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monitoramento e
alerta como suporte à
gestão local de riscos
de desastres
Sistemas de
monitoramento e
alerta como suporte à
gestão local de riscos
de desastres
Presidente da República
Ministro
Secretário
REVISÃO TÉCNICA
Leandro Casagrande
Pedro Ivo Camarinha
Rafael Alexandre Ferreira Luiz
Tiago Bernardes
DESIGNER INSTRUCIONAL
EDIÇÃO E REVISÃO
Módulo 1
Fundamentos de Sistemas de Monitoramento e Alerta de
Desastres
Módulo 1.....................................................................................................................................10
Introdução...............................................................................................................................11
Módulo 2
Sistema Nacional de Informações e Monitoramento de Desastres
Módulo 2.....................................................................................................................................28
Introdução...............................................................................................................................29
Desastres da União................................................................................................................64
Módulo 3
Instrumentos de Gestão de Riscos de Desastres na Escala Local e
Sistemas de Monitoramento e Alerta
Módulo 3.....................................................................................................................................87
Introdução...............................................................................................................................88
Carta de Suscetibilidade......................................................................................................104
Blumenau/SC)........................................................................................................................125
Sistemas de monitoramento e alerta como suporte à gestão local de riscos de
desastres.................................................................................................................................131
Módulo 4
Abordagens Participativas
para o Fortalecimento de Sistemas de Monitoramento e Alerta de
Desastres
Módulo 4.....................................................................................................................................131
Introdução..............................................................................................................................132
Ciência Cidadã........................................................................................................................133
desastres.................................................................................................................................136
autoproteção ........................................................................................................................137
Alerta................................................................................................................................140
Nova Friburgo/RJ..................................................................................................................140
riscos de desastres................................................................................................................142
desastres.................................................................................................................................143
Referências bibliográficas..........................................................................147
Sistemas de monitoramento e alerta como
suporte à gestão local de riscos de desastres 1
Fundamentos de Sistemas de
Monitoramento e Alerta de
Desastres
11
Introdução
Nesta unidade você verá como as várias agências, fundos e programas
desastre que envolvam diversos atores para uma gestão efetiva do desastre.
Sistemas de Monitoramento
e Alerta aplicados à Gestão
de Riscos de Desastres:
Antecedentes, Desafios e
Perspectivas
capazes de causar algum dano para a sociedade passa a ser uma necessida-
do houve significativos avanços em tecnologias de observação da Terra –, <1> United Nations. Ver:
https://www.un.org/en/.
a 25ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), ocorri-
e 1985, as severas secas que atingiram a Etiópia levaram à morte cerca de 1,2
milhões de pessoas devido à fome generalizada (figura 2). A crise no país afri-
tes dos desastres, a ONU instituiu o período de 1990 a 1999 como a Déca-
zir os efeitos cada vez mais devastadores dos desastres, especialmente nos
países em desenvolvimento.
relações organizacionais e
Figura 5: Cidade de Banda Aceh, Indonésia, em ruínas após a passagem do tsunami do Oceano Índico
de 2004.
A III Conferência Internacional de Sistemas de Alerta Antecipado para Re- <7> Third Internatio-
nal Conference on Ear-
dução de Desastres Naturais (EWC III) ocorreu em 2006, novamente na cida- ly Warning Systems for
de de Bonn, Alemanha (figura 4), já inserida no contexto do Marco de Ação Natural Disaster Reduc-
tion. Ver: https://www.
de Hyogo 2005-2015: “Construindo a Resiliência das Nações e Comunidades unisdr.org/2006/ppew/
info-resources/ewc3_
para Desastres”, idealizado durante a II Conferência Mundial sobre Redução website/
de Desastres, realizado em 2005 na cidade de Kobe no Japão.
desastres e desenvolvimento sustentável foi amplamente reconhecido em <9> The Paris Agre-
ement. Ver: https://
2015, quando a comunidade internacional assumiu uma série de compro- unfccc.int/process-an-
missos em prol de um futuro mais sustentável. Neste sentido, três grandes d-meetings/the-paris-
-agreement/the-paris-
compromissos globais foram adotados: o Acordo de Paris; os Objetivos de -agreement.
climáticas e o Marco de Sendai na redução do risco de desastres, todas as <11> Sendai Fra-
agendas enfatizam a mensagem de que é impossível provocar mudanças mework for Disaster
Risk Reduction 2015-
significativas se as soluções forem verticais ou isoladas. Uma transição para 2030. Ver: https://
www.undrr.org/pu-
uma sociedade de baixo carbono, por exemplo, não só mitiga a intensidade blication/sendai-fra-
das mudanças climáticas, mas também contribui indiretamente para a cria- mework-disaster-risk-
-reduction-2015-2030.
