I'm in Love With The Villainess Vol. 3 - Compressed

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Índice
Inserções de cores
Folha de rosto
Direitos autorais e créditos
Página de Índice
Capítulo 9: Nossa Nova Vida
Capítulo 10: A Academia Imperial
Capítulo 11: O Assassinato do Papa
História de bônus 1: coisas ganhas, coisas perdidas
História Bônus 2: Casamento
História Bônus 3: Doce, Doce Álcool
História Bônus 4: Aniversários
História Bônus 5: Festival da Noite Santa
História Bônus 6: Sua dor não é um castigo
Capítulo Bônus: A Dama que Saltou no Tempo
Posfácio
Boletim de Notícias
Capítulo 9:
Nossa nova vida
“NÃO SENTE-SE AÍ! Fora com isso já! O que você acha da
minha comida?”
Quando a jovem de cachos dourados cuspiu essas palavras em mim, eu não
realmente entender o que estava acontecendo. Ela olhou para mim como se a simples visão do
meu rosto a enfurecesse. Disse a mim mesma para ficar calma e avaliar a situação.
Nada de bom poderia vir do pânico.
Eu estava sentado em uma casa de tamanho médio - bem, eu digo média, mas era
realmente bem espaçosa em comparação com a casa em que cresci. Eu estava com a jovem
de cachos dourados e duas adoráveis garotinhas, todas sentadas ao redor de uma mesa. O
problema: ninguém que eu pudesse ver, incluindo a jovem, parecia remotamente japonês.
Colocando a jovem de lado por enquanto, eu quebrei minha memória para

refazer os passos que dei para chegar aqui. Ohh - eu me lembrei agora. Fui transportada
para este mundo parecido com a Europa medieval (com toques estranhos de influência
japonesa), onde a conheci.
“Ah,” eu disse. "Senhorita Claire?"
"Bem eu nunca! Você voltou a usar 'Miss' novamente! Quantas vezes eu disse para
você me chamar de 'Claire'?!”
Aquela voz estridente era inconfundível. A garota dos cachos dourados era
Claire François, uma personagem de um dos meus sims de namoro favoritos, Revolution.
Ela também era minha amada esposa.
"Senhorita Claire."
“Assim está melhor,” Claire bufou. "Eu prefiro quando você não é tão formal - espere,
você não mudou nada!"
“Você se lembra do meu nome?”
“Qual é o problema com você, Rae Taylor?”
Eu estava começando a entender o que tinha acontecido. Na mesa à minha frente havia
um prato cheio de comida – se é que se pode chamar assim. Com base no
1 Goldenagato | mp4directs. com

circunstâncias, meu palpite era que eu tinha sofrido algo parecido com uma experiência fora do corpo
depois de comer a comida de Claire.
Meu nome original era Rei Ohashi, mas Rae Taylor era o nome que eu tinha
neste mundo. A partir deste momento, vivi uma vida de felicidade doméstica com Claire e nossas
doces filhas gêmeas, a pequena May e Aleah.
“Yah!” eu aplaudi.
“O-o quê? Você está se sentindo bem? E não use expressões vulgares como 'yahoo'. Você
está dando um mau exemplo para May e Aleah.” Claire começou a reclamar, mas eu não liguei para
ela. Por um momento, eu quase pensei que o ano passado tinha sido um sonho - que conhecer Claire,
o vínculo que nutrimos, os amigos que nos apoiaram, o muro quase intransponível conhecido como
revolução e até os dias de paz depois dele estavam todos acabados.
Mas não tinha sido um sonho.
"Senhorita Claire."
"O que é isso? E você não acha que está na hora de largar a 'Miss'?
"Gosto de você."
"Huh?" Claire parecia confusa.
"Senhorita Claire, eu te amo."
"O... o-o-o-o que...?!" Conforme minhas palavras afundavam, Claire rapidamente ficou
nervosa. Ela era muito fofa. Sem dúvida, a pessoa que eu mais amei neste mundo.
Meu personagem favorito em Revolution não era um dos garotos que o jogo colocou para
você escolher. Era Claire. Claire François, a vilã que intimida a heroína, torna-se sua rival e finalmente
perde para ela. A filha de uma família aristocrática, com uma personalidade perversa, que sempre
causou problemas ao personagem principal. Mas isso foi tudo no passado, é claro.
Esta era Claire. Esta era a vilã, e eu estava completamente apaixonada.
Ela segurou seu orgulho até o amargo fim, e sua bela voz soou
como um sino. Seu traço mesquinho, no entanto, estava ausente ultimamente. Mesmo que ela
estivesse sentada bem ali, eu não pude deixar de sorrir quando me lembrei do nosso tempo juntos.
Claire sempre se comportou tão cruelmente com o protagonista, mas eu

a amava tanto que aceitei o desdém. Cada aspecto dela era querido para mim. Claire era
uma santa, e eu sua seguidora, perdidamente apaixonada. Eu tive um caso grave de febre
de Claire, e não havia cura.
“O que diabos você está dizendo, Rae?! E na frente das crianças,

também!"
“É ruim se estamos aqui?” May perguntou.
"Por que?" Alah questionou.
“Ah, não, não se preocupem com isso, meus queridos. Você vai entender
quando for mais velho. Honestamente, Rae... Há uma hora e um lugar para essas coisas!”
"Qual é o problema?" Eu perguntei. "Estou apenas dizendo 'eu te amo', isso é tudo."
“H-hmph! Você acha que dizer isso vai te deixar do meu lado bom? Nós iremos,
é inútil. Minha afeição por você já é tão alta quanto pode ser!” Claire se virou bufando.
“Você é tão fofo…” Oops. As palavras saíram da minha boca antes que eu
poderia detê-los.
"O... o-o-o...!" Claire parecia ainda mais chateada. "Você... você está... com tesão?!"
"Não, eu sou - bem, isso é irrelevante para fofura, porque, senhorita Claire, você é
fofa."
Ela ficou em silêncio quando seu rosto ficou vermelho. Que perfeito - tal
reação inocente.
"Senhorita Claire me ama?"
“O-claro!”
“Então está tudo bem. Por favor, continue me amando o máximo que puder.”
“O que diabos está com você hoje, Rae?” Claire começou a olhar
para mim com preocupação.
“Agora, vamos começar este jantar super divertido, Srta. Claire! Vamos nos divertir
muito!”
“O que é essa sensação de déjà vu?”
Com a revolução acabada, agora eu poderia passar meus dias adorando meus
amada Claire para o conteúdo do meu coração. Era seguro dizer que eu merecia.

— De qualquer forma, você está bem? Claire pressionou. "Parecia que você não
estava conosco por um momento lá."
“Fiquei tão impressionado com a comida da senhorita Claire que enegreci

Fora."
"Oh, por favor."
"Não mesmo. Eu vi uma vista de um milhão de dólares do topo do andar mais alto de
um arranha-céu!”
“Um milhão de bonecas? Grampo do céu?”
Ops. Eu distraidamente descrevi as visões que haviam passado antes

meus olhos durante minha experiência fora do corpo, confundindo Claire. Eu também
não entendia a cena que tinha visto, para ser justo. Eu nunca tinha posto os olhos em tal vista
na minha vida passada.
“Não importa, não é nada. Estou bem agora.”
"Sério? Se você diz…"
Eu estava vivendo o sonho. Pensar que chegaria o dia em que Claire estaria
genuinamente preocupada com meu bem-estar! Agora tudo o que restava era ela abrir aqueles
lábios rosa-cereja dela e me repreender!
“Rae?”
"Sim Sim Sim?" Se eu tivesse um rabo, com certeza estaria abanando.

No entanto-
“Você está realmente... bem? Tem certeza de que não está apenas estressado
porque me pediram para ir ao império?
Oh. Isso estava certo... O segundo ato da minha vida em outro mundo parecia
brilhante - ou pelo menos, tinha sido. Na verdade, os meses de paz que usufruímos estavam
chegando ao fim.
Vamos retroceder um mês.
***
Fazia pouco mais de um ano desde a revolução.

"Senhorita Claire, você tem tudo?" Eu chamei Claire enquanto ela colocava
os sapatos dela na entrada da nossa casa, prestes a ir trabalhar.
“Rae, quantos anos você acha que eu tenho?” Ela me lançou um olhar.
Até esse seu olhar é maravilhoso, Srta. Claire!
"Eu acredito que você vai fazer dezessete em breve." Seria impensável para mim
esquecer sua idade. Na verdade, eu estava fantasiando há muito tempo sobre todas as coisas
que eu faria para o aniversário dela que se aproximava.
“Isso mesmo, dezessete. Nós dois já somos adultos criando filhos, não
somos?”
“Estou bem ciente. Independentemente disso, você tem seu lenço?” Eu perguntei,
também ciente de quão arrogante eu estava sendo.
“Claro,” Claire respondeu secamente.

“E alguns lenços?”
"É claro."
“E sua lancheira?”
"É claro."
“Eu enriqueci com algo especial desta vez.”
"Claro - você fez o quê?!"
“Relaxe, obviamente estou brincando!”
“Não soa como uma piada quando você diz isso.” Claire suspirou, parecendo exausta
de repente.
“O que há com o rosto comprido, Srta. Claire? Você não pode entrar assim.”
“E de quem você acha que é culpa?!”
Era meu, claro. Tudo intencional também. Tchau.
"Mama Claire, você ainda não foi trabalhar?"
“Você não vai se atrasar?”
A provocação de Claire tinha corrido mais do que eu imaginava. May e

Aleah se aproximaram, terminando o café da manhã.

"Vocês dois limparam?" Claire perguntou.

“Uh-huh!”
"Sim, mãe."
"Muito bom. Eu vou embora, então. Eu os deixo para você, Rae.
"É claro. Tenha um bom dia."
"Tenha um bom dia!" os gêmeos chamaram juntos.
Todos nós demos adeus aos cachos saltitantes de Claire. Essa era a nossa
rotina. Claire e eu agora lecionávamos na Royal Academy, o que significava que geralmente
saíamos para trabalhar juntos, mas ocasionalmente, um de nós podia ficar em casa.
hoje foi um daqueles dias.
"Vamos escovar os dentes, então?" Perguntei às meninas.

"Sim!"
"Sim, mãe!"
May e Aleah geralmente obedeciam às instruções, mas ultimamente tinham ficado

mais voluntariosas. Apesar do problema adicional que isso causou, eu estava feliz por eles
terem chegado a um lugar onde ambos pudessem declarar seus próprios desejos, considerando
as vidas difíceis que eles levaram. Eu me peguei sorrindo enquanto os observava escovar os
dentes.
“Mãe Rae, verifique-me, por favor!”

"Eu também! Eu também!"
"Tudo bem, um de cada vez agora."
Aleah subiu em mim logo depois que me sentei no tapete. Ela abriu ela
boca aberta, permitindo-me escovar seus lindos e elegantes dentes de leite.
"Tudo feito. A seguir, maio.”
“Muito obrigado, mãe.”
“Mexa-se, Aleah! É a minha vez!"
May – a mais desordeira das duas – praticamente empurrou Aleah de lado enquanto
ela subia no meu colo. Eu dei a seus dentes uma escovação completa, como eu tinha feito
com os de Aleah. "Tudo feito! Certifique-se de gargarejar agora.”
"Ok!"

May correu para o banheiro, seus pés fazendo adoráveis sons de tamborilar enquanto
ela andava. Na minha vida anterior, meus amigos que tinham filhos sempre descreveram a
paternidade como uma batalha difícil, o que me fez agradecer que May e Aleah fossem tão fáceis
de lidar. Claire e eu não tínhamos experiência como cuidadoras, mas as meninas ainda não nos
deram nenhum problema real. Ocasionalmente, lutamos para acalmá-los quando eles choravam,
mas eu tinha uma sensação que não se comparava às provações que meus amigos enfrentaram.
Em breve, faria um ano inteiro desde que adotamos May e Aleah.

Eles haviam mudado tanto naquele tempo. Era difícil imaginar agora, dada a felicidade atual, mas
seus olhos uma vez foram desprovidos de vida, assim como os de uma boneca.
Por outro lado, talvez as batalhas que meus amigos descreveram ainda estivessem por
vir.
“Ah! Mãe Rae, May derramou água!”
“Alah! Por que você fofocou? Eu ia limpar! Meia!”
Essa confusão interrompeu meus pensamentos. Peguei alguns panos de

limpeza e fui para o banheiro, onde May timidamente encontrou meus olhos enquanto tentava
limpar o derramamento com uma pequena toalha.
"May, obrigado por limpar seu erro", eu disse.

"Ele Ele!"
“Mas vamos nos certificar de usar um pano de limpeza, não as toalhas.”
"Desculpe…"
“Está tudo bem, você não sabia. Agora, então, vamos limpar juntos?” Entreguei um dos
panos para May e observei enquanto ela se enxugava furiosamente.
"Isso não é justo! Só May foi elogiada!”
“Você quer ajudar também, Aleah? Eu tenho outro pano aqui.”
"Sim por favor! Maio, é um concurso! Vamos ver quem consegue limpar mais!”
“Eu não vou perder!”
Eu não pude deixar de sorrir enquanto observava os gêmeos. Aleah era tão teimosa quanto
Claire, constantemente desafiando sua irmã a cada passo. Acho que as crianças puxavam os pais,
mesmo que não compartilhassem sangue.

“Nós terminamos, mãe!”

"Feito!"
“Spick-and-span. Bom trabalho, vocês dois.”
Acariciei o topo de suas cabeças macias. As meninas sorriram felizes para mim, e
todos nós vivemos felizes para sempre. O fim.
Bem, isso era o que eu gostaria de dizer. Mas...
“Quem se saiu melhor, mãe?”
“Sim, quem?”
“Umm...”
Eles se aproximaram de mim. Eu pensei que eles poderiam estar brincando

por um momento, mas seus olhos sérios diziam o contrário.
"Não podemos apenas dizer que vocês dois se saíram bem?"
"Inaceitável! Por favor, escolha um de nós!”

"Quem ganhou?!"
"U-umm..."
As crianças tendiam a se prender às coisas mais estranhas. eu não podia simplesmente

jogue fora por enquanto também; apenas um ano como pai me ensinou que eu me
arrependeria disso no futuro.
“Você sabe como diferenciamos a limpeza boa da ruim?” Tentei mudar um pouco o foco.
"Não sei."
"Quão?"
“O primeiro fator é o rigor. Podemos dizer que Aleah é um vencedor

porque ela enxugou mais vigorosamente”.
“Então eu sou o vencedor!” Aleah orgulhosamente declarou.
Em contraste, May franziu os lábios e começou a fazer beicinho. “Ahhh…”
“Mas limpar uma área ampla também é importante,” continuei. “Nesse sentido,
maio é um vencedor.”
"Yay!"

"Huh?" Desta vez, Aleah fez beicinho enquanto maio comemorava.

“Então é um empate.”
"Huh?!" E agora ambos pareciam descontentes.
Minha nossa. "Algo está errado?"
“Sim, algo está errado!”

“Eu não gosto!”
“Você preferiria se eu escolhesse um de vocês aleatoriamente?”
"Eu não gostaria disso..."
"Sim…"
“É por isso que é um empate. Vocês dois fizeram o seu melhor.” Eu acariciei suas cabeças
novamente, mas eles ainda pareciam mal-humorados. “Por que você não vai brincar no quintal?
Ainda tenho uma limpeza para fazer. Ralaire, você pode vir aqui?
Uma criatura semitransparente e amorfa veio rastejando ao meu chamado. Este era
Ralaire, meu familiar de gosma de água. Hoje em dia, ela era do tamanho de um cachorro grande,
o que era normal para limos de água adultos. Senti falta dos dias em que podia carregá-la na
mochila da escola e alimentá-la com guloseimas.
“Ralaire, posso pegar carona?” Alah perguntou. Ralaire estendeu os braços – ou o que
você chamaria de gavinhas amorfas – e jogou Aleah de costas. “Maio, você também!”
Parecia que a competição havia acabado. Talvez Aleah quisesse fazer

corrige convidando May para se juntar a ela?
"Sim! Ralaire, eu também, por favor!
Ralaire também pegou May facilmente antes de sair pela frente

porta para o quintal.
“Mais rápido, Ralaire, mais rápido!”
"Certo! Vá para a direita!"
Ralaire era a melhor amiga de May e Aleah. Outras crianças de sua idade também
morava no bairro, mas nossas meninas passavam o tempo todo brincando com Ralaire. Eu
não sabia como me sentir sobre isso. Eu tive que discutir isso com Claire mais tarde.

"Bem... tenho certeza que vai dar tudo certo."
A paternidade era uma questão de tentativa e erro. Às vezes, isso significava que você
tinha que deixar ir e permitir que a natureza seguisse seu curso. Afinal, nenhum pai era onisciente.
Nunca me arrependi de vir a este mundo. Mas depois de criar meus próprios filhos,
desejei ter a chance de agradecer aos meus pais verdadeiros por me criarem.
Havia apenas algumas coisas que você não poderia apreciar até ter seus próprios filhos.
"Uau!"
"Mamãe Rae! Aleah caiu!”
"Chegando!"
Bondade. Não havia tempo para ser sentimental, parecia. Mas, estranhamente,
eu não me importava de ficar ocupado nem um pouco.
***
"Hum, Mãe Rae?"
“Há algo que queremos perguntar.”
Pouco depois do meio-dia de um feriado, May e Aleah se aproximaram de mim

enquanto eu lia um livro na mesa do nosso terraço. Eles não vinham para mim assim
com muita frequência - eles geralmente iam para Claire, que estava trabalhando em seu
bordado na sala de estar.
"O que é isso?"
"Hum, o que faz-"

“O que Mama Rae gosta na Mama Claire?”
“Alah!” May franziu a testa. “Eu estava perguntando primeiro!”
Que chocante. Eles eram apenas seis; eles já se interessaram

no romantismo? Embora eu soubesse que as meninas tendiam a desenvolver interesse por
esses tópicos mais cedo do que os meninos, isso ainda parecia cedo. Meu, que crianças precoces.
"Sem brigas, vocês dois," eu repreendi. “Hmm… Essa é uma pergunta difícil. Só
posso dizer que amo tudo nela.”

Eles gritaram em uníssono, colocando as mãos nas bochechas. A reação parecia

um pouco madura demais para eles. Eles não poderiam ter sido transportados de outro
mundo como eu, poderiam?
“Ah, mas a Srta. Claire era bem diferente quando eu a conheci,” eu disse.
"Como assim?"
“Diga-nos, conte-nos!”
Os dois me olharam com expectativa. Eles adoravam Claire. Claro, eu me considerava

inigualável quando se tratava de amá-la – nem mesmo eles.
“Bem, ela era muito mais tensa quando nos conhecemos. É claro,
Claire é ótima como ela é agora, mas eu nunca vou esquecer o quão maravilhosa ela era
quando seu orgulho estava tão alto quanto o teto.” Ahh, como eu gostaria que ela me repreendesse
de novo... Mas esses dias se foram há muito tempo.
"Temperamental?"
"Empilhado... orgulho?"
Eles pareciam confusos quanto ao que eu queria dizer.
"Sim." Eu pensei em quando eu tinha acabado de conhecer a Srta. Claire. “Se eu tivesse
que colocar as coisas de forma simples... ela era a própria personificação daqueles aristocratas
confiantes que colocam a mão na boca e riem 'Oh ho ho!' Ela sempre me intimidava diretamente
ao invés de usar seus subordinados para fazer o trabalho sujo para ela.
Ela me insultava na minha cara, dizendo que não suportava me ver, mas sendo o tipo de pessoa
que agia primeiro e pensava depois, ela nunca previu que seus insultos só me fariam mais feliz
- saindo pela culatra dela. até o ponto em que ela iria quebrar em lágrimas. A voz dela também é
perfeita: é enérgica como a de um cachorrinho, mas fofa e aguda como a de um gato, então você
está coberto, independentemente do que preferir, e...
“M-Mãe Rae, por favor, pare!”
"Por favor acalme-se!"
Oops - eu me empolguei. Minhas filhas começaram a me dar tapinhas, dizendo “lá, lá”, o
que às vezes eu fazia para acalmá -las . Eu não sabia como me sentir sobre isso.
"Você entende agora?" Eu perguntei.

"Nem um pouco!" disseram em uníssono.
"Oh. Bem, o principal é que a senhorita Claire é fofa.”

“Eu posso entender isso!”
“Mãe Claire é sempre fofa!”
"Muito bom! Todos juntos agora, prontos? Ai ai ai!”
“Ah ah ah ah!” fizemos coro juntos.
Esse foi o fim daquela conversa. Eu estava tão feliz May e Aleah
tinha vindo falar comigo - tão feliz, na verdade, que eu nunca notei Claire ouvindo.
Por alguma razão, Claire pisou no meu pé.
“O-oh, me perdoe!” ela gaguejou. "III... pensei que você fosse um inseto!"
"Algo está acontecendo, Srta. Claire?"
"Huh? Umm... a-ah! Você foi atrevida, Rae!”

"Hum?"
Eu fui atrevido? Huh…
“Peço desculpas se ofendi você de alguma forma, mas não me lembro de ter
feito nada.”
“I-não foi isso que eu quis dizer!”
"Não é?"
“E-esqueça isso!” Claire saiu furiosa.

Sobre o que era tudo isso?
Um tempo depois, Claire escondeu um dos meus livros. "O que há de errado? Seu
mísero salário não é suficiente para comprar livros?”
“Nossos salários são os mesmos, no entanto.”
“O-oh, certo…”
“Na verdade, tenho certeza de que tenho mais economias do que você.” Eu fiz uma careta.

Por que ela está aumentando o salário? A menos que… “Vou tentar o meu melhor para ganhar
mais dinheiro!”
“N-não, você está bem como está! Não é isso que eu quero chegar!”
"Não é?"
“N-ngh! Rae, sua malvada! Claire saiu mais uma vez.
Huh? O que está acontecendo no mundo?
E agora, eu estava sendo deixado de fora.
"Ele Ele. May e Aleah só querem brincar comigo agora! Como é isso?”
"Ah..." Uma lágrima brotou em meus olhos.
"V-você está realmente chorando?!"
"Está bem. Estou feliz enquanto vocês três estiverem felizes. Vou me contentar em
assistir à distância…”
“Vão confortar Rae, vocês dois.”
"Ok!"
“Pronto, pronto, Mãe Rae.”
Fui consolado por minhas filhas. Ahhh, felicidade.
Mais tarde naquela noite, Claire me encharcou com água quente – o que não parecia
fora de lugar, já que nós dois estávamos no banho.
“Oh, querido,” ela começou. "Você estava tão sujo, eu e-"
"Oh, muito obrigado. Eu estava prestes a lavar meu cabelo.”

"H-hein?"
Peguei o frasco de sabonete e comecei a lavar o cabelo de Claire. "Seu cabelo é lindo,
senhorita Claire."
"O-muito obrigado... Espere, não é isso!"
“Isso é muito duro?”
“Não, é maravilhoso.”

Meus talentos foram reconhecidos. Eu poderia morrer feliz agora.
Depois do banho, havia flores esperando por mim na mesa.

“Que tal isso?!” Claire declarou.
“Ah, que flores lindas. Eles foram arranjados maravilhosamente também.”

Claire ficou em silêncio.
"Senhorita Claire?" Surpreso, eu olhei para ela. Ela parecia desanimada por
alguma razão. "Qual é o problema?"
“Estou farto disso…”
"Você está agindo estranho hoje."
“E de quem você acha que é a culpa?!” Claire uivou. Até seu rosto zangado
era adorável.
"Senhorita Claire."
"O que você quer?"
“Obrigado por me mostrar seu lado vilão novamente.”
“Então você notou?!”
É claro. Era óbvio que ela estava tentando replicar o que ela fez comigo pela
primeira vez na Academia. “Adorei ver você tentando bancar a vilã.”
"Claro que você fez. Você estava me provocando o tempo todo!”
"Sim! Muito obrigado!"
"Oh! Bem, você é muito bem-vindo! Eu vou para a cama!” Claire correu para o
quarto. Eu a parei agarrando seu braço.
"Senhorita Claire, você não vai tentar dizer que me odeia?"

"Huh? Pelo que?"
“Para dar o toque final em sua rotina de vilã.”
"Honestamente..." Claire suspirou. Enquanto ela parecia temer a ideia, ela ainda
se virou e me encarou com um olhar determinado em seu rosto.
“Muito bem então. EU-"
"Sim?"

“LL-Lo—não, quero dizer—hh-haa…hh-haa—”
“Você está quase lá, Srta. Claire! Não desista!” Eu a animei quando seu rosto ficou
vermelho como uma beterraba.
“-aaate você!”
“Acabou, Srta. Claire! Você fez isso! Você realmente fez isso!” Eu elogiei a Srta. Claire
como se ela fosse uma heroína que tinha acabado de vencer uma batalha épica.
"Foi difícil... tão incrivelmente difícil..."

“Você fez bem.”
“Parece que não posso mais amaldiçoar você como antes.”
"Ele Ele. Você deve me amar muito, então.
"Eu faço. É melhor você assumir a responsabilidade.”
"É claro."
Claire sorriu. Ela uniu seu braço com o meu e descansou a cabeça no meu
ombro. Juntos, desaparecemos no quarto.
Enquanto isso, nossas filhas conversavam em seu quarto.
“O que mamãe Claire estava fazendo hoje?” May perguntou.
"Eu sei! Irmã Lene me disse! É algo chamado 'S and M play'”.
Claro, Claire e eu estávamos alheios à conversa deles.
***
Estávamos no campo de atletismo da Royal Academy enquanto um sol terno,

condizente com o início da primavera, brilhava sobre nós, o frio do inverno quase totalmente
desaparecido.
"Bom Dia a todos!"
"Bom Dia!" Cerca de vinte alunos retribuíram alegremente minha saudação,

todos vestindo uniformes da Academia e irradiando motivação. Hoje foi o início do semestre
da primavera, tornando este nosso primeiro encontro.
Meu primeiro ano de ensino me ensinou a importância de fazer uma

boa primeira impressão. Se seus alunos pensassem que você é fraco, eles passariam por cima
de você. Não era tão ruim quanto quando o corpo estudantil era formado principalmente por nobres,
mas mesmo os plebeus podiam ser implacáveis se sentissem cheiro de sangue na água.
Dito isso, você também não queria parecer muito rigoroso. Você tinha que encontrar um equilíbrio.
“Prazer em conhecê-los, todos. Eu sou Rae Taylor, e vou te ensinar magia prática. Vamos ter
um bom semestre. Ah, por favor, também seja gentil com a Srta. François, que vai lhe ensinar teoria
mágica.
Magia prática e teoria mágica foram novos assuntos estabelecidos no ano passado. Como
seus nomes sugeriam, eles cobriam a implementação prática de abordagens mágicas e acadêmicas
para o mesmo, respectivamente, e já haviam sido agrupados com aulas gerais de magia. Eu era melhor
em magia prática, enquanto Claire tinha uma melhor compreensão da teoria. Combinado com nossa
alta aptidão mágica, isso nos tornou os melhores candidatos para ministrar as novas aulas.
“Como é apenas o primeiro dia e ninguém mediu sua aptidão mágica ainda, vamos
começar nos apresentando e depois repassando o que a aula cobrirá.”
Mas primeiro-
“Como expliquei anteriormente, meu nome é Rae Taylor. Por favor, me chame de senhorita
Taylor.” Pessoalmente, não tive nenhum problema em ser chamada de Miss Rae, mas como
professora, tive que estabelecer alguns limites. “Alguns de vocês são mais velhos do que eu, mas
por favor entendam que eu peço isso não por questão de idade, mas por respeito.”
A Academia diferia das escolas japonesas modernas em que alunos de diferentes

idades podiam ser colocados na mesma classe. Tinha sido da mesma forma quando eu era estudante.
"Mas é claro!" exclamou um aluno. “Senhorita Taylor, você é a lenda que alcançou a maior
pontuação no teste da história da academia, tudo isso em seu primeiro ano!”
Oh, não… Não isso de novo.
“Você também não é uma heroína da revolução, senhorita Taylor?!”
“É uma honra ser ensinado por você!”
“Por favor, mostre-nos sua magia de altíssima aptidão!”
Todos os alunos começaram a falar ao mesmo tempo. Eita.

Para o bem ou para o mal, eu tinha feito um pouco de meu nome no Bauer
Reino. Eu não tinha feito muito – um pouco disso, um pouco daquilo – e de alguma forma,
ainda acabei sendo considerado uma das figuras-chave da revolução. Mas quero dizer, realmente?
O tempo todo, eu não tinha nada em mente além de parar a execução de Claire.
De qualquer forma, eu tinha que fazer algo sobre esta situação. Talvez eu pudesse
tentar aquela coisa que eu fiz no ano passado novamente?
“Alguém aqui tem medo de altura?” Eu perguntei.
"Não!"
"Não é um problema!"
“Mais importante, mostre-nos seu apt ultra-alto—”
Ninguém? Para cima eles vão, então!
"Elevar!" A terra se ergueu debaixo dos pés dos meus alunos, levantando-os cerca
de dez metros no ar. Era a versão oposta da magia de armadilha que eu costumava brincar
com Claire.
“O-uau!”
“T-tão alto!”
“Eca!”
Psicologicamente falando, trinta pés pareciam mais altos do que realmente eram.
Além disso, levantei cada um individualmente em vez de como um grande grupo, dando-
lhes assustadoramente pouco espaço para se apoiarem. Naturalmente, eu estava pronto
para pegar qualquer aluno que caísse, mas eles não sabiam disso.
“Por favor, não me interrompa enquanto estou falando,” eu chamei para eles. “Se você
fizer isso, eu posso ter que puni-lo assim. Estamos entendidos?"
Os alunos assentiram furiosamente.
"Muito bom. Vou abaixar todos vocês agora.”
Os alunos deram um suspiro de alívio ao retornarem ao nível do solo.
“Vamos fazer com que vocês se apresentem, então. Começando pela direita.”
Os alunos não me deram mais problemas. Às vezes você tinha que mostrar
você quis dizer negócio para fazê-los ouvir você. Claro, como mencionei anteriormente, isso
não significa que você deve ser um tirano. Você precisava ganhar seus

atenção provando que você tinha algo real para ensiná-los - daí a magia da terra. Enquanto os alunos
da Academia tendiam a ser dotados ou privilegiados, eles ainda não haviam recebido nenhum
treinamento na aplicação prática da magia. Muitos alunos não tinham visto magia antes.
Mas apenas me exibir não me ganharia o respeito deles. Por isso levantei
eles no ar - para mostrar que eu estava falando sério enquanto dirigia para casa como a magia
pode ser aterrorizante quando manuseada corretamente.
Ouvi os alunos se apresentarem enquanto observava suas expressões. A maioria deles

ainda estava se recuperando do choque de ser levantada.
Ocasionalmente, um aluno se apresentava com um grito, mas isso não passava de uma falsa
bravata. Encantador à sua maneira, porém, eu tinha que dizer.
"Ei pessoal! Prazer em conhecê-la! Eu sou Lana Lahna e venho de Euclides,

assim como a senhorita Rae!” Essa garota parecia um pouco estranha. Seus olhos castanhos
brilhavam com vida, aparentemente sem se intimidar com minha demonstração anterior, e uma faixa
branca adornava seu cabelo ruivo. Ela era mais ou menos da mesma altura que eu, se não um pouco
mais alta.
Seu sorriso despreocupado, combinado com a maneira como ela falava, me lembrou
as garotas gyaru que eu costumava ver no Japão.
“Eu sou, tipo, suuuper ruim em estudar, mas magia parece tão divertida! Espero ser como
Miss Rae um dia!” Lana terminou sua auto-apresentação em uma respiração e começou a acenar para
mim. Parecia que eu tinha outro fã. Bem, dado o quão estranho eu era, ela deveria se desiludir em
nenhum momento. Minhas condolencias.
“Meu nome é Eve Nuhn... Mesma cidade natal de Lana. Prazer em conhecê-la."
Uma garota incrivelmente sombria se apresentou depois de Lana. Ela também não parecia perturbada
pela minha exibição de magia, mas sua personalidade era o oposto da de Lana. Ela tinha longos
cabelos pretos em forma de trança e usava óculos – uma raridade neste mundo que sugeria que ela
vinha de uma família razoavelmente abastada.
Nada disso me incomodou. Todo mundo tinha suas peculiaridades; seu comportamento
sombrio não me incomodou nem um pouco. Mas aqueles olhos...
Ela tinha um olhar mortal treinado em mim, como se eu a tivesse matado pessoalmente
pais. Eu quebrei meu cérebro, mas não consegui invocar nenhuma memória dela.

“Eu sou Joel. Joel Santana. Eu sou do reino.”
O próximo a se apresentar foi um garoto alto com cabelos azuis e olhos

castanhos. A imagem de um lobo magro me veio à mente quando olhei para ele.
Nem um pingo de excesso de gordura em seu corpo. Possivelmente do treino?
“Venho de uma família de soldados, então posso lutar”, finalizou Joel,

mantendo sua introdução curta, direta e quase mecânica. “Gosto de estudar, mas não
sou muito bom nisso. Prazer em conhecê-la."
O resto das apresentações não eram nada para escrever. Terminei a aula
repassando os exercícios de aquecimento que faríamos diariamente no início de cada
sessão.
“Isso é tudo por hoje.”
"Muito obrigado!"
A aula terminou e todos se dispersaram. Comecei a fazer para o pessoal

quarto quando Lana me chamou.
“Senhorita Rae! Teve uma parte que eu não entendi!”
“Mas eu ainda não te ensinei nada.”
“Os exercícios de aquecimento! Eu preciso de ajuda nisso – olhe!” Ou então Lana

alegou, mas não consegui ver nenhum problema em sua forma. Acho que ela
simplesmente queria falar comigo. Eu não me importava de ter um fã, mas já tinha
Claire. Eu precisava encontrar uma maneira de decepcioná-la facilmente.
Então eu senti um olhar afiado e repentino perfurar minhas costas e me virei para ver Eve
olhando para mim. Eu não conhecia o negócio dela, mas se eu pudesse evitar, eu não
queria começar o ano mal com um aluno. Eu sorri e acenei para ela, tentando convidá-la
a se aproximar de mim, mas ela apenas fez uma careta antes de girar nos calcanhares e ir
embora.
"Caramba. O que há com Eve hoje?” disse Lana.
“Lembro que você e Eve vieram de Euclides?”
“Ah! Senhorita Rae, você se lembrou!”

“Também sou de Euclides. Já nos conhecemos antes?”
"Não! Mas nós totes sabemos sobre você! Se alguma coisa, somos fãs!”
Seu entusiasmo me deu uma intensa sensação de déjà vu…

imaginação, certo? Certo.
"Oh, mas Eve tem, tipo, um osso para escolher com você ou algo assim."
"Huh? Por que isso."
"Algo sobre você arrebatar o amante dela ou algo assim."
"Desculpa, o que? Tenho certeza de que nunca fiz algo assim.”

Afinal, meu coração pertencia exclusivamente à Srta. Claire.
"Isso é o suficiente sobre Eve", disse Lana. "Por que você não pergunta sobre mim
agora?"
"Desculpe, mas eu tenho que sair para minha próxima aula."
“Ah! Malvado! Mas eu gosto dessa parte de você também!”
De alguma forma, consegui escapar de Lana e fui até a sala dos professores. Eu
não pude deixar de pensar em Eve ao longo do caminho. Eu peguei seu amante?
Certamente foi um mal-entendido; o problema seria descobrir por que esse mal-
entendido aconteceu em primeiro lugar. Preciso ter certeza de falar com Eve mais tarde.
“Parece que os alunos deste ano serão um punhado.” Suspirei. Eu assisti enquanto
o vapor se desvanecia na névoa primaveril do céu.
***
"Estamos todos prontos, senhorita Claire."
"Bom. Vamos embora, então.”
Às oito da manhã, o sol ainda estava baixo no céu. Era difícil acreditar que pudesse
estar tão frio nessa época quando já era o quarto mês.
“Vamos fazer um passeio!”
"Yay! Passeio! Saída!”
May e Aleah usavam jaquetas quentes costuradas à mão por Claire. Uma prova de
sua habilidade, as jaquetas eram de tão alta qualidade que se poderia confundi-las com
produtos da guilda dos alfaiates. May segurou a mão de Claire e Aleah segurou a minha como

nós caminhamos ao longo do caminho para a Catedral Bauer.
“Mal posso esperar para usar magia!” Aleah sorriu de orelha a orelha.
"Eu quero a mesma, humm... aptidão que Mama Claire!" May sorriu para Claire.
Nós quatro estávamos a caminho para medir a aptidão de May e Aleah. Nos
anos pós-revolução, o Reino Bauer passou a valorizar a magia ainda mais do que antes.
Isso levou a avaliações obrigatórias de aptidão mágica para todos os cidadãos quando
completassem seis anos. A aptidão mágica pode flutuar na primeira infância. Algumas
pessoas nasceram com baixa aptidão que aumentou à medida que envelhecem, mas mesmo
assim, em geral, a aptidão se estabilizou por volta dos seis anos de idade.
O aniversário de maio e Aleah era o décimo terceiro dia do décimo segundo mês,
significando que eles tinham acabado de fazer seis anos cerca de quatro meses atrás. Os
dois frequentemente observavam Claire e eu usando magia e estávamos ansiosos para
experimentar por si mesmos. Poderíamos ter começado a ensiná-los sem primeiro medir
suas aptidões, mas isso trazia seus próprios riscos, então decidimos adiar até a avaliação deles.
“Mãe Claire pode usar fogo, certo?” Alah perguntou.
"Está correto. Tenho alta aptidão para o fogo.”
"Que mágica você acha que eu vou ter?"
“Hmm, eu tenho a sensação de que você terá o atributo vento, porque você é tão
inteligente,” Claire respondeu sem precisar pensar sobre isso. Era verdade... Aleah era muito
inteligente. Talvez fosse por causa de sua pouca idade, mas ela sempre aprendeu rápido. Lilly
mencionou que aprendeu leitura e matemática mais rápido do que May.
"E quanto a mim?" May perguntou, apertando a mão de Claire. "Que mágica você acha
que eu vou ter?"
Eu não pude deixar de notar que ambos perguntaram a Claire. O que estava bem.
Eu não estava ferido. Fungar.
“Acho que maio terá o atributo fogo. Porque você está sempre tão animada.”
"Yay! Eu sou igual à Madre Claire!” May começou a pular como

um coelho, embora a previsão de Claire não fosse garantia. Enquanto Aleah

não podia ser chamada de tímida, May era inegavelmente a gêmea mais animada.
Aleah muitas vezes tentava imitar os adultos fazendo coisas como ficar na ponta dos pés
para parecer mais alta, enquanto May abraçava seus impulsos infantis.
"Aww, eu queria o mesmo que a Mãe Claire..." Aleah choramingou.
“Bem, ainda não conhecemos suas aptidões, Aleah,” eu disse. “Mas mesmo que
seu atributo é o vento, você ainda combinará com Lady Manaria, a quem Lady Claire
respeita.”
“Eu posso ser igual à Irmã Manaria?!” O rosto abatido de Aleah se iluminou quando
ela olhou para mim. “Então eu posso ser um quad-caster também?”
“Bem, eu não sei sobre isso. A única quad-caster conhecida no mundo é Lady
Manaria, afinal.”
"Mas há uma chance?"
"Isso é... eu suponho." Eu não queria que suas expectativas fossem muito altas,
mas eu simplesmente não conseguia dizer não para aquele rosto. As crianças realmente eram minha fraqueza.
“Estamos aqui,” Claire anunciou. Com certeza, uma majestosa catedral apareceu.
Muitas famílias já estavam alinhadas, todas com grandes esperanças brilhando em seus
olhos. “Vamos entrar na fila.”
"Ok!"
"Sim!"
Entramos no final da fila, que se movia a um ritmo decente. Talvez

não teríamos que esperar muito.
“May, vamos jogar o jogo da cadeia de palavras!”
"Ok!"
“Você perde se terminar uma palavra com N! Vou começar: 'vestido'”.
"Esquilo!"
"Mmm, lagarto."
“D… D… Burro!”
"Quintal."
“D…D…Dragão!”
"Você perdeu!"

