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Caso Clínico

1 rev. 1 49
2
3 A utilização dos mini-implantes na 50
51
4 52
5
6
mecânica ortodôntica contemporânea 53
54
7 55
8 Luiz Felipe Viegas Josgrilbert*, José Fernando Castanha Henriques**, 56
9 Rafael Pinelli Henriques***, Priscila Tirloni****, Fernando Esgaib Kayatt*****, 57
10 58
Henriqueta Teixeira Godoy******
11 59
12 60
13 61
14 62
15 63
16 64
17 65
18 66
19 67
20 68
Resumo
21 69
A Ortodontia atual é, cada vez mais, soli- método com custo reduzido, de simples
22 70
citada a reduzir o tempo de tratamento, colocação, remoção e com possibilidade
23 71
com maior eficácia e menor cooperação de utilização imediata de carga. O arti-
24 72
do paciente. Para que estas metas sejam go apresenta as indicações, as contra-
25 73
alcançadas, um tratamento multidisci- indicações, um protocolo de aplicação
26 74
plinar se torna indispensável. O presente clínica e uma revisão bibliográfica, pro-
27 75
trabalho objetiva demonstrar quanto o porcionando ao ortodontista uma visão
28 76
mini-implante pode ser útil para a an- geral e contemporânea sobre as utiliza-
29 77
coragem em tratamentos ortodônticos, ções dos mini-implantes em várias situ-
30 78
facilitando a mecânica por meio de um ações clínicas.
31 79
32 80
33 Palavras-chave: Mini-implante. Ancoragem. Intrusão. Distalização. 81
34 82
35 83
36 84
37 85
38 86
39 87
40 88
41 89
42 90
43 91
44 92
45 * Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial FOB-USP, Mestre em Ortodontia UMESP-São Paulo. 93
46 ** Especialista em Ortodontia FUMBEO-USP.
94
*** Professor Titular do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da Faculdade de Odontologia de Bauru- USP.
47 **** Doutor em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia de Bauru – USP. 95
***** Especialista em Implantodontia – CFO e Doutor em CTBMF- UNESP – Araraquara.
48 ****** Especialista em Ortodontia Uningá-Bauru. 96

76 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008


Luiz Felipe Viegas Josgrilbert, José Fernando Castanha Henriques, Rafael Pinelli Henriques, Priscila Tirloni, Fernando Esgaib Kayatt, Henriqueta Teixeira Godoy