ção de sociedades e economias resilientes (UNDP, 2018).
-se consciente, não apenas das ameaças provenientes das mudanças climá-
Com a adoção dos ODS, enfatizou-se ainda mais a ligação entre mudan-
cas e ao risco de desastres, como a ODS 13, que aborda a importância de mitigar
as mudanças climáticas e reduzir seus impactos. Mais especificamente, incenti-
todo. O Marco destaca ações prioritárias específicas para uma sociedade resi-
Eixos do Sistema de
Monitoramento e Alerta de
Desastres
tres têm recebido valiosas contribuições há pelo menos 40 anos. Sob a tu-
Em 2017, o Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desas- <13> United Nations
Office for Disaster Risk
tre (UNDRR) sintetizou a evolução do arcabouço teórico-conceitual consti- Reduction. Ver: https://
tuído ao longo dos anos, com a seguinte definição sobre o que é um Siste- www.undrr.org/termi-
nology/early-warning-
ma de Monitoramento e Alerta: -system.
posta) que utiliza tecnologias de alerta aliadas a fatores sociais para emitir,
fundamental e, por isso, deve possuir uma sólida base técnica e científica
agências da União que atuam nesse eixo, do qual iremos nos aprofundar
lizados para garantir o acesso aos alertas. O principal objetivo desse eixo
Sistema Nacional
de Informações e
Monitoramento de
Desastres
29
Introdução
para que Defesas Civis e órgãos competentes possam realizar ações mais
tem como objetivo orientar o agente de Defesa Civil quanto ao acesso dos
Sistema Nacional
de Informações e
Monitoramento de
Desastres
Redes e Agências de
Monitoramento e Alerta de
Desastres da União
» Produzir estudos;
» HidroWeb (Figura 10), que oferece acesso ao banco de dados históri- <19> Ver: https://
w w w.snirh.gov.
cos da RHN, oriundos de coleta convencional, ou seja, registros diários br/hidroweb
» Hidrosat (Figura 12), sistema desenvolvido em parceria com o institu- <22>Ver :https://
www.snirh.gov.br/
to de pesquisa francês Institut de Recherche pour le Développement portal/snirh-1/sis-
temas
para fornecer dados de monitoramento hidrológico e de qualidade da
das pelo órgão gestor de recursos hídricos e com participação facultada aos
cas e inundações. As salas são implementadas nos estados pelos órgãos ges-
Figura 13: Sala de Situação da ANA em Brasília. Foto: Natália Sampaio / Banco de Imagens
ANA.
37
elevação dos níveis ao longo dos rios no ano consecutivo, combinados com
lidado de informações sobre barragens, cuja inserção dos dados está sob a
barragens no Brasil. Foi criado pela Lei nº 12.334/2010, na qual se define que < 2 5 > Ve r : http : / /
w w w. p l a n a l t o .
deverá compreender coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de gov.br/ccivil_03/_
ato2007-2010/2010/
informações das barragens em construção, em operação e desativadas.
lei/l12334.htm
Sistema de Coleta e
Distribuição de Dados
Meteorológicos – INMET
tuto Nacional de Meteorologia (INMET) é a rede mais antiga do Brasil. O <26> Ver: https://
portal.inmet.gov.br/
banco de dados meteorológicos do instituto já incorporou em seu acervo,
gica Mundial (OMM) e nela tem como responsabilidade o tráfego de mensa- <27> Ver: https://
news.un.org/pt/
gens coletadas pela rede de observação meteorológica da América do Sul tags/omm
Rede Observacional –
Cemaden
<28> Ver: https://
O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Natu- w w w.gov.br/
mcti/pt-br/rede-
rais (Cemaden), órgão vinculado ao atual Ministério de Ciência, Tecno- -mcti/cemaden
atualmente com 4.205 equipamentos instalados por todo o país. Esta rede
Figura 16: Sala de Situação do Cemaden, em São José do Campos/SP. Fonte: Cemaden.
no horário UTC. No período em que o horário de verão está vigente (em que
populacional.
propósitos, como:
eventos;
lapamento de margens;
drológicos.
