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Manual Básico de
Bombeiro Militar
Vol. 03
TECNOLOGIA E MANEABILIDADE EM INCÊNDIOS
Revisto e Atualizado
Rio de Janeiro - 2017
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Diretoria Geral de Ensino e Instrução
Manual Básico de
Bombeiro Militar
Volume 03
Manual Básico de
Bombeiro Militar
Volume 03
Equipe de apoio
Subten BM Renilton Dias dos Santos
1º Sgt BM Rodrigo da Silveira Marins
2º Sgt BM Alexandre Barbosa de Oliveira
2º Sgt BM Ricardo Patrocínio de Oliveira
10.5.1.2. Isolamento da área e evacuação...... 497 10.5.3. Tipos de linha de combate................................. 540
10.5.3.1. Linha de combate em plano horizontal..
10.5.1.3. Reconhecimento do local.................... 497
541
10.5.1.4. Estabelecimento................................... 498
10.5.3.2. Linha de combate em plano vertical......
10.5.1.5. Ataque..................................................... 498 548
10.5.1.5.1. Combate a incêndio 10.5.3.3. Troca de mangueira rompida........... 554
classe A (incêndios estruturais)........... 501
10.5.4. Técnicas de Salvatagem.................................... 554
10.5.1.5.1.1. SATURAÇÃO COM NEBLINA ... 10.5.4.1. Procedimentos em Salvatagem....... 554
502
10.5.4.2. Planejamento para Operação de Salva-
10.5.1.5.1.2. DWF – TRIDIMENSIONAL tagem....................................................................... 554
WATER FOG (neblina tridimensional) .502
10.5.4.3. Organização dos Materiais a Serem
10.5.1.5.2. Combate a incêndio Cobertos.................................................................. 555
classe B........................................................ 510
10.5.4.4. Escoamento da Água.......................... 555
10.5.1.5.2.1. Abafamento / resfriamento
com água..................................................... 510 10.5.5. Técnicas de rescaldo........................................... 556
10.5.1.5.2.2. Varredura com água........... 511 10.5.5.1. Condições Perigosas da Edificação.556
Próton
Nêutron
Fig. – Molécula da água
(comburente)
Chama Inicial
Calor Chamas
Não devemos menosprezar, portanto a energia calo- portanto, que uma fonte de calor não se resume a chama.
rífica acumulada em maquinários industriais, fogões ou
A tabela 3 traz a informação das principais fontes de
equipamentos que acumulem calor, pois estas fontes po-
calor capazes de dar início a um incêndio.
dem ser capazes de iniciar um incêndio. Deve ficar claro,
Cabe aqui uma importante observação quanto ao con- de intoxicação, receber a prescrição correta do medica-
sumo de leite em casos de intoxicação, já que o senso mento adequado e assim fazer um tratamento eficaz.
comum normalmente recomenda o consumo deste ali-
mento em casos que o indivíduo venha a se intoxicar de 10.1.4.2. Comburente
alguma forma. O comburente, também conhecido como agente oxi-
dante, é a substância que reage com os gases emitidos
Na verdade, como alimento, o leite possui muitas qua-
durante a pirólise dos combustíveis. Na maior parte das
lidades, porém não há qualquer tipo de estudo que com-
combustões ocorridas o oxigênio será o comburente, até
prove sua eficácia como desintoxicante, de forma que
mesmo pelo fato do mesmo estar disponível em abun-
não deve ser utilizado com este fim.
dância na atmosfera terrestre.
Para os casos de intoxicação profissional o indivíduo
A concentração de oxigênio encontrada no ar é pró-
deve ser conduzido ao hospital com o objetivo de ser de-
xima a 21%, nestas condições teremos uma combustão
vidamente examinado e, uma vez detectado algum tipo
Esta propriedade é igualmente importante para os ga- O conhecimento destas propriedades é importante na
ses, temos como exemplos o gás liquefeito de petróleo medida em que podemos fazer uma relação entre a peri-
(GLP) e o gás natural veicular (GNV), o primeiro é mais culosidade ligada ao risco de inflamabilidade de determi-
denso que o ar, de forma que no caso de vazamento, o nado material e os valores relativos referentes aos seus
mesmo irá se depositar nas partes inferiores do ambien- pontos notáveis da combustão. Discorreremos a seguir a
te que estiver ocupando. Já o GNV, que é menos denso respeito de cada um deles:
Etanol 13 - 370
ÂÂ ter cuidados com espaços vazios, como fossos, dutos, iii) Calor – É a energia liberada pela combustão, que pro-
escadas, etc.; e picia o aumento de temperatura e dá continuidade à
combustão, ou seja, é a energia térmica em trânsito.
ÂÂ utilizar o equipamento completo de proteção indivi-
dual e respiratória. iv) Gases – Resultam da modificação química do com-
bustível, associada com o comburente. A combustão
Durante muito tempo, os bombeiros tinham como
primeira preocupação achar o foco do incêndio e em produz, entre outros, monóxido de carbono (CO), dió-
seguida atacá-lo, porém tratando-se de incêndio xido de carbono (CO2) e o ácido cianídrico (HCN).
compartimentado (limitado por paredes e princi- Normalmente a unidade usada para identificar a con-
palmente por teto, ajudando o acúmulo de fumaça),
centração dos gases em determinado local é a parte
a primeira preocupação dos combatentes devem ser
por milhão (ppm). Uma parte por milhão corresponde,
aplicar a técnica adequada de resfriamento da fuma-
por exemplo a um mililitro cúbico em cada metro cúbi-
ça, visto que na maioria dos casos, nesses tipos de
co, pois cada metro cúbico corresponde a um milhão de
incêndio, o acesso físico e visual ao foco em um pri-
mililitros.
meiro momento não é fácil, vistos as características
da fumaça estudadas anteriormente, e que em incên- Em percentagem, uma ppm é equivalente a 0,0001 %
dios com estas peculiaridades a radiação do foco do volume total, ou seja, 1% é equivalente a 10 000 ppm.
não será o principal propagador do incêndio, mas sim Vejamos na tabela 8 a toxicidade de alguns gases prove-
a fumaça. nientes da combustão.
Dióxido de carbono, CO2 1000 a 1500 3500 a 4000 60000 a 70000 Todos os materiais orgânicos
Ácido cianídrico, HCN 15 100 180 a 270 Lã, seda e alguns plásticos
- ligas de estanho;
Antimônio - revestimentos de cabos, moldes, soldaduras e tubos; e
- fogos de artifício, fulminantes e balas tracejantes.
- lubrificantes (graxas) de alto desempenho; e
Lítio
- baterias.
- flashes fotográficos;
Magnésio - artefatos pirotécnicos e bombas incendiárias; e
- construção de aviões, mísseis e foguetes.
- fertilizantes (sais de potássio);
- medicamentos e sabões (carbonato de potássio – K2CO3);
Potássio
- fotografia (brometo de potássio – KBr); e
- explosivos (nitrato de potássio – KNO3).
- fabricação de células fotoelétricas;
- câmeras de TV e máquinas xerográficas;
- baterias solares e retificadores;
Selênio - banhos fotográficos;
- vulcanização da borracha;
- fabricação de retificadores de selênio; e
- fabricação de hidrocarbonetos provenientes do petróleo.
sódio - iluminação pública
- componente de liga para alumínio, molibdênio e manganês;
- componente de liga para ferro e outros metais;
Titânio - fabricação de aviões, mísseis e naves espaciais;
- próteses ósseas e implantes dentários; e
- tintas.
- ligas de latão para soldas;
- tipografia;
- baterias e soldas;
Zinco
- produção de peças fundidas sob pressão;
- indústria automobilística, de equipamentos elétricos e outras; e
- revestimento (galvanização) de peças de aço.
- reatores nucleares;
- indústrias químicas;
Zircônio - confecção de ímãs supercondutores;
- indústria de cerâmica e vidro; e
- laboratórios.
Fonte: CBMDF, 2006
Hartin, Ed. in: Essentials of fire fighting... Sed. Oklahoma: Fire Protection Pu-
blications, 2008. p. 114.