97 Introdução nominar o implante como ancoragem absoluta, pois todo movi- 145
98 Durante o planejamento de um tratamento ortodôntico, o or- mento de retração, de distalização, de intrusão, dentre outros, terá 146
99 todontista se depara com várias metas a serem alcançadas e uma efeito somente no local onde está sendo aplicada a força. 147
100 série de dificuldades, dentre elas, a mais considerável, a ancoragem Posteriormente, Block e Hoffman4, em 1995, descreveram um 148
101 ortodôntica6,34,44, que pode ser definida, segundo Vigorito46, como novo dispositivo de ancoragem - formado por um disco texturiza- 149
102 “a resistência que um ou mais elementos dentários oferecem à mo- do e coberto por hidroxiapatita de um lado e por uma rosca interna 150
103 vimentação, quando submetidos à aplicação de uma força de pres- no lado oposto - que, após implantado no osso e integrado, ser- 151
104 são ou tração”. Em casos onde ocorre a necessidade de mecânicas viria de ancoragem e poderia ser facilmente removido ao final do 152
105 ortodônticas complexas, com movimentos dentários dificilmente tratamento. 153
106 obtidos por técnicas convencionais, o ortodontista tem que lançar Em 1996, Glatzmaier et al.13 descreveram implantes reabsor- 154
107 mão de artifícios que facilitem a terapêutica ortodôntica, diminu- víveis no palato como método de ancoragem. A vantagem desse 155
108 am o tempo de tratamento, reduzam os efeitos colaterais oriundos tipo de implante é que não exigia uma segunda intervenção para 156
109 da mecânica e possam dispensar o máximo possível da colaboração sua remoção. 157
110 do paciente durante o tratamento4,7,10,20,22,23,28,34. Em 1997, Kanomi19 citou a utilização de mini-implantes do sis- 158
111 Para que essas dificuldades fossem minimizadas, os implantes tema K1, que poderiam ser utilizados para intrusão e distalização 159
112 protéticos foram sugeridos à Ortodontia, como um reforço de an- de dentes anteriores superiores e inferiores, para correção de sor- 160
113 coragem, pois verificou-se que os mesmos permaneciam estáveis riso gengival e para fixação intermaxilar pós-cirurgia ortognática. 161
114 quando submetidos aos esforços necessários para a movimentação Este sistema tem como característica possuir parafusos de 4, 6 ou 162
115 ortodôntica1,40,41. 8mm de comprimento, ser de titânio comercialmente puro, e ne- 163
116 Surgiram, então, os dispositivos de ancoragem temporária, os cessidade de reabertura para sua remoção, precisando de 3 a 6 me- 164
117 mini-implantes8,10,25,45, inseridos com o propósito de criar uma for- ses para aplicação de carga. Estes mini-implantes têm vantagens 165
118 ma de ancoragem adicional, na qual a colaboração do paciente sobre o uso dos convencionais, como: requerem menor espaço 166
119 se torna quase dispensável, podendo ser removido após o trata- para sua inserção, podendo ser colocados entre as raízes dentárias; 167
120 mento. e os procedimentos cirúrgicos para a colocação e para a remoção 168
121 Hoje, os mini-implantes são considerados a forma mais eficaz de são simples15,19,48. 169
122 se conseguir a ancoragem absoluta no tratamento ortodôntico, além Em 1998, Wehrbein e Merz47 citaram o uso de implante palatino 170
123 de oferecerem o mínimo de desconforto ao paciente7,10,11,15,19,36-38,45. como indicação para substituir a ancoragem extrabucal na retra- 171
124 O objetivo desse trabalho é demonstrar quanto o mini-implan- ção ântero-superior e para a distalização de molares superiores. 172
125 te pode ser útil para a ancoragem em tratamentos ortodônticos, Este dispositivo tem como característica parafusos com diâmetro 173
126 apresentando, também, as indicações, contra-indicações, protocolo de 3,3mm e comprimento de 4 ou 6mm, necessitando de período 174
127 de aplicação clínica e uma revisão bibliográfica do tema. de osseointegração e remoção com morbidade relativa. 175
128 No entanto, devido às limitações relacionadas aos implantes 176
129 REVISÃO DE LITERATURA E DISCUSSÃO (local de inserção/instalação, custo elevado, período de espera para 177
130 Pode-se afirmar que a movimentação dos dentes através do osseointegração4), outras alternativas apareceram. 178
131 osso alveolar é possível graças ao periodonto, uma vez que este Surgiram, então, os dispositivos de ancoragem temporária - os 179
132 responde às forças aplicadas sobre aqueles, com a reabsorção ós- mini-implantes8,10,25,45 - considerados como ancoragem absoluta 180
133 sea no lado de pressão e aposição no lado de tensão17,18,44. nos tratamentos ortodônticos7,10,11,15,19,36,38,45 e que, devido ao pe- 181
134 Essa resposta tecidual, referida anteriormente, gera uma das queno tamanho quando comparados aos implantes convencionais, 182
135 grandes preocupações da mecânica ortodôntica, pois as forças ge- tornaram-se muito mais úteis em aplicações ortodônticas37. 183
136 radas para viabilizar a movimentação dentária são ancoradas em Com a grande difusão do uso dos mini-implantes, muitos es- 184
137 outros dentes e as forças aplicadas sobre a unidade de ancoragem tudos vêm sendo realizados na busca do local ideal para instalação 185
138 vão desencadear as mesmas reações vistas na unidade ativa16,30,34,47. desses dispositivos6,27,29,31,32. 186
139 Esse movimento recíproco nem sempre é bem visto na terapia or- Os mini-implantes podem ser utilizados em qualquer área de 187
140 todôntica. tecido ósseo, seja ela alveolar ou apical39, sempre considerando 188
141 Roberts et al.40, em 1984, publicaram um artigo relacionando que mini-implantes só devem ser implantados em áreas de osso 189
142 a Ortodontia com a Implantologia, concluindo que os implantes com qualidade adequada e em locais sem perda de dentes há longo 190
143 dentários permaneciam estáveis quando submetidos aos esforços tempo, pois não haverá osso alveolar suficiente para implantação 191
144 necessários para a movimentação ortodôntica. Pode-se, então, de- de ancoragem. 192

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A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

