Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Proteínas:
1. Membrana Citoplasmática:
a. Constituída por muitas proteínas - Bicamada lipídica (constituída por
fosfolípidos)
b. Protege o ambiente intracelular
c. Regula troca de substâncias entre a célula e o meu extracelular;
d. Capaz de isolar proteínas e ácidos nucleicos do meio exterior
e. Isolamento assegurado por uma classe de moléculas anfipáticas (possuem
características hidrofílicas e hidrofóbicas) – fosfolpídios – permitem
estabilidade da célula.
f. Permeabilidade selectiva (selecciona o que entra e sai) e duas regiões distintas:
Uma apolar, sem carga eléctrica; outra polar, carregada eléctricamente.
g. Delimita o espaço ocupado pelos constituintes da céluca
h. Função: transporte membranar
i. Cria ambiente próprio e proporciona a comunicação. Tem SELECTIVIDADE:
não pode deixar entrar sódio (bomba de sódio a expulsar sódio
permanentemente. Procura intrometer mais potássio. Procura expulsar cálcio
e cloro).
j. Neurónio: Controlo de aniões e catiões permite a neurotransmissão. Controlo
de concentração do Sódio e do Potássio)
3. Movimentos da membrana:
a. Endocitose: Entrada de substâncias do exterior para o interior das célula
i. Pinocitose: engolamento do líquido pela célula
ii. Fagocitose: engolamento de partículas sólidas pela célula
b. Exocitose: saída de substâncias do interior para o exterior da célula.
4. Núcleo:
a. Delimitado por um sistema membranar – invólucro nuclear (membrana nuclear)
b. Onde se encontra o património genético da célula, sob forma de moléculas de
DNA (molécula importante que contém a nossa informação genética – dupla
hélice, açucar, base azotada e fosfato).
c. É o administrador da célula, tudo o que ocorre na célula tem origem gerada no
núcleo
d. Função: divisão celular. (local de síntese do DNA e RNA)
e. Nucléolo – local de biossíntese de ribossomas.
5. Ribossomas:
a. Composto por duas unidades, cada uma das quais constituída por moléculas de
RNAm – RNA ribossomal.
b. Função: Síntese proteica pela união de aminoácidos, processo controlado pelo
DNA; o RNA descreve a sequência dos aminoácidos da proteína;
c. Realizam esta função estando presos à membrana do retículo endoplasmático
d. Denominam-se de polissomas quando estão no hialoplasma, unidos pelo RNAm.
e. Ligam-se ao RNAm para sintetizar proteínas.
6. Retículo Endoplasmático:
a. Rede de labirintos que se estendem por todo o citosol
b. Actua como transportador e armazenador de substâncias
c. Rugoso – parte das cisternas estão revestidas por ribossomas - Responsável pela
produção de todas as proteínas secretadas para o exterior da célula, bem como
as transmembranares e das enzimas lisossómicas;
d. Liso – não está associado a ribossomas – é onde há produção de lípidos (síntese).
Acumula as enzimas que degradam drogas e outros compostos tóxicos ao
organismo.
7. Complexo de Golgi:
a. Constituído por uma série de cisternas emplilhadas (forma de disco), rodeadas
por inúmeras vesículas
b. Síntese de hidratos de carbono
c. Proximo ao núcleo da célula
d. Estruturas membranosas achatadas;
e. Deste complexo destacam-se vesículas que acabam por se fundir com a
membrana plasmática num processo que se chama exocitose
f. Função: Elaborar e armazenar proteínas vindas do retículo endoplasmático
g. Podem eliminar substâncias produzidas pela célula
h. Produzem os lissosomas;
i. Duas faces: Redes Golgi Cis (entram lípios e proteínas) e Rede Golgi Trans (saem
lípidos e proteínas para a superfície da célula com outros organelos)
j. Células especializadas em função de secreção (epitélio intestinal, por exemplo)
8. Lisossomas:
a. Encontram-se em todas as células eucarióticas.
b. Sacos intracelulares delimitados por uma membrana e cheios de enzimas
hidrofílicas;
c. Contêm enzimas de degradação dos organelos intracelulares não funcionais,
macromoléculas e partículas incorporadas do exterior da célula, por endocitose.
d. Para tal, necessita de ter um ph ácido (5). Degradação deriva a partida da
hidrólise, que só pode acontecer com ph ácido.
e. Três funções:
i. digerem macromoléculas provenientes do exterior pela via da
endocitose, fornencento nutrientes para o metabolismo da célula;
ii. distribuição de componentes celulares absoletos – autofagia –
organelos que atingiram o limite do seu tempo de vida ou que deixaram
de ser necessários à célula, são incorporados em vesículas que se
fundem com os lisossomas;
iii. Participam na degradação de microrganismos ou partículas nocivas à
célula através do mecanismo – fagocitose – os corpos reconhecidos
como estranhos são fagocitados pela célula incorporados em
fagossomas que se fundem com os lisossomas.
f. Doença de Hurler – doença de armazenamento de lisossomas – mutação em
um único gene (cromossoma 4), que leva à deficiência de uma enzima.
9. Mitocôndrias:
a. Fornecem à célula toda a energia que necessita para todas as reacções de
metabolismo. Possui membrana interna e externa, que delimitam dois
compartimentos: o espaço Intra membranar e a matriz mitocondrial.
b. Gera ATP usado para as reacções celulares que necessitam de energia;
c. Onde se realiza o processo de extracção de energia dos alimentos (respiração
celular) que é armazenada em moléculas de ATP (a partir do ciclo de Kreps); é o
ATP que fornece a energia necessária para as reações químicas celulares;
d. Possuem DNA (porém é circular, como se fosse das células procariotas), RNA e
ribossomas próprios, tendo capacidade de automultiplicar-se. Quanto maior a
atividade da célula, maior será a quantidade de mitocôndrias no seu interior.
e. Faz transcrição do DNA.
f. Em maior quantidade no sistema nervoso, no coração e no sistema muscular.
