELIMINAR

 Inicialmente, cabe ao cliente dizer seus objetivos, desejos, aspirações em


relação ao projeto.

 Levantamento geral de todas as possibilidades (quanto o cliente quer gastar,


qual tempo requerido para a construção, listar todas as necessidades, etc...)

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ETAPA DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO

• ESTUDO PRELIMINAR
 A primeira representação gráfica do projeto é o esboço.
 Feitos geralmente em papel manteiga.

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ETAPA DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO – cont.

• ANTEPROJETO
 Constitui a PRIMEIRA RESPOSTA do projetista às aspirações do
cliente. Tem a cara do projeto final.

 O esboço é passado a limpo;

 Sujeito a alterações, devido a imprevistos, ou desejos do cliente

 Deve ficar claro o valor aproximado da obra, ou seja, quanto o cliente


poderá gastar na construção.

 É a segunda representação gráfica.

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ETAPA DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO - cont.

• PROJETO FINAL OU EXECUTIVO

 É o projeto completo que deve conter DETALHES


CONSTRUTIVOS, e de especificações de materiais e
equipamentos.

 Com base no Projeto Executivo, é possível obter, de forma precisa,


orçamento, cronograma de obras e projetos complementares
(elétrico, telefônico, hidro- sanitário, estrutural e outros).

 Todos esses projetos são denominados “originais” a partir dos quais


são feitas cópias.

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ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO – cont.
• ESBOÇO

 Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de


elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à
representação de elementos existentes ou à execução de obras.

Os esboços são passados a limpos.

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ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO – cont.

• DESENHO PRELIMINAR

 Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da


elaboração do projeto, sujeita ainda a alterações e que corresponde ao
anteprojeto.

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ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO DESENHO TÉCNICO – cont.

• DESENHOS DEFINITIVOS/EXECUTIVOS

 São detalhados na escala e contém todos os elementos


necessários à inteira compreensão do objeto e, eventualmente,
a sua execução.

OBS:
Do desenho definitivo (original), cópias devem ser feitas visando não
danificar o original.

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4 INSTRUMENTOS E UTENSÍLIOS PARA USO EM
DESENHO TÉCNICO

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Instrumentos e Utensílios de Desenho Técnico

• Para uma melhor apresentação do desenho técnico, e obtenção de


um desenho preciso e límpido, devem ser utilizados instrumentos
adequados, tais como: esquadros, réguas, compassos etc.

• Com a difusão dos softwares de CAD (Computer Aided Design -


Desenho Assistido por Computador), alguns materiais utilizados
em desenho se tornaram obsoletos;

Vamos conhecer alguns instrumentos utilizados em


desenho técnico

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PRANCHETA

• Onde são fixados os papéis para a execução dos desenhos.


Retângulo de madeira apoiado sobre um cavalete onde os 4 lados
devem estar no esquadro. A superfície deve ser lisa. Deve-se ter
cuidados com a iluminação para não formar sombra sobre o
desenho.

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RÉGUA PARALELA

É uma régua composta de uma haste e fios para fixá-la na prancheta.


Uma vez fixa, desliza sobre ela e é possível traçar-se linhas paralelas
horizontais ou ainda apoiar esquadros para traçar-se linhas verticais ou
com determinada inclinação.

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RÉGUA T

A Régua T, tem a mesma função da régua paralela, só que não é fixa a


prancheta.

97
ESQUADROS
• Tem forma de triângulo retângulo, formando ângulos de 45o, 30o e 60o.

• São utilizados para o traçado de retas paralelas, retas oblíquas e retas


perpendiculares as retas dadas.

ESQUADRO 45o ESQUADRO 30/60o

98
COMPASSO

• O compasso é usado para traçar circunferências, arcos de


circunferências (partes de circunferência) e também para transportar
medidas. Os fabricados em metal são mais precisos e duráveis.

• Numa de suas hastes temos o grafite e na outra, a ponta seca (de


metal).