O próprio posicionamento do foco influencia o de- ar do cômodo e pelo posicionamento do foco em rela-
senvolvimento do incêndio. Um foco ao ar livre recebe ção ao cômodo.
ar de todas as direções e a chegada de ar fresco res-
Um foco no centro do cômodo tende a ter um desen-
fria os gases sobre o foco reduzindo a altura que as
volvimento mais lento que um foco contra uma parede.
chamas atingem. Em um incêndio em compartimento,
Um foco no canto de um cômodo tende a evoluir mais
o posicionamento do foco é afetado pelas entradas de
rapidamente.
Adaptado de Essentials of fire fighting...5ed Oklahoma: Fire Protection Publications, 2008. P. 116.
**Não existe pressão negativa, mas considerando-se como zero a pressão atmosférica, o termo faz sentido.
Em ambientes compartimentados, o incêndio com o fará com que ocorra um acúmulo de gases no cômodo, fa-
decorrer do tempo diminuirá aos poucos a quantidade zendo com que a fumaça preencha praticamente todo o
de oxigênio e com isso a velocidade de queima também ambiente. Quanto mais baixo estiver o plano neutro, me-
será diminuida, provcando dentro do compartimento nor é a oferta de oxigênio para o foco. Diz-se então que o
uma combustão incompleta, o que consequentemente foco tornou-se limitado pela ventilação.
realimenta o foco com O2. Com isso as chamas voltam a Um aspecto digno de nota é que com a evolução para
se intensificar até consumir o oxigênio e o ciclo reiniciar. a fase de desenvolvimento completo e o grande incre-
mento de temperatura a necessidade de oxigênio para
O foco também pode respirar pela contração da capa
a queima diminui. Enquanto uma combustão viva requer
térmica decorrente do resfriamento, o que reduz a pres-
o mínimo de 14-15% de oxigênio para acontecer, sob as
são cômodo sugando ar de fora pelas frestas. Da mesma
condições de temperatura após a generalização do in-
forma, o ar que entra segue em direção ao foco, alimen-
cêndio, a combustão da capa térmica pode continuar
tando-o e reavivando-o.
com concentrações de oxigênio próximas de 0%.
A temperatura média dos gases em um cômodo na
fase de desenvolvimento completo fica entre 700º a Quanto maior for a temperatura do ambiente, menor
1500º C dependendo das características dos combustí- será a necessidade de oxigênio.
veis presentes e da configuração do cômodo.
próximos; os materiais
presentes no
ambiente;
combustível combustível combustível combustível não
abundância;
oxigênio em diminuição da oxigênio restrito baixa
oxigênio; oxigênio;
temperatura aumento grandes temperatura
piso;
duração de curto ascensão da calor irradiado presença de
convecção.
risco de ignição
da fumaça se
injetado ar no
ambiente.
Fonte: (CBMDF, 2009)
Podemos ainda separar este fenômeno em duas situ- Situação 1: Curva do flashover “teórico”
ações distintas, que ficam bem exemplificadas através
É importante frisar que no gráfico teórico do flasho-
dos gráficoa abaixo:
ver, o incêndio permanece até o final sem ser perturbado.
Pode ocorrer também de a fumaça no interior do am- • Ghost flames ou Rollover – o aparecimento de cha-
biente não estar em chamas, devido à limitação de com- mas esporádicas na capa térmica indica que a capa
bustível, mas estar acima do ponto de ignição. Quando a térmica está prestes a entrar em ignição e, como já
fumaça alcança o exterior e se mistura com o oxigênio mencionado, a elevação de temperatura reduz a ne-
atingindo a concentração adequada, ela se incendeia cessidade de oxigênio podendo ocorrer o flashover a
produzindo chamas de ponta (flameover). qualquer instante.
Os sinais indicativos de um risco de backdraft são ¾¾ Línguas de fogo ou chamas de ponta (fla-
(CBMES, 2015): meover) – indica que a fumaça está acima do
ponto de ignição, precisando apenas diluir-
¾¾ Ambiente subventilado.
se no ar para incendiar.
¾¾ Fumaça cáqui, densa e turbulenta – a fuma-
¾¾ Oleosidade nos vidros – os combustíveis em
ça é caqui, já que não há chamas. É densa
suspensão na fumaça condensam-se nos
devido ao acúmulo de combustíveis e é tur-
vidros e fica como um óleo passado nos vi-
bulenta já que está aquecida. dros pelo lado de dentro.
¾¾ Lufadas de fumaça nas partes superiores ¾¾ Portas e maçanetas aquecidas – em decor-
de portas e janelas - Devido ao acúmulo de rência das altas temperaturas no interior do
gases no ambiente ocorre uma sobrepres- ambiente.
são no interior do ambiente e isso força a fu-
¾¾ Efeito algodão – devido à densidade da at-
maça a ser expelida em pulsos pelas frestas
mosfera no interior do ambiente, qualquer
superiores de portas e janelas.
material que cair ou quebrar no interior, fará
¾¾ Ar sendo sugado pela parte inferior das por- um som abafado como se estivéssemos ou-
tas – com a expulsão de fumaça nas partes vindo com um chumaço de algodão no ouvido.
superiores, a pressão no interior alivia-se e
o ar é sugado para dentro do ambiente. Mui- O backdraft é uma explosão da fumaça, com onda de
tas vezes o deslocamento de ar para o inte- choque capaz de derrubar um bombeiro, quebrar janelas
rior provoca um som como de um assovio. ou até mesmo colapsar estruturas.
Os agentes extintores certificados no Brasil e que Vejamos esta situação: uma massa de 1 Kg de água
serão abordados neste manual são: lançado em um incêndio, considerando a temperatura
inicial de 20ºC, terá o volume inicial de 1 litro. Esses
• Água - NBR 11.715;
1000 gramas de água absorverão calor no estado lí-
• Espuma mecânica - NBR 11.751; quido até atingir a temperatura de 100ºC, quando en-
• Pós para extinção de incêndio - NBR 10.721; e tão passará para o estado de vapor.
• Gás carbônico - NBR 11.716. Sendo assim, temos: Q (quantidade de calor, em ca-
lorias) x M (massa) x C (calor específico, em cal/g.oC) x
As normas citadas acima se referem apenas ao
T (variação de temperatura, em oC)
emprego desses agentes em aparelhos extintores de
incêndio. 1000g x 80ºC (de 20 para 100ºC) = 80.000 cal ou 80
Kcal
10.2.8.1. Água no Combate a Incêndio
A 100 oC, temos: Q = M x L, Onde L é o calor latente
É o agente extintor mais utilizado na eliminação de da substância
incêndios, devido ao seu baixo custo e à sua abundân-
100x540 =54.000 cal ou 54 Kcal
cia. Ela atua na extinção principalmente por resfria-
mento, devido ao seu alto calor específico, fazendo Vê-se, assim, que a água absorve quase 7 vezes
com que ela absorva uma grande quantidade de calor mais calor para mudar de estado físico do que para
para pouco incremento na sua temperatura. aquecer de 20º para 100º C.
Q = A.v
Onde:
Sapatas
Q é a vazão;
Calço de A é a área da seção transversal do conduto;
Madeira
v é a velocidade com que o fluido passa pelo conduto.
Supondo que cada sapata desta viatura exerça um
força média de 130.000 N no solo e que as áreas de con- Examinando a fórmula supracitada percebemos que,
tato das sapatas e dos calços de madeira sejam, respec- aumentando a área da seção transversal do conduto con-
tivamente de 0,2 m² e 0,5 m², calcule a pressão realizada seqüentemente tem-se um aumento de vazão. Na prática
no solo por essa viatura com a utilização dos calços e de combate a incêndios, ao utilizarmos uma mangueira de
também sem a utilização dos mesmos. 1 ½“ e posteriormente uma de 2 ½“ nota-se visivelmente
que teremos uma maior saída de água em determinado
Resposta: tempo nesta mangueira do que naquela, comprovando
Pressão SEM os calços de madeira P1 = F/A assim a teoria da vazão.