10. Peroxissomas:
a. Organelos citoplasmáticos limitados por uma membrana;
b. Sem genoma próprio e sem ribossomas
c. Compartimentos vesiculares que participam nas reacções oxidativas
d. Degradam compostos tóxicos
e. Catalase e urato oxidase – enzimas oxidativas presentes nos peroxissomas
f. Adaptam o seu tamanho às características das células
g. Função: proteger a célula contra altas concentrações de oxigénio, que poderiam
destruir moléculas importantes da célula;
h. Convertem gordura em glicose, para ser usada na produção de energia.
i. Síndrome de Zellweger – doença hereditária – anomalias severas no cérebro,
fígado e rins e bebés morrem logo após nascimento - causado por um defeito
na importação de proteínas para os peroxissomas.
11. Citoesqueleto:
a. Responsável pela plasticidade, flexibilidade e motilidade da célula eucariótica.
Desempenha o papel de osso e músculo da célula. As suas propriedades devem-
se a três grandes tipos de proteínas:
1. Filamentos intermédios:a gregados de proteínas filamentosas
que variam de Acordo com o tipo de célula
2. Microfilamentos de actina: responsáveis pela forma e
plasticidade da membrana
3. Microtúbulos: constituídos por cilindros cujas paredes são
formadas por agregados de proteínas – tubulinas – emanam do
centrossoma e espalha-se pelo citoplasma
12. Citoplasma – espaço entre o núcleo e a membrana da célula. No seu interior está o
hialoplasma (fluido composto por água e várias outras substâncias no qual flutuam os
organelos celulares).
Principais Moléculas
Lípidos:
Glúcidos:
Proteínas:
Ácidos Nucleicos
As células antes de se dividirem, duplicam o seu DNA, assegurando desta forma a conservação
e a transmissão do património genético ao longo das gerações. A replicação do DNA é o
processo pelo qual a molécula da hereditariedade se duplica antes da divisão celular ,
promovendo assim a duplicação do genoma.
Molécula de DNA:
• Dupla hélice antiparalela, estando as duas cadeias ligadas entre si por pontes de
hidrogénio;
• Emparelhamento faz-se sempre entre uma base purina e uma pirimidina, de tal modo
que A emparelha sempre com T e C emparelha sempre com G.
• Sequência de base de uma cadeia pode ser sempre deduzida a partir de uma sequência
complementar.
• Cada uma das duas cadeias da molécula de Dna parental é utilizada como modelo para
a síntese de uma nova cadeia, dando assim origem à formação de uma hélice dupla
idêntica à parental em cada célula filha.
Replicação
• Tem origem numa zona denominada “Origem da Replicação” e cada região do DNA
replicado a partir de uma mesma origem forma um replicão. Há pelo menos 1000
origens de replicação.
• Há três características básicas para a origem da replicação:
o 1- São constituídas por múltiplas sequências repetitivas
o 2- Estas unidades repetitivas são reconhecidas por complexos multiproteícos
que, por sua vez, estão envolvidos no recrutamento da maquinaria de
replicação da célula para a zona de origem da replicação;
o 3- A origem de replicação é, em geral, flanqueada por sequências ricas em
adeninas e timinas, o que deverá facilitar o desenrolar da separação das duas
cadeias que integram a molécula de DNA.
DNA Polimerases
4. Na cadeia descontínua, DNA polimerase não se pode ligar de forma contínua porque a
cadeia está a correr no sentido 3’ – 5’
i. Só consegue pequenos pedaços sucessivamente, porque tem de estar
sempre a voltar para trás – cria fragmentos de Okazaki (Um fragmento
de Okazaki é um relativamente pequeno fragmento de DNA criado na
cadeia atrasada durante a replicação do DNA)
ii. Fragmentos de okazaki são iniciados sempre por um primer de RNA –
DNA polimerase posteriormente acrescenta uma curta fita de bases no
sentido 5´-3´(para melhor compreensão, ver vídeos do youtube)
iii. O primer seguinte é então adicionado mais anteriormente na fita
descontínua
iv. Outro fragmento de okazaki é feito e o processo é repetido novamente
v. É assim que o novo ADN é feito
5. Por fim, a actividade exonucleose de enzimas remove todos os primers de RNA a partir
de ambas as cadeias de DNA
6. DNA polimerase em seguinda, preenche as lacunas deixadas para traz com DNA
7. Enzima DNA ligase tem um papel importantíssimo ao conectar os fragmentos de DNA
8. Em ambas as extremidades os fragmentos são conectados e assim se forma uma cadeia
dupla
9. De modo a aliviar a tensão de torsão das cadeias durante o seu desenrolar pela helicase,
enzimas do tipo topoisomerase vão igualmente actuar neste processo. Estas enzimas
associam-se com a cadeia dupla parental a montante de cada uma das helicases e
removem a tensão provocada pela torsão da cadeia dupla através através de uma séria
de cortes pontuais nas ligações fosfodiester, reformadas de seguida pela mesma
enzima, que vão ocorrer durante o desenrolamente efectuada pela helicase.
10. A replicação do DNA é descrita como semi-conservadora uma vez que cada molécula
de DNA é constituída por uma cadeia de DNA mãe conservada
Transcrição do DNA
Mecanismo universal de expressão dos genes, unidades de DNA que contêm a informação
necessária à especificação da síntese de todas as formas funcionais de RNA de cada célula.
Conduz à expressão de diversos fenótipos celulares.
Nos organismos pluricelulares, o controlo da expressão génica constitui o principal factor que
assegura que cada gene seja activado no exacto momento do desenvolvimento embrionário,
e consequentemente da diferenciação fenotípica dos tecidos de formação de órgãos.