99
Forma Correta de Apontar um Compasso

• Com uma lima, raspar a ponta do grafite de forma que fique


apontando obliquamente, em bisel.

100
TRANSFERIDOR

• Utilizado para medir e traçar ângulos, deve ser de material


transparente (acrílico ou plástico) e podem ser de meia volta (180°)
ou de volta completa (360°).

101
ESCALÍMETRO OU ESCALA:

• Desenvolvida no formato triangular com seis tipos de escala


sendo 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125.

102
BORRACHA:

• Branca e macia, preferencialmente de plástico sintético.


• Para pequenos erros, usa-se também o lápis-borracha.

103
RÉGUA:

• Serve para medição e traçados de retas.


• Confeccionadas em acrílico ou plástico transparente, graduada em
cm (centímetros), mm (milímetros) e até em in (polegadas)

104
PAPEL – TIPOS E UTILIZAÇÃO
• Papel vegetal
 Papel semitransparente, muito semelhante ao papel manteiga, porém mais
espesso.

 Possui grande resistência ao tempo, permitindo, ainda, raspagens e correções.


Não deve ser dobrado, já que as dobras deixam marcas que prejudicam cópias.

 Esse tipo de papel é ideal para o projeto


executivo, que é a fase final do projeto,
contendo detalhes construtivos, especificações
de materiais e de acabamento.

 Pode ser encontrado em blocos, folhas avulsas


(em vários formatos) ou em rolo.

105
• Papel manteiga

 Parece com o papel vegetal, sendo um pouco mais fino. Conta com boa
transparência e também é disponibilizado em blocos, folhas avulsas ou rolo.
 Também conhecido como papel sulfurize ou
papel croqui, é ideal para esboços
manuais/croquis, que são os primeiros traços do
seu projeto.

 Aceita bem o nanquim, os lápis HB até o F e o


hidrocor, mas não aceita aquarela.

 Por ser um papel fino, não permite correções no


desenho feito a nanquim.
 Como apresenta propriedades antiaderentes,
também é muito utilizado na culinária.

106
• Papel sulfite

 É o papel branco comum, utilizado em impressoras. Seu nome (sulfite) se dá em


função da adição do sulfito de sódio na sua fabricação.

 É opaco e pode apresentar diversas cores e


tamanhos. A folha A4 branca é a mais comum e
conhecida. Assim como o papel vegetal, é usado
para o projeto executivo.

 Disponível em blocos, em resmas e em folhas


avulsas, o papel sulfite pode ser encontrado em
diferentes gramaturas, que variam entre 50 a
160g/m².

107
• Papel do tipo Canson
 Papel branco natural com textura levemente granulada, tratado contra bactérias e
fungos, de pH neutro e constituído apenas por fibras de madeira, o que impede o
amarelamento das folhas e reforça sua durabilidade.

 Costuma ser usado no anteprojeto (desenho de apresentação para apreciação pelo


cliente), pois possibilita a utilização de cores. O nome Canson, vem da empresa que
fabrica este tipo de papel.
 Disponível em blocos ou em folhas
avulsas, é fabricado em diferentes
gramaturas, que variam entre 140 e
200g/m². Assim, percebe-se que suas
folhas são predominantemente mais
grossas do que as de papel sulfite
(nosso tipo mais conhecido).
108
• Fita adesiva

 Para fixar o papel de desenho na prancheta.

109
GABARITO

• São placas vazadas de acrílico transparente para serem


utilizadas a fim de desenhar perfis especiais e peças
padronizadas como círculos, tubulações, elipses, louças
sanitárias, etc. Possuem diversas escalas

110
• Régua flexível:
 Permite qualquer tipo de curvatura.

111
• LÁPIS

 Apresentam internamente o grafite ou mina, que tem grau de


dureza variável, classificado por letras, números ou a junção dos
dois.

