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O conteúdo deste documento foi projetado e preparado em conjunto por 3 entidades – Abreu Advogados,
Aon e OPCO – com a intenção de partilhar diferentes perspetivas sobre uma realidade por nós acompanhada
com bastante intensidade, mas normalmente de forma separada.
Constatamos, em variadas oportunidades em que nos debruçamos sobre casos concretos, que as perspetivas
de cada uma das nossas áreas de especialidade são complementares, e todas concorrem para a defesa do
interesse das empresas com as quais trabalhamos.
Foi com o objetivo de sistematizar muito genericamente estas 3 perspetivas que construímos este
documento, já que acreditamos que desta conjugação resulta uma estratégia de gestão de riscos mais forte
do que resultaria da soma das partes.
Esperamos que este documento seja de leitura útil e que constitua uma ferramenta adicional de trabalho aos
Gestores e Executivos com responsabilidade em matéria de Gestão de Riscos da Empresa.
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Supply Chain - Riscos Contratuais e Legais - Uma perspetiva transversal
Índice
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Supply Chain - Riscos Contratuais e Legais - Uma perspetiva transversal
Prefácio
As cadeias de valor, nos dias de hoje, devem ser mais eficientes e mais flexíveis do que nunca.
As cadeias de abastecimento são também cada vez mais longas e complexas, aumentando o risco de falhas ou
interrupções em qualquer dos seus pontos.
Captar as interligações e dependências existentes, perceber riscos isolados, mas simultaneamente como
todos se agregam na cadeia sob análise, para que se consiga identificar os riscos “escondidos”.
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Causas:
Cyber crime /
Business
hacking / viruses /
interruption
malicious codes
Terrorism / sabotage
Consequências:
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Através de estudos que conduzimos nos vários sectores de atividade, verifica-se que as empresas identificam
frequentemente que os seguintes aspetos da cadeia de abastecimento têm potencial impacto nas operações
da sua organização:
• Maior exigência para entregas rápidas (inventários Just In Time, modelos comerciais On-demand);
• Produtos complexos em que se articulam fornecedores em vários níveis, aumentando as
interdependências e a necessidade de coordenação;
• Desastres naturais e eventos geopolíticos que afetam os fornecedores e cadeias de abastecimento;
• Pandemias
• Despesas de procura e perda de clientes chave;
• Aumento do risco cibernético;
• Logística/atrasos nos portos;
• Defeitos de fabricação e recalls incluindo temas relacionados com segurança do produto;
• (In)solvência do fornecedor;
• Furto e perda de carga.
Muitas destas questões, para além dos planos de contingência e continuidade do negócio, próprio de cada
organização, podem ser atendidas através de:
Cientes desta realidade, Aon, Abreu Advogados e OPCO Creating Solutions apresentam neste documento
de trabalho o que consideram ser uma estratégia de abordagem de forma a salvaguardar os riscos que
enfrentam as Empresas neste contexto.
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Fase 1
Avaliar o risco
Nesta fase pretende-se identificar os principais riscos da indústria e da empresa, ao longo da cadeia de
abastecimento, incluindo os riscos que lhe sejam transferidos por via contratual.
Intervenientes:
• Empresa
• Consultor legal
• Consultor de risco
• Consultor técnico
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Enquadramento internacional:
• Localização dos Clientes, a Lei aplicável aos contratos e o Tribunal competente em caso de litígio;
• Requisitos de segurança do produto;
• Requisitos ambientais e de reciclagem;
• Requisitos legais dos países de produção e dos países de distribuição (aplicação worldwide);
• Verificar existência de cláusula de arbitragem e analisar consequências da mesma.
É nesta fase que devemos salientar a importância de uma análise e avaliação adequadas à evolução da
própria cadeia de abastecimento.Uma abordagem tradicional pode não ser suficiente quando falamos de
sistemas cada mais complexos, com mais intervenientes. Muitas são as empresas com grande dificuldade
num inequívoco mapeamento da sua exposição (não conseguem ter uma clara visibilidade para além dos seus
fornecedores diretos). Adicionalmente, a crescente dependência tecnológica impacta fortemente o risco,
deixando as empresas ainda mais vulneráveis numa eventual interrupção do negócio.
Tier 2+
?
Tier 2
Tier 1
Tier 0
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Após a conclusão desta etapa, os clientes têm a compreensão das exposições da cadeia de abastecimentos e
recomendações de custo efetivo para melhorar os controlos e a cobertura da cadeia de abastecimentos.
Estarão preparados para saber como mitigar ou transferir parte desses riscos.
Considerar as diferenças entre obrigações legais em termos de garantia e em termos de responsabilidade
civil do produtor, assumindo, a nível colectivo ou individual, as respectivas consequências de eventuais
incumprimentos.
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Fase 2
Mitigar o Risco Operacional e Transferir o Risco por via contratual
Intervenintes:
• Empresa
• Consultor legal
• Consultor de risco
• Consultor técnico
Nesta fase prevê-se trabalhar com a Empresa para passar da avaliação de lacunas para a estratégia de as
solucionar, moldando um plano que atenda aos seus objetivos de custo-benefício na gestão do risco da cadeia
de abastecimentos.
Para esta fase concorrem a Engenharia de risco, a Transferência de risco e a Negociação dos Termos
Contratuais de Fornecimento da empresa com os seus clientes e fornecedores.
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de defeito nas matérias-primas, na conceção do produto, na execução, risco de Erros & Omissões/
intelectual, Cyber, Logístico;
• Definição dos processos de transferência do risco.
Após a conclusão desta etapa, os clientes devem ter identificado medidas concretas de redução do risco,
nomeadamente:
Alterações contratuais a realizarem sobre relações comerciais existentes (com os seus Clientes, e com os
seus Fornecedores) e metodologia de abordagem para futuros contratos que maximize a proteção em
compromissos futuros;
• Medidas de melhoria no perfil de risco físico nas instalações, na operação, nas entidades das quais
possam ter dependência logística, e estabelecido um plano de implementação dessas medidas, bem
como um plano de Contingência e Gestão de Crise.
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Fase 3
Transferência do risco através do seguro:
Intervenientes:
• Empresa
• Consultor legal
Uma vez determinados quais são os riscos que não se encontram salvaguardados, ou minimizados, através das
medidas referidas no ponto anterior, devem ser identificados os riscos a transferir para o mercado segurador.
Para a transferência por via de contratos de seguros, devemos proceder a um levantamento dos riscos ao nível de:
• Património
• Perdas de receitas (Lucros Cessantes)
• Transportes
• Crédito
• Risco cibernético
• Risco político
• Risco cambial
• Risco de capital e responsabilidades
• Outros
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Segue-se um processo de definição, em cada uma das áreas acima qual a capacidade de retenção de risco da
empresa, que se irá consubstanciar na escolha:
• Dos seguros efetivamente a contratar;
• Das coberturas em cada um dos seguros a serem consideradas;
• De limites (tetos) de indemnização e franquias (retenções a cargo da empresa). De forma a encontrar a
melhor relação custo – benefício – apetite (ou capacidade) de retenção.
Após a conclusão desta etapa, os clientes devem ter estabelecido o seu programa de seguros, conhecendo
quais os riscos que transferiram, e quais os que não foram contratados, nem abrangidos pelas medidas
enunciadas no ponto anterior.
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Fase 4
Conclusão sobre os riscos remanescentes (não transferidos ou não mitigados)
Intervenientes:
• Empresa
• Consultor legal
• Consultor de risco
Uma vez percorridas as fases anteriores, vão sempre permanecer diversos riscos com respetivas
qualificações:
• Identificados, e minimizados através de mecanismos de prevenção (contratual e operacional);
• Identificados e transferidos para apólices de seguro;
• Identificados, mas não transferidos (assumidos pelo Balanço da empresa, ou não transferíveis por
ausência de solução seguradora);
• Riscos não identificados incluindo de Responsabilidade individual.
Os resultados esperados
• Noção clara das várias dimensões de riscos a que está exposta a empresa, e qual o tratamento que lhes
foi dado;
• Uma redução relevante da dimensão de exposição de risco da empresa;
• Uma metodologia de reação em caso de crise.
Análise de lacunas:
avaliações das
exposições aos riscos, Define estratégias para
mitigar e transferir Transferência para
os controles e
o risco da cadeia de o mercado segurador
coberturas em toda
a cadeia de suprimento
abastecimento Executar as estratégias
que forem definidas
para a gestão dos riscos
da cadeia de abastecimento.
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Abreu Advogados
A Abreu Advogados está atualmente entre as maiores sociedades de advogados em Portugal, contando com uma
equipa de cerca de 200 advogados, num total de 300 profissionais. Além dos escritórios de Lisboa, Porto e Madeira,
a Abreu Advogados tem forte presença internacional através das desks de Angola (FBL Advogados), Brasil (Siqueira
Castro Advogados), Cabo Verde (Arnaldo Silva & Associados, C&C Lawyers e Abreu Advogados), China – Macau (C&C
Advogados), Moçambique (JLA Advogados) e Timor-Leste ( joint office com C&C Advogados).
www.abreuadvogados.com
Contacto:
Rui Peixoto Duarte – Partner da Abreu Advogados
rui.p.duarte@abreuadvogados.com
Aon
A Aon plc é uma empresa líder global na prestação de serviços profissionais que disponibiliza um vasto leque de
soluções de cobertura de riscos, de planos de reforma e de saúde. Os nossos 50.000 colegas em 120 países permitem
que os clientes atinjam os melhores resultados através do recurso a dados e métricas exclusivas que fornecem análises
que reduzem a volatilidade e melhoram o desempenho.
www.aon.com/portugal/
Contacto:
João Mendonça - Chief Commercial Officer
joao.mendonca@aon.pt
Contacto:
Pedro Silva – Managing Director
pedro.silva@opco.pt
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