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COORDENAÇÃO-GERAL DE ENSINO
COORDENAÇÃO DE ENSINO A DISTÂNCIA
CONTEUDISTAS
Ricardo de Oliveira Betat
Gelson Luis Garcia
Wilmen Vieira
João Moreira Lobo
REFORMULADOR
Daniel Pinheiro Spinelli
CÂMARA TÉCNICA/REVISORES
Thiago César Fagundes Santos
Viviane Oliveira Rodrigues
REVISÃO PEDAGÓGICA
Gizele Ferreira dos Santos Siste
PROGRAMAÇÃO E EDIÇÃO
Lúcio André Amorim
Renato Antunes dos Santos
DESIGNER
Ozandia Castilho Martins
Fagner Fernandes Douetts
Renato Antunes dos Santos
DESIGNER INSTRUCIONAL
Wagner Henrique Varela da Silva
2
Sumário
Apresentação do Curso ............................................................................................... 8
3
5.2 Veículos de Emergência .............................................................................. 94
Finalizando ............................................................................................................ 99
Aula 1 - Direção defensiva: mais que um conceito, um ato de cidadania ............ 102
3.8 Como evitar acidentes com outros veículos — Tipos de acidentes e como
evitá-los ............................................................................................................ 149
4
3.10 Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito
(motociclistas, ciclistas, carroceiros, esqueitistas) ........................................... 156
3.2 ABC da vida para Suporte Básico de Vida (SBV) — Exame Primário ....... 194
5
5.3 Manutenção preventiva do veículo para preservação do meio ambiente:.. 219
5.4 Infrações e crimes que têm relação com a poluição .................................. 220
6
AULA 4 — As Normas de segurança no trânsito e os agentes de fiscalização de
trânsito ................................................................................................................. 266
5.5 Cuidados especiais e atenção que devem ser dispensados aos passageiros
e aos outros atores do trânsito, na condução de veículos de emergência ....... 279
7
Apresentação do Curso
Caro(a) aluno(a),
Olá!
8
Haja vista a natureza emergencial dos serviços, o atendimento ao cidadão
deverá se dar num curto espaço de tempo, e a demora em responder alguns pedidos
de ajuda pode resultar na continuação da vida ou na morte de alguém.
Você deve ter percebido, a essa altura, que a condução desses veículos
envolve grandes responsabilidades e a atividade, portanto, exige a aprovação em
curso especializado. Nesse sentido, a característica principal da especialização é a
qualificação prévia para seu exercício. Esse é um assunto que não costuma pautar as
discussões em quartéis ou delegacias, por exemplo. Isso se deve, em grande parte,
por conta da própria natureza da função desempenhada, na qual dirigir assume um
status de tamanha normalidade que se incorpora à rotina do operador de segurança.
Dirigir se torna mecânico e deixa de contar com a atenção necessária do motorista.
9
Nesse momento, aparecem as perguntas: o que poderia ter sido feito? Como evitar
novos casos?
10
Ele possui 60 horas, é exclusivo para agentes que integram o Susp e
encontra-se dividido em 4 (quatro) módulos.
11
Objetivos do Curso
Estrutura do Curso
12
Mensagem do Reformulador
Ouça o ÁUDIO 1
Caro Colega,
Não quer dizer que alguém de fora do ramo da segurança pública não
pudesse ter atuado como conteudista de um curso como este; está cheio de bons
profissionais nas universidades, nas empresas e no setor público. Mas o olhar interno,
de quem vivencia o dia a dia da profissão, agrega um tipo de conhecimento da
realidade que aqueles profissionais citados anteriormente não têm. Nosso trabalho
possui particularidades, excelências e, também, as suas dificuldades.
Mas, seja você um agente da segurança pública experiente, com muitos anos
de bons serviços prestados à sociedade, seja você um novato na atividade, é possível
imaginar que tenha tido o pensamento: este curso não passa de uma besteira!
Como um curso online vai me ensinar a conduzir uma viatura policial ou uma
ambulância? Isso deve ser coisa de algum teórico que não tem o que fazer!
(Sejamos sinceros, a maioria, nesta altura do curso está pensando isso – EU estava
pensando assim quando fiz o curso pela primeira vez!)
13
sua função (e não se meter em problemas); e, finalmente, algumas técnicas que
podem salvar a SUA vida, a vida de seus colegas de profissão e, inclusive, a vida de
seus familiares. Nosso objetivo é ajudar você a cumprir a sua missão, finalizando seu
plantão ou turno de serviço são e salvo e sem broncas a responder! Parece bom para
você?
O segundo esclarecimento é que, sim, este curso é uma exigência legal para
a nossa profissão, prevista no art. 145, inciso IV, da Lei n. 9.503/1997, mais conhecida
como Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Se vocês forem olhar esse inciso, verão
que ele fala de dois cursos: do “curso especializado” e do “curso de prática veicular
em situação de risco”. No caso, este que você está cursando é o “curso especializado”,
que é teórico. O detalhe é que este é oferecido, lá fora (na modalidade presencial ou
a distância), por um valor de algumas centenas de reais. Aqui, a Secretaria de Gestão
e Ensino em Segurança Pública (Segen) está oferecendo a você gratuitamente,
pensando na sua capacitação!
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Módulo I - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
Apresentação do módulo
Neste primeiro módulo, você estudará regras importantes relacionadas à
condução de veículos de emergência previstas na legislação de trânsito (como as
categorias de habilitação e a relação delas com os veículos, as regras de circulação,
os documentos de porte obrigatório referentes ao condutor e ao veículo, os aspectos
importantes sobre a sinalização viária etc.) e, ainda, infrações, penalidades e crimes
relacionados à direção de veículo de emergência. Daremos uma especial atenção às
modificações recentes sobre o tema, para que você possa permanecer atualizado!
Objetivos do módulo
Ao final deste módulo, o aluno deverá ser capaz de:
15
Estrutura do módulo
Este módulo compreende as seguintes aulas:
16
Aula 1 - Categoria de habilitação e relação com veículos
conduzidos
Introdução
A primeira coisa que temos que nos perguntar é: eu posso conduzir um veículo
de emergência? Eu posso conduzir a viatura da corporação? Existem requisitos para
isso? Ou qualquer policial, independentemente de ter feito cursos ou treinamentos,
pode conduzir? Se o seu órgão tiver como competências o atendimento de acidentes
e o socorro de vítimas, você está habilitado para conduzir uma ambulância, caso seja
preciso?
17
Figura 1: Cédula da Carteira de Motorista
Fonte: DENATRAN.
18
Você sabia?
A Lei n. 14.071/2020, de 13 de outubro de 2020, entrou em vigor, no dia
12 de abril de 2021. As CNHs expedidas após essa data passarão a
contar com a validade do exame de aptidão física e mental de dez anos,
para condutores com menos de 50 anos; e com a validade de cinco anos
para os condutores com idade igual ou superior a 50 (cinquenta) anos e
inferior a 70 (setenta) anos de idade.
Restrições da CNH
19
b) Um Policial Penal observa a própria CNH e percebe que no campo de
observações há uma letra “D” maiúscula. Isso indica que ele só pode conduzir
veículos com transmissão (marcha) automática.
20
Mas qual veículo você pode conduzir? Você estudará sobre essa questão
a seguir.
Contudo, não é bem assim, uma vez que o texto do CTB é complementado
pelo anexo I da Resolução do CONTRAN n. 789, de 18 de junho de 2020. Vejamos,
agora, cada uma das categorias de CNH e quais os tipos de veículos que podem ser
conduzidos com cada uma delas:
1.1.1 Categoria A
Inicialmente, vejamos o que está disposto no inciso I do art. 143 do CTB: “Art.
143. I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou
sem carro lateral” (BRASIL, 1997, n.p.).
Saiba mais:
21
Figura 2: Motocicleta
Fonte: canva.com; SCD/EaD/Segen.
22
Figura 3.1: Motoneta
Fonte: canva.com; SCD/EaD/Segen.
Importante!
23
Quando o veículo possuir quatro ou mais rodas, não será mais possível
conduzi-lo apenas com a categoria A, será necessária uma categoria “superior”.
Contudo, se você possuir a categoria B, C, D ou E, não está autorizado a conduzir
veículos da categoria A.
Assim, você verificará que até há uma gradação entre as categorias, mas
apenas a partir da categoria B. Deste modo, a categoria C é superior à B; a D é
superior à C e B; e a E é superior às demais. Isso quer dizer que se você possui
habilitação em uma categoria superior pode conduzir veículos da(s) categoria(s)
inferior(res), com exceção da categoria A. Esta categoria, por sua vez, engloba a
ACC.
24
Figura 5: Motocicletas utilizadas pela Polícia Militar do Piauí
Fonte: https://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/policia-amplia-projeto-voltado-para-policiamento-com-
motos.ghtml.
1.1.2 Categoria B
Boa parte dos concursos públicos para ingresso nas instituições de segurança
pública já preveem, como requisito, que o candidato seja habilitado na categoria B.
Talvez tenha sido esse o seu caso.
25
Número de ocupantes (capacidade total)
Antes de mais nada, cabe uma explicação do que é o Peso Bruto Total (PBT)
e como chegamos a esse número.
26
para os veículos de carga, ou número de pessoas, para os veículos de passageiros.”
(Conforme Anexo I do CTB).
Já o Peso Bruto Total (PBT), nada mais é do que o peso do veículo (tara)
+ capacidade de carga do veículo.
Mas o PBT nem sempre está expresso no CRLV, apesar de haver um campo
destinado ao registro da capacidade. Além disso, esse registro, na maioria das vezes,
não é preciso, haja vista ser preenchido de modo diverso pelos órgãos de trânsito.
Figura 7: Plaqueta
Fonte: do conteudista.
Deixando claros os critérios, vamos agora falar dos tipos de veículos que
podem ser conduzidos com a CNH de categoria B.
Automóvel
O tipo de veículo mais comum que pode ser conduzido pelo condutor com a
categoria B é o Automóvel. Conforme o CTB, quando o veículo é destinado ao
transporte de passageiros e a sua lotação não exceda oito lugares, excluído o
27
condutor (9 ocupantes), ele é chamado de automóvel. Boa parte das viaturas que
utilizamos em nossas atividades policiais se enquadram como automóveis.
28
cargas, excluída a massa das baterias no caso de veículos
elétricos, cuja potência máxima do motor não seja superior a
15kW.
Por sua vez, o quadriciclo de cabine fechada, também conhecido como UTV
(Utility Task Vehicle):
Veja o que diz a Resolução do Contran nº 573/2015 - Art. 2º, inciso II:
29
Figura 11: Quadriciclo de Cabine Fechada (UTV)
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/utilit%C3%A1rio-ve%C3%ADculo-do-terreno-utv-
2539173.
Veja o que diz a Resolução do Contran nº 573/2015, Art. 4º, inciso IV:
Caminhonete
30
VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de
carga, podendo transportar dois passageiros, exclusive o
condutor.
Camioneta
A maioria das camionetas possui PBT inferior a 3500 kg; logo, podem ser
conduzidas por condutor habilitado na categoria B. No entanto, existem algumas
exceções. Na dúvida, consulte o PBT do veículo antes de conduzir.
31
Figura 13: Camioneta utilizada pela Polícia Civil de SP
Fonte: https://agora.folha.uol.com.br/sao-paulo/2019/08/novo-departamento-de-elite-da-
policia-civil-de-sp-comeca-a-funcionar.shtml.
Utilitário
32
camionetas, há uma separação física entre o compartimento de carga e o habitáculo
dos passageiros.
A maioria dos utilitários possui PBT inferior a 3500 kg, logo, podem ser
conduzidas por condutor habilitado na categoria B. No entanto, assim como no caso
das camionetas, existem algumas exceções. Na dúvida, consulte o PBT do veículo
antes de conduzir.
Figura 15: Ford/Ranger utilizada pelo Corpo de Bombeiros Militar do estado de Santa
Catarina
Fonte: https://notiserrasc.com.br/tv-ns-corpo-de-bombeiros-adquire-nova-viatura/
33
encontre veículos registrados de modo diverso ao que está previsto
na legislação.
1.1.3 Categoria C
Conforme previsão legal do art. 143, inciso III, do CTB, a categoria C permite
conduzir “veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto
total exceda a três mil e quinhentos quilogramas”.
É importante dizer que não existe limite de peso para o condutor da categoria
C. Assim, um caminhão do tipo simples, ou seja, que não está rebocando nenhum
outro veículo, pode ter qualquer PBT e ainda assim poderá ser conduzido com a
categoria C.
34
Importante!
IMPORTANTE!
Como o anexo I da Resolução do CONTRAN n. 789/2020
deixa bem claro que o condutor habilitado na Categoria C pode
conduzir todos os veículos da categoria B.
35
Figura 17: Caminhão do Corpo de Bombeiros do Paraná
Fonte: http://www.bombeiros.pr.gov.br/Noticia/Caminhao-de-Bombeiros-de-alta-tecnologia-reforcara-
atendimentos-em-Curitiba-e-regiao.
36
As camionetas, utilitários e veículos especiais cujo PBT supera 3500 kg
devem ser conduzidas por condutor habilitado, no mínimo, na categoria C.
Exemplificando:
Na foto, vemos um veículo com PBT de 4.000 kg adaptado para ser utilizado
como ambulância. Não é um veículo da espécie carga, mas sim definido como
especial. Mesmo não sendo de carga, para conduzi-lo será necessária a categoria C,
pois ultrapassa o limite de PBT da categoria B.
Por fim, o trator de roda (exceto os tratores agrícolas, para os quais se exige
categoria B), o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor destinado
à movimentação de cargas ou à execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de
construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via pública por condutor
habilitado, no mínimo, na categoria C (conforme Art. 144, caput, do Código de Trânsito
Brasileiro).
37
1.1.4 Categoria D
Conforme previsão legal do Art. 143, inciso IV, do CTB, a categoria D permite
conduzir “veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação
exceda a oito lugares, excluído o do motorista”.
38
Figura 21: Micro-ônibus da Polícia Militar de Rondônia
Fonte: https://folhanobre.com.br/2017/06/14/policia-militar-recebe-06-micro-onibus/49564/.
Resumindo:
Para pensar:
IMPORTANTE!
O anexo I da Resolução do CONTRAN n. 789/2020 deixa
bem claro que o condutor habilitado na Categoria D pode
conduzir todos os veículos das categorias B e C.
39
1.1.5 Categoria E
Exemplificando:
40
Quando for necessário conduzir uma combinação de veículos, você deverá
certificar-se se a lei exige ou não categoria E. Para isso, basta verificar a unidade
tracionada.
Caso o PBT, somente da unidade tracionada, for igual ou superior a 6.000 kg,
será exigida a categoria E. No exemplo acima, o PBT deste semirreboque é de 25.500
kg, logo, para conduzir um veículo capaz de tracionar este semirreboque o condutor
deverá possuir categoria E.
41
Ou seja, a lei exige categoria E apenas quando se tratar de uma combinação
de veículos e, ainda assim, quando a unidade tracionada possuir determinada
configuração. Quando houver uma combinação de veículos e não for exigível a
categoria E, haverá a necessidade de se verificar qual a categoria adequada ao peso
e à lotação do conjunto.
IMPORTANTE!
O anexo I da Resolução do CONTRAN n. 789/2020, deixa
bem claro que o condutor habilitado na Categoria E pode
conduzir todos os veículos das categorias B, C e D.
Ouça o ÁUDIO 2
42
Exemplificando:
Observe que esta é uma combinação de veículos, mas que a categoria E, que
seria exigível apenas quando a unidade tracionada (reboque) tivesse a partir de 6.000
kg de PBT, não é necessária, pois a unidade tracionada (semireboque que carrega o
jet ski) possui apenas 1200 kg de PBT.
Resposta: Categoria B.
43
Contudo, se o reboque for um pouco maior, a situação é diferente.
No exemplo acima, para fins didáticos, considere que o utilitário tenha um PBT
de 1950 kg e que o reboque de carga tenha um PBT de 2400 kg.