“Ah! Espere, isso não contava!”
Nós tínhamos acabado de nos alinhar e eles já estavam jogando – mas isso
era criança para você, eu acho. Esse jogo de cadeia de palavras ajudou com o
vocabulário deles, então Claire e eu muitas vezes jogamos com eles.
“Ok, May, mais uma vez! A partir de D.”

"D... Umm, desgraça!"
“M? Hum. Que tal mini?”
“Umm, íntimo!”
“Isso não é uma palavra!”
"Sim é! Mama Claire e Mama Rae são sempre íntimas uma da outra em seu
quarto!”
Espere só um momento - eu ouvi certo? Eu comecei a suar frio.

“M-maio? O que você acha que essa palavra significa?”
"Huh? Significa que vocês são super legais um com o outro!”
"Ah... C-certo..."
Na minha vida anterior, íntimo também poderia ter esse tipo de significado.
Olhei para Claire e vi uma gota de suor escorrer por sua testa. As crianças podem ser
assustadoras às vezes.
A linha progrediu rapidamente. Antes que percebêssemos, era a vez de

May e Aleah. Um rosto familiar conduziu a avaliação.
"É bom ver você, senhorita Claire, senhorita Rae."

"Oh! Já faz um tempo,” eu disse. Este foi o padre que nos ensinou a realizar a
dança cerimonial ao lado de Lilly um pouco antes da revolução.
Ela era rigorosa - eu ainda me lembrava amargamente de seu treinamento - mas uma pessoa confiável
mulher.
“Bom dia, senhorita padre!”

"Bom Dia!"
“Ah. Sim... Sim, bom dia, crianças. O padre tropeçou em suas palavras por um
momento, pego de surpresa ao reconhecer os gêmeos. "Estou chocado. Vocês dois se
tornaram tão expressivos.”

Ah, isso estava certo. Não é à toa que ela ficou chocada - May e Aleah
ainda estavam tão fechados para o mundo quando o padre os viu pela última vez.
Depois de perder a família nos eventos que cercaram a revolução, as meninas acabaram
morando nas favelas, vendendo pedras mágicas para sobreviver. Veja, o sangue deles foi amaldiçoado.
Qualquer coisa que seu sangue tocasse se transformaria em uma pedra mágica. Felizmente, pessoas
com forte magia própria poderiam resistir à maldição. Isso levou Claire e eu a adotá-los, mas não vou
entrar nisso agora. Basta dizer que antes de conhecê-los, May e Aleah estavam sob os cuidados da
igreja.
"Estou tão feliz que vocês dois encontraram um lar." O padre rigoroso nos deu um sorriso
raro. Ela devia estar preocupada com as meninas. Lilly frequentemente criticava a igreja por seus
muitos problemas reais, mas pessoas como esse padre davam significado a ela.
“Agora, então, vamos começar a medir vocês dois? Por favor, coloque suas mãos nestes cristais.”
"Ok."
"Assim?"
Os gêmeos cada um colocou a mão em uma ferramenta mágica esférica feita de

cristal. Uma luz ofuscante começou a brilhar – mas apenas do cristal de May.
"Oh céus." O padre parecia preocupado. Ela recolocou o cristal sob

A mão de Aleah caso a ferramenta estivesse com defeito, mas a segunda também não brilhou.
"Hum…"
“Há algum problema?” Claire perguntou preocupada.
"Não. Pelo menos, não pelo que posso dizer atualmente. Vamos confirmar os resultados e
enviá-los para você em breve.” Parecia que os resultados chegaram pelo correio em uma data posterior.
“Isso conclui a avaliação. Obrigado por ter vindo.”
Claire e eu tivemos um mau pressentimento sobre isso. Ainda assim, decidimos o melhor
que podíamos fazer era ir para casa por enquanto. Enquanto voltávamos, May e Aleah começaram
a conversar.
“Eu me pergunto o que vou conseguir.”
“Bem, eu só sei que vou conseguir o atributo vento. Mãe Claire disse isso!”
Aleah orgulhosamente declarou.
Eles eram tão inocentes e excitados. Meu coração afundou quando imaginei aqueles sorrisos
desaparecendo.

***
“Piquenique, Piquenique!”
“Vamos fazer um piquenique!”
May e Aleah deram as mãos enquanto saltavam diante de nós. As árvores farfalharam ao
vento, suas folhas começando a crescer em antecipação da vinda
verão.
“May, Aleah, você pode pular, mas você vai cair se não prestar atenção
passo,” Claire advertiu as gêmeas, seu vestido casual de piquenique esvoaçando.
"Nós ficaremos bem!"
"Sim! Estaremos... ah!
May caiu, apesar do aviso de Claire, trazendo Aleah com ela por causa de suas
mãos unidas. Ralaire, escorrendo ao lado deles, tentou pegá-los, mas não conseguiu a tempo.
“Ah... eu te avisei. Vocês dois estão bem?” Claire e eu corremos para eles de uma vez,
verificando se estavam machucados.
Como mencionei anteriormente, as meninas tinham uma maldição em seu sangue.

Estávamos seguros por enquanto; Ralaire usou uma de suas habilidades para anular a maldição.
Ainda assim, isso não significava que eu poderia simplesmente deixá-los sustentar um arranhão.
Nenhuma garota teria sua pele manchada no meu relógio!
— Aleah, você parece bem. Bom trabalho parando sua queda. May, vejo que tem um
pequeno arranhão. Estou tão orgulhoso de você por não chorar.” Eu elogiei os gêmeos e
comecei a curá-los com minha magia de água.
“Obrigado, mamãe Rae.”
“Obrigado, mãe.”
Eles imediatamente voltaram a pular de mãos dadas, apesar da queda momentos

antes.
“Ah, esses dois…”
“Você realmente se acostumou com a maternidade, Rae.” Claire sorriu

para mim, cesta balançando em seu alcance.

"De jeito nenhum. Aqueles dois ainda correm em círculos ao meu redor. Mais importante,
Senhorita Claire…”
"Sim?"
“Permita-me segurar essa cesta!”
Tínhamos trazido um cobertor de piquenique, lanches embalados e bebidas – bastante

carregar. Ralaire segurava a cesta mais pesada, mas Claire carregava o resto.
"Absolutamente não. Você acordou cedo para fazer este almoço para nós. Eu não posso
fazer você carregá-lo também.” Claire sorriu. Minha esposa era tão adorável, doía.
“Mama Rae, o que tem para o almoço?” May perguntou.

“Aposto que são bolinhos de arroz!”
Eles devem ter ouvido a palavra almoço porque ambos curiosamente se aproximaram de
nós agora.
"Vamos comer sanduíches hoje."
"Yay! Sanduíches! Você fez os de presunto?” May adorava sanduíches de

presunto.
"É claro."
“Eu confio que você fez questão de deixar o pimentão verde de fora, certo, Mãe
Rae?” Aleah perguntou afetadamente.
"Claro que não."
"Blá..."
Aleah adquiriu seu desgosto por pimenta verde de Claire. Embora fosse fofo como ela
imitava a fala e os maneirismos de Claire, eu realmente desejava que ela não fosse a ponto de
comer exigente.
“Por que você colocou pimenta verde?” ela perguntou.
“Porque é muito nutritivo.”
“Mas não há outras coisas nutritivas?”
"Bem, sim…"
“Então por que eu tenho que comer pimenta verde?”
“Porque um dia pode não haver outros alimentos.”

“Eu vou ser uma boa menina e comer pimenta verde se isso for tudo o que resta! Mas há
uma boa razão para eu ter que comê-lo agora?”
"Bem..." Oh, não. Eu estava seriamente perdendo um argumento para um de seis anos
velho?
“Esse não é o problema, Aleah,” Claire começou. “Você não deve ser exigente
com sua comida.”
"Mas por que?"
“Todo alimento é uma bênção de nosso Deus, o Grande Espírito. Assim, é rude jogar
favoritos no seu prato.”
“Eu não entendo…”
“Devemos mostrar gratidão a todos os alimentos que recebemos. Os pimentões verdes são
coisas vivas também.”
"Sério? Então pimentão verde é igual a mim?”
"Isso mesmo."
Aleah pensou um pouco. Eu tinha certeza que a explicação de Claire a tinha conquistado,
mas—
“Então eu não vou comê-los, porque eu me sentiria mal por eles.”
"Eu vejo…"
Poderíamos seguir o caminho mais fácil e dizer: "É assim que as coisas são",
ou “Eles são os intervalos”, mas Claire e eu sempre fazíamos o nosso melhor para explicar nosso
raciocínio para as meninas. Uma tarefa difícil, como a situação atual provou. A mente de uma
criança funcionava de maneira muito diferente da de um adulto. Às vezes, quando um adulto
explicava algo a uma criança, o adulto acabava tendo muito mais em que pensar.
Mas nós gostamos. As crianças lhe deram uma nova perspectiva sobre coisas comuns.
"Você vai parar de comer carne, então?" disse Claire.
"Huh? Não! Eu quero comer carne!”
“Mas a carne vem de frango, porcos, vacas e muitos outros animais.

Tudo o que comemos vem de algo vivo.”
"Hum…"

“Todos os animais e até os pimentões verdes deram suas preciosas vidas

para você, Alea. É por isso que você precisa mostrar a eles a devida gratidão.”
"Hmm..." Aleah apareceu profundamente em pensamentos novamente.

Certamente, ela estava convencida desta vez, pensei. Mas: “Então por que você faz uma
cara engraçada sempre que come pimentão?”
As crianças eram oponentes formidáveis.

Continuamos a conversar de um lado para o outro até chegarmos a uma colina
distante da casa. Ficava a apenas uma caminhada rápida pela floresta e era exuberante
com grama curta.
“Cuidado com o passo, vocês dois!”
"Ok!"
"Sim, mãe!"
Tínhamos uma visão panorâmica do Reino Bauer do topo da colina—

tudo, desde o imponente palácio e catedral até os movimentados mercados e residências
abaixo.
“Onde é a casa?” May perguntou.

"Eu sei! É aquele!”
“Ah, você está certo. Uau… É tão pequeno!”
“Por aqui parece bom.” Claire colocou sua cesta no chão. "Obrigado
você por carregar isso, Ralaire. Vá em frente e coloque-o aqui.”
Ralaire obedientemente colocou sua cesta no chão, e Claire e eu começamos a

trabalhar colocando a folha de piquenique.
“May, Aleah, venha se sentar. É hora do almoço." Claire gesticulou para os gêmeos
se sentarem conosco.
"Yay!"
"Hora do almoço!"
As meninas, que ficaram encantadas com a vista, chamaram a atenção ao ouvir

a palavra almoço. Eles tiraram os sapatos antes de pular na folha de piquenique, olhando
com expectativa para a cesta de piquenique.
“Abra, Mãe Rae!” May pediu.

"Rapidamente!"
“Ok, estou abrindo. Preparar? Ta-da!” Fiz uma pausa para aumentar a expectativa
antes de tirar dramaticamente o pano que cobria a cesta.
"Uau! É tão bonito!"

"De fato!"
O almoço de hoje consistiu em três tipos de sanduíches: ovo e cebolinha

com maionese, presunto e alface com molho de manjericão e frango e pimentão com molho
agridoce, além de frango frito e diversos smoothies de vegetais e frutas. Eu pensei muito no menu,
adicionando muitos vegetais para equilibrar o frango frito e fornecer cores e texturas contrastantes.
"Eu estou com fome! Podemos comer?”
"Pressa! Vamos comer!"
"Tudo bem, tudo bem. Preparar? Mãos juntas—”
"Desfrute de sua refeição!"
Assim que dissemos as graças, May e Aleah estavam pegando a comida. May optou
pelos sanduíches de presunto e alface, enquanto Aleah optou pelo frango frito.
"Gostoso!"
“Mmm! É delicioso!”
“Fico feliz em ouvir isso.”
Valeu a pena acordar cedo se isso significasse que eu pudesse ver esses rostos
satisfeitos. Claire estendeu a mão e pegou um sanduíche de frango e pimentão verde.
"Oh? Achei que você tivesse usado pimentão verde nisso?
"Eu fiz."
“Mas eu não consigo sentir o gosto – geralmente é tão amargo.”
“Ah. Isso porque eu os cortei bem fininho e fiz o doce e

molho azedo um pouco mais forte do que o normal.”
"Muito esperto. Aleah, por que você não tenta um pouco disso? Percebendo Aleah
não tinha comido nada além de frango frito, Claire lhe ofereceu um sanduíche.

“Mas não há pimenta verde nisso?” Aleah fez uma careta.

"Confie em mim. É delicioso.”
"Sério?"
Relutantemente, Aleah colocou o sanduíche na boca, mastigando-o com cuidado. Sua

expressão lentamente se iluminou. “Ah. É delicioso!”
Essas poucas palavras me enviaram para a lua.
“Não há gosto de pimenta verde nojento, e o molho é gostoso.”
“Ha ha, obrigado, querida. Certifique-se de comer muito, então,” eu disse.
“Ah! Eu também!" disse maio.
Caminhar deve tê-los deixado com fome, pois os sanduíches acabaram em pouco tempo.
“Isso foi gostoso!”

"Sim!"
"Verdadeiramente. Obrigado por outra refeição maravilhosa, Rae.”
"Qualquer coisa para vocês três."
Apenas vê-los comer tão alegremente fez todos os meus esforços valerem a pena. EU
conversavam com as outras senhoras da vizinhança de vez em quando, e aparentemente
seus maridos não diziam nem uma palavra de agradecimento depois de comer — mesmo quando
faziam croquetes! E fazer croquetes estava longe de ser fácil. Aliás, aquele que distribuiu a receita
de croquetes após o Monte.
A erupção de Sassal foi verdadeiramente sua.
"Devemos relaxar um pouco antes de voltar?" Eu sugeri.
"Soa bem."
“Podemos ir brincar?”
“Quero colher flores!”
"Vá em frente. Mas não vá muito longe, ok? E leve Ralaire com você.
"Ok!" Eles correram para uma área florida com Ralaire a reboque.
“Faz um tempo desde que fomos capazes de relaxar como uma família assim.”
Não falei com ninguém em particular enquanto a brisa suave roçava minhas bochechas.

"De fato. Não é sempre que nós dois temos um dia de folga que não seja gasto em
compras ou tarefas domésticas.”
“Cuidar deles também não deixa muito tempo para descansar.”
“Estou feliz que viemos hoje. Obrigado, Rae.” Claire me beijou suavemente. Isto
tinha sido minha ideia fazer um piquenique.
“Eu sei que nós dois estamos preocupados com a avaliação de aptidão, então pensei
poderíamos sair para uma mudança de ritmo.”
“E foi uma boa ideia. Veja como May e Aleah estão felizes.”
Havia uma boa chance de o resultado da avaliação de aptidão não ser

excelente. Foi por isso que eu sugeri que saíssemos. Talvez para o nosso bem mais do que
para o bem das crianças...
“Espero o melhor, mas a realidade pode ser dura.” Claire franziu a testa.
“Não adianta se preocupar com isso agora. Os resultados devem chegar

em breve. Até lá, vamos nos divertir o máximo que pudermos.”
"Sim. Sim, você está certo." Claire balançou a cabeça em uma tentativa de dissipar
seus pensamentos negativos e depois sorriu. “Nós superamos essa bagunça de uma
revolução juntos. Tenho certeza de que nós dois podemos superar o que está por vir também.”
“Não, Claire. Isto é errado."

"Hum?" Claire inclinou a cabeça em confusão.
Eu não pude deixar de sorrir para ela. “Somos nós quatro daqui em diante.”
“Ah. Ele ele, isso mesmo.” Seu rosto parecia dizer que você me pegou lá. EU
não resistiu a sua fofura. Desta vez, foi a minha vez de lhe dar um beijo.
Eu segurei Claire em meus braços enquanto desfrutávamos da tranquila tarde de primavera.
***
“Como eles estavam?” Claire perguntou.
“Eu consegui fazê-los dormir, mas Aleah estava agindo de forma estranha.”
"Entendo..." Claire franziu as sobrancelhas com preocupação. Eram 20 horas e

ela já estava de pijama. mas em vez de nos mudarmos para o quarto como de costume, sentamos
um de frente para o outro na mesa da sala para conversar. Eu preparei um pouco de chá, pois tinha a
sensação de que seria uma longa discussão.
“Ainda não consigo acreditar que Aleah não tem aptidão.”
Os resultados da avaliação chegaram, e foi exatamente como temíamos.
“Ela estava ansiosa para usar tanto a magia.” Claire parecia aflita.
Ambas as meninas estavam empolgadas em usar magia, mas estava claro que Aleah ansiava
por isso mais do que sua irmã. Aleah adorava Claire e queria ser como ela em todos os aspectos, a
ponto de imitar seus padrões de fala.
Naturalmente, isso significava que ela queria usar magia como Claire também. A magia do fogo tinha
que parecer surpreendente aos olhos de uma criança, ainda mais quando Claire a controlava tão
elegantemente.
“Como devemos contar a eles?” Claire perguntou. Nós não tínhamos dado a notícia
para eles ainda. As crianças, possivelmente sentindo nosso desconforto, também não nos
perguntaram.
“Eu quase desejo que ambos não tivessem aptidão – por mais cruel que seja dizer.” O problema
era a disparidade. Se May também não tivesse aptidão, não estaríamos tão preocupados. Ambos
ficariam desapontados, é claro, mas se recuperariam rapidamente e encontrariam novos objetivos para
perseguir.
"De fato. Mas May é um quad-caster. É praticamente seu dever aprender a usar magia.”
De fato - May era agora o segundo quad-caster confirmado no mundo.

Como Claire disse, isso não a deixou escolha a não ser seguir um caminho mágico. A aptidão era
imutável e inerente; nem o trabalho duro nem a genética podem afetar a afinidade elemental com a
qual você nasceu. Se pudessem, os gêmeos não teriam habilidades tão drasticamente diferentes.
“Não podemos esconder isso deles para sempre. Eles não disseram nada hoje por nossa
conta, mas é apenas uma questão de tempo até que eles perguntem.” Claire soltou um suspiro profundo.
Inteligente como ela era, ela claramente não tinha ideia do que fazer.
“Talvez seja melhor contarmos direto a eles?” Eu sugeri. “Acabe logo com isso, em vez de
rodeios.”
“Somente alguém que nunca teve que se preocupar com sua capacidade pode

diga uma coisa dessas.” Claire franziu a testa para mim.
"Nunca tive que se preocupar com a capacidade deles... Seria você, não seria?" Do meu ponto
de vista, Claire não era nada além de talentosa. Fora sua incapacidade de cozinhar, ela era perfeita em
todos os aspectos.
“Não se esqueça, Rae. Você é um dual-caster, com aptidão ultra-alta para isso. Ainda não
esqueci a humilhação que sofri quando competimos pelos primeiros resultados dos testes.”
"Você não está errado." Mas eu tinha certeza de que era até onde meus notáveis talentos
chegavam.
Claire suspirou. “Estou ciente de que sou mais talentoso do que a maioria. Ainda assim, às vezes, eu
não posso deixar de sentir que nunca posso comparar com aqueles que realmente dominam seu ofício.
Sabe como chamam pessoas como eu? Jack de todos os comércios, mestre de ninguém."
“Tal frase não faz justiça a você, Srta. Claire. Eu acho que seus muitos
talentos são maravilhosos.” Apontei para o bordado na parede enquanto falava.
“Mesmo assim, ser forçado a enfrentar suas próprias falhas pode doer.”
“Estou ciente disso todos os dias que passo com você.”
“Não me provoque.” Claire gentilmente me deu um tapinha na testa.
Esfreguei minha têmpora quando uma ideia surgiu. "Ei, senhorita Claire."
“Hmph. O que é isso?"
“Há algo me incomodando nos resultados de aptidão.”
Claire se endireitou e se posicionou para ouvir. "Prossiga."
“Mesmo se atribuirmos os resultados de Aleah à má sorte, os resultados de May ainda não são
astronomicamente raros? Isso parece bastante improvável.”
"Improvável? Como assim?"
“Bem, para começar, Aleah não ter nenhuma aptidão não pode estar certo!”
Claire tinha um sorriso triste. “Rae… acho que seu preconceito como pai está afetando
seu julgamento.”
“Não, pense nisso. O sangue deles é amaldiçoado.”
“Ah.” Minha implicação finalmente ocorreu a ela.

Ambas as garotas carregavam uma maldição que fazia tudo que seu sangue tocava se
transformar em pedras mágicas. Não apenas May — ambas garotas.
“Nós não entendemos como maldições e aptidão mágica podem estar conectadas,”
eu disse, “mas não é profundamente improvável que não haja conexão?”
"Isso é verdade. Mas então, por que Aleah não tem aptidão?”
“Bem, eu tenho uma ideia, mas não passa de uma teoria.”
“Estou ouvindo,” Claire me incentivou a continuar. Um vislumbre de esperança tinha

voltou aos olhos dela, como eu tinha certeza que aconteceria. O pensamento de apenas Aleah ser
privada de magia realmente a estava corroendo.
“Acho que eles foram tocados por alguma coisa enquanto estavam no útero”, eu disse.
“Algo que determina a aptidão mágica. E acho que isso os afetou em extremos opostos de algum
espectro.”
"É possível uma coisa dessas?"
“Não podemos dizer que não.”
Eu tinha visto um filme americano sobre gêmeos na minha vida anterior, estrelado por aquele
cara super machista, Schwarz-algo ou outro. Era uma história sobre dois irmãos, um incrivelmente
talentoso e o outro incrivelmente inepto, que estavam tentando encontrar sua mãe. Era pura ficção, é
claro, mas parte da trama se concentrava em como todo o talento havia se concentrado em um gêmeo
no nascimento.
Nesse mundo estranho onde a magia era real, eu não podia descartar inteiramente a possibilidade
de algo semelhante acontecer.
“Supondo que você esteja certo,” Claire disse. "Ainda não ajuda Aleah."
“Eu não teria tanta certeza.”
“E por que isso?”
“Eu tenho outra teoria, embora seja dependente da anterior ser

verdadeiro. Se supusermos que Aleah não é naturalmente sem aptidão, mas de alguma forma
se tornou assim, então algo deve estar causando isso!
“Mesmo assim, isso não muda o fato de que ela está atualmente sem aptidão.”
“Sim, mas isso está apenas dentro do escopo de nossa compreensão atual de
Magia." Havia uma chance - por menor que fosse - de que o que estivesse afetando Aleah fosse
além do que sabíamos.

“Você está se agarrando a canudos.”
"Talvez."
“Nós não deveríamos dizer isso a Aleah. Nada de bom pode vir de pegá-la
esperanças sobre uma possibilidade fugaz.”
"Mas-"
Tentei argumentar, mas Claire levantou a mão para me impedir. “Acalme-se, Rae. Nós
dois estamos muito agitados agora.”
“Você está certo... me desculpe. Fiquei um pouco aquecido.” Eu não podia deixar de
me preocupar com minhas filhas. Se eu estivesse no lugar deles, provavelmente estaria pensando
com mais calma.
“Não há nada a ganhar discutindo entre nós.”
"Você tem razão. Precisamos encontrar uma solução juntos”. Dito isto, não consegui
pensar em nenhuma solução. Existiu mesmo uma solução?
“Vamos considerar o inevitável,” Claire começou. “Precisamos dizer a eles que

resultados da avaliação”.
"Sim. Ou os contamos juntos ou os contamos separadamente.”
“Quanto ao potencial fator desconhecido de Aleah, não acho que devemos dizer
sua."
Eu hesitei por um momento antes de finalmente assentir. "Você tem razão. Seria muito
cruel se nada acontecesse.”
“Tudo o que resta é como quebrá-lo para eles. Mas... eu realmente não consigo pensar
em outro método além de dar a eles diretamente. Claire pensou, imersa em pensamentos. Ela
faria qualquer coisa para suavizar o golpe para nossos filhos, mesmo que um pouco.
“Nós poderíamos mentir sobre o nível exato de aptidão,” eu disse.
“O que isso alcançaria? Nível de aptidão à parte, maio ainda tem quatro atributos.
Esse fato por si só a torna uma das duas únicas quad-casters do mundo.”
"Então, e se nós apenas dissermos a Aleah que ela tem baixa aptidão?" Eu disse.
“Eu também não acho que seja uma boa ideia. Ela nunca pode usar magia, Rae.
Você realmente seria tão cruel para dar a ela falsas esperanças?”

"É, não."
Estávamos em um beco sem saída. Não importa o quanto tenhamos feito um brainstorming,
nenhuma solução se apresentou.
“Se ao menos eu pudesse dar a Aleah um pouco da minha magia,” Claire disse derrotada,
suas palavras quase inaudíveis quando elas saíram de sua boca. Eu compartilharia minha magia
em um piscar de olhos também, se pudesse. Eu me perguntei, será que todos os pais abrigam esse
tipo de preocupação?
Um silêncio pesado se formou entre nós.
“Acho que não há nada a fazer a não ser contar a eles.”
"Ah Rae..."
"Temo que não importa como façamos isso, Aleah vai se machucar."
“Hmm...”
“Tudo o que podemos fazer é deixá-los saber que sempre os amaremos igualmente.”
"Isso é realmente tudo o que podemos fazer, não é?" Claire abaixou a cabeça.
Eu senti que estava desistindo, mas o que mais poderíamos fazer? Alguns problemas não
podem ser resolvidos apenas com amor, não importa o quanto você tente. E enquanto me doía
admitir isso, esse era um desses problemas.
“Eu não posso fazer nada por ela. E me chamaram de herói da revolução.
Algum herói eu sou…”
"Senhorita Claire..." Doeu ver Claire falar sobre si mesma assim. Clara
era tão importante para mim quanto May e Aleah. Por ela, eu tinha que ser forte.
Só então-
“Mães, vocês estão brigando?”
“Por favor, não brigue.”
May e Aleah apareceram, entrando na sala enquanto sonolentos

esfregando os olhos.
"Você está lutando por minha causa?" Aleah perguntou cautelosamente.

“Ou é por minha causa?”

Pareciam que poderiam chorar a qualquer momento. Claire e eu explodimos em uma

confusão inquieta.
“Nós não estamos brigando, queridos! Só queríamos conversar um pouco, só isso.”
"Isso mesmo! Nós nunca brigaríamos! Estamos sempre apaixonados - super-duper

apaixonados até mesmo!
Claire foi para uma abordagem séria enquanto eu fui para uma mais boba. Mas nenhum
parecia funcionar.
“Mas vocês dois estavam fazendo caras super assustadoras…”
“E estavam usando grandes vozes…”
Os gêmeos fungaram, um sinal de que as comportas estavam prestes a quebrar. Espere

— quanto eles ouviram?
"Eu sinto Muito. Não quisemos assustar você. Venham aqui, vocês dois.” Clara
abraçou-os enquanto ela se desculpava do fundo do coração. Eles choraram em seus braços
enquanto ela sussurrava palavras de conforto em seus ouvidos e beijava seus cabelos repetidamente.
Claire esperou o choro diminuir e então os olhou diretamente nos olhos enquanto falava com
a voz mais gentil que conseguiu. "May, Aleah, há algo que precisamos te dizer."
Eles assentiram antes de ir para suas cadeiras.
“Antes de começar, quero que vocês dois lembrem que não importa o que aconteça,
Rae e eu nunca iremos odiar ou abandonar nenhum de vocês. Ok?"
May e Aleah pareciam confusas, mas assentiram.
“Lembra quando fomos à catedral para medir sua aptidão mágica no outro dia? Bem,
os resultados chegaram.”
"Sério?!"
“Diga-nos, conte-nos!”
Seus rostos se iluminaram. Meu coração doeu ao pensar em como aqueles sorrisos
brilhantes logo escureceriam.
“Primeiro, maio. Você tem aptidão com todos os quatro atributos.

Parabéns."
“Como a irmã Manaria?”

"Isso mesmo."
"Yay!"
May pulou da cadeira de alegria. Aleah a olhou com inveja.
“E Aleah. Sinto muito, mas você não tem aptidão.
"Huh…?" Aleah parecia confusa, como se não entendesse as palavras. May parou
abruptamente de comemorar. “Sem aptidão? O que isso significa?"
“Você pode fazer muitas coisas, Aleah. Mas a magia não pode ser uma dessas coisas.”
Aleah ficou em silêncio. O fraseado de Claire foi medido e cuidadoso, mas o choque ainda foi
grande.
"Mama Claire, Aleah não pode usar magia?" May perguntou.
“Infelizmente, sim.”
"Porque ela não tem aptidão?"
"Isso mesmo."
"Mas por que? Por que eu tenho quatro então?”
“Só o Grande Espírito sabe.”
May ponderou um pouco antes de abrir um sorriso. "Então eu vou dar a Aleah metade da
minha!" ela inocentemente declarou.
Os olhos de Aleah se arregalaram de esperança com a ideia.
“Isso é muito gentil de sua parte, May. Mas sinto muito, aptidão mágica não pode ser
compartilhada.”
“Não pode?” May disse tristemente.
"Eu sinto Muito."
Aleah parecia ainda mais desanimada do que antes. “Mãe, eu realmente nunca serei capaz
de usar magia?”
"Não. Eu sinto Muito."
"Não importa o que? Mesmo se eu for uma boa garota?”
“Não… Mas ser uma boa menina é uma coisa maravilhosa, então por favor continue

Seja um."
Aleah ficou em silêncio novamente. O clima pesava sobre todos nós.
“Aleah, está tudo bem mesmo que você não possa usar magia,” eu comecei. “Você é bom
em tantas, tantas outras coisas.”
Aleah não respondeu.
“A magia é apenas uma coisa no final, e todo mundo tem pelo menos uma coisa que não
pode fazer.”
“Mãe Rae, por favor, fique quieta um pouco,” Aleah disse.
"Ok..." Eu tinha sido derrubado por uma criança. Fungar.
Aleah parecia imersa em pensamentos. Eu podia ver sua mente correndo enquanto
ela procurava desesperadamente uma maneira de lutar contra a realidade que havia sido
imposta a ela. “Mães, vocês ficarão tristes se eu não puder usar magia?”
“Não,” disse Claire definitivamente. “Mesmo que você não possa usar magia, ficaremos
felizes enquanto você for.”
"Você não vai me odiar?"
"Nunca."
“Você não vai ter favoritos com May?”

"Claro que não."
"Oh." Aleah parecia aliviada. “Então está tudo bem. Eu não preciso de magia como
contanto que minhas mães me amem.” Ela nos deu um sorriso destemido.
"Ah, Alah..."
“Então, Mãe Rae?”
"Sim, Alah?"
“Você pode me ensinar a cozinhar?”
"Cozinhar? Claro que posso, mas por quê?
“Se eu puder fazer algo que a Madre Claire não pode fazer, então eu vou vencê-la
ainda mais do que se eu aprendesse magia!” Aleah deu uma risadinha travessa.
“Ah! Não é justo! Eu quero aprender a cozinhar também!” exclamou maio.
"Não! Você estará ocupado com magia em vez disso!”

“Ah.” May inchou as bochechas.
“Parece bom, então,” eu declarei. "May vai aprender magia com a senhorita
Claire, e Aleah vai aprender a cozinhar comigo."
"Isso soa maravilhoso", disse Claire. "Vocês dois estão bem com isso?"
"Sim."
"Sim!"
As coisas finalmente se acalmaram a ponto de podermos tirar um momento para

respirar. Eu estava tão preocupada, mas parecia que tudo ficaria bem. Nossas filhas
conversavam animadamente sobre que comida iriam cozinhar e que magia usariam,
parecendo mais ansiosas do que qualquer outra coisa. Nossos medos eram injustificados?
“Você é uma garota muito forte, Aleah,” disse Claire. “E May, obrigado por não dizer
nada maldoso.”
"Ele Ele!"
"Ehhh!"
As meninas agarraram-se a Claire, permitindo-se ser alvoroçadas. o

a tensão deixou meus ombros quando finalmente me permiti relaxar.
Ou seja, baixei a guarda.
“Eu tenho sido uma boa menina?” Alah perguntou.
“Hum? S-sim?” disse Claire.
“Eu realmente tentei o meu melhor para ser forte, então…”
"Alah?"
"Então, só por hoje... por favor, me perdoe..." Lágrimas brotaram nos olhos de
Aleah. “Uau!”
Ela soluçou em um volume que você não esperaria de seu corpo pequeno.
May seguiu o exemplo, soluçando com uma intensidade que combinava com a de sua irmã.
Lágrimas escorriam por seus rostos enquanto mostravam sua tristeza ao mundo.
"Poderia! Alah!” Abracei os gêmeos, incapaz de me conter. Claire se juntou a mim, e

nós choramos juntos enquanto os abraçamos com força.
Eu tinha certeza que os vizinhos iriam reclamar, mas mesmo assim, nós quatro

chorou nossos corações. May e Aleah chorariam até dormir naquela noite.
***
"Trinta e dois! Trinta e três!"
No início da tarde de um feriado, a voz motivada de Aleah soou

do quintal enquanto praticava balanços com uma espada de madeira.
"Quarenta e nove... cinquenta!"
"Bom trabalho. Vá em frente e faça uma pausa agora.”
"Sim!" Aleah deu uma resposta animada, levando o homem vestido com uma
armadura leve a dar um tapinha na cabeça dela com um braço.
“Bom trabalho, Aleah. Obrigado por vir hoje, Mestre Rod,” eu chamei para os gêmeos
enquanto eu trazia chá e refrescos para a mesa no terraço.
“Nah, não se preocupe com isso.”
Este homem descontraído era Rod Bauer, um ex-membro da família real.

Um tempo atrás, ele abdicou de sua reivindicação ao trono e, em vez disso, tornou-se o
comandante do exército. De vez em quando, ele aproveitava sua nova condição de cidadão
comum para vir nos visitar.
“Mãe Rae, você me viu?!”
"Eu fiz. Você foi incrível, querida.”
“Eu balancei cinquenta vezes hoje!” Aleah anunciou entusiasticamente enquanto

tentou recuperar o fôlego. Limpei o suor de seu rosto, o que parecia fazer cócegas nela,
mas ela não fez nenhum esforço para me impedir, em vez disso, aqueceu-se na glória de
sua realização.
“Ela é sua filha, tudo bem. Ela tem talento.” Rod habilmente pegou Aleah no ar
com seu único braço e começou a levantá-la para cima e para baixo, fazendo-a gritar de
prazer.
“Mas não somos parentes de sangue.”
“Claro, mas ainda sinto um talento inato para o combate nela.” Suas palavras deram
a Aleah motivos para sorrir, e a mim também.

Rod estava ensinando esgrima a Aleah, já que ela não podia usar magia, mas
ainda precisava de uma maneira de se defender em um mundo com monstros e tudo.
Aliás, os demônios também eram um problema neste mundo – não que eu fosse ver um aqui no
Reino Bauer.
Nós consultamos Rod sobre o ensino de autodefesa para Aleah um tempo atrás,
e ele se ofereceu para treiná-la ele mesmo. Parecia que, embora ele confiasse na magia
para lutar no passado, ele começou a estudar a espada a sério quando se tornou um
comandante. Isso, combinado com o básico do combate corpo a corpo que lhe foi ensinado
quando estava na fila para o trono, fez dele um professor maravilhoso.
Mas demônios, hein? Eles só foram referenciados de passagem no jogo,

mas supunha que, se continuasse a viver neste mundo, um dia poderia cruzar com um.
Não faria mal ter um plano em prática.
“Eu sou bom em esgrima?” Alah perguntou.
"Oh sim. Você definitivamente vai ficar melhor do que eu um dia desses. Você
continue praticando e você pode até alcançar o nível do Deus Espada.”
“Deus Espada?” Aleah perguntou curiosamente ao ouvir o desconhecido

prazo.
“Isso é o que eles chamam de espadachim mais forte. A imperatriz do Império Nur.”
“Ela é forte?”
“Reza a lenda que ela aniquilou um batalhão inteiro de Sousse

manualmente usando apenas uma espada, embora eu não possa te dizer se isso é verdade.”
Um batalhão era uma unidade militar que denotava uma tropa de trezentos a um
mil soldados. Alguém derrubar sozinho tantos inimigos armados apenas com uma espada
pode parecer absurdo, mas eu sabia que isso realmente aconteceu. Quanto ao motivo pelo
qual eu sabia disso, você terá que esperar.
“Quão forte isso torna a imperatriz?” Alah perguntou novamente.
"Hmm, eu acho que o mais forte do mundo?"
“Mais forte que você?”
“Odeio dizer isso, mas sim.”
“Mais forte que Mãe Claire e Mãe Rae?”