• Realizada no citoplasma
A célula utiliza moléculas de RNA formadas no núcleo que migram para o citoplasma,
transportando a mensagem que estava contida num gene. Esse RNA funciona como mensageiro
– mRNA – entre o DNA e os ribossomas, estes fazem a leitura da mensagem para a síntese de
proteínas. Os ribossomas podem encontrar-se livres no citoplasma ou estar associados a
membranas do retículo endoplasmático.
Ribossoma:
Intrões:
• Pode ser “alternativo”, quando do mesmo RNA se podem fazer combinações de vários
exões originando RNAm que codificam diferentes proteínas.
• Splicing Alternativo: O mesmo gene, o mesmo mRNA inicial, diferentes tipos de splicing
originam diferentes mRNAs processados o que resulta em diferentes proteínas. No
processamento do MRNA, as sequências eliminadas (intrões) podem variar, originando
diferentes mRNAs processados que vão permitir a síntese de proteínas diferentes a
partir do mesmo gene. Mecanismo presente na maioria dos genes.
Ciclo Celular
Tempo e processos compreendidos entre o início da formação de uma célula até à sua própria
divisão em duas células filhas.
Função do ciclo celular: transferir a sua informação genética para a próxima geração de células
de modo a produzir duas células filhas geneticamente idênticas.
A proliferação celular normal é regulada de forma a que a produção de novas células compense
de uma forma exacta a perda de células pelos tecidos.
Mitose:
• Processo de divisão celular, característico de todas as células, que origina duas células
filhas geneticamente idênticas às células mãe, mantendo-se inalterável o nº de
cromossomas específicos (2n – 2n)
• Está na base da proliferação celular, ou seja, no processo que conduz ao aumento do
número de células.
• Processo de divisão celular em que o genoma humano se mantém inalterável ao longo
das diferentes gerações pós-mitóticas.
• Divide-se em 4 fases:
o Prófase
o Metafase
o Anafase
o Telofase
• Desenvolvimento das sucessivas fases da mitose depende dos componentes do
aparelho mitótico:
o Centríolos (nos centrossomas);
o Cromossomas;
o Fusos;
o Ásteres (microtúbulos).
• Cada cromossoma é constituído por dois cromatídeos, cada um deles contém uma única
molécula de DNA.
▪ Os cromatídeos estão ligados entre si através do centrómero, que é
uma região do cromossoma que se liga ao fuso mitótico (pelo
cinetocoro).
Fases da Mitose
Fuso cromático:
Centrossomas (centríolos)
• A maior pare das células em mitose possui uma estrutura microtubular constituída mor
Mts curtos associados 3 a 3, formando tripletos;
• Estes distribuem-se a partir de uma superfície cilindroide formando o centríolo
• Na região polar das células encontram-se geralmente 2 centríolos que, em conjunto com
uma zona densa em proteína denominada de região pericentrossomal, constituem o
centrossoma.
Centrómero e Cinetocoro
Microtúbulos:
Meiose I:
• Prófase I:
o Leptóteno (condensação) – marcado pela diferenciação da cromatina
interfásica das células germinais, distribuídos ao acaso no citoplasma. Os dois
cromatídeos são tão idênticos e estão tão juntos que não podem ser bem
distinguidos ao microscópio e por isso parece que são simples, mas são duplos.
o Zigóteno (emparelhamento) – cromossomas homólogos começam a juntar-se
e emparelham (chama-se sinapse)
o Paquíteno (recombinação) – Pode ocorrer a ligação de cromatídeos não irmãos
através de crossing-over (recombinação de alelos, troca de material genético
entre cromossomas)
o Diplóteno (síntese) – Separação de cromossomas homólogos. A subdivisão
entre cromatídeos pode ser observada ao microscópio, onde os 4 cromatídeos
podem ser vistos pela primeira vez. Crossing over entre os cromatídeos não
irmãos.
o Diacinese (recondensação) – Cromossomas atingem a maior condensação
durante esta fase
o Consequência da prófase I -> redução da croamtina, crossing over, síntese da
maior parte de moléculas de RNA, proteínas, lípidos, nucleótidos necessários
para a diferenciação dos gâmetas em estados precoces de desenvolvimento
embrionário.
Meiose II
Gametogénese
Entrada em meiose I:
1- Oócitos Primários são retidos na Profase I por períodos que variam de dias a anos,
consoante a espécie (meiose sofre interrupção após diploteno da Profase I, enquanto
oócito primário cresce)
a. Maturação do Oócito Primário (desenvolvimento do revestimento(invólucro) e
grânulos corticais)– maturação ocorre até à maturidade sexual, altura em que é
estimulada por hormonas (LH e FSH)
b. A divisão assimétrica é essencial para os oócitos manterem um tamanho grande
apesar das divisões celulares que sofrem
2- Os dois corpos polares desaparecem
3- Na maioria dos vertebrados a maturação dos oócitos avança até à meiose II sendo
completada pela fertilização.
4- Na ovulação, o Oócito Secundário (II) em repouso é libertado no ovário e, se a
fertilização ocorrer, o oócito é estimulado a completar a meiose.
Observações: Formação de apenas um oócito pela oogónia. Oócito desenvolve em tamanho,
com todas o citoplasma possível que contenha as reservas necessárias para a fase seguinte.
Particularidades da Oogénese:
• Entra em Meiose antes do nascimento
• Permanece como oócito na Profase I até +- 50 anos
• Oócitos em stock maturam a partir da Profase I
• Dá-se a ovulação por ciclos
• Na ovulação liberta-se um de cada vez
Óvulo Vs Espermatozoide
1- Óvulo é imóvel, o que contribui para a sobrevivência dos genes maternos. Providencia
grandes quantidades de matéria para o seu crescimento e desenvolvimento. Fornece
um invólucro protetivo.
2- Espermatozoide difunde os genes paternos. É altamente móvel e direccionado para dar
rapidez à eficiência da fertilização. A competição é muito grande e a vasta maioria falha
a missão.
Espermatozóide:
Espermatogénese
• Comportam os genes.
• São formados por 2 braços (um p e um q ligados pelo centrómero – onde os
microtúbulos agarram, por intermédio dos cinetocoros de forma a transportar para os
polos).
• Podem ser autossomas ou heterossomas (cromossomas sexuais x e y).
• São classificados em função do seu tamanho e posição do centrómero:
▪ Metacêntricos: Posição do centrómero mediana; braços iguais.
▪ Submetracêntricos: centrómero um pouco deslocado do centro
comparativamente aos metacêntricos;
▪ Acrocêntrico: centrómero está próximo a uma das pontas.
▪ Telocêntricos: centrómero ocupa a posição terminal (não fazem parte
do genoma humano.
Cariótipo
S. Patau
S. Turner (45,X) (baixa estatura, orelhas assimétricas e mais baixas, pouco desenvolvimento
dos seios, deformidades no cotovelo, mamilos muito separados, pálpebras caídas, sem
menstruação, etc,
▪ Sangue
▪ Líquido amniótico
▪ Anexos ovulares
▪ Punções
▪ Produtos do abortamento
▪ Fibroblastos
▪ Rearranjos nos cromossomas após uma quebra, que pode ocorrer a nível do centrómero
ou dos braços do cromossoma
▪ As quebras estruturais podem ser equilibradas (quando não há perda nem ganho de
material (informação genética) a nível de quantidade ou qualidade) ou desequilibradas
(quando a quantidade do material é anormal, informação genética a mais ou a menos –
normalmente acontecem na meiose)
Inversões:
Translocações
Inserção:
Delecções:
Duplicações:
Cromossoma em Anel R
Isocromossomas (i):
Conceitos:
Mosaicismo:
• Depende das alterações que provocam a nível da capacidade funcional da proteína que
codificam e do impacto que esta tem no organismo.
• Podem ser:
▪ Deletérias
▪ Neutras (portador não é afectado)
▪ Benéficas (a favor do portador)
Variante Constitucional: Um ovo com mutação vai levar a que todas as células daquele indivíduo
sejam portadoras de mutação.
Variante somática: Célula terminal que ganha mutação e não transmite às gerações futuras,
pois não afecta as células que originam as células germinais.
Diversidade Humana
• Deve-se ao efeito aditivo dos genes e das suas mutações, da interacção entre as
alterações genéticas devidas às mutações, da capacidade de adaptação ao meio e da
seleção de corrente de doenças. As variações que ocorrem na diversidade humana
podem ser continuadas (associadas a vários genes e à acção do meio ambiente) ou
descontínuas (associadas apenas as um gene).
Sistema Nervoso
• Sistema Nervoso Central (SNC) – onde ocorrem as funções superiores, várias funções
em resposta a estímulos externos (cérebro, espinal medula, retina), Ex: aprendizagem e
memória.
• Sistema Nervoso Periférico (SNP) – faz a ligação dos SNC aos membros e órgãos. Divide-
se em:
▪ Sistema Nervoso Voluntário / somático motor: faz a coordenação dos
movimentos do corpo e recepção de estímulos externos (consciente)
▪ Sistema Nervoso Autónomo:
o Simpático: estimula acções que
necessitam de energia, excitando e
activando os órgãos e permite ao
organismo responder a situações de stress
(adrenalina, resposta ao perigo, aumento
do ritmo cardíaco)
o Parassimpático: actua na conservação
de energias do corpo e nas respostas
necessárias a períodos de repouso e
relaxamento, mantendo o equilíbrio
homeostático (acetilcolina, resposta de
relaxamento, diminuição do ritmo
cardíaco, estimulação do sistema digestivo
e urinário e constrição da pupila)
Neurónios aferentes ou sensoriais: Trazem impulsos ate ao SNC
Neurónio:
Mielina:
Sinapses
• Os iões predominantes dos neurónios são o Sódio (Na+) e o Potássio (K+) e deslocam-se
através de canais proteicos e bombas de iões (a mais importante é a Bomba Sódio –
Potássio)
• Em repouso, os canais de sódio encontram-se fechados. A membrana é praticamente
impermeável ao sódio, impedindo a sua difusão a favor do gradiente de concentração.
• Como a saída de sódio não é acompanhada pela entrada de potássio na mesma
proporção (entra dois K+ pela saída de cada 3 Na+), estabelece-se uma diferença de
cargas eléctricas entre os meios intracelulares e extracelulares.
• No estado de repouso, tem que se manter as diferenças eléctricas para que o neurónio
seja excitável.
• Factores de Crescimento
• Hormonas
• Interacção Célula – Célula
• Interacções com a matriz extracelular
• Sinais internos
Comunicação Celular:
Genes codificam proteínas ou RNAs com função específica (tRNA por exemplo. Não codificam
neurotransmissores. Mas podem codificar os receptores dos neurotransmissores, que são
proteínas!
• Cérebro
• Cerebelo
• Tronco cerebral (Medula espinhal)
• Acontece como resposta a estímulos: Variação da luz (claro / Escuro); Sono / Vigília;
pressão osmótica; stress; outros.
• (1)Hipotálamo – responde libertando moléculas sinalizadoras (hormonas) que irão
actuar na estrutura abaixo – (2)Hipófise que é estimulada e responde por corrente
sanguínea para chegar e estimular as (3)glândulas periféricas (tiróide, supra-renais,
gónadas)..
• Glândulas periféricas – no caso da supra-renal, por exemplo, quando estimulada
produz uma hormona (Cortisol) para a corrente sanguínea que irá aumentar a sua
concentração no sangue. Quando a concentração chega a determinado ponto
considerado alto, existe um mecanismo de retro-controlo negativo que
inibe a hipófise e o hipotálamo quando à estimulação, o que irá gerar menor produção
de hormona.