Perceba que a soma dos PBTs (1950 kg + 2400 kg = 4350 kg) ultrapassa o
limite da categoria B (3.500 kg). Nesse caso, o condutor terá que ser habilitado, no
mínimo, na categoria C.
44
- Veículos automotores e elétricos, não abrangidos pela
categoria A, cujo Peso Bruto Total (PBT) não exceda a 3.500 kg
e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista;
Introdução
Dando continuidade aos nossos estudos, agora, nós veremos quais são os
documentos exigidos, para o condutor e o veículo, durante a condução. Também
estudaremos os elementos mais importantes da Sinalização Viária e como o
conhecimento dela é imprescindível para a condução com segurança, seja da viatura,
seja de seu carro particular.
Testando o conhecimento:
45
Antes de iniciar o estudo deste capítulo, pare e reflita:
Certo, mas aí você pode se perguntar: o que vem a ser este documento, o
CRLV? Em que condições ele vem a ser emitido? Como ele se parece? Ele deve,
obrigatoriamente, ser emitido em papel-moeda? Ele pode ser apresentado em formato
digital?
46
domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei
(BRASIL, 1997, n.p.).
47
Dica:
48
pelo CONTRAN. (Redação dada pela Lei n.º 14.071/2020)
(BRASIL, 2020a, n.p).
49
ATENÇÃO -->ÚLTIMOS CRLVs IMPRESSOS FORAM 31 JULHO 2021
Os últimos CRLVs impressos em papel-moeda foram emitidos em 31 de julho
de 2020. No entanto, dependendo da situação e do calendário de licenciamento
aplicável (nacional ou estadual), eles podem ser válidos até dezembro de 2021.
I
AP Vale salientar que não é exigido o porte do comprovante do pagamento do
T V
T A seguro obrigatório e IPVA, informações essas, via de regra, inseridas no próprio
documento do veículo. IPVA NÃO É OBRIGATÓRIO
50
Saiba mais:
Caro profissional de segurança pública, para tirar todas as suas dúvidas
acerca da emissão do CRLV-e (digital), acesse o site:
https://campanhas.serpro.gov.br/cdt/
I
M Por fim, vale salientar que o fato de o veículo ser classificado como de
P emergência não faz com que seja necessário o porte de qualquer outro documento do
O veículo. Contudo, é necessário verificar se o veículo possui os dispositivos luminosos
R
T intermitentes e os dispositivos de alarme sonoro (sirene), e é indispensável que ele
A seja um daqueles identificados no artigo 29, inciso VII do CTB, pois somente eles
N
podem utilizar tais dispositivos.
T VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA tem que ter
E documento e VEERFICAR os dispositivos
LUMINOSOS, SIRENE, para que sejam
identificados
Exemplificando...
Um veículo conhecido como van, com capacidade para doze
pessoas, é utilizado para o transporte de pacientes entre as cidades do
interior e a capital do estado. A prefeitura proprietária do veículo o equipa
com dispositivo luminoso vermelho sobre o teto e alarme sonoro (sirene).
Contudo, no CRLV, o veículo está identificado como micro-ônibus e não há
qualquer referência à ambulância. No caso citado, o veículo não poderia
estar equipado com o que Paulus e Walter (2013) chamam de dispositivos
de prerrogativas. Apenas os veículos de emergência podem ser equipados
com tais dispositivos.
51
No que diz respeito à documentação do condutor, você deverá sempre estar
portando a sua Carteira Nacional de Habilitação, podendo ser aquela emitida em meio
físico ou em meio digital, conforme está previsto no CTB:
A
Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em meio
T
E físico e/ou digital, à escolha do condutor, em modelo único e de
N acordo com as especificações do CONTRAN, atendidos os pré-
Ç
requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia,
Ã
O identificação e número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas (CPF) do condutor, terá fé pública e equivalerá a
C
N documento de identidade em todo o território nacional (Redação
H dada pela Lei n. 14.071/2020) (BRASIL, 2020a, n.p.).
Da mesma forma que ocorre com o CRLV, o porte da CNH será dispensado
quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado
para verificar se o condutor está habilitado (conforme previsto no § 1º-A, do art. 159
do CTB, inserido no CTB pela Lei n. 14.071/2020).
Saiba mais:
Para saber como você pode solicitar a sua Carteira Nacional de
Habilitação em formato digital, acesse:
https://campanhas.serpro.gov.br/cdt/
52
PARA CONDUÇÃO DE VEÍCULO DE EMERGENCIA É OBRIGATÓRIO
O PORTE DO CERTIFICADO DO CURSO VALIDADE DE 5 ANOS
No caso específico da condução de veículo de emergência, também é
obrigatório o porte do certificado correspondente a esse curso.
A IMPORTANTE!
T
T O Curso de Condutor de Veículo de Emergência possui
validade de cinco anos, quando, então, é necessário fazer a
atualização, cuja carga horária é de dezesseis horas-aula
(16h/a).
53
IMPORTANTE!
Quando você for renovar sua carteira de habilitação,
lembre-se de apresentar o comprovante da conclusão do curso
de condutor de veículo de emergência, para que seja realizada
sua inclusão na CNH.
É claro que você também deve estar preparado para as situações em que os
condutores não obedeçam às regras estabelecidas pela sinalização. Por este motivo,
o condutor do veículo de emergência deve desenvolver características específicas
para tornar o deslocamento de emergência menos perigoso.
54
De modo geral, então, não se esqueça de que a Sinalização Vertical de
condições, proibições
Regulamentação tem por finalidade informar aos usuários as condições
obrigações ou restrições no uso das vias. Sua forma padrão é a circular, e suas cores
são vermelha, preta e branca. FORMA PADRÃO DA SINALIZAÇÃO VERTICAL:
CIRCULAR DE CORES:
1. VERMELHA
VERMELHA,
Exemplificando: 2. PRETA IMPORTANTE
3.BRANCA
BRANCA QUESTAO DE PROVA
Exemplificando:
55
Figura 32: Placas de advertência
Fonte: Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro - Resolução do Contran nº 160/2004; SCD;
EaD/Segen.
Exemplificando:
56
Para saber mais
Contínua:
Tracejada ou Seccionada
57
Setas, Símbolos e Legendas:
Padrão de cores:
58
– Inscrever símbolo (cruz).
IMPORTANTE!
S
I Em relação à Sinalização Horizontal (marcas no
N pavimento), o condutor de veículo de emergência deve prestar
A
LI atenção especial à marcação contínua amarela, indicando
Z proibição de ultrapassagem, especialmente em locais sem
A
Ç visibilidade, como aclives e curvas, pois, embora durante o
Ã
O deslocamento de urgência o condutor não cometa infrações de
trânsito, a ultrapassagem em tais locais pode gerar risco de
H
O acidentes graves, tais como colisões frontais.
R
I Da mesma forma, o condutor de veículos de emergência
Z
O
deve prestar atenção especial à sinalização horizontal na cor
N vermelha, pois a mesma é utilizada na marcação viária de
T
A ciclovias e ciclofaixas. Considerando que o modal cicloviário vem
L recebendo importante incremento nos últimos anos, é
importante que você se conscientize da importância de zelar
pela segurança dos ciclistas, especialmente quanto à
59
ATENÇÃO-CICLISTA DISTÂNCIA DE 1,5M
manutenção de uma distância segura ao passar por eles (no
mínimo, 1,5 metro).
penalidades
Introdução
Caro profissional de segurança pública, na aula anterior você viu quais são os
documentos exigidos para o condutor e para o veículo de emergência, assim como
estudou sobre a importância de prestar atenção à sinalização viária para poder se
antecipar a possíveis riscos para o seu deslocamento.
Recordando:
60
Figura 34: Recordando
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
3.1 Infrações
Do mesmo modo que nas aulas anteriores, você estudará regras específicas
para os condutores de veículos de emergência, além de outras situações que
envolvem a condução de veículos de emergência.
61
dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de
fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados:
Infração - média; Penalidade - multa. (BRASIL, 1997, n.p.).
Vamos pensar um pouco sobre a razão da existência dessa norma. Ela visa,
antes de mais nada, resguardar a segurança da própria equipe que está realizando o
atendimento de emergência. Uma vez que o veículo está em uma via pública, sem as
luzes intermitentes ligadas, os outros condutores podem não perceber que a viatura
está imobilizada e podem colidir contra ela ou mesmo vir a atropelar algum membro
da equipe ou a vítima que está sendo socorrida. Essa preocupação é especialmente
importante no período noturno!
IMPORTANTE!
62
de 30 metros da parte traseira do veículo (de acordo com a resolução
do Contran nº 36, de 21 de maio de 1998).
P IMPORTANTE!
I A Fique atento, também, ao fato de nunca utilizar o pisca-
S T
C E alerta do veículo ligado durante os deslocamentos de
A N
urgência/emergência. A sinalização do veículo que indica a
Ç
A Ã situação de emergência é o alarme sonoro (sirene) e o
L O
E dispositivo luminoso intermitente sobre o teto.
R
T PISCA-ALERTA não pode ser ligado durante deslocamentos
A
Veja o que está previsto no art. 40, inciso V, alínea “a” do CTB no tocante aos veículos
“normais”:
63
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de
batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de
operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando
em serviço de urgência e devidamente identificados por
dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação
vermelha intermitentes:
Infração - gravíssima;
Penalidade – multa.
IMPORTANTE!
Caso o seu órgão tenha atribuições relacionadas com a
fiscalização de trânsito, a exemplo da Polícia Rodoviária
Federal, dos batalhões de trânsito da Polícia Militar ou,
dependendo do caso, das Guardas Municipais, é importante
salientar que podem ser lavrados, contra os demais condutores,
os autos de infração referentes às condutas dos artigos 189 e
190 do CTB. No entanto, se você está atendendo uma
ocorrência de urgência, o recomendado é que você somente
anote as placas e as características dos veículos e faça as
autuações em momento posterior, na modalidade “sem
abordagem”.
64
3.2 Penalidades
65
I - Infração de natureza Gravíssima, punida com multa no valor
de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e sete
centavos);
II - Infração de natureza Grave, punida com multa no valor de R$
195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três centavos);
III - Infração de natureza Média, punida com multa no valor de
R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos);
IV - Infração de natureza Leve, punida com multa no valor de R$
88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos) (BRASIL,
2020, n.p.).
66
II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do art. 230 e nos
arts. 232, 233, 233-A, 240 e 241 deste Código, sem prejuízo da
aplicação das penalidades e medidas administrativas cabíveis;
(Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) (Vigência)
III - puníveis de forma específica com suspensão do direito de
dirigir. (Incluído pela Lei nº 14.071, de 2020) (BRASIL, 2020,
n.p.).
CRITÉRIOS PARA SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR
Vamos dar um exemplo do segundo caso, para que você possa entender
melhor. Veja a seguinte infração:
67
M Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:
I O
M I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de
T
P O proteção e vestuário de acordo com as normas e especificações
O C aprovadas pelo CONTRAN;
R I
T C […]
A L Infração - gravíssima;
N E
T Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; (BRASIL,
T
E A 2020a, n.p.) (grifo nosso).
S
Nesse caso, um condutor que seja flagrado conduzindo uma motocicleta sem
o capacete de segurança, além do valor pecuniário da multa, estará sujeito também a
ter a sua CNH suspensa.
68
Na Prática
Marcelo cometeu, no espaço de doze meses, as seguintes infrações:
dirigir veículo sem o cinto de segurança (art. 165 – infração grave – cinco
pontos), estacionar nas vagas de deficiente, de forma irregular (art. 181,
inciso XX – infração gravíssima – sete pontos), deixar de dar passagem a
veículo de urgência (art. 189 – infração gravíssima – sete pontos) e seguir
veículo de urgência (art. 190 – infração grave – cinco pontos); totalizando
24 pontos.
Caso Marcelo seja um condutor comum, como ele cometeu duas
infrações gravíssimas, o limite para a suspensão do direito de dirigir seria
de 20 pontos. Neste caso, como ele superou esse limite, será aplicada a
ele a penalidade de suspensão do direito de dirigir.
No entanto, caso Marcelo fosse um motorista profissional, alguém
que exerce atividade remunerada na direção do veículo, como um taxista
ou caminhoneiro, a sua habilitação não seria suspensa, pois, neste caso,
ainda não teriam sido atingidos os 40 pontos.
Por fim, outra importante mudança advinda com a Lei n. 14.071 é a criação
do Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), administrado pelo órgão
máximo executivo de trânsito da União (Denatran). Os condutores que não cometerem
infração de trânsito sujeita à pontuação prevista no art. 259 do CTB, nos últimos 12
meses, podem solicitar a sua inclusão no RNPC.
69
Fica a dica:
Por se tratar de uma inovação, o RNPC ainda carece de
regulamentação por parte do Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN). No entanto, é importante que você procure se
manter informado sobre a efetivação do RNPC para que possa
desfrutar dos benefícios concedidos aos bons condutores.
Mas, além de conhecer ações que você deve evitar para que não se envolva
em situações que podem te prejudicar pessoal e profissionalmente, há um outro
aspecto: em diversas vezes, na nossa luta diária contra o crime, encontramos
criminosos e infratores sociais que cometem, também, crimes de trânsito. E é
importante que você conheça isso, para que eles possam ter a punição merecida por
seus atos torpes.
INFRATOR EMPREENDE EM FUGA
No trabalho policial, não raras vezes, o criminoso, quando está de posse de
um veículo automotor, empreende fuga para tentar se evadir da polícia e fugir das
consequências de seus atos, o que desencadeia um acompanhamento tático, que é
quando a equipe policial diligência por alcançar o veículo do infrator ou do suspeito.
Vale a pena lembrar que o acompanhamento tático é um tipo de deslocamento de
70
urgência, devendo ser feito com a as luzes intermitentes e com a sirene ligadas, para
a própria segurança e integridade da equipe policial.
Na imensa maioria das vezes em que o criminoso opta por fugir, ele acaba por
cometer um ou mais crimes de trânsito. Se ele vier a ser capturado e levado para a
Polícia Judiciária, esses crimes também devem ser relatados, para que o criminoso
receba a pena devida pelos seus atos. Note que isso é válido mesmo no caso de
veículos roubados ou furtados, pois a pena do crime não fica vinculada ao veículo,
não gerando nenhum ônus para a vítima.
71
Comentário: Este tipo penal se aplica apenas para o homicídio cometido de
forma culposa (seja por Imprudência, Negligência ou Imperícia), na direção de veículo
automotor. Se o veículo tiver sido usado de forma intencional para matar alguém, o
autor do crime responderá pela forma dolosa do crime de homicídio (art. 121 do
Código Penal).
§ 1º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses
do § 1o do art. 302. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.546, de 2017)
Comentário: Este tipo penal se aplica apenas para a lesão corporal cometida
de forma culposa (seja por Imprudência, Negligência ou Imperícia), na direção de
veículo automotor. Se o veículo tiver sido usado de forma intencional para lesionar
alguém, o autor do crime responderá pela forma dolosa do crime de lesão corporal
(art. 129 do Código Penal).
72
c) Omissão de Socorro:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento
de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda
que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte
instantânea ou com ferimentos leves.
e) Embriaguez ao Volante:
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão
da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
(Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012).
73
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de
alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros
meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. (Redação
dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou
toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (Redação
dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO - para se determinar o previsto no
caput. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de
idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no
prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de
Habilitação.
74
g) Disputar corrida em via pública:
75
DIRIGIR SEM HABILITAÇÃO OU SEM A DEVIDA PERMISSÃO - NÃO HÁ Q
NECESSIDADE DE ACIDENTE OU VITIMA U
Para a configuração deste tipo penal, não há a necessidade da ocorrência de E
I S
M um acidente ou da existência de uma vítima, mas sim que se comprove que houve o T
P chamado “perigo de dano”. O perigo de dano, neste caso, se caracteriza por meio de Ã
O O
um comportamento ou manobra que seja caracterizado como infração de trânsito
R P
T (avançar sinal vermelho, transitar pela contramão) ou que, efetivamente, coloque
R
A outras pessoas em risco (tirar “fino” de pedestres, fazer com que o carro que segue O
N V
no sentido contrário tenha que sair da pista, etc.). É imprescindível que o policial
T A
E conste essas informações na narrativa do boletim de ocorrência!