“Se você não contar magia, então sim.”
“Mais forte que a Irmã Manaria?!”
“Huh… não sei. Eu ouvi que Manaria também é muito bom com uma espada.”
Os olhos de Aleah brilharam. Ela também desejava ser como seu ídolo Manaria.
“Posso me tornar um Deus Espada também?”
"Certamente você pode. Mas você vai precisar trabalhar duro para isso.”
"Eu vou!" Aleah disse quando ela começou a praticar seus balanços novamente. Rod e eu
olhávamos com sorrisos.
"Não é justo... Só Aleah se diverte!" May inchou as bochechas. Ela estava sentada
no quintal com os olhos fechados.
"O que você está fazendo não é treinamento também?" Aleah rebateu.
“Mas é tão chato!”
Claire sorriu ironicamente enquanto May reclamava. May estava trabalhando no primeiro e
mais difícil passo no treinamento para usar magia – aprender a sentir a própria magia. Para citar
erroneamente um mangá que li há muito tempo, “Só quando você sente que pode começar”. Mesmo
que May fosse uma quad-caster, ela não poderia fazer nada sem primeiro superar esse obstáculo
inicial.
“Ei, foco,” Claire avisou.
“Hmph.” May bufou antes de retornar à meditação. Sentado ainda sentia

como uma tortura para ela, pois ela adorava não fazer nada além de mover seu corpo.
“Você pode sentir algo quente dentro de você?”

"Mmm... eu não sei..."
“Não há necessidade de pressa. Vamos fazer isso devagar, no seu próprio ritmo.”
"Ok…"
Sentir magia era um conceito abstrato. Se May fosse mais capaz de descrever o que
sentia, poderíamos orientá-la melhor, mas uma criança de seis anos não tinha vocabulário
para fazer isso. Se alguma coisa, nós já estávamos pedindo muito dela.
“A magia parece... como o que você sente por dentro quando está feliz,” Claire explicou.

“Quando estou feliz?”
"Sim. Quando seu corpo está leve, ou quando seu coração está flutuando.”
"Hum?" May parecia não entender.
Mas Claire não desistiu. Seus métodos de ensino melhoraram desde

ela se tornou uma instrutora na Academia, e ela tinha muita prática explicando conceitos
difíceis da maneira mais fácil para seus alunos digerirem. Eu não tinha dúvidas de que May aprenderia
a invocar sua magia a qualquer momento sob a direção de Claire.
Mas parecia que aquele dia não seria hoje.
"Mmm... eu não entendo!" May soltou um grande grito antes de se espalhar no chão.
"Está tudo bem. Isso não é algo que você pode aprender em um único dia.”
Claire pegou May, agora de mau humor, e veio se juntar a nós no terraço.
"Você tentou o seu melhor, May", eu disse. "Você também, Claire."
"Mas eu não posso usar magia..." May fez beicinho.
“Não imediatamente. Podemos tomar nosso tempo e aprender, certo?
“Ha ha ha!” Rod soltou uma gargalhada. “Acho que o segundo do mundo
quad-caster também tem algum caminho a percorrer!”
“Vou descobrir em breve!” Maio fez beicinho.
"Oh? Você poderia?"
“Mestre Rod é um malvado! Você sempre tem favoritos com Aleah!”
“Maio,” Claire avisou. “Fomos nós que pedimos a ele para treinar Aleah, lembra?”
“Hmph!” Maio fumegava.
“Ha ha ha! Parece que você não gosta de mim! Muito bem, então. Você pode vir
lute comigo logo que aprender magia!”
“Eu não quero!”
Rod levou o mau humor de May no tranco, simplesmente rindo de suas palavras dolorosas
um jeito.
“Como estão as coisas com você ultimamente, Mestre Rod?” Claire perguntou.

“Estive ocupado testando aquela técnica em larga escala que lhe falei.” Ele
estava se referindo ao que era supostamente um novo tipo de magia que ele havia
inventado. Nem mesmo Manaria poderia vencê-lo mais, ou assim ele alegou. “Também
tenho trabalhado em contramedidas para esses terremotos que tivemos ultimamente. Os
cidadãos ainda não superaram aquele grande há algum tempo.”
"Ah sim. Ultimamente tem havido alguns desses…”
Não houve tremores secundários após a erupção no jogo original, mas

houve vários terremotos em alguns meses.
O mais problemático foi o terremoto causado pela erupção do Monte Sassal que
desencadeou a revolução que ficou tão vivamente gravada na memória do povo.
Naturalmente, cada vez que tínhamos outro terremoto, os cidadãos temiam que a história
se repetisse.
Rod estava ocupado lidando com isso. Mesmo o Japão moderno ainda não
havia desenvolvido contramedidas perfeitas para terremotos. Eu tinha certeza de que
nossa administração também estava tendo problemas sem fim.
"Além disso, temos que lidar com um monte de questões diplomáticas", resmungou
Rod.
“O exército sabe? Oh céus. Espero que não seja nada sério.” Claire parecia
genuinamente preocupada. Tínhamos nos retirado do palco político assim que o novo
governo se estabilizou. A essa altura, as únicas coisas que sabíamos sobre assuntos
externos vinham dos jornais.
“Não está indo muito bem, para ser honesto. Talvez precisemos perguntar a você
dois para ajudar novamente, embora estejamos tentando o nosso melhor para não deixar chegar a
esse ponto.”
“É melhor você. Não atrapalhe meu tempo de amor com Claire!” Eu

reclamei enquanto fazia uma careta para Rod.
“Rae,” Claire me repreendeu.
Rod sorriu. “Vocês dois parecem estar indo bem. Bom. Mas se as coisas ficarem
azedas, Rae, eu ainda estarei livre.
“Ninguém gosta de um homem excessivamente persistente.”
Rod casualmente riu do meu comentário. Na verdade, espere – esse cara ainda
não tinha desistido de mim?
“Bem, todas as piadas à parte – as coisas mudaram desde a revolução. Nós

deve trabalhar mais do que nunca para proteger a felicidade das pessoas.” Rod tinha uma
expressão complicada enquanto tomava um gole de chá.
Claire e eu nos olhamos preocupadas. Talvez as coisas fossem ainda piores do que ele
admitiu.
***
A Academia tinha um teste desta vez todos os anos, o mesmo que Claire e eu
tinha travado os chifres pela primeira vez. Muitas coisas haviam mudado na Royal
Academy desde a revolução, mas esse teste perdurou.
“O teste de cultura começará momentaneamente”, eu disse aos alunos. Eu era

servindo como inspetor, o que significa que eu distribuía folhas e me certificava de que
ninguém trapaceasse. Em uma varredura da sala, estimei que cerca de sessenta por cento
dos alunos estavam nervosos, trinta por cento eram normais e dez por cento sentiam algo
completamente diferente.
Enquanto o teste permanecia, seu conteúdo havia mudado. A parte da etiqueta

havia sido eliminada, em grande parte devido à abolição da aristocracia. Aliás, a Academia
não oferecia mais etiqueta como matéria obrigatória. No entanto, ainda se esperava que a
Academia formasse a próxima geração de líderes do país, o que significava que esperávamos
que nossos graduados dominassem um certo nível de conhecimento cultural. Dito isso, algumas
perguntas sobre a história antiga foram substituídas por outras sobre eventos mais recentes —
algo semelhante ao que aconteceu no Japão moderno.
Enquanto isso, o teste mágico foi dividido em duas partes: o teste básico de poder
mágico e o teste de empunhar a ferramenta mágica. Para ser justo, o teste de magia que Claire
e eu fizemos há tanto tempo tinha sido igualmente dividido. As seções não haviam mudado; eles
eram apenas administrados como seus próprios testes separados agora.
“Você tem sessenta minutos para completar o teste. Por favor, comece.”
Os alunos simultaneamente viraram suas folhas. Seguindo aquilo,

o único som audível era o arranhar de lápis no papel.
Embora a Academia só aceitasse alunos exemplares que provavelmente não

precisariam trapacear, eu ainda tinha que cumprir meus deveres como inspetor. Verifiquei duas
vezes a ferramenta mágica que dificulta a magia para garantir que estava realmente funcionando como

pretendido. A ferramenta bloqueou principalmente o uso de telepatia através da magia do

vento, uma habilidade que eu experimentei diretamente via Manaria no passado. Ainda pode
haver maneiras de trapacear por meio de magia que a Academia não poderia prever, então
proibimos todo o uso de magia durante o teste de cultura.
Andei pela sala, tomando cuidado para não fazer barulho.

Reconheci muitos rostos familiares de minhas aulas. Entre eles estava Lana Lahna, a
garota que sempre tentava falar comigo depois de cada aula. Não fazia tanto tempo desde o
início do teste, mas sua folha de respostas já estava mais da metade preenchida. Ela alegou
ser ruim em estudar, mas talvez isso tenha sido apenas humildade?
Ou assim pensei, até que a vi rolar o lápis. Nas laterais de seu lápis havia
números. Ela continuou a rolar o lápis, preenchendo a folha de respostas com o número que
rolou - exatamente como o lançamento de um dado. Eu esperava muito dela.
O próximo rosto familiar que encontrei foi Eve Nuhn, a garota da mesma cidade
natal que Lana e eu. Ela havia preenchido um terço de sua folha e, pelo que pude ver, todas
as suas respostas estavam corretas. Verdadeiramente brilhante.
De repente, Eve se virou para mim com seu habitual olhar de ódio.
“Tsk…”
Lana disse algo sobre Eve me odiar porque eu roubei seu amante, o que deve
ser um mal-entendido. Eu queria conversar com ela, mas ainda não tinha encontrado uma
boa oportunidade.
A última pessoa a chamar minha atenção foi Joel Santana. Ele coçou a cabeça
enquanto olhava para sua folha de respostas, claramente perplexo com as perguntas. Eu
dei uma espiada em sua folha de respostas para encontrá-la na maior parte sem resposta.
As que ele havia preenchido também estavam incorretas. Ele também alegou ser ruim em
estudar. Acho que ele não estava sendo modesto.
O teste terminou sem problemas. Peguei as folhas de respostas e voltei para a
sala dos professores. Claire já estava lá, segurando uma pilha de lençóis combinando.
"Oh, senhorita Claire."
“Olá, Rae. Vejo que você terminou de supervisionar.
"Vejo que você também terminou."

"Sim. Parece que temos muitos alunos excelentes este ano. Você faria
nunca imagine que eles eram plebeus com pontuações como essas.”
“Chega de plebeus, Srta. Claire. Apenas cidadãos.”
“Opa. Isso mesmo. Você deve me perdoar,” ela disse enquanto ria
seu erro com um oh ho ho. Até seus deslizes eram tão adoráveis.
“Provavelmente é porque sua classe designada tem tantos alunos avançados.

Minha turma foi na média, no geral.”
"É assim mesmo?"
Uma das mudanças na Academia foi a separação das turmas com base
na capacidade acadêmica. Apesar de alguma oposição à ideia, o Sr. Torrid – o diretor da
escola – havia empurrado a mudança. Para refrescar sua memória: o Sr. Torrid era o único tri-
caster do reino, um homem que fez contribuições significativas para a tecnologia mágica do
reino.
A oposição vinha de professores que insistiam que separar os alunos por habilidade
levaria a um tratamento preferencial. Embora a ideia de tratar os alunos igualmente fosse
nobre em teoria, permanecia o fato de que nem todos operavam nos mesmos níveis de
conhecimento e habilidade. Ignorar isso seria um desserviço a todos os alunos – ou assim o Sr.
Torrid afirmou.
Eu principalmente concordei. As pessoas aprendiam melhor quando colocadas em

uma classe adaptada para conhecê-las onde quer que estivessem. Se alguém ficasse para
trás, enviá-lo para o próximo nível de aula só agravaria o problema.
Claire tinha opiniões divergentes sobre o assunto.
Entreguei as folhas de respostas ao professor responsável pela classificação.
“O próximo passo é o teste básico de mágica,” eu disse.
"De fato. Estou ansioso para ver quais diamantes brutos encontraremos este ano!”
Claire parecia genuinamente emocionada. Ela teve grande prazer em ser a única a descobrir
novos talentos. Ela me disse um tempo atrás que ela poderia realmente ser adequada para
ensinar, e eu tive que concordar com ela. Sua única falha era que ela tendia a esperar muito de
seus alunos, fazendo com que suas aulas fossem um pouco draconianas.
“Hmph. Você parece estar se divertindo,” eu disse com uma pitada de irritação.

"Hum? Há algo de errado com isso?” Claire parecia confusa.
“Não, não há nada de errado com isso.”
"Então o que?"
"Oh nada."
“Vamos, cuspa isso,” Claire pediu.
Hmm… Devo dizer? “Você pode prometer não ser pego de surpresa?”
"É algo que eu ficaria surpreso?"
“Você não pode responder uma pergunta com outra pergunta!”
“É o que você diz, mas fui eu quem fez a pergunta primeiro! Apenas diga o que
está em sua mente já.”
Hum... Ah, bem. Acho que vou apenas dizer. "Estou triste."
"O que?"
“Estou feliz em ver você viver uma vida satisfatória como professora, mas não posso
deixar de me sentir triste por ter menos tempo você e eu.”
"O-o-o-que-" Claire cobriu minha boca em pânico. “O que você acha que está dizendo,
Rae?! Estamos na Academia e na sala dos professores!”
"Hmm!"
“Ah, desculpe.” Claire tirou as mãos.
"Qual é o problema? Nosso relacionamento não é exatamente um segredo.”

“Esse não é o problema!”
Como eu disse, nosso relacionamento não era um segredo. Nós não ostentamos, exatamente,
mas eu estava bastante confiante que quase todos os nossos colegas sabiam. Muitos dos
professores estiveram por perto quando éramos estudantes e testemunharam minha
busca apaixonada por Claire.
“Você precisa traçar uma linha entre nossa vida privada e pública. Como
indivíduos marginalizados, devemos projetar uma imagem honesta de não estarmos
obcecados com o lado físico dos relacionamentos. Ou você prefere reforçar esses
estereótipos, Rae?”
“Não, mas...” O que Claire disse estava correto em todos os aspectos. Mas eu
estava seriamente no meu limite. Meu corpo estava à beira de uma crítica Claire-cium

deficiência.
Claire suspirou. “Aguente com isso por hoje, e eu vou mimar você o quanto você quiser
assim que estivermos em casa.”
"Sério?!"
"Você não está feliz... Você sabe, eu não posso deixar de sentir que sua idade mental é
mais jovem do que May e Aleah às vezes."
“E eu não posso deixar de sentir as vibrações de mamãe de você.”
“Desculpe, vibrações de mamãe…?!”
“Ah, nada. Não se preocupe com isso.” Ops. Cuidado, Rae. "É uma promessa então, Srta.
Claire?"
"Sim Sim. Apenas certifique-se de fazer seu trabalho corretamente, ok?”

"É claro!"
Passei a supervisionar magnificamente os testes de magia restantes.
Naquela noite, eu tomei uma dose de Claire-cium para o conteúdo do meu coração pela
primeira vez em muito tempo.
***
A campainha tocou.
Eu estava em casa, preparando o jantar enquanto esperava Claire voltar do

trabalho. A sopa de legumes de porco fervendo na panela ainda precisava de mais tempo. Eu não
conseguia extinguir a chama como eu faria com um fogão a gás, então, em vez disso, deixei ferver
enquanto priorizava atender a porta.
“Sim, quem é—oh, Matt.”
“Já faz um tempo, Rae.”
Abri a porta para encontrar Matt Monte esperando por mim. Suspeito que a maioria dos
leitores o tenha esquecido, para refrescar sua memória: Matt era um ex-aluno da Academia,
aquele que foi gravemente ferido durante o Movimento dos Comuns no que veio a ser conhecido
como o incidente do pátio.
Claire e eu fomos perguntar a ele sua versão dos acontecimentos enquanto ele se recuperava em

clínica da Igreja Espiritual. Ele se formou após a revolução e se tornou um burocrata no novo
governo.
“Alguma coisa? Na verdade, por que você não entra? Eu tenho que ficar de olho no fogão.”
“Ah, obrigado. Perdoe a intrusão.”
Mostrei a Matt a sala de estar e voltei para o fogão.
Bom, nada está queimado. "Você se importa se eu cozinhar e conversar?"
"De jeito nenhum. Pode ser uma longa conversa, no entanto. Onde está a senhorita Claire? Matt
ressentiu-se com a nobreza desde o incidente no pátio, mas sempre se dirigia a Claire
respeitosamente. Achei um pouco estranho.
“Ela ainda está na Academia. Você sabia que ela se tornou professora?
"Eu ouvi. Ela é incrível, sabe? Ela foi a heroína da revolução, mas optou por não
assumir um cargo no novo governo. Ela não é nada como os outros nobres, aqueles que só
agem em seus próprios interesses!”
Ah, então foi assim. Matt respeitava Claire pelo papel que ela desempenhou no sucesso
da revolução, apesar de ser uma nobre, e por viver voluntariamente a vida de uma cidadã comum
depois.
“Então, o que o traz aqui hoje?”
"Bem... para dizer a verdade..." Matt hesitou. Desviei os olhos do fogão, olhando por cima
do ombro para ele. “Queremos que a senhorita Claire vá para o império.”
“Então, qual é o significado disso?” Claire perguntou severamente a Matt.
Ela chegou em casa logo após a chegada de Matt. Era hora do jantar para nossa família,
então chamamos as crianças para comer e convidamos Matt para participar. As crianças olharam
para Matt com curiosidade, pois era seu primeiro encontro, mas rapidamente perderam o interesse
e foram brincar em seu quarto assim que terminaram de comer.
“Permita-me começar atualizando você sobre as mudanças recentes em nosso

laços internacionais”. Matt enfiou a mão na bolsa e tirou um mapa-múndi. “Como tenho certeza que
você sabe, o Império Nur invadiu agressivamente vários outros países ao longo dos anos. Muitos
foram reduzidos a estados vassalos.”

Ele apontou para um grande país na fronteira com o lado oriental do Reino Bauer.
“Nem mesmo nós estávamos a salvo das maquinações do império. Nós teríamos
nos tornado sua marionete se não fosse pelos esforços de Miss Claire e Rae, e a ajuda de Sousse
e dos Alpes.”
"Sim Sim. Mas e agora?” Claire pressionou Matt para continuar.
“Sousse e os Alpes também sofreram atos de agressão do Império Nur. É por isso que
as três nações decidiram se unir e formar uma força aliada sob a liderança da rainha Manaria de
Sousse.”
"Uma força aliada... eu não tinha ideia de que as coisas eram tão terríveis." Claire
franziu a testa enquanto murmurava. Tínhamos ficado em segundo plano em questões políticas
imediatamente após o estabelecimento do novo governo. Era difícil acreditar que a política mundial
tinha azedado tanto desde então.
“Mas o Império Nur é sagaz,” Matt disse. “Antes que a aliança pudesse
ser oficializado, eles propuseram um tratado de paz para o Reino Bauer.”
"Eu vejo. Então é isso que eles pretendem.” Claire assentiu, entendendo
as implicações.
Eu não tinha ideia do que estava acontecendo. "Hum, você pode explicar?"
“Eles estão tentando ganhar tempo. Não é mesmo, Matt?
“É como você diz.”
De acordo com a explicação de Claire, era assim: Apesar de ser uma superpotência
militar, o Império Nur não tinha muita chance contra o poder combinado do Reino Bauer,
Sousse e Alpes. Eles precisariam de tempo para reunir suas forças – daí o tratado de paz.
“O fato de que eles nos escolheram para oferecer o tratado é bastante revelador em
relação às circunstâncias do nosso país também. Deixe-me adivinhar. O reino está com poucos
recursos e, apesar de apenas se mover para estabelecer uma aliança com Sousse e os Alpes,
deseja evitar a guerra, se possível?
“Você viu tudo, Srta. Claire,” Matt disse com admiração.
"O que isso tem a ver com a srta. Claire indo para o império?" Eu perguntei.
“O império propôs um programa de intercâmbio estudantil como sinal de boa

vontade entre as nações. O nome de Claire surgiu como candidato.”

"Eu? Por que?" Claire parecia confusa. Ela não era nada mais do que uma mera cidadã
agora, afinal.
“Razões puramente políticas. O Império Nur enviou seu príncipe herdeiro para a troca. O
Reino Bauer tem que enviar alguém de valor semelhante em troca.”
“Ainda assim, por que eu? Eu nem sou mais nobre.”
“Sim, mas você é o herói que mudou os fundamentos do

reino e frustrou os planos do império.”
"Você quer que a senhorita Claire seja uma refém?!" Finalmente entendi o que estava
acontecendo. Eles pretendiam sacrificar Claire. "É o bastante! Nós recusamos!”
“Por favor, me escute!”
"Não!" O sangue correu para minha cabeça enquanto eu ficava lívida. Nós finalmente
encontramos um pouco de paz e tranquilidade após a revolução. Por que Claire deveria sofrer
novamente?
Uma voz calma chamou para me acalmar. “Rae, acalme-se. Vamos ouvi-lo
Fora."
"Senhorita Claire?!"
Eu não podia acreditar no que ela estava dizendo, e ainda assim aqueles olhos calmos dela
— imóvel como a superfície de um lago profundo — calou-me com mais eficácia do que sua
bronca jamais fez.
“Por favor, continue, Matt.”
"Sim. Oficialmente falando, o reino enviará Lady Yu, já que ela era a terceira na linha
de sucessão ao trono. A senhorita Claire irá como sua assistente.
"É claro. Ninguém aceitaria um ex-nobre em troca de um príncipe herdeiro.”
“Tenho certeza de que você já percebeu isso, mas também estamos optando por enviar
aqueles cuja ausência não afetaria muito a capacidade de operação do reino. Enviaríamos
funcionários do governo se pudéssemos, mas o governo ainda carece de estabilidade.”
"Naturalmente. Lady Yu abandonou seu direito ao trono, e eu não sou nada mais que
um cidadão. É uma decisão esplêndida.”

Não consegui acompanhar a conversa. Eu senti que não sabia disso

Claire – como se ela tivesse se tornado uma pessoa completamente diferente.
Mas no fundo, eu sabia que estava errado. A Claire diante de mim era a
mesma nobre Claire que voluntariamente caminhou para sua própria execução.
“Estamos cientes de que este pedido não é razoável. Claro, prepararemos qualquer
compensação que pudermos, mas provavelmente não corresponderá ao risco que você estará
assumindo.”
Claire não disse nada.
“O reino não tem outra escolha. Eu pergunto a você: você aceitaria este pedido
irracional?” Matt curvou-se profundamente.
Rezei para que as próximas palavras de Claire fossem de recusa. Mas ela simplesmente
respondeu: “Você me dá uma semana para decidir?”
***
"Por que você não recusou, Srta. Claire?!" Eu persegui Claire a

momento Matt saiu, agarrando-se ao peito dela enquanto ela ficou imóvel.
“Acalme-se, Rae. Você vai assustar as meninas. Ela estava calma, um contraste
gritante com o meu estado frenético. Eu odiava aquela calma, mas também não queria assustar as
crianças.
Falei no tom mais controlado que pude. “Desculpe, mas você

deveria tê-lo recusado na hora! Não há razão para aceitar tal pedido!”
"Você tem razão. Como cidadão, não tenho motivos para aceitar”.
"Então você entende?" Fiquei aliviado. Ela poderia superar seu orgulho
afinal. "Então não há necessidade de esperar uma semana, vamos apenas-"
“Mas se eu recusar, o que você acha que aconteceria?” Claire me interrompeu.
Fiquei atordoado por um momento, mas me recompus e pensei sobre isso.

"Eles não vão simplesmente enviar outra pessoa para ir?"
"De fato. Eles vão encontrar outra pessoa que satisfaça as condições.”

“E o que há de errado com isso?” Eu não conseguia entender o que Claire era
chegando, nem um pouco - e ainda assim meu coração batia forte, me avisando que
eu não gostaria que o resultado esperasse pela frente.
“O império é um lugar perigoso para se estar.”
"Claro que é! É por isso-"
“Se eu recusasse, outra pessoa seria colocada em perigo em meu lugar.” Claire
me olhou bem nos olhos enquanto falava.
Ela não tinha mudado? Ela não tinha se acostumado à vida civil desde a revolução?
Ela não desejava continuar esta vida comum e feliz junto com May, Aleah e eu?
Não, ela não tinha mudado.
No fundo, ela era a mesma pessoa que era antes da revolução.

Ela ainda era orgulhosa e honesta, e nunca permitiu que outros sofressem em seu lugar –
assim como os nobres virtuosos do passado. E, mais uma vez, essa mesma Claire se
sacrificaria pelo bem de outra pessoa.
"Senhorita Claire, você não é mais uma nobre... Você pode pensar em sua própria
felicidade agora."
“Não é isso, Rae. Tomei essa decisão pensando na minha própria felicidade.”
Claire me chamou para sentar enquanto ela mesma se sentava. Eu ainda estava nervoso, mas
obedeci – parcialmente para tentar acalmar meus nervos. “Nada me deixa mais feliz do que
saber que você e minhas filhas estão felizes e bem.”
“É o mesmo para nós. A sua felicidade é a nossa felicidade.”
“Obrigado, Rae. Mas essa felicidade só pode durar enquanto tivermos paz.” Claire
falou baixinho, como se acalmasse uma criança fazendo birra. “O reino ainda é instável; faz
apenas um ano desde a revolução. Matt está certo. Não temos outra escolha.”
“Mas isso não significa que você tem que ser o único a se sacrificar!” Eu levantei minha
voz.
“Não entenda mal. Não estou me sacrificando. Vou para garantir a paz para o reino
com minhas próprias mãos.”
A garota que fez essa declaração ousada era inconfundivelmente a mesma garota que
eu amei por todo esse tempo.

“Se eu recusar o pedido de Matt,” Claire continuou, “eu ficaria

confiando nosso futuro a um estranho - e eu não vou tolerar isso.
"Senhorita Claire..." Esta era Claire. A garota que sempre jogou a mão
ela foi tratada e nunca ficou ociosa. A vilã que não tinha medo de sujar as mãos para conseguir
o que queria.
“Não sou de jogar minha vida fora em vão. Confie em mim. Em breve terei o império
dançando na palma da minha mão.” Apenas me observe, Claire parecia dizer enquanto sorria.
“Vou pelo bem da felicidade da minha família.”
Eu vi a luz da determinação nos olhos de Claire.

Ah... eu não poderia fazer isso.
Eu não poderia impedi-la novamente.
Eu ia perdê-la novamente.
Eu tinha desistido de todas as esperanças – tornando as próximas palavras de Claire ainda mais
chocantes.
“E você vem também, Rae.”

"Huh?"
“O que você quer dizer com 'hein'? Claro que você vem. Onde eu vou, você
vai. Você achou que tinha uma escolha no assunto?” Claire tentou o seu melhor para soar
arrogante, mas eu poderia dizer que era uma encenação. Ela não conseguia esconder a
confiança e o amor transbordantes em suas palavras. “Você realmente achou que eu ia
sozinho?”
"Eu sinto Muito…"
“Na verdade, é minha culpa, não é? Eu tenho uma ofensa anterior.” Claire sorriu
ironicamente enquanto nós duas nos lembramos do que aconteceu durante a revolução. “Achei
que era o melhor para todos. Mas eu estava errado. Finalmente me atingiu quando você chorou na
minha execução, mostrando-me seu verdadeiro egoísmo pela primeira vez.”
Ela se levantou da cadeira e caminhou até mim, suavemente abraçando meus ombros.
“Eu nunca vou deixar você sozinha novamente. Não importa o perigo, vamos enfrentá-
lo juntos.” Ela gentilmente tocou sua testa na minha, olhou nos meus olhos e

perguntou: “Você vem comigo?”
"Claro que eu vou. Eu iria com você mesmo se você me implorasse para não ir.
"Ele Ele. Bom."
Nós rimos antes de trocar um beijo rápido nos lábios.
“Mas e May e Aleah? Você não está pensando em trazê-los, está? Eu perguntei.
“Embora eu me sinta mal por eles, teremos que deixá-los sob os cuidados de
alguém em quem confiamos. Talvez o padre da catedral, ou Mestre Rod...
"Não!"
“Você não pode!”
Nossas filhas queridas correram de repente. Eu estava me perguntando por que era
tão quieto em seu quarto... Eles devem ter escutado.
“O que vocês dois estão fazendo aqui?”
“Ah, May, Aleah…”
"Eu vou onde quer que vocês dois vão!" May insistiu.
"Eu também!" Aleah também insistiu. Os dois esfregaram os olhos marejados.
“Sinto muito, mas você não pode. O lugar para onde estamos indo é muito perigoso—”
"Nao!"
“Nós também vamos!”
Eles cortaram Claire novamente. Eu não acho que eu já tinha visto eles reagirem a
algo tão fortemente antes.
"Maio, Aleah..."
“Você não pode nos abandonar!”
“Eu não quero ficar sozinho de novo!”
Claire parecia um cervo preso nos faróis. Eu provavelmente usava uma expressão
semelhante. Como poderíamos ter esquecido?
May e Aleah foram passadas para seus parentes depois que seus pais morreram e
depois ficaram órfãos quando esses parentes morreram por sua vez. No momento em que os
conhecemos, seu sofrimento os tornou frios e vazios - sem emoção

bonecas feitas à imagem de pessoas. Eles se recuperaram graças ao amor com que Claire
e eu os banhamos, mas a memória daqueles tempos ainda vivia dentro deles. Eles não
podiam deixar de reagir agora.
“Você vai nos abandonar também? Vamos ficar sozinhos de novo?”
"Eu não quero ficar sozinho... eu quero estar com minhas mães!"
Eles soluçavam, seus pequenos corpos tremendo enquanto suplicavam a nós.

Claire congelou, sem saber o que fazer.

"Senhorita Claire... Vamos levá-los conosco."
“Rae, você sabe o que está dizendo?!” Claire parecia chocada eu

sugeriria tal coisa, mas insisti.
“Vai ficar tudo bem. Eu me decidi. Vamos enfrentar o império de frente.”
“R-Rae?” Claire olhou para mim, perplexa, mas eu sorri para ela e me
aproximei de May e Aleah.
“Sinto muito por termos preocupado vocês dois. Não vamos deixar você para trás.”
"Sério…?"
"Sério sério?"
"Sim. Então, em troca, vocês duas podem prometer ser boas garotas?”
“Uh-huh!”
"Sim!"
May e Aleah pularam em meus braços. Não era sempre que eles faziam isso
Comigo. Nós realmente os assustamos.
“Não é como eu tentar jogar as coisas pelo seguro. Eu mesmo posso proteger
minha família.”
Eu tomei minha decisão. Tudo o que restava era se preparar e agir. Pela
primeira vez no que pareceu uma eternidade, eu chutei meu cérebro em velocidade
máxima.
***
“Um spin-off?”
"Isso mesmo."
Na noite depois que decidimos ir para o império em família, Claire e eu começamos

a discutir nossos planos. May e Aleah já estavam na cama, então os únicos na sala
éramos Claire e eu, junto com um monte de documentos que eu tinha preparado.
“Como expliquei a você durante a revolução, sou capaz de prever os eventos

deste mundo até certo ponto.”

"Certo. Algo sobre um livro de profecias.

"Correto." Embora não fosse realmente um livro de profecias, mas um sim
de namoro. “O nome do livro de profecias era Revolution, e teve um spin-off chamado
Revolution: Lily Side.”
Revolution: Lily Side, ou Revo-Lily para abreviar, era – como você deve ter
adivinhado pelo título – um spin-off yuri de Revolution. A verdade é que eu tinha jogado
Revo-Lily antes de Revolution. Eu era o tipo de nerd que jogava todos os tipos de jogos,
mas minha orientação sexual me fez gostar particularmente de jogos de yuri. Os jogos
de Yuri não eram populares no meu primeiro turno na juventude, mas Revo-Lily ainda
conseguiu ser amplamente considerado como uma obra-prima.
“Revolution: Lily Side—isso é um pouco longo, vamos encurtar —Revo-Lily

tem informações sobre o império que podemos usar.”
Revo-Lily foi um dos muitos spin-offs lançados após o sucesso de

Revolution. Sua protagonista era a princesa do Império Nur. Você jogou perseguindo
um dos três interesses amorosos, que eram a imperatriz, um funcionário do governo
e um colega de classe. Claro, sendo um jogo yuri, todos os personagens relevantes
eram mulheres. Eu acabei interpretando o Revolution original depois de me apaixonar
por Claire, que fez uma aparição em Revo-Lily como um nobre exilado.
“Se guiarmos a princesa Philine por uma determinada rota, todo o império
desmoronará.”
"R-realmente?"
"Sério."
Também havia uma rota de revolução na Revo-Lily . Você poderia optar
por não namorar ninguém e, em vez disso, liderar uma revolução para derrubar
o governo imperial – assim como na Revolução original, que era, de fato, o mesmo
caminho que eu havia tomado um ano antes.
“Dito isso, derrubar todo o governo do império apenas abriria uma nova lata de
vermes. Não está completamente fora da mesa, mas por enquanto, vamos tentar
derrubar quaisquer elementos que agitem por conflito.”
"Soa bem." Tinha que parecer que eu estava tirando todas essas informações
do nada, mas Claire concordou sem hesitar, independentemente.

“Eu te amo,” eu disse.
"O-o que você está dizendo tão de repente?"
“Só de pensar como é bom que você confie em mim.”
"Bem, por que não?"
"Ele Ele." Eu continuei, tendo me deleitado por um momento no amor de Claire por
Eu. “Precisamos do apoio de muitas pessoas para que esse plano funcione, mas a pessoa mais
importante será Philine. Ela é extremamente tímida e tem dificuldade em falar o que pensa.”
“Uma pessoa assim pode realmente começar uma revolução?”
“Agora não, mas é o crescimento de sua personagem que a torna tão interessante.”
"Crescimento? Naquele livro de profecias?”
“Ah, desculpe. Só pensando comigo mesmo.”
Na minha experiência, os protagonistas dos sims de namoro tendiam a ser desprovidos

de personalidade. Eu entendi que isso era para permitir que os jogadores se projetassem no
personagem, mas eu ainda não adorei. A protagonista de Revo-Lily , Philine, começou como uma
dessas cascas. Mas à medida que a história progredia, ela se tornava mais forte e independente. Este
crescimento foi mais notável na rota da revolução.
Aliás, Claire, como personagem convidada, sempre provou ser o maior obstáculo no
caminho de Philine. Ela fez o papel de vilã, assim como no primeiro jogo, mas teve muito mais cenas
legais do que no original. Em um, Philine condenou Claire como uma criminosa e a executou, mas Claire
apenas riu desafiadoramente em sua voz aguda enquanto eles cortavam sua cabeça. Eu assisti essa
cena inúmeras vezes... e sempre caí em uma depressão de três dias depois.
“De qualquer forma, nosso plano de ação é fazer contato com Philine e levá-la pelo caminho
certo.”
"Ok. O que devo fazer então? Eu não posso deixar você fazer todo o trabalho pesado,
afinal,” Claire disse, me enchendo de segurança. Desta vez, eu não estava trabalhando sozinho.
Com Claire ao meu lado, eu poderia fazer qualquer coisa.
“Primeiro, deixe-me fazer uma referência cruzada dos eventos que me lembro com os eventos
que ocorreram. Na versão dos eventos que me lembro, Claire era uma

nobre influente do império.”
“Do império?! Como uma coisa dessas pode ser possível?”
“Meh, vamos pular isso por enquanto.”
"O que?! Não é algo assim importante?!”
“Estamos pulando.”
"Eu não entendo você às vezes..."
Eu não queria explicar. Levaria muito tempo. “De qualquer forma, a Claire do meu livro
de profecias apoiou o Império Nur, o que significa que você está na situação oposta agora.”
"Eu vejo. Nesse caso, seu conhecimento pode não ser muito útil aqui.”
“Comparado com a revolução, sim. Mas isso não significa que seja
completamente inútil.”
"Estou contando com você."
Suas palavras me deixaram tão feliz que eu queria abraçá-la apertado naquele momento
e lá. Mas estávamos falando sobre coisas sérias, então me contive.
“Na verdade, sua posição atual pode facilitar as coisas,” eu disse.
"O que você quer dizer?" Claire inclinou a cabeça. Ela era simplesmente a mais fofa.
“Philine é tímida, mas também é gentil. Ela não aprova as ações agressivas
tomadas por seu governo”.
"Que significa?"
“O que significa que ela tem você em alta consideração como alguém que alcançou
uma revolução não-violenta enquanto frustra o império.”
"Sério?" Claire perguntou em dúvida.
“Bem, tenho certeza que não é tão simples assim. Mas ela deve ter algum interesse em
você que possamos aproveitar.
Claire suspirou. “Sinto que sou um adulto sem vergonha tentando enganar um
criança inocente”.
“Talvez isso não esteja muito longe. Não se preocupe, serei um adulto sem vergonha
com você.
“Acho que não temos outra escolha.”