áreas de risco de Angra dos Reis – RJ. Cada plataforma geotécnica conta
e 2014: Natal – RN; Petrolina – PE; Salvador – BA; Maceió – AL; Jaraguari –
MS; Santa Tereza – ES; e São Francisco – MG, Três Marias – MG e Almenara
Rede de Meteorologia do
Comando da Aeronáutica –
DECEA
<32> Ver: https://
www.decea.mil.br/
de extremos meteorológicos.
res. Além disso, o DECEA também gera produtos a partir de sua rede própria
– RS; Urubici – SC; São Roque – SP; Petrópolis – RJ e Gama – DF (DECEA, 2021).
horas cheias.
Figura 25: Regiões de Informação de Voo do espaço aéreo brasileiro. Fonte: Redemet.
CEA, 2021). Já o SIGMET é feito por FIR (do inglês, Flight Information Re-
espaço aéreo em que se dividem os espaços aéreos dos países para que seja
O Brasil é composto por 5 FIR’s (Figura 25), sendo elas: Atlântico (SBAO); Bra-
sília (SBBS); Curitiba (SBCW); Recife (SBRE); Amazônica (SBAZ); além da região co-
mações da última hora é Sistema OPMET (Banco Internacional de Dados <37> Ver: https://re-
demet.decea.mil.br/ol-
Operacionais de Meteorologia) (DECEA, 2021). d/?i=produtos&p=consul-
ta-de-mensagens-opmet
53
Centro de Previsão de
Tempo e Estudos Climáticos
– CPTEC/INPE
O Centro tem como objetivo prover o país com o que há de mais avança-
da sociedade. Ele opera por 24 horas nos 365 dias do ano, assim como a sala
de tempo e clima esteja no mesmo nível dos centros de previsão dos países
(CPTEC/INPE, 2021).
» A localidade (município);
tica Sazonal (global e nacional), com destaque para a produção de mapas, no-
» Precipitação total;
» Temperatura mínima;
» Temperatura máxima;
» Anomalia de precipitação;
Centro Gestor e
Operacional do Sistema de
Proteção da Amazônia –
CENSIPAM
Figura 32: Rede de radares meteorológicos do CENSIPAM. Fonte: Elaborado pelo autor.
cida por Serviço Geológico do Brasil, foi criada em 1969 e tem como uma de
limitam as áreas de risco dos municípios brasileiros, ela disponibiliza como princi-
(SACE) (Figura 33), com o objetivo de monitorar e gerar informações hidrológicas de <46> V e r : h t t p : / /
www.cprm.gov.br/
qualidade, para subsidiar a tomada de decisões e ações relacionadas à mitigação dos sace/
dados que são recebidos a cada 1 hora, por transmissores via satélite ou celular
nos níveis das águas com alta precisão, bem como pluviômetros automáti-
Por fim, cabe destacar que, em consonância com a sua missão de gerar e
demonstrando a situação atual das vazões e/ou níveis dos principais rios das
Acesso e Interpretação
de Produtos e Serviços de
Monitoramento e Alerta de
Desastres da União <48>Disponível em: ht-
tps://w w w.gov.br/
m d r/ p t- b r/ n o t i c i a s /
defesa-civil-nacional-
-elabora-guia-sobre-
Nesta seção, utilizaremos como base a recente publicação do CENAD in- -preparacao-para-enfren-
tamento-de-desastres.
titulada “Guia Prático para Utilização de Alertas do Governo Federal para Ações
tualmente mais completo, que traz uma breve análise sobre a relação exis-
Boletim de Monitoramento
Hidrometeorológico – CPRM
boletins apresentam:
seguintes definições:
município;
ção;
dação.
valores para suas cotas de referências, que são definidas localmente, em con-
junto com a Defesa Civil. Em cada rio, os tempos que eles levam para atingir
as cotas de referência variam desde poucas horas até meses em alguns casos,
» - municípios atendidos;
Figura 38: Visualização da plataforma SACE e bacias monitoradas no âmbito do SAH. Fon-
te: cprm.gov.br.