193 Segundo Melsen e Verna31, os locais que oferecem melhores ga imediata sobre o mini-implante, devido ao sucesso mecânico da 241
194 condições para instalar o mini-implante na maxila são: a espinha interdigitação entre este e o osso alveolar, desde que esta força não 242
195 nasal anterior, a crista infra-zigomática e o palato. Sendo que a su- exceda 200 gramas. 243
196 tura palatina mediana, formada por osso cortical mais denso, pode Cheng et al6; Ohmae et al.33; Park, Lee e Kwon37 recomendaram 244
197 ser considerada o melhor local para instalação desse dispositivo de uma aplicação de força que varia entre 100 e 200 gramas. 245
198 ancoragem temporária na maxila24. Na mandíbula, os melhores lo- Para Melsen e Verna31, o correto seria: a utilização de forças le- 246
199 cais são: na região retromolar, no processo alveolar vestibular e na ves (50 gramas para intrusão); e a linha de ação de força sempre 247
200 sínfise31. passando pelo mini-implante, em diferentes direções. Segundo os 248
201 Outro fator que deve ser considerado é a localização do mini- autores, antes de decidir pelo mini-implante, deve-se fazer um es- 249
202 implante em relação ao tecido gengival, podendo ser inserido na tudo exato das forças que serão utilizadas. 250
203 gengiva livre ou na gengiva ceratinizada. Favero, Brollo e Bressan12 citaram que, quando a força é apli- 251
204 Caso a opção seja por inserir o mini-implante na gengiva cera- cada prematuramente, um tecido fibroso é formado entre o mini- 252
205 tinizada, sua cabeça deve ficar exposta e o paciente deve ser ins- implante e o osso, sendo este fenômeno considerado favorável pe- 253
206 truído para uma perfeita higienização27,31,32. Caso a opção seja pela los autores, pois facilita a remoção dos mesmos após a finalização 254
207 inserção na gengiva livre, é importante que o mini-implante fique da movimentação ortodôntica e não compromete a estabilidade do 255
208 sob a gengiva e que um amarrilho seja deixado para receber a mola, mini-implante durante o tratamento. 256
209 como nos tracionamentos de caninos. Os maiores índices de insu- Miyawaki et al.32, em 2003, examinaram a taxa de sucesso de 257
210 cesso estavam relacionados aos mini-implantes inseridos em local três tipos de mini-implantes de titânio e miniplacas, e também os 258
211 de mucosa não-ceratinizada6,27. fatores associados à estabilidade dos mini-implantes usados na 259
212 O mini-implante é uma excelente opção como coadjuvante nos região posterior da mandíbula como ancoragem ortodôntica e 260
213 tratamentos ortodônticos, porém devem ser analisadas corretamente concluíram que mini-implantes com diâmetro maior que 1mm são 261
214 suas indicações, contra-indicações e limitações, para que o mesmo mais seguros para esse tipo de ancoragem e que podem receber 262
215 possa ser utilizado de forma correta, expressando todo seu potencial. carga imediata, desde que a força aplicada seja menor do que 200 263
216 Os mini-implantes estão indicados para alcançar qualquer mo- gramas. 264
217 vimento dentário sem perda de ancoragem40, sejam eles de intru- Para Soares e Tortamano42, os principais fatores para a estabili- 265
218 sões, tração horizontal, distalizações superiores e inferiores4,5,7,15,19-21, dade do mini-implante são: a espessura e a densidade do osso cor- 266
219 37,48
, e também aplicação na distração osteogênica19. Segundo vários tical, que variam de acordo com as regiões anatômicas e também do 267
220 autores7,10,11,15,19,36,38,45 o mini-implante é a forma mais simples e eficaz vetor de crescimento, pois pacientes com tendência de crescimento 268
221 de se conseguir ancoragem absoluta no tratamento ortodôntico. vertical possuem o osso cortical vestibular mais fino. Portanto, para 269
222 As limitações do uso de mini-implantes como auxiliares na an- pacientes braquicefálicos ou mesocefálicos, a escolha deverá recair 270
223 coragem para movimentação ortodôntica, estão relacionadas so- em mini-implantes menos calibrosos. Em contrapartida, em pacien- 271
224 mente a fatores biomecânicos como excesso de força, por exemplo tes dolicocefálicos que, freqüentemente, apresentam o osso cortical 272
225 as utilizadas em tratamentos ortopédicos mecânicos42. mais fino, deve-se optar por mini-implantes mais calibrosos42. 273
226 As contra-indicações médicas gerais na utilização de mini-im- Para Marassi28, existe uma variação de força dependendo do 274
227 plantes são: distúrbios metabólicos do osso; tabagismo; gestação; movimento desejado. As forças por ele citadas são apenas uma re- 275
228 etilismo; osteoporose; cardiopatias; hipertensão; higiene bucal; pa- ferência inicial, tendo que ser ajustadas de acordo com a resposta 276
229 tologias locais e acidentes anatômicos42. individual do paciente. Para movimentos de retração da bateria an- 277
230 E as contra-indicações locais são: macroglossia; inserções baixas terior, o autor recomenda o uso de uma força de aproximadamente 278
231 dos freios; presença de infecções; higiene bucal deficiente; queilite; 250 gramas; para o movimento de intrusão dos molares superiores, 279
232 hiperplasia gengival; quantidade e qualidade inadequada do osso; uma força de aproximadamente 200 gramas; para distalização de 280
233 patologias do osso; doença periodontal e dentes impactados42. molares superiores, aproximadamente 400 gramas; e para intrusão 281
234 Depois de analisadas as indicações e contra-indicações, deve-se de incisivos, a força aproximada é de 120 gramas. 282
235 tomar cuidado com a carga utilizada nesse mecanismo de auxílio 283
236 de ancoragem. Protocolo clínico para instalação de mini-im- 284
237 Bae et al.2; Kanomi19 e Gray et al.14 constataram que mini-im- plante 285
238 plantes submetidos a uma força de 200 a 300g não requerem os- O desenvolvimento clínico deve ser realizado com auxílio da 286
239 seointegração e podem ser removidos a qualquer momento. avaliação dos modelos de gesso, do paciente e dos guias cirúrgico 287
240 Trabalhos recentes2,9,10,26,31,35,43 recomendam a aplicação de car- e radiográfico (GCR). O uso dos GCR é utilizado para orientação 288

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289 tanto do raio-X como dos procedimentos cirúrgicos e garante uma mento clínico é simplificado para o profissional. 337
290 direção coincidente para o raio-X e para a inserção da broca, dimi- A osteotomia deverá ser realizada com fresa helicoidal com- 338
291 nuindo o risco de dano às estruturas anatômicas3. O exame radio- patível com o sistema de mini-implantes. Esta fresa pode variar 339
292 gráfico deve ser realizado por meio de radiografias panorâmica e de 1,0mm até 1,8mm de diâmetro. Deve ser montada em contra- 340
293 periapical, ou interproximal, pois dados importantes serão obtidos, ângulo com redução de 1:16 (Fig. 2A), com uma unidade elétrica 341
294 como: posicionamento das raízes dentárias, acidentes anatômicos e micro-motor. 342
295 e qualidade de osso, que será imprescindível para estabelecer o A função da fresa helicoidal é romper a cortical óssea, na qual 343
296 comprimento e o diâmetro do mini-implante que será utilizado. evita-se realizar uma osteotomia mais extensa. 344
297 Uma das maiores dificuldades na instalação do mini-implante é a A velocidade de perfuração utilizada é de 300rpm, com abun- 345
298 localização de sua inserção, na maioria das vezes próximo às raízes. dante irrigação com solução salina (Fig. 2C). 346
299 Para que não ocorra iatrogenia, é muito importante que os itens Inserção do mini-implante – realizada com contra-ângulo 347
300 anteriormente citados sejam avaliados de forma criteriosa. com redução de 1:16, em velocidade reduzida de 10 a 20rpm, com 348
301 torque de, no máximo, 10Ncm, conforme protocolo do fabricante 349
302 Procedimento cirúrgico (Fig. 2C), ou com chave bidigital (Fig. 2D), até o limite de inserção 350
303 Preparo da sala cirúrgica - desinfecção do ambiente com do mini-implante. 351
304 digluconato de clorexidina 2%; anti-sepsia extra e intrabucal com Em casos onde o mini-implante, no momento cirúrgico, não 352
305 digluconato de clorexidina 2% e instalação de campos estéreis, obtiver retenção mecânica, pode-se lançar mão de um mini-im- 353
306 precedida pela paramentação do operador. plante de emergência, que apresenta diâmetro maior, proporcio- 354
307 Anestesia – anestesia local terminal infiltrativa com clori- nando uma melhor retenção e estabilidade primária, necessária 355
308 drato de lidocaína 2% 1:100:000, não havendo necessidade de para um reparo ósseo que propiciará uma ancoragem estável 356
309 bloqueio regional (Fig. 1). para a mecânica ortodôntica. 357
310 Acesso – acesso cirúrgico realizado com lâmina nº 15 monta- Síntese – “sutura” somente nos casos onde há exposição ós- 358
311 da em cabo de bisturi nº 3, quando necessário, com interesse ao sea. Quando necessária, deverá ser realizada com fio de nylon 5.0, 359
312 tecido ósseo. Em seguida, com auxílio de um instrumento cirúr- com agulha semilunar de ponta triangular. Os pontos deverão 360
313 gico, procede-se o descolamento muco periostal da área. Atual- ser simples interrompidos. A terapêutica medicamentosa deverá 361
314 mente, no procedimento cirúrgico, descarta-se a necessidade da ser realizada com critério, não devendo ser dispensado o uso de 362
315 realização de um acesso mucoperiostal extenso, desta forma, a antiinflamatório e analgésico. Com o objetivo de minimizar o des- 363
316 osteotomia é feita sobre a mucosa ceratinizada, preferencialmen- conforto, recomenda-se o uso de cera de proteção ortodôntica 364
317 te. Assim a morbidade para o paciente é minimizada e o procedi- evitando laceração na mucosa bucal. 365
318 366
319 367
320 368
321 369
322 370
323 371
324 372
325 373
326 374
327 375
328 376
329 377
330 378
331 379
332 380
333 381
334 382
335 383
336 FIGURA 1 - Anestesia local terminal infiltrativa. 384

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A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

385 433
386 434
387 435
388 436
389 437
390 438
391 439
A B C
392 440
393 441
394 442
395 443
396 444
397 445
398 446
399 447
400 FIGURA 2 - A, B) Osteotomia com auxílio. C) Inserção do mini-implante. D) Inserção do mini-implante de 448
D contra-ângulo e fresa helicoidal. Com auxílio de contra ângulo, com chave bidigital.
401 449
402 450
403 451
404 CASO CLÍNICO 1 telerradiográfico em norma lateral constatou-se uma boa relação 452
405 A paciente D. I. W., de 25 anos e 2 meses de idade, leucoderma, entre as bases ósseas, com os incisivos superiores e inferiores re- 453
406 procurou tratamento ortodôntico com a queixa de espaços rema- truídos e inclinados para lingual (Fig. 5B). O tratamento foi realizado 454
407 nescentes, devidos a extrações realizadas em tratamento anterior. com aparelho fixo em ambos os arcos, alinhamento e nivelamento 455
408 Na avaliação facial, a paciente apresentava selamento labial passivo com curva reversa inferior e curva de Spee acentuada no arco supe- 456
409 e perfil facial suavemente convexo e, em norma frontal, não apre- rior nos fios de aço inoxidável; elástico 1/8”cruzado do 16 ao 46. No 457
410 sentava assimetria significativa (Fig. 3). Na análise clínica intrabucal, final da fase de alinhamento e nivelamento (Fig. 6, 7, 8) foi adiciona- 458
411 verificou-se uma relação molar e de caninos de ¾ de Classe II direita do um ômega loop na mesial dos primeiros molares inferiores (Fig. 459
412 e esquerda e linhas médias superior e inferior coincidentes (Fig. 4). 9), para manter o comprimento do arco durante a mesialização dos 460
413 No exame radiográfico panorâmico, foi verificada a inclinação dos dentes 35 e 45. Para a mesialização dos molares, optou-se por um 461
414 dentes posteriores para o espaço das extrações (Fig. 5A). No exame dispositivo de ancoragem transitória (mini-implantes) em um local 462
415 463
416 464
417 465
418 466
419 467
420 468
421 469
422 470
423 471
424 472
425 473
426 474
427 475
428 476
429 477
430 478
A B C
431 479
FIGURA 3 - Vistas extrabucais iniciais: A) frontal, B) lateral e C) frontal sorrindo.
432 480

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481 529
482 530
483 531
484 532
485 533
486 534
487 535
488 A B C 536
489 FIGURA 4 - Vistas intrabucais iniciais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda. 537
490 538
491 539
492 540
493 541
494 542
495 543
496 544
497 545
498 546
499 547
500 548
501 549
502 550
503 A B 551
504 FIGURA 5 - A) Radiografia panorâmica inicial. B) Telerradiografia em norma lateral inicial. 552
505 553
506 554
507 555
508 556
509 557
510 558
511 559
512 560
513 A B C 561
514 562
FIGURA 6 - Vistas intrabucais final do alinhamento e nivelamento: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.
515 563
516 564
517 565
518 566
519 567
520 568
521 569
522 570
523 571
524 572
525 573
526 574
527 B 575
528 FIGURA 7 - Vista oclusal inferior. FIGURA 8 - Radiografia panorâmica da fase final de alinhamento e nivelamento. 576

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A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

577 que facilitasse a movimentação, fornecesse uma boa retenção mecâ- realizada a cada 21 dias, com a utilização de elástico corrente, do 625
578 nica e possibilitasse a aplicação de carga imediata (Fig. 10). Durante mini-implante ao braço de força (Fig. 14). Após o fechamento dos 626
579 a mesialização dos molares inferiores, observou-se a inclinação dos espaços, iniciou-se a coordenação dos arcos superior e inferior (Fig. 627
580 mesmos (Fig. 11). Portanto, foi desenvolvido um braço de força, sol- 15). Concluído o tratamento ortodôntico, verificou-se que o perfil 628
581 dado ao tubo auxiliar com fio 0,9mm de aço inoxidável (Fig. 12), para facial não foi alterado (Fig. 16) e que os molares e caninos apresen- 629
582 que a força fosse aplicada próxima ao centro de resistência e, con- tavam relação de Classe I (Fig. 17). O exame radiográfico final (Fig. 630
583 seqüentemente, os molares sofressem um movimento de translação 19, 20) demonstrou o paralelismo das raízes com a verticalização dos 631
584 (Fig. 13). A ativação para mesialização da bateria póstero-inferior foi dentes mesializados. 632
585 633
586 634
587 635
588 636
589 637
590 638
591 639
592 640
593 641
594 A B 642
595 643
FIGURA 9 - Vistas intrabucais laterais com ômega loop: A) lateral direita, B) lateral esquerda. FIGURA 10 - Vista intrabucal frontal (Local esco-
596 lhido para a instalação dos mini-implantes). 644
597 645
598 646
599 647
600 648
601 649
602 650
603 651
604 652
605 653
606 654
607 655
608 656
609 FIGURA 11 - Radiografia panorâmica demonstrando a mesialização dos molares inferiores, FIGURA 12 - Vista lateral direita aproximada do braço auxiliar 657
610 ocorrendo inclinação das coroas para mesial. para verticalizar os molares. 658
611 659
612 660
613 661
614 662
615 663
616 664
617 665
618 666
619 667
620 668
621 669
622 670
623 671
624 FIGURA 13 - Radiografia panorâmica demonstrando a verticalização dos molares.
672

82 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008


Luiz Felipe Viegas Josgrilbert, José Fernando Castanha Henriques, Rafael Pinelli Henriques, Priscila Tirloni, Fernando Esgaib Kayatt, Henriqueta Teixeira Godoy

673 721
674 722
675 723
676 724
677 725
678 726
679 727
A B C
680 728
FIGURA 14 - Vistas intrabucais após mesialização da bateria póstero-inferior: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.
681 729
682 730
683 731
684 732
685 733
686 734
687 735
688 736
689 737
690 A B C 738
691 739
FIGURA 15 - Vistas intrabucais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.
692 740
693 741
694 742
695 743
696 744
697 745
698 746
699 747
700 748
701 749
702 750
703 751
704 752
705 753
706 754
707 755
708 756
A B C
709 757
710 FIGURA 16 - Vistas extrabucais finais: A) frontal, B) lateral e C) frontal sorrindo. 758
711 759
712 760
713 761
714 762
715 763
716 764
717 765
718 766
719 A B C 767
720 FIGURA 17 - Vistas intrabucais finais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda. 768

Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008 83


A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

769 817
770 818
771 819
772 820
773 821
774 822
775 823
776 824
777 A B 825
778 826
FIGURA 18 - Vistas oclusais finais: A) superior e B) inferior.
779 827
780 828
781 829
782 830
783 831
784 832
785 833
786 834
787 835
788 836
789 837
790 838
791 839
792 840
793 841
794 842
795 843
796 FIGURA 19 - Radiografia panorâmica final. FIGURA 20 - Telerradiografia em norma lateral 844
final.
797 845
798 846
799 847
800 Caso clínico 2 ção da bateria ântero-superior foi iniciada no fio de aço inoxidável 848
801 O paciente S. R. A., com 35 anos e 3 meses de idade, leucoderma, 0,019” x 0,025”, com auxílio de um sistema de ancoragem transi- 849
802 do gênero masculino, apresentava como queixa principal a inclina- tória (mini-implantes) (Fig. 24), com finalidade de facilitar a corre- 850
803 ção para lingual dos dentes superiores e os espaços remanescentes ção ântero-posterior, principalmente do lado esquerdo, e contribuir 851
804 dos dentes perdidos. Na análise facial, o paciente apresentava uma para o controle de placa bacteriana. A retração foi realizada por 852
805 face harmoniosa, com perfil suavemente convexo, selamento la- meio de molas fechadas de níquel e titânio (Fig. 25). Foram instala- 853
806 bial passivo, sem assimetrias significantes (Fig. 21). A má oclusão das molas abertas de aço inoxidável, para recuperação dos espaços 854
807 caracterizava-se por uma relação molar e de caninos de Classe II dos dentes anteriores (Fig. 26). Posteriormente, os mesmos foram 855
808 completa esquerda e direita (Fig. 22). Na avaliação radiográfica, restaurados no tamanho ideal (Fig. 27). Durante o tratamento or- 856
809 verificou-se a presença de perda óssea alveolar horizontal genera- todôntico, o paciente apresentou dificuldade no controle de placa 857
810 lizada e perda óssea alveolar vertical no elemento 45 (Fig. 23A). Na e a perda óssea vertical no elemento 45 aumentou, acarretando a 858
811 telerradiografia em norma lateral, confirmou-se a inclinação exces- perda deste elemento (Fig. 28, 29). Após a finalização da retração 859
812 siva dos incisivos superiores para lingual (Fig. 23B). O tratamento superior, utilizou-se elástico intermaxilar para correção das linhas 860
813 consistiu em alinhar e nivelar ambos os arcos, corrigir a inclinação medianas (Fig. 30). Ao final do tratamento ortodôntico, o paciente 861
814 dos dentes ântero-superiores, fechar o espaço do lado esquerdo e, apresentou um bom perfil facial e selamento labial passivo (Fig. 31). 862
815 no lado direito, corrigir a relação do canino e manter um espaço Na vista intrabucal, finalizou com uma relação de caninos de Classe 863
816 suficiente para um “terceiro pré-molar” direito superior. A retra- I e relação molar de Classe II do lado esquerdo (Fig. 32). 864

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865 913
866 914
867 915
868 916
869 917
870 918
871 919
872 920
873 921
874 922
875 923
876 924
877 925
878 926
879 927
880 A B C 928
881 929
FIGURA 20 - Vistas extrabucais iniciais: A) frontal, B) lateral e C) frontal sorrindo.
882 930
883 931
884 932
885 933
886 934
887 935
888 936
889 937
890 938
891 939
892 940
893 A B C
941
894 942
FIGURA 21 - Vistas intrabucais iniciais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.
895 943
896 944
897 945
898 946
899 947
900 948
901 949
902 950
903 951
904 952
905 953
906 954
907 955
908 956
909 957
910 958
911 A B 959
912 FIGURA 22 - A) Radiografia panorâmica inicial inicial, B) Telerradiografia em norma lateral inicial. 960

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A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

961 1009
962 1010
963 1011
964 1012
965 1013
966 1014
967 1015
968 1016
969 1017
A B C 1018
970
971 FIGURA 23 - A) Retração superior. B) Instalação do mini-implante. C) Mini-implante instalado. 1019
972 1020
973 1021
974 1022
975 1023
976 1024
977 1025
978 1026
979 1027
980 1028
A B
981 1029
FIGURA 24 - A) Vista intrabucal lateral direita, com retração ancorada no mini-implante. B) Vista intra-
982 1030
bucal lateral esquerda, com retração ancorada no mini-implante.
983 1031
984 1032
985 1033
986 1034
987 1035
988 1036
989 1037
990 1038
991 1039
992 1040
993 1041
994 1042
995 1043
996 A B 1044
997 1045
FIGURA 25 - Vistas intrabucais após abertura dos espaços para reanatomização: A) lateral direita e B) lateral esquerda.
998 1046
999 1047
1000 1048
1001 1049
1002 1050
1003 1051
1004 1052
1005 1053
1006 1054
1007 A B C 1055
1008 FIGURA 26 - Vistas intrabucais após reanatomização: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda. 1056

86 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008


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1057 1105
1058 1106
1059 1107
1060 1108
1061 1109
1062 1110
1063 1111
1064 1112
1065 1113
1066 1114
1067 1115
1068 FIGURA 27 - Radiografia panorâmica. 1116
1069 1117
1070 1118
1071 1119
1072 1120
1073 1121
1074 1122
1075 1123
1076 A B C 1124
1077 FIGURA 28 - Vistas intrabucais - final de retração e uso de elásticos : A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda. 1125
1078 1126
1079 1127
1080 1128
1081 1129
1082 1130
1083 1131
1084 1132
1085 1133
1086 A B C 1134
1087 1135
FIGURA 29 - Vistas intrabucais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.
1088 1136
1089 1137
1090 1138
1091 1139
1092 1140
1093 1141
1094 1142
1095 1143
1096 1144
1097 1145
1098 1146
1099 1147
1100 1148
1101 1149
1102 1150
1103 A B C 1151
1104 FIGURA 30 - Vistas extrabucais finais: A) frontal, B) lateral e C) frontal sorrindo. 1152

Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008 87


A utilização dos miniimplantes na mecânica ortodôntica contemporânea

1153 1201
1154 1202
1155 1203
1156 1204
1157 1205
1158 1206
1159 A B C 1207
1160 1208
FIGURA 31 - Vistas intrabucais finais: A) lateral direita, B) frontal e C) lateral esquerda.
1161 1209
1162 1210
1163 1211
1164 1212
1165 1213
1166 1214
1167 1215
1168 1216
1169 1217
1170 1218
1171 1219
1172 1220
1173 1221
1174 A B 1222
1175 1223
1176 1224
1177 1225
1178 1226
1179 1227
1180 1228
1181 1229
1182 1230
1183 1231
1184 C D 1232
1185 FIGURA 32 - A) Mini-implante em posição. B) Chave bidigital acoplada no mini-implante. C) Mini-implan- 1233
1186 te parcialmente removido. D) Remoção completa do mini-implante. 1234
1187 1235
1188 1236
1189 1237
1190 1238
1191 1239
1192 REMOÇÃO DO Mini-implante conhecimento do ortodontista contemporâneo, pois este sistema 1240
1193 A remoção do mini-implante é um procedimento simples, de ancoragem transitória deve fazer parte do planejamento, ou 1241
1194 que deve ser realizado com anestesia terminal infiltrativa e com ser inserido durante a terapêutica ortodôntica, se ocorrer falta de 1242
1195 auxílio de uma chave bidigital com torque reverso. Imprimindo colaboração do paciente ou em casos onde a movimentação den- 1243
1196 manualmente uma pequena força, o parafuso é removido, como tária necessária para a finalização do tratamento ortodôntico for 1244
1197 é demonstrado na figura 32. dificultada, devido aos efeitos colaterais provenientes dos sistemas 1245
1198 convencionais de ancoragem. Com isto, o ortodontista consegue 1246
1199 CONCLUSÃO obter resultados que dificilmente eram conseguidos, com maior 1247
1200 Conclui-se que os mini-implantes são indispensáveis para o facilidade e menor tempo de tratamento. 1248

88 Rev. Clín. Ortodon. Dental Press, Maringá, v. 7, n. 4 - ago./set. 2008


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1249 1297
1250
1251
Mini-implants utilization in contemporary orthodontic 1298
1299
1252
1253
mechanics 1300
1301
1254 1302
1255 Abstract 1303
1256 Orthodontics is nowadays more and more requested in facilitating mechanic through a low cost, easy to operate 1304
1257 regard to treatment time reduction, higher efficiency and method that has the possibility to use immediate load. 1305
1258 during a low patient’s cooperation. In order for these goals Moreover, this paper also intends to show the indications, 1306
1259 to be achieved, a multidisciplinary treatment becomes contraindications, clinical application protocol and a 1307
1260 essential. The present paper aims to demonstrate how bibliographic review with the presentation of clinical 1308
1261 much a mini-implant can be useful in the maintenance cases, giving orthodontists a general and contemporary 1309
1262 of anchorage during orthodontic treatments, especially view about the use of mini-implants in several clinical 1310
1263 in cases which there is no cooperation from the patient, situations. 1311
1264 Keywords: Mini-implant. Anchorage. Intrusion. Distalization. 1312
1265 1313
1266 1314
1267 1315
1268 1316
1269 1317
1270 REFERÊNCIAS 1318
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Endereço para correspondência

Luiz Felipe Viegas Josgrilbert


Rua Antônio João, no 500, Centro
CEP: 79.900-000 – Ponta Porã - Mato Grosso do Sul
E-mail: luizorto@terra.com.br

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