Eu consegui colocar Claire a bordo até agora. Eu continuei enquanto ela tomava um gole
chá. “Há uma boa chance de entrarmos em contato com Philine durante o programa de
intercâmbio. Uma vez que fizermos isso, as coisas podem começar.”
"Então, estamos deixando a sorte?"
“Eu prefiro 'tocar de ouvido'. Por enquanto, você poderia tentar memorizar todas
essas informações sobre Revo-Lily que escrevi aqui?
“Eu posso, mas está tudo bem? Você não disse que compartilhar o futuro pode
transformá-lo em algo que você não pode prever?”
Fiquei surpreso que ela se lembrasse. Isso já fazia um bom tempo.
“Eu não poderia dizer a você naquela época porque o assunto estava diretamente relacionado
vocês. Desta vez é diferente. Podemos trabalhar juntos para conquistar Philine.”
“Você não poderia dizer 'woo'? Parece que estamos tentando cortejá-la.”
"Pervertido."
"Ah, então você quer que eu te queime tanto assim?" Claire perguntou enquanto os
brasões da família François flutuavam acima de sua cabeça.
“Foi apenas uma brincadeira, Srta. Claire! Não há necessidade de seu Magic Ray!
Por favor, você vai queimar a casa!” Eu me encolhi. “V-Vamos começar discutindo as circunstâncias
de Philine. Há muito o que cobrir.”
"Parece fácil", disse Claire. “A memorização é um dos meus pontos fortes.”
Daquele dia em diante, começamos a desenhar nosso plano para manipular o império.
***
“E isso é tudo o que aconteceu até agora.”
“Hum, com quem você está falando, Rae?”
"Oh, desculpe. Apenas eu."
E assim, voltamos para onde nossa história começou. Nos dias atuais, certo
depois que Claire me deu uma experiência fora do corpo ao me tratar com ela

comida caseira maravilhosa.
“Fizemos todo o planejamento que podíamos. Tudo o que resta é colocá-lo em

ação,” eu disse.
"Sim. Houve uma série de surpresas ao longo do caminho, mas tenho a sensação
de que tudo vai dar certo… Não, vamos fazer dar certo.”
“Esse é o espírito, Srta. Claire! Você é maravilhoso!”
“Não zombe de mim.” Claire bufou, mas eu vi o sorriso em seu rosto.

Ela era tão fácil de agradar.
Nossos preparativos envolveram muitas coisas, incluindo Hans — o lojista da

minha cidade natal — nos enviar informações sobre o império. Eu estava confiante de
que este mundo era praticamente idêntico ao do jogo, mas queria ter certeza de que o
império como existia nesta realidade era fiel à sua representação no Revo-Lily. Eu não
teria ido tão longe se fosse apenas eu, mas Claire e nossas duas filhas também estavam
vindo. Melhor prevenir do que remediar.
Além de Hans, também pedi a Rod e meu sogro, Dole, que investigassem
minuciosamente a situação em que estávamos nos metendo. Eu não podia verificar cada
detalhe do jogo, mas até agora, parecia que o império era como eu me lembrava. Dizer
que eu poderia finalmente relaxar teria sido um exagero, mas pelo menos eu tinha algo
com que contar agora.
“No final, quantas pessoas estão viajando para o império, Rae?” Clara
tinha deixado a coleta de informações para mim enquanto ela estudava meu Revo-Lily
notas.
"Cerca de cinquenta."
A peça central do grupo seria Yu, assim como Matt havia dito. Yu já foi a terceira
na linha de sucessão ao trono e agora era cardeal da Igreja Espiritual, dando-lhe grande
valor como refém. Claro, o confidente próximo de Yu, Misha, também viria. Alguns dos outros
participantes incluíam Lana, Eve e Joel da minha classe.
Decidimos matricular May e Aleah na escola primária da Academia Imperial.

Eu não podia deixar de me preocupar com o que o império iria ensinar a eles, já que eu
tinha uma ideia aproximada do currículo deles, mas precisávamos de alguém para cuidar
deles enquanto Claire e eu planejávamos.

“Sousse e os Alpes também estão enviando alunos. Lene estará entre eles.
“Essa é uma notícia fantástica!” O rosto de Claire se iluminou ao ouvir o nome de Lene.
Ela amava Lene mais do que nunca. Eu fiz uma cara azeda.
"Oh meu Deus. Você é ciumento?"
"Qualquer que seja. Humm!”
“Não seja assim. Lene pode ser minha amiga íntima, mas você é minha única amante.
"Eu sei... Mas ainda não posso deixar de me sentir um pouco carente."
"He he, você é adorável." Claire sorriu angelicalmente, então me beijou.
“Ah! Não é justo Mama Rae ser a única! Eu também! Eu também!" May insistiu.
"Eu também por favor!" Aleah também insistiu.
“Sim, sim, um de cada vez.” Sorrindo o tempo todo, Claire deu a May e
Aleah um beijo na testa. As duas garotas pareciam cócegas, mas alegremente aceitaram
seus beijos de qualquer maneira.
“Vamos fazer amigos?” disse maio.

"Estou preocupada..." Aleah disse.
Nós partimos para o império amanhã e, por mais tímidas que fossem, as meninas estavam
preocupadas em mudar para um novo ambiente.
“Tenho certeza que vocês dois vão ficar bem. Você é tão fofo, afinal,” Claire disse.
"Eu sou Fofo?" May perguntou.
"Isso mesmo."
"Eu também?" Alah perguntou.
"É claro."
"Yay!"
"Ele ele, a mãe Claire disse que eu sou fofo!"
Claire sorriu quando May e Aleah a beijaram nas bochechas.

"E quanto a mim?" Eu perguntei.

“Mãe Rae também quer beijos?” Maio sorriu.
"Você tem que dizer 'por favor'!" Aleah insistiu.
“Bonito, por favor!”
"OK tudo bem!"
"Bem bem!"
Recebi um tratamento estranhamente diferente, mas mesmo assim fui beijado. Aproveitei
a oportunidade para agarrá-los e comecei a chover beijos em suas bochechas macias como
marshmallow.
"Ahh! Nãooo!”
“Deixe ir, por favor!”
Parecia que eles realmente não gostaram, então eu relutantemente os deixei ir. Este
tipo de reação deixou a mamãe triste...
“Acho que agora entendo a hierarquia familiar”, eu disse. Claire estava em

no topo, May e Aleah no meio, e eu estava bem no fundo.
“Ha ha, nossa família não tem tal coisa. May e Aleah respeitam você
muitíssimo. Não é mesmo, queridos?” Claire tentou me animar.
“Eu realmente gosto da comida que você faz!” exclamou maio.
“Agora que eu aprendo com a Mãe Rae, eu entendo o quão boa ela cozinha!” disse
Alah.
Meu maior trunfo era cozinhar, ao que parecia. Esse tipo de dor em sua própria maneira.
Não, eu precisava ser feliz! Eu adorava cozinhar, e era uma boa habilidade para a vida…
Mas eu não me importaria se eles tivessem dito algo um pouco melhor, sabe?
“Tudo bem, hora de dormir, vocês dois. Temos que acordar cedo amanhã”
disse Claire. Eram quase 20 horas, hora de dormir das crianças.
“Ainda não quero dormir!”
"Não estou com sono!"
As meninas se opuseram, o que não era comum para elas.
"Oh sério? Vocês dois parecem muito sonolentos para mim,” Claire disse.
“N-não…”
"Não estou com sono…"

Havia algo de errado com eles? Eles geralmente iam para a cama quando
pedíamos.
"Eu não quero dormir... porque quando acordarmos, vamos ter que dizer adeus
à casa..." May disse enquanto esfregava os olhos.
“Eu não quero dizer adeus…”

“Oh,” Claire disse, chocada.
Mas é claro. Esta casa tinha sido o primeiro lugar que eles poderiam alegremente
chamar de seu próprio lar. Nem as ruas das favelas nem o espaço comunitário do convento
tinham as marcas de um lugar ao qual realmente pertenciam, e dele se separariam amanhã.
"May, Aleah, ainda não estamos dizendo adeus a esta casa."

"Huh?"
Claire sorriu para seus semblantes confusos e sonolentos enquanto ela continuava.
“Para momentos como esses, dizemos 'volto em breve'.”
"Sério?"
“Vamos voltar em breve?”
"Sim, e esta casa estará aqui, esperando para dizer 'bem-vindo de volta' para
você." Claire os pegou. "Que tal dormirmos todos juntos esta noite?"
"Yay!"
"Nós podemos?!"
"Por que não? Se estiver tudo bem para você, Rae.”

"É claro. Vou buscar os futons.
"Obrigada."
Claire carregou as meninas para o quarto. Pensei nas provações que viriam
quando trouxe os futons leves de penas de ganso.
Vou garantir que todos voltem vivos para esta casa.
Eu tinha certeza de que nossa vida em Nur não seria tão pacífica quanto nossa vida aqui.
Fazer contato com Philine e derrotar o império provavelmente envolveria decisões
difíceis, mais difíceis do que as tomadas para a revolução.
Mesmo assim, encontrarei esse futuro feliz para minha família. Por sua felicidade.

Naquela noite, todos dormimos lado a lado, com Claire e eu apertando May e
Aleah. As duas garotas discutiram sobre quem dormiria ao lado de Claire e jogaram
pedra-papel-tesoura, terminando com a vitória de May. Meus sentimentos não foram
feridos nem nada...
Na manhã seguinte, arrumamos nossas malas e saímos de casa. Uma

carruagem esperava do lado de fora, pronta para nos levar ao império. Claire trancou a
porta atrás de nós, e finalmente estávamos prontos para fazer nossa jornada. Mas antes
disso, uma última coisa. Viramos para a casa e sorrimos.
“Volto em breve!”

Capítulo 10:
A Academia Imperial
A NUR EMPIRE ficava a leste do Reino Bauer, Sousse ao

ao sul, os Alpes a oeste e o Império Loro — separado dos Alpes por um deserto —
ainda mais a oeste.
Isso significava que, dos países participantes da proposta aliança de três

nações, o Reino Bauer estava mais próximo do Império Nur. Por sua vez, enfrentamos
o maior risco. É claro que não pensei nem por um segundo que Manaria — que havia
proposto a aliança — iria nos enforcar, mas o mundo da diplomacia devoradora de
cachorros não permitia sentimentos pessoais. Não importa o que a própria Manaria
quisesse, Sousse tinha sua própria agenda como país.
O mesmo aconteceu com o Reino Bauer. Tínhamos todo o direito de recusar
o tratado de paz do império, formar a aliança de três nações e confrontar Nur
diretamente. Mas tal decisão não pode ser considerada acertada, pelo menos não com
a atual necessidade de recursos do reino. Não tivemos escolha a não ser adotar uma
postura de paz, mesmo que apenas temporariamente.
O astuto Nur notou essa fraqueza na aliança de três nações e tomou
vantagem.
Dito isto, enquanto o império era de fato um espinho no reino

lado, muitos cidadãos Bauer realmente não entenderam nada sobre isso. O leigo
na rua provavelmente a descreveria como uma ditadura que explorava seu povo e só
usava seu orçamento para gastos militares. Mas a realidade tinha um jeito de surpreendê-
lo.
"O império... não é bem o que eu esperava." Claire ficou boquiaberta com as
ruas ao seu redor. “A cidade é tão animada e quase não há um soldado à vista.”
Tínhamos chegado a Ruhm, a Capital Imperial do Império Nur, e estávamos

indo a pé para o Castelo Imperial depois de sair da carruagem.
“Bem, esta rua passa pelo mercado central. Se o mercado central
não estava indo tão bem, duvido que o império tivesse a liberdade de sequer pensar
em fazer uma guerra,” eu disse.

A cidade fervilhava de vida, não importa para onde você olhasse. Cidadãos
se aglomeravam ao nosso redor, alegremente divulgando suas mercadorias ou comprando
mercadorias. As filas de barracas vendiam não só as importações do exterior, mas também
as especialidades locais dos diversos países anexados pelo império.
“Uau… eu nunca vi tantas pessoas diferentes em um só lugar. Eu nunca vi algumas

dessas cores de cabelo e tons de pele em Bauer. E até onde eu posso dizer, nenhuma pessoa
é escravizada. Todos tratam todos como cidadãos livres”, disse Claire.
Essa era uma visão nova também para mim, que antes morava no Japão, um país
amplamente homogêneo. Claro, o estilo europeu do Reino Bauer parecia estranho para mim
quando cheguei, mas o Império Nur se sentia ainda mais com a diversidade de sua população.
Essa diversidade foi amplamente possibilitada pelas políticas do governo Nur.
“Senhorita Claire, você se lembra das crenças subjacentes das políticas do

Império Nur?”
“Acredito que foi a meritocracia, a mesma ideologia que o falecido rei l'Ausseil
suportado.” Como esperado de uma senhora educada como Claire. Ela estava bem
informada sobre os países vizinhos, não apenas sobre o seu próprio país. Mas sua
resposta faltou alguma coisa.
“O império leva a meritocracia a um nível muito mais alto do que o nosso

reino”, eu disse.
"Oh?"
“Você sabe como o império está invadindo e anexando países à esquerda e à direita?”
"Mas é claro."
“As pessoas desses países anexados que se mostram promissores recebem

cidadania sem questionar.”
Os chefes dos estados vassalos conquistados desprezavam essa política, mas aqueles
nos escalões inferiores da sociedade abraçou-o de braços abertos. Para pessoas cujos
talentos nunca veriam a luz do dia, ser anexado pelo império poderia ser uma oportunidade
enviada pelos céus.
Claro que nem todos viram assim.
“O ministro das Relações Exteriores do império era originalmente de um

país anexado ao norte chamado Rasha,” eu disse.
“Você está me dizendo que eles deixam um não nativo lidar com os assuntos externos
do país?!”
"De fato. Nem sempre foi assim, no entanto. Demorou décadas após a
atual imperatriz chegou ao poder para que essas políticas se tornassem tão bem
estabelecidas.”
O império sempre adotou uma abordagem agressiva da diplomacia, mas não foi até que a
atual imperatriz, Dorothea, unificou-o sob sua marca de racionalismo que alcançou sua forma
atual. Dorothea Nur nasceu a segunda filha do imperador anterior. Por gerações, o filho mais velho
herdou o trono, com as mulheres excluídas da linha de sucessão. Mas Dorothea havia superado
isso com sua desenvoltura, vontade de usar violência e racionalismo severo. Ela havia usurpado
seu próprio pai.
“Este foi simplesmente o caminho mais rápido,” ela disse apaticamente enquanto
matava seu pai. Na época, ela tinha apenas sete anos de idade. Claro, ela teve adultos apoiando
sua usurpação, mas eles não foram capazes de fazer dela sua marionete voluntária após o
impacto que ela teve no império.
“Essa é uma história bastante angustiante.”
“Posso dizer com certeza que o talento dela é real. Ela não é apenas uma líder forte; ela
é uma guerreira incomparável conhecida como a Deusa da Espada. Mestre Rod a mencionou,
não foi?
“Sim, ele disse que a imperatriz derrotou um batalhão inteiro de soldados de Sousse
sozinha. Mas isso tinha que ser um exagero.”
"De jeito nenhum. É a verdade."
O império era uma ditadura, mas era mantido unido por seus
líder carismática e competente, Dorothea. Talvez você já tenha ouvido algo assim antes? Melhor
viver em uma ditadura com um líder competente do que em uma democracia com um incompetente.
Embora eu não concordasse com a ideia, havia alguma verdade nela.
“Oh, Sua Majestade não é tão assustadora.”
O homem Nur nos guiando nos deu um sorriso irônico. Seu tom não era um dos
admoestação, mas sim de segurança. Ele parecia acostumado a corrigir as pessoas
sobre a imperatriz.

“Eu admito,” o guia continuou, “há muitas histórias inquietantes sobre Sua Majestade
Dorothea. Mas todo mundo que a conhece só tem o que dizer. Ela é encantadora. Você vai
entender quando a vir pessoalmente.”
Ele falava como se ela fosse uma amiga íntima. Presumi que ele já tinha recebido
audiência com ela antes.
“Você vê, eu venho de um país ao sul chamado Xixi. Quando foi anexado, participei de
protestos contra o império. Mas esses protestos logo cessaram quando ficou claro que a vida
sob o governo da Imperatriz Dorothea era muito melhor do que a vida sob a aristocracia Xixi.”
"Acho que você não se ressente do império?" Claire delicadamente perguntou.
"Claro que não. Se alguma coisa, eu sou grato.” O guia sorriu para Claire.
Eu não acho que a maioria das pessoas concordasse com seu ponto de vista, mas ainda
falava de quanta confiança as pessoas tinham em Dorothea. “Nós quase chegamos ao castelo.”
Olhamos na direção que o guia apontava e nos deparamos com um prédio enorme.
"Isso é... um castelo?" Claire expressou os mesmos pensamentos que eu tinha.
Parecia uma fortaleza mais do que qualquer coisa. O palácio real de Bauer era
majestoso e imponente, mas o castelo imperial de Nur tinha um design completamente utilitário.
Claramente, sua única função aparente era resistir aos invasores. Sua fachada ameaçadora
talvez fosse um reflexo da imperatriz que morava lá dentro.
“Ah, esqueci de dizer uma coisa.” O guia parou antes de se virar para nós. “Bem-vindo
ao Império Nur.”
***
Em contraste com seu exterior espartano, o interior do castelo estava bem

mobiliado. Não em termos de acessórios extravagantes ou obras de arte - eu não vi nenhum
deles -, mas evidentemente tinha sido construído com materiais da mais alta qualidade, tornando-
o majestoso de uma maneira diferente do palácio real ou da Catedral Bauer na capital do reino.
Depois de chegar ao castelo, ficamos sentados em uma sala de espera até que

poderia ser concedida uma audiência. Obviamente, todo o grupo de cinquenta não teria
permissão para ver a imperatriz. Apenas os representantes – Yu, Misha, Claire e eu – seriam permitidos.
Nós quatro havíamos mudado para trajes formais e checado novamente nossos presentes. Tudo o que
restava era esperar.
“Finalmente vamos ver a imperatriz. Eu me pergunto se ela vai viver de acordo com os
rumores? Lady Yu estava sentada confortavelmente em um sofá, que estava posicionado na cabeceira
da mesa. Com o cabelo crescido, usando maquiagem que Misha havia aplicado cuidadosamente, era
difícil acreditar que as pessoas pensavam que ela era um menino. Ela se moveu com graça delicada,
inclinando a cabeça ligeiramente para o lado enquanto meditava. Ela sempre foi bastante andrógina,
mas finalmente ser capaz de viver aberta e livremente como uma mulher fez com que sua beleza
natural brilhasse.
“Lady Yu, acredito que não preciso lembrá-la de que não estamos aqui para nos divertir?
Não negligencie seu dever como representante do reino.” A mulher situada ao lado de Yu,
vestindo um hábito e avisando Yu pela enésima vez para levar seu papel a sério, era Misha, é claro.
Ela tinha levado muito bem a vida como freira. Talvez fosse simplesmente para ser, considerando o
quão sem humor ela sempre foi.
"Eu? Um representativo? Você não quer dizer sacrifício?” Yu brincou.
“Por favor, não diga essas coisas. Estamos aqui em legítima missão diplomática
o negócio. Se algo acontecesse com você, as hostilidades seriam retomadas imediatamente.”
“Eu sei, mas eu sinto que você só se importa com a política. Você não está nem um pouco
preocupado comigo?”
“Por favor, considere a hora e o lugar antes de fazer tais observações, Senhora
Yu.”
"Tão frio." Yu deu de ombros com a resposta curta de Misha.
Arranjem um quarto, vocês dois, pensei.
Yu virou-se para nós. “De qualquer forma, faz um tempo desde a última vez que nos
encontramos, Rae e Claire. Como estão May e Aleah?
“Eles estão bem. Obrigado por sua ajuda da última vez.” Claire baixou a cabeça.
"De jeito nenhum. Lamento não poder ajudar mais. Como está a maldição deles?”

"Nós tentamos muitas coisas, mas sem sucesso", eu respondi, ao que Yu tricotou
suas sobrancelhas.
Meio ano atrás, Claire e eu pedimos para usar as Lágrimas da Lua para remover a maldição
de May e Aleah. As Lágrimas da Lua eram uma relíquia secreta da Igreja Espiritual, do tipo a que
normalmente nunca teríamos acesso, mas Yu e a igreja nos deviam um favor. Enquanto os altos escalões
do clero estavam relutantes, o apoio de Yu e a palavra final do papa tiveram nosso pedido atendido.
No entanto, a maldição no sangue de May e Aleah permaneceu. As Lágrimas da Lua eram

uma ferramenta mágica que removia efeitos negativos de status, mas sua força era proporcional à
quantidade de tempo que passava absorvendo a luz da lua. Ele havia sido usado em Yu apenas meio
ano atrás na época, então talvez precisasse de mais tempo para recarregar antes que pudesse
dissipar a maldição. Independentemente disso, permaneceu o fato de que ainda tínhamos que
encontrar uma cura.
“Que tipo de maldição é essa? A maioria das maldições seria dissipada com
meio ano de luar,” Yu disse.
“Eu não sei, mas devemos encontrar uma maneira de dissipá-lo. eu não quero aqueles
meninas sofram mais do que já sofreram”. A expressão de Claire era sombria, mas determinada.
Claro, eu senti o mesmo.
“Misha está fazendo o possível para encontrar algumas informações que podem ajudar”, Yu
disse. “Ela está vasculhando os antigos tomos armazenados nos arquivos da igreja.”
“Obrigado por toda sua ajuda, Misha,” Claire disse.
"De jeito nenhum. Lamento não poder fazer mais.”
“Nós vamos deixar você saber se encontrarmos algo assim que pudermos revisar o histórico
de uso específico das Lágrimas da Lua.” disse Yu.
"Por favor faça." Claire fez uma reverência. Eu segui o exemplo.
“Ainda assim, estou surpreso com o quanto vocês dois mudaram. Parece que foi ontem que
vocês dois estavam brigando um com o outro na Academia, e agora vocês estão juntos com crianças.”
Yu riu quando Claire ficou vermelha como uma beterraba.
“Não há ninguém mais surpreso do que eu, sabe?” Claire suspirou. “Sinto que não tive um
momento de descanso desde que conheci essa garota.”
“Você odeia isso?” Yu perguntou provocando.

"I-isso é, bem..." Claire vacilou.
“Sorte sua, Rae. Seus esforços valeram a pena.”
"É uma honra! Eu sou a garota mais sortuda do mundo!” Eu orgulhosamente declarei.
“Rae!” Claire pisou no meu pé. Doeu, mas a dor era uma recompensa em si quando
você estava tão profundamente quanto eu.
Claire suspirou pesadamente. “Nós dois temos uma vida difícil, não é, Misha?”
"Nós realmente, Srta. Claire."
Eles pareciam ter encontrado um terreno comum. Huh? O que foi tão
errado com Yu e eu querendo mostrar um pouco de amor aos nossos amantes?
“Recuando um pouco: quanto vocês dois sabem sobre a imperatriz?”

Você perguntou.
“Eu só sei o mínimo,” respondeu Claire.
“Só ouvi dizer que ela é uma ditadora, mas também uma líder forte, justa e
carismática”, eu disse.
"Eu vejo. Isso é tudo que eu sei, também. O problema é que todos que
conhece ela diz a mesma coisa. 'Ela é encantadora', ad infinitum.
Pensando bem, nosso guia havia dito a mesma coisa.
“Tenho a sensação de que há alguma mágica em ação,” Yu continuou.
Claire franziu a testa. "Você está sugerindo que ela mantém seu domínio através do
controle da mente?"
“Não é improvável. Esta é a mesma mulher que usurpou o trono aos sete anos de idade.
Mesmo se presumirmos que ela nasceu cedo, não há como ela conseguir tantos apoiadores em
uma idade tão jovem.”
"E-espere, não estamos nessa, então?" Eu disse. “Se você estiver certo, vamos sofrer
uma lavagem cerebral assim que a conhecermos. E se eles controlarem nós quatro, eles controlarão
todo o grupo de estudantes de intercâmbio.”
“Ah...” Os olhos de Claire se arregalaram em compreensão.
Nós quatro éramos os membros-chave do grupo de intercâmbio. Alguns funcionários

nos acompanhavam para fins administrativos, é claro, assim como alguns alunos reais, mas
importávamos mais do que ninguém. Se sofremos lavagem cerebral, o destino de Bauer
estava selado. O controle da mente não estava na trama de

Revo-Lily, mas a alegação de Yu tinha um peso lógico preocupante.
“De fato,” disse Yu. “É por isso que eu trouxe isso. Misa?”
"Sim." Misha estendeu a mão direita. Sua palma embalou um pequeno anel.
"O que é isto?" Claire perguntou.
“As Lágrimas da Lua,” Yu respondeu.
"O que?!" Claire olhou, surpresa. “Mas… a relíquia usada em May e Aleah era um pouco
maior…”
“Isso é um chamariz. Este pequeno anel é o verdadeiro negócio.”
Em outras palavras, o grande item ritual que eles trouxeram para nós naquela época era falso.
"Então... a razão pela qual May e Aleah não foram curadas foi porque..."
“A igreja não nos enganou, Claire,” eu interrompi para acalmá-la; ela começou
olhando Yu e Misha com desconfiança.
“Então você notou, Rae?” Yu perguntou.
"Sim. Eu vi o anel real em seu dedo quando o chamariz foi trazido

Fora."
“Acho que você não quer que perguntemos como você conhece a verdadeira forma das
Lágrimas da Lua?”
"Isso seria legal."
“Muito bem, então.” Yu sorriu amargamente. Ela provavelmente estava morrendo de vontade de saber.
“Seguindo em frente – este anel pode evitar que pelo menos um de nós sofra lavagem
cerebral. Acho que nossa lutadora mais forte, Rae, deveria usá-la.”
"Eu estou bem com isso, mas você tem certeza que quer colocar sua fé em mim?"
“Eu sei muito bem que tipo de pessoa você é. Só não diga à igreja ou ao reino. Eles
queriam que eu o usasse.” Yu me deu uma piscadela.
“Misha, você não vai impedi-la?”
“Considerando minha posição, eu deveria. Mas eu acho que Lady Yu está certa isso
Tempo. Em termos de força bruta de combate, a Srta. Claire também seria uma escolha sábia,
mas ela não pode usar magia de água para dissipar efeitos de controle mental. Você é nossa
melhor opção,” Misha disse com um suspiro.

Houve uma batida na porta. “Obrigado por esperar. Sua Majestade Dorothea está
pronta para vê-lo.
Já era tempo.
Yu se levantou. “Agora, então, vamos encontrar Sua Majestade?”
***
Uma mulher com longos cabelos de um carmesim profundo e olhos vermelhos como chamas
estava sentada silenciosamente no topo de seu trono. Seu corpo estava vestido com uma armadura negra como
breu, envolto em um manto igualmente preto. Em seu quadril pendiam duas espadas. Seus cotovelos
descansavam apáticos em seus braços enquanto seu olhar ocioso treinava em nós.
“Você fez bem em vir até aqui. Eu sou Dorothea, a Imperatriz

de Nur.” Um alto surpreendentemente profundo soou. Sua voz rouca e sua maneira
masculina de falar ainda eram simultaneamente, inconfundivelmente, as de uma mulher.
Era uma voz de poder profundo e real; aquele que o obrigou a obedecer
incondicionalmente.
“É uma honra conhecê-lo. Eu sou o representante de Bauer

Grupo de estudantes de intercâmbio do Reino, Yu Bauer. Obrigado f—”
"O suficiente. Não tenho interesse em cumprimentos sufocados por cortesia

diplomática sem sentido. Dorothea parecia irritada ao cortar Yu, alguém que sempre
mantinha seus verdadeiros sentimentos escondidos atrás de muitos véus.
Yu vacilou, pego de surpresa.
Dorothea continuou, destemida. “Você viu a Capital Imperial.

Dê-me seus pensamentos.”
“A capital é maravilhosa. Seu povo é espirituoso e...
“Não tenho utilidade para sua bajulação vazia. Foi duas vezes que tive que avisá-
lo, Yu Bauer. Eu não vou perdoá-lo por desperdiçar meu tempo novamente.” Dorothea
descansou a cabeça em uma mão enquanto a outra batia no braço dela com irritação.
“Não estou chegando a lugar nenhum com você. Você, Rae Taylor, responde em vez disso.
"Huh?"
“Não durma. Pedi sua impressão da capital.

Eu estava mudo. Eu não podia simplesmente dizer nada, então simplesmente disse o que
estava realmente em minha mente. “Não tenho muito a dizer sobre a capital quando acabamos de
chegar aqui, Sua Majestade. Se você realmente vai me espremer por uma resposta, então acho que
'animado' soa certo?
“Rae!” Claire repreendeu, embora eu estivesse adaptando meu tom com base no meu
conhecimento da personalidade de Dorothea de Revo-Lily.
“Você quer dizer que minha cidade não foi suficiente para impressioná-lo?”
“Não era muito diferente do Reino Bauer.”
“E a miríade de raças que meu povo representa? Certamente isso não pode ser encontrado
em seu reino.”
"Oh sim. Isso foi um pouco impressionante. Tipo, 'Oh, wowzers, é realmente uma meritocracia',
sabe?”
Claire olhou para mim, boquiaberta. Eu estava falando com o monarca de um império maciço
com um grau inimaginável de grosseria. Mas eu tinha a sensação de que esta era a maneira correta de
proceder.
"Ah, entendi. Então meu império não foi suficiente para impressioná-lo. O Reino Bauer
deve ser uma nação mais notável do que eu pensava.”
“Ah, mas fiquei impressionado com o quanto os cidadãos adoravam Sua

Majestade. Achei que eles teriam medo de você.
“Há lógica em governar através do medo, mas não se compara à adoração e respeito. E eu sou
um devoto crente na racionalidade.”
“Você não diz? Eu acho que é uma maneira muito boa de fazer as coisas.
A propósito, Vossa Majestade pode usar magia de controle mental?”
“Rae?!”
“O que—Rae!”
Desta vez, foi a vez de Yu e Misha ficarem horrorizados.
Talvez isso tenha sido um pouco direto demais? Eu pensei enquanto esperava por Dorothea
responda.
“Pfft... Ha ha...” Os ombros de Dorothea tremeram quando ela abaixou a cabeça.

“Ha ha ha ha! Você parece ter pleno conhecimento da minha natureza, Rae Taylor!
Você é tão misterioso quanto dizem.

"Claro."
“Lavagem cerebral, você disse? Você trouxe aquela bugiganga da sua casa
de adoração porque você suspeitava de tal coisa?” Dorothea zombou.
Os olhos de Yu se arregalaram em choque. Dorotéia sabia. E sobre o verdadeiro

forma das Lágrimas da Lua nisso!
Yu rapidamente abaixou a cabeça. "Perdoe nossa grosseria... Nós..."
"O suficiente. Suas ações são logicamente corretas. Bem, eu me sento diante de você
agora. Você sente algum tipo de adoração artificial por mim?”
“Não, não particularmente. E você, Srta. Claire? Você já está apaixonado por Sua
Majestade?
“Rae!”
"Está bem. Diga o que pensa, Claire François. Você é amante de Rae, não é? Você se
sente hipnotizado por mim?” Dorothea parecia estar se divertindo agora. Então ela sabia sobre
nosso relacionamento?
“Acho que Sua Majestade é uma pessoa muito interessante, mas não sinto atração
artificial por você.”
"Claro que não. A senhorita Claire está apaixonada por mim, afinal,” eu acrescentei.
“Rae!”
“Ha ha ha ha! Eu vejo, eu vejo! Então eu nem sou uma ameaça? Acho isso um pouco
irritante.”
Dorothea se levantou e caminhou em nossa direção, seu manto ondulando, antes de

parar na frente de Claire e eu. Sua intensidade de perto era abrasadora.
Ela era bonita. Eu tinha ouvido que ela estava em seus trinta e tantos anos, mas ela não parecia um dia
mais velha do que seus vinte e poucos anos.
“Vocês dois foram sem dúvida o coração da revolução Bauer.”

Dorothea sorriu confiante.
“Nem um pouco, Sua Majestade,” Claire respondeu. “A revolução foi trazida

sobre através do poder do povo. Rae e eu desempenhamos um papel muito pequeno.”
“Eu não preciso de sua modéstia. Eu considero vocês dois muito bem. Você
conseguiu destruir o plano que passei anos preparando.”
Espere - ela tinha acabado de admitir abertamente que estava conspirando contra o

Reino Bauer? Aqui, em nosso primeiro passo para a paz?
"Vocês dois não serão meus?"

"Huh…?"
“Não me faça repetir. Venha me servir como meus súditos. Você tem
provou suas capacidades. Posso garantir que você será bem recompensado. Que tal
isso?"
Claire parecia confusa, e compreensivelmente. Nós viemos aqui em um

missão diplomática formal, e agora, de repente, estávamos sendo caçados?
“Você brinca?” Claire perguntou.
“Claire já falou, então eu agradeceria se você não tentasse

corteje-a,” eu afirmei.
“R-Rae!”
“Ha ha ha! Os rumores eram verdadeiros – você realmente gosta de bancar a

tola, Rae Taylor. Vou permitir que suas transgressões passem, contanto que você continue
me entretendo.
“Eu não vim aqui para o entretenimento de Sua Majestade,” eu disse, o que
levou Dorothea a bater palmas.
"Oh! Isso mesmo. Esta reunião fez parte do plano para aplacar a
Reino Bauer.”
“Seus pensamentos verdadeiros estão vazando. Esta reunião foi formalmente

saudar os intercambistas, Vossa Majestade.”
“Ah, eu me lembro de algo assim. Perdoe-me, não vejo nenhum mérito em

lembrar falsidades tão monótonas.”
Estava tudo bem para a imperatriz dizer essas coisas?
"Sua Majestade!" Um homem ao lado do trono que parecia um conselheiro estava

ficando em pânico.
“Silêncio, velho. Vou entreter seus resmungos mais tarde.
O conselheiro, que parecia mais velho que Dole, segurou a língua. eu senti por
ele, tendo que aconselhar uma imperatriz assim.
“Bem, isso deve ser bom o suficiente para saudações. Voc ~ e tem algum
mais negócios?”

Yu voltou às formalidades. “Viemos trazendo presentes do nosso reino. Por favor,

aceite-os.”
Dorothea acenou com a mão desinteressadamente. “Basta deixá-los em qualquer lugar.

Em troca, enviarei algo adequado ao seu país. Algo mais?"
“Isso será—”
“Posso perguntar uma coisa?” Claire abruptamente cortou Yu. “Sua Majestade não tem
intenção de cessar sua invasão de outros países?”
“Claire?!” Yu disse, alarmado. Até eu, que nunca me senti perturbado,

ficou um pouco surpreso com a franqueza da pergunta de Claire.
"Hmph... Você é ousado em perguntar uma coisa dessas, Claire François."
“Peço desculpas pela minha grosseria. Posso ter sua resposta?”
Eu tinha certeza de que havíamos cruzado a linha, mas a imperatriz ficou ali parada,
pensamento. "Invasão... suponho que é assim que deve parecer para o seu povo."
“Estamos errados?”
“Não, de jeito nenhum. Não importa minha verdadeira intenção, da sua perspectiva, é
apenas invasão. Acho isso lógico.”
“Então qual é a sua verdadeira intenção?”
“Eu não posso te dizer isso ainda. A menos que você esteja disposto a me servir.
“Então parece que não temos mais nada para discutir.”
"Eu vejo. Isso é ruim." Dorothea parecia um pouco desanimada. Ela era
agindo... certo? “Algum negócio a mais?”
“Isso será tudo de nós,” disse Yu. Desta vez, ninguém a interrompeu.
"Muito bem. Aproveite a sua estadia no meu império. Você pode sair."
E assim nossa primeira audiência com Dorothea chegou ao fim.
***
“Então aquela era a Imperatriz Dorothea. Ela é uma tirana, sim,” Yu refletiu enquanto Misha
a ajudava a mudar.

Estávamos atualmente dentro de um dormitório designado para a troca Bauer

alunos. Bem, eu digo dormitório, mas na verdade era uma pousada que havia sido
reformada para nos acomodar. Cada quarto era maior do que os dormitórios da Royal Academy,
uma demonstração da riqueza do império.
Nós quatro nos reunimos no salão depois de nossa audiência com Dorothea.
Queríamos refletir sobre o que aconteceu quando nos livramos de nossas camadas externas
formais.
“Eu não esperava que ela evitasse completamente a cortesia diplomática,” eu disse.
“Isso é provavelmente o que parece lógico para ela. Ela é o pior tipo de oponente
para alguém como eu, que usa palavras como armas.” Yu suspirou quando Misha tirou o
casaco. Dorothea a ignorou em grande parte mesmo quando saímos.
“Rae é uma combinação melhor para Dorothea. Vou deixar você cuidar das coisas da próxima vez que nos
encontrarmos.
“Não diga isso, Yu. Rae só foi capaz de agir sem restrições porque você mostrou o
mínimo de formalidades exigidas.” Misha estava tentando animá-la. Eles realmente eram um bom
partido.
"Senhorita Claire, anime-me também!"
"Por que? Você parece animado o suficiente para mim. Claire negou secamente
meu pedido, para minha consternação.
“Vamos ouvir a impressão de todos sobre Dorothea, começando com Misha”

disse Yu.
Misha pensou por um momento. “Ela parecia agir sem considerar os outros. Mas...
talvez isso seja mais uma qualidade de um governante em si.
"O que você quer dizer?"
“Ela não parece o tipo de pessoa que se deixa influenciar por aqueles
abaixo dela. Esse tipo de foco único pode ser necessário para unir as pessoas em busca de
seus objetivos.” Misha parecia pensar que Dorothea era o oposto de um líder menos
estridente como o falecido Rei l'Ausseil ou Thane.
"Eu vejo. Ela não precisa pesar as opiniões de seus retentores, que de outra forma a
forçariam a fazer um malabarismo impossível. Ela pode agir sem hesitação.”
"É isso", afirmou Misha.