• P1 = 130.000 / 0,2
10.3.2. Estruturas e Fenômenos
• P1 = 650.000 Pa
Após esta explanação de conceitos físicos somos ca-
Pressão COM os calços de madeira P2 = F/A pazes de analisar algumas estruturas e fenômenos per-
• P2 = 130.000 / 0,4 tencentes às viaturas de combate à incêndio do CBMERJ.
Fig. A
Como a transferência do torque é total, essas viaturas possuem um maior ganho de pressão e
vazão nas operações de bombeiro militar.
2 O eixo cardã (também conhecido como cardan ou cardão) é um componente do sistema de transmissão de um veículo, responsável pela transmis-
são do torque oriundo do motor para as rodas. Muito utilizado em veículos com motor dianteiro e tração traseira ou 4x4 e em algumas motocicle-
tas
3 O sistema de transmissão automotiva é o responsável por transmitir a força, rotação e torque, produzidos pelo motor, até as rodas, antes, passan-
do pelo sistema de embreagem, caixa de câmbio, diferencial e semi-eixos.
4 Uma caixa de marchas ou caixa de mudança de velocidades ou caixa de câmbio de um automóvel tem como principal objetivo desmultiplicar a
rotação do motor oferecendo maior torque ou velocidade, dependendo da necessidade do motorista ao conduzir o veículo, para o sistema de
transmissão do veículo. Além de possibilitar a mudança de sentido de rotação do eixo do motor (marcha-à-ré).
Como a transferência do torque é parcial, essas viaturas possuem um menor ganho de pressão
e vazão nas operações de bombeiro militar.
i) Características: i) Características:
• Os equipamentos operacionais são acondicio- • Não possui bomba de combate à incêndio, sen-
nados na caçamba. do necessária a utilização de uma viatura auto-
bomba para realizar o combate, servido de su-
ii) Guarnição porte para a AEM.
A guarnição completa do AR é composta por um mo- ii) Guarnição
torista ou precário e um encarregado de hidrante. O Co-
mandante de Operações também é transportado pelo Composta por 01 (um) motorista e um operador, po-
AR. dendo este acumular a função de motorista.
• Tanque com capacidade de 2.000L de água. A guarnição será definida pelo comandante de socor-
ro.
ii) Guarnição
A guarnição será definida pelo comandante de socor-
ro.
ii) Guarnição
A guarnição será definida pelo comandante de socor-
ro.
10.4.1.2. Balaclava
Tem a finalidade de propiciar proteção à cabeça e pes-
coço do bombeiro, além de oferecer certo conforto por
ser maleável, confeccionado em tecido plano ou malha
em nomex e/ou aramida e/ou aramida/carbono ou arami-
da ou tecido com aplicação retardante antichama, alumi-
nizado ou não, com abertura total da face ou abertura só
dos olhos ou abertura só dos olhos dividida.
40 l/min
6 l x 300 bar = 45 min 6 l x 200 bar = 30 min (4x4)*l x 200 bar = 40 min
40 l/min 40 l/min 40 l/min
a duração da reserva de ar
3 (4+4) litros a 200 bar: 40 minutos efetivos – 10 min de reserva = 30 min de trabalho
a. Visibilidade limitada – a máscara reduz a visão a. Condição física – se o bombeiro estiver com um con-
periférica e em caso de embaçamento pode redu- dicionamento físico deficiente, o ar contido no cilindro
zir quase que totalmente a visão do usuário; será consumido mais rapidamente, diminuindo a auto-
nomia;
b. Capacidade diminuída de comunicação – a masca
prejudica de forma sensível a comunicação verbal; b. Características faciais – apesar de o equipamen-
to ser projetado para atender os usuários de uma
c. Aumento do peso – dependendo do modelo utili- forma genérica, os contornos da face do usuário
zado, o equipamento e proteção respiratória en- podem afetar em um melhor ou pior ajuste da
tre 11 e 16kg; máscara;
d. Diminuição da mobilidade – o aumento do peso e c. Grau de esforço físico – quanto maior o esforço
o efeito aprisionante o suporte dorsal e os tiran- para realizar uma atividade, maior o consumo de ar;
tes de fixação reduzem a mobilidade do bombeiro;
d. Pegar o suporte dorsal ou o cilindro com as mãos, Veja nas fotos a seguir a sequência para a equipagem:
uma de cada lado;
E F G
K L M
P Q
A B C
G H
Após a utilização, deve ser feita a conservação do O êxito no emprego dos aparelhos extintores de in-
que se resume em limpeza e verificação da integridade cêndio depende dos seguintes fatores basicamente:
de todos os tirantes, cilindro, suporte dorsal, válvulas, • Aplicação correta do agente extintor para o tipo
bem como da máscara facial. Não deve ser utilizado de combustível (sólido ou líquido) e sua compo-
qualquer tipo de solvente para este tipo de limpeza, sição química;
apenas água e sabão neutro, não podemos utilizar de-
tergentes. • Manutenção periódica adequada e eficiente;
• Para cilindros de composite – o reteste deve ser • Portáteis – esta classificação refere-se a todos
feito a cada 03 anos e deve ser descartado com os aparelhos extintores que podem ser trans-
15 anos de uso. portados manualmente, sua massa total não
deve ultrapassar 20 kg.
10.4.2. Aparelhos extintores
• Não portáteis (Sobre rodas) – são os aparelhos
Aparelhos extintores são aparelhos que contêm um extintores com massa superior a 20 kg, não per-
agente extintor que pode ser projetado e dirigido sobre mitem o transporte manual e por isso são mon-
um incêndio pela ação de uma pressão interna, pressão tados sobre rodas para que possam ser deslo-
essa, que pode ser fornecida por compressão prévia cados por uma única pessoa.
(sistema pressurizado) ou pelo auxílio de um gás auxiliar,
LOGO DA EMPRESA
Pino de
Lacre Segurança
7
3
1
6
1 – Mangueira
2 – Esguicho
4 – Cilindro
5 – Gatilho
6 – Manômetro
7 – Pino de segurança
Extintor AP
8 6
7
3
1
1 – Mangueira
2 – Esguicho aerador
4 – Cilindro
7 – Manômetro
8 – Pino de segurança
2 4
1 2
6
8
3
7 1 – Mangueira
2 – Esguicho
4 – Cilindro
6 – Gatilho
5 7 – Manômetro
8 – Pino de segurança
Extintor PQS
1 4
2
7 1 – Mangueira
2 – Gatilho
4 – Pino de segurança
6 – Cilindro
8 5
7 – Punho
8 – Difusor
Extintor CO2
São empregadas, também, para esgotar a água de lo- 10.4.3.1.3. Quanto ao transporte
cais inundados, a fim de facilitar os trabalhos de prote-
a) Portátil – aquela que pode ser transportada pelos
ção e salvamento.
próprios operadores.
Não podemos classificar uma bomba isoladamente
b) Automóvel (autobomba) – quando a mesma é parte
como a melhor, para cada situação haverá uma que apre-
integrante de uma viatura automotor.
sentará determinadas características que a torne mais ade-
quada, por exemplo, a bomba Rosenbauer é muito potente, c) Reboque – quando está montada sobre um reboque,
porém é muito pesada e grande, nos casos onde há a dispo- possibilitando o rebocamento ao ser atrelada a uma
nibilidade de energia, uma bomba elétrica seria bem mais viatura automotora.
apropriada e prática. Para utilizarmos a água de uma cister- d) Marítima – quando transportada em embarcações.
na, a bomba submersível é mais indicada, desse modo deve-
mos pensar nas condições que o meio nos impõe e pensar 10.4.3.1.4. Quanto à potência
qual das bombas atende melhor as nossas necessidades. a) Bomba de pequena potência – apresenta vazão de
até 900 litros/minuto.
10.4.3.1. Classificação das bombas de
b) Bomba de média potência – possui vazão de 901 a
incêndio
2.235 litros/minuto.