70
Ações de Monitoramento
Hidrológico – ANA
lução das chuvas, dos níveis e da vazão dos principais rios, reservatórios e bacias
efeitos de crises hídricas ou têm alguma atuação sobre elas. A sala é, assim,
» Estados;
» Origens;
» Bacias;
» Sub-bacias;
» Estação.
72
ções, municípios ou rios de interesse, separados por “,” (vírgula) ou “;” (pon-
a reunir uma série de especificações das mesmas, de forma tabulada (Figura 41).
lação dos dados dos últimos 6 meses, exportação de dados, entre outras
Previsões Probabilísticas –
CPTEC/INPE
tades severas. Entende-se por chuvas intensas aquelas que podem atingir
guintes elementos: granizo de diâmetro maior que 2,0 cm; rajada de vento
maior que 80km/h e/ou danos por vento (quedas de árvores, destelhamen-
Figura 44: Aviso sobre a Previsão Probabilística do CPTEC/INPE. Fonte: CENAD (2021).
De acordo com a Tabela 1, tempestades não severas são muito comuns de ocor-
causar danos expressivos. Já eventos previstos com potencial Nível 1 são mais co-
Por fim, eventos previstos de Nível 4 são raros e estão relacionados com a
Como já visto, a página do CPTEC/INPE disponibiliza uma interface na <52> Ver: http://
tempo.cptec.
qual também é possível ter acesso à Previsão Probabilística para o período inpe.br/
Avisos Meteorológicos –
INMET
ticas gerais como data de envio, tipologia do evento, nível de severidade, validade;
classificação/recomendação:
Inteire-se sobre os riscos que possam ser inevitáveis. Siga os conselhos das
através da página do Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos para
o Sul da América do Sul ou ALERT-AS. Ao acessar a página, o usuário pode verificar todos <54>Ver:https://
alertas2.inmet.
os alertas vigentes no território nacional, separados por Unidade da Federação (Figura 47). gov.br/
80
gina com as mesmas informações contidas na Figura 48, porém com a visu-
em tempo real que reúne, de forma integrada, dados oriundos de sua rede própria e de
Alertas de Risco de
Desastres Geo-hidrológicos
– Cemaden
Atualmente, o Centro monitora 1.038 municípios brasileiros considerados <56> Ver: http://
prioritários quanto ao risco de desastres de origem geo-hidrológicas. Conforme www2.cemaden.
gov.br/munici-
estabelecido em Protocolo de Ação entre as instituições, o Alerta elaborado pios-monitora-
dos-2/
pelo Cemaden é primeiramente enviado ao CENAD, que o retransmite para as
e o município alertado;
83
Defesas Civis;
horas.
chuva futura ou prevista (a partir dos dados dos satélites e radares meteoroló-
limites dos municípios monitorados pelo Cemaden. Os demais itens são au-
horas para se obter o horário oficial de Brasília (ou subtrair 2 horas quando
Instrumentos de Gestão
de Riscos de Desastres
aplicados na Escala Local e
Sistemas de Monitoramento
88
Introdução
Após compreender os Fundamentos dos Sistemas de Monitoramento e
Instrumentos de Gestão
Local de Riscos de
Desastres
dos instrumentos de escala municipal e/ou regional para uma boa atuação
cionalidades.
veis pela produção do novo plano que seria aplicado nos próximos períodos
bela), com o apoio das instituições que o elaboraram (MACEDO et al., 2004).
sos que variam de acordo com a região, pois existem diferentes regimes
Quadro 1: Níveis do PPDC, critérios de entrada nos níveis e ações correspondentes. Fon-
te: Adaptado de Macedo et al. 2004.
92
cas que devem ser considerados pela administração pública local na fase de
da gestão de riscos, existem limitações que devem ser compreendidas para não
porque não é capaz de evitar o evento adverso ou incidir sobre a ameaça como
Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei nº 12.608, 10 de abril de <64> http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2012) como um dos instrumentos que os municípios devem elaborar, por 2014/2012/lei/l12608.htm
vezes com apoio dos estados, caso haja áreas de riscos em seu território.
Plancon também são os meses mais chuvosos, caso sejam elaborados para
radas e inundações).
que devem ser tomadas nos períodos mais críticos. Os sistemas de monito-
local de riscos avaliem quais as ações mais adequadas para colocar em práti-
»
94
mulados.
cia nem sempre é suficiente para que a gestão de riscos local seja exitosa,
de observações de campo.
blicização do documento.
95
gestão mais completo que uma administração pública pode possuir em seu
tório.
(medidas estruturais).
96
mento de um aterro (bota fora) em uma tarde sem chuva, de uma semana
de São Paulo, no ano de 2001, diversas ações civis públicas movidas pelo Mi-
Ainda que seu mapeamento possa ser utilizado durante o período chu-
definição dos locais a serem monitorados, o PMRR deve ser executado du-
peamentos);
nóstico;
98
rios definidos;
plano.
áreas, inicia-se o imageamento com fotos oblíquas (cerca de 45º) que per-
» R1 (Baixo ou inexistente),
» R2 (Médio),
» R3 (Alto)
» ou R4 (Muito alto).
99
rada em 2007 pelo IPT, em parceria com o antigo Ministério das Cidades, traz a
descrição dos critérios para definição dos graus de riscos em um PMRR (Quadro 2).
gia de ocupação das áreas mapeadas permite aos técnicos entender a causa-
100
101
Figura 53: Setores de risco com propostas de intervenção em foto oblíqua no município
de Franco da Rocha/SP. Fonte: francodarocha.sp.gov.br.
tos estimados por setor e outros fatores que porventura sejam relevan-
Dessa maneira, o PMRR fornece subsídios tanto para medidas não es-
Figura 54: Capacitação do Plano Municipal de Redução de Riscos para secretarias munici-
pais. Fonte: francodarocha.sp.gov.br.
período chuvoso, isto é, todos os anos. Ainda que algumas boas referências
Carta de Suscetibilidade
Figura 55: Carta de suscetibilidade do município de Juiz de Fora – MG. Fonte: CPRM, 2014.
dade dos terrenos ou ainda exibir resultados confiáveis para áreas ocupadas.
105
regiões metropolitanas não ocupadas e zonas não ocupadas que estão locali-
Figura 56: Carta de aptidão à Urbanização do município de Magé - RJ. Fonte: CPRM, 2015.
tal humano). Desse modo, os setores censitários são agrupados em cinco clas-
ses de vulnerabilidade: muito baixa, baixa, média, alta e muito alta (IPEA, 2015).
e movimentos de massa.
da para ser replicada a partir dos dados dos próximos Censos Demográficos,
da população em área de risco no Brasil, que tem por objetivo gerar dados
108
Figura 58: População em área de risco na Região Sudeste. Fonte: IBGE, 2018.
mitigação e preparação.
técnica do Sistema.
tos de imóveis que vitimam pessoas, a cada ano, nos períodos de grandes
pluviosidades.
deslizamentos com vítimas fatais – Bom Juá e Barro Branco – foram atin-
» i) Previsão do tempo;
Nas áreas que contam com o sistema de alarme, as vistorias são reali-
são emitidos nos níveis Muito Alto, o SMPDC é acionado para agir, dando
Além disso, o plano também lista todas as atividades que podem ser to-
madas antes, durante e depois do evento adverso, sempre de acordo com
Quadro 3. Matriz das atividades da CODESAL nas fases de preparação e resposta ao de-
sastre, de acordo com o Plancon. Fonte: Adaptado de Salvador (2013).
Por fim, vale ressaltar que atualmente a CODESAL também trabalha com
No estado de São Paulo, a Defesa Civil teve sua origem após os re-
cêndios nos edifícios Andraus (1972) e Joelma (1974) (Figura 63) na capital,
Figura 64: Municípios paulistas contemplados em algum PPDC. Fonte: Macedo et al.
(2020).
Para aprimorar a operação dos PPDCs, o estado de São Paulo possui atu-
tos. Neste sentido, são realizadas parcerias, com utilização de recursos pró-
Emergências (NGE) (Figura 65), que funciona 24 horas por dia, monitorando
cais com maior potencial de risco, divulgados aos agentes públicos munici-
<71>https://www.
Todo o monitoramento é realizado com o apoio dos radares do Instituto ipmetradar.com.
br/
de Pesquisas Meteorológicas (IPMet) (Figura 66), da Rede de Meteorolo-
<75>https://www.
saisp.br/
A CEPDEC-SP conta ainda com o Sistema de Alerta a Inundações de São
Paulo (SAISP) (Figura 67), operado pela Fundação Centro Tecnológico de Hi-
dráulica (FCTH), que gera, a cada cinco minutos, boletins sobre as chuvas e
<76> https://
suas consequências para várias regiões do estado. O monitoramento hidro- www.fcth.br/
lógico do SAISP é feito pela Rede Telemétrica de Hidrologia do DAEE e pelo
capacitação dos agentes de Defesa Civil dos municípios paulistas, com ofici-
Figura 69: Oficinas preparatórias para Operação Chuvas de Verão em Caçapava-SP. Fonte:
cacapava.sp.gov.br.
ção dos blocos, cálculo dos limiares e definição das linhas de apoio. A com-
partimentação do município em blocos é interessante quando há diferen-
xos de detritos para o município ou para cada bloco existente dentro desse
de Alta (LPA), Linha de Probabilidade Muito Alta (LPMA) e Linha Crítica (LC),
Figura 71: Modelo de definição de blocos para o cálculo dos limiares.Fonte: Manual
Técnico para Elaboração, Transmissão e Uso de Alertas de Risco de Movimentos de Massa
(Cemaden, 2018).
Notas:
(3): Transmitido pela DCM ou pela DCE, conforme acordado entre ambos, para
mato dos alertas (em relação a alertas enviados pelo Cemaden). Assim,
críticas, com base nos dados da curva cobra. Pode-se destacar, também, a
ário das atividades realizadas por cada ente. A dinâmica proposta seria uma ava-
liação diária, no caso, para as Defesas Civis e por turnos, no caso do Cemaden.
Abordagens Participativas
para o Fortalecimento de
Sistemas de Monitoramento
e Alerta de Desastres
132
Introdução
Das mudanças climáticas à pandemia, os riscos e os desastres estão se
dades.
Sistemas de
Monitoramento e Alerta de
Centrados em Comunidades
e a Ciência Cidadã
Gestão de Riscos e Desastres em diálogo
com a Educação
móvel para receber um alerta via SMS (medida não-estrutural), mas tam-
bém elevar a infraestrutura de sua casa para pavimentos mais altos diante
cas públicas. Ter acesso a dados e informações é importante, porém isso não
como receptores de avisos, mas está cada vez mais claro que a população
Quando consideramos que desastres não são naturais, mas sim uma
first mile). Ao invés de atuar no “fim de linha” (em inglês, last mile ou última
e Defesa Civil. Neste sentido, a percepção dos fatores sociais que envolvem
alerta participativo das comunidades locais, com base nos quatro pilares do
dAção);
pdecs atuando com a valorização dos saberes das pessoas que convivem
Boas Práticas em
Sistemas Participativos de
Monitoramento e Alerta
Formação em Capacidades de Prevenção e
Monitoramento - Nova Friburgo/RJ
fica, quanto nas considerações das Defesas Civis municipais que constatam
na rede de transmissão.
participativas para debater questões como “O que fazer? Como fazer? Com
Figura 74: Curso de Formação de Capacidades para Prevenção e Monitoramento das áreas
de risco da região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Fonte: Arquivo Cemaden.
técnico e científico;
autoproteção da comunidade;
além da sua inclusão no currículo, mas envolve também construir uma gestão
Brasil por meio da educação formal, informal e não formal. A inserção deste
tema no ambiente escolar vai além da sua inclusão no currículo, pois envol-
e Desastres (ERRD).
Figura 75: Esquema com as várias áreas de atuação adotadas pelo Cemaden Educação.
Fonte: Adaptado de Cemaden.
educador Paulo Freire, que são espaços participativos em que “todos têm a
Referências Bibliográficas
velas. Workshop sobre Seguros na Engenharia, 1. Ed. São Paulo: ABGE, 2000, p. 49-56.
dade Social. 2015. Disponível em: <http://ivs.ipea.gov.br>. Acesso em: 1 set. 2021.
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meio rural e urbano. 2ªed.São Paulo: Centro Paula Souza, 2020, v. 1, p. 10-26.
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T. D.; LUIZ, R. A. F.; LUZ, E. F. P.; ISHIBASHI, R.; IVO, A. A. S.; SAITO, S. M. A go-
ria, 5. São Paulo. Anais, São Paulo: ABGE, v. 2, 1987, p. 237- 248.
Disasters: from Knowledge to Action. São Carlos: Rima Editora, 2017 (ISBN:
978-85-7656-045-6).
151
ral Assembly during its 25th session: GAOR, 25th session, Supplement No.