“Ela é uma tirana, sem dúvida. Mas ela não é vaidosa e não ignora as
necessidades de seu povo. Misha está certo — isso é liderança à sua maneira. O que
você acha, Claire?
Claire franziu a testa. “Acho que nunca vou poder concordar com ela.”
"Por que é que?"
“Nossos valores são muito diferentes. Não vejo respeito no modo como
Dorothea trata os outros, e simplesmente não gosto daqueles que ignoram
completamente o decoro.”
Lembrei-me de quando Claire ensinou a May e Aleah o básico da

etiqueta. “Estar sem etiqueta é estar sem roupa”, ela disse. Claire valorizava as
tradições do mundo nobre passado. Pessoas como Dorothea, que falavam e agiam sem
tanta atenção, ofendiam sua sensibilidade.
“Mas eu entendo por que alguém pode dizer que ela é carismática. Ela parece o tipo
de pessoa que as pessoas querem seguir, o tipo que nunca perde de vista seu objetivo.”
Você podia ver as crenças de Dorothea refletidas em seu império. Nur teve um
objectivo claro pelo qual todos os cidadãos lutaram em conjunto. Em busca desse
objetivo, eles buscaram talentos independentemente de origem ou credo, e explicitamente
proibiram a discriminação pelo mesmo motivo.
"Sim. Para dizer a verdade, como alguém que não tem essa força de
propósito, não posso deixar de admirar pessoas como ela. Dos meus irmãos, eu diria que ela
é mais parecida com meu irmão Rod”, disse Yu.
Achei que Rod e Dorothea fossem parecidos também. Ambos eram líderes
que poderiam agir sem hesitação e inspirar as pessoas a sua causa.
“E você, Rae?”
"Eu acho... ela é infantil."
"Hum?" Yu parecia confuso. Misha e Claire também me deram uma carranca perplexa.
“Ela faz o que quer e não ouve o que as outras pessoas dizem, mas apesar disso,
ela ainda precisa de outras pessoas para ajudá-la. Ela é basicamente uma criança.”
"Eu... não tinha considerado isso." Yu sorriu enquanto assentiu, percebendo o

verdade das minhas palavras.
Dorothea era uma adulta, e assustadora. Era fácil ser intimidado por ela. No entanto, minha
primeira impressão foi que ela era infantil. Ela estava à frente do império e foi glorificada por muitos,
mas no fundo, ela era imatura. O que ela chamava de “lógica” e “racionalidade” eram apenas desculpas
para fazer apenas o que quisesse.
“Bem, mesmo que ela seja um pouco excêntrica, ela ainda é a governante deste
império,” continuei. “Ela é claramente incomparável a uma criança normal. Assim como meus filhos.”
“Isso é preconceito dos pais que eu ouço?” Yu disse provocando.
É verdade, eu juro! Eu segui em frente. “Parece que também não houve controle
mental envolvido no final.”
"Sim. Era apenas seu carisma natural no trabalho. Esse carisma não era
o suficiente para conquistar Rae, no entanto. Yu brincou com a caixa contendo as Lágrimas da Lua.
“Acho que trouxemos este anel conosco por nada.”
“Não, este ainda é um país inimigo. Você nunca sabe quando podemos
preciso disso”, alertou Misha. Ela estava certa. Não podíamos baixar a guarda.
“De qualquer forma, bom trabalho a todos. Estaremos começando na Academia Imperial
amanhã, então certifique-se de descansar bem esta noite.” As palavras de Yu sinalizaram o fim do nosso
encontro.
"Você está se sentindo cansada, Srta. Claire?" Eu perguntei preocupada enquanto

caminhávamos de volta para o nosso quarto. Embora ela tivesse mais resistência do que a maioria das
pessoas, nossa longa jornada do reino, imediatamente seguida por aquela audiência com a imperatriz,
deve ter sido mentalmente desgastante.
"Estou bem. Obrigada."
"Tem certeza? Você não está apenas colocando uma fachada corajosa?
“E o que isso faria por mim? Eu estou bem, realmente. Mais importante, gostaria de saber se
nossa bagagem já foi entregue em nosso quarto.”
“Deveria ter sido. Espero que May e Aleah não tenham feito nenhuma travessura.”
Abri a porta para uma sala ampla. Nossa bagagem estava lá, mas não vi sinal das meninas. Nós
quatro deveríamos nos hospedar juntos - Yu tinha considerado

trocou de quarto conosco para que pudéssemos ter o maior. Não era o mesmo que nosso
amado lar no reino, mas por enquanto, teria que servir.
"Lá? Alah?”
“Mamãe!”
"Estava aqui!"
Chamei os gêmeos e imediatamente vi duas pequenas figuras correndo

em direção a nós do fundo da sala e direto para os braços de Claire.
"Estrondo!"
"Bem vindo de volta!"
“Obrigado, May, Aleah. Vocês eram duas boas meninas?”

“Uh-huh!”
"Sim, mãe!"
Nós os deixamos esperando sozinhos por um bom tempo, mas os gêmeos não
pareciam particularmente desencorajados. Parando para pensar sobre isso, em Bauer,
Claire e eu tivemos que deixá-los sozinhos em casa por muito tempo. Talvez isso não
fosse fora do comum para eles.
“Vamos comer, então? Rae, você poderia preparar algo para nós?” Claire perguntou.
"Deixe para mim."
Aquela audiência excessivamente formal e dolorosa com a imperatriz finalmente

terminou. Claire, e até mesmo as crianças, deviam estar cansadas.
Vou preparar algo especial, pensei enquanto me dirigia para a cozinha anexa.
***
“V-você ousaria se opor ao império?!”
“Oh, querida, o que você está dizendo? Não somos ambos meros estudantes?
Seu nome não seria 'Empire' agora, seria? Claire perguntou – uma provocação ousada. Ela
sorriu maliciosamente, a própria imagem de uma vilã. o

homem com quem ela falou parecia sem palavras.
Esse confronto se desenrolou no instituto educacional administrado pelo império, a

Academia Imperial. Atrás de Claire, que estava com os braços cruzados, uma garotinha tremia
no chão – Philine.
“U-um…”
"Está bem. Deixe a Srta. Claire cuidar disso,” eu sussurrei no ouvido de Philine
enquanto eu pegava sua mão e a ajudava a se levantar. Ela parecia confusa, mas assentiu por
enquanto.
"Você sabe quem eu sou?!" o homem exigiu.
“Desculpe, mas acabei de me transferir para cá hoje. eu não tenho

a menor ideia.”
"Você... você não vai se safar com isso!" O homem gaguejou palavras condizentes
com um capanga enquanto ele olhava punhais para nós.
Quanto ao motivo de tudo isso ter acontecido em nosso primeiro dia, vamos voltar
algumas horas.
“Esses novos alunos transferidos se juntarão a você a partir de hoje. Todos, por favor,
dêem-lhes as boas-vindas.” O professor nos apresentou brevemente antes de designar nossos
lugares e começar a aula. Eu recuei um pouco de surpresa; Eu esperava tempo para auto-
apresentações.
O professor não forneceu nenhuma revisão para nos ajudar a transferir os alunos
para recuperar o atraso, nem nos facilitou em nada. O primeiro período foi um curso de estudos
sociais, mas a dificuldade dos materiais e o ritmo de instrução superavam em muito o modo
de instrução na Academia de Bauer. Também não sabíamos muito sobre a cultura do império.
Com exceção de alguns, nós intercambistas terminamos aquela aula exaustos.
"Classe dispensada." Com essas palavras bruscas, o professor saiu da sala de

aula.
Quem no mundo poderia acompanhar essas aulas?! os alunos transferidos

pensaram unanimemente.
Nesse momento, uma multidão se formou ao nosso redor. O professor era frio, mas os
alunos não pareciam muito diferentes dos de Bauer.

“Ei, ei, vocês são do Reino Bauer, certo?”
“É verdade que você fez uma revolução?”
"Quais são os vossos nomes?"
“Por favor, permita que nos apresentemos,” Claire disse.
Cinco alunos transferidos da Bauer estavam nesta classe: Claire, eu, Lana, Eve,
e Joel. Eu não conseguia ver Yu ou Lene, que haviam sido designadas para uma classe
diferente.
“Meu nome é Claire François. É um prazer conhecê-lo.” Claire se

apresentou primeiro. No momento em que ela disse seu nome, a sala inteira se mexeu.
“Você não é o herói da revolução?!”
“É verdade que você foi mais esperto e derrotou mil soldados reais?!”
Parecia que a fama de Claire havia chegado ao império, embora a história claramente
tivesse crescido ao ser contada.
“Eu não sou tão notável. O poder do povo trouxe a revolução.”
“Mas você é, tipo, super forte, certo?”
“Nem mesmo eu poderia derrotar mil pessoas,” Claire contestou. “Essa parte é exagero.”
“Ei, ei, quem é mais forte, você ou Sua Majestade Dorothea?”
Como eu esperava, Claire era popular logo de cara. No entanto, ela se virou para mim.
“Que tal terminarmos nossas apresentações primeiro? Rae?”
Eu me levantei da minha cadeira no comando de Claire. “Meu nome é Rae Taylor, e eu

sou a esposa da Srta. Claire. Não tente tirá-la de mim ou eu vou morder. Eu mostrei meus dentes
e rosnei um pouco.
“O que—Rae?!” Claire ficou nervosa.
Desculpe, senhorita Claire. Eu tenho que fazer isso para garantir que todos saibam quem
pertence a quem!
"Huh? Ela está com Claire?
"Ela a chamou de senhorita Claire, no entanto."
“Ooh, Rae é muito engraçada!”

Minha apresentação pareceu bem recebida. Talvez eles pensassem que eu estava
brincando.
“N-próximo, então,” Claire continuou. “Lana?”
“Heeey!” Lana se levantou e piscou. “O nome é Lana Lahna! eu sou um malvado

menina tentando arrebatar Miss Rae de Miss Claire. Prazer em conhecê-la!"
"Huh? Um triângulo amoroso?”
"Oh, cara, isso vai ser um banho de sangue..."
“Assim como a novela.”
Parecia que a apresentação de Lana também foi bem recebida. Hum?

Aguentar…
"Hum, você disse 'novela'?" Eu perguntei.
“Sim, você sabe, a série de romances, Soap and Opera? É uma obra-prima sobre
relacionamentos confusos. Eu empresto para você algum dia.”
"Huh? Um sim. Obrigado,” eu disse. Tão enganador!
“Tudo bem, próximo. Véspera?"
“Meu nome é Eve Nuhn. Prazer em conhecê-la." Eve se apresentou em seu jeito franco
de marca registrada.
“Desta vez é uma garota dura e fria!”
"Ei, ei, quer um doce?"
“Por favor, pise em mim, mamãe.”
A apresentação de Eve também foi bem recebida. Na verdade, meus ouvidos

estavam pregando peças em mim, ou havia algo estranho na mistura ali?
“Por último, Joel?” Claire pediu.
“Sou Joel Santana. Estou confiante na minha força física. Prazer em conhecê-la." Joel fez
uma introdução razoável, embora eu achasse que poderia ser um pouco
mais quente.
“E agora temos um cara legal e sensato.”

“Essa franqueza não é ruim.”
“Por favor, pise em mim, papai.”

A introdução de Joel também foi bem recebida. Mas também, vamos lá,
definitivamente havia um esquisito nesta classe.
Independentemente disso, os alunos pareciam receptivos o suficiente. Eu estava

preparado para que eles fossem mais cautelosos, até mesmo para nos dar um gelo, mas eles
nos receberam de forma bastante amigável, talvez porque Nur se orgulhasse de sua diversidade.
Contanto que nos esforcemos para nos dar bem, eles fariam o mesmo.
“Que tal nos apresentarmos também?”

“Eu sou João!”
"O que-hey, eu estava indo primeiro!"
Os alunos gritaram enquanto se apresentavam um a um. Percebi que uma pessoa

entre eles permaneceu em silêncio.
“Ei, Philine, é a sua vez!”
"Ah, s-sim..."
Claire olhou para mim ao ouvir o nome de Philine. Eu balancei a cabeça de volta.
“M-meu nome é Ph-Philine. N-prazer em conhecê-lo…”
Não pude deixar de pensar que Philine parecia um animal pequeno e tímido enquanto
timidamente se apresentou. Ela se sentou imediatamente depois e escondeu o rosto atrás
de um livro.
“Philine é na verdade filha de Sua Majestade Dorothea – você pode acreditar? Eles não
são nada parecidos.”
"É mesmo?" Claire respondeu.
Sem dúvida, Philine era a garota que estávamos procurando. Eu precisava pensar em
como envolvê-la— “Cala a boca!” Uma voz alta nos surpreendeu. Eu olhei em direção a sua
fonte para ver

um menino de aparência áspera com os pés sobre a mesa. “Vocês são muito barulhentos…”
“O-Otto... então você estava aqui. Por que você não apresenta seu—”
"E por que diabos eu tenho que fazer isso?"
"N-não importa, então..."
A sala de aula ficou em silêncio. Parecia que Otto era um problema

filho.
“Ei, aquela loira de cachos e o resto são todos inimigos do império, certo? Por que diabos
você está ficando tão amigo deles? A cadeira de Otto rangeu quando ele se levantou e veio em
nossa direção. Um garoto alto, com quase 1,80m, ele também ostentava uma musculatura
impressionante. Ele era basicamente uma pedra ambulante.
“Otto, foi? Eu sou Claire François. Prazer em conhecê-lo."
“Nem tente. Aposto que você é apenas uma rica senhora protegida como Philine
bem ali." Otto se aproximou de Claire, olhando para ela de cima. Eu ansiava por explodi-lo com
minha magia, mas Claire me sinalizou para não fazer isso com os olhos.
“Eu, uma rica senhora protegida? Bem, você não está totalmente errado.”
“Ei, eu sabia.”
“Mas eu prefiro ser uma senhora rica protegida do que um menino tão pobre de cabeça.”
Otto pareceu chocado por um momento antes de ficar furioso. “Você está tentando ser morto?!”
“Oh, que coisa, você realmente está precisando de um cérebro. Você não entende que você vai
causar um incidente diplomático se você colocar a mão em mim?
"Como eu me importo!" Otto balançou o braço para Claire, mas ela agilmente evitou
enquanto enganchou seu pé com o dela, mandando-o para o chão.
"V-você!"
"Oh, querida, eu imploro seu perdão."
“Você é carne morta!” Enfurecido, Otto atacou Claire repetidamente, mas— “Haah…haah…eu
vou…matar…” Cada golpe falhou sem sequer roçá-la. Alguns segundos depois e o resultado
não poderia ser mais claro. Otto havia perdido.
"É isso?" Claire perguntou, escovando seus ombros. — Suponho que você também seja
um pobre delinquente.
Otto parecia estar tentando usar algum tipo de arte marcial contra Claire, mas ele estava
completamente fora de seu alcance. Claire havia treinado na arte da autodefesa desde jovem e tinha
experiência real de combate dos eventos que levaram à revolução.

"Ugh... Tudo bem, eu vou usar isso!" Otto enfiou a mão no bolso do paletó e
puxou um longo objeto cilíndrico.
Uma varinha mágica!
“Senhorita Claire, cuidado—” Eu cambaleei para frente, mas fui derrotado pelo
soco.
"Pare!" Uma figura entrou na frente de Claire e a protegeu. Filino.
"Huh?! O que você está fazendo? Saia do caminho, Philine!
“Usar magia é ir longe demais!”
"Eu disse para sair do caminho!"

“Eca!”
Otto empurrou Philine para o lado. Eu vi seus lábios se moverem por um momento,
mas não consegui ouvir o que ele disse.
Claire caminhou na frente de Philine, que havia caído de bunda, e a protegeu.
"Magia? Claro, por que não. Dê uma chance, veja o que acontece,” Claire incitou.
“V-não me olhe com desprezo…”
Isso nos traz até o presente.
"Coma isso!" Otto acenou com sua varinha mágica e flechas de fogo explodiram da
ponta em direção a Claire.
Claire se lançou direto para eles.
"Tenha cuidado!" O grito de Philine ecoou por toda a sala. Mas Claire
rapidamente lançou suas próprias flechas de fogo para extinguir as de Otto antes de
correr para frente e chutá-lo no peito.
"Ouvir!"
"Agora, então, hora de sua punição." Claire sorriu para o Otto caído.
Ah, ela está furiosa, pensei. Ela está sorrindo, mas ela está absolutamente furiosa.

Empurrar Philine de lado foi a gota d'água.

“E-espere! V-você vai causar um incidente internacional, lembra?!”
“Não, eu não vou. Isso é apenas uma briga entre os alunos. Não é mesmo,
pessoal?” Claire sorriu graciosamente enquanto estalava os dedos. Ninguém se
atreveu a dizer nada.
Vá pegá-los, tigre! Eu pensei.
"M-mas você mesmo disse isso!"
“Obviamente um blefe. Você realmente é um menino de cérebro pequeno.”

Claire sacou sua própria varinha mágica e tocou a ponta na testa de Otto. Ela disse
que estava blefando, mas não importa como você olhasse, esse era o verdadeiro blefe.
Matar alguém definitivamente teria repercussões, mesmo que tanto a vítima quanto o
agressor fossem “apenas” estudantes.
“Aliás, eu não sou apenas uma rica senhora protegida. Eu sou um rico protegido
senhora com alta aptidão em magia de fogo. Quer uma demonstração?”
“E-espere, n-não!” Otto tremeu de medo enquanto suplicava.
“Pa-Pare!” Philine agarrou o braço de Claire antes que ela pudesse acenar
com a varinha.
"O que é isso?"
"E-não é longe o suficiente?"
"É isso? Você não guarda rancor dele?”
“Otto é... violento às vezes, mas no fundo, ele é uma boa pessoa. Ele só estava
de mau humor hoje...” Philine implorou sinceramente a Claire. Lágrimas brotaram em
seus olhos, sem dúvida de medo. Eu, eu adorava ver Claire explodir, mas eu podia
entender por que outra pessoa poderia achar isso assustador. Até os outros alunos Nur
recuaram.
"Muito bem. Respeitarei seus desejos e cederei. Vamos terminar nossas

auto-apresentações aqui. Desejo a todos um bom dia.” Deixando essas palavras para
trás, Claire pegou sua bolsa e saiu da sala de aula.
"Droga..." Otto rosnou.
“O-Otto, espere, deixe-me curá-lo…”
"Me deixe em paz!" Otto sacudiu Philine enquanto ela tentava lançar curas

magia nele e saiu da sala de aula.

Parecia que a briga tinha chegado ao fim.
“E-ei, senhorita Rae? A senhorita Claire sempre foi tão assustadora? Lana perguntou.
"Huh? Assustador como?”
"O que você quer dizer, 'como'?" Lana olhou para uma perda.
Hmph. Pessoalmente, considerei ver a fúria de Claire como um deleite raro.
“Senhorita Claire pode ser assustadora quando está com raiva, claro, mas ela geralmente é
bem legal. Se alguma coisa, ela é absolutamente encantadora.”
"Encantador?"
"Sim. Observar." Apontei para a entrada da sala de aula. Até parece

na hora, Claire reapareceu, parecendo visivelmente nervosa.
"E-algo está acontecendo, Claire?"
“Hum, Otto fez alguma coisa de novo?”
Os alunos de Nur perguntaram cautelosamente — eles não podiam imaginar o que

mais a teria trazido de volta à sala de aula.
A isso, ela respondeu: “… parece que esqueci que ainda temos aulas.”
Que embaraçoso. Ah, como eu a adorava.
***
As coisas se acalmaram depois daquele primeiro dia agitado, e nossa vida na

Academia Imperial começou para valer. As aulas continuaram rápidas e difíceis, mas
Claire, com sua inteligência natural, e eu, com meu conhecimento do jogo original, conseguimos
acompanhar. O mesmo não poderia ser dito para os outros alunos transferidos, no entanto.
A Academia Imperial não era um internato como a Royal Academy. Os

estudantes se deslocavam de suas próprias casas ou, se fossem de outro país, moravam em
alojamentos pagos pelo império. A chamada começou às nove da manhã, o que significa que
tivemos mais tempo para nos prepararmos do que no

Academia Real. Pelo menos, esse foi o caso para a maioria dos alunos.
“Maio, Aleah! Apresse-se e se troque. É hora do ensino fundamental”.
“Eles têm aula de música hoje, Srta. Claire. Aqui, pegue este instrumento.”
"Ainda estou com fome, mamãe..."
"Estou com sono…"
Todas as manhãs, lutávamos para preparar as crianças para a escola. Nós tivemos que
fazer o desjejum, escovar os dentes, trocá-los e vê-los partir, deixando pouco tempo para
tomar o café da manhã nós mesmos. Isso nos levou a reduzir o atendimento todas as
manhãs, geralmente chegando entre oito e meia e nove em ponto. Nossos outros colegas
quase sempre estavam todos sentados quando chegávamos.
“Oh meu Deus, a Srta. Rae é tão lenta. Senhorita Claire também.
“Bom dia, Lana.”
“Bom dia, Lana. Mas você não precisa adicionar Miss aos nossos nomes
agora somos seus colegas de classe, não seus professores,” Claire disse.
"Isso mesmo. Também não somos tão distantes em idade,” acrescentei.
“Ah.” Lana parecia descontente. “Mas eu respeito totalmente vocês dois, então vou
continuar, ok?”
"Faça como quiser..." eu disse. Algo em suas palavras me pareceu estranho, mas decidi
que não valia a pena continuar.
“Bom dia, Eva.”
"Bom Dia." Eve retornou minha saudação, mas imediatamente desviou os olhos. Parecia
que ela ainda não era uma fã minha.
"Desculpe-me, Eva?" repreendeu Claire, sempre a defensora da etiqueta. "Eu não vou
dizer para você nos respeitar tanto quanto Lana, mas você deveria pelo menos mostrar
algumas maneiras."
“Desculpe,” Eve disse, mas ela não pareceu se desculpar nem um pouco.
“Está tudo bem, Srta. Claire,” eu disse. “Eve e eu temos um mal-entendido entre nós.”
"É assim mesmo?"

“Você tem tempo para conversar agora, Eve? Acho que começamos com o pé errado
de alguma forma.” Eu nunca tive a chance de esclarecer as coisas no reino. Talvez agora fosse um
bom momento.
"Não há nenhum mal-entendido aqui," Eve brevemente declarou antes

virando a cabeça. As negociações já haviam sido interrompidas.
Essa garota é tão teimosa! Ela poderia me odiar o quanto quisesse, mas eu ainda
queria corrigir o mal-entendido. Havia uma maneira de forçá-la a falar comigo?
"Bom dia", uma voz nos cumprimentou indiferente.
“Ah, Joel. Bom Dia."
Para um cara durão, ele era bastante amigável. Ele parou de se dirigir a Claire
e eu tão formalmente quanto quando éramos seus professores, que era exatamente como
queríamos.
"As manhãs devem ser ocupadas para vocês dois, com seus filhos e tudo", Lana
disse.
"Suponho que sim, mas isso também significa que nunca há um momento de tédio",
respondi.
"Uau, eu não acho que eu poderia lidar com isso."
As crianças não eram para todos.
Nossa primeira aula começou às nove e meia e durou uma hora e meia.
Como mencionei antes, o conteúdo era difícil e veio rápido. Depois de fazer as aulas por um
tempo, percebi que o currículo progredia a uma taxa determinada pelos melhores alunos da classe,
como convinha a uma nação que defendia a meritocracia.
A atuação de Otto me surpreendeu um pouco.
"Vamos ver... Otto, você poderia responder a esta pergunta?" A professora perguntou.
"Huh? Faça outra pessoa fazer isso.”
“Você quer que sua avaliação sofra?”
Otto murmurou algo baixinho antes de se levantar e caminhar em direção ao quadro-

negro. Ele deu uma olhada no problema de matemática antes de escrever a resposta sem esforço.

"Feito. Você feliz?"
"Muito bom. Você tem uma boa cabeça nos ombros, Otto. Você apenas
precisa trabalhar um pouco em sua atitude.”
“Ah, desista.”
Otto voltou para seu assento com as mãos nos bolsos. Apesar de ser um aluno
problemático, ele não era de forma alguma burro. Sua atitude permaneceu terrível, mas ele
ouvia nas aulas e sempre respondia às perguntas corretamente.
Eu tive uma má impressão dele por causa do primeiro dia, mas ele parecia ser um aluno realmente
talentoso.
Eu não me lembrava de ninguém chamado Otto da Revo-Lily, então ele deve ter sido um
personagem de fundo. Embora para um personagem de fundo, ele com certeza tinha muita
personalidade.
As aulas matinais tendiam a terminar por volta do meio-dia. A academia tinha um

refeitório, mas não era muito popular; a maioria dos alunos trouxe seu próprio almoço. Eu vou
entrar no porquê mais tarde. Por enquanto, apenas saiba que Claire e eu trouxemos nossos
próprios almoços. Também fiz almoços para May e Aleah. Não era muito difícil fazer o almoço
para quatro, mas ter que elaborar planos de refeições diariamente provou ser um pouco
trabalhoso. Ah, eu perdi os dias de procurar receitas no meu smartphone.
"Lady Philine, podemos acompanhá-lo para o almoço?"
“Oh, um…”
Philine era meio solitária e geralmente almoçava sozinha, o que era perfeito para
nós. Infelizmente…
"E-II, hum... Com licença!" Assustada, Philine fugiu, deixando-a

lancheira atrás.
"Eu sei que você disse que ela era tímida, mas tão tímida?"
"Hmm... Ela é pior do que eu me lembro."
Eu pensei que isso funcionaria, já que havia uma cena em que você almoçava com a
garota que você estava tentando namorar em Revo-Lily. Talvez houvesse outro fator em jogo?
"Você acha que é por causa do que aconteceu no primeiro dia?" Eu perguntei.
"Volte novamente?"

"Você sabe, sua briga com Otto."
"Ah... Mas eu ajudei Philine então, então não pode ser isso." Claire franziu a testa.
“Tenho certeza que ela sabe disso, mas você era tão deslumbrante—er, quero dizer—
assustador então.”
“Você não deveria estar corrigindo isso ao contrário?”
Ops. Eu deixei meus verdadeiros sentimentos escaparem por um momento lá.
“Mas, supondo que você esteja certo, isso não é um problema? Isso tornará mais difícil
chegar perto dela.”
"Sim. Bem, nada podemos fazer sobre isso agora. Teremos apenas que levar nosso
tempo cortejando Philine.
“Como eu disse, por favor, pare de usar 'cortejar' dessa maneira…”
Por volta de uma hora, o intervalo para o almoço terminou. Depois de mais duas horas e uma
meia aula, colocando-nos às quatro horas, terminamos as aulas do dia e fomos buscar May e
Aleah na escola primária. Eu me afastei dos três para fazer algumas compras e os encontrei no
dormitório dos Bauer antes de começar a preparar o jantar. Passamos o resto da noite do mesmo
jeito que fazíamos em Bauer: brincando, tomando banho e finalmente indo para a cama.
“Nós nos acostumamos com a vida no império”, eu disse uma noite.
“Sim, mas não fizemos muito progresso com Philine.”
"Passos de bebê. Ei, senhorita Claire?
"Sim?"
Senti Claire se virando para mim, mesmo com a luz do quarto apagada.
"Já faz um tempo... Podemos...?"
"Oh, caramba... O que eu vou fazer com você... Venha aqui, Rae."
Escusado será dizer que a nossa noite foi longa.
***

"Com licença... Você se importaria se eu me juntasse a você para almoçar?"
Eu estava almoçando sozinho para variar quando ouvi alguém falar com
Eu. Para minha surpresa, levantei a cabeça e encontrei um trêmulo Philine.
"Nem um pouco - por favor, faça."
"Obrigada." Philine pegou a próxima mesa e empurrou contra a minha

antes de trazer sua lancheira. Estava cheio de vários ingredientes, provavelmente
preparados por um chef do palácio.
“Seu almoço está maravilhoso, Lady Philine.”
"Huh…? Ooh realmente? Hum... Obrigado...?” Philine olhou

perplexa, como se não estivesse acostumada a conversar com os outros.
“Essas almôndegas parecem boas. Posso pegar um?"
"Uh, sim... Não é realmente nada de especial, mas aqui..."
"Muito obrigado."
Peguei uma almôndega do tamanho de um ovo de codorna do almoço de Philine e

experimentei. Ah, não é ótimo. Parecia que a cozinha do império não estava à altura. Mas isso
não era problema meu.
"Delicioso!"
"Sério? E-isso é bom.
"Então que tal como agradecimento, eu respondo a qualquer pergunta que você tenha?"
"Huh…?" A boca de Philine se abriu, como se eu tivesse acabado de ler sua mente.
"Estou supondo que há algo que você queira perguntar, já que você se esforçou para vir
comer comigo."
"Hum, bem, isso é... sim." Filine estava nervosa. Ela usava um olhar de vergonha,
como se tivesse sido pega roubando biscoitos de uma jarra. “Eu quero que você me ensine sobre
Claire.”
"Oh?"
Claire estava atualmente na sala de aula vizinha com Lene. Ela queria muito
reacender seu vínculo, mas Lene tinha seus próprios deveres diplomáticos como representante dos
Alpes a considerar. Seus horários tinham tão

aconteceu de se alinharem hoje, então eles estavam aproveitando a chance de alcançá-los sem
serem incomodados.
“Vou responder o que puder, mas não seria melhor perguntar diretamente a ela?”
"Hum, Claire é... ainda muito assustadora para mim..."
Ah, imaginado. Parecia que eu estava certo. "O que você quer saber?"
“Hum, bem, eu estava me perguntando o que levou Claire a começar uma revolução”
Philine perguntou nervosamente. Assim como eu previ – apesar de seu medo de Claire,
Philine estava interessada o suficiente na revolução para morder.
"Oh aquilo? Isso é realmente um mal-entendido. Quem começou a revolução não foi a
senhorita Claire.
"Huh? Então por que ela é chamada de 'o herói da revolução'?”
“Senhorita Claire desempenhou um papel importante na revolução, mas não faça

erro - quem começou a revolução foi o povo de Bauer Kingdom.”
“O-oh, tudo bem...” Philine parecia em conflito. “Então deixe-me reformular a pergunta.
Por que Miss Claire apoiou a revolução? Ela não era parte do estabelecimento, e uma nobre de alto
escalão, nada menos?
“Essa é uma pergunta difícil de responder, mas para simplificar, é precisamente porque ela
era uma nobre.”
“Receio não entender.” Philine inclinou a cabeça.
Mmm... Bonito. “Senhorita Claire não apoiou a revolução desde o início.

Na verdade, ela inicialmente rejeitou a própria noção disso.”
“Por que ela mudou de ideia?”
“Um certo incidente a levou a questionar o sistema onde os nobres dominavam os plebeus.”
Comecei a contar a ela sobre o incidente do navio fantasma que ocorreu em nossa visita a Euclid,
minha cidade natal, entrando em detalhes sobre meu amigo de infância Louie e como ele nos atacou
para salvar sua família sequestrada.
"Isso é terrível…"
“Foi quando a senhorita Claire realmente aprendeu o que significava ser pobre.
Ela examinou sua vida e poder como nobre e se perguntou como poderia permitir que tais coisas
acontecessem.

Continuei explicando como Claire começou a pensar em maneiras de lidar com

a pobreza e a disparidade de riqueza, e como isso, por sua vez, a levou a perceber os
problemas profundamente enraizados com a aristocracia.
“Ela queria ajudar as pessoas, então ela se esforçou para encontrar uma maneira de
preencher a lacuna entre plebeus e nobres.”
"Algo que ela poderia fazer..." Essas palavras pareciam ressoar com Philine.
"E o resto é história. Claire ganhou o apoio da população expondo os nobres corruptos
e depois se aliando aos plebeus contra o governo provisório após a erupção do Monte Sassal.
Deixei de fora alguns detalhes e misturei algumas meias-verdades, mas acabei

meu relato mais verdadeiro dos eventos que levaram à revolução.
"Claire é tão... forte."
“Eu concordo plenamente, mas ela não poderia fazer isso sozinha.”
“Senhorita Claire é talentosa, mas mesmo ela não pode fazer tudo sozinha. Ela só
conseguiu chegar até aqui porque contou com a ajuda de muitas pessoas.”
Se ela estivesse sozinha, ela teria sido executada naquele dia terrível como um
símbolo da nobreza corrupta – deixando seu nome manchado para sempre nos anais da
história.
“Para conseguir algo, você precisa de aliados”, eu disse.

“Aliados…”
“Se você tiver alguma dúvida sobre o império atual, Claire e eu ficaríamos felizes em
prestar nossa ajuda.”
"Huh?!" Philine ficou rígida como uma tábua. Talvez eu tivesse ido longe demais? "M-
meu estômago dói - eu vou me despedir!"
"Hum, Lady Philine?"

"Perdoe-me!"
E ela foi embora. Ah, droga... Estava indo tão bem também. Por que eu tinha que
apressar as coisas?
Mas ela já saber sobre Claire era uma dádiva de Deus. E agora que ela

impressão de Claire era mais do que apenas “aquela pessoa assustadora”, poderíamos
passar para o próximo passo – colocá-los em contato direto.
"Aconteceu alguma coisa? Philine passou correndo com pressa,” Claire disse,
finalmente retornando.
“Estávamos almoçando juntos. Ela perguntou sobre você. As coisas estão

melhorando,” eu disse antes de contar a Claire o que havia acontecido. “Philine parece
ter dúvidas sobre o império. Acho que devemos tentar conscientizá-la sobre certas
questões.”
"Soa bem. Embora eu ainda me sinta um pouco culpado, devido aos nossos
motivos ocultos.”
“Nada mais podemos fazer.” A diplomacia nunca foi bonita. "Você almoçou, Srta.
Claire?"
“Eu fiz, com Lene. Ela me presenteou com o último item de Frater.”
"Oh sério? O que foi isso?"
"Ela me disse para manter isso em segredo de você, dizendo que ela se chutaria se
você já soubesse disso."
"Ah ah..."
Talvez eu tenha provocado Lene demais?
“Você deveria comer, Rae. Antes que a campainha toque.”
"Oh, certo."
Eu vorazmente mergulhei no meu almoço. A maneira como comi foi indelicada,

mas você sabe o que dizem: não dá para comer suas omeletes sem quebrar alguns ovos.
“Mas eu me pergunto,” eu disse entre mordidas, “Será que Philine já está na mão de alguém?
rota agora?”
***
Revo-Lily tinha três personagens romanceáveis.
Uma era Dorothea, com quem tivemos uma audiência outro dia.
Isso pode ser um choque, considerando que Dorothea era a mãe de Philine, mas

aquele amor proibido era o ponto de venda da rota. Depois de ver Dorothea pessoalmente, não
pude deixar de pensar que ela seria uma parceira de romance terrível.
No entanto, ela era de alguma forma uma escolha popular entre os jogadores do jogo.
Sendo um devoto da igreja de Claire, inicialmente pensei que poderia ser atraído por
Dorothea também, já que suas personalidades tinham algumas semelhanças. Mas não importa
quantas vezes eu repetisse Revo-Lily, eu permanecia indiferente a ela. No meu coração, Dorothea
nunca poderia se comparar a Claire.
Outra personagem romantizada foi Hildegard Eichrodt, uma

oficial que se aproximou de Philine para promover sua própria carreira. Seu relacionamento com
Philine começou por razões egoístas, mas lentamente se transformou em amor verdadeiro. Achei
uma história decente. Eu ainda não a tinha conhecido pessoalmente, mas provavelmente era apenas
uma questão de tempo.
O último personagem romanceável foi um estudante da Academia Imperial

com o nome de Friedelinde Eimer. Ela tinha cabelos castanhos e olhos castanhos
avermelhados, e ela estava parada na minha frente.
“Oi, Rae.”
“Bom dia, Friedelinde,” Claire cumprimentou.
“Não, não, por favor, me chame de Frieda.”
“Muito bem, então. Frieda é,” Claire respondeu.
Essa menina, com seu jeito peculiar de falar, era Friedelinde, apelidada de
Frieda. Ela tinha um nome que soava como o arquétipo do Império, mas era de outro país,
como nós.
Hoje, chegamos cedo à sala de aula esta manhã, graças a May e Aleah se
preparando mais rápido do que o habitual.
“Vocês dois estão tão lindos hoje. Como maçãs para os meus olhos.”
"Muito obrigado. Eu tenho que agradecer a minha mãe por isso,” Claire respondeu,
imperturbável.
"Hum, obrigado...?" Eu não era tão legal.
As palavras de Frieda sempre me colocam no limite. Claire magnanimamente deixou

escorregar, mas eu simplesmente não aguentei. Tipo, que tipo de pessoa começou
a comentar sobre a aparência de outra assim que se conheceram?
Como já era evidente, Frieda falava um pouco. Ela

não tinha nada além de garotas em seu cérebro, e ela passava cada momento livre tentando
convencê-las. Seu comportamento excêntrico era tolerável no jogo, mas lidar com ela
pessoalmente era difícil.
“Minhas queridas mademoiselles, posso interessá-las no jantar esta noite?”
“Eu aprecio a oferta, mas infelizmente, Rae e eu temos nossos filhos para cuidar.”
“Quai?! Vocês dois são casados e têm filhos?! Em uma idade tão jovem?!”
"Sim. Através da adoção,” eu respondi.
Pensando bem, ainda não tínhamos contado aos nossos colegas sobre May e
Aleah.
“Magnífico! Certamente devem ser lindas crianças, como suas mães!”
"Eca. Como acabei de dizer, eles são adotados.”
“Non, non, as crianças puxam os pais independentemente do sangue. Que tal você
trazer as crianças para jantar?”
“Eu humildemente recuso.”
Eu não a deixaria chegar perto das minhas filhas. A rota de Frieda se destacou das
outras porque foi bastante perseguida da pior maneira – você sabe, a experiência completa
de yandere .
Apesar de sua atitude despreocupada, a vida de Frieda era turbulenta e cheia de

conflitos. Ela era a realeza de Melica, um país que o império invadiu e que resistiu até o fim,
apenas para acabar não sendo anexado, mas totalmente destruído. Frieda nutria um profundo
rancor contra o império, que conflitava com seu amor por Philine. Nem todos que vieram para
o império tiveram a mesma sorte do homem que foi nosso guia quando chegamos.
A rota de Frieda teve inúmeras sequências de fim de jogo e foi infame

apavorante. Eu não deixaria uma pessoa assim chegar perto das minhas filhas.
"É a vida. Teremos que checar a chuva, então. De qualquer forma, vocês dois
se acostumou com a vida no império?” Ela não recuou, mas pelo menos mostrou
alguma preocupação por nós. Apesar de ser uma yandere total, ela podia ser legal.
Pelo menos no nível da superfície.
“Sim, o império é muito mais confortável do que eu esperava,” Claire

respondeu honestamente. Por um breve momento, o rosto de Frieda ficou sombrio antes de
retornar à sua fachada sorridente. Claire não pareceu notar, mas eu definitivamente notei.
Talvez precisássemos de um pouco de distância dela, afinal.
“Oui, o império é muito confortável! E ouvi dizer que o Bauer Kingdom também é muito
confortável!” Frieda sorriu enquanto dava um tapinha amigável no ombro de Claire.
“Claire pertence a mim, Frieda. Por favor, não a toque tão descuidadamente.”
"Oh! Desculpe, desculpe. Mas isso está certo entre amigos, não é?
“Ela está certa, Rae. Você está se preocupando demais,” Claire entrou na conversa.
“Ser muito pegajosa não é bom, sabe?” disse Frieda.
Você é a última pessoa de quem eu quero ouvir isso, Yandere Stalkersdottir!
“Ah, Filina! Salve!”
“B-bom dia…”
Philine chegou mais tarde do que nós, uma ocorrência rara. Ela parecia um pouco para baixo.
Se a memória não me falha, ela não era uma pessoa muito matinal e muitas vezes era facilmente
dominada por Frieda.
“Você está tão adorável hoje. Como maçãs para meus olhos”, disse Frieda.
Acho que ela estava usando essa linha com todas as garotas que conheceu hoje.
“O-obrigado...” Philine se encolheu.
Minhas condolencias. Finalmente tive um momento de descanso agora que Frieda

encontrou um novo alvo.
“Seja Dorothea ou Frieda, todos os indivíduos em sua profecia Revo-Lily parecem um pouco...
estranhos,” Claire comentou.
"Sim. Suponho que os desenvolvedores tentaram torná-los personagens memoráveis.”
Dito isso, acho que os designers de jogos foram longe demais. Na verdade,
assim como a base de fãs. Muitas pessoas reclamaram que poderiam ter atenuado um pouco, ou
que deveria haver pelo menos um personagem moralmente justo. O fato de Revo-Lily ainda ser
amplamente considerado uma obra-prima foi graças à sua escrita brilhante e rota de revolução
perfeitamente executada.
"Apenas me certificando - estamos apontando para a rota da revolução, correto?"