Para caracterização deste crime, basta que a conduta tenha exposto efetivamente, exposto outras
pessoas ou veículos a risco, o policial descreve pormenorizadamente as condutas e local q aconteceu
Vale salientar que a tese majoritária da jurisprudência tem reconhecido a
validade e a constitucionalidade do tipo penal do art. 309 do CTB:
Vale salientar que o mero ato de conduzir sem habilitação, sem o cometimento
de infrações ou de manobras perigosas, não se constitui no tipo penal do art. 309. É
o caso, por exemplo, de condutor abordado em blitz, sem possuir CNH, mas que vinha
76
conduzindo de forma correta e que obedeceu aos comandos emanados pelos policiais
ou agentes de trânsito.
Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não
habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a
quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em
condições de conduzi-lo com segurança:
F
O I Comentário: O Artigo 310 visa punir os proprietários que emprestam os
R M
M seus veículos automotores a pessoas não habilitadas, com CNH cassada, com o
P
A
Odireito de dirigir suspenso e para aqueles que não puderem conduzir devido ao seu
R
T estado físico e mental.
D
E P
R A
R O N Trata-se de um crime de mera conduta. Não é necessário que o condutor
E P T
S R E tenha cometido nenhum ato imprudente ou tenha gerado “perigo de dano”.
P I
O E
N T Trata-se de uma forma de responsabilizar àqueles que permitam que
S Á
A criminosos se utilizem do veículo automotor para o cometimento de crimes, não
R
B
I
I deixando impune os proprietários que, direta ou indiretamente, contribuem para a
O
L S intranquilidade pública.
I
Z
A
R
j) Velocidade Incompatível:
77
Comentário: Na maioria das vezes em que o criminoso decide fugir da polícia,
ele o faz em alta velocidade e executando diversas manobras arriscadas ou perigosas
para os pedestres e/ou para os demais veículos na via. Quando esta situação ocorre
nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de
passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
concentração de pessoas, gerando um perigo de dano para as pessoas, nós temos
caracterizado o crime do art. 311.
78
suficientes para embasar a pena base fixada além do mínimo
legal, mas em quantidade menor que a fixada na origem. 3.
Reincidência aplicada em face da comprovação de anterior
condenação. PROVIDO EM PARTE À APELAÇÃO. UNÂNIME.
(Recurso Crime Nº 71001553239, Turma Recursal Criminal,
Turmas Recursais, Relator: Nara Leonor Castro Garcia, Julgado
em 11/02/2008) (BRASIL, 2008, n.p.).
k) Inovar artificiosamente:
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando
da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se
refere.
e circulação
Introdução
79
de dirigir; e, por fim, vimos alguns crimes de trânsito que têm conexão com o trabalho
policial.
Recordando:
Denílson está indo ao centro da cidade, com a sua esposa, apenas para deixar
um documento. Quando ele chega lá, percebe que o único local disponível para
estacionar é um pouco antes da seguinte placa de trânsito:
80
Para não ser autuado, Denílson pede que sua esposa desça e vá deixar o
documento. Ele, no entanto, permanece no veículo, na posição do motorista, com o
motor ligado e com o cinto de segurança, atento para procurar não atrapalhar nenhum
dos demais veículos. Sua esposa vai e volta em menos de três minutos; e eles saem.
81
CONCEITO DE TRÂNSITO
Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos
e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins
de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou
descarga (CTB, Art. 1º §1º) (BRASIL, 1997, n.p.).
Situação 1:
Resposta: Parada.
82
CONCEITO ESTACIONAMENTO
Resposta: Estacionamento.
Para deixar bem claro: não existe um tempo determinado para diferenciar as
manobras de parada e de estacionamento. O que as diferencia é o tempo necessário
para a sua finalidade: o embarque e o desembarque de passageiros.
83
VEÍCULO EM CONGESTIONAMENTO - CONSIDERADO QUE O
VEÍCULO ESTÁ EM CIRCULAÇÃO
E quando um veículo está transitando e tem que se imobilizar devido à
sinalização ou ao trânsito como, por exemplo, em um engarrafamento
engarrafamento?
Na verdade, não se trata de nenhum dos dois casos. Quando o veículo estiver
utilizando a via em deslocamento ou imobilização não definida como parada ou
estacionamento, como é o caso da interrupção da marcha, estará em circulação.
4.3 Circulação
VEÍCULOS DE EMERGÊNCIA NÃO COMETEM INFRAÇÃO DE
TRÂNSITO EM OCORRÊNCIA
Conforme você estudou anteriormente, o veículo de emergência goza de livre
circulação, estacionamento e parada quando em serviço de urgência, de policiamento
ostensivo ou de preservação da ordem pública. Por isso, o condutor de uma viatura
policial não comete infração de trânsito ao avançar um sinal vermelho em
deslocamento de urgência, para atender uma ocorrência. Da mesma forma, não
comete infração o condutor do caminhão do Corpo de Bombeiros que circula por
passeio público para chegar ao local de um incêndio, e assim por diante, desde que
estejam acionados os dispositivos próprios dos veículos de emergência, sem prejuízo
de todo o cuidado necessário à segurança do trânsito. MUITO IMPORTANTE
Veja o que diz o CTB, em seu artigo 29, inciso VII, alíneas “a” e “b”:
84
via e parando, se necessário; (Redação dada pela Lei nº 14.071,
de 2020)
b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz
intermitente, deverão aguardar no passeio e somente atravessar
a via quando o veículo já tiver passado pelo local; (Redação
dada pela Lei nº 14.071, de 2020).
No dia a dia, você percebe que, muitas vezes, é impossível seguir exatamente
o que está no Código. Quando os veículos se encontram todos imobilizados no
congestionamento e uma viatura policial ou ambulância precisa passar, os condutores
muitas vezes não conseguem sequer mover seus veículos, muito menos deslocarem-
se para a direita. Por isso, é comum que o condutor do veículo de emergência procure
os espaços disponíveis para seu deslocamento.
85
VEÍCULOS DE EMETGÊNCIA PODEM TRANSITAR PELO ACOSTAMENTO
É essencial também sinalizar todas as manobras. Elas podem ser indicadas por meio
do sistema de sinalização do veículo (setas indicadoras de mudança de direção) ou
mediante gestos do condutor.
Veja como o condutor pode sinalizar, por meio de gestos, as manobras a seguir.
86
Figura 36: Gestos dos condutores
Fonte: Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro - Resolução do Contran nº 160/2004.
Para pensar:
87
DISTÂNCIA SEGURA PARA CARROS, DEPENDE DAS CIRCUNSTÂNCIAS DO TRÂNSITO
88
DISTÂNCIA SEGURA --- BORDO DA PISTA
Essa regra é válida para todos os condutores e para todos os veículos, mas ela
se reveste de importância especial para os veículos de emergência, pois tais veículos
são submetidos a condições de operação desgastantes, como a circulação durante
longos períodos e/ou a circulação em vias sem pavimento ou com pavimento em más
condições.
I.Combustível;
II.Nível do óleo do motor;
III.Nível do óleo da direção hidráulica;
IV.Água do limpador de para-brisa;
V.Funcionamento do sistema de iluminação e sinalização do veículo: farolete; faróis
(baixo e alto); setas (esquerda e direita); pisca-alerta; luz de freio, luz de ré e farol de
neblina (se existente);
89
VI.Estado dos pneus (inclusive do pneu sobressalente) quanto à conservação, a
desgastes etc. (dica: se possível, faça a calibragem dos pneus da viatura a cada
plantão);
VII.Existência de macaco, triângulo e chave de roda;
VIII.Estado e regulagem dos espelhos retrovisores;
IX.Regulagem do banco, de acordo com a altura e a compleição física do motorista;
X.Funcionamento da buzina;
XI.Funcionamento da sirene; e
XII.Funcionamento das luzes intermitentes.
Seja diligente e cuidadoso! A ideia aqui, antes de cumprir uma norma ou evitar
uma infração, é garantir a sua segurança e a segurança de toda a equipe! Um pneu
careca, um farol queimado ou um defeito na direção hidráulica podem vir a causar um
acidente grave, pois, muitas vezes, temos que conduzir em situações limite.
Insistimos: faça o checklist! A sua família e a de seus companheiros agradecem.
Caso você se depare com algum item faltando, inoperante ou com mau
funcionamento, contacte o gestor de frota de sua instituição para que ele tome as
providências necessárias.
ULTRAPASSAGEM
90
Vamos refletir um pouco: já vimos que o veículo de emergência, quando em
serviço de urgência, de policiamento ostensivo ou de preservação da ordem pública
possui livre circulação, estacionamento e parada; o que implica dizer que o condutor
não seria autuado por condutas como não parar para no sinal vermelho ou transitar
pelos acostamentos.
No entanto, o fato de termos o direito à “livre circulação” não nos dá motivo para
adotar atitudes perigosas ou imprudentes, que colocam nossa vida, a vida da equipe
ou a vida dos demais usuários da via em risco. E, se existe um quesito que merece
uma atenção especial de sua parte são as ultrapassagens em local proibido. ATT.
91
Lembre-se que se a equipe policial vier a se envolver em um
acidente, ela não poderá cumprir a sua missão. Se os bombeiros se
envolverem em um acidente, quem apagará o incêndio?
Introdução
Recordando:
92
Caro colega profissional de segurança pública, antes de iniciar o estudo deste
capítulo, vamos analisar a seguinte situação hipotética:
Estudo de Caso
Beatriz é uma viúva que mora em uma fazenda, que fica a alguns
quilômetros da sede do município, com suas duas filhas, de sete e de
quatro anos de idade. Em uma noite, ela acorda com um barulho e
percebe, pela janela do primeiro andar, que três malfeitores estão
forçando a entrada dos fundos da casa.
93
multas? É razoável que ele tenha sua habilitação suspensa? Existe amparo legal para
a conduta de Adalberto?
Muita calma nessa hora! Ao final deste capítulo, você vai entender que nossa
M
Ó legislação ampara situações como essas de modo a resguardar o bom andamento do
D
trabalho dos órgãos de segurança pública em defesa da sociedade!
U
L
O
b) Veículos de polícia:
94
— Viaturas operacionais dos órgãos executivos rodoviários dos Estados
(normalmente chamados DERs – Departamento de Estradas de Rodagem);
— Viaturas operacionais dos órgãos executivos rodoviários dos Municípios;
— Viaturas operacionais dos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados
e do Distrito Federal (DETRANs); e
— Viaturas operacionais dos órgãos ou entidades executivos de trânsito dos
Municípios.
d) Ambulâncias:
IMPORTANTE!
Você deve ficar atento às regras definidas pelo CTB no que tange à condução
de veículos de emergência, especialmente quando se tem em conta que boa parte
destas regras foram alteradas pela Lei n 14.071/2020. Vamos ver como ficou a
legislação:
95
ordem pública, observadas as seguintes disposições: (Redação
dada pela Lei n. 14.071/2020)
a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e
iluminação intermitente estiverem acionados, indicando a
proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar
livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da
via e parando, se necessário; (Redação dada pela Lei n.
14.071/2020)
b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz
intermitente, deverão aguardar no passeio e somente atravessar
a via quando o veículo já tiver passado pelo local; (Redação
dada pela Lei n. 14.071/2020)
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação
vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva
prestação de serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se
dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de
segurança, obedecidas as demais normas deste Código;
e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão
aplicadas somente quando os veículos estiverem identificados
por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
intermitente; (Redação dada pela Lei n. 14.071/2020)
f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somente
quando os veículos estiverem identificados por dispositivos
regulamentares de iluminação intermitente; (Redação dada pela
Lei n. 14.071/2020) (BRASIL, 1997, n.p.).
96
Figura 40: Quatro prerrogativas
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
Com essa alteração, uma viatura da polícia militar, por exemplo, realizando
policiamento ostensivo, pode estacionar sobre a calçada ou em praças sem que isso
constitua nenhuma infração de trânsito. É importante frisar que essa alteração
legislativa veio para dar retaguarda jurídica ao trabalho policial, pois muitas vezes a
sociedade questionava os locais onde as viaturas ficavam postadas.
Ouça o ÁUDIO 3
97
PRIORIDADE DE PASSAGEM, PORÉM
ATENÇÃO NOS CRUZAMENTOS
IMPORTANTE!
98
Finalizando
Neste módulo, você estudou que:
99
Módulo II - DIREÇÃO DEFENSIVA
Apresentação do módulo
Caro profissional de segurança pública, conforme você estudou no módulo
anterior, a legislação de trânsito brasileira regulamenta aspectos importantes para a
circulação de veículos de emergência, sendo ressaltado que a correta observância às
regras de circulação e de conduta, mesmo que em situação diferenciada, é
preponderante para reduzir os riscos de acidentes de trânsito.
Objetivos do módulo
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
100
• Diferenciar procedimentos de comportamento seguro em relação às ações
de comportamento de risco na condução de veículos de emergência;
Estrutura do módulo
Este módulo compreende as seguintes aulas:
101
Aula 1 - Direção defensiva: mais que um conceito, um
ato de cidadania
Introdução
Mas nem sempre foi assim, até a segunda década do século XX o modal
ferroviário havia sido a opção de transporte predominante. Esse paradigma começou
a ser alterado a partir do governo do presidente Washington Luís (1926 - 1930). Ele
acreditava que as rodovias seriam o meio pelo qual se conseguiria realizar o
desenvolvimento nacional e se tornou conhecido pelo lema: “Governar é Abrir
Estradas”, sendo, por este motivo, apelidado como o “Estradeiro”. Em seu governo,
foi pavimentada a primeira rodovia brasileira, a rodovia Rio-Petrópolis (atual BR 040).
102
A partir de então, e progressivamente, os governos brasileiros foram ampliando
o alcance e escopo de importância do modal rodoviário, contribuindo para sua
consolidação enquanto modal predominante. Dentre os governos com atuação
destacada neste sentido, temos o governo do presidente Juscelino Kubitschek (1956-
1961), que dentre outras medidas, consolidou a indústria automobilística no Brasil,
com a criação do GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística).
Em primeiro lugar
103
Em segundo lugar
Figura 43: Evolução da malha rodoviária por ano segundo o tipo de jurisdição - 2001 – 2019
Fonte: https://anuariodotransporte.cnt.org.br/2020/Rodoviario/1-3-1-1-1-/Malha-
rodovi%C3%A1ria-total
104
Segundo os dados da CNT, no ano de 2020, a malha rodoviária federal do
Brasil possuía uma extensão total de 73.181,6 km, dos quais 64.022,4 km são
rodovias (vias rurais pavimentadas) e 9.159,2 km são estradas (vias rurais não
pavimentadas), desse total apenas 47.438,6 km são de vias planejadas. Minas Gerais
concentra 12,6% de toda a extensão pavimentada, seguido da Bahia, com 9,9%.
105
Essa expansão tem gerado sérios problemas para a circulação viária,
principalmente nas áreas urbanas. A disputa por espaço e o desrespeito às regras de
circulação e de conduta, aliados ao estresse dos motoristas, têm acarretado muitos
conflitos e graves acidentes.
106
Figura 46: Mortes no trânsito - 2013
Fonte: do conteudista com dados do GLOBAL STATUS REPORT ON ROAD SAFETY (2013).
IMPORTANTE!
Em 2015, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), realizou, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal
(PRF), o estudo “Custos dos acidentes de trânsito no Brasil:
estimativa simplificada com base na atualização das pesquisas
do IPEA sobre custos de acidentes nos aglomerados urbanos e
rodovias”. Este estudo estimou o custo anual com acidentes de
trânsito no Brasil em, no mínimo, R$ 47 bilhões (utilizando
números conservadores; com números “pessimistas” o custo
seria estimado em R$ 56 bilhões de reais). Essa pesquisa foi
realizada com dados tabulados pelo Ipea em 2014. Dentro desse
número está o custo com acidentes em aglomerados urbanos,
superior a R$ 9,3 bilhões, e o custo dos acidentes em rodovias
(federais, estaduais e municipais), de aproximadamente R$ 37,7
bilhões.