As bombas de incêndio podem ser classificadas sob
c) Bomba de grande potência – tem vazão acima de
diversos aspectos, para a nossa abordagem adotaremos
2.235 litros/minuto.
as classificações quanto ao funcionamento, à fonte de
energia, ao transporte e à potência. 10.4.3.2. Funcionamento das bombas
de incêndio
10.4.3.1.1. Quanto ao funcionamento
Neste momento faremos a descrição do funciona-
a) Bombas de pistão – É o princípio de funcionamento
mento dos vários tipos de bombas de incêndio, eviden-
das bombas costais utilizadas em incêndios florestais.
ciando suas principais características.
b) Bombas centrífugas – são as mais utilizadas no CB-
MERJ e nas instalações fixas de diversas edificações 10.4.3.2.1. Bomba de pistão
(residenciais, comerciais, industriais, etc). Com o movimento do pistão no interior do cilin-
c) Bombas de engrenagens – Também chamadas de dro, no sentido da aspiração, a válvula de admissão é
rotativas de engrenagens. São bombas utilizadas para aberta e o ar extraído do corpo da bomba e do man-
realizar escorva, por realizar a retirada de ar, é também gote. Devido à pressão atmosférica, a água penetra no
utilizada para sistemas que necessitam de grande pres- corpo da bomba. Invertendo o movimento do pistão, a
surização, como o sistema das plataformas e escadas válvula de admissão é fechada e a água existente no
mecânicas. corpo de bomba é comprimida, sendo expelida para
o exterior através da válvula de expulsão. As bombas
10.4.3.1.2. Quanto à fonte de energia de incêndio deste tipo são, geralmente, formadas de
a) Manual – a fonte de energia é a própria força física do duas ou mais bombas conjugadas, com movimentos al-
operador, tendo como exemplo a bomba costal. ternados, possuindo câmaras de aspiração e de com-
Fig.:bomba de pistão
TABELA – ESPECIFICAÇÕES DA
IVECO MAGIRUS TS 10-1000 2) Verificar o combustível (se necessário completar).
Motor
OBSERVAÇÃO:
Após ser engrenado, a bomba estará pronta para o funcionamento, começará a fazer a escorva automáticamente,
sendo necessário apenas o controle da aceleração por parte do usuário.
Motor
Tipo de motor GX160K1 – 4 tempos
Cilindradas 270 cm3
Potência 7,9 HP a 3.600 rpm
Capacidade do reservatório de combustível 5,3 litros
Bomba de água
Tipo de bomba Centrífuga autoescorvante
Diâmetro de admissão 3”
Diâmetro de expulsão 3“
Pressão máxima 2,68 bar
Vazão 1.100 litros/min
Escorva
Sucção máxima 8 metros
Tempo de escorva 150 segundos para 5 m.c.a.
Fonte: Manual do fabricante
Ao término das operações, especialmente quando a bomba não vier a ser utilizada em um curto período de tempo,
deve-se fechar a válvula de combustível com a bomba em funcionamento, até que o motor desligue sozinho, indicando
que todo o combustível foi queimado, a fim de evitar danos ao mesmo por resíduo de combustível.
Motor
Tipo de motor MZ 175 – 4 tempos
Cilindradas 171 cm3
Potência 5,5 HP a 4.000 rpm
Capacidade do reservatório de combustível 4,5 litros
Bomba de água
Tipo de bomba centrífuga
Diâmetro de admissão Não aplicável
Diâmetro de expulsão 2½“
Pressão máxima 1,72 bar
Vazão 420 litros/min
Escorva
Sucção máxima Não aplicável
Tempo de escorva Não aplicável
Fonte: Manual do fabricante
8) Ajuste o afogador.
10.4.4. Hidrantes
Os hidrantes são pontos de tomada de água onde há
uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas
angulares com seus respectivos dispositivos. Este tipo
de recurso é de suma importância para as atividades de
combate a incêndio.
• Massa do Hidrante: 91 Kg
• Material Empregado:
• Bujão ou cinta de metal: latão fundido; Corpo
• Corpo e tampão: ferro fundido. Tampão
Cinta de Metal
• Pintura: tinta esmalte vermelho;
• Pressão Máxima de Serviço: 10kgf/cm2
• Acessórios:
Tampa da Caixa de Registro
• Curva dessimétrica com flanges (100 mm), mas-
sa =32 Kg
Curva de 90º de 100 mm F/F
• Registro com flanges
Diâmetro = 75 mm, massa = 22 Kg Registro
A confrontação do método exposto com a realidade vula de retenção ou estiver com defeito, o militar deverá
foi comprovada através da seguinte forma: deslocar-se até a caixa de incêndio do primeiro andar re-
tirar a redução 2½” rosca fêmea grossa para 1½`` storz
Com um tanque de capacidade conhecida, cronome-
substituí-la por uma adaptação de 2½rosca fêmea gros-
tramos o tempo de enchimento do mesmo tendo como
sa para 2½” storz e proceder ao abastecimento.
fonte a boca de 2 ½ ” de um hidrante de coluna cuja dis-
tância do jato foi medida. Sendo constatado erro na fai- Também chamado de hidrante de passeio por estar
xa de 10%, para menos, o que não compromete operação, normalmente nas vias de circulação.
visto surgir, assim, um ganho na vazão real do aparelho.
Existem outros métodos para cálculo de vazão, como
exemplo, o uso do pitômetro e do hidrômetro; porém,
nem sempre, esses equipamentos existem ou estão dis-
poníveis nas unidades operacionais.
Figura – Exemplo de operação do PGORH: “Consulta de todos os hidrantes de coluna existentes no raio de 300 metros do endereço
Rua Presidente Becker – Icaraí”.
Fig. – mangueira para combate a incêndio Fig. – disposição incorreta com dobras. Fonte CBMERJ
3) Enrolar a mangueira
Existe um aparelho chamado porta-mangueiras que mas na falta dele um cabo solteiro em forma de anel, fa-
faz um excelente arremate no enrolamento pelo seio, zendo um boca de lobo vai prender da mesma forma.
3)) Estender a mangueira correndo. Se estiver trabalhando em dupla, o AG estará pisando sobre a extremidade da
mangueira, o que ajuda o CG a parar de desenvolvê-la.
(a) Posicione a mangueira meada com as duas (g), (h) Passe a alça maior por dentro da menor
metades paralelas. Forme uma alça cruzan- (i) Vista a alça no ombro
A B C
D E F
G H I
A B C
D E F
Vale ressaltar que nesta técnica só a mangueira é ar- Outra forma de desenrolar, caso o bombeiro esteja so-
rastada pelo solo, nunca a união STORZ. zinho, é fixar uma extremidade conectando a mangueira
no hidrante ou amarrando-a a um ponto fixo e caminhar
Para desenrolar, basta que um bombeiro puxe a união
deixando que os gomos se desenrolem do ombro.
de cima, enquanto o bombeiro que carrega a mangueira
fica parado.
A B C
D E
Esguicho tronco-cônico
iv) Esguicho tipo pistola com vazão regulável to básico de CI em detalhes para aproveitarmos todos
A grande diferença em relação ao esguicho regulável é os seus recursos conscientemente. Por isso apresen-
que permitem a regulagem da vazão de água além do for- tamos a seguir todas as características do esguicho
mato do jato. O punho em forma de pistola também confe- tipo pistola com vazão regulável da marca Protek, mo-
re uma melhor ergonomia e mais firmeza na empunhadura. delo CMC PROTEK # 366 recentemente adquirido pela
corporação.
O esguicho é como a arma de fogo de um soldado na
batalha, é importante conhecermos esse equipamen-
Observe de baixo para cima: marcação do diâmetro, marcação das posições OPEN, CLOSED (aberto, fechado), anel
seletor de vazão, anel de ajuste da forma do jato
Abaixo, vemos alguns modelos de esguicho monitor Com o desenvolvimento dos materiais, o esguicho de
de diferentes fabricantes. vazão regulável evoluiu para o esguicho combinado. Fei-
to de polímero e modelado por computador, o esguicho
10.4.8.2.2. Tipos de jato d’água combinado permite, por meio de mecanismos indepen-
dentes, a regulagem de jato, a regulagem de vazão e a
Para a aplicação de água e aproveitamento de seu
abertura e fechamento rápidos. Isso permite o emprego
potencial como agente extintor, os bombeiros valem-se
Sólido, obviamente, não se trata do estado físico da • Permite maior mobilidade da linha devido à me-
água, mas refere-se à plenitude do agente no jato. O jato nor pressão e ao menor recuo;
sólido é produzido pelo esguicho agulheta ou por esgui- • Tem maior poder de penetração.
chos de jato sólido14 (um tipo agulheta com mecanismo
Há, entretanto, desvantagens, dentre as quais cita-
de abertura e fechamento). O termo sólido, vem da for-
mos:
mação do jato como uma figura geométrica sólida, pre-
enchida. • O uso do esguicho de jato sólido não permite o
emprego de muitas técnicas;
Eles nada mais são do que um mero estreitamento,
ou seja, a água é lançada preenchendo todo o cilindro do • O jato promove uma menor absorção de calor
provoca um grande arrasto dos gases ao redor, seja ar ou pressão aplicada, o cone se desfaz, perde a forma e não
fumaça. Essa característica possibilita o emprego desse há mais verdadeiramente um “jato”, mas uma névoa de
jato para ventilação (ver capítulo específico). gotículas de água que sai do esguicho.
O jato neblinado estreito, devido às suas caracterís- Devido ao tamanho das gotículas e da baixa velocida-
ticas, é muito útil para a proteção contra calor irradiado de do jato neblina, ele sofre grande influência do vento e
podendo ser usado para proteger os bombeiros de uma tem pouco alcance.
linha ou até mesmo material não queimado.
Em virtude da maior fragmentação (as gotículas são
A fragmentação da água faz com que ela absorva ca- menores), a água se vaporiza mais rapidamente que nos
lor muito mais rapidamente que nos jatos compacto e jatos compacto e neblinado, absorvendo o calor com
sólido. Devido a este fato, o jato neblinado produz uma maior rapidez. Isso provoca uma geração rápida e grande
quantidade maior de vapor e o faz mais rapidamente que de vapor de água.
os jatos compacto e sólido.
Para que a fragmentação seja eficiente, a pressão re-
sidual deve ser elevada, caso contrário as gotas produzi-
das serão grandes demais, destruindo as características
vantajosas desse jato. O esguicho combinado utilizado
pelo CBMES foi desenhado para ser eficiente com uma
pressão residual de 100 PSI (aproximadamente 7 kgf/
cm2).
JATO NEBLINA
Ampliando mais a abertura da regulagem do jato nos
esguichos, chega-se a um ponto no qual, dependendo da
• Temperatura – É a responsável pelo aquecimen- Classificação dos incêndios florestais quanto ao tipo
to ou resfriamento dos combustíveis. Em altas Para o caso da classificação dos incêndios florestais
temperaturas o combustível fica mais resseca-
quanto ao tipo, temos: incêndio de superfície, incêndio
do, portanto mais vulnerável, principalmente
de copa e incêndio subterrâneo.
quando associado à baixa umidade.
i) Incêndio de superfície – ocorre quando as chamas se
• Umidade – A umidade atmosférica é a quantida-
de de vapor de água presente no ar atmosféri- propagam junto ao solo, queimando os combustíveis da
co. Quanto mais alta for a temperatura, maior a superfície (arbustos e serapilheira). Tem por principais
possibilidade da água se manter na atmosfera características a alta inflamabilidade, grande capaci-
sem se condensar e, desta forma, a umidade dade de propagação e geralmente não produz onda de
do ar se mantém mais alta. Da mesma forma, calor tão elevada, como apresentado na figura ao lado.
com temperaturas mais baixas, a possibilidade
do vapor de água passar para o estado líquido
é maior, mantendo menos umidade em forma
de vapor na atmosfera. A umidade atmosférica
também influencia na umidade presente nas
plantas. Durante o dia o ar retira umidade da
vegetação, uma vez que possui maior capacida-
de de absorver água e maior temperatura que
os vegetais. O contrário ocorre à noite, quan-
do as plantas absorvem umidade do ar, já mais
fresco e úmido. A umidade de um combustível
é a quantidade de água presente no vegetal em
porcentagem em relação ao peso seco, poden-
do chegar a 300%.
• Ventos – Os ventos, além de alimentar o incêndio
oferecendo-lhe o comburente necessário, são
Fig. Fonte: CBMGO
responsáveis pelo direcionamento da propaga-
ção do incêndio. Portanto a direção do vento deve
ii) Incêndio de copa - ocorre quando as chamas atingem
ser observada constantemente, pois se esta se
as camadas mais altas do combustível, nomeadamen-
alterar durante o combate, uma localização que
te as copas das árvores e se propagam através destas.
antes era segura pode se tornar perigosa.
Fig. bambi-bucket
10.4.10.6. Métodos de combate a incên- Os principais materiais utilizados nesta fase do in-
dio florestal cêndio são: croque, alavanca, pá, gadanho e enxada,
materiais estes que já foram descritos nos capítulos an-
A forma de efetuar o combate a incêndios florestais
teriores deste volume, não se fazendo necessária nova
será escolhida pelo comandante do socorro após levar
exposição a respeito dos mesmos.
em consideração todos os fatores abordados neste es-
tudo. Existem três métodos de combate, estes são: dire- 10.4.12. Escadas
to, indireto e o combinado ou misto.
Muito além do CI, em todas as atividades de bombeiro
O método direto há o contato direto com a chama, in- é frequente a necessidade de se alcançar locais acima do
dependente da técnica e da tática aplicada. nível do piso e por isso as escadas são um equipamento
Já no método indireto ocorre quando não há a possi- fundamental. Além de servir como meio de alcançar luga-
bilidade de se fazer o combate direto, neste caso, são res elevados, elas possuem outras funções como servir
utilizadas estratégias para contenção e extinção do in- de plataforma, calha para escoamento de água, ponto de
cêndio sem o contato com as chamas. Pode utilizar-se ancoragem e tripé improvisado.
a construção de aceiros, que é uma descontinuidade na A variedade de tipos de escada e suas dimensões são
vegetação, para eliminar o combustível, ou aproveita-se enormes. Adiante, mostraremos as mais comuns para
a constituição rochosa de determinado local para encur- operações de bombeiros.
ralar o incêndio ou ainda aplicação de uma linha fria para
Fig. escada prolongável de 3 lanços em alumínio sendo usada Fig. foto antiga mostrando a utilização
como ponte; https://www.mountainguides.com /photos/simo/ da escada de bombeiro.
ev03-ladder-hahn2.jpg
Fig. Escada de ganchos com ganchos retráteis. Fig. Escada de gancho dobrável.
Bulbo de vidro
Defletor
Fig. Sprinkler
Fig. Pára-raios
3) Número de linhas (ou guarnições) envolvi- 4) chamas e fagulhas vindas de janelas ou ou-
das; tras aberturas;
4) Pessoal e material afastado do ataque efe- 5) condução de calor através de dutos metáli-
tivo às chamas. cos, etc, de cômodo para cômodo;
vi) ABORDAGEM DE AMBIENTE E PASSAGEM DE 3. O auxiliar da linha, posicionado para a abertura da por-
PORTA ta de modo protegido, abre a porta deixando à mostra
uma pequena fresta;
Entendemos abordagem como as ações de aproxima-
ção, abertura de acesso(s) e penetração em um ambiente 4. Pela fresta o operador do esguicho lança um pulso ne-
sinistrado. blinado médio na parte superior da abertura enquan-
to visualiza as condições no interior.