112
• LÁPIS

113
• LAPISEIRA

 As lapiseiras apresentam graduação quanto à espessura do


grafite, sendo as mais comumente encontradas as de
número 0,3 – 0,5 – 0,7 e 1,0.

114
• TIPOS DE GRAFITE
H = HARDER = DURO
B = BLACK = ESCURO
Traços Finos e Claros
Traços Macios e Escuros
Recomendados para
Desenho Técnico, Recomendados para
Finalizações Desenho Artísitico, esboços

F = FINE = FINO
HB = HARD BLACK = ESCURO E DURO
Traços Finos e Tons médios

Recomendados para
Desenho e Escrita em Geral

115
• Computador - CAD
O que significa o conceito CAD?
CAD é a abreviação de Computer-Aided Design, ou Desenho
(design) assistido por computador (DAC).

Faz referência a um tipo de software desenvolvido para


auxiliar o usuário a alcançar o seu propósito do modo mais
rápido e simples possível, utilizando o poder dos
computadores e sistemas tecnológicos para processamento.

Software mais utilizados

116
117
5 USO DOS INSTRUMENTOS E UTENSÍLIOS
PARA DESENHO TÉCNICO

118
• Uso do Lápis e/ou Lapiseira

 Traçado

Devemos Girar o Lápis


enquanto desenhamos

45 - 60º

Papel Esquadro ou régua

119
• Uso do Lápis e/ou Lapiseira – cont.
 Posicionamento

CORRETO ERRADO
Desenhe sobre a borda Reta, deixando Não desenhe com o grafite apoiado nos
um pequeno espaço entre a borda e o cantos do instrumento – Suja o esquadro
grafite ou a Régua e ocasiona borrão na folha de
desenho.

120
• Uso do Compasso Para traçar a circunferência deve-se segurar a cabeça do
compasso entre os dedos do polegar e indicador, traçando-se a
mesma com o compasso ligeiramente inclinado na direção do
traçado.

121
• Uso do Compasso ORIENTAÇÕES

I. A ponta seca deve ser ligeiramente maior


do que a grafite.

II. A grafite deve ser apontada em bissel


(chanfrada).

III. A ponta seca e a grafite devem estar


perpendiculares ao papel.

122
• Uso do Compasso EXERCÍCIO

I. Com o compasso trace 5 circunferências com diferentes


diâmetros;

123
• Uso dos Esquadros
O jogo de esquadros é um dos instrumentos de manuseio cotidiano
no desenho, devendo ser constituído de dois esquadros, a saber:

ESQUADRO DE 30°- possui ângulos de 30°, 60° e 90°

ESQUADRO DE 45°- possui dois ângulos de 45°


e um de 90°

124
• Uso dos Esquadros

 Linhas Verticais 90o

Régua Paralela

125
• Uso dos Esquadros
 Linhas Inclinadas 30o

Régua Paralela

126
• Uso dos Esquadros

 Linhas Inclinadas 60o

Régua Paralela

127
• Uso dos Esquadros

 Linhas Inclinadas 45o

Régua Paralela

128
• Uso dos Esquadros
 Linhas Inclinadas 15o

Régua Paralela

129
• Uso dos Esquadros
 Linhas Inclinadas 75o

Régua Paralela

130
• Uso dos Esquadros
Outros ângulos

Régua Paralela

A combinação dos esquadros (45° e (30° - 60°) ) permite obter vários


ângulos comuns
131
• Uso dos Esquadros

132
• Uso dos Esquadros

133
• Uso dos Esquadros

134
• Uso dos Esquadros

EXERCÍCIO COM INSTRUMENTOS

1. Desenhar linhas contínuas horizontais e verticais com


esquadro; (Mínimo de 5)

2. Desenhar linhas inclinadas a 30°, 45° e 60°

135
• Uso do Transferidor
 Construir um triângulo com 3 ângulos diferentes

A B

136
137

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