Claire perguntou.
"Definitivamente."
Várias condições tiveram que ser cumpridas para desencadear a rota da revolução, a mais
básica das quais era não namorar nenhum dos interesses amorosos. Era atualmente o quinto mês,
então estávamos um pouco distantes do ponto em que as rotas divergiam. Mesmo assim, quis verificar
o estado de afeição de Philine pelos personagens romanceáveis.
“Como podemos verificar em que rota estamos?” Claire perguntou.
“Nós podemos perguntar a ela. Oi, Ana? Podemos falar com você por um momento?”
Chamei uma garota ruiva sentada atrás de Philine.
“Bom dia, Rae.”
"Manhã. Eu queria saber se poderíamos fazer algumas perguntas sobre Philine.
Anna franziu a testa para mim, intrigada. "Bem, claro, eu acho?"
"Ela tem alguém que ela gosta agora?"
“Ah, estamos fofocando?” Anna se inclinou para frente com interesse.
Anna era semelhante a Misha, pois ambos eram personagens estóicos que atuavam como
amigos dos protagonistas. Ela era uma fonte útil para uma grande quantidade de informações, mas
agora, eu realmente precisava saber os sentimentos de Philine.
"Hmm, deixe-me pensar... eu não acho que ela tenha sentimentos por alguém em
particular agora."
"Eu vejo. Então, de quem você acha que ela está mais próxima agora?”
“Estou pensando que ela é a mais próxima de Frieda. Apesar da unilateralidade de Frieda
importunando, ela é uma das poucas pessoas com quem eu vi Philine falar.
Hum. Então Philine estava mais perto da rota de Frieda?
“Como ela está com Lady Dorothea?”
“Você quer dizer Sua Majestade? Eles não se dão muito bem. Algo aconteceu entre eles, eu
acho.
Então as coisas não estavam indo junto com Dorothea.
"Isso está certo. E Hildegard?

“Hum? Você já conheceu Hildegard antes, Rae?
“Não, mas ouvi dizer que ela estava dando em cima de Philine.”
"Oh, eu vejo. O relacionamento de Philine com Hildegard é... normal,

suponho? Ela tenta dar em cima dela assim como Frieda faz, mas Philine parece mais
cautelosa perto de Hildegard.
"Você não diz?" Em outras palavras, Philine tinha a maior afeição por Frieda,
depois Hildegard e, por último, Dorothea.
“Ah, mas há outra pessoa que ela parece ter uma boa impressão
do."
"Oh? Quem pode ser?”

“Claire.”
"O que... o que?!" Segure o telefone! "Eu pensei que ela estava com medo da
senhorita Claire?!"
“Ela é, um pouco, mas ela também está interessada nela. É uma daquelas
coisas... sabe, onde o introvertido de fala mansa admira o extrovertido de fala
mansa? Hildegard pode ter a confiança de Claire, mas ela parece fria e calculista,
diferente de Claire.”
Isso jogou uma chave inglesa nas coisas. Quem teria pensado que
protagonista pode realmente se apaixonar pela vilã? ... Não que eu fosse alguém para falar.
“Mas tenho certeza que ela sabe que Claire já está com você, e vocês dois
também não são do império. Ela provavelmente só está interessada em Claire como
amiga.”
"Certo…"
Então ela disse, mas era melhor jogar pelo seguro do que remediar. eu estava absolutamente
preparado para lutar contra Philine até o último suspiro no caso improvável de ela pisar na
rota Claire. Não que eu realmente acreditasse que as coisas chegariam a esse ponto, mas
você nunca sabia.
"Minha nossa. As coisas ficaram complicadas…”
***

“Desculpe-me, Lady Philine? Você tem tempo para—”
“D-desculpe! Eu tenho que ir fazer alguma coisa!”
Claire cordialmente chamou Philine, mas o último saiu correndo.
“Quantas vezes isso faz? Tem certeza de que Philine gosta de mim?
“Ela deveria, mas ela certamente não age assim.”
Nós tentamos abordar Philine inúmeras vezes desde que a descobrimos

interesse em Claire, apenas para ela fugir a cada vez. Eu tinha que encontrar uma
maneira de neutralizar seu medo. Naturalmente, isso não envolvia deixá-la ter Claire.
"Se ao menos houvesse uma maneira..." Claire ponderou.
"Sim…"
Nós nos olhamos quando de repente— “Salut, Claire,
Rae! Oh querida, por que os rostos tristes? Você desperdiça esses seus lindos
looks!”
O chato apareceu.
“Ah, olá, Frieda. Rae e eu estávamos apenas imaginando como nos aproximar de Philine.”
"O que é isso? Claire está tentando se encontrar com Philine agora? Você terminou com
Rae?”
"Como o inferno. Você está tentando ser atingido?” Eu agarrei.
“P-perdão.”
Atirar. Eu tinha falado o que pensava sem pensar.
“Oh, meu Deus, parece que acabei de usar algumas palavras vulgares”, eu disse.
"Oh sim. Eu sinto que eles foram direcionados a mim, mas isso deve ter sido minha
imaginação!” Graças a Deus Frieda era uma garota simplória. Ou melhor, graças a Deus ela fingiu
ser. “Deixando as piadas de lado, acho que tenho uma maneira de vocês dois se aproximarem de
Philine!”
"Sério? Por favor, diga,” Claire pediu a ela.
"O que é isso?" Estávamos agarrados a canudos. Aceitamos a ajuda de qualquer

pessoa neste momento.
"É muito simples! Atraia-a com comida!”

"Com licença, Lady Philine, agora é uma boa hora?"
"U-um, eu tenho que ir fazer algo hoje também!"
Claire tentou chamar Philine novamente depois da escola, mas desta vez—como
Philine se virou para fugir — tirei algo da minha bolsa.
“Você já está indo embora, Philine? E aqui estava eu pensando que você gostaria
de tentar isso.
Os pés de Philine pararam quando seu olhar se voltou para minha mão. “Isso é
chocolate Broumet!”
“De fato, é.”
Na minha mão, eu segurava chocolate trazido do Reino Bauer.

Broumet só fazia negócios em Bauer e nos Alpes, então o chocolate era amplamente
desconhecido no Império Nur. Mas sendo a princesa imperial, Philine sentiu o cheiro da
última tendência no mundo dos doces.

"V-você está dando isso para mim?"
“Nós vamos, contanto que você não se importe de se juntar a nós para o chá,” Claire disse.
“O refeitório deve estar bem vazio a esta hora da noite. Nós podemos
contar com você para se juntar a nós?” Eu perguntei.
"Hum... Bem, eu..." Philine hesitou e hesitou.
Só mais um empurrão.
“Eu também tenho isso.” Enfiei a mão na minha bolsa e tirei mais um objeto.
"Hum, o que é isso?"
“Esta é uma nova confeitaria chamada rakugan. Foi anunciado por Broumet no mês
passado.”
“Rakugan? Não posso dizer que já ouvi falar…”
Enviei esta receita para Broumet na época em que partimos para o império.
Rakugan é um doce tradicional japonês feito pressionando amido e açúcar juntos – é frequentemente
encontrado em lojas de presentes japonesas. Pode ser moldado em uma variedade de cores bonitas e
formas agradáveis, como flores ou animais, mantendo seu sabor doce. Eu estava confiante de que o
império nunca tinha visto nada parecido.
Fazer rakugan foi surpreendentemente simples, assim como obter o

ingredientes. Eu só precisava de açúcar em pó, farinha de arroz e corante alimentar. Consegui o açúcar
em pó usando um almofariz para triturar o açúcar que comprei no mercado.
A farinha de arroz era bastante fácil de comprar, pois o arroz existia no Reino Bauer.
O único desafio foi o corante alimentar, mas consegui fazer um substituto com cacau em pó e folhas
de chá moídas para um lindo tom vermelho.
Para fazer o rakugan, misturei o açúcar de confeiteiro com o corante vermelho e acrescentei
um pouco de água. Depois acrescentei a farinha de arroz e misturei mais um pouco antes de passar
tudo por uma peneira. O tempo era essencial aqui, pois a mistura endurecia rapidamente. Em seguida,
coloquei a mistura peneirada em um molde de madeira e apertei. Depois de tomar forma, deixei secar e
voilà.
Você pode criar quantos designs diferentes quiser simplesmente mudando o corante ou o
mofo, o que significa que foi um deleite para os olhos

também.
Philine olhou para o rakugan com profundo interesse.
“Que tal conversarmos um pouco, Lady Philine?” Claire perguntou.

"C-claro..."
Anzol, linha e chumbada.
***
“Haaanhnnn…” Philine soou como se estivesse derretendo enquanto mordia

o chocolate. Broumet vendia muitas variedades de chocolates, incluindo os de baixo
teor de açúcar, mas a variedade preferida de Philine fazia uso liberal de açúcar. "Este
rakugan é tão bom também... Uma doçura refinada."
Eu estava preocupado com o quão bem o rakugan iria passar, mas para meu alívio,
ela adorou.
“Foi do seu agrado, Lady Philine?” Claire perguntou.
"Sim! Eu não sabia que existiam doces tão deliciosos.” Seus olhos brilharam de
excitação. Eu tinha esquecido até que Frieda me lembrou, mas Philine era na verdade
uma gourmand – especialmente para doces. Isso a colocou em apuros mais tarde no
jogo, mas isso era uma história para outra hora. Alguém poderia pensar que ser a princesa
imperial significava que ela poderia ter todos os doces que quisesse, mas Dorothea não
gostava de alimentos doces, deixando poucas oportunidades para Philine experimentá-los.
Eu nunca imaginei que doces seriam o avanço que precisávamos. Eu precisava

agradecer Frieda mais tarde.
“Fico feliz em ouvir isso,” Claire começou. “Na verdade, eu gosto de chocolates
Eu mesmo. É bom que tenhamos algo em comum.”
"Tu es? Doces são os melhores, não são?”

"De fato."
Também conseguimos que Claire e Philine conversassem.
“Estou feliz que pudemos conversar assim,” Claire disse. "Você parecia estar
com medo de mim até agora."

"I-isso é..."
"Estou errado?"
"Eu sinto Muito. Eu estava com medo”, admitiu Philine.
"Está tudo bem. Acontece com bastante frequência. Eu pareço

convidar a mal-entendidos.”
“Eu não acho que seja tanto mal-entendido, mas você fica totalmente assustador quando
estala,” eu entrei na conversa.
“Rae, por favor, fique quieta.”
Sim, senhora.
"Eu realmente queria falar com você, no entanto", disse Philine. “Você me lembra minha
mãe em alguns aspectos.”
“Sua Majestade Dorothea? Sério?" Claire parecia perplexa.
Era verdade, eles compartilhavam alguns traços. Ambos eram confiantes,

arrogantes e rígidos, mas eu achava que Claire era de longe mais madura do que Dorothea.
Claire tinha respeito, bondade e virtude, nenhuma das quais Dorothea possuía.
Em outras palavras, Claire era uma joia muito mais deslumbrante do que Dorothea.
“Estou honrado em ser comparado a Sua Majestade. Por outro lado, você não gosta
muito dela, não é? disse Claire.
"Eu recebo muito isso." Philine riu ironicamente. “Eu não sou nada como minha mãe.
Eu não sou nada comparado aos meus irmãos.”
“Lady Philine...” Claire parecia magoada pelas palavras autodepreciativas de Philine.
“Como posso ser mais confiante – como você, Claire?” Philine fez seu rosto mais
corajoso quando ela perguntou.
Claire pensou por um momento. “Bem... Não é fácil, mas você deve se concentrar
em dar pequenos passos primeiro. Tente fazer algo em que você é bom, ou algo que você
goste. Você pode falhar, mas enquanto continuar tentando, eventualmente melhorará e terá
sucesso.”
"Eu vejo…"
“Se você continuar fazendo isso, eventualmente você estará confiante o suficiente para

ande de cabeça erguida.”
Philine pareceu absorver lentamente as palavras de Claire.
“Ninguém está confiante logo de cara,” Claire continuou. “E se forem, é uma confiança
vazia.”
“É verdade...” Philine assentiu.
“Não tenha medo de cometer erros e dê o próximo passo, o próximo salto. Você
pode se preocupar com o que vem depois.”
“Acho que agora entendi.” Philine assentiu profundamente. “Posso ser tímido, mas
Eu tenho usado isso como uma desculpa para a inação. Mas se eu não tentar, ficarei
assim para sempre.”
"Isso mesmo."
“Acho que agora entendi. Obrigado, Clair.”
“Fico feliz em poder ajudar.”
Philine estendeu a mão. Claire pegou e segurou firme.
“Estaria tudo bem se conversássemos de novo algum dia?” perguntou Filine.
"É claro. Vamos ser amigos, Lady Philine.

"Sim!"
E com isso, fizemos uma conexão com Philine.
***
Intervalo—Canção do Pássaro Enjaulado

PDV de Philine
Voltei ao Castelo Imperial depois de me separar de Claire e Rae. Entreguei minha

bolsa a um criado e comecei a caminhada de volta ao meu próprio quarto.
Eu estava de bom humor. As palavras de Claire me tocaram e ainda soavam frescas

em minha mente. Eu senti que havia algo que até mesmo alguém como eu poderia fazer. Eu
senti que uma mudança real poderia vir.

“Bem, se não é a princesa. Como vai?"

“Olá, Hilda.”
Hildegard Eichrodt era uma funcionária do governo. Ela tinha cabelos prateados e
olhos vermelhos, e ela usava um monóculo, algo raramente visto em uma mulher.
Embora ela parecesse fria e hostil no início, ela era realmente muito gentil.
Na verdade, nós nos conhecemos quando ela me ajudou a encontrar meu
gato.
"Casa da academia?"
"Sim."
"Bem vindo de volta. Aconteceu alguma coisa boa hoje?”
"Huh? V-você pode dizer? Minhas mãos voaram para minhas bochechas. Eu tenho sido
sorrindo esse tempo todo sem perceber.
“Não é tanto o seu rosto, mas toda a maneira como você se comporta.
Muitas vezes estou observando você, então posso dizer quando você está de bom humor.”
“R-realmente? Que vergonha…”
Que tolice minha, pensei. Mas ainda assim, eu segurei a faísca que Claire tinha
me dado.
"O que aconteceu? Você se importaria em me dizer?"

"A verdade é…"
Contei a Hilda os acontecimentos de hoje: os novos doces que recebi, os

conversa maravilhosa que tive com Claire, e até mesmo como eu senti que
poderíamos ser amigos agora. Fiquei surpreso ao ouvir a paixão em minha própria voz -
eu devia realmente ter querido contar a alguém sobre tudo isso.
“E foi isso que aconteceu hoje. Você acha que há algo que mesmo alguém
como eu possa fazer?
"Lady Philine, posso dizer uma coisa?" A voz de Hilda era firme. Eu pensei
é um pouco estranho.
“Um, yes?”
“Acho melhor você não fazer mais contato com essa pessoa.”
“O-o quê? Por que?" Eu estava confuso. Por que ela diria isso? Quando
Claire finalmente se tornou minha amiga?

“Essa garota é do Reino Bauer. Poderia causar problemas se você passasse muito tempo
com ela.
“Problemas? Claire não é uma pessoa ruim.
“Isso pode ser verdade, mas ela ainda é a heroína de uma revolução, e você é a princesa.
Você não pode ter certeza de que ela não se aproximou de você com um motivo oculto em mente.
Suas palavras me surpreenderam. Eu estava propenso a esquecer que eu era, de fato,

a princesa imperial. Eu perdi a conta de quantas vezes as pessoas se aproximaram de mim com
intenções ocultas, a ponto de eu ter medo de lidar com as pessoas. Mas mesmo assim... “Claire
é diferente. Ela realmente ouve o que eu tenho a dizer.”
“Isso poderia ser apenas o que ela quer que você pense. E se ela estiver se aproveitando
da sua fraqueza?
"Eu..." Eu não podia dizer nada sobre isso. Eu sabia muito bem quão fraca
Eu poderia ser. Claire tinha me dado coragem, e eu queria me aproximar dela, mas e se Hilda
estivesse certa e a simpatia de Claire não passasse de uma fachada?
“Princesa, eu sempre estarei lá para você se você precisar de alguém para conversar.
Não há risco em falar comigo, ao contrário daqueles dois.” Os olhos de Hilda se suavizaram
quando sua expressão fria se transformou em um sorriso. Ela se importava comigo.
“Sim... Obrigado, Hilda. Mas acho que ainda quero ser amigo de Claire.”
“Fazer amigos é bom. Às vezes é até necessário em

política. Mas tome cuidado para não cruzar uma linha. Para o seu bem e para o nosso
país.”
Pelo bem do nosso país. Eu não tinha defesa contra essas palavras. Eu tinha uma
responsabilidade como princesa imperial, mesmo que nunca pudesse viver de acordo com o título.
A faísca que Claire tinha me dado vacilou.
“Eu sinto muito, princesa, eu não queria estragar seu humor. Eu acabei de
não seria capaz de suportar ver seu coração ser ferido de qualquer maneira.”
“Está tudo bem, Hilda. Obrigada." Ela não precisava me avisar assim.
Ela fez isso por minha causa.

“Obrigado por sua compreensão. Agora, então, posso acompanhá-lo até o seu quarto? Eu
adoraria ouvir sobre seu dia na academia.”
“Tudo bem, Hilda. Já tomei bastante do seu tempo.”
"Nem um pouco, eu ficaria mais do que feliz em acompanhá-lo até lá."
“Por favor, eu gostaria de um tempo para pensar sozinho. Com licença."
Recusei a gentil oferta de Hilda e rapidamente me levei para o meu quarto. EU

limpei meus servos antes de cair na minha cama, ainda com meu uniforme.
Clara...
Apesar do aviso de Hilda, eu ainda queria falar com Claire. eu queria

conversar mais com ela, sobre tudo e qualquer coisa, até mesmo todo tipo de coisas triviais
e sem sentido. Eu queria saber mais sobre ela. Eu tive um palpite.
Claire pode ser a pessoa que eu preciso.
Apesar da minha personalidade tímida, eu era membro da família imperial. EU

preocupava-se com o bem-estar do meu país. Minha mãe era uma governante capaz, mas eu
tinha dúvidas sobre o futuro do império. Nossa abordagem atual da diplomacia era incrivelmente
agressiva – não, invasiva, até. Tínhamos vencido todas as guerras até agora, mas esse sucesso
não era garantido para durar.
O Império Nur tinha feito muitos inimigos. Nossa falha em se infiltrar

o governo do Reino Bauer permitiu a formação da aliança anti-Nur de três nações. No
momento, estávamos ganhando tempo para aumentar nossas forças, mas as despesas estavam
aumentando. Nesse ritmo, teríamos que chamar as tropas de nossos territórios anexados. E se
a aliança anti-Nur incitasse outros países a lutar contra nós, o império estaria cercado de inimigos
por todos os lados. Não teríamos chance de vencer.
A invasão tem seus limites...
O império tinha que escolher se reconciliar, mais cedo ou mais tarde, e eu acreditava
que agora era a hora.
Mas de jeito nenhum mamãe me ouviria.
A mãe sempre se apegou às suas crenças. Impedindo qualquer imprevisto

circunstâncias, ela nunca mudaria sua política externa.
O que eu posso fazer…?
Não havia muito que eu pudesse fazer, apesar de ser uma princesa imperial. EU

não era engenhosa como Hilda. Eu não era extrovertida como Frieda.
Mas isso não significava que eu deveria apenas sentar e assistir isso acontecer.
Não vou deixar isso acontecer novamente.
Uma lembrança carmesim da minha juventude se gravou em minha mente.

Lembrei-me dos acontecimentos tão claros como o dia, apesar da dor que trouxeram ao
meu coração, na esperança de nunca esquecê-los.
Clara...
Eu queria falar com ela novamente. Eu queria expor todas essas preocupações que
atormentavam meu coração. Mesmo agora, seu sorriso confiante permaneceu em minha mente.
Oh… O que há de errado comigo?
Meu peito doeu. Parecia apertado sempre que me lembrava do rosto de Claire.
Mesmo que Hilda me repreendesse, eu ainda queria Claire.
Eu gostaria que o amanhã chegasse logo.
Se eu fosse para a academia, poderia ver Claire novamente. Sim, eu terminaria

meus negócios rapidamente para que eu pudesse dormir. Eu lentamente tirava meu
corpo da cama e então tocava a campainha para trocar de roupa. Aí, depois de mudar,
eu estudava.
“Farei o que puder. Pequenas vitórias, pouco a pouco.”
Enquanto refletia sobre as palavras de Claire, comecei a me levantar.
***
“Bom dia, Claire.”
“Bom dia, Lady Philine.”

"Bom Dia-"
“Bom dia, Rae. Ei, Claire, eu...
Philine interrompeu minha saudação com um sorriso antes de mergulhar

em uma conversa com Claire. Ela estava assim há alguns dias, seu medo de Claire
substituído por paixão – me tornando a terceira roda. Queríamos encorajar essa proximidade,
mas achei difícil reprimir meu ciúme.

O sinal da escola tocou, sinalizando o início da aula. Apenas um aparte, mas

coisas como essa realmente serviram como um lembrete estranho de que o jogo havia
sido desenvolvido no Japão moderno.
“Ah. Já? Vejo você mais tarde, Claire.
"Vê você." Claire sorriu quando Philine partiu relutantemente. No momento em que
Philine estava fora de vista, ela relaxou, permitindo-se um olhar de exaustão.
"Bom trabalho, senhorita Claire."
“Obrigado, Rae. Philine não é uma garota má, mas ela é tão séria. Ela pode ser difícil
de lidar.”
“Isso é uma princesa para você. Criação protegida e tudo.”
Claire costumava ser protegida também, mas ela mudou. Ela não podia mais ser
chamada de vilã, ignorante dos males da sociedade. Embora, pessoalmente, eu nunca me
importei de ver um pouco desse lado antigo espreitar.
“Ainda me sinto culpado. É como se estivéssemos enganando ela.”
“Nós não estamos enganando ela, Claire. Nós apenas não estamos dizendo a ela toda a
verdade.”
"Qual é a diferença?" Claire suspirou. “Mas isso não significa que estou
desistindo. O futuro da nossa família está em jogo.”
"Isso mesmo. Em outra nota, você acha que Philine é fofa?
"Huh? Bem, suponho que ela seja fofa?

"Ouvir!"
“Ah, não desse jeito! Objetivamente falando! Objetivamente falando, ela é fofa!”
“Minha esposa está me traindo…”
"Pare! As pessoas vão entender mal!”
A Academia Imperial não tinha nada parecido com uma sala de aula.
Em vez disso, os professores faziam anúncios antes da aula se tivessem algo importante
para nos transmitir. Hoje, eles fizeram.
“O papa visitará nossa academia no próximo mês. Nós estaremos atribuindo

deveres para todos em preparação.”

O papa liderou a Igreja Espiritual. Eles geralmente ficavam na Catedral Bauer,

mas como a Igreja Espiritual tinha seguidores em todo o mundo, o papa tinha que viajar
de vez em quando para visitar diferentes locais. Segundo a professora, o papa vinha à
capital para uma conferência com Dorothea. Eu não achava Dorothea particularmente
devota, considerando como ela se referiu com desdém à igreja como uma “casa de culto”
durante nossa audiência. Eu me perguntei o que eles poderiam ter para discutir.
“Que tipo de deveres teremos?” perguntou um aluno.
“Você estará limpando monstros da rota planejada pelo papa. Os militares

cuidarão das áreas mais perigosas, enquanto nós cuidaremos das menos perigosas.”
Extermínio de monstros. Assim como no Festival do Amor de Bauer, os

militares muitas vezes não tinham pessoal para enfrentar todos os animais sozinhos,
contando com o apoio de milícias locais e outros voluntários cidadãos. O Império Nur
realmente teve pior do que o Reino Bauer, estando mais perto do território demoníaco. Os
demônios estavam no topo da hierarquia dos monstros, tornando os monstros muito mais
fortes e numerosos nas proximidades do império.
“Forme equipes de quatro e relate seus membros para mim depois da escola. Agora,
com isso fora do caminho, vamos começar a aula.”
A aula começou normal. Como sempre, o professor odiava perder tempo com
coisas que não pertencem aos nossos estudos. O mesmo não se pode dizer dos
alunos.
Psst! Rae, Claire! Gostaria de festejar com moi?
Hum, e-eu também estou aqui...
Ouvi duas vozes na minha cabeça. Tinha que ser telepatia. O primeiro foi
Frieda — usando sua magia de atributo do vento — e a segunda, Philine.
Seremos nós quatro, então? Claire perguntou.
Oui! Nós quatro somos muito fortes, não? disse Frieda.
Claro, mas você tem permissão para se juntar a nós? Somos do Reino Bauer,
sabe?
Qual é o problema? perguntou Frida.
Philine é uma princesa do Império Nur, explicou Claire. É realmente tudo

certo para ela trabalhar com pessoas que eram tão recentemente inimigas do império?
Foi uma boa oportunidade para fortalecermos nosso relacionamento com Philine, mas
tivemos que considerar suas circunstâncias.
W-nós somos amigos agora. Deve ficar tudo bem! disse Philine.
Sim! Um ok! disse Frieda.
Colora-me não convencido. Eu tinha a sensação de que o professor diria não. Mas, para
minha surpresa, o professor não se opôs nem um pouco quando denunciámos o nosso grupo
depois da escola. Sério, Império Nur?
Enquanto nos reportávamos ao professor, tentei negociar a troca do extermínio de

monstros por uma tarefa diferente. Eu não tinha descartado a possibilidade de uma tentativa de
assassinato por parte do Império Nur sob o pretexto de um incidente na caçada. Mas o império e o
reino tinham aparências a manter por causa das relações diplomáticas, então fui abatido.
Jurei a mim mesma que não importa o que acontecesse, eu pelo menos protegeria Claire.
“Vamos ver do que cada um de nós é capaz,” Claire começou. "Eu tenho
magia de fogo de alta aptidão e sou um pouco proficiente em combate corpo a corpo.”
“Eu tenho altíssima aptidão para magia de terra e água e sou terrível em combate
corpo a corpo,” eu disse.
"O que?! Rae é uma lançadora dupla?!” exclamou Frieda.
"Incrível..." Philine disse.
Mesmo em um país tão avançado em magia quanto o império, lançadores duplos

eram uma raridade.
“Só tenho aptidão média no vento. Mas eu sou bom em combate corpo a corpo!” disse
Frieda.
“Eu tenho magia de água de aptidão média. Não sou bom em combate corpo a corpo.”
Claire e eu já conhecíamos suas habilidades, mas precisávamos manter aquela mãe,

é claro.
“Em que tipo de magia vocês dois são mais habilidosos? Eu me especializei em ataque
magia, e Rae é uma polivalente que pode fazer praticamente qualquer coisa”, Claire

disse.
Claire me elogiou! Yahoo!
“Sou hábil em magia de reforço corporal”, explicou Frieda. "Mas eu

não pode usá-lo bem em outras pessoas.”
"Eu posso usar magia de cura", disse Philine.
“Nesse caso, Frieda e eu lutaremos na linha de frente enquanto Rae e

Philine fornece apoio por trás”, disse Claire.
“Parece perfeito,” eu disse.
“Nenhuma reclamação minha,” Frieda disse.
"Eu também", disse Philine.
E assim foi resolvido.
“Começamos amanhã, correto?” Claire perguntou.
“Acredito que foi isso que o professor disse,” eu disse.
“Você tinha algo em mente?” perguntou Filine.
"Eu estava pensando que poderíamos fazer alguma prática de antemão."
"Oh? Por que praticar?” perguntou Frida.
Todos os olhos se voltaram para Claire enquanto ela continuava. “Devemos coordenar nosso
trabalho em equipe antes da coisa real. Por razões de segurança."
Assim como a Academia Real, a Academia Imperial também tinha um campo com um
barreira de amortecimento de magia que poderíamos usar para planejar nossas táticas.
“Parece bom,” eu disse.
“Parece divertido!”
“Não há problema aqui.”
Com isso, fomos para o campo.
Acabou que nossa equipe estava bem equilibrada. Eu já conhecia a Claire

força, mas Frieda e Philine também conseguiam se manter. O estilo de luta de Frieda se
assemelhava ao de Thane, pois ela usava magia para aumentar suas habilidades físicas. Mas
enquanto Thane preferia lutar de mãos vazias, Frieda usava uma espada. Ela poderia até usar
magia para afiar sua lâmina, e ela cortou minhas bonecas de terra ao meio como manteiga.

A magia de cura de Philine também me impressionou. Apesar de ser apenas

aptidão média, ela tinha uma grande variedade de feitiços em seu arsenal. Magia leve
para curar feridas, magia do sono, magia desintoxicante, magia de desparalisia, até magia para
aumentar a concentração – ela poderia fazer tudo. Não para me gabar nem nada, mas eu
poderia dissipar a maioria dos debuffs com minha magia de cura avançada, o que significa que
eu não precisava aprender tantos feitiços quanto Philine. Dito isso, sua magia de cura de aptidão
média consumia menos poder mágico do que a minha, então, em certo sentido, ela era a curandeira
mais habilidosa.
Eu deveria fazer com que ela me ensinasse mais tarde, pensei.
Aliás, ambas as nossas magias empalideceram em comparação com os efeitos do

Lágrimas da Lua.
"Este parece um bom lugar para parar", disse Claire, depois de resolvermos algumas
táticas básicas. “Devemos ser capazes de operar com esses parâmetros. Vamos dar o nosso
melhor amanhã, pessoal.”
"Eu vou te proteger, Claire!" eu declarei.
“Rae? Você vai nos proteger também, não? perguntou Frida.

"Ah ah..."
Quero dizer, claro, sim, mas uma senhora tem que ter prioridades, sabe?
Nós encerramos o dia assim que o sol começou a se pôr.
Acordei com dores musculares no dia seguinte, por não ter me exercitado tanto
difícil em um longo tempo - embora deixe o registro mostrar que minha noite com Claire não
teve absolutamente nenhum envolvimento com essa dor.
***
Na tarde do dia seguinte, começamos a limpar os monstros do caminho que o papa

percorreria. Planejamos trabalhar nisso por cerca de uma hora e meia por dia, e nossos esforços
nos renderam um crédito em magia prática.
“Frida! Tenha cuidado!" exclamou Claire.
"Deixe para mim!"
Um monstro parecido com um urso atacou Frieda, balançando suas garras afiadas

em seus cabelos castanhos.
“Não, não, não é tão fácil.” Frieda habilmente aparou as garras com sua espada –
desequilibrando o monstro. “Agora, Claire!”
"Entendi!"
Claire enviou uma lança de chamas diretamente através do monstro agora exposto
lado. O monstro soltou um grito antes de desmoronar e desaparecer no nada, deixando apenas
uma pedra mágica para trás.
“Ufa. Esta área parece clara.” Claire enxugou o suor da testa.

O clima ainda não estava tão quente, mas toda a movimentação nos fez trabalhar um
suor.
“Bom trabalho, senhorita Claire, Frieda. Algum ferimento?”
“Eu estou bem, Rae. Obrigada,” Claire me assegurou.
“Eu também estou bem!” disse Frieda.
"Vocês dois são tão fortes", comentou Philine, atônita. Claire era uma coisa, estar
acostumada ao combate real, mas Frieda realmente brilhava em campo. Nenhum deles havia sofrido
mais do que escoriações leves.
A área que nos foi designada naquele dia era povoada por monstros maiores e mais fortes,
mas em menor número. Até agora, havíamos derrubado lodos d'água, grandes vespas e ursos pardos,
todos fáceis de vencer quando lutamos individualmente.
"Eu me pergunto como os outros alunos estão indo", disse Claire.
Examinando a área, avistamos outras equipes de estudantes lutando

monstros a algumas distâncias. Os alunos da Academia Imperial receberam um excelente
treinamento de combate e, até onde pudemos dizer, eles lidaram muito bem com suas áreas.
“Espero que o grupo de Lana esteja bem,” eu disse.
“Tenho certeza que eles vão ficar bem. Eu podia ver Lana tendo problemas, mas Eve
e Joel estão com ela,” Claire me assegurou.
Pelo que eu me lembrava enquanto ensinava na Royal Academy, Lana era uma iniciante
completa em magia. Por outro lado, Eve e Joel eram verdadeiros adeptos, principalmente Joel, sendo
filho de um soldado que teve algum treinamento marcial. Eles provavelmente estavam bem, mas—

“Estou preocupado com o quarto membro do grupo.”
"Ah, certo... Otto."
Otto não havia encontrado um grupo até o final, quando Lana o convidou para se juntar ao deles.
Ele não parecia muito entusiasmado com a adesão, mas Lana – sendo Lana – o persuadiu. O delinquente e
o gyaru - agora que era uma equipe divertida, se eu já tinha visto um.
“Não está bem? Ouvi dizer que Otto é realmente muito forte”, disse Claire.
Assim como ela, eu tinha ouvido falar que Otto, apesar de ser uma criança problemática, era
um lutador tão talentoso quanto um estudante. Seu pai aparentemente serviu como soldado nas forças
armadas. Lembrei-me das orelhas de Joel se levantando de interesse por aquele pequeno petisco.
“Eles devem estar bem. Existem outras equipes ao redor de qualquer maneira,” Claire
disse.
Verdade o suficiente. Se o pior acontecesse, eles poderiam correr e buscar ajuda.

Mas eu ainda não conseguia me livrar desse sentimento ruim irritante.
“Ei, garotas, se preocupar com seus compatriotas está tudo bem, mas talvez focar na
tarefa em mãos seja mais importante?” As palavras de Frieda me trouxeram de volta à realidade. Diante
de nós, um monstro parecido com um lobo com três cabeças rosnou – um cerberus.
“Este é forte. Todos, tomem cuidado!” Philine avisou.
Cerberus eram monstros com corpos tão grossos e sólidos como vacas. Seus
garras e presas afiadas representavam um problema, mas mesmo uma pancada no corpo faria um
número em alguém. Eu olhei para a criatura diante de nós com a devida cautela.
"Está chegando!" Claire gritou.
O monstro atacou um segundo antes que Claire pudesse avisar seu alvo: Philine.
"Ah, não, você não!" Frieda chorou enquanto saltava em seu caminho. Mas o
cerberus não mostrou nenhum sinal de parar, pronto para enviar os dois voando.
Não se eu pudesse evitar.
"Pântano!" Eu lancei magia da terra no chão antes do cerberus, fazendo com que a terra dura se
transformasse instantaneamente em lama pantanosa. As pernas do monstro desapareceram no chão.
"Entendi!" Frieda balançou sua espada. Eu tinha certeza que tinha acabado, mas...

"O que?!"
A espada de Frieda foi bloqueada pelas presas do cerberus.
“Frieda, mexa-se!” Eu gritei.
Frieda deixou sua espada para trás enquanto pulava para longe. O cerberus cuspiu
chamas nela, errando por um fio de cabelo.
"Essa foi por pouco." Frieda deu um suspiro de alívio. Sua espada se foi,
pego por uma das cabeças do cerberus. “Ei, devolva! Essa espada é especial!”
“Afaste-se, Frieda. Deixe-me lidar com isso.”
“Ah, perdão. Vá buscá-la, Claire.
Claire confrontou o cerberus com sua varinha pronta. o

cerberus olhou para ela, rosnando, esperando para ver seu próximo movimento.
"Que tal agora!" Claire instantaneamente convocou cinco lanças de chamas e

atirou no cerberus. Cada um traçou um arco diferente enquanto se aproximavam da besta.
O cerberus rosnou quando deu um salto maciço para o lado, desviando de todos os
as lanças. Era mais ágil do que sua forma sugeria. Mas isso não seria suficiente para
parar Claire – ou eu.
"Eu vou parar seus movimentos - esteja pronto!" eu instruí.

"Sim!"
Eu criei uma armadilha onde o cerberus pousaria e ele caiu direto.

Não importa o quão ágil fosse, levaria algum tempo para sair. Claire olhou para o monstro
lutando quando os brasões da família François apareceram acima de sua cabeça – seu feitiço
de assinatura, Magic Ray.
"Você Terminou!"
Um raio ardente disparou das cristas, perfurando diretamente o cerberus.

O monstro, agora horrivelmente carbonizado, parou de se mover. Desapareceu logo depois,
deixando para trás uma pedra mágica.
“Ufa,” Claire exalou. “Isso exigiu algum esforço.”
"Você foi maravilhosa, senhorita Claire!"
Eu derramei elogios a Claire enquanto ela recuperava a pedra mágica ao lado

A espada de Frieda.
“Aqui, Frida. Vamos ter cuidado da próxima vez.”
“Merci, Claire. Vai fazer." Frieda devolveu a espada à bainha.
“Você foi maravilhosa, Claire! Era como se você estivesse no mesmo comprimento
de onda que Rae.” Philine ficou para trás antes de nos alcançar. Sua expressão parecia um
pouco confusa, talvez por ciúmes?
“Bem, Rae e eu somos uma equipe há muito tempo.”
"Juntos para sempre!" Eu disse.
“Hum... Sim,” Claire disse.
“Esposa para toda a vida!”
“Ok, chega de brincadeira, Rae,” Claire cuspiu.
Eu sinto seu amor mesmo quando você me repreende, Claire!
“Ah... que bom...” Philine resmungou com inveja. Filine estava entrando
a rota de Claire?
“Lady Philine,” eu disse.
“Hum? Hum, sim?”