Ao se chegar a uma porta fechada dentro de uma edifi-
cação sinistrada, os bombeiros na linha de ataque devem Conforme as condições confirmadas, a abordagem
proceder com cautela, haja vista que toda ventilação pro- prossegue de modo diferente.
voca aceleração da queima e aumento da taxa de libera- vii) FOCOS EM FASE INICIAL
ção de calor, além de poder acarretar em fenômenos de
A fase inicial de queima de um foco não apresenta
comportamento extremo do fogo.
grande potencial de risco iminente e, exatamente por
Diante disso, os bombeiros devem proceder uma ve- isso, merece que sejam tecidas algumas considerações.
rificação perimetral da porta procurando por sinais que
Devido ao aspecto menos alarmante que um foco em
indiquem a condição do interior do cômodo. É necessá-
fase inicial apresenta, o grande risco para os bombeiros é
rio que se verifique em qual fase de desenvolvimento o
a negligência com aspectos básicos relativos à segurança.
fogo está, em qual regime de queima ele se encontra (se
limitado pelo combustível ou pela ventilação). A tempe- Apenas por que um foco não apresenta dimensões ou
ratura da porta deve ser checada à procura de indícios aspecto alarmantes, não significa que no ambiente não
que demonstrem a presença e altura da capa térmica. A haja calor ou concentração de gases tóxicos suficientes
coloração, densidade, opacidade e velocidade da fumaça a causar lesões.
devem ser checadas. Por isso, um ambiente em fase inicial deve ser abor-
Sempre que os bombeiros se depararem com uma dado com toda atenção e cautela e com os bombeiros
porta pirolizando pelo lado externo, devem resfriá-la adequadamente equipados.
com jato mole a fim de preservá-la. A perda da porta sig- Outro problema que pode ocorrer é o super-dimensio-
nifica perda do controle sobre a ventilação do foco que namento do foco. Um pequeno foco é capaz de inundar
está por trás dela. um ambiente grande com fumaça e calor e, por isso, al-
|
avançado Não permitir excesso
Produzir VAPOR EXTERNO Lançar a água sobre paredes e teto
Ataque indi- Compac- 30 - paredes e tetos devem estar de vapor de água.
3 – 7 Bar para resfriar o cô- (fora do cô- para que absorva o calor e forme
reto to gpm superaquecidos Não usar em cômodos
modo modo) vapor que resfrie o ambiente
- CÔMODO DEVE SER BEMVE- ventilados
Vol. 3
DADO
|
Fase Crescente em estágio Lançar a água sobre paredes e teto
Resfriar o com-
avançado para que absorva o calor e forme Não permitir excesso
bustível na fase EXTERNO
Ataque com- Compac- 30 - paredes e tetos devem estar vapor que resfrie o ambiente em de vapor de água.
CBMERJ
3 – 7 Bar sólida e produzir (fora do cô-
binado to gpm superaquecidos movimentos circulares, alternando Não usar em cômodos
VAPOR para resfriar modo)
- CÔMODO DEVE SER BEMVE- com jato dirigido à base das chamas ventilados
o cômodo
DADO sobre os materiais sólidos
Inundar o cômodo
EXTERNO Por uma pequena abertura na parte
Saturação 30 com neblina para Foco INCUBADO (cômodo fecha- Certificar-se da quei-
Neblina 7 – 9 Bar (fora do cô- superior, injetar 2-3s de jato neblina
com neblina gpm resfriar, diluir e aba- do e queima lenta) ma lenta
modo) e esperar fazer efeito por 12-15s
far a fumaça
Pulso
Neblina- Extinguir chamas Estado pré-flashover (chamas Pulsos de 1-2 s com pausa de 1-2s
Neblinado 30
do Est- 7 – 9 Bar na capa térmica e isoladas ou rollover) em cômodos INTERNO se a temperatura não estiver muito Vigiar a descida do
Médio gpm
reito impedir flashover médios alta. plano neutro
Ofensivo
Vol. 3
go de alta 125 modo fechando o esguicho devagar mente (golpe de aríete)
Neb-
Extinguir foco gen- Foco em fase de pleno desenvolvi-
|
vazão linado 7 – 9 Bar
eralizado mento
estreito gpm Posicionar-se entre o
(fora do Z – áreas de 30 m2 O – áreas de 20
(ZOTI) fogo e a área intacta
cômodo)
m2 T – áreas de 10 m2 I – corredores
CBMERJ
511
Nesse ambiente, por sua dinâmica e características, vê- de ventilação. Os possíveis focos devem ser resfriados
se que os combustíveis na fumaça precisam apenas atingir para que não entrem em ignição à medida que a fumaça
a concentração adequada para uma queima violenta. Ao se for expulsa.
abrir uma porta ou janela, inevitavelmente o ar estará en-
trando no ambiente e, consequentemente, carregando O2, 10.5.1.5.2. Combate a incêndio
fornecendo exatamente o que os gases precisam para se classe B
deflagrarem. Como é necessária uma abertura para que se O melhor método de extinção para a maioria dos in-
entre no ambiente, ao oferecer o comburente os bombei- cêndios em líquidos inflamáveis é o abafamento, poden-
ros devem retirar algo para que os requisitos da combus- do ser utilizado também a quebra da reação em cadeia, a
tão não estejam todos presentes. retirada do material e o resfriamento.
A abertura da porta dá-se como nos passos 1 a 4 no iní- Para realizar o abafamento em líquidos inflamáveis
cio do tópico. Por meio da checagem visual no interior do pode ser utilizada a água através de jato neblinado, a es-
ambiente, é possível confirmar as suspeitas da condição puma, areia ou cal. Porém observaremos a seguir que o
no interior do cômodo.
uso da água nos impõe algumas restrições.
O auxiliar deve efetuar a abertura da porta abaixado
e protegido pela porta, firmando-a para que não se abra 10.5.1.5.2.1. Abafamento /
de repente por causa da força da explosão, caso ocorra. resfriamento com água
Se a porta tiver a abertura para dentro do cômodo, a ope- Apesar de não ser o melhor agente extintor para líqui-
ração da porta deve ser feita com o auxílio de um cabo dos inflamáveis, a água pode combater este tipo de in-
preso à maçaneta possibilitando que o auxiliar a opere cêndio se usada corretamente, desde que haja a consci-
sem que fique na linha de abertura da porta. ência por parte do bombeiro dos riscos secundários que
Os passos 1 a 4 devem ser repetidos até que o aspecto podem surgir. Para tanto deve ser usado jato neblinado
da fumaça esteja indicando uma menor combustibilidade. com alta pressão para abafar e absorver o calor gerado.
Verifica-se isso pela fumaça mais clara (cinza), menos den- É importante ser observado na utilização da água nes-
sa, menos opaca e movendo-se de forma menos turbulenta. ta classe de incêndio o fato de que a maioria dos líquidos
Em seguida, caso necessário, deve ser utilizada a téc- inflamáveis são mais “leves” que a água, uma vez que são
nica de saturação com neblina pela parte superior da por- hidrocarbonetos cujo peso molecular é menor, de forma
ta, até que o ambiente permita a entrada dos bombeiros. que no decorrer do combate a água utilizada tende a se
depositar no fundo do recipiente, recebendo calor do lí-
Assim que os sinais de risco diminuírem, a porta deve
quido inflamável em chamas, evaporando-se. O combus-
começar a ser aberta lentamente enquanto o operador
tível então forma uma espécie de tampão de contenção
do esguicho procura saturar a região superior do cômo-
do vapor, porém, com o aumento da pressão, pode ocor-
do nas imediações da porta na parte interna com pulso
rer a expulsão do combustível do recipiente pelo vapor
neblinado médio.
(uma espécie de explosão similar a de uma panela de
A intenção dessa neblina é diminuir a combustibilida- pressão), a este fenômeno denominamos boil over. Se o
de da fumaça próxima à porta, que vai ter contato com líquido inflamável for mais denso que a água, este risco
o oxigênio, e o resfriamento para abaixar a temperatura específico não existe.
aquém do ponto de ignição.
Os sinais característicos do “boil over” são:
Uma vez que o ambiente foi abordado, ele deve ser
dominado. Em um ambiente em queima lenta, o calor e • O calor no fundo do tanque de combustível,
a fumaça devem ser dissipados para prevenir novas ig- que pode ser identificado lançando-se um jato
d’água na lateral do tanque abaixo do nível do
nições. Isso deve ser feito por meio de uma das técnicas
Neblinado 1 ½ ou 2 ½ 3 metros
Vale ressaltar que o bombeiro deve sempre estar cor- bombeiro só deve entrar no local se houver vítima a ser
retamente equipado, com EPI completo de combate a resgatada.
Incêndio, inclusive a bota específica para esta atividade,
a bota utilizada no CBMERJ oferece resistência até 600 De uma maneira geral, existem procedimentos que
volts. devem ser adotados em locais com energia elétrica para
Para incêndios que ocorrem em galerias subterrâneas melhorar a segurança dos bombeiros:
e caixas de passagem, a regra é combater pelo lado de • Fios caídos devem ser tratados como “linha
fora apenas com PQS ou CO2, pois será impossível iden-
viva”, deve-se afastá-los com a vara de manobra
tificar o local exato que está energizado. Neste caso o
e sempre que possível isolar a área
A abertura deve ter tamanho adequado à estrutura. • Telhas de barro podem ser retiradas com as
Para uma residência média, isso significa aproximada- mãos, croque ou outra ferramenta com cabo (pé
mente 1,2m x 1,2m; para edificações maiores, uma abertura de cabra, alavanca), ou cortadas com machado;
de 3m x 3m. É sempre melhor fazer uma abertura grande • Telhas de metal ou fibrocimento (antigo amian-
do que várias pequenas, pois o arraste da fumaça é maior. to) podem ser cortadas com o moto-cortador;
Para quebrar uma janela de vidro, posicionar-se acima • Nunca cortar as estruturas de madeira, para
e ao lado da mesma e começar pela parte superior do vi- tanto se deve bater sobre as telhas à procura de
dro, para se proteger dos estilhaços e da fumaça. som oco que significa ausência do suporte
• Marcar as dimensões da abertura riscando com
a ponta do machado pode ajudar na hora de efe-
tuar os cortes;
• Pode ser usada uma linha de mangueiras para
proteção do bombeiro que está trabalhando na
abertura.
A B
Para a realização do rescaldo é necessária uma visto- De acordo com o U.S. Department of Justice (2000),
ria criteriosa às condições de segurança da edificação, podemos destacar 03 ações tomadas pelos primeiros-
tendo em vista que o fogo pode afetar partes estruturais -respondedores, isto é, profissionais bombeiros, que
da edificação, diminuindo sua resistência, tais como: con- contribuirão para a preservação dos vestígios e indícios
creto, madeiramento do telhado ou do piso queimado, dos incêndios e que facilitarão a realização dos exames
pisos enfraquecidos devido à exposição de vigas de sus- periciais de local de incêndio, sendo eles: a observação
tentação ao calor e ao choque térmico produzido duran- da cena e das características do incêndio, a preservação
te o combate, estruturas metálicas deformadas e reboco do local propriamente dita, e o registro da cena.
solto devido à ação do calor, entre outros. i) Observação da cena e das características do
Em caso de vítima fatal, acionar a PMERJ e avisar ao incêndio:
Centro de Operações do CBMERJ e CBA da área. O bombeiro-militar deve observar as condições da
cena e as características do incêndio, guardar tais in-
10.5.1.6.1. Preservação de local de formações mentalmente e, ao término das operações,
incêndio registrá-las, afim de que possa fornecer, ao perito que
Um evento de incêndio não pode ser encarado so- examinará o local de incêndio, uma descrição completa e
mente pela ótica do salvamento e extinção pelo profis- correta do evento.
A B C
A B C
B C
Fonte: CBMERJ
xii) Perigo Iminente ção deve formar junto às viaturas a que pertencem. Tal
Ao ser dado este sinal, verbalmente, ou toque de cor- procedimento tem a finalidade de verificar se há falta
neta, a guarnição deve abandonar, imediatamente, o local de algum elemento da guarnição. Cessado o motivo que
onde se encontra, deixando inclusive o próprio material levou a guarnição a abandonar o local, os componentes
de trabalho. Logo que deixe o local do sinistro, a guarni- da mesma retornam aos seus lugares, após ordem do Co-
mandante do Socorro.
Fonte: CBMERJ
Ressaltamos que para a operação de desarmar a esca- tempo em que a mão esquerda vai segurar
da, as ações são realizadas de forma inversa aos procedi- o banzo do lado esquerdo, um pouco acima
mentos de armar escada. da cabeça, e assim prossegue executando
iii) Condutas de Execução dos Movimentos na Es- este movimento ascensional em dois tem-
cada Prolongável pos alternados; pé esquerdo e mão direita,
e pé direito e mão esquerda. A posição do
A escada deve estar posicionada, corretamente, para
corpo durante a subida é a seguinte: o tron-
que possa ser utilizada. Os bombeiros devem utilizar a
co obedece à posição da escada sem nenhu-
técnica padrão para subida, descida e tomada de posi-
ma inclinação lateral, ligeiramente inclinado
ção, que visam à sua maneabilidade com máxima preste-
para frente, o máximo possível aproximado
za e segurança.
da escada, sem, contudo roçar nos degraus.
a) Para subir - O bombeiro dirige-se resoluta- A cabeça ligeiramente inclinada para trás e
mente à escada, onde faz uma ligeira pausa, o olhar sempre voltado para cima. Os bra-
a fim de tomar posição inicial de subida. ços e as pernas executam os movimentos
Esta posição inicial consiste em colocar o de flexão e extensão de modo a conservar
pé esquerdo no primeiro degrau e a mão di- os joelhos e cotovelos sempre para fora dos
reita segurando o banzo do lado direito, um banzos, e os pés tocam os degraus somente
pouco acima da cabeça, e constitui o 1º tem- com as plantas.
po. Em seguida, executa o 2º tempo, levando
b) Para Descer - Observa-se o movimento in-
o pé direito ao segundo degrau, ao mesmo
verso ao prescrito para a subida. Os movi-
1 2 3
4 5 6 7
5) Dá a voz
de “pronta
iii) Armação de ligação com três mangueiras a ligação”
após a
determi-
nação do
CG
6) Assume o
divisor
CG AG CL1 CL2
1) Transporta o divisor ao 1) Transporta duas man- 1) Transporta uma 1) Transporta uma man-
local tecnicamente reco- gueiras de 2½” e as mangueira de gueira de 2½”
mendado desenrola próximo à 2½”.
boca de expulsão da
viatura 2) Desenrola essa man-
2) Desloca-se até o local 2) Desenrola-a jun- gueira junto à boca de
onde o AG desenrolou a to à boca de ad- admissão do divisor na
mangueira e recebe dele 2) Retira o tampão da missão do divisor direção da viatura
a extremidade da man- boca de expulsão da na direção da
gueira viatura e conecta uma viatura.
mangueira 3) Faz a junção entre a
mangueira que desenro-
3) Estende a mangueira 3) Conecta uma das lou e a outra desenrola-
pela extremidade em 3) Faz a junção entre as extremidades da pelo CL1
direção ao CL1 mangueiras e entrega na admissão do
a extremidade livre divisor
ao CG 4) Estende essas manguei-
4) Faz a junção dessa ex- ras pela extremidade
tremidade com a outra, 4) Apanha as extre- em direção à outra que
trazida pelo CL2 4) Estende as manguei- midades unidas será trazida pelo CG
ras segurando-as pelo CL2 e esten-
pelas extremidades de em direção
5) Manda o AG dar a voz de unidas ao CG 5) Cuida da armação da
“pronta a ligação”. sua linha
6) Assume o divisor
CL AL CL AL
CL AL
CL AL 1) Transporta um es- 1) Transporta duas
guicho e duas man- mangueiras e as
1) Transporta um esgui- 1) Transporta uma man-
gueiras desenrola junto à
cho gueira e desenrola-a
viatura
junto à viatura 2) Desenrola essas
2) Conecta o esguicho na
mangueiras junto à 2) Conecta a extremi-
extremidade da man- 2) Conecta a extremida-
viatura dade de uma das
gueira desenrolada de dessa mangueira
mangueiras na boca
pelo seu ajudante na boca de expulsão 3) Faz a junção entre de expulsão da via-
usando redução, se as mangueiras que
3) Estende a linha tura, usando redu-
necessário desenrolou ção se necessário
4) Manda o AL dar a voz 3) Dá a voz de “pronta a 4) Conecta o esguicho 3) Faz a junção entre a
de “pronta a linha” linha”, após determi- na extremidade de 1ª e a 2ª mangueiras
nação do CL uma das mangueiras
5) Executa a posição de e entre a 2ª e a 3ª
combate 4) Toma posição de com- mangueiras
5) Apanha, ao mesmo
bate ao lado do CL tempo, as extremi- 4) Une a extremidade
dades unidas e o livre das manguei-
esguicho conectado, ras que desenrolou
x) Armação de linha direta com três mangueiras
estendendo a linha. a extremidade livre
das mangueiras
6) Coloca as juntas no desenroladas pelo
solo, quando a 1ª, 2ª CL
e 3ª mangueiras esti-
CL AL verem estendidas. 5) Estende a linha
1) Transporta um esgui- 1) Transporta uma auxiliado pelo CL
cho e uma mangueira mangueira e desen- 7) Manda o AL dar a transportando, ao
rola-a junto à viatura voz de “pronta a mesmo tempo, as
2) Desenrola essa man- linha” junções que reali-
gueira junto à viatura 2) Conecta a extremi- zou
dade dessa manguei- 8) Executa a posição de
3) Faz a junção entre a ra na boca de expul- combate. 6) Coloca as extre-
2ª e 3ª mangueiras são usando redução, midades unidas
9) Conectado o esgui- no solo, quando as
se necessário
4) Conecta o esguicho cho, manda o AL dar mangueiras estive-
na extremidade livre 3) Dá a voz de “pronta a a voz de “pronta a rem estendidas
da 3ª mangueira linha”, após determi- linha”
nação do CL 7) Dá a voz de “pronta
5) Estende a linha pela 10) Executa a posição de a linha”, após deter-
extremidade onde 4) Toma posição de combate minação CL
está conectado o combate ao lado do
esguicho CL 8) Executa a posição
de combate ao lado
6) Manda o AL dar a voz do chefe
de “pronta a linha”
7) Executa a posição de
combate
4ª) Para o bombeiro desfazer a amarração, bas- ii) Pela escada de incêndio das edificações
ta puxar a alça com a mão esquerda por cima É a armação de linha de mangueiras que passa por
do ombro. dentro da caixa de escada da edificação (caixa de escada:
Outra técnica fundamental para estabelecer uma li- é um conceito arquitetônico que significa o espaço verti-
nha de combate em plano vertical através de escadas é cal dentro da construção destinado à escada).
a posição de combate na escada. Nela o combatente usa Para esse tipo de armação é preciso deixar uma re-
uma das pernas para se travar na escada, passando-a por serva de mangueiras no pavimento em que será feito o
entre os degraus. Desta forma ele fica completamente combate e no lance de escadas que leva ao piso superior.
seguro para controlar o esguicho com a ajuda do AL para O peso desta reserva superior sustenta a linha de man-
tirar um pouco do peso da mangueira. gueiras e ajuda muito na maneabilidade da ponta da linha
de combate.
1) Determina qual linha 1) Apanha a extremidade 1) Coloca a ponta da linha 1) Lança a outra extremi-
ou quais linhas irão do cabo lançado próxima ao local de dade do cabo para bai-
tomar posição no an- içamento xo, avisando “atenção a
dar desejado corda!!”
2) Amarra a ponta da linha
2) sobe para o andar de-
2) Coordena toda a ope- terminado 2) Iça a mangueira após
3) Manda içar a linha e a
ração determinação do AG
guarnece para evitar
choque com a parede ou 3) Recebe do AL a corda,
vidraças da edificação amarra uma ponta da 3) Fixa a mangueira com
corda o cabo utilizado para o
içamento
4) Reassume o divisor
4) pede ao AL dar o pron-
to da linha 4) Faz amarrações inter-
mediárias se necessário
Ações de salvatagem empregadas no incêndio afeta- Ainda em relação aos focos ocultos, vão a seguir algu-
rão diretamente o rescaldo, minimizando ou prejudican- mas importantes observações a respeito:
do o mesmo. Atenção especial as madeiras do telhado e dos pisos.
10.5.5.1. Condições Perigosas da Edi- Possuem grande facilidade em conduzir o incêndio de um
ficação ambiente ao outro.
O planejamento do rescaldo deverá ser precedido por Quando da suspeita de focos escondidos
sob pisos, acima de forros ou entre pare-
uma verificação das condições de segurança da edifica-
des e divisórias, deve-se abri-los.
ção. O fogo pode afetar partes estruturais da edificação,
diminuindo sua resistência e a utilização de grande quanti- Durante o rescaldo uma linha deve per-
dade de água implica em um excesso de peso na estrutura. manecer armada para a extinção de focos
ou para qualquer eventualidade. Quando
Outros fatores que geram condições inseguras a ope- do seu uso deve-se fazê-lo em pequena
ração de rescaldo: quantidade.
• Concreto avariado pelo calor; Durante o rescaldo é comum descobrir-
• Madeiras das telhas ou do piso queimadas; mos pequenos objetos queimando, a
• Pisos enfraquecidos devido à exposição de vi- melhor opção para estes casos é colo-
gas de sustentação ao calor e ao choque térmi- cá-los em um recipiente com água que
co produzido durante o combate ao incêndio; molhá-los com jatos, pias, lavatórios,
bacias e tanques são excelentes opções
• Deformação das estruturas metálicas pela
para isso.
ação do calor;
• Dilatação das paredes comprometendo as pa- Os móveis maiores como sofás, estantes
redes; e camas poderão ser removidos para fora
do ambiente, onde possíveis focos pode-
• Revestimento solto.
rão ser extintos com mais facilidade.
10.5.5.2. Focos Ocultos
10.5.6. Comunicação por apito, gestos e
Esta parte do serviço só deve ser abandonada quan- cabos
do se tiver certeza da completa extinção do sinistro. Um
Deverá ser empregada quando a comunicação por rá-
rescaldo apressado ou mal feito pode exigir o retorno ao
dio não for possível ou ainda para facilitar a operação.
local sinistrado, para que isso não ocorra atenção e per-
sistência são necessários. O código para comunicação por apito deverá ser de
conhecimento de todos, a comunicação é simples e se-
• Para a detecção visual de focos ocultos deve-
se: Observar a existência de material descolora- gue o exemplo.
do, de pintura descascada, saída de fumaça por • Um silvo de apito: atenção e pare de fazer ba-
fendas, trincas em rebocos e papel de parede rulho;
ressecado e/ou chamuscado.
• Dois silvos de apito: retornar ao serviço;
• Para a detecção por meio de toques deve-se:
• Três silvos de apito: abandone o local imediata-
Sentir a temperatura das paredes, pisos ou de
mente.
outros materiais.
SINAL DE ACENO
Braço acima da cabeça,
movimentos circulares
SINAL DE ACENO
Levantar seguidamente o braço LUZ
Verde
LUZ
Verde SONORO
-Aumentar
SONORO a pressão
- Acelerado
SINAL DE ACENO
Braço na horizontal, cruzando-os
acima da cabeça
SINAL DE ACENO LUZ
Com o braço levantado, baixa-lo firme-
Branca
mente de encontro com a perna
LUZ SONORO
-Diminuir
_______ a pressão
SONORO
- Alto
SINAL DE ACENO
Braço na horizontal, cruzando-os
acima da cabeça
LUZ
Branca
SONORO
-Desarmar
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1
O sistema de transmissão automotiva é o responsável por transmitir a força, rotação e torque, produzi-
dos pelo motor, até as rodas, antes, passando pelo sistema de embreagem, caixa de câmbio, diferencial
e semi-eixos.
2
Uma caixa de marchas ou caixa de mudança de velocidades ou caixa de câmbio de um automóvel tem
como principal objetivo desmultiplicar a rotação do motor oferecendo maior torque ou velocidade, de-
pendendo da necessidade do motorista ao conduzir o veículo, para o sistema de transmissão do veículo.
Além de possibilitar a mudança de sentido de rotação do eixo do motor (marcha-à-ré).