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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE CIÊNCIAS DA TERRA


DEPARTAMENTO DE GEOMÁTICA

Nivelamento geométrico
DR. CARLOS AURÉLIO NADAL
PROFESSOR TITULAR
Universidade Federal do Paraná

Tipos de Nivelamento:
1. GEOMÉTRICO: mais preciso dos métodos de nivelamento
realizado através de visadas horizontais utilizando como
instrumentos: níveis topográficos e miras verticais graduadas.

2. TRIGONOMÉTRICO: realizado através de Teodolitos e


Estações totais com visadas com qualquer inclinação. Mais
rápido que o Geométrico, menos preciso.

3. BAROMÉTRICO: Baseia-se na relação existente entre a


pressão atmosférica e a altitude. Tem pouca precisão. Há
necessidade de se efetuar correções devido à Maré
Barométrica. Dispensa visibilidade entre os pontos a nivelar.
Utiliza aneróides para a determinação da pressão atmosférica
no campo.

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

Altitude ortométrica: distância vertical medida desde o geóide


até o ponto no terreno

NMM = nível médio dos mares coincide aproximadamente


com o geóide (equipotencial do campo da gravidade).
Cota ou altura: distância vertical de um plano qualquer ao
ponto do terreno

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

DATUM VERTICAL BRASILEIRO


O Datum vertical do Brasil é o nível médio das
águas do mar observadas no marégrafo de
Imbituba-SC
Estabeleceu-se no Brasil uma rede de nivelamento
geométrico de precisão formada por RNs (referência
de nível).
Nas cartas aparece a altitude ortométrica (relativa
ao geóide)

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

Marégrafo de Imbituba-SC

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

Vista do Pier do Porto

Porta de acesso

RN - 01

. Carlos Aurélio Nadal


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REDE ALTIMÉTRICA BRASILEIRA REGIÃO SUL

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

ONDULAÇÃO GEOIDAL N
N = ALTITUDE GEOMÉTRICA – ALTITUDE ORTOMÉTRICA
Modelo geoidal: MAPGEO2010
http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/modelo_geoidal.shtm

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

Referência de nível (RN)

A altitude é fornecida para o topo da chapa de metal da


RN
. Carlos Aurélio Nadal
Universidade Federal do Paraná

Modelo de RNs implantada em Redes de Nivelamento

Conselho Nacional de
COPEL – Salto Caxias
Geografia (CNG)- 1940
. Carlos Aurélio Nadal
Universidade Federal do Paraná
Nivelamento do terreno com mangueira

Parede 1

Parede 2

A Superfície de nível A

Mangueira com água

. Carlos Aurélio Nadal


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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

MÉTODOS DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO


VISADAS IGUAIS
VISADAS EXTREMAS
VISADAS RECÍPROCAS
VISADAS EQUIDISTANTES

VISADAS IGUAIS
PROCESSO MAIS EMPREGADO
LEITURAS FEITAS SOBRE DUAS MIRAS IGUALMENTE
AFASTADAS DO NÍVEL COLOCADAS SOBRE OS
PONTOS DOS QUAIS SE DESEJA DEFINIR A
DIFERENÇA DE ALTITUDE OU COTA
. Carlos Aurélio Nadal
Universidade Federal do Paraná
Lance de nivelamento mira

mira

nível
eixo óptico
Leitura
de
Leitura Vante
de

B
h N

A
h = Ré - Vante = R – V
R>V → h>0 → aclive
R<V → h<0 → declive
. Carlos Aurélio Nadal
Universidade Federal do Paraná

|dré – dvante| < 2m dré + dvante < 60m

N1

d1 d1
Ré vante

d d
2
RN1
d2 d2

N2

POSIÇÃO DO NIVEL E MIRAS EM PLANTA


. Carlos Aurélio Nadal
Universidade Federal do Paraná

|dré – dvante| < 2m dré + dvante < 60m

N1

Ré VISADAS IGUAIS
RN1
d

vante
2

POSIÇÃO DO NIVEL E MIRAS EM PLANTA


. Carlos Aurélio Nadal
Universidade Federal do Paraná

PRINCIPIO DO NIVEL TOPOGRÁFICO


horizontal
nível

Eixo
PRINCI
luneta óptico

ocular
objetiva

BASE

CALANTES

. Carlos Aurélio Nadal


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Detalhe interno do nível NI003

. Carlos Aurélio Nadal


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Instrumentos utilizados no nivelamento geométrico


Nível automático

. Carlos Aurélio Nadal


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. Carlos Aurélio Nadal


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MIRA – são réguas graduadas que são colocadas


verticalmente nos pontos a nivelar, nas quais se
mede a intersecção da linha horizontal traçado
pelo nível. Sua menor célula gráfica é o cm; são
numeradas de dm em dm, sendo que os metros
são indicados por pontos ou números romanos.
Um nível de cantoneira ou um nível de bolha
junto à mesma facilita sua verticalidade. Podem
ser extensíveis ou dobráveis.