"Ela é minha."
“Ngh... s-sim...” Philine abaixou a cabeça desanimada. me senti um pouco mal,

mas Claire foi onde eu tracei a linha.
“Vamos voltar?” disse Claire. “Podemos ter lidado com os problemas de hoje
combater bem, mas ainda precisamos descansar e restaurar nossa magia.”
“Parece bom,” eu disse.
“Sem objeções!” disse Frieda.
“Vamos para casa”, concordou Philine.
Foi quando ouvimos outra pessoa falar. "Impressionante. Você

conseguiu derrotar o cerberus.”
Assustados, nós quatro nos viramos em direção à fonte da voz. EU

não tinha notado a presença deles.
“Ostentar tanto poder antes de atingir a maturidade…

impressionante para os humanos.” A figura estava sentada, nos observando de uma pedra a
uma curta distância. Ele usava o que parecia ser uma sobrecasaca preta, e ele poderia ser
facilmente confundido com um humano, se não fosse pelas asas de morcego saindo de suas
costas. Seus olhos, cheios de inteligência, tinham pupilas em fenda vertical.
"Um demônio!" exclamou Frieda.
Demônio - uma ordem superior de ser que governava os monstros. Este foi o meu primeiro
encontro com um.
***
"Quem é Você?" Claire olhou para o demônio.
"Oh? E aqui estava eu, pensando que você era um nobre. Ninguém te ensinou a dar seu
próprio nome antes de pedir o de outro?” O demônio franziu a testa enquanto ridicularizava Claire,
imóvel de seu poleiro na pedra.
“Que rude da minha parte.” Claire sorriu levemente, ainda cautelosa. “Eu sou Clara
François, ex- nobreza do Reino Bauer, como você diz.
“Mmm... entendo. Então era você. Sou conhecido simplesmente como Aristo. Ao
contrário de vocês humanos, nós demônios não temos sobrenomes. Eu sirvo como um dos Três
Grandes Arquidemônios.”
Todos ficaram paralisados ao ouvir as palavras de Aristo. O demônio levantou-se lentamente

da pedra e acariciou seu queixo, sobre o qual ele tinha algo que não se parecia muito com
uma barba. Ele nos observou com um ar de absoluta compostura.
Não se sabia muito sobre a raça enigmática chamada demônios. Mesmo eu, com minha
memória do jogo original, sabia pouco. Eles foram mencionados de passagem no Revolution
original e no Revo-Lily, mas nunca apareceram em nenhum dos jogos. Mesmo o cenário dos
jogos e o material suplementar mal tocaram nos demônios, dizendo apenas que eles governavam
os monstros e ficavam dentro de seu próprio território a leste do Império Nur.
Eu não tinha ouvido o termo Três Grandes Arquidemônios antes, mas estava claro
que esse demônio era de alto nível, não apenas de uma multidão de baixo nível. Podemos estar
em perigo real.
“Obrigado por se apresentar, Aristo. Você tem negócios

conosco?" Claire perguntou.
“Mmm... Não, não exatamente. Eu estava na área em algumas ordens não relacionadas
quando vi vocês humanos por aí. Achei que poderia muito bem cumprir outra tarefa enquanto estivesse
aqui.
Aristo despreocupadamente caminhou em nossa direção. Ele parecia desprotegido, mas eu

hesitei, sem saber se deveria atacar preventivamente.
“E qual é essa tarefa, por favor, diga?”
“Nada sério, Claire François. Envolve apenas você fazendo uma coisa por mim.
"E o que poderia ser isso?"
"Mmm... Para simplificar", Aristo zombou. “Eu preciso que você morra.”
"Senhorita Claire!" Eu desabei no chão aos pés de Claire, fazendo com que ela despencasse
para a segurança assim que um flash de luz negra atravessou onde ela estava momentos antes.
"Oh Ho. Você se esquivou.”
“Ora, seu demônio!” O rosto carrancudo de Claire lentamente voltou à vista enquanto eu fazia o
chão sob seus pés voltar ao normal.
Aristo simplesmente ficou ali, imperturbável. Se isso realmente tivesse sido mágico apenas
agora? Eu nunca tinha visto um ataque como aquele antes.
“Madame Claire, vamos correr!” Frieda chorou.
“Não podemos lutar contra um demônio com nossos números!” Philine concordou.
Eu estava totalmente de acordo com essa ideia.
“Eu gostaria muito de correr agora, mas tenho a impressão de que nosso amigo aqui
não está tão disposto a olhar para o outro como nós”, disse Claire.
"Vocês são todos livres para tentar fugir de qualquer maneira", disse Aristo. “Eu acredito
que os humanos têm o direito de escolher como eles terminam suas vidas mortais fugazes.”
“E eu escolho me manter firme!” Claire convocou dez lanças de chamas,

duas vezes a quantidade que ela convocou contra o cerberus antes, e atirou contra Aristo.
"É isso?" Aristo não fez nenhuma tentativa de se esquivar, recebendo todo o impacto da
barragem.

“Impossível...” Os olhos de Claire se arregalaram.
O demônio ficou ali, intocado.
“Tal magia de baixo nível não pode me prejudicar. Agora, pare sua luta e morra.”
Aristo acenou com a mão horizontalmente, enviando balas de escuridão concentrada para
Claire.
"Não!" Eu criei uma parede de terra antes de Claire, mas—
"Sem significado."
As balas pretas perfuraram a parede com facilidade, continuando em direção a Claire.
“Olá!” Mas logo antes que eles pudessem bater, Frieda avançou e
derrubou-os com sua espada.
“Oh, você poderia repelir isso? Devo reavaliar você, então. Você é mais forte do que eu
pensava.”
“Merci!” Frieda convocou sua magia para fortalecer suas pernas e

instantaneamente fechou a lacuna entre ela e o demônio, cortando com sua espada com véu
mágico.
"Mmm... eu prefiro não ser atingido por isso." Aristo deu um passo para trás,
esquivando-se da lâmina.
Vendo isso, preparei um feitiço de ataque terrestre de nível médio. “Garra da Terra!”
O chão se elevou para prender os pés de Aristo, interrompendo seus movimentos.
"Entendi!" Frieda girou sua lâmina abaixada para trás. Parecia que iria acertar desta vez,
com certeza, mas—
"O que?!"
“Você estava perto. Mas não perto o suficiente.”
A espada de Frieda estava bloqueada por pregos que cresceram rapidamente da

mão de Aristo.
“Uma espada abençoada assim como magia de nível médio...

sério, então.” Aristo sem esforço se livrou das amarras dos meus pés.
Então, a magia de nível médio era apenas isso…
“Vou atacar de cima. Bloqueie se puder.” Aristo recuou

braço direito enquanto Frieda se movia para bloquear com sua espada.

Senti uma guinada doentia em meu estômago. “Não, Frida! Desviar!"
No último segundo, Frieda abandonou sua tentativa de bloquear e fez como eu

disse. O golpe quase não atingiu seu corpo, mas cortou sua espada, partindo-a em duas.
Essas unhas eram mais fortes do que sua lâmina com poderes mágicos.
“Ah, não! Eu não posso acreditar…”
“Frida, volte!”
Frieda pulou para trás ao som da voz aguda de Claire.
"Leve!" Claire desencadeou Magic Ray em Aristo.
“Hmph.” Aristo expeliu um raio escuro de sua autoria. Luz e escuridão se chocaram
brevemente antes de se cancelarem.
“Nem mesmo Magic Ray poderia derrotá-lo?” Claire mordeu o lábio em frustração.
Aristo era forte. Já estávamos exaustos do nosso trabalho matando

monstros, mas eu tinha a sensação de que não seríamos páreo para ele em sua melhor
forma também.
"Todos!" Eu comecei. “Recuar enquanto eu paro o seu—”
“Eu não vou deixar você.” Ele me cortou antes de levantar a mão para o ar.
A escuridão começou a inchar ao seu redor...
E explodiu para nos cercar.
Recuperei a consciência momentos depois.
O chão ao nosso redor estava esculpido em uma enorme cratera, como se uma
bomba tivesse explodido. Frieda e Philine jaziam gravemente feridos no chão, tentando ficar
de pé e não conseguindo.
"Senhorita Claire!"
"Hum..."
Claire estava de joelhos diante de Aristo. Ela olhou para ele em desafio, mas
ele permaneceu impassível.
“Acabou, Claire François. Pereça, pelo que você fez.”
O tempo se movia com uma lentidão excruciante enquanto suas unhas balançavam para baixo.
Eu fui tão idiota. Por que eu assumi que nunca encontraríamos um demônio

só porque eles não estavam no jogo? Apesar da história real de demônios invadindo o território
humano desde tempos imemoriais? A promessa que eu tinha feito para proteger minha família –
isso tinha sido apenas palavras vazias?
Em desespero, tentei lançar Cocytus, mas minha magia estava muito esgotada.
Justo quando eu pensei que estava tudo acabado, algo atingiu as unhas de Aristo
um jeito.
"E-eu não vou deixar você!"
De pé entre Aristo e Claire estava uma pequena figura.

"Você é…"
"L-Há muito tempo sem ver, senhorita Claire."
A figura, vestida com um hábito de freira, segurava duas espadas curtas que brilhavam à
luz. Sob sua touca esvoaçante havia cabelos prateados e olhos vermelhos. Nós a conhecíamos
bem.
"Senhorita Lilly!"
O ex-cardeal Lilly Lilium chegou bem na hora.
***
"Eu consegui!"
“Hmph. Então você apareceu de novo, Santo,” zombou Aristo.
"P-por favor, pare de me chamar assim."
“Você sempre parece encontrar o momento perfeito. Qual é o segredo?”
“Q-quem sabe? Amor, talvez?” Apesar de sua habitual gagueira tímida, Lilly corajosamente
se manteve firme diante do demônio.
"Senhorita Lilly..." Eu tentei ficar de pé, mas não consegui devido à exaustão. EU
não podia nem invocar minha magia de cura enquanto estava tocado.
“E-está tudo bem, Rae. Eu posso lidar com ele.” Lilly me deu um sorriso antes de se
voltar para Aristo e preparar suas duas espadas brilhantes. “Por que você não volta agora, Aristo?
Os reforços estão chegando. tenho certeza que você

prefiro não morrer aqui.”
"Você zomba de mim. Você acha que eu posso ser derrotado por alguns humanos
se unindo?”
"E-comigo aqui, eu faço."
"Mmm... eu admito, você é um oponente formidável, Saint." Aristo ergueu uma

sobrancelha. Ele parecia cauteloso com Lilly. "Mas nem mesmo você poderia lutar comigo ileso."
"Verdade... Que tal combinarmos um empate então...?"
“Ah. Não seja assim. Vamos nos divertir um pouco.” Aparentemente não
ao menos inclinado a recuar, ele enviou outra salva de balas pretas na direção de Lilly.
"V-você sabe, apesar do que você possa pensar, eu estou realmente muito ocupado!"
Lilly passou pelas balas, ocasionalmente bloqueando com suas espadas, enquanto fechava a
brecha para Aristo. Uma vez dentro do alcance, ela desceu com a direita.
“Mmm… Uma espada curta abençoada – e uma real, diferente daquela imitação.
Eu prefiro não ser atingido por isso também.” Aristo saltou para trás, optando por não bloquear
com as unhas como fez com a espada de Frieda.
“Rae, use isso!” Lilly enfiou a mão no bolso e jogou algo na minha direção. Quatro
objetos semelhantes a frascos se aproximaram. “São poções de alto nível. Beba um e ajude os
outros.”
“Obrigada, Lilly.” Eu destampou e bebi uma poção, e poder mágico

surgiu dentro de mim. Eu me levantei e fui direto para Claire. "Senhorita Claire, eu tenho
você."
“Deixe-me para depois, cure os outros—”
“Ah, nem mesmo. Fique quieto e beba.” Eu ajudei Claire a engolir uma poção
e assistiu com alívio como suas feridas desapareceram.
“Obrigado, Rae.”
“Você deveria agradecer à senhorita Lilly em vez disso.”
"Você tem razão." Claire cambaleou e acenou para Lilly. "Eu vou trazê-la de volta."
"Entendi. Vou ajudar Frieda e Philine.

Eu me separei de Claire e fui em direção a Philine. Eu a segurei na posição vertical

enquanto administrava uma poção.
“Estou bem agora. Obrigado, Rae.”
“Não se preocupe com isso. Vou ajudar Claire e um amigo nosso.

Você pode curar Frieda?”
"É claro." Filine assentiu. Passei a poção final para ela e corri para a luta.
“E-eu vou segurá-lo! Apoie-me com magia!” Lilly ordenou.

"Entendido!"
"Entendido!"
Esta foi a nossa primeira vez lutando contra os três juntos.
Lilly avançou para Aristo com suas espadas. Desconfie das lâminas, Aristo
continuou a se esquivar, ainda sem usar as unhas para bloquear.
A habilidade de Lilly me surpreendeu. Eu a tinha visto lutar antes, mas isso estava nas
garras de uma personalidade alternativa. A verdadeira Lilly era tão forte, se não mais forte.
"Insolente!" Aristo disparou balas pretas contra ela de perto.
Eu tinha certeza de que Lilly não poderia se esquivar, mas ela o fez – reagindo em um piscar de olhos.
um olho, movendo-se com velocidade inacreditável. Foi incrível, mesmo considerando o fato
de que suas habilidades físicas foram aumentadas pela magia.
“Fique parado!” o demônio rosnou.
Mas esquivar tinha deixado Lilly desequilibrada. Vendo uma oportunidade, Aristo
balançou com as unhas.
“Não se atreva!” Claire disparou seu Magic Ray, forçando Aristo a parar
meio-swing e contra-ataque com um raio preto de sua autoria.
“Pico da Terra!” Eu formei uma lança de terra para tentar perfurar Aristo, mas ele
evitou sem esforço voando no ar com suas enormes asas.
“Mmm... Então vocês estavam simplesmente exaustos mais cedo. Sua magia está
léguas mais forte agora. Parece que estou em desvantagem.”
"Volte aqui para que eu possa queimá-lo em cinzas!" Claire exigiu.

“Acho que vou recusar. É melhor eu fugir, especialmente com aquela Santa aqui.”
"Eu não vou deixar você!"
“E-espere, Srta. Claire! Deixe ele ir. Você vai querer ouvir o que eu tenho que
diga antes de lutar com ele de novo,” Lilly disse.
"Ngh..." Claire fez uma careta. Ela estava sem dúvida frustrada, considerando seu orgulho.
Ela nunca tinha sido tão completamente derrotada por um oponente. "Multar."
“Obrigado, Srta. Lilly,” eu disse. “Você realmente nos salvou lá atrás.”
"Permita-me expressar meus agradecimentos também", acrescentou Claire. “As coisas seriam
se tornaram terríveis se você não tivesse vindo.”
Eu tinha tanta certeza de que tudo estava acabado por um momento. Eu não poderia agradecer o
suficiente a Lilly.
Lilly sorriu timidamente. “N-não mesmo! Estou profundamente em dívida com vocês dois,
então algo como...”
"Maravilhoso!"
“Eca!”
Frieda de repente se chocou contra o lado de Lilly, quase a levando ao chão.
“Quem é essa senhora jolie ? Ela deve ser um anjo para nos salvar em nosso momento de
necessidade, não? ela tagarelava animadamente.
"U-um, olá?" Lilly parecia confusa. Ela olhou para mim pedindo ajuda, mas, francamente, isso
me fez cócegas.
“Qual é o seu nome, anjinho?”
"L-Lilly Lily."
“Ah, até seu nome é tão encantador! Meu nome é Friedelinde Eimer, mas por favor, me
chame de Frieda!”
“Um, sure… Miss Frieda.”
“Não, não! Só Frida! Somos bons amigos, não?”
“M-mas é nosso primeiro encontro?!”
Frieda estava colocando um pouco grosso até mesmo para ela. Lilly estava agora no
Rota Frieda? Ela tinha uma bela figura galante naquele momento. eu não teria

fiquei nem um pouco surpreso se Frieda confessasse ter se apaixonado por ela à primeira vista.
“Frieda, que tal sairmos deste lugar por enquanto?” disse Claire. “Acho que o perigo
passou no momento, mas ainda precisamos relatar isso ao império… e ao Reino Bauer, aliás.”
“Ah, perdão. Eu estava muito hipnotizada pela beleza de Lilly. Vamos voltar."
"Lady Philine, você está bem com isso?"
“Sim, vamos voltar.” Filine assentiu.
Todos de acordo, voltamos às pressas para a relativa segurança de mais pessoas.
Demônios... Era difícil acreditar que eles eram tão fortes. Eles eram muito mais
poderosos do que os monstros que lutamos antes. Eles pareciam provavelmente superar
qualquer oponente que já havíamos lutado.
Preciso repensar minhas contramedidas...
Passei a viagem para casa pensando em nada além de como poderia proteger Claire
dessa nova ameaça.
***
“E-É bom ver vocês duas de novo, Rae, Srta. Claire.” Lilly curvou-se profundamente.
Tínhamos retornado ao dormitório estudantil Bauer para conversar depois de relatar a

incidente na academia. Eu pensei que o Império Nur estaria mais preocupado com o
aparecimento de demônios, mas parecia ser uma ocorrência bastante comum por aqui. A
pessoa que recebeu nosso relatório não reagiu muito à notícia.
“Vamos deixar as gentilezas por isso e ir direto ao assunto. O que são

você está fazendo aqui no império, Lilly? Claire disse, perguntando o que estava na
mente de todos. Atualmente reunidos estavam os principais constituintes do grupo de intercâmbio
do Reino Bauer: Claire, Yu, Misha e eu.
“R-certo. Retomei meus deveres na catedral. Viajei para o império para me preparar
para a visita do papa”.

"Oh, eu vejo."
Oh sim. Estávamos matando monstros para nos preparar para a visita do papa em primeiro
lugar, e não era como se o chefe de uma religião global pudesse aparecer de repente despreparado.
Eles mandariam alguém na frente para lidar com negociações, preparativos e coisas do tipo, e Lilly era
aparentemente essa pessoa.
"Então, eu acho que você é um cardeal de novo?" Claire perguntou.
"Ah não. Estou agindo como uma freira comum agora. O papa foi gentil o suficiente
para me perdoar, mas eu não poderia tirar vantagem de sua bondade mais do que já tenho.” Lilly
forçou um sorriso enquanto falava. Ela ainda não havia se perdoado por seus crimes. Como ela
é muito parecida.
“Hum, b-voltando ao assunto. Minha principal tarefa é planejar contramedidas para o

monstros e demônios de alto escalão no império. Como você provavelmente sabe, o império
compartilha uma fronteira com o território demoníaco, então os encontros com os demônios são mais
frequentes aqui do que no reino.”
Eu percebi intelectualmente que as chances de contato com demônios eram maiores

aqui, mas eu nunca imaginei que eles pudessem ser tão poderosos. Nós quatro, embora já
exaustos, tínhamos sido impotentes contra Aristo. Teríamos sido massacrados se Lilly não tivesse
chegado.
Um flash de memória veio a mim – as garras de Aristo balançando em Claire – e eu

estremeci.
“Todos os demônios são tão fortes?” Eu perguntei.
“N-não, Aristo é especial. Ele faz parte de um grupo poderoso chamado Três Grandes
Arquidemônios. Conhecê-lo foi um momento de azar.”
Senti algum alívio ao ouvir que Aristo era uma rara exceção. Eu não sabia o que faria se
todos os demônios fossem tão fortes.
“E-os Três Grandes Demônios—não, todos os demônios—geralmente não vão embora

suas terras. Demônios geralmente despacham monstros em seu nome quando desejam lutar
contra humanos.”
“Então, por que um demônio poderoso apareceria então?” Yu pensou.
“E-É provavelmente por causa da visita do papa. A igreja e os demônios

foram inimigos mortais ao longo da história.” Lilly curvou-se profusamente em desculpas.

Foi isso mesmo? Eu testemunhei o demônio mirando em Claire... embora as palavras de

Aristo tenham feito parecer que ele estava no meio de outra missão quando ele nos viu e escolheu
atacar.
Eu tinha minhas dúvidas, mas escutei enquanto Lilly continuava.
“A igreja não pode tolerar a existência de demônios. C-acreditamos que eles não podem
ser raciocinados e devem ser destruídos à vista, pois seu objetivo é trazer o fim do mundo.”
Isso soava excessivamente hostil à Igreja Espiritual, uma religião que exaltava as
virtudes da imparcialidade e da benevolência. O que os demônios ganhariam ao acabar com o mundo?
Claire encontrou meus olhos com um olhar duvidoso. Parecia que ela abrigava as mesmas
preocupações.
“Por fim do mundo, você por acaso quer dizer o fim da sociedade humana?” Claire
perguntou.
"Não. O fim do mundo que os demônios procuram é literal que inclui
sua própria ruína”, respondeu Misha. Como freira, ela provavelmente sabia algumas coisas
sobre demônios.
“Sua própria destruição também?” Claire perguntou, confusa.
“S-sim. Os valores dos demônios estão além da compreensão humana.

É por isso que eles não podem ser raciocinados.”
Isso fez um certo sentido. Não poderia haver negociação

com uma raça que queria destruir o mundo em sua totalidade, incluindo eles mesmos.
“B-por causa da proximidade do império com suas terras, as pessoas aqui às vezes
encontram demônios. É improvável que encontremos demônios de grande nome novamente
enquanto permanecermos longe de suas fronteiras, mas vamos ficar cautelosos, todos.”
“Então nós cruzamos os dedos e rezamos para não encontrarmos um demônio novamente?”
Claire resmungou.
“Bem, a igreja tem algumas medidas para combater os demônios. Este ser
um deles." Lilly desembainhou uma espada. “E-esta espada é uma ferramenta mágica
encantada por um feitiço de água chamado Bênção. Armas com Bênção são capazes de ferir
demônios mais gravemente. Talvez você saiba que a espada de Frieda foi encantada com uma
bênção fraca?

Frieda havia dito algo sobre sua espada ser especial. Aristo tinha
ainda quebrou em dois. Ele realmente era outra coisa.
“E-a catedral me ordenou que emprestasse a todos ferramentas mágicas abençoadas

em prol desta missão. Já que todos aqui são usuários de magia, estarei fornecendo varinhas
para você.”
Um membro da igreja deu um passo à frente com uma sacola para cada um de nós.
Lilly pegou um saco e o abriu, revelando seu conteúdo.
“E-as pedras mágicas nestas varinhas foram encantadas com Bênção. A bênção em
si é mágica da água, mas você pode usar qualquer tipo de magia com um item encantado. Tenha em
mente que a Bênção só tem efeito sobre os demônios.”
“Você pode nos ensinar como lançar Bênçãos nós mesmos?” Eu perguntei.
“I-isso eu não posso fazer... É um dos segredos mais bem guardados da igreja, de uma
ordem superior até mesmo às Lágrimas da Lua. Somente o papa atual tem permissão para conhecê-
lo”.
Lilly continuou explicando que as pedras mágicas abençoadas eram uma importante fonte
de renda para a igreja. Eu poderia fazer bom uso do feitiço se o aprendesse, mas entendi o raciocínio
dessa confidencialidade.
“As ferramentas mágicas abençoadas são incrivelmente valiosas, então só posso emprestar
até uma por pessoa. Por favor, tenha cuidado com eles.”
Cada um de nós recebeu uma varinha mágica abençoada de Lilly. Inspecionando a

varinha, notei que sua pedra mágica era incolor e transparente, ao invés de uma das quatro cores de
atributo. A magia comum da água faria com que a pedra ficasse azul. Realmente havia algo peculiar
em Blessing.
“D-demônios têm os mesmos pontos fracos que os monstros, uma pedra mágica que
atua como seu núcleo. Th-a razão é desconhecida, mas sua pedra mágica geralmente está
localizada onde o coração humano estaria. Não se esqueça disso.”
Com isso, a palestra de Lilly sobre demônios chegou ao fim.
"Obrigado por nos ensinar, senhorita Lilly."
“N-de jeito nenhum, Rae.”
Mesmo assim, fiquei grato por aprender qualquer coisa que não tivesse sido explicada em
o jogo. Ela até nos armou com armas Abençoadas.

“Existe alguma maneira de eu mostrar minha gratidão?” Eu perguntei.
"E-não há necessidade disso, eu estava apenas fazendo meu trabalho... Mas, hum..."
"O que é isso? Peça fora!”
"Bem, hum, eu estava pensando, você vê, se você estiver livre agora, talvez possamos tomar
um chá toge-"
“Com prazer! Nós temos muito o que recuperar de qualquer maneira,” eu disse. Aquilo foi
um pedido tão pequeno. Eu estava disposto a conversar pelo tempo que ela quisesse.
Foi quando minha... você sabe, minha esposa apareceu com um assustador
enfrentar. “Olá, Lilly. Espero que você não se importe que eu participe de sua festa do chá, não
é?
“O-claro que não. Eu definitivamente não tinha intenção de tentar me aproximar de Rae
enquanto você não estivesse por perto e... uh.
Senhorita Lilly… Seus verdadeiros pensamentos estão vazando.
"Honestamente..." Claire suspirou. “Não posso baixar a guarda com você.”
“Lilly, sua tola desmiolada,” Lilly murmurou. “Você estragou tudo de novo…”
"Senhorita Lilly?"
“Um, Lilly?”
“Ah. Eu sinto Muito! Eu sinto Muito!"
Fazia um tempo desde que ouvimos os xingamentos involuntários de Lilly.
“Miss Manaria ajudou a remover minha segunda personalidade, mas ultimamente, o

as palavras apenas encontram seu caminho novamente…”
“Está tudo bem,” Claire assegurou a ela.
“No mínimo, você não se sentiria como a Srta. Lilly sem isso,” eu disse.
“E-é assim que vocês me veem?” Lilly perguntou em meio às lágrimas.
Convidamos a Lilly de olhos marejados para o nosso quarto e conversamos até escurecer.
Jantamos junto com May e Aleah, depois do que Lilly se preparou para ir para casa.
“E-eu vou então. L-vamos ter o encontro do nosso amante em outro momento, Rae.”

“Apenas se apresse e vá embora,” Claire cuspiu.
Eles brigaram brevemente, e então nos despedimos dela.
***
“Seus ferimentos estão melhores agora, Claire?” Philine perguntou ao próximo

manhã em nossa sala de aula. Ela estava esbanjando preocupação com Claire desde nossa
luta com o demônio, embora ela também tivesse sido gravemente ferida.
"Obrigado por se preocupar, Lady Philine, mas como eu disse ontem, estou
completamente bem." Claire estava fazendo o possível para ser legal, mas a preocupação sem
fim a cansou compreensivelmente.
“Então você diz, mas você realmente tem certeza? Enquanto seu corpo pode ter curado,
Eu me preocupo que você ainda possa estar marcado pela memória do evento.
“Eu não sou tão mole. Se alguma coisa, eu sinto o oposto. Não quero nada mais do que
derrotar Aristo, caso nos cruzemos novamente.
"Bondade…"
Eles passaram a ter essencialmente a mesma troca todas as manhãs desde então.
Eu sabia que era bom que tivéssemos nos tornado amigos de Philine, mas não pude deixar
de sentir que a garota era estranha. Ela era muito amigável. E também perto demais. Tipo, perto
demais. Ela continuou fazendo contato físico demais com Claire, levantando muitas bandeiras
vermelhas em meus olhos. Seus sentimentos por Claire definitivamente não eram de amizade.
Eu já tinha visto essa pessoa antes, toda vez que eu olhava no espelho, na verdade.
“Desculpe-me, Lady Philine? Pela enésima vez, Claire é minha.

Acha que poderia parar de se agarrar a ela assim?
“Ah. R-direita. Me desculpe, Rae, as coisas meio que aconteceram…” Philine

colocou as mãos nas bochechas coradas e se contorceu.
O que você quer dizer com 'as coisas meio que aconteceram'? Eu pensei. Eu jurei
para não baixar a guarda com essa garota.

“Você está imaginando coisas, Rae. Lady Philine e eu somos amigos. Esse nível de
intimidade é completamente normal.” Claire exibia um sorriso fino ao assumir o papel de mediadora.
"O-obrigado, Claire!" Se Philine fosse um cachorro, seu rabo estaria abanando furiosamente
agora.
Hum, senhorita Claire? O que você é, algum romance de luz cabeça-dura

protagonista? Ela está claramente bajulando você.
“Lady Philine, você é um membro da família imperial, certo? Você não tem um noivo ou
algo assim? Eu perguntei.
"Não, ainda não."
"Sério? Que inesperado. Achei que uma princesa imperial teria um casamento político
arranjado para ela.” Pelo menos, foi o que Claire disse. Eu não estava muito familiarizado com a alta
sociedade.
“Mãe prefere conquistar pela força do que pela política…”

Philine murmurou tristemente. Certamente, Dorothea parecia do tipo que aceitava o que queria em
vez de negociar por isso. Não que eu pensasse que ela era toda musculosa e sem cérebro.
“Então, sim, atualmente não tenho parceiro no momento.” Philine olhou para Claire.
“O-oh... É isso mesmo,” Claire disse.
“Por que você tentou anunciar sua disponibilidade para Claire agora mesmo?” eu exigi.
Philine estava definitivamente, definitivamente interessada em Claire. O que aconteceu com

ela ser uma personagem tímida? Quero dizer, claro, isso ainda não era nada comparado aos meus
avanços, mas ainda assim.
"Eu? Anunciar? Estou apenas sendo amigável com Claire, isso é tudo…”
"Eu acho que você está sendo um pouco amigável demais ..."
“Eu sou? Oh, querida... Philine colocou as mãos nas bochechas coradas e se contorceu
pela segunda vez.
Pare com isso. Não é fofo. Ok, é meio fofo, mas você não está me enganando! Eu me
endireitei, farto. Hora de uma bola curva. Eu estava doente e cansado disso.
“Lady Philine, é sua intenção iniciar um relacionamento ilícito com a Srta.

Clara?”
“O que—Rae?!”
“E-eu não a amo nem nada…”
Uau, quem disse alguma coisa sobre amor? Não vá apenas colocando palavras
minha boca! É por isso que personagens de princesas idiotas são insuportáveis…
“O que a família imperial pensaria se descobrissem que você está flertando com uma
mulher sequestrada?” Eu perguntei.
"O Império Nur pratica a poligamia", disse Philine com naturalidade.

"Uh…"
Oh, certo. O Império tinha práticas conjugais diferentes das de Bauer. Aqui,
a monogamia não foi imposta, e o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecido -
este último em grande parte devido ao Revo-Lily ser um jogo yuri.
“Além disso, vocês dois ainda não estão legalmente casados, certo?” perguntou Filine.
"S-sim, mas, hum..."
“Além disso, como membro da família imperial, sou uma combinação muito melhor para
Claire, uma ex-nobre.”
Huh? Por que me sinto encurralado de repente?
“Não é isso, Lady Philine.” Claire interveio para repreendê-la. “É verdade, Rae e eu não
somos legalmente casados nem de origens sociais semelhantes.”
“Então eu estou certo,” Philine disse.
“Mas eu percebi uma coisa, você vê. O casamento não é apenas uma ferramenta
política ou uma forma de retribuir os pais que o criaram. O casamento é para a sua própria
felicidade.”
"Sua... própria... felicidade...?" Philine murmurou.
“Não estou dizendo que entrar em um casamento político ou casar para fazer sua
pais felizes é errado, mas também é importante casar com alguém especial para você.”
"Eu vejo."
“Nesse sentido, Rae é perfeita para mim. Mesmo que não sejamos casados
legalmente, ela é minha parceira insubstituível. Por favor, entenda isso.” Clara, agora

completamente terminado, sorriu docemente. Em contraste, eu usava o visual mais presunçoso

sempre.
"Entendo... eu entendo."
Mesmo Philine teve que reconsiderar depois de ouvir tudo isso. Ela era uma garota
razoável que tinha acabado de se deixar levar por fazer uma amiga íntima.
Agora, todos nós poderíamos voltar para—
"Eu entendo completamente. Gostaria de anunciar formalmente minha

interesse em ser parceiro de Claire.”
Volte novamente?
“O-o que você está dizendo, Lady Philine? Você não ouviu o que eu disse?”
Claire perguntou.
"É claro. Acredito que também posso ser um parceiro insubstituível que você não será
arrepender de estar com você.”
Sua curva deixou Claire e eu sem palavras.
“Eu entendo agora que Rae é uma pessoa especial para você, Claire. Então, vou tentar o
meu melhor para ser a mesma coisa com você.”
“E-espere, não era isso que eu queria chegar!” exclamou Claire.
"Está bem. Lembra do que você me ensinou? Pouco a pouco."
“Isso está completamente fora de contexto!” Claire estava nervosa.
Philine sempre teve esse lado imprudente? De repente, vi um pouco de sua mãe nela.
“De qualquer forma, prometo me tornar uma bela dama da qual vocês dois podem se
orgulhar”, declarou Philine com orgulho.
Claire e eu nos entreolhamos, pensando: O que aconteceu?
Parecia que eu tinha um rival amoroso agora. E, de todas as pessoas, tinha que ser a
pessoa de cuja cooperação mais precisávamos.
Que pena, pensei, exausta até o âmago, quando Yu apareceu de repente. Não era
sempre que ela visitava classes diferentes.
“Claire, Rae.”
“Olá, Senhora Yu. Alguma coisa está acontecendo?” Claire perguntou.

“Chegou uma carta do reino. Más notícias." Yu parecia sério. “O

ex-chanceler Salas Lilium escapou da prisão.”

Capítulo 11:
O Assassinato do Papa
“SALAS ESCAPEOU?”
Aquele conspirador astuto... Eu sabia que nada de bom viria de perdoá-lo. Havia
problemas se formando, eu tinha certeza disso.
"Mas como?" Claire perguntou. “Eu pensei que ele estava confinado em um alto
prisão de segurança?”
“Alguém do reino está aqui para explicar o que aconteceu. Venha para a sala de
intercambistas depois das aulas.”
"Entendido."
Tendo entregue sua mensagem, Yu voltou para sua própria aula.

"Senhorita Claire..."
"Eu sei. Eu tenho um mau pressentimento sobre isso…"
“Oh, Claire, Rae. Vocês dois estão bem?”

"Pai?!"
“Mestre Dole?”
Quando fomos para a sala depois das aulas, encontramos meu sogro, Dole
François, esperando por nós. Aparentemente, este era o mensageiro que Bauer tinha
enviado para nos trazer a notícia.
“Onde estão May e Aleah? Mal posso esperar para ver o quanto eles
cresceram.”
“Eles estão em nosso quarto,” Claire respondeu. “Não faz nem dois meses
desde que você os viu, você sabe.”
"E? As crianças crescem tanto em um curto espaço de tempo. Ora, eu

me lembro quando Claire era pequena—” Ele estava prestes a começar uma história
sobre a infância de Claire quando Yu educadamente interrompeu.
“Desculpe-me, Dole. Você pode transmitir as notícias do reino?

Ainda não sabemos o que está acontecendo.”
“Oh, querida, você terá que me desculpar. Minha filha e netas são adoráveis demais...
“Pai, por favor, vá direto ao ponto.”
“Você não tem paciência, Claire. Você é como Melia nesse aspecto,” disse Dole com um
toque de melancolia – Melia sendo a falecida mãe de Claire. Ele limpou a garganta antes de
continuar. “Salas Lilium desapareceu de sua cela de alta segurança sob o palácio em meados
do mês passado.
Supõe-se que ele de alguma forma estourou.”
Em outras palavras, ele escapou logo depois que deixamos o reino. A prisão era a
mesma em que estive temporariamente detida após o incidente com a revelação do sexo de
Yu. Deveria ter sido muito mais bem guardado do que uma prisão comum.
“Não sabemos como ele escapou, mas podemos supor que ele teve ajuda de
alguém influente dentro do palácio. Nosso suspeito número um é, bem…”
Hesitante em terminar, Dole olhou para Yu.
"Minha mãe, eu suponho?" Yu disse, ao que Dole assentiu. Yu suspirou, parecendo

surpreso.
"Infelizmente sim. Lady Riche e Salas parecem ter, uh... história um com o outro. Dole
estava contornando a verdade.
"Está tudo bem. Você pode dizer isso, Dole. A mãe estava apaixonada por Salas.
Mesmo depois que ele foi preso, ela se encontrava com ele regularmente.”
Salas era popular entre as mulheres, por motivos que me escapavam. A mãe de
Thane, a falecida rainha Lulu, mantinha um caso ilícito com ele — assim como Riche, ao que
parecia. O falecido rei l'Ausseil tinha sido um rei sábio, mas aparentemente lhe faltava o que
as mulheres procuravam em um homem. Pessoalmente, eu gostava do falecido rei cem vezes
mais do que Salas. Tudo o que Salas tinha a seu favor era sua aparência.
“Ela é apenas uma suspeita. Não temos provas. Mas ela tomou algumas ações bastante
suspeitas ultimamente. Estamos de olho nela.”
“Pai, o que você quer dizer com 'ações suspeitas'?” Claire perguntou.
"Bem, você sabe como Riche renunciou ao título de rainha viúva?"