• Este circuito permite que os índices se mantenham relativamente etáveis e, ao mesmo
tempo, dar resposta às necessidades que emergem.
Hipófise:
TRH – Hipófise / GN-RH – ossos fígado, células em geral / Dopamina – Glândulas mamárias (
CRH – cortisol, supra-renal
Ritmo circadiano
Glândula tiróide
• T3 E T4 – Hormonas da tiróide
o Oposição e equilíbrio na exposição ao frio
o Iodo é essencial à sua produção T4 (tiroxina – 4 iodos) T3 (tri-iodotrionina – 3
iodos)
o Transportadas no sangue por uma proteína, pois não são lipossolúveis.
o Transportadas para o interior da célula ( ião iodo , com carga negativa impede
a fácil difusão através da mebrana) e no núcleo ligam-se a receptores que vão
regular a expressão génica.
• Calcitonina – células parafoliculares da tiróide
• Glândulas paratiróides produzem a hormona (PTH) – prod. De cálcio.
• Hipotálamo liberta TRH -> Estimula Hipófise que liberta TSH -> Estimula Tiróide que
liberta T3 e T4 -> depois de concentração que responda ao problema, retro-controlo
negativo equilibra a libertação de hormonas do hipotálamo e da hipófise.
Função das hormonas Tiroideas
Hipotiroidismo:
• Congénito: atraso mental, baixa estatura e infertilidade se não tratado – rastreio com o
teste do “pezinho”
• Adulto: fadiga, obesidade, intolerância ao frio, pele seca e grossa, mãos e pés frios, voz
grossa, caimbras e mialgias, infertilidade, perda de memória, depressão, demência.
Hipertiroidismo:
Hormonas Supra-Renais
• Aumento dos metabolismos: dos glúcidos (hiperglicemia), das proteínas (utilizadas para
a produção de energia), lípidos (depósitos de gordura);
• Equilíbrio eletrolítico: retenção de sódio e água e perda de potássio;
• Sensibilização dos vasos aos efeitos das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina)
• Metabolismo do cálcio e ósseo, com tendência à osteoporose
• Inibição de mecanismos inflamatórios
• Por isso existe tratamentos com corticóides:
o Antiinflamatórios
o Asma e alergias
o Imunodepressores
o Choque
o Terapêutica de substituição
o (Fármacos com estrutura semelhante a hormonas que MIMETIZAM OS EFEITOS)
Stress (Trabalho, vida afectiva, etc) -> depressão imunitária (provocada pela libertação do
cortisol) -> vulnerabilidade a infecções (principalmente por fungos)
Particularidades:
Para desenvolvimento dos genitais externos femininos, basta haver mutação no gene dos
receptores das hormonas andrógenas – corpo automatiza-se no feminino.
• A maior parte dos fenótipos resulta da interacção entre genótipo e meio ambiente
o Fenótipos de hereditariedade multifactoriais
o Fenótipos complexos
• Fenótipo monogénico (doença)
o Gene com impacto que causa a doença
o Mesmo neste há também interferência do meio ambiente (mas menos)
Espécie Humana
• Não é o número de genes que explica a complexidade da espécie humana, mas como
funciona o genoma
o Homem 35000 genes
o Mosca 15000 genes
o Bactéria 23000 genes
o Etc
Como se explica a diversidade celular? Homem tem 35000 genes e mais de 100000 proteínas
Expressão Génica
• Expressão génica é o processo pelo qual a informação de um gene vai dar origem a um
produto funcional – Proteína ou RNA.
• Cada tipo de célula tem um perfil de expressão génica característico (por exemplo, gene
da hemoglobina não é expresso na célula da pene)
• Alguns genes são só expressos em determinadas fases do desenvolvimento ou do ciclo
celular.
• A expressão de alguns genes está dependente de estímulos extracelulares (endógenos,
como a estimulação hormonal ou exógenos, ambientais)
• A regulação é qualitativa (origina diferentes produtos) e quantitativa (maior ou menor
quantidade final de produto)
• Expressão génica induzida: Célula altera a expressão de genes após determinados
estímulos
o Hormonas, fármacos, Radiação UV, Nutrientes, Interacção Célula/Célula, etc
DNA -> RNAm -> Processamento do RNAm -> Proteína -> Processamento da Proteína ->
Comportamento Celular
R: A transcrição de um gene só pode ocorrer nas células que expressam TODOS OS FACTORES
DE TRANSCRIÇÃO necessários à activação da sua região reguladora. Só as células pancreáticas
possuem todos os factores de transcrição necessários.
A transcrição está dependente da ligação de múltiplas proteínas que interagem entre si e com
o DNA
• Há sequências, por vezes com localização distante do gene, onde se ligam as proteínas
que regulam a transcrição, intensificando-a (enhancers) ou inbindo-a (silencers). O DNA
dobra-se de modo a permitir a interacção destas proteínas com os factores de
transcrição. Por isso é possível diminuir ou aumentar a taxa de transcrição do Gene.
Solução: Alvo mRNA do Gene A para inibir a síntese de receptores para o neurotransmissor B.
Variantes do DNA: Da diversidade à doença
• Mecanismos epigenéticos:
o mecanismos que regulam quantitativamente a transcrição
o Estáveis na transmissão mitótica
o Não directamente dependentes da sequência do DNA
o Modificáveis por influência de factores ambientais internos e externos.
▪ P.Ex: Modificação das caudas dos histonas
▪ Metilação / desmetilação
▪ Cromatina condensada inacessível à transcrição
▪ RNA não codificante
Perfis Epigenéticos – São reversíveis.
Há genes que não são essenciais e muitos indivíduos saudáveis nem os têm.
• 3 locus do gene
Ex: Hemofilia A
Polimorfismo de DNA
• 2% de genoma – frequentes
• DNA codificante e não codificante (muitas vezes encontrados em
intrões)
• Muito polimórficas – muito informativas
• Muito instáveis e mutáveis
• O nº de vezes que o motivo se repete é muito variável, existindo para cada locus
vários alelos possíveis, tanto quanto o nº de repetição que encontramos numa
dada população
• Para este Locus, a heterozigotia é muito mais frequente do que para os SNP’s.
Contudo, no genoma existem muito mais variantes do tipo SNP que STR’s. Nas
regiões codificantes, os SNP’s são mais frequentes que os STR’s.
• Ex: Alelo MaternO ATC CAG CAG CAG ACT GTTA… / Alelo paterno ATC CAG CAG CAG
CAG CAG ACTGTTA –indivíduo heterozigoto com 3 repetições CAG no alelo materno
e 5 repetições no alelo paterno (3,5)
• Medicina Legal forense – este polimorfismo permite o estudo para identificar
indivíduos (casos de paternidade, quando não se sabe quem é o pai, identificar
criminosos, perfis genéticos)
o Identificadas 15 sequências diferentes em cromossomas diferentes e para
cada sequência há muitas variações na população. Assim, após estudo
deste polimorfismo, nunca são encontrados indivíduos idênticos
conseguindo concluir o objectivo da pesquisa de forma concreta.
• Para algumas proteínas, em posições específicas, a variação do nº de repetições de
um determinado aminoácido é tolerado desde que inferior a um determinado
limiar.
3ª Variante: CNVs (copy – number variations)
Variantes
1,2,3 – Intrões
Por exemplo, quando a variante na Reg. Reguladora promove mais transcrição, irá haver um
aumento da quantidade de proteína e por consequência um maior número de receptores de
determinado neurotransmissor nos neurónios, maior excitação do neurónio, o que pode levar
a uma alteração comportamental. (Quando maior expressão de um gene relacionado com um
neurotransmissor).
Variantes da Região reguladora do gene
1. Normal
2. Variante Sinónima
a. Variante Silenciosa
b. Não funcional
c. Proteína manteve-se normal
3. Variante Missense
a. Gera proteína diferente
b. Indivíduo pode sair beneficiado ou doente
4. Variante Nonsense
a. Proteína deixou de ser sintetizada (Codão stop TAG)
b. No ribossoma náo aparece nenhum RNA transferência que se ligue a este codão
c. Proteína troncada (pequena) – deixa de funcionar
d. Codão STOP prematuro – dá origem a patologia
7. Deleção Inframe
a. Saiu codão inteiro. Sairam 3 bases. Perdeu-se um aminoaácido
b. Não há desvio da grelha de leitura
i. Proteína normal
ii. Variante não funcional, Funcionamento normal
Variantes nos Intrões
• Normalmente não induzem alterações pois os intrões não codificam aminoácidos, são
eliminados do RNAm, não vão para os ribossomas. São eliminados no Splicing.
• Mas há algumas excepções
o Variantes localizadas nos intrões, em sequências importantes para o splicing
(particularmente as localizadas no início e no fim dos intrões), podem originar
▪ retenção de sequências intrónicas
▪ eliminação de sequências de exões
o Tal pode provocar profundas alterações no mRNA processado e
consequentemente da proteína
Mecanismos Epigenéticos
• Fenótipo Dominante
o Ocorre na presença de um alelo mutado e um alelo normal
o Quando o produto do alelo normal não assegura a função (proteína do alelo
normal não é suficiente para a normalidade do organismo) – doença ocorre
mesmo em heterezigotia
• Fenótipo Recessivo
o Doença determinada pela presença de dois alelos mutados (doença em
homozigotia)
o O produto do alelo normal é suficiente para assegurar a função (em
heterozigotia não há manifestações da doença)
Quando não basta ter apenas 50% da função da proteína, então o fenótipo é dominante.
Quando 50% é suficiente, o fenótipo é recessivo e só se manifesta em hemozigotia.
Fenótipos Recessivos:
Hereditariedade Mendeliana
Doenças Monogénicas
Doença de Alzheimer
Heterogeneidade Alélica
• O mesmo gene, mas cada doente pode ter uma variante diferente (missense, nonsense,
deleção, etc) associadas à doença.
• As variantes podem estar localizadas em diferentes regiões do gene.
Importante:
• Uma variante no gene determina a manifestação do fenótipo
• Contudo, a expressão é modulado por outros genes (genes
modificadores) e por factores ambientais
• POUCOS CARACTERES SÃO PURAMENTE GENÉTICOS.
HEREDITARIEDADE – Vários Tipos
Sem antecedentes familiares: 1/25 (prevalência na população, de acordo com dados do texto)
pai x 1/25 mãe x ¼ (probabilidade de doença se ambos os pais forem heterozigóticos –
portadores não doentes)= incidência da doença.
• Heterogeneidade de locus (vários genes que quando mutados podem dar surdez)
• Pais com mutação em genes diferentes com diferentes localizações no genoma
• Pode gerar descendentes sem surdez, heterozigotes mutados para cada gene
• Se apenas 50% dos genes mutados, filhos não serão surdos
• Riscos para a descendência: perceber primeiro se a casusa da surdez é genética, qual o
gene e qual a variante. Para o pai e para a mãe.
Hereditariedade Autossómica Dominante
Doença autossómica dominante com penetrância incompleta (80%) – Portador pode não
manifestar a doença. Percentagens multiplicam sempre por 80% para cálculo do risco para a
descendência
Risco de recorrência para o casal: superior ao da Pop. Geral, mas baixo 1%.
Factor de risco para NEOMUTAÇÃO -> idade do pai /homens de mais de 50 anos – erro na
espermatogénese.
Após pais saberem que só havia 1% da probabilidade de voltar a ter um filho com doença… nasce
um 2º filho com doença… Conclusão:
Um indivíduo com uma forma leve da doença pode ter um descendente com uma forma grave
da doença e vice-versa. A gravidade é imprevisível.