Obs: sempre se lê 4 dígitos : metro, decímetro,


centímetro e milímetro

. Carlos Aurélio Nadal


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. Carlos Aurélio Nadal


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MIRAS

Nível de cantoneira

. Carlos Aurélio Nadal


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Desnível = 3,661 - 2,248 = 1,413m

Superior

Médio

Inferior

Fs = 3,711 Fs = 2,300
Fm =3,661 Fm=2,248
Fi = 3,611 Fi = 2,200

. Carlos Aurélio Nadal


Mira de código de barras

Monitoramento de UHE
Maua
Lance de nivelamento

sapata mira


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ERROS NO NIVELAMENTO GEOMÉTRICO


Vertical
CE = erro de curvatura de B
Vertical de A CD = erro de refração
C

Sup. Eqüipotencial
E

B
Superfície
A física

Sup. Eqüipotencial
Geóide

. Carlos Aurélio Nadal


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Erro de colimação vertical do nível 

mira
Vertical de A


visual perpendicular
a vertical de A

superfície
física

distância nível-mira

. Carlos Aurélio Nadal


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MÉTODOS DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO POR


VISADAS IGUAIS
ÚNICO LANCE

HAB = fmA- fmB = R-V

Note que o importante é onde são colocadas as miras


. Carlos Aurélio Nadal
Universidade Federal do Paraná

NIVELAMENTO GEOMÉTRICO POR VISADAS IGUAIS


ELIMINA ERROS
CURVATURA
REFRAÇÃO
COLIMAÇÃO

. Carlos Aurélio Nadal


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NIVELAMENTO GEOMÉTRICO COMPOSTO


(VARIOS LANCES)

H02 = fm0- fm1+ f´m1- f´m2 =R - V

. Carlos Aurélio Nadal


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REDE ABERTA DE NIVELAMENTO

NIVELAMENTO E CONTRA NIVELAMENTO


NIVELAMENTO

P3
RN1 P2

CONTRANIVELAMENTO

HRN1-P2 +  HP2-RN1= e1

HP2-P3 +  HP3-P2= e2

e= ERRO DE FECHAMENTO
. Carlos Aurélio Nadal
Universidade Federal do Paraná

REDES E LINHAS DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO POR


VISADAS IGUAIS

RN2

a3

a2

a1
RN1
NIVELAMENTO

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

REDE FECHADA DE NIVELAMENTO

NIVELAMENTO

P2 P3
RN1

P4
P5

HRN1-P2 + HP2-P3 + HP3-P4 + HP4-P5 + HP5-RN1 = e

e= ERRO DE FECHAMENTO
. Carlos Aurélio Nadal
Universidade Federal do Paraná

REDE ENQUADRADA DE NIVELAMENTO

NIVELAMENTO

RN1 RN2
P2

HRN1-P2 + HP2-RN2 – (HRN2 – HRN1) = e

e=ERRO DE FECHAMENTO

. Carlos Aurélio Nadal


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FONTES DE ERROS NOS NIVELAMENTOS


NÍVEL ------------------ erro de colimação
MIRAS ----------------- erro de graduação
(gravação)
erro de não verticalidade
colocação sobre o ponto
OBSERVADOR -------- Leitura/Calagem
EXTERNOS ------------Refração
reverberação

Mira código de barras


. Carlos Aurélio Nadal
Universidade Federal do Paraná

PRECISÕES E TOLERÂNCIAS NOS NIVELAMENTOS


NBR13133-Execução de levantamento topográfico
Os níveis são classificados segundo desvio-padrão
de 1 km de duplo nivelamento, conforme Tabela 2.

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

5.4 As referências de nível do apoio topográfico


altimétrico, sempre que possível, devem estar
vinculadas às referências do nível do apoio
geodésico de alta precisão, de precisão ou de fins
topográficos. A vinculação deve-se dar por
intermédio de nivelamento geométrico duplo
(nivelamento e contranivelamento), desde a
referência de nível de apoio geodésico até uma
das referências de nível do apoio topográfico.

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

5.17 As referências de nível, espaçadas de acordo


com o terreno, área a ser levantada e condições
peculiares da finalidade do levantamento, devem ser
implantadas por meio de nivelamento geométrico
duplo - nivelamento e contranivelamento - em
horários distintos, em princípio, a partir de
referências de nível do SGB. São recomendados
cuidados usuais, a fim de serem evitadas a ocorrência
e a propagação de erros sistemáticos, muito comuns
nas operações de nivelamento geométrico, devendo
para tanto ser consultados os manuais dos
fabricantes dos níveis.

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

5.17.1 Os comprimentos das visadas de ré e de vante


devem ser aproximadamente iguais e de, no máximo,
80 m, sendo ideal o comprimento de 60 m, de modo
a compensar os efeitos da curvatura terrestre e da
refração atmosférica, além de melhorar a exatidão do
levantamento por facilitar a leitura da mira.

5.17.2 Para evitar os efeitos do fenômeno de


reverberação, as visadas devem situar-se acima de 50
cm do solo.

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

5.17.3 As miras devem ser posicionadas aos pares,


com alternância a vante e a ré, de modo que a mira
posicionada no ponto de partida (lida a ré) seja
posicionada, em seguida, no ponto de chegada (lida a
vante), sendo conveniente que o número de lances
seja par.

5.17.4 As miras, devidamente verticalizadas, devem


ser apoiadas sobre chapas ou pinos e, no
caminhamento, sobre sapatas, mas nunca diretamente
sobre o solo.

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

Tolerâncias para o nivelamento geométrico


Classe IN Nivelamento geométrico a ser executado com
nível classe 3, utilizando miras dobráveis,
centimétricas, devidamente aferidas, providas de níveis
esféricos, leitura a ré e vante dos três fios, visadas
eqüidistantes com diferença máxima de 2 m, ida e volta
em horários distintos e com Ponto de Segurança (PS) a
cada km, no máximo.
Extensão < 10km
Lance máximo = 80m
Lance mínimo = 15m
Tolerancia = 12mmk (distância nivelada em quilometros)

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

Classe IIN - Nivelamento geométrico a ser executado


com nível classe 2, utilizando miras dobráveis,
centimétricas, devidamente aferidas, providas de
prumo esférico, leitura do fio médio, ida e volta ou
circuito fechado, com Ponto de Segurança (PS) a cada
dois km, no máximo.
Extensão < 10km
Lance máximo = 80m
Lance mínimo = 15m
Tolerancia = 20mmk (distância nivelada em
quilometros)

. Carlos Aurélio Nadal


Universidade Federal do Paraná

APLICAÇÃO DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

637
636 na= 631,485m
635
634
633

LINIMETRO OU RÉGUAS LINIMÉTRICAS DA UHE MAUA


. Carlos Aurélio Nadal
NIVELAMENTO GEOMÉTRICO (POLIGONAL FECHADA)
estação Distância Fios Distância Fio nivelador R-V R-V cota
estadimétricos
ré ré vante vante ré vante corrigida (m)
0=pp 1,256 2,536 1,141 2,422 500,000
1,025 2,308
1 3,505 1,625 3,354 1,473
3,203 1,321
2 2,565 2,452 2,401 2,293
2,236 2,134
3 0,987 1,268 0,931 1,218
0,875 1,167
4 2,306 2,405 2,145 2,253
1,984 2,101
5 1,985 2,292 1,872 2,175
1,758 2,058
0=pp
estação lance distância fios estadimétricos distância fio nivelador desnível desnível cota
ré ré vante vante ré vante R-V corrigido
0=pp->1 1,256 2,536
0=pp 23,1 1,025 2,308 22,8 1,141 2,422 -1,282 -1,283 500,000

1->2 3,505 1,625


1 30,2 3,203 1,321 30,4 3,354 1,473 1,881 1,880 498,717

2->3 2,565 2,452


2 32,9 2,236 2,134 31,8 2,401 2,293 0,108 0,106 500,597

3->4 0,987 1,268


3 11,2 0,875 1,167 10,1 0,931 1,218 -0,287 -0,288 500,703

4->5 2,306 2,405


4 32,2 1,984 2,101 30,4 2,145 2,253 -0,108 -0,110 500,415

5->0=pp 1,985 2,292


5 22,7 1,758 2,058 23,4 1,872 2,175 -0,304 -0,305 500,305

0=pp erro 0,009 0 500,000


soma 152,3 148,9 correção -0,002

tolerância 10,976338 mm
NIVELAMENTO GEOMÉTRICO
(TRANSPORTE DE ALTITUDE)

estação Distância Fios Distância Fio nivelador R-V R-V cota


estadimétricos
ré ré vante vante ré vante corrigida (m)
0=pp 1,257 2,537 900,000
1,025 2,308 1,141 2,423
1 3,565 1,689
3,145 1,275 3,355 1,482
1 1,828 3,709
1,483 3,349 1,656 3,530
0=PP 2,575 1,280
2,269 1,004 2,422 1,142
NIVELAMENTO GEOMÉTRICO (transporte de altitude)

fios fio
visada distância estadimétricos distância nivelador desnível desnivel

ré ré vante vante ré vante R-V acumulado

0=pp->1 1,257 2,537


23,2 1,025 2,308 22,9 1,141 2,423 -1,282

1->2 3,565 1,689


42 3,145 1,275 41,4 3,355 1,482 1,873 0,592

2->1 1,828 3,7095


34,5 1,483 3,3495 36 1,656 3,530 -1,874

1->0=pp 2,575 1,28


30,6 2,269 1,004 27,6 2,422 1,142 1,280 -0,594

65,15 63,95 erro -0,002


tolerancia 4,3
Caderneta de Campo de Nivelamento Geométrico por visadas iguais
Ponto visado

Distância ré
Leituras
estadimétricas
Fio nivelador
desnível

A transportar

Média das
Distâncias R e V

Diferença dos somatórios


das leituras R e V
Anotações gerais sobre o levantamento
Linha
Ida = nivelamento
volta-=contranivelamento
Nivel= número do instrumento
Miras= número da mira
Operador = nome
Registrador ou anotador
Porta mira (R)
Porta mira (V)
Data do levantamento
Hora do inicio
Hora do término
Tempo: condições climáticas
Observações (horário de verão)
Descrição da RN utilizada
Croqui do levantamento

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