107
O progressivo agravamento da violência no tráfego viário levou as Nações
Unidas a proclamarem a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011/2020, um
conjunto de ações a serem implementadas pelos seus estados-membros, com a
intenção de reduzir as mortes no trânsito em 50% ao final do período. Desde o início,
o governo brasileiro apoiou a iniciativa com ações de diversos ministérios, iniciando
uma árdua luta pela redução do número de acidentes e das vítimas no trânsito.
108
Os danos causados pelos acidentes de trânsito constituem um importante
problema de saúde pública. Sua prevenção eficaz exige esforços concentrados. Os
problemas de trânsito estão entre os mais complexos e perigosos com os quais as
pessoas se defrontam no dia a dia. Conforme já apontamos, estima-se que:
109
Para refletir:
110
DIREÇÃO DEFENSIVA
Vamos lá: talvez você, como a grande maioria dos condutores brasileiros,
normalmente responda usando a famosa frase: “Direção Defensiva é dirigir por si e
pelos outros”. É uma resposta automática, está na ponta da língua.
CONCEITO
Direção Defensiva é...
Dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas dos
outros e das condições adversas, proporcionando o máximo de segurança
a si mesmo, aos seus passageiros e aos demais usuários do trânsito.
I. A infrações de trânsito;
111
ERROS EVITADOS NO TRÂNSITO
I. Infração no trânsito
II. Ao abuso do veículo;
III. A atraso de horário; e
IV. À descortesia.
Infrações de trânsito
Abuso do veículo
Atraso de horário
112
Descortesia
IMPORTANTE!
Lembre-se: o mais importante em uma ocorrência de
emergência é você conseguir chegar ao seu destino em
segurança; pois, caso se envolva em acidente no percurso, de
nada terá adiantado a pressa, além da impossibilidade de
socorrer quem necessita de auxílio. A sua segurança, a de sua
equipe e a dos demais atores envolvidos no trânsito vêm em
primeiro lugar!
Situação Hipotética:
113
ele resolve desligar a sirene da viatura durante este deslocamento. No
entanto, durante o deslocamento, ao se aproximar de um cruzamento com
pouca visibilidade, Paulo Marcelo não reduziu a velocidade da viatura e
nem tomou outras precauções, de modo que um veículo que seguia pela
via transversal colidiu lateralmente contra a viatura e fez com que ela
girasse sobre a via.
Com o impacto, S. Duarte, que estava no banco do passageiro
(comandante da viatura) sem o cinto de segurança, foi arremessado para
fora do veículo e sofreu ferimentos graves.
O que você pensa acerca da situação hipotética descrita acima? Será que valeu
a pena ignorar normas básicas de segurança no afã de atender uma ocorrência? Será
que você, em algum momento, já arriscou sua segurança de modo semelhante?
I. Conhecimento;
II. Atenção;
III. Previsão;
IV. Decisão; e
V. Habilidade.
Conhecimento
114
• Conheça as características de segurança, dirigibilidade e utilização dos
controles do veículo que está conduzindo;
• Conheça os limites de sua habilidade (autoconhecimento); e
• Conheça as características do percurso que você vai fazer.
Atenção!
115
ATENÇÃO DIFUSA # mente alerta
IMPORTANTE!
A atenção difusa é a mais adequada para a condução
veicular. Você deve estar sempre com a mente alerta, olhar à
frente, à retaguarda, para todos os lados e até mesmo à frente
do veículo que se desloca na dianteira. Os condutores de
veículos não devem dirigir com atenção fixa ou dispersiva.
PREVISÃO MEDIATA
Previsão mediata (antes de iniciar os deslocamentos):
PREVISÃO IMEDITA
Previsão imediata (durante os deslocamentos)
116
DECISÃO
Decisão
Habilidade
IMPORTANTE!
Com os conhecimentos necessários, dedicando toda a
atenção possível ao ato de dirigir, você poderá prever situações
de risco. Estando devidamente treinado, terá habilidade para
decidir e agir defensivamente, de modo a evitar acidentes,
preservando a sua segurança e a dos demais participantes do
trânsito.
117
AULA 2 — Condições adversas: como reduzir os riscos
Introdução
Exemplificando:
118
2.1 Tipos de condições adversas
Algumas das condições adversas são oriundas do(a):
119
IMPORTANTE!
É importante que você preste atenção às condições a
serem apresentadas, pois elas podem se agravar a ponto de
impedir o seu deslocamento seguro.
Chuva
I I. Obrigatoriamente, acenda o farol de luz baixa do veículo (CTB – Art. 40, inciso
M I, alínea “b”, conforme a redação dada pela entrada em vigor da Lei n.
P 14.071/2020);
120
IMPORTANTE!
ATENÇÃO Em situações de chuva intensa, um cuidado especial deve
ser tomado ao passar por poças de água, pois, dependendo do
caso, pode ser difícil estimar a profundidade delas. Se a
profundidade for tal que chegue a invadir o compartimento do
motor, pode ser que ocorra o chamado calço hidráulico. O calço
hidráulico é uma situação ocasionada pela entrada de água no
interior da câmara de combustão, que impede o pistão de
comprimir a mistura no seu interior, ocasionando um travamento
abrupto e consequente empeno ou ruptura das bielas. Isso pode
ocasionar sérios danos ao motor, com o consequente prejuízo
financeiro.
121
No momento em que está chovendo, ou logo após, pode ocorrer a
aquaplanagem, fenômeno no qual o veículo não consegue remover a lâmina d’água
e perde o contato com a pista, de modo que o condutor pode perder o controle do
veículo.
• Tipo de pista;
AQUAPLANAGEM
O que fazer durante a aquaplanagem?
• Não frear; pois, se as rodas estiverem travadas no momento em que voltar o contato
dos pneus com a pista, o veículo poderá desgovernar; e
122
NEBLINA
Neblina
123
IV. Reduza a velocidade, mantendo um ritmo constante sem acelerações e/ou
reduções bruscas;
V. Redobre a atenção;
VI. Mantenha os faróis de luz alta desligados; FAROL ALTO DESLIGADO
VII. Deixe o pisca alerta desligado, para não confundir os demais motoristas; e
VIII. Evite realizar ultrapassagens. PISCA ALERTA DESLIGADO
Ouça o ÁUDIO 4
124
Veja abaixo as situações mais comuns com que você pode se deparar:
Sinalização vertical
IMPORTANTE!
Muitas vezes, a sinalização vertical de advertência (placas
amarelas com símbolos pretos, de formato quadrado com um
dos vértices apontando para baixo), informam-nos sobre
algumas das condições adversas das vias. Esse é um dos
motivos pelos quais devemos prestar bastante atenção à
sinalização quando conduzimos os veículos de emergência.
125
Veja alguns exemplos:
126
O que você deve fazer ao conduzir por vias com sinalização deficiente ou
inexistente?
IMPORTANTE!
Conforme previsto no artigo 72 do Código de Trânsito
Brasileiro, todo cidadão tem o direito de solicitar por escrito
melhorias e sugestões que julgar necessário aos órgãos do
Sistema Nacional de Trânsito. Então, seja na viatura policial ou
em seu carro particular, se você está transitando por uma via
esburacada ou com sinalização deficiente, você pode acionar o
órgão competente para solicitar a regularização da situação.
Existem períodos do dia que afetam as condições de trânsito, tais como a hora
do rush, que significa o período de maior movimentação de veículos e pedestres,
provocando congestionamentos, além de dias de chuva, épocas de festas, férias
escolares, feriadões etc.
127
O que fazer ao se deparar com essas condições de tráfego?
CONDIÇÕES ADVERSAS ## TRÂNSITO VIAS
O QUE FAZER?
I. Nos horários de entrada e de saída de aula, evite transitar em ruas onde
existam colégios;
II. Quando você souber que há obras numa via de tráfego intenso, procure outro
caminho;
III. Tenha sempre em mente um roteiro alternativo para o caso de engarrafamento
inesperado, mesmo se for mais longo. Você economiza tempo e combustível
num trajeto maior que esteja livre;
IV. Se possível, utilize dispositivos e/ou aplicativos de navegação, tais como o
Waze® ou o Google Maps®; eles ajudam a ganhar tempo e a economizar
combustível; certifique-se de que os suportes que prendem o smartphone
estejam instalados em local que não prejudiquem a visibilidade do condutor; e
V. Mantenha-se calmo.
128
2.1.4 Condições adversas de veículo
CONDIÇÕES ADVERSAS DO VEÍCULO
Caro colega profissional de segurança pública, qual foi a última vez que você
realizou uma inspeção de primeiro escalão (utilize o checklist disponível no item 4.4.3
da Aula 4 do Módulo 1), aquela realizada pelo motorista, antes de iniciar o serviço?
129
Figura 57: Viatura com defeito
Fonte: Arquivo – Blog A Palavra.
BEBIDA ÁLCOOLICA
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
A bebida alcoólica
130
“O etanol, quando ingerido, é absorvido rapidamente no estômago (20%) e no
intestino delgado (80%) - órgão cheio de vasos e membranas permeáveis. O maior
pico na concentração plasmática ocorre em torno de meia hora após a ingestão. A
velocidade com que a pessoa bebeu, o tempo de esvaziamento gástrico e o início da
absorção intestinal podem ser considerados os principais fatores determinantes das
taxas variáveis de absorção de álcool encontradas em diferentes indivíduos ou
circunstâncias. Álcool - 20% estomago / 80% intestino delgado
Picona concentração plasmática = 30min depois
Se o indivíduo possuir alimentos no estômago (estado alimentado), isso
retardará a absorção de etanol. Caso ele esteja sem alimento no estômago (estado
de jejum), a absorção do etanol será de forma mais rápida, alcançando o pico
plasmático maior do que no estado alimentado. Porém, quando o álcool chega no
intestino delgado, sua absorção para a corrente sanguínea é rápida e completa, não
importando a presença de alimentos.”
131
I alcoolizado pode percorrer 74 metros a mais do que o condutor
N que não bebeu.
F
.
A acuidade visual e o processamento da informação também
I ficam prejudicados. Um estudo realizado na Austrália identificou
N que o condutor embriagado demora mais tempo na identificação
T de outro veículo, fato que aumenta o risco e pode ocasionar um
E
acidente.
R
E
S Além dos prejuízos na habilidade para a condução, o uso de
S álcool interfere negativamente na percepção de risco do
A
condutor. Mesmo embriagado, o motorista acredita que sua
N
T conduta não representa perigo, tendendo a culpar os outros,
E atribuindo uma maior habilidade e autoconfiança na sua
capacidade de condução.”
Por fim, um cuidado especial deve ser tomado no dia seguinte ao qual foi
ingerida uma grande quantidade de bebida alcoólica: se a pessoa está de ressaca,
isso significa que o seu corpo ainda não conseguiu metabolizar todo o álcool que está
em sua corrente sanguínea. Ou seja, a pessoa AINDA se encontra sob o efeito de
álcool!
132
Figura 58: Etilômetros - “passivo”, à esquerda, e o tradicional, à direita
Fonte: José Carlos Schaeffer.
Substâncias psicoativas
Por sua vez, as Substâncias Psicoativas (SPAs) são aquelas que, quando
ingeridas, inaladas ou inseridas na corrente sanguínea, afetam os processos normais
de sentir, de pensar e de agir.
O uso de drogas pode ser fatal se ingeridas com álcool. Muitos condutores
profissionais, por imposição da carga horária de trabalho, utilizam artifícios para não
dormir nas viagens. As mais comuns são os chamados “arrebites” ou “rebites”, que
133
consistem em uma perigosa mistura de medicamentos (anfetaminas) que, a longo
prazo, são extremamente prejudiciais à saúde.
É IMPORTANTE:
134
Por fim, embora você já saiba disso, vale o conselho de que você não deve se
automedicar; e nem modificar as dosagens ou interromper o tratamento sem a
supervisão médica adequada.
Introdução
Acidente de trânsito é:
135
3.2 Acidente evitável ou não evitável
Acidentes evitáveis
São aqueles que ocorrem apenas porque pelo menos uma das pessoas
envolvidas não agiu corretamente ou não tomou as medidas de segurança cabíveis.
Acidente inevitável
A violência dos graves acidentes está presente nas vias urbanas e rurais de
todo o país. Aproximadamente 90% dos acidentes têm como causa a falha humana
e, normalmente, ela recai sobre três aspectos jurídicos que caracterizam a
culpabilidade:
136
Figura 60: Três aspectos jurídicos que caracterizam a culpabilidade
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
137
Do ponto de vista do trânsito e da condução de veículos, a visão acaba tendo
um papel primordial!
138
IMPORTANTE Podemos, inclusive, pensar que, no caso de deslocamentos de emergência, é
recomendado que os faróis estejam continuamente acesos, de modo a aumentar a
visibilidade do veículo e reduzir o risco de acidentes.
Por sua vez, o uso da luz alta é obrigatório nas vias não iluminadas, exceto ao
cruzar com outro veículo ou ao segui-lo (conforme art. 40, inciso II do CTB).
Uma das regras básicas da direção defensiva é que o motorista tenha uma
atenção difusa, ou seja, que esteja focado, simultaneamente, na condução do veículo
e atento a tudo o que está acontecendo ao seu redor. Isso ressalta a importância da
regulagem correta dos espelhos retrovisores, que devem ser mantidos sempre em
uma posição estratégica e em perfeitas condições. Na verdade, uma das melhores
maneiras de melhorar a visibilidade é ajustar os espelhos retrovisores (espelhos
centrais e laterais) para minimizar os pontos cegos do veículo.
139
pois o facho de luz vai se refletir na neblina e vai diminuir, ainda mais, a sua
visibilidade.
Caro profissional de segurança pública, como você já está ciente a esta altura
de nossos estudos, os veículos de emergência possuem características e regras bem
específicas para a sua condução com segurança.
140
Conforme vimos anteriormente, existem vários tipos de acidentes e de fatores
de risco para a condução. No entanto, um dos fatores mais comuns para a ocorrência
ATENÇÃOde acidentes é não ser capaz de desviar ou parar seu veículo a tempo de evitar a
colisão. Por isso, é importante que você tome medidas que possam garantir a sua
segurança, tais como:
b) Antecipar a frenagem:
Assim que você vir a luz de freio do veículo que segue à frente, mantenha o
seu pé apoiado no pedal do freio, de modo a manter uma distância segura, para que
não seja necessária uma frenagem repentina.
c) Controlar a situação:
141
parte dos acidentes que envolvem os veículos de emergência acontecem, justamente,
nos cruzamentos. Todo cuidado é pouco neste quesito!
142
grande maioria das vezes, o ganho de tempo é ínfimo e isso não chega nem perto de
compensar os riscos assumidos. Entre os diversos comportamentos inadequados
adotados pelos condutores dos veículos motorizados, podemos citar os seguintes:
IMPORTANTE:
143
disso, sua família e seus companheiros de trabalho agradecem
a sua prudência.
144
IMPORTANTE:
Para que a manobra de ultrapassagem ocorra com segurança, você deve seguir
as seguintes etapas:
145
a) Mantenha a distância de segurança em relação ao veículo que segue adiante;
h) Sinalize a sua intenção para retornar à sua faixa de trânsito; dar seta
j) Retorne à velocidade normal (se for o caso), assim que tiver completado a
ultrapassagem.
Saiba mais:
146
3.6.3 Como ser ultrapassado
Saiba mais:
As viaturas de polícia quando em atividades de patrulhamento ou
policiamento ostensivo deverão, de uma forma geral, adotar uma baixa
ATT.: velocidade. Por este motivo, recomendamos que estes deslocamentos
sejam feitos pela faixa mais à direita da via quando esta comportar mais
de uma faixa de rolamento.
147
Saiba mais:
As normas que regem o comportamento adequado dos condutores de
veículos que estão sendo ultrapassados estão dispostas no art. 30 do
Código de Trânsito Brasileiro.
PRESTE ATENÇÃO
I. Motorização do veículo que está conduzindo (potência e combustível);
II. Peso que está transportando (ocupantes e equipamentos);
III. Condições climáticas e de luminosidade;
IV. Tipo de pista e obras de arte*; e
V. Dimensões e velocidade do veículo a ser ultrapassado.
*Obs.: As obras de arte mencionadas em tal dispositivo não são, entretanto, ornamentos ou esculturas
a serem apreciadas pelos transeuntes, mas sim as intervenções viárias criadas justamente para a
travessia viária, de forma aérea ou subterrânea. O Anexo I do Código de Trânsito denomina estas duas
obras de arte como sendo, respectivamente, as PASSARELAS e as PASSAGENS SUBTERRÂNEAS.
148
3.7 Principais causas de acidentes de trânsito
OLHAR COM ATENÇÃO
I. Excesso de velocidade;
II. Dirigir sob efeito de álcool ou de outra substância psicoativa;
III. Ultrapassagens mal realizadas;
IV. Falta de distância segura para o veículo que segue à frente; e
V. Desrespeito à sinalização.
149
Figura 63: Colisão frontal
Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/transito-df/batida-frontal-entre-carro-e-viatura-da-
pm-deixa-dois-mortos-no-df.
Para evitar a colisão frontal, você deve:
IMPORTANTE:
150
Existem muitos profissionais de segurança pública, em especial os policiais, que
têm receio de usar o cinto de segurança por temer que, em caso de situações de
confronto com criminosos armados, o cinto de segurança possa interferir na
mobilidade e no desembarque dos ocupantes da viatura. No entanto, embora em
situações excepcionais isso possa ser verdade, nas condições normais de trabalho, o
risco de se envolver em um acidente de trânsito é muitas vezes maior do que o risco
de ser surpreendido por um ataque repentino. Além do mais, o uso do colete balístico
pode dar ao profissional uma segunda chance de reação, ao passo que a não
utilização do cinto, em caso de acidentes, impede qualquer tipo de reação. Se você
tiver alguma dúvida, consulte a doutrina de abordagem e patrulhamento da sua
corporação.
Assista o vídeo:
E reflita sobre a sua decisão pelo uso ou não do cinto de
segurança. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=KhUJqpAKCHo
Quando possível, uma providência a ser tomada dentro das técnicas defensivas
é “livrar-se” do condutor que o segue a curta distância, incentivando-o a ultrapassá-lo,
facilitando a ultrapassagem com a redução da velocidade e/ou com o deslocamento
ao acostamento, ou até mesmo com a parada em tal faixa. INTERESSANTE
151
Figura 64: Colisão traseira
Fonte: https://portalespigao.com.br/corolla-atinge-traseira-de-viatura-da-prf-na-br-364-em-porto-
velho/.
1. Fique alerta:
2. Domine a situação:
Procure olhar além do veículo da frente, para identificar situações que podem
obrigá-lo a fazer manobras bruscas. Se você observar a situação ao mesmo tempo
que o condutor da frente, terá condições de melhor controlar seu veículo e de evitar
um acidente.
3. Mantenha a distância:
Utilize uma distância segura. Não se esqueça de que, nos dias de chuva ou de
ATT.:
neblina, em caso de via danificada ou sem sinalização, essa distância deve ser
aumentada, por causa da redução da aderência, da baixa visibilidade e de possíveis
manobras bruscas.
152
4. Comece a parar mais cedo:
Pise no freio com cuidado, evitando paradas bruscas ao avistar algum tipo de
perigo, para que não ocorram derrapagens que possam causar risco para os veículos
que o seguem, pois os condutores de trás talvez desconheçam estas normas de
prevenção.
Informe ao condutor que o segue o que você vai fazer, não deixe que ele tente
adivinhar o que você pretende.
I. Pista de rolamento;
153
II. Condições climáticas;
III. Correntes aerodinâmicas;
IV. Veículo;
V. Outro condutor; e/ou
VI. Estado físico e mental.
Pista de rolamento
Condições climáticas
Correntes aerodinâmicas
154
balança para os lados, fazendo com que o condutor, em muitas ocasiões, perca o
controle do volante.
Isso ocorre devido a ondas laterais de ar, que tornam mais leves a parte traseira
de um veículo menor. As oscilações podem ser maiores ou menores, de acordo com
a velocidade e com o local. São maiores em locais descampados na estrada, em locais
que permitem a canalização de vento etc.
IMPORTANTE!
Ao se deparar com situações que permitam a ocorrência dos casos
citados, reduza a velocidade, segure firme o volante e mantenha os vidros fechados
para reduzir a influência do deslocamento de ar e evitar que você possa perder o
controle da direção.
Veículo
O outro condutor
155
O estado físico e mental
Tanto as drogas ilícitas como as lícitas (medicamentos) podem ser fatais para
o condutor, principalmente se ingeridas com bebidas alcoólicas. Essas drogas afetam
o comportamento do condutor, chegando, em algumas ocasiões, a provocar diversos
efeitos como desmaios, sono, euforia, confusão mental, desvirtuamento sensorial,
perda do equilíbrio, psicoses e delírios.
IMPORTANTE!
Como profissional consciente, você deve evitar a automedicação e sempre
perguntar ao seu médico quais os efeitos colaterais da medicação prescrita,
principalmente para o desempenho de atividades de condução de veículos. Uma
atenção especial deve ser prestada em relação aos medicamentos da classe dos
ATENÇÃO benzodiazepínicos (rivotril, diazepam etc.), pois eles são medicamentos depressores
do sistema nervoso central e, dependendo da dosagem, podem ser piores do que o
álcool para a condução de veículos.
156
Quase todos os adultos atropelados são pessoas que não sabem dirigir,
portanto, não têm noção da distância de parada ou desconhecem seus deveres como
parte do trânsito no tocante à legislação. O CTB, em seu artigo 254, prevê algumas
situações que consistem em infrações de trânsito para o pedestre, como permanecer
Att.:ou andar nas pistas de rolamento ou atravessar fora da faixa. No entanto, a falta de
regulamentação deste artigo compromete a sua aplicabilidade.
IMPORTANTE:
157
Por esse motivo, a recomendação é ter bastante cuidado com a aproximação
de motocicletas; pois, por vezes, seus condutores fazem manobras imprevisíveis. E,
nos grandes centros urbanos, um cuidado especial deve ser dispensado à questão
dos “corredores”, que se formam entre os carros, nos congestionamentos. Não é
incomum que os motociclistas transitem em alta velocidade neles, sem cuidados com
a distância de segurança.
Além disso, como vimos no Módulo 1, além da utilização para fins pessoais, a
motocicleta também pode ser um veículo de emergência. Vários órgãos de segurança
pública utilizam-se das motocicletas para o policiamento/patrulhamento urbano ou
rodoviário, em razão de sua versatilidade e facilidade de deslocamento.
158
Figura 65: Para refletir
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
Vamos colocar aqui algumas dicas e conselhos que estão longe de esgotar o
assunto:
a) Ponto cego:
b) Distância de segurança:
Você já pode ter aprendido isso, mas muitos motoristas esquecem algumas das
regras básicas, por isso vamos reforçá-las: mantenha uma distância segura do veículo
que segue à sua frente; pois, em caso de frenagem brusca, por exemplo, você tem
tempo para tomar medidas para evitar um acidente.
c) Farol aceso:
159
d) Buzina:
a buzina é uma ferramenta muito importante e deve ser usada com cautela. É
importante lembrar a outros veículos da sua presença e prevenir acidentes. Mas
cuidado: o uso excessivo incomoda e pode acabar por ter um efeito oposto em termos
de segurança, sendo inclusive infração de trânsito, conforme previsão do art. 227 do
CTB:
“Art. 227. Usar buzina:
I - em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre
ou a condutores de outros veículos;
e) Correntes Aerodinâmicas:
Além de cumprir a lei, o uso de capacete pode salvar sua vida em caso de
acidente, diminuindo o risco de que você venha a sofrer um traumatismo
cranioencefálico (TCE). Todas as corporações policiais preveem que seus
motociclistas usem capacetes quando em serviço! Outros itens de segurança
opcionais também são muito importantes para proporcionar viagens menos perigosas,
como luvas, óculos de sol, roupas impermeáveis, calçados adequados etc. Pode não
160
parecer, mas, além de esses objetos proporcionarem um prazer de dirigir inesperado,
eles também podem protegê-lo em casos de acidentes.
Assista o vídeo:
Assista ao vídeo “6 dicas de pilotagem defensiva”, para aprender
mais algumas dicas de como conduzir sua motocicleta de
maneira defensiva. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=QlglLdJYp1s
Ciclistas
Uma parcela cada vez maior da população vem optando pelo uso da bicicleta
no trânsito, não apenas para as finalidades de lazer, mas também para os seus
deslocamentos cotidianos para trabalhar, para estudar etc.
A grande questão, aqui, é que o sistema viário brasileiro foi concebido, em sua
maioria, para acomodar apenas os veículos motorizados. Esse paradigma tem sido
reescrito em algumas cidades que estão investindo em infraestrutura cicloviária, tais
como Fortaleza/CE, Santos/SP e Rio de Janeiro/RJ, as quais vêm se destacando
161
pelos espaços cada vez maiores e mais adequados para a circulação de ciclistas; mas
essas cidades, no Brasil, infelizmente, ainda são as exceções, não a regra.
162
Figura 66: Ciclistas
Fonte: canva.com; SCD/EaD/Segen.
Carroças
163
Figura 67: Carroça
Fonte: https://www.jornalterceiravia.com.br/2019/07/22/lei-nao-e-cumprida-e-carrocas-circulam-
livremente-pelas-ruas-de-campos/.
Esqueitistas e patinadores
Imp.: eles, as normas de direção defensiva ensinam que eles devem ser considerados como
pedestres (e, portanto, deveriam transitar na calçada ou passeio); então, devemos
aplicar as mesmas regras de segurança que devemos ter com relação aos pedestres.
164
Figura 68: Squeitista e patinador
Fonte: canva.com; SCD/EaD/Segen.
Mais uma vez, fique atento à sinalização vertical de advertência, pois ela pode
vir a indicar locais onde há um grande risco de acidentes envolvendo animais
domésticos ou selvagens.
165
SINALIZAÇÃO VERTICAL DE ADVERTÊNCIA
PLACA QUADRADA
Figura 69: Sinalização Vertical de Advertência indicando risco de acidentes com animais
Fonte: Anexo II do Código de Trânsito Brasileiro - Resolução do Contran nº 160/2004;
SCD/EaD/Segen.
IMPORTANTE:
166
Figura 70: Atropelamento de animal
Fonte: https://www.didigalvao.com.br/acidente-veiculo-bate-em-vaca-na-br-116-na-altura-do-km-47-
em-salgueiro/.
Finalizando
Neste módulo, você aprendeu que:
167
Você tem uma importante tarefa no desempenho de sua profissão: servir à
sociedade. Não coloque em risco a sua vida, a de sua equipe e as das demais
pessoas no trânsito.
168
MÓDULO III — NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS,
Apresentação do módulo
Por fim, embora você já saiba, nunca é demais voltar a estudar algumas
noções gerais sobre o convívio social, sobre os conceitos de indivíduo, de grupo social
169
e de sociedade, bem como a maneira pela qual podemos desenvolver um bom
relacionamento interpessoal.
Bons estudos!
Objetivos do módulo
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
170
Estrutura do módulo
Este módulo compreende as seguintes aulas:
171
AULA 1 - Primeiras providências
Introdução
172
SINALIZAÇÃO DO LOCAL
173
IV. Se o veículo for caracterizado e possuir sinalizadores de emergência, estes
devem ser utilizados para sinalizar o local, após a linha de cones ou da
sinalização com meios de fortuna.
MEIO DE FORTUNA É O MESMO QUE GALHOS DE ABUSTOS
IMPORTANTE:
REALMENTE
IMPORTANTE A sinalização de acidentes em trechos urbanos pode
ser feita com:
Você deve colocar a sinalização a uma distância que permita aos condutores
diminuir a velocidade com segurança. Em região de serras, coloque a sinalização mais
174
afastada do local. Havendo curvas, a sinalização deve ficar antes desta, de modo que
os condutores sejam alertados que existe algo de anormal logo à frente.
IMPORTANTE:
175
IV. Contendo pequenos vazamentos, se possível; e
V. Retirando, se possível, o cabo preto (polo negativo) da bateria do veículo
ATENÇÃO A ESTE MEIO, MUITO IMPORTANTE
ATENÇÃO:0 acidentado.
IMPORTANTE:
Veja o que diz a Resolução do Contran nº 556/2015 - Art. 1º, parágrafo 4º.
176
ELETRICIDADE
1.1.3 Eletricidade
177
indicando qual o produto transportado (por meio de codificação internacional da ONU)
e qual o risco que ele oferece.
ISSO É IMPORTANTE
Figura 72: Exemplos de Rótulos de Risco (da esquerda para a direita): Substâncias ou Artigos
Explosivos (classe 1), Líquidos Inflamáveis (classe 3) e Substâncias Infectantes (classe 6 – subclasse
6.2)
Fonte: Resolução ANTT 5232/2016; SCD/EaD/Segen.
Nota:
178
perigosos em áreas públicas. O escopo do curso é facilitar e orientar
as ações da assistência especializada, minimizar os danos ao meio
ambiente e os efeitos decorrentes de vazamentos, de explosões e de
incêndios nas comunidades, e explicar sobre o devido gerenciamento
do local sinistrado. Caso queira aprofundar seus conhecimentos
sobre o tema, lembre-se de se matricular.
Saiba mais:
Confira: https://abiquim.org.br/abiquim
1.1.5 Incêndios
O risco determinado por incêndios pode ser gerenciado por você, por meio de
algumas medidas:
179
1.1.6 Veículo em posição instável
Bateria
180
Figura 73: Bateria automotiva, mostrando os polos positivo (vermelho) e negativo (preto)
Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/carro-motor-moto-autom%C3%A1tico-1564300/.
Airbag
181
IMPORTANTE:
Saiba mais:
Confira: https://pt.wikipedia.org/wiki/Airbag
Conduta: Tratar com as mesmas precauções do airbag. Retirar o mais rápido possível
do vitimado o cinto de segurança conectado. O uso de uma faca, de um canivete e/ou
de uma tesoura é recomendado. Sempre corte o cinto acima da cabeça da vítima;
pois, com sua retração rápida, ele pode lesioná-la.
182
1.1.8 Acionamento de recursos: bombeiros, polícia, ambulância,
concessionária da via e outros
IMPORTANTE:
Os números de emergência:
183
É importante que você procure se informar dos telefones das guardas
municipais e dos órgãos estaduais e municipais de trânsito de sua região.
CINEMÁTICA DO TRAUMA
AULA 2 — Cinemática do Trauma
Introdução
184
Definindo cinemática do trauma
Cinemática do trauma é:
O veículo colide de frente, podendo a trajetória da vítima ser para frente e para
cima, quando desce à margem da estrada, por exemplo, ou para frente e para baixo,
quando sobe um barranco. Na figura a seguir, os pontos amarelos indicam os
prováveis locais das lesões:
185
Figura 77: Colisão Frontal - Danos ao Condutor. Prováveis locais das lesões provocadas pela colisão
frontal
Fonte: NAT/UFSC
A – Para frente e para cima: Lesões: Principalmente crânio, cervical, tórax e pelve.
MUITA
A T E N Ç Ã O B – Para frente e para baixo: Lesões: Principalmente pelve, fêmur e joelho.
IMPORTANTE:
186
2.3 Colisão transversal EM UM DOS LADOS
Ocorre quando o veículo é atingido em um dos lados, podendo essa colisão ser
no centro de gravidade, ou fora do centro de gravidade.
No impacto fora do centro de gravidade, o veículo sofre uma rotação, o que faz
com que o ocupante gire no mesmo sentido; e, dependendo da velocidade e da força
envolvida, pode haver lesão cervical, por rotação.
ATT.
IMPORTANTE:
187
2.4 Capotamento DIFICIL PREVER OS TIPOS DE LESÕES
Nota:
IMPORTANTE:
188
Ouça o ÁUDIO 5
Introdução
189
Antes de iniciar o atendimento do acidente e o socorro às vítimas, no entanto,
você deverá tomar as precauções universais, que são medidas de proteção contra
agentes biológicos. O equipamento de proteção individual (EPI) básico para efetuar o
socorro a uma vítima que apresente trauma com sangramentos é a luva de
procedimentos.
Ouça o ÁUDIO 6
Saiba mais:
190
Conforme o Site do Ministério da Saúde, as recomendações de prevenção à
Covid-19 são as seguintes:
I. Lave com frequência as mãos até a altura dos punhos, com água e sabão,
ou então higienize com álcool em gel 70%. Essa frequência deve ser
COVID ampliada quando estiver em algum ambiente público (ambientes de
trabalho, prédios e instalações comerciais etc.), quando utilizar estrutura de
transporte público ou tocar superfícies e objetos de uso compartilhado;
II. Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com a parte interna
do cotovelo. Não tocar olhos, nariz, boca ou a máscara de proteção facial
com as mãos não higienizadas. Se tocar olhos, nariz, boca ou a máscara,
higienize sempre as mãos como já indicado;
III. Mantenha distância mínima de 1 (um) metro entre pessoas em lugares
públicos e de convívio social. Evite abraços, beijos e apertos de mãos.
Adote um comportamento amigável sem contato físico, mas sempre com
COVID um sorriso no rosto;
IV. Higienize com frequência o celular, brinquedos das crianças e outros
objetos que são utilizados com frequência;
V. Não compartilhe objetos de uso pessoal como talheres, toalhas, pratos e
copos;
VI. Mantenha os ambientes limpos e bem ventilados;
VII. Se estiver doente, evite contato próximo com outras pessoas,
principalmente idosos e doentes crônicos, busque orientação pelos canais
online disponibilizados pelo SUS ou atendimento nos serviços de saúde e
siga as recomendações do profissional de saúde;
VIII. Durma bem e tenha uma alimentação saudável; e
IX. Recomenda-se a utilização de máscaras em todos os ambientes. As
COVID máscaras de tecido (caseiras/artesanais), não são Equipamentos de
Proteção Individual (EPI), mas podem funcionar como uma barreira física,
em especial contra a saída de gotículas potencialmente contaminadas
(Ministério da Saúde, 2020).
191
Veja a seguir medidas não farmacológicas na prevenção da infecção pelo vírus
da covid-19, indicadas pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2021):
Distanciamento social:
192
por contato. A transmissão por contato ocorre quando as mãos contaminadas tocam
a mucosa da boca, do nariz ou dos olhos.
O vírus também pode ser transferido de uma superfície para outra por meio das
mãos contaminadas, o que facilita a transmissão por contato indireto.
Consequentemente, a higienização das mãos é extremamente importante para evitar
a disseminação do vírus causador da covid-19. Ela também interrompe a transmissão
de outros vírus e bactérias que causam resfriado comum, gripe e pneumonia,
reduzindo assim o impacto geral da doença.
IMPORTANTE -COVID
Etiqueta respiratória:
193
saúde, independente das atividades realizadas. Todos os trabalhadores da saúde e
cuidadores que atuam em áreas clínicas devem utilizar máscaras cirúrgicas de modo
contínuo durante toda a atividade de rotina.
Em locais de assistência a pacientes com covid-19 em que são realizados
IMP. procedimentos geradores de aerossóis, recomenda-se que os profissionais da saúde
usem máscaras de proteção respiratória (padrão N95 ou PFF2 ou PFF3, ou
equivalente), bem como demais equipamentos de proteção individual.
IMPORTANTE COVID
Uso de máscaras na população em geral:
194
* SUPORTE BÁSICOPARA A VIDA *
PROTOCOLO Para uma correta e segura abordagem, você irá efetuar o atendimento da vítima
em uma sequência que, tecnicamente, chama-se de protocolo. Esse atendimento
inicial é chamado de exame primário, ou ABC da vida para suporte básico de vida
(SBV), e é executado na seguinte ordem:
Figura 79: Ordem do ABC da vida para suporte básico de vida (SBV)
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
Uma das técnicas utilizadas para abertura das vias aéreas em vítimas de
trauma é a técnica de tração da mandíbula.
195
*TÉCNICA DE TRAÇÃO DA MANDÍBULA*
Para execução da técnica de tração manual da mandíbula siga os seguintes
passos:
Tal manipulação não deve ser feita em vítima consciente, pois ela poderá morder
sua mão.
IMPORTANTE:
196
Saiba mais:
Confira: https://www.youtube.com/watch?v=SOcy3S73W7Y
B — Respiração
197
RESPIRAÇÃO
Saiba mais:
C — Circulação CIRCULAÇÃO
Após constatar que a vítima respira, você deverá verificar a circulação. Nessa
etapa, siga os seguintes passos:
198
CIRCULAÇÃO
I. Verifique o pulso carotídeo;
ATENÇÃO: Se você é leigo e nunca fez RCP, faça apenas compressões. Comprima forte
no centro do peito, no mínimo 100 compressões por minuto, sem efetuar respiração
boca a boca.
HEMORRAGIAS EXTERNAS
Verifique a presença de hemorragias externas
199
Figura 84: Verificação de hemorragias externas
Fonte: Polícia Rodoviária Federal.
A verificação dos seguintes sinais vitais pode dar uma indicação da presença
de hemorragia interna:
Pulso radial: Com os dedos indicador e médio apalpe o pulso radial. Valores acima
de 100 batimentos por minuto podem indicar estado de choque;
200
Evidência Hemorragia
Interna
1. PULSO
2. RESPIRAÇÃO
3. TEMPERATURA
4. EXPOSIÇÃO
IMP.:
Figura 85: Pulso radial (valores normais de pulso radial estão entre 60 e 100 minutos batimentos por
minuto)
Fonte: https://enfermagemmaisamorsemfavor.wordpress.com/tag/pressao-arterial/.
Temperatura: Uma pele fria e úmida significa que a vítima está perdendo sangue e,
consequentemente, calor corporal.
Após executar o ABC, você pode verificar o estado neurológico da vítima por
meio de algumas perguntas, num processo chamado Escala de Coma de Glasgow
(ECG).
Saiba mais:
Acesse o link abaixo para conhecer sobre a ECG, leia o texto Escala de
Coma de Glasgow:
Confira: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_coma_de_Glasgow
201
EVIDÊNCIA HEMORRAGIAS INTERNAS
E — Exposição
Com cuidado, retire as roupas da vítima a fim de verificar possíveis lesões, pois
roupas espessas podem mascarar uma hemorragia grave.
IMPORTANTE:
CONTROLE DA CERVICAL
3.3 Controle da cervical
202
AULA 4 — Controle de hemorragias
Introdução
203
Saiba mais:
Confira: http://www.tuasaude.com/choque-hipovolemico/
Hemorragias Capilares:
Hemorragias Venosas
Hemorragias Venosas:
ATT; Provêm das camadas mais profundas do tecido, e são controladas com pressão
direta. Em geral, não ameaçam a vida, a não ser que não sejam controladas. O sangue
tem uma coloração escura; e
Hemorragias Arteriais
Hemorragias Arteriais:
ATT. sangue sai sob pressão. O sangue é vermelho-vivo e jorra do ferimento. Mesmo um
pequeno ferimento em uma artéria pode ameaçar a vida.
204
Figura 87: Tipos de hemorragias externas
Fonte: http://bombeiroscivisscc.blogspot.com/2013/03/tipos-de-hemorragias-saiba-diferenciar.html.
A hemorragia externa pode ser controlada por meio das técnicas de pressão
direta e de torniquete.
205
Controle de Hemorragia PRESSÃO DIRETA
com TORNIQUETE
Torniquete
206
implementação de amplo treinamento e aplicação de
torniquetes, a taxa de mortes evitáveis devido a trauma de
extremidade isolado caiu de modo significativo. Resultados
similares foram observados em um estudo com civis nos EUA,
que descobriu que 86% dos doentes que morreram de lesão
penetrante isolada de membro, com hemorragia fatal, tinham
sinais de vida na cena, mas não tinham pulso ou pressão arterial
perceptíveis quando da chegada no hospital. Nenhum paciente
nessa série tinha um torniquete pré-hospitalar aplicado.
Preocupações antigas quanto a potenciais complicações do uso
do torniquete, como paralisia (comprometimento da função
nervosa), formação de trombos e isquemia do membro levaram
ao medo infundado quanto ao seu uso. Torniquetes são
comumente usados em centro cirúrgico por cirurgiões de
trauma, vasculares e ortopédicos, por até várias horas, sem
sequelas posteriores a longo prazo. As forças armadas dos EUA
analisaram seus resultados e não encontraram importantes
complicações secundárias ao uso do torniquete. Complicações
menores ocorreram em menos de 1% dos casos, todas
resolvidas posteriormente (NAEMT, 2019, n.p.).
ATT. correta aplicação, seu uso para controlar hemorragias das extremidades é indicado
somente se a aplicação de pressão direta não for eficaz ou possível e se o prestador
PAG 205
de primeiros socorros tiver treinamento no uso de torniquete.
207
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!!!!
IMPORTANTE:
4.2 Choque
208
CHOQUE HEMORRÁGICO
4.2.1 Choque hemorrágico
Quando o organismo perde sangue, ele tenta compensar essa perda de alguma
maneira, pois precisa manter a oxigenação de órgãos vitais. Uma perda acentuada de
sangue irá desencadear alguns sinais e sintomas (PHTLS, 9ª Edição).
Pulso entre 100 e 120 batimentos por minuto (bpm) indica que a vítima está em
fase inicial de choque. Acima de 120 bpm, você deve considerar o choque como
instalado. PULSO RÁPIDO E FRACO 100/120BPM
Acima de 120 CHOQUE INSTALADO
Respiração:
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
O estado de choque é irreversível no ambiente pré-hospitalar e pode levar à
morte; por isso, o controle das hemorragias externas é tão importante.
Após o choque instalado não será possível reverter, mas você pode tratá-lo
para que não evolua. Para tanto, atue da seguinte maneira:
209
IMPORTANTE:
210
VII. Caso seja extremamente necessário retirar a vítima do veículo, devido ao
IMP. risco de incêndio, veículo instável ou parada cardiorrespiratória, utilize a
técnica conhecida como Chave de Rautek.
Introdução
211
preocupação, jamais poderemos legar uma vida digna às gerações futuras (nossos
filhos e netos).
212
Enquanto o futuro não chega, você deve conhecer o potencial poluidor dos
veículos que utiliza.
A poluição pode ser causada no ar, na água, no solo, ou, ainda, ser visual ou
sonora. POLUIÇÃO PODE SER:
(1) AR ( 2) ÁGUA (3)
3 SOLO (4) VISUAL
(5) SONORA
213
Gases expelidos por veículos automotores e seus efeitos
GASES
GASES: (1) MONÓXIDO DE CARBONO
Monóxido de carbono (CO):
214
Entre outras coisas,
O CONAMA é:
IMPORTANTE
CONAMA O órgão responsável por definir os limites de emissão de gases, de
emissão de partículas (fumaça) e de emissão sonora para os veículos
automotores fabricados no Brasil ou importados para cá.
EMISSÃO DE GASES
A Resolução n. 18, de 6 de maio de 1986, do CONAMA criou o Programa de
Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE). Depois, a
Resolução n. 418, 25 de novembro de 2009 do CONAMA (alterada pela resolução n.
451, de 3 de maio de 2012) estabeleceu limites para a emissão de gases,
especialmente para a emissão do monóxido de carbono (CO).
1 2 3 4
ATT O PROCONVE abrange automóveis, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas.
ATT.
Para motocicletas e similares, há o Programa de Controle da Poluição do Ar por
Motociclos e Veículos Similares (PROMOT).
ATT.
Atualmente, o PROCONVE já está na sua sétima fase (P7), e os limites estão
ficando cada vez mais baixos, em relação aos limites previstos do PROCONVE para
a emissão do monóxido de carbono (CO), veja a tabela a seguir:
Figura 92: Tabela dos limites previstos do PROCONVE para a emissão do monóxido de carbono
(CO)
Fonte: Proconve (2009); SCD/EaD/Segen.
215
Observe que, com o passar dos anos, a tolerância à emissão de gases vem
diminuindo substancialmente, dando conta da gravidade do problema.
IMPORTANTE Na fase atual do PROCONVE (P7), os veículos de grande porte (peso bruto
PARA total superior a 3.856 kg) fabricados a partir de 2012 e equipados com motor a diesel
PROVA devem possuir sistema destinado ao controle de emissão de gases poluentes,
utilizando a tecnologia SCR (Selective Catalytic Reduction, isto é, catalisador de
redução seletiva — que usa o Arla 32) ou EGR (Exhaust Gas Recirculation, isto é,
recirculação de gases de escapamento). Essas tecnologias são obrigatórias
(conforme a Resolução do CONTRAN n. 666/2017) para reduzir a emissão de óxidos
de nitrogênio (NOx).
ATENÇÃO A ESSE COMENTÁRIO
Veja o que diz a Resolução do Contran nº 666/2017 - Art. 1º, inciso IV.
216
5.2.2 Emissão de partículas (fumaça)
FUMAÇA
O PROCONVE também procura limitar a emissão de partículas (fumaça) pelos
motores a diesel, que são aqueles predominantemente encontrados em ônibus, em
caminhões e em outros veículos de grande porte.
Saiba mais:
217
Figura 93: Limites das emissões para veículos pesados a diesel
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
Saiba mais:
218
5.2.3 Emissão sonora
EMISSÃO SONORA
No que tange aos limites de emissão de ruídos, a Resolução n. 418/2009 do
CONAMA, estabelece os limites de emissões de ruído.
219
VI. Caso o veículo de emergência seja de grande porte, com motor a diesel, atente
especialmente para a cor da fumaça que sai do escapamento. Uma fumaça
excessivamente escura indica um mal funcionamento que pode estar causando
mais poluição do que o normal.
220
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.
221
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa (BRASIL,
1998, n.p.).
Introdução
Em relação à poluição, como em muitas outras ações que afetam nossa vida,
a atuação do indivíduo, isoladamente, pode ter impactos na qualidade de vida de todos
os membros de uma determinada sociedade; da mesma forma, as ações da
sociedade, normalmente, também causam um grande impacto na vida do indivíduo
em particular.
222
Nesta última aula do Módulo 3, nós vamos lançar algumas reflexões sobre a
relação do indivíduo com a sociedade.
Figura 96: Uma das principais características do indivíduo é a singularidade: ele é um ser único
Fonte: https://pixabay.com/pt/vectors/homens-indiv%C3%ADduo-grupo-comunidade-311308/.
223
Por sua vez, podemos chamar de grupo social, o agrupamento de indivíduos
que possuem interações recorrentes, causadas por objetivos ou interesses comuns.
COMPOEM Como exemplos de grupos sociais, podemos citar: a família; o grupo de colegas
O GRIPOda escola; os membros de uma determinada instituição (policiais militares, bombeiros
SOCIAL etc.); os membros de corporações profissionais (médicos, advogados etc.); os grupos
de lazer (times de futebol, equipes de corredores etc.); os membros de uma
determinada igreja ou religião; os sócios de um clube de atiradores esportivos; etc.
Em todos os casos citados acima, os membros apresentam uma estabilidade no
relacionamento entre si.
Por meio dos exemplos acima, você deve ter percebido que você faz parte de
numerosos grupos sociais ao mesmo tempo, pelos motivos mais diversos. Cada grupo
social tem suas regras, escritas ou não, sobre o que você deve fazer ou possuir para
ser considerado parte dele, sobre como você deve se comportar, se vestir, se
alimentar ou se relacionar com outros membros do mesmo grupo ou com pessoas
externas ao grupo, entre outras.
Exemplificando...
Um indivíduo pode fazer parte de um grupo de jogadores que se
reúne aos domingos para jogar bola na praia, ser membro de um grupo
tático de uma corporação policial militar e, também, ser membro de um
grupo de casais que se reúne na paróquia da igreja de seu bairro. No
exemplo citado, cada grupo espera que aquele indivíduo ajuste e adapte
seu comportamento ao do grupo. Ninguém esperaria, por exemplo, que ele
tratasse seus colegas de jogo com a mesma formalidade com que trata
seus colegas de trabalho, nem que ele usasse os mesmos trajes no jogo
de futebol e nas missas.
224
Figura 97: Todo grupo tem suas regras, formais ou informais, escritas ou não.
Fonte: https://pxhere.com/pt/photo/1555417.
Por sua vez, podemos dizer que a sociedade é o conjunto formado pela soma
de todos os grupos sociais e de todos os indivíduos. Nela, estão inseridos os grupos
sociais mais diversos e se desenrolam as complexas relações que os indivíduos
mantêm entre si; as relações entre os grupos e os indivíduos isolados, sejam eles
membros do grupo ou não; bem como a interação entre os diversos grupos sociais.
225
Com o passar do tempo, para aplacar sua necessidade de se relacionar com outras
pessoas e para manter a sua sanidade, ele imprime a palma de sua mão em uma
bola, desenhando olhos e uma boca, e chamando-a de “Wilson”, para que possa
“interagir” com ela.
ATENÇÃO
RELACIONAMENTO
INTERPESSOALO ser humano é um animal social; a necessidade de socialização nos
acompanha desde os primórdios de nossa existência. Assim, o relacionamento
interpessoal é uma necessidade básica para a nossa existência, haja vista termos
necessidade de outras pessoas para satisfazer as nossas necessidades afetivas,
materiais e profissionais.
E isso remete ao que dissemos lá no início: ao perceber que cada indivíduo tem
a sua singularidade e o seu valor intrínseco, nós podemos exercitar atitudes de
entendimento, de tolerância e de aproximação. A nossa habilidade nas relações
interpessoais também pode ser aprimorada quando aprendemos a dominar as nossas
próprias emoções.
226
6.3 O indivíduo como cidadão
227
quando agimos com prudência e com cortesia, esse comportamento se reflete em um
trânsito mais harmonioso para todos.
Reforçando:
MUITO IMPORTANTE
Assim, podemos entender por que atitudes como o individualismo, o egoísmo,
a falta de solidariedade e o desrespeito ao outro interferem de forma negativa no
trânsito! PRESTAR ATENÇÃO
228
A responsabilidade civil é a obrigação do motorista de cumprir as obrigações
de direito privado e pessoais. Por outro lado, a responsabilidade penal é a
responsabilidade que o condutor tem de respeitar as normas de direito público e os
interesses da sociedade. Se um condutor infringir uma regra capitulada como crime
de trânsito, ele estará sujeito a julgamento criminal por suas ações.
Saiba mais:
Finalizando
Neste módulo, você estudou que:
229
Para uma correta e segura abordagem, você irá efetuar o atendimento em uma
sequência que, tecnicamente, chama-se de protocolo. Esse atendimento inicial
é chamado de exame primário, ou ABC da vida para suporte básico de vida
(SBV), e é executado na seguinte ordem: A — Abertura das vias aéreas; B —
Respiração; C — Circulação; D — Desabilitado (avaliação neurológica); e E —
Exposição. Além disso, é necessário realizar o controle da cervical;
230
MÓDULO IV — RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
Apresentação do módulo
231
Objetivos do módulo
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
Estrutura do módulo
Este módulo compreende as seguintes aulas:
232
AULA 1 — Aspectos de comportamento e de segurança
na condução de veículos de emergência
Introdução
233
Relações interpessoais e o respeito mútuo é ESSENCIAL
1. COMUNICAÇÃO
2. COOPERAÇÃO
3. RESPEITO ENTRE OS PARES
MUITO IMPORTANTE
E se, nas ocupações “normais”, um bom ambiente de trabalho é salutar e
ajuda a aumentar a produtividade da organização; dentro das carreiras ligadas à
segurança pública, a confiança e a camaradagem entre os pares são essenciais; afinal
de contas, a cada turno de serviço, nós confiamos a nossa vida aos homens e às
mulheres que estão trabalhando conosco; assim como eles também confiam a vida e
Bom Ambiente de Trabalho ajuda a AUMENTAR A
a integridade física deles a nós. PRODUTIVIDADE DA ORGANIZAÇÃO, na Seg.
Seg; Pública a
ATT
ATT.: CONFIANÇA, CAMARADAGEM são ESSENCIAIS A INTEGRIDADE
FÍSICA
FÍSICA.
No entanto, nem sempre é fácil de manter um bom relacionamento com
pessoas que, não raras vezes, nasceram e se desenvolveram em meio a grupos
sociais diversos e que, muitas vezes, têm uma forma de enxergar o mundo
completamente diferente da nossa, seja por questões culturais, religiosas ou
idiossincráticas. Geralmente, tratamos as pessoas de modo igual, mas o resultado
disso pode vir a ser posturas e respostas diferentes. Segundo Moscovici (1995),
quando se trata de pessoas, é difícil prever resultados de forma homogênea, pois cada
ATENÇÃO pessoa reage de forma distinta aos mesmos estímulos. Assim, à medida que as
234
na qualidade das interações dentro do grupo, resultando em um maior distanciamento
dos envolvidos e, por consequência, diminuição da qualidade do serviço e provável
queda na produtividade.
Saiba mais:
Acesse o link abaixo para saber mais dicas sobre como desenvolver seu
relacionamento interpessoal e para alavancar seu crescimento
profissional:
Confira: https://www.youtube.com/watch?v=V9LjLAn_C14
Como já foi tratado em outros momentos deste curso, nossa atividade tem
algumas peculiaridades que a diferenciam das demais profissões. Uma dessas
peculiaridades é que nós, servidores de segurança pública (pelo menos aqueles que
trabalham na área operacional, na “linha de frente”), estamos constante e
cotidianamente “arriscando nossa própria pele”, conforme o conceito defendido pelo
filósofo Nassim Nicholas Taleb (2018).
IMPORTANTÍSSIMO
Isso quer dizer que os servidores que estão trabalhando na atividade-fim da
área de segurança pública não têm a possibilidade de transferir os riscos de suas
ações para outras pessoas. Por exemplo, durante uma abordagem a pessoas
Profissional da segurança Pública não pode transferir a responsabilidade para outra pessoa.
235
suspeitas, a desatenção ou um procedimento policial realizado de forma errada pode
expor o servidor e toda a sua equipe a riscos pessoais bem tangíveis.
Saiba mais:
A
T
E Considerando os conceitos de assimetrias na sociedade, conforme a
N classificação proposta por Taleb, o servidor de segurança pública (policial,
Ç bombeiro, guarda municipal etc.) está incluído na categoria daqueles que
à “arriscam a própria pele pelos outros” (TALEB, 2018. p. 65, grifo nosso).
O
Esse aspecto dá um peso ainda maior para a nossa responsabilidade no
ambiente de trabalho; pois, se, por algum motivo, deixarmos de cumprir a
nossa missão por causa de um evento externo (p. ex. ao se envolver em
um acidente de trânsito ao atender uma ocorrência), este fato pode ter
reflexos negativos (físicos ou patrimoniais) para aqueles que vamos
deixar de atender.
MUITA ATENÇÃO
E, considerando os riscos existentes na condução de veículos de emergência,
a adoção de comportamentos errados ou imprudentes pode vir a ter um preço
demasiado caro: às vezes, o preço pode ser pago com a nossa própria vida ou com a
vida de algum de nossos companheiros de trabalho.
É IMPORTANTE:
236
Ouça o ÁUDIO 7
Reflita:
237
Vimos também que o ato de conduzir um veículo é muito complexo e que isso
exige sua total atenção e cuidado; principalmente se esse ato de conduzir for realizado
sob condições-limite, com alto grau de pressão e quando a vida de outras pessoas
pode estar em risco.
Por fim, também sabemos que quanto maior o risco apresentado pelas
condições adversas de veículo e da via (para saber mais sobre o gerenciamento das
condições adversas, consulte o módulo 2), maior deverá ser o seu cuidado como
condutor do veículo de emergência.
Racionalmente falando, todos nós sabemos tudo isso que acabou de ser dito.
Mas, se sabemos disso, por que, então, muitos de nós, policiais ou bombeiros,
optamos por correr riscos desnecessários no trânsito?
*******Comportamento preventivo versus comportamento de risco *******
A resposta a essa pergunta é um tanto complexa; pois, para sua resposta,
teremos que entender que nem todo o nosso comportamento é ditado por questões
de ordem puramente racional. Somos seres complexos e a constituição de nosso
comportamento deriva tanto de fatores internos, ligados à nossa personalidade e
formação básica, como também de influências externas, recebidas dos mais diversos
locais e dos grupos sociais a que fazemos parte. ATT
238
Desenvolvendo a consciência:
1.3 Urgência
239
URGÊNCIA
O conceito de urgência está previsto no §2º do art. 1º da Resolução do CONTRAN nº 268, de 15 de
ATT.: Podemos afirmar que as urgências são aquelas situações que fogem da
normalidade (tais como acidentes, ocorrências criminais e socorro a enfermos), nas
ATT.:quais o tempo de reação é não apenas importante, mas vital! Acidentes
Ocorrências Criminais
Socorro
Para a maioria das pessoas, urgências “reais” ocorrem (felizmente) apenas
algumas vezes no decorrer de suas vidas. No entanto, para o profissional de
IMPORTANTE segurança pública, as urgências são uma parte integrante de seu trabalho.
IMPORTANTE:
240
emocional”, sem, no entanto, especificar-se como se adquire, como se desenvolve ou
como se “aplica” o equilíbrio emocional.
• Autoconsciência:
• Motivação pessoal:
• Autorregulação:
241
pensamentos, emoções e comportamentos, alterando-os de acordo com as
exigências da situação.
• Empatia:
Saiba mais:
Acesse o link abaixo para saber mais dicas de como manter a saúde
mental em tempos difíceis, a exemplo de uma pandemia de coronavírus:
Confira: https://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-exercitar-
mais/habitos-que-podem-ajudar-a-sua-saude-mental-em-tempos-de-
coronavirus
242
1.5 Síndrome de Burnout
N estresse alegam que essa doença envolve atitudes e condutas negativas com
243
o desempenho dessas atividades. Após o encerramento da situação de urgência,
nosso organismo começa a se preparar para retornar à normalidade.
PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PÚBLICA TEM DOENÇA PSICOSSOMÁTICA
Ocorre que, na nossa profissão, as situações-limite acabam por se repetir,
várias vezes, em cada plantão, provocando desgastes físicos, mentais e emocionais.
E esses desgastes acabam se repetindo por anos a fio, minando silenciosamente
nossa saúde mental. A maioria de nós, profissionais de segurança pública, acaba
desenvolvendo alguma forma de lidar com o “lixo” emocional acumulado, seja por
meio de terapia, do envolvimento em algum grupo ou atividade que dê apoio ou
sentido (clubes, igrejas etc.), seja por meio de alguma atividade física para
“descarregar as tensões”. Mas a maioria de nós acaba desenvolvendo, pelo menos
uma vez no decorrer de nossa carreira profissional, uma doença psicossomática.
Saiba mais:
MUITO IMPORTANTE ALERTA IMP.
Não faltam estudos mostrando que as profissões ligadas à área de
segurança pública têm índices de suicídios, de doenças psicossomáticas
como depressão e ansiedade e de abuso de álcool muito acima da média
da população em geral. Isso, por si só, deveria servir de alerta para a
necessidade de cuidarmos de nossa saúde mental.
244
IX. Dores de cabeça e no corpo;
X. Negatividade constante;
XI. Sentimentos de derrota, de fracasso e de insegurança;
XII. Isolamento social;
XIII. Pressão alta; e
XIV. Tristeza excessiva.
IMPORTANTE!
245
atenção à saúde do servidor, se esse for o caso, eles saberão como encaminhá-lo
para o tratamento adequado.
IMPORTANTE!
A
T
I Muitas vezes o problema não é conosco, mas com
T
algum dos nossos companheiros de trabalho. Assim como
U
D devemos zelar pelo bem-estar e pela integridade de nossos
E colegas nas ocorrências criminais e nos deslocamentos de
C urgência, nós precisamos cuidar do bem-estar mental e da
O saúde deles. Se você perceber que um companheiro está
R
R ficando doente e está precisando de ajuda, não vire as
E costas para ele nem finja que o problema não é seu. Com
T
A muito tato, converse com ele, demonstrando genuíno
interesse por seu bem-estar e tente persuadi-lo a se cuidar.
Saiba mais:
Confira: https://www.youtube.com/watch?v=iILq_7rOGbc
246
A 1.6 Agressividade e insegurança no trânsito
G
R
E Existem diversos fatores que podem causar riscos à segurança na condução
S
de veículos de emergência. Um dos fatores que mais vem crescendo como causa de
S
I insegurança no trânsito é a agressividade, mesmo por parte de pessoas que, em
V outras situações cotidianas, costumam manter sempre uma atitude tranquila.
I
D Você percebe diariamente a violência presente no trânsito. Essa violência não
A se traduz apenas em acidentes de trânsito: essa talvez seja apenas a face mais visível
D
e dramática do problema. Se nos atentarmos, cada vez mais, vemos as pessoas
E
conduzindo de forma ofensiva, tratando os demais atores do trânsito de forma
E displicente, quando não como inimigos. Isso se traduz, numerosas vezes, no
desrespeito e na agressividade entre os usuários do sistema, culminando, geralmente,
I
em agressões verbais, físicas e, até mesmo, em assassinatos.
N
S
E
G
U De olho na tela!
R
A Assista o vídeo:
N Acesse o link abaixo e assista o vídeo “Briga de Trânsito”, que
Ç mostra o conflito entre dois condutores no trânsito. Disponível em:
A https://www.youtube.com/watch?v=TU0fhSFzxFQ
N
O AGRESSIVIDADE
Segundo o verbete do dicionário (Bueno, 2007), agressividade é a capacidade
T para agredir. Existem numerosas teorias psicológicas que procuram explicar como
R
surgiu e como se desencadeia a agressividade, embora uma discussão aprofundada
Â
N sobre o tema fuja dos propósitos deste curso de condução de veículos de emergência.
S
I
T
O
247
Reflexão
Após ver a charge, pense: de onde vem esse comportamento tão agressivo,
que transforma cidadãos pacatos e tranquilos no trato social em verdadeiros monstros
ao dirigir?
Para compreender mais sobre essa questão, estude, a seguir, dois fatores
que, em algumas teorias largamente abordadas em pesquisas, são apontados como
possíveis causas que geram agressividade nas relações interpessoais. Assim, você
poderá identificar a presença deles no seu dia a dia: o medo e a raiva.
Medo
CONCEITO DE MEDO LUTA E FUGA
A emoção do medo e o sentimento que dele emana, embora subjetivos,
surgem quando algo ameaçador (real ou imaginário, podendo também ser fruto do
condicionamento) estimula, no nosso sistema nervoso, estruturas que fazem
248
MEDO = reação de LUTA ou FUGA
A emoção do medo e o sentimento que dele emana, embora
subjetivos, surgem quando algo ameaçador (real ou imaginário,
podendo também ser fruto do condicionamento) estimula, no
nosso sistema nervoso, estruturas que fazem
desencadear respostas adaptativas a esses estímulos, o que a fisiologia denomina
“reação de luta ou fuga”.
Para refletir:
Resposta Comportamental
249
MEDO - Reação = LUTA ou FUGA gera 2 respostas
COMPORTAMENTAL alerta, luta, fuga e congelamento
FISIOLOGICA pode ser RACIONALda nossa consciência
IRRACIONAL formado por nossos estímulos, resposta + rápida
• O irracional, formado por estímulos do nosso passado evolutivo sem que
tenhamos consciência, gerando uma resposta mais rápida.
Assista o vídeo:
Acesse o link abaixo para saber mais sobre estratégias de como
lidar com a emoção do medo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=3wsL5FklCFc
IMPORTANTE!
250
responsabilidade procurar conhecer bem essas normas,
mantendo-se atualizado e preparado para responder de
forma adequada ao momento.
Para refletir:
Assista o vídeo:
Acesse o link abaixo para se aprofundar sobre como surge o
sentimento da raiva e sobre como podemos lidar com ele.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3jYjR8-YHmw
251
AULA 2 — Comportamento solidário no trânsito
Introdução
252
Vamos refletir:
Leonardo Boff (2006) traz alguns princípios necessários para uma convivência
saudável, que serão apresentados e comentados a seguir.
Conviver significa:
Vimos, na aula 6 do Módulo 3, que o ser humano é um ser social. Nós temos
uma necessidade intrínseca de viver em grupos. A relação com o outro é parte
essencial da nossa sobrevivência. Ao mesmo tempo, somos todos diferentes, únicos.
Chamamos os outros de semelhantes; mas semelhança não significa sermos
totalmente iguais.
253
ROUSSEAU - CONTRATO SOCIAL
bem-estar e sua segurança, os humanos teriam feito um contrato social. Tratava-se
de um pacto legítimo pautado na alienação total da vontade particular, em prol da
constituição de um Estado, como condição de igualdade entre todos.
Saiba mais:
Devemos ter em mente que para Rousseau, o contrato social não é uma
realidade histórica concreta, mas sim uma metáfora útil em termos
explicativos.
Para refletir:
Aqui, cabe um destaque para que você reflita sobre a ideia apresentada por
Rousseau e sobre o trânsito. Comparando-os, você terá a possibilidade de perceber
254
que o trânsito em condições seguras é um tipo de “contrato social” e que só é possível
materializar o nosso direito de ir e vir se as normas legais e as de conduta social forem
seguidas, não é mesmo? Se não houvesse normas de trânsito, se cada um transitasse
como bem lhe aprouvesse, o risco de se envolver em um acidente, com danos
materiais e/ou com ferimentos ou morte, aumentaria exponencialmente para todos os
envolvidos. Isso acabaria por criar uma imprevisibilidade em termos de relações
sociais.
CONCEITO INTERESSANTE
A convivência, por sua vez, é uma das melhores formas de aprendizado. Você
observa o outro, interage com ele, ensina e aprende, muda, desenvolve-se. Mas, para
isso, você precisa estar disposto, aberto à convivência, ao grande exercício do
despojamento de seus conceitos para evoluir com o outro (BOFF, 2006).
Para refletir:
Você percebe que não pensa somente com os seus próprios pensamentos,
mas que absorve e repete aquilo que se aproxima por todos os lados, seja pela cultura
de massa, seja pelos grupos dos quais participa?
A forma de conviver pode variar muito, de grupo para grupo, mas sempre deve
haver o respeito. O outro, assim como você, possui seu espaço. Aí, se apresenta uma
grande questão: “Como pode haver a convivência sem a invasão do espaço do
outro?”
ATENÇÃO
Vista dessa maneira, a convivência ocorre sempre no limite. Preciso ir até o
meu limite para alcançar o outro, mas sem ultrapassá-lo!
255
Lembre-se do ditado popular que diz:
Assim, quando o encontro com o outro tem êxito, os limites não são mais
rígidos, não separam mais, tornam-se fluidos e negociados saudavelmente. Cada um
retorna desse encontro um pouco melhor, mais sábio, enriquecido pela experiência
no limite. Em última instância, você é responsável pela qualidade de suas interações
com o outro e pelas experiências, positivas ou negativas, desta interação.
Exemplificando...
256
Observe, a seguir, um esquema de resolução de conflitos:
257
No processo de convivência, nós podemos assumir diferentes papéis sociais,
que podem ser classificados de maneiras distintas.
CONVIVÊNCIA DIFERENTES PAPÉIS SOCIAIS
Assim, podemos resumir os possíveis papéis sociais dos indivíduos de uma
comunidade em1“vítima” (aquele que foi enganado ou iludido),2“algoz” (desumano,
cruel) ou3“curador” (aquele que traz a cura). Dessas opções, em qual você entende
estar o seu papel principal? Possíveis Papéis
1. Vítima / 2. Algoz / 3. Curador
Lembre-se que todos circulam pelos três papéis; mas
é você, agente de segurança pública, que precisa vencer
todas as dificuldades relacionais para bem conduzir um
veículo de emergência com efetividade, e que deve perceber
a agressividade, controlando-a e dissipando-a.
258
Exemplificando...
• Se o condutor do outro veículo realizar uma manobra errada ou até
mesmo de forma muito lenta, você deve manter a calma e entender que
somos humanos e falhamos. Talvez não ajude em nada uma reclamação
ou qualquer forma de manifestação, podendo até provocar um risco ainda
maior.
Exemplificando...
• Não julgue o condutor do outro veículo por sua condição financeira,
pelo seu gênero, pela sua idade, pela sua etnia etc.
Com esta postura, você não estará gerando preconceitos que só dificultam
as relações entre as pessoas, e tornam a convivência insuportável.
Exemplificando...
• Observe o contexto, e seja um condutor que contribui positivamente
para um trânsito mais seguro.
Exemplificando...
• Não alimente uma atitude competitiva, e sim, cooperativa. Assim,
você estará criando aliança com o outro.
• Seja cortês e educado.
259
Quando você está na condução de um veículo, seja ele de emergência ou
não, você está sujeito a vários estímulos, afinal de contas, os outros condutores,
normalmente, também estão com pressa, e querem a preferência, assim como você.
É normal que você tenha alguns impulsos negativos e que seja estimulado a
pensar em coisas desagradáveis, mas eis o momento em que precisa se conscientizar
e lembrar que também faz parte de um contexto de trabalho.
260
onde as costas fiquem protegidas e onde tenha uma visão geral, principalmente dos
acessos de entrada e de saída do ambiente.
ATENÇÃO
IMPORTANTE!
261
pública tem que ser equilibrada para não assumir uma falsa
condição de poder, principalmente fora das emergências.
Quando em situações-limite, você deve ter claro em sua mente que a referida
preferência poderá não ser atendida por algum condutor, e que, portanto, poderá
haver riscos iminentes, os quais sua perícia e sua atenção poderão minimizar.
262
Figura 108: Pense nisso
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
3.1 Tolerância
CONCEITO DE TOLERÂNCIA
A tolerância pode ser definida como a capacidade de manter, de
forma positiva, a coexistência difícil e tensa de dois polos, sabendo que
eles podem até se opor, mas que compõem a mesma realidade dinâmica.
263
Para refletir:
3.2 Intolerância
264
E, assim, pode-se continuar com mais acusações, mostrando que buscamos
como culpados de um problema bem complexo apenas os outros, gerando barreiras,
conflitos e intolerância.
Para refletir:
265
AULA 4 — As Normas de segurança no trânsito e os
agentes de fiscalização de trânsito
Nesta aula, você irá identificar seu papel de agente de Segurança Pública,
como condutor de veículo de emergência, em relação às normas legais, aos demais
usuários e ao papel dos agentes de Fiscalização de Trânsito, destacando a
importância destes últimos na prevenção de acidentes e na manutenção das
condições mais seguras.
Quando você era criança, provavelmente ouviu ou foi orientado pelos seus
pais a “respeitar os mais velhos”, não é mesmo? E, hoje, de uma forma ou de outra,
você espera que as outras pessoas o respeitem. Mas, você já parou para pensar que
esse sentimento precisa ser recíproco?
266
Figura 110: Para pensar
Fonte: do conteudista; SCD/EaD/Segen.
267
A laicidade remete à aceitação de todas as religiões. Assim,
aqui, você pode perceber esse princípio como um norte que o
leva a respeitar as diversas crenças e, consequentemente,
respeitar a todas as pessoas, independentemente das
diferenças que tiverem em relação a você.”
Para refletir
Síndrome de Procusto
SINDROME DO PROCRUSTO
Na mitologia grega, um gigante chamado Procusto era muito hospitaleiro,
convidava pessoas para passarem a noite em sua cama de ferro. Nessa hospitalidade,
no entanto, havia uma armadilha: ele insistia que os visitantes coubessem com
perfeição em sua cama. Assim, se eram muito baixos, ele os esticava; se eram altos,
cortava suas pernas.
268
SINDROME DO PROCRUSTO
Por mais artificial que isso possa parecer, será que você não gasta um bocado
de energia emocional tentando alterar ou “enquadrar” outras pessoas de formas
diversas, embora menos drásticas?
Não espera, com frequência, que os outros vivam segundo os seus padrões
ideais?
A verdade é que grande parte dos atritos que existem nos relacionamentos
acontece quando você tenta impor a sua vontade aos outros, buscando administrá-
los e controlá-los.
É preciso entender que ninguém muda até que esteja disposto a fazê-lo e
pronto para tomar as atitudes necessárias para efetuar a mudança. Por esse motivo,
o resultado de seu “procustianismo” é sempre o mesmo. Você pode auxiliar
estimulando e oportunizando ao outro, mas não impondo; cada um tem seu tempo,
não seguem o seu (SAMPAIO, 2011).
269
É neste sentido que você deve refletir sobre seu papel em relação ao
cumprimento das leis e normas de trânsito, pois ninguém está acima da lei e, no seu
caso, como agente de Segurança Pública, você é alvo de observação constante e
deve ser exemplo de postura ética.
IMPORTANTE!
270
na segurança e na preservação da vida de muitas pessoas,
você é IMPORTANTE!
FISCALIZAÇÃO TRÂNSITO -
RES CONTRAN 310 - 10 DEZ 2010
a. O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar
o auto de infração de trânsito (AIT) poderá ser servidor civil,
estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela
autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via no âmbito
de sua competência.
b. Para que possa exercer suas atribuições como agente da
autoridade de trânsito, o servidor ou policial militar deverá ser
credenciado, estar devidamente uniformizado, conforme padrão
da instituição, e no regular exercício de suas funções.
c. O veículo utilizado na fiscalização de trânsito deverá estar
caracterizado.
271
FISCALIZAÇÃO TRÂNSITO -
RES CONTRAN 310 - 10 DEZ 2010
realize operação (comando) de fiscalização de normas de
circulação e conduta, em que um agente de trânsito constate a
infração e informe ao agente que esteja na abordagem; neste
caso, o agente que constatou a infração deverá convalidar a
autuação no próprio auto de infração ou na planilha da operação
(comando), a qual deverá ser arquivada para controle e consulta.
IMPORTANTE!
272
transitam diariamente pelas vias. Sua atuação organiza esse
espaço complexo que é o trânsito e socorre vítimas e auxilia
usuários em casos de acidentes. Ele atua, ainda, na
sinalização em locais de ocorrências ou de eventos, lugares
que necessitam de seu precioso trabalho. Infelizmente, é
mais lembrado somente como um fiscalizador, mas é, na
verdade, um promotor de segurança.
Introdução
Nossa profissão, via de regra, tem que lidar com pessoas provenientes das
mais diversas classes sociais, desde pessoas em situação de rua, que não têm o que
comer, até empresários riquíssimos.
273
USUÁRIOS DE VEÍCULO DE EMERGÊNCIA
ATENDE AOS GRUPOS:
a) Cidadãos “comuns”:
CRIMINOSOS
d) Criminosos:
274
CRIMINOSOS
Em muitas situações, a equipe policial vai se deparar com criminosos que estão
em flagrante delito, em crimes como roubo e tráfico de drogas. Aqui, todos os
procedimentos de segurança policial devem ser obedecidos, de modo a resguardar a
integridade física da equipe policial e, também, da sociedade.
IMPORTANTE
Lidar com situações de emergência exige, sobretudo, uma ótima capacidade
de lidar com mudanças, pois, nas situações-limite, o desafio é a superação da
impotência e do desamparo, que, quase sempre, estão presentes nas vítimas e nas
pessoas envolvidas.
EXPECTATIA DO USUÁRIO
O usuário espera que você conheça as peculiaridades da sua função e que
atue de acordo com o previsto, proporcionando-lhe confiança e segurança. Acredita
que você sabe como funciona toda a rotina de emergência e que está apto a realizá-
la da melhor forma. Além disso, ele tem a expectativa de que você o ouça, de que
preste atenção nele, de que entenda que ele está sob forte estresse, e de que faça
algo para satisfazer as necessidades dele. Espera também que você esteja atento,
275
EXPECTATIVA DO USUÁRIO
que entenda corretamente o que ele está lhe perguntando, e que responda da forma
mais simples e clara possível.
276
também as normas de segurança previstas para a ocasião, evitando transtornos
desnecessários.
ATENÇÃO
É essencial que o condutor esteja preparado para atender a todos os tipos de
usuários, como crianças, adultos, idosos e pessoas com necessidades especiais,
mantendo o cuidado para respeitar suas limitações e, quando for necessário, solicitar
o auxílio de algum acompanhante que possa dar o suporte na comunicação e na
assistência desse indivíduo.
IMPORTANTE!
277
5.4 Trauma
Se você passou por situações-limite, pode ter sofrido um trauma que, às vezes,
não percebe, mas que interfere em sua conduta atual, assim é importante para você,
um agente de segurança pública, procurar uma condição saudável física e emocional,
para poder atuar de forma efetiva na preservação do bem maior — a vida —, que,
afinal, é sua maior missão.
278
II. O cuidado que se expressa pela saída de si em direção ao outro e se
traduz em solidariedade, em serviço e em hospitalidade para com o
outro.
Para refletir:
Assista o vídeo:
Acesse o link e assista ao vídeo “Pateta no trânsito”. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=_Tlk6e61E6w e reflita
sobre as seguintes questões:
279
Em relação aos passageiros:
Finalizando
Neste módulo, você estudou que:
280
A convivência, o respeito e a tolerância são atributos necessários para uma
relação interpessoal saudável, servindo aos usuários e suprindo suas
necessidades, e respeitando suas características próprias;
Você tem como missão precípua servir e preservar o bem maior, a vida. No
desempenho de sua profissão, deve evitar colocar a si próprio em risco, assim
como sua equipe e as demais pessoas, mantendo sempre suas decisões
voltadas à relação interpessoal equilibrada e buscando a segurança e a paz no
trânsito. Desempenhando verdadeiramente o seu papel de SERVIDOR!
281
Referências Bibliográficas
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(29 min). Direção: Michel Haddad. In: BIPP Instituto Brasileiro de Farmacologia
Prática. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iILq_7rOGbc. Acesso em:
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Contran nº 775, de 28 de março de 2019. Altera os modelos da Carteira Nacional de
Habilitação – CNH, da Autorização para Conduzir Ciclomotor - ACC, do Certificado de
Registro do Veículo – CRV e do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo –
CRLV. Brasília, DF: Ministério da Infraestrutura, 29 mar. 2019. Disponível em:
https://www.mestresdotransito.com.br/2019/03/resolucao-n-775-de-28-de-marco-de-
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Acesso em: 11 mai. 2021.
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BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Ministério do Meio Ambiente.
Resolução nº 451, de 3 de maio de 2012. Altera os limites de emissão da tabela 3
do Anexo I da Resolução nº 418, de 25 de novembro de 2009, que dispõe sobre
critérios para a elaboração de Planos de Controle de Poluição Veicular-PCPV [...].
Brasília, DF: Conselho Nacional do Meio Ambiente, 2012.
BRASIL. Lei nº 12.452, de 21 de julho de 2011. Altera o art. 143 da Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997, que “institui o Código de Trânsito Brasileiro”, de modo a
disciplinar a habilitação de condutores de combinações de veículos. Brasília, DF:
Presidência da República, 2011. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12452.htm. Acesso em:
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Contribuição para o PIS/PASEP, da Cofins, da Contribuição para o PIS/Pasep-
Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre a receita de vendas e na
importação de partes utilizadas em aerogeradores; […] altera as Leis […] 9.503, de
23 de setembro de 1997 […]. Brasília, DF: Presidência da República, 2015. Disponível
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288
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras
providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1981. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em: 13 mai. 2021.
289
outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1998. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm. Acesso em: 13 mai. 2021.
290
a existência e a autoria do delito, e a direção com velocidade incompatível à
segurança, mediante manobras perigosas com o veículo, em via pública, onde havia
circulação de pessoas, gerando perigo de dano. 2. Circunstâncias judiciais
adequadamente analisadas e suficientes para embasar a pena base fixada além do
mínimo legal, mas em quantidade menor que a fixada na origem. 3. Reincidência
aplicada em face da comprovação de anterior condenação. Provido em parte à
apelação. Unânime. Relatora: Nara Leonor Castro Garcia, julgado em 11/02/2008.
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