Hereditariedade ligada ao X
• Não há doenças ligadas ao Y (variantes nos genes que não existem para o
cromossoma Y ou seja, localizadas nas zonas pseudoautossómicas).
Hereditariedade ligada ao X
• Permite uma compensação da dosagem génica entre os dois sexos. As regiões PAR1 E
PAR2 não são inactivadas e são expressas a partir dos dois cromossomas X e do y.
• Ocorre sempre que há mais do que um X.
• Ocorre por mecanismos epigenéticos (não afetam sequência de bases do DNA, que se
mantêm)
• O cromossomas X, inativado, fica condensado e forma o CORPÚSCULO DE BARR (não
consegue ser transcrito, embora tenha toda a sequência (factores de transcrição não
conseguem chegar à região reguladora dos genes (região promotora)), visível em
microscopia ótica.
GENE MUTADO:
Hemofilia:
• Cerca de 20% dos heterozigotos são sintomáticos – fazem hematomas com facilidade)
• A genotipagem é o método mais fiável para fazer o diagnóstico de portadora (após os
16 anos, ou antes, se houver sintomas)
• O doseamento da actividade do factor XIII é o método mais fiável para avaliar o risco
hemorrágico, mas este valor pode variar ao longo do tempo (stress, medicamentos,
hormonas)
• Enviar a consulta de hamtologia antes dee procedimentos com risco hemorrágico)
• O parto deve ser realizado em meio hospitalar
• Transmissão vertical
• Mais mulheres doentes que homens
• Os homens não transmitem a doença aos filhos
• Os homens transmitem a doença a todas as filhas
• As mulheres transmitem a doença a ½ da descendência, independentemente do sexo
• Os saudáveis sáo homozigotos /hemizigotos normais, excepto se penetrância
incompleta ou manifestação tardia
• Mulheres, mesmo heterozigota vão ter manifestações
• Metade da proteína normal não cehga para a função específica da proteína –
haploinsuficiência
• As mulheres heterozigotas são doentes. Frequentemente há penetrância incompleta no
sexo feminino
• Síndrome de Rett – Só mulheres. Quando o embrião é do sexo masculino (um só
cromossoma X é mutado) não há nenhuma proteína normal – embrião não se
desenvolve – aborto precoce. Só nascem meninas doentes heterozigotas
o 1/10000 a 1/15000
o Aos 6 meses
o Alterações neurológicas
o Deficiência mental (morte em útero na ausência de proteína funcional)
o Mutação do gene MEP2 eu codifica uma proteína envolvida em mecanismos
epigenéticos
Fenótipos Genéticos
Frequência na população:
No entanto, alguns doentes apresentam menos variantes genéticas de risco do que alguns dos
saudáveis e vice-versa. Porquê?
R: Na população de risco, as variantes são mais frequentes do que na dos saudáveis. Mas a
expressão não tem a ver com quantidade, mas sim com a frequência!!!
• Todos nós temos variantes de Risco para Alzheimer. Uns mais, outros menos, mas todos
nós temos.
Interacção entre perfil genético individual e o meio, o exemplo do Q.I.
A interacção entre o papel genético individual e o ambiente (físico, social, afectivo) é dinâmica
– para o mesmo genótipo, a contribuição de cada componente pode variar com a exposição
ambiental.
3 modelos
• Estudo de Gémeos
• Comparar gémeos monozigóticos com dizigóticos
• Monozigóticos separados à nascença:
o Mesmo DNA
o Ambientes diferentes
o Se a inteligência fora =, pode estar relacionado com factores
genéticos
o Se for diferente está relacionada com o ambiente
• Dizigóticos:
o 50% identidade genética, Diferente DNA, mesmo ambiente
o Se têm a mesma inteligência, deve-se ao ambiente que é o
mesmo
o Se a inteligência é diferente, pode estar relacionado com
factores genéticos.
• Diferentes estratégias:
o Comparação de gémeos monozigóticos criados separados ou criados juntos
o Estudo de filhos de gémemos monozigóticos
o Estudos de comparação entre irmãos verdadeiros e adoptados, criados juntos
o Estudos de comparação de crianças adoptadas com os pais biológicos e os pais
adoptivos
• Para diversos fenótipos obteve-se uma média de 30% para Mz e 7% para Dz, escepto:
o Aurtismo: 93% Mz, 46% Dz
o Psoríase 72% Mz, 15% Dz,etc
Hereditabilidades altas:
• Altura 0,8
• Capacidade verbal 0,7
• QI 0,5 – 0,8
• Alcoolismo 0,5 – 0,8
• Esquizofrenia 0,81
• Autismo 0,7
• Diabetes 1 – 0,9
Missing Heritability:
• Carga genética dos fenótipos complexos que não se tem conseguido identificar.
• Causas:
o Variantes raras - <5% de baixa penetrância difíceis de identificar
o Variantes de tipo CNVs, ainda pouco estudadas
o Epistasia – interacção entre genes com potenciação de efeitos na presença de
associação de variantes
o Interacção entre meio e genoma – o efeito de certas variantes podem depender
da interacção com o meio ambiente
o Mecanismos epigenéticos
Ideias Principais:
É importante preferir modelos integrados de avaliação de risco: associar factores de risco não
genéticos (idade, sexo, factores ambientais) ao risco genético.
NÃO HÁ DIAGNÓSTICO GENÉTICO ESPECÍFICO.
Aconselhamento Genético:
• 1 IRMÃO 5%
• 2 IRMÃOS 12%
• Não conseguimos obter um zigoto a partir de dois oócitos nem um zigoto a partir de
dois espermatozóides. Porquê?
o Pelo fenómeno de imprinting genómico
▪ Para a maior parte dos genes estes são expressos a partir do
cromossoma do pai e a partir do cromossoma da mãe – expressão
bialélica
▪ Alguns genes (poucos, 100 em 30000) encontram-se apenas em alguns
cromossomas, só temos expressão de um dos alelos (monoalélica),e
para alguns destes, só são expressos (só há transcrição) a partir do alelo
que veio do cromossoma da mãe. E para outros genes só há transcrição
a partir do alelo do cromossoma do pai.
▪ E é assim para toda a espécie humana.
o Para os genes (maioria) que são expressos pelos dois cromossomas (pai e mãe),
tanto faz que ambos os cromossomos venham do pai ou da mãe, é igual porque
funcionam a partir de qualquer progenitor.
o Os outros não, pois obrigam que esteja no genoma o alelo específico do pai e o
determinado alelo específico que vem da parte da mãe, porque se assim não
for, simplesmente não funcionam (porque está com a alteração epigenética que
o impede de ser transcrito - está hipermetilado, numa região super
condensada e os factores de transcrição não conseguem lá chegar e não há
transcrição do gene apesar deste estar completamente íntegro).
• Imprinting Genómico – Expressão monoalélica dependente do sexo do transmissor.
Para alguns dos genes submetidos imprinting só é transcrito o alelo que está no
cromossoma que vem do pai e para outros o alelo que está no cromossoma que vem
do pai.
• Diferente da Lionização do cromossoma X, onde o fenómeno é aleatório.
• Os mecanismos moleculares subjacentes são os mecanismos epigenéticos, pelo que são
reversíveis, explicando a ativação e inativação destes loci ao nível da gametogénese, na
transmissão entre sexos diferentes.
Patologia e Imprinting:
Blástula – massa celular interna – é a partir dessas células que se irá formar o embrião; células
começam a diferenciar-se e a ter uma expressão de genes diferente – Células Pluripotentes. Ao
10º dia células já se diferenciaram em diferentes camadas,
Neurolação: formação do tubo neural que dará origem AO SISTEMA NERVOSO CENTRAL – 3ª
SEMANA
• Inicialmente o
embrião é um disco
• Depois torna-se
tubular e forma-se o
tubo neural
• Em um dos
extremos do tubo
desenvolvem-se as
estruturas cerebrais.
21 Dias- O sistema cardiovascular também se forma precocemente de modo a garantir o aporte
de nutrientes e oxigénio necessários ao crescimento do embrião
No fim do período embrionário (8ª semana), já existem os rudimentos das principais estruturas
do sistema nervoso central e periférico. No Néocortex já existe um padrão de regiões
sensoriomotoras.
A fase embrionária inicia-se ao 15º dia após a fecundação e termina por volta da 8ª semana.
Ocorre diferenciação celular e grande parte da organogénese. Nesta fase o embrião está
particularmente suscetível a efeitos teratogénicos (anomalias do desenvolvimento embrionário
derivadas de fatores ambientais, incluindo fármacos, radiações e infecções virais) e défices
nutricionais. Frequentemente as alterações afectam vários órgãos, os que na altura estavam em
desenvolvimento.
Gliogénese: início mais tardio no embrião, continua na vida pós natal. No adulto mantém-se a
produção de astrócitos e oligodendrócitos em baixos níveis em todo o cérebro.
Nas fases embrionárias iniciais, as células progenitoras neuronais aumentam por mitoses
simétricas (fase de proliferação). A partir dos 42 dias estas células passam a dividir-se
assimetricamente, dando origem a um neurónio (que não se divide mais) e a outra célula
progenitora que se continua a dividir. Mais tarde as células progenitoras vão também dar
origem a astrócitos e, por último, sobretudo após o nascimento, em células percursoras de
oligondendrócitos e outras células (glicogénese). A diferenciação em astrócitos ocorre
tardiamente no período embrionário. No RN algumas células progenitoras continuam a
diferenciar-se em neurónios. No adulto, permanece um número limitado destas células com
capacidade neurogénica, denominando-se células B, em locais restritos, sobretudo no
hipocampo e zona subventricular.
• À medida que se forma, as células neuronais migram desde o local da sua formação
(zona ventricular – meio do cérebro) para o neocórtex em formação. Esta migração
ordenada vai originar uma estrutura de 6 camadas:
o Na sua nova posição os neurónios sofrem um processo de diferenciação –
maturação com crescimento de dentrites e axónios e iniciam formação de
conexões funcionais (estabelecimentos de trajectos até encontrar estruturas
pós sinápticas) – Sinaptogénese.
o Período de desenvolvimento geneticamente programado e independente de
dos estímulos externos.
o Formação de dentrites e sinaptogénese aumenta substancialmente a partir de
metade da gestação, o que explica o aumento de 20x do volume cerebral entre
a semana 20 e o termo da gestação.
• Prematuros: sinaptogénese pode ser comprometida explicando os défices cognitivos
destas crianças.
• A neurogénese inclui:
o Proliferação das células tronco neuronais
o Diferenciação de neurónios
o Migração, maturação e integração funcional dos neurónios (estabelecimento de
sinapses e vias neuronais).
• A regulação da expressão génica é fundamental para estes processos;
• Mecanismos de regulação de expressão génica:
o Factores neurotróficos – BDNF ( liga-se a um receptor e ativa vias de sinalização
celular)
o Diferentes factores de transcrição ( CREB, miRNAs, mecanismos epigenéticos)
• A mielinização do córtex inicia-se no fim da gravidez e continua até cerca dos 18 anos.
A selecção e a estabilização das sinapses ocorre sobretudo a partir dos 2-3 anos de
idade.
• Fases:
o 1- Neurogénese
o 2- Migração Neuronal
o 3- Apoptose
o 4- Sinaptogenese
o 5- Mielinização
o 6- Poda das sinapses
Pode de sinapses: As sinapses não usadas são eliminadas.
Inclui doenças que, embora raras, tenham uma frequência “significativa” na população
(avaliação do custo / benefício) .
Diagnóstico de Portadores