"É claro. Lembro que ela voltou para a igreja como cardeal?”
Para lembrar os leitores que podem ter esquecido – Riche foi anteriormente um
cardeal da Igreja Espiritual. Ela se casou com o rei l'Ausseil como parte de uma união política
destinada a fortalecer o controle do rei sobre a igreja. Riche foi rainha viúva por um tempo após
o falecimento do falecido rei l'Ausseil, mas logo desistiu do título e retornou ao ministério.
Dentro da igreja, sua posição era tecnicamente equivalente à de Yu, mas ser a ex-rainha-viúva
deu sua autoridade em segundo lugar apenas para o papa.
“Lady Riche voltou à política desde que retomou sua posição como cardeal. Ela estava
reunindo apoiadores dentro da igreja enquanto minava a influência do atual papa”, explicou Yu.
“Acho que vejo onde isso vai dar.” Claire olhou para Yu com preocupação.
Dole assentiu com uma expressão preocupada.
“Desculpe, alguém pode explicar?” Eu não tinha ideia do que estava acontecendo.
“Lady Riche provavelmente não desistiu de Yu. Agora que fazer de Yu o

rei falhou, ela está tentando torná-la o próximo papa em vez disso”.
Bem, isso fazia sentido. O gato estava fora do saco agora: o que quer que a família
real pudesse reivindicar, as pessoas sabiam que Yu era uma mulher. Combinado com o quão
bem recebido o governo de Thane havia sido, Yu tinha pouca ou nenhuma chance de suceder
o trono. Mas tanto Yu quanto Riche ocupavam posições de poder dentro da igreja, e Riche
também tinha seus antigos apoiadores para recorrer. A Igreja Espiritual favoreceu as mulheres,
considerando-as mais naturalmente espirituais do que os homens, e a primeira escolha anterior
para suceder o papa, Lilly, havia se retirado da consideração. Riche deve ter pensado que era a
hora certa.
“Mas o papa atual ainda é jovem, certo? Levaria um tempo até que Yu pudesse
assumir,” eu disse.
“Sobre isso...” Dole franziu a testa. “É apenas um boato, mas... ouvi dizer que há
preocupação de que alguns indivíduos pretendam assassinar o papa”.
"O que?!" exclamei. Isso não era motivo de riso.
“Você ouviu que o papa deve visitar o Império Nur no próximo mês, certo? EU
suspeito que uma tentativa será feita então.” A expressão de Dole era amarga quando ele
balançou a cabeça em aversão.

“Não poderíamos prender Lady Riche, então?” Eu perguntei sem rodeios.
“Nós não podemos,” Claire respondeu. “Ela é um cardeal da igreja e a ex-rainha viúva. É
difícil colocar a mão em uma dama de sua influência.”
“Ela é astuta, também. Tenho certeza de que ela tem pessoas fazendo todo o trabalho
sujo para ela, por isso ainda não encontramos uma única prova concreta contra ela.
Dole continuou.
Suponho que a teriam prendido há muito tempo, se pudessem.

Riche puxou as cordas das sombras da mesma forma que Dole fazia quando era nobre. Ele sem
dúvida entendia melhor do que a maioria como seria difícil pegá-la em flagrante.
“Dito isso, na verdade não temos cem por cento de certeza de que Lady Riche é a mestre
das marionetes”, continuou Dole.
“As evidências circunstanciais não são suficientes para condenar?” Eu perguntei.
“O problema é que Lady Riche se ofereceu para ser responsável pela segurança
da visita do papa. Se ela fosse a mentora, não precisaria correr tanto risco.”
Eu vi seu ponto… Se algo acontecesse com o papa sobre ela

viagem, Riche seria a primeira pessoa a levar a culpa.
“Talvez seja uma diversão?” Eu perguntei. “Ou talvez ela tenha aceitado o trabalho
justamente para descobrir as brechas na segurança do papa?”
“É possível, mas não tenho tanta certeza. Ela diz que quer colocar o real
detalhe de segurança sob o comando de outra pessoa. Bem, mais especificamente…”
Por alguma razão, Dole olhou diretamente para mim. Tive uma sensação de aperto no estômago.
“Ela quer que você esteja no comando, Rae.”
Diga o que? Eu não pude deixar de responder mentalmente.
O problema estava definitivamente se formando.
***
“Obrigado por terem vindo, todos.” A ex-rainha viúva e atual cardeal Riche Bauer nos
cumprimentou com um sorriso caloroso.

Estávamos na catedral principal de Ruhm. Era menor que o de Bauer, mas ainda
bem grande. Comigo estavam as mesmas pessoas que se encontraram com Dorothea: Yu,
Misha e Claire.
Riche veio ao império para se preparar para a visita do papa, chegando mais ou
menos na mesma época que Lilly. Ela nos convocou no dia seguinte à nossa conversa com
Dole.
“Já faz um tempo, mãe. Espero que você esteja bem,” Yu cumprimentou sua mãe
enquanto nós três nos ajoelhamos no chão, de cabeça baixa.
“Obrigado, Yu, eu tenho. Todos, por favor, fiquem à vontade.”
Levantei a cabeça e olhei para Riche. Ela protegeu o rosto com um leque na última
vez que a vi, mas agora dei uma boa olhada. Seus olhos, azuis como os de Yu, pareciam
sorrir suavemente. Seu cabelo dourado, que estava comprido quando o vi pela última vez,
estava escondido sob a touca. O hábito que ela usava era diferente do de Lilly e Misha, pois era
elegantemente bordado no mesmo estilo que o de Yu, significando sua posição como cardeal.
Ela passou uma impressão hostil quando nos encontramos pela última vez, mas agora ela
parecia gentil - talvez um indicativo de seu humor atual.
"Agora então..." Riche começou. “Convoquei todos vocês aqui hoje para pedir algo
a vocês.”
Nós quatro já sabíamos o que estava por vir.
“Como você provavelmente já ouviu, o papa está vindo ao império no próximo mês.
Desejo contar com sua ajuda como escolta.”
As palavras de Dole foram exatas.
“Especialmente você, Claire François. Eu quero que você se encarregue de

guardar o papa.”
"Eu?" Claire perguntou, surpresa.
Huh? Isso foi estranho... De acordo com Dole, deveria ter sido eu.
Riche mudou de ideia?
“Embora eu tenha vergonha de admitir,” Claire começou, “a verdade é que eu não

sei nada sobre escoltas de segurança. Certamente deve haver alguém mais adequado do que
eu?”
“Oh, querido... Mas o próprio Papa pediu. Não é realmente possível?”

Riche fez uma cara preocupada, aumentando a pressão.
“Bem... Se Rae e Misha puderem me ajudar, então eu aceitarei.”
“Ah, graças a Deus! Claro, isso seria bom. Na verdade, eu tinha

algo para pedir a Rae também.”
"O que é isso?" Eu perguntei, intrigado.
Riche chamou um atendente, que chegou trazendo algo. “O que estou prestes a mostrar
a você deve permanecer em segredo. Nem uma palavra disso deve sair desta sala.”
Com profunda reverência, o atendente ergueu o que parecia ser um retrato emoldurado.
"Isso é... eu?" Eu pisquei em confusão. Retratado dentro do retrato não era outro senão eu
mesmo. Mas por que uma foto minha sendo tratada com tanto zelo religioso?
“Não você, Rae,” disse Riche.

Então quem?
“Este retrato é do papa, Sua Santidade Clarice Répète III.”
Nós quatro soltamos um suspiro de surpresa. Isso foi além do simples

semelhança — seu rosto era praticamente uma cópia do meu.
Pode ter sido uma coincidência. Lilly uma vez mencionou ter visto alguém com um
rosto como o meu em suas viagens, então talvez meu rosto fosse apenas comum neste
mundo? Parando para pensar sobre isso, quando eu conheci Lilly, ela pensou que eu parecia
familiar. Talvez ela tivesse se lembrado do papa.
“Como você pode ver, o papa e Rae parecem idênticos um ao outro. Por
Por esse motivo, quero que Rae aja como seu dublê de corpo”, explicou Riche.
Um pedido perigoso. Dole alegou que os rumores do assassinato iminente do papa tinham
alguma verdade para eles, então era seguro assumir que ser sua dublê de corpo significava arriscar
minha vida. E embora o pedido de Riche fosse razoável se ela tivesse o bem-estar do papa em
mente, se fizéssemos o que ela pediu, poderíamos estar fazendo o jogo dela.
"Há algo que eu gostaria de perguntar, se eu puder."
“Claro, Clara.”

“Você não está preocupado que o papa e Rae sejam tão parecidos na aparência?”
“Ah, isso. É um segredo bem guardado, mas entende-se que aqueles que se parecem
com Rae – melhor, o papa – nascem de vez em quando. Acreditamos que eles sejam
abençoados pelo Espírito de Deus. Muitos papas ao longo da história tiveram esse rosto. A
igreja não mede esforços para zelar por aqueles que carregam essas características”.
Então meu rosto tinha algum significado neste mundo... Mas por quê? Foi porque
era o rosto do protagonista da Revolução ?
“Talvez você já esteve sob os cuidados da igreja, Rae,” Riche disse.
"Uhh, é isso mesmo..." eu murmurei.
Venha para pensar sobre isso, Elie - um sósia meu que Lilly tinha executado
em – tinha sido adotado pela igreja. Se eu não tivesse sido adotado por meus pais,
eu poderia ter encontrado um destino semelhante.
Bem, deixando de lado as questões do meu rosto por enquanto, havia um outro
coisa que eu queria perguntar. "Eu tenho uma pergunta, se me permite."
"Vá em frente."
"É verdade? Existe um grupo com projetos sobre a vida do papa?”

"Isso é..." Riche hesitou. Eu não tinha certeza do que fazer com isso. “Foi Dole, não
foi? Seus lábios estão muito soltos. Bem, não importa. Eu teria dito a você independentemente.
Sim, é verdade, há rumores de que algumas pessoas pretendem tirar a vida do papa”.
Riche balançou a cabeça, como se o próprio pensamento fosse abominável.

“Algumas fofocas maliciosas dizem que eu sou o líder dessa trama, mas isso é simplesmente
falso. O papa é o líder da Igreja Espiritual. Machucá-la seria invocar a ira de seguidores em
todo o mundo.”
Em outras palavras, ela estava dizendo que não era tão tola.
“O papel de dublê de corpo é perigoso. Mas você é a única que pode fazer isso,
Rae. Eu não perguntaria isso se você simplesmente se parecesse com ela; Estou perguntando
porque estou confiante de que você pode se proteger se o pior acontecer.”
Alto elogio mesmo.

“Então, por favor, aceite este pedido. Para o papa”. Riche curvou-se profundamente,
chocando Yu e Misha. Mais tarde eu descobriria que eles nunca a tinham visto se curvar para
ninguém antes.
"Tudo bem. Eu vou fazer isso,” eu respondi depois de uma profunda consideração. Não
tínhamos como saber quem estava planejando o assassinato, mas minha melhor chance de impedi-
lo veio trabalhando dentro da igreja.
Esticar meu pescoço assim teria sido impensável para o velho eu. Parecia que eu tinha
mudado por causa de Claire.
"Estou... surpreso", disse Riche. “Eu tinha certeza que você ficaria muito ressentido
comigo para aceitar. Tentei matá-lo após o incidente com o gênero de Yu.
Tenho certeza que você notou.”
Ela estava falando sobre como minha comida tinha sido envenenada enquanto eu estava
preso. De minha parte, fiquei surpreso ao ouvi-la admitir isso.
“Considerando as circunstâncias, era natural que você me odiasse. Eu priorizei os

sentimentos de Lady Yu, mas desconsiderei os seus,” eu disse, o que parecia seguro. Eu não tinha
certeza se suas palavras eram uma encenação, mas eu queria evitar fazer inimigos se pudesse.
"Parece que eu não entendi você, Rae Taylor... Por favor, me perdoe pelos erros tolos que
eu cometi." Riche curvou-se profundamente mais uma vez. “Claire, Rae, vou deixar a segurança do
papa para vocês dois. Se algo acontecer, eu assumo a responsabilidade. Por favor faça seu melhor.
Yu, Misha, por favor, apoie-os de qualquer maneira que puder.”
Nós caímos de joelhos e abaixamos nossas cabeças mais uma vez antes de sermos
dispensados.
***
“Você está sendo teimoso, Misha!”
“Não, você é muito emocional, Yu!”
Claire, May, Aleah e eu estávamos jantando quando ouvimos uma discussão alta na
sala.
“A Senhora Yu e a Irmã Misha estão brigando?”

“Suas vozes são assustadoras…”
May e Aleah expressaram suas preocupações com rostos preocupados. Na verdade, se

Misha não tinha a compostura para usar sua magia de vento para abafar os sons vindos de
seu quarto, a discussão foi bastante acalorada.
“Vá ver como estão, Rae,” Claire disse.
“E a limpeza?” Eu perguntei.
"Eu posso fazer isso - apenas se apresse e vá."
“Certo, indo.”
Eu disse: "Não se preocupe", enquanto dava um tapinha rápido na cabeça de May e Aleah.
e foi para o quarto. Toquei a campainha e a discussão parou abruptamente, depois do que ouvi
passos se aproximando da porta.
"Ah... Rae."
“Boa noite, Misha. Algo está errado? Parecia que vocês dois estavam tendo um
desentendimento.”
“Sinto muito que você teve que ouvir isso. Não é nada sério." Misha sorriu como
ela falou, mas seus olhos naturalmente vermelhos estavam vermelhos em um sentido diferente.
"Perdoe-me por me intrometer, mas você poderia me dizer o que está errado?"
"Isso é…"
“Por que não, Misha? Vamos compartilhar nossos pensamentos com Rae,” Yu disse
de dentro da sala, tendo ouvido nossa conversa.
“Entre...” disse Misha.
"Obrigada."
Esta foi a primeira vez que eu estive em seu quarto desde que chegamos. Eles o
mobiliaram desde então, tornando-o muito mais aconchegante do que antes. Sendo membros da
igreja, ambos tinham várias relíquias e objetos de oração aqui e ali, mas seu estilo de vida geral
parecia modesto.
“Vou preparar um chá”, disse Misha.
“Ah, não, estou bem.”
"Está bem. Eu preciso esfriar um pouco a minha cabeça.”
Misha foi até a cozinha preparar um chá. O estranho

a atmosfera que permanecia de sua luta começou a diminuir quando o cheiro de chá flutuou
na sala.
“Sinto muito, Rae,” disse Yu. "Eu não sabia que estávamos alto o suficiente para você
nos ouvir."
"Está bem. Estou mais preocupado com vocês dois. Nenhum de vocês é do tipo que
levanta a voz assim.”
"Nós estávamos apenas... trocando opiniões sobre mamãe."
“Yu continuou insistindo que não deveríamos confiar nela,” disse Misha, voltando para a
sala com uma bandeja de xícaras de chá e um olhar de desagrado.
“E ainda acho que não deveríamos. Há uma grande chance de mamãe ter
envolvido na fuga de Salas. É natural não confiar nela.”
“Ela é sua própria mãe!” insistiu Misha. “Não sabemos se ela está conspirando, mas
como filha, você precisa pelo menos ter alguma fé nela!”
“Fé nela? Quando tudo o que ela fez foi forçar seus desejos em mim?
"Mesmo assim-"
Eles começaram a brigar novamente.
“Tudo bem, parem, vocês dois. Vamos tomar um momento para se acalmar,” eu
interrompi.
“Você está certo… Desculpe,” Yu se desculpou.
"Desculpe…"
O casal usava expressões desconfortáveis, talvez envergonhadas.

Eles tinham o hábito de se perder em seu próprio mundinho, independentemente de quem
mais estivesse presente – seja flertando ou discutindo.
“Em suma, Lady Yu desconfia de Lady Riche, enquanto Misha quer confiar nela?”
Eles assentiram.
“Você concorda comigo, certo, Rae?” disse Yu. “Mãe só pensa em si mesma. Desta vez
não é diferente.”
“Deixando sua personalidade de lado, acho que Lady Riche está tentando agir em seu
melhor interesse”, disse Misha.

“Como quando meus melhores interesses de alguma forma envolviam me forçar a viver como um
homem?”
"Isso é…"
“Tudo bem, tudo bem, isso é o suficiente.” Eu os parei mais uma vez enquanto eles
rapidamente se aproximou de uma terceira partida de gritos.
Sério, que punhado esses dois poderiam ser.
“Ainda não temos informações suficientes para saber com certeza se devemos
confie em Lady Riche. Eu mantive meu nível de voz para tentar forçar a calma. “O
desaparecimento de Salas é suspeito, mas ainda é um mistério. Tirar conclusões precipitadas
agora só nos prejudicará no futuro.”
Misha e Yu ouviram em silêncio. Ambos eram pessoas sensatas que

entendi minha lógica. Mas os sentimentos muitas vezes podem ir contra a razão.
“Acho que entendo como você se sente, Yu,” continuei. “Você perdeu seu
liberdade por causa de sua mãe. Você não pode confiar nela.”
"Isso mesmo."
"Mas…!"
“Por outro lado, não entendo sua mudança repentina de opinião,

Misha. Você nunca gostou de Lady Riche. Misha até nos ajudou a quebrar a maldição
de Yu, desafiando os desejos expressos de Riche.
“Ainda não gosto dela. Mesmo no convento, não nos damos bem. Ela tenta separar
Yu e eu em todas as oportunidades – até mesmo obrigando Yu a usar sua própria influência
para desafiar a dela... Mas isso não pode estar certo. Nenhuma mãe e filho deveriam ter que
brigar assim. Lady Yu é mais importante para mim do que qualquer outra coisa - é por isso que
não suporto vê-la afastada de sua mãe assim.
Os verdadeiros sentimentos de Misha saíram de seus lábios. “Não estou dizendo que toda
família se dá bem. Se esta fosse a família de outra pessoa, eu provavelmente concordaria
com Yu. Mas esta não é outra pessoa. É Yu. E eu quero que Yu seja feliz.”
“Em outras palavras, você acredita que Yu precisa se reconciliar com Lady Riche para
ser feliz?”
“No mínimo, nós dois nunca seremos felizes juntos enquanto

Lady Riche se opõe a nós.
“Então, é menos sobre querer confiar em Lady Riche e mais sobre

garantindo a felicidade de Yu?”
"Sim."
Agora entendi. Eu me virei para olhar para Yu. “Senhora Yu.”
"Sim?"
“Eu entendo de onde vem a preocupação de Misha agora. Lady Riche é uma pessoa muito
influente que tenta constantemente separar vocês dois. Você pode ver como isso é um problema, tenho
certeza?
Yu permaneceu em silêncio.
“Então agora eu lhe pergunto: por que você ainda desconfia de Lady Riche? Eu entendo que
você se ressente dela por ela ter te enjaulado antes, mas você foi libertado. Você mesmo disse que ela
cedeu quando você abandonou seu direito ao trono.
Eu ainda desconfiava de Riche, mas a rejeição à queima-roupa de Yu às palavras de

Misha – a ponto de ter uma discussão aberta aos gritos – foi estranha.
"É porque... eu não posso perdoá-la por como ela tratou meu querido Misha."
“No convento?”
"Sim. Misha é meu tudo. E não vou perdoar ninguém que a machuque, mesmo que seja minha
mãe.”
Agora eu também tenho os sentimentos de Yu. Olhei entre eles.
"Então deixe-me ver se entendi... Vocês dois estão discutindo porque se amam."
Eles ficaram em silêncio. Eles olharam para seus pés enquanto suas bochechas coravam.
Quanto a mim? Eu terminei com toda essa confusão.
Arranjem um quarto, seus normies!
“Está claro que vocês dois tinham o melhor interesse um do outro em mente, então que tal
você tenta resolver isso de novo - honestamente desta vez? Não ser franco um com o outro foi o que
levou a esse mal-entendido em primeiro lugar.”
"Você tem razão…"
"Desculpe…"
Parecia que meu trabalho aqui estava feito. “Vou voltar para o meu quarto. Tentar
para não ficar muito apaixonado de novo, ok? Ah, mas ficar apaixonado em um

sentido diferente pode fazer bem a vocês dois, nunca se sabe!”

“Rae!”
Misha me lançou um olhar enquanto Yu simplesmente ria derrotado.
Deixando-os por conta própria, voltei para o meu quarto.
"Tudo está certo? Nada muito sério, eu espero,” Claire disse preocupada.
"Nada mesmo. Apenas uma briga de amante.”
Sinceramente, que casal!
***
Começamos os preparativos no dia seguinte. Havia muito a fazer: delegar

tarefas, programar turnos e revisar a planta baixa da prefeitura em que a conferência
aconteceria. Claro, estávamos isentos de frequentar a academia enquanto trabalhávamos.
Eu me preocupava com nossas notas caindo, mas parecia que eles iriam ignorar nosso
desempenho acadêmico por causa das circunstâncias. Ainda tínhamos que fazer testes, é
claro, então precisávamos continuar estudando tudo o que perdemos na aula.
“O nome é Hildegard Eichrodt, mas, por favor, me chame de Hilda.”
Durante esse tempo, finalmente nos familiarizamos com o último romance

personagem de Revo-Lily. Ela se apresentou como chefe de segurança do lado do
império.
Obviamente, a igreja não estava se preparando sozinha para a visita do papa. Com
com a imperatriz presente, o império também precisava de medidas de segurança.
Grande parte da força do império estava em suas forças armadas, devido em parte ao
seu extraordinário investimento em pesquisa mágica. Isso contrastava fortemente com
o Reino Bauer, que inicialmente havia negligenciado a magia. Na verdade, o
Departamento de Tecnologia Mágica do império era tão influente que eles estavam em
poder apenas para a própria Dorothea. E Hilda tinha laços profundos com esse departamento.
Hilda saiu como uma pessoa afiada e capaz. Ela usava um monóculo,
raramente visto em uma mulher, e seus cabelos prateados e olhos vermelhos me
lembravam Lilly. Mas em contraste com a timidez de Lilly, Hilda emanava ferocidade. Filino

alegou que Hilda era assustadora à primeira vista, mas genuinamente uma pessoa legal - mas eu
conhecia a verdadeira personalidade de Hilda. Ela não passava de ambição crua e se rebaixaria a
qualquer coisa para atingir seus objetivos, mesmo fingindo bondade para com Philine.
Para Hilda, Philine não passava de uma oportunidade de aumentar seu próprio poder.
“Este é o plano de segurança do império”, disse Hilda. “Por favor, revise.”
Dito isto, ela fez um excelente trabalho.
Esta reunião foi realizada em uma sala de conferência compartilhada reservada para aqueles que
trabalhando o detalhe de segurança. O quarto era bastante grande; tinha que ser, para acomodar
todas as pessoas envolvidas. Mesas e cadeiras foram organizadas em fileiras, e as listas de materiais
necessários cobriam as paredes.
“Obrigado, Hilda. Este é o plano de segurança da igreja. Vamos comparar notas e ajudar uns
aos outros.”
Claire liderou a equipe de segurança da igreja com Lilly atuando como apoio. Como Claire era
inexperiente nesses assuntos, Lilly foi designada para ajudar.
Seus esforços combinados permitiram que o planejamento progredisse sem problemas.
“Sua Santidade nos agraciará com seu semblante desta vez?” perguntou Hilda.
“Infelizmente, ela não vai. Sua Santidade nem sempre se revela

para outros."
Veja: Claire e minha surpresa com a verdadeira face do papa. Ela era tipicamente escondida por
uma cortina de bambu sempre que falava ou encontrava pessoas. Mesmo quando ela se mudou, ela andava
em um palanquim.
"Oh céus. Vai ser difícil convencer Sua Majestade disso... Eu não ficaria surpreso se ela
abrir a cortina para revelar à força o rosto do papa. Sua Majestade Dorothea é mal-humorada, afinal. Até a
equipe da conferência tem medo dela.” Hilda deu de ombros, mas sua expressão parecia muito menos
incomodada do que suas palavras sugeriam.
“Você não parece muito preocupado,” Claire disse.
“Bem, sinceramente, duvido que Sua Majestade faria algo tão indelicado com o papa no clima
atual. Convidar a má vontade dos seguidores da Igreja Espiritual só causaria problemas para o império.”

“Você tem muita fé em Sua Majestade,” Claire disse.
"É claro. Sua Majestade ama nada mais do que o racionalismo. Salvo circunstâncias
imprevistas, ela não transgredirá, não contra o papa”. Hilda sorriu tranquilizadoramente.
Sim, tudo bem, mas por que você está tentando nos tranquilizar quando trouxe
a possibilidade-se? Eu pensei.
"A propósito, você conheceu Philine?" perguntou Hilda.
“Eu tenho,” disse Claire. “Ela é muito doce. Você não pensaria que ela era
a filha de alguém tão severo quanto Sua Majestade Dorothea.”
“Ha ha, todo mundo diz isso. Mas os dois são realmente muito parecidos.”
"Oh? Como assim?"
“Ela é obstinada, como sua mãe. Ela tropeça de vez em quando e desanima com
pequenas coisas, mas quando é mais importante, ela se mantém firme.” Hilda elogiou Philine e,
para ser sincero, concordei com ela. “Espero que todos de Bauer se dêem bem com Philine.
Especialmente vocês dois, que lideraram a revolução.”
Os lábios de Hilda se abriram em um sorriso, seu comportamento frio de repente quente.

Inúmeros jogadores caíram nesse sorriso no jogo.
Mas eu não seria enganado. Tive a sensação de que, nos bastidores, Hilda estava
dizendo a Philine exatamente o oposto — avisando-a para não se aproximar de nós, para que
ela pudesse ficar em primeiro lugar na mente de Philine.
"É claro. Esperamos ser bons amigos com ela.” Claire havia estudado a personalidade
de Hilda em preparação para nossa estadia no império. Ela sabia que Hilda provavelmente estava
fingindo amizade, mas conseguiu responder com um sorriso soberbo.
"Aliás..." Hilda baixou a voz. “Tenho certeza que você ouviu os rumores sobre um grupo
visando a vida do papa? Posso dizer com segurança que o culpado não está associado ao
nosso governo de forma alguma. Como observei, fazer da igreja um inimigo seria terrível para
nós. E embora todo esse caso envergonhe um pouco Dorothea, ela entende que não temos
escolha no momento.
O objetivo da visita do papa era dissuadir o Império Nur de

contínuas agressões militares. A guerra trouxe sofrimento, e com os três

nação anti-Nur aliança tomando forma, uma poderosa guerra surgiu no horizonte.
Consequentemente, o papa não estava apenas visitando o império. Ela acabara de realizar uma
conferência semelhante com Thane no Reino Bauer e planejava visitar Sousse e os Alpes depois
do império. De acordo com Lilly, ela lamentou o quão violento o mundo se tornou.
Dorothea pretendia recusar a reunião, pois acreditava que a religião não tinha lugar na
política, mas o império não estava em condições de fazer isso. Eles já estavam olhando para o
cano de uma guerra em potencial com três outras nações. Ganhar a inimizade da Igreja Espiritual
em cima disso seria imprudente.
“Esperamos que a igreja tome medidas adequadas para proteger a

segurança também. Se algo acontecesse com nossa imperatriz, por mais improvável que fosse,
seria um grande golpe para nosso povo”, disse Hilda.
"Entendido."
“Quanto ao seu ex-chanceler, ele já foi pego?”
"Isso... Não, infelizmente ainda estamos procurando por ele."
Então o império sabia da fuga de Salas.
“Seria um alívio pegá-lo antes da visita do papa”, disse Hilda.

“Só para termos uma coisa a menos com que nos preocupar.”
“Concordo plenamente.”
“Ouvi pelos boatos que ele tem fortes laços com alguém do alto escalão da igreja.
Inesperadamente, parece que quem está tramando para prejudicar o papa é...
“Já chega, Hilda,” Claire interrompeu antes que Hilda pudesse fazer uma acusação direta.
“Nós não somos tolos. Já criamos contramedidas para esse assunto com o qual você está tão
preocupado, então vamos acabar com a especulação infundada lá.”
"Peço desculpas. Isso foi grosseiro da minha parte.” Hilda curvou-se ligeiramente.
Agora que pensei nisso, Salas estava originalmente trabalhando com o império. Eles
provavelmente também não queriam que fizéssemos muitas perguntas.
"Tudo está perdoado", disse Claire. “Como co-chefe de segurança, entendo suas
preocupações.”

"Obrigada. Agora, vamos rever os planos?”
Esta primeira reunião entre as equipes de segurança terminou sem um

pegar. Tendo estado no comando, Claire estava compreensivelmente exausta quando
voltamos para o dormitório.
“Tantas coisas inesperadas continuam acontecendo… O que aconteceu com nosso

plano de manipular o império?”
“Nada que possamos fazer sobre isso. As circunstâncias diferiram muito

drasticamente do meu livro de profecias,” eu disse enquanto passava um pente no cabelo de
May e Aleah. O penteado de May se parecia com o meu, enquanto o de Aleah se parecia com o
de Claire. May sempre preferiu o cabelo curto, onde Aleah gostava que o dela fosse comprido,
então os estilos se encaixavam muito bem.
“Mas ainda assim, algo deve ser feito. Podemos muito bem começar com o que está à
nossa frente,” Claire disse.
"Eu estarei lá para você."
Terminei com as meninas, penteei o cabelo de Claire. Ela tinha algumas pontas
duplas. Deve ser do estresse.
“Obrigado, Rae.”
"Qualquer coisa para você."
Repetidamente soltando beijos em sua cabeça, jurei a mim mesma novamente que
aliviaria seu fardo, mesmo que apenas um pouquinho.
***
Os preparativos continuaram sem parar, e antes que percebêssemos, o dia da

a chegada do papa estava sobre nós. O céu estava claro, o ar fresco e a terra aquecida
pelos raios suaves do sol. Claire e o pessoal que ela liderava aguardavam o papa no portão oeste
da cidade. Lilly tinha responsabilidades em outros lugares, mas Yu, Misha e Riche ficaram
conosco.
"Ela está atrasada..." Claire murmurou. O transporte neste mundo não era pontual ao
minuto como no Japão moderno, mas o papa estava uma hora atrasado – tempo suficiente
para nos fazer pensar que algo havia acontecido no caminho.
"Você está preocupado?"

"É claro. E se o papa fosse foda - ahm! Há aquele boato para

considerar." Claire parou antes de dizer “assassinado”. Embora as informações
relacionadas ao problema tenham sido compartilhadas com a equipe de segurança,
tivemos que observar o que dissemos ao alcance do público.
“Quem sabe, talvez ela tenha dormido.”
“Ora, Sua Santidade nunca o faria. Ela não é você, Rae.
Parecia que Claire ainda estava no limite.
“Você é horrível! Quem você acha que acorda cedo todas as manhãs para fazer o
café da manhã e o almoço de todos?” Cobri o rosto e fingi chorar.
“H-hein? Espere, me desculpe. Eu não quis dizer isso, Rae. Eu realmente

aprecio o que você faz, ok? Foi apenas um deslize da língua. Vou devolvê-lo, então,
por favor, não chore...
"Não! Estou ferido! Eu não vou parar de chorar até que você me beije!” Continuei
a fingir soluçar.
“O-o que você está dizendo?! E-estamos lá fora, não posso te beijar quando tem
gente assistindo…”
"Não. Eu. Não vou. Pare! Não até você me beijar!” Eu tentei adicionar uma birra ao
meu ato, mas— “Rae... você não está realmente chorando... está?” Claire me encarou com
olhos vidrados.
"Tee-hee."
“Não me 'tee-hee'. Não temos tempo para seus jogos - isso é

negócio sério."
"Eu fiz isso precisamente porque é um negócio sério, Srta. Claire."
“Pare de brincar,” Claire bufou.
“Você está sendo muito pessimista. Olha, eu li em um livro um tempo atrás que
em tempos como estes, você deve assumir o pior cenário e, portanto, tomar a melhor ação
para resolvê-lo. Vamos tentar?”
“Parece mais fácil falar do que fazer... Tudo bem. Qual é o pior cenário?”

"Digamos... que o papa já está sendo morto."

“Então qual é o melhor curso de ação a partir daí?”
“Que tal enviar alguém para verificar?” Eu ofereci, quando de repente fomos
interrompidos.
"Emergência!" alguém ligou. “O papa e sua comitiva foram atacados por um bando de
monstros! Pedindo ajuda!”
Todos prestaram atenção.
“Quantos, quão fortes?!” Claire rapidamente perguntou.
“Cerca de dez monstros de força média!”
“Despache as unidades de segurança de um a três. O resto é para ficar e

defender o portão.” Sob as ordens de Claire, os reforços se reuniram rapidamente.
"Você vai por mim, Rae?"
“Se esse é o seu pedido.”
"Vai. Estou contando com você."
"Sim, senhora!"
Juntei-me aos reforços, que consistiam em cerca de cinquenta padres soldados

da igreja do império e cem soldados imperiais. Eu era o único aluno Bauer. Acelerados por
aqueles que podiam usar a magia do vento, decolamos da cidade em um ritmo ofuscante.
“Eles estão à vista!” uma voz exclamou da frente.
À frente, o papa e sua comitiva foram cercados por monstros, mal conseguindo se
defender com uma defesa de perímetro.
"Ataque!" o líder dos reforços ordenados.
A maioria de nossas unidades era composta de magos, mas vi alguns

espadachins na frente. Os magos na parte de trás choveram magia, instantaneamente tirando
um terço dos monstros, que estavam muito distraídos com a presa na frente deles.
“Não desista!”
As escoltas militares que guardavam o papa prontamente se reposicionaram para pegar

os monstros em um ataque de pinça. O número de demônios diminuiu rapidamente.

Quando o último dos monstros foi morto, as escoltas do papa expressaram seu alívio. "E-
estamos salvos..."
"Ainda não!" Atirei uma flecha de gelo em uma figura sombria rastejando atrás deles.
"Feh... Então há um afiado entre o grupo."
A figura sombria evitou meu ataque batendo as grandes asas em suas costas e explodindo
para o céu.
"Um demônio?!"
“Eu não me importo com o que vocês humanos me chamam, mas eu tenho um nome: Platos.
Lembre se."
“Platão?! Esse não é um dos Três Grandes Arquidemônios?!” um soldado

exclamou.
Platão - ao contrário de Aristo, seu companheiro Grande Arquidemônio - não usava nada além de
peles de animais. Sua fala e atitude eram ásperas, surpreendentemente diferentes do
calculista Aristo.
Conhecer demônios de grande nome não deveria ser super improvável? No entanto, aqui
estou eu, enfrentando um segundo!
“Prove minha força e morra!” Platão jogou uma clava no chão, enviando ondas pela terra
que derrubaram os soldados. "Coma isso!"
Ele levantou a mão no ar, e pontas de pedra explodiram do chão. Era o feitiço de terra
de nível médio conhecido como Earth Spike, mas o número de espinhos que ele convocou era
irregular - mais de cem, todos explodindo de uma vez.
“Solo enlameado!” Eu usei minha magia da terra para mudar os espinhos para lama macia
momentos antes que eles pudessem perfurar nossa carne. Parar mais de uma centena de
Espinhos Terrestres me prejudicou, mesmo com minha magia de altíssima aptidão, mas não tive
escolha. Era isso ou ser massacrado.
"Nada mal. Aposto que você é Rae Taylor, hein? Um dos humanos que o idiota Aristo
deixou escapar.
Senti uma perturbadora falta de magia deixada em mim... bem quando peguei a de Platão.
olho.
Atirar.

“Aposto que Aristo passou muito tempo brincando com você, hein? Nós iremos,
Eu não sou assim. Eu vou acabar com você bem e rápido!” Platos avançou em minha direção
enquanto balançava sua clava.
Ele é rápido!
"Pare!" Soldados ficaram no caminho de Platão, preparando suas lanças,

balançando suas espadas e disparando sua magia.
"Jogada!" O demônio nem vacilou. Seus ataques ricochetearam nele
enquanto ele atravessava, derrubando os soldados do caminho. "Hnnh-morra!"
Ele sorriu, confiante em sua vitória, enquanto balançava sua clava para mim.
“Judeca! Espiga da Terra!”
Eu congelei Platão no meio do movimento, então o ataquei com o mesmo

feitiço que ele usou antes, formando minha técnica de combinação de marca registrada:
Cocytus. Mas antes que o Earth Spike pudesse se conectar, Platos se livrou do gelo por pura
força e voou no ar.
“Uau. Você quase me ferrou de todas as pessoas... Cara, e logo depois que eu terminei
de me gabar. Vocês humanos são aberrações.” Platos olhou para mim de cima. “Mas ei, quer
saber? Aposto que você está no seu limite. Vocês humanos têm pequenas reservas mágicas
malucas. Apenas esses poucos feitiços provavelmente deixaram você quase vazio.”
Por mais que eu odiasse admitir, ele estava certo. Depois de contra-atacar seus
100 e poucos Earth Spikes e, em seguida, lançar dois dos meus feitiços mais fortes, minha
magia estava quase esgotada. Isso não quer dizer que eu estava completamente virado, mas
eu só tinha cerca de um, talvez dois lançamentos de um feitiço que poderia danificá-lo.
Eu estava prestes a considerar a retirada quando uma voz digna ondulou pelo campo
de batalha.
"Encher."
A luz começou a envolver a área, a iluminação de alguma forma palpável e suave. O

poder cresceu em mim onde tocou. Soldados caídos se levantaram um após o outro. Eu também
senti meu poder mágico restaurado em sua totalidade.
De perto do palanquim do papa, um clérigo gritou. “Sua Santidade o papa nos concedeu
sua bênção! Hoje, não conheceremos a derrota! Levante-se e mate o demônio!”

Em uníssono, as escoltas, os sacerdotes soldados e os soldados responderam com

um grito de guerra.
Isso era... uma habilidade de cura de amplo alcance? Essa magia existe? Eu me
perguntei.
“Hmph. Não foi possível acabar com você. Seja como for, vamos chamá-lo por hoje.
Mais tarde." Vendo-nos recuperados, Platão preparou-se indiferentemente para recuar.
“Caindo fora?” Eu chamei por ele.
“Ah! Espere até que você possa se defender de mim antes de falar merda,” Platão
cuspiu com escárnio. Eu preferiria tê-lo derrubado naquele momento, mas ele não mordeu a isca.
O demônio saiu, voando para o leste.
“Esse era o poder de Sua Santidade?”

"É um milagre!"
Aqui e ali, os soldados começaram a exclamar palavras de louvor ao papa. Eles

estiveram à beira da morte momentos antes. Eu odiava pensar no que teria acontecido se o papa
não tivesse nos salvado com sua magia.
“Rae Taylor, por aqui, se você quiser.” O clérigo que havia reunido os soldados acenou
para mim. Aproximei-me, embora ainda não soubesse para quê.
“Obrigado por nos comprar um tempo tão necessário. A magia de Sua Santidade é
poderosa, mas leva tempo para se preparar.”
Eu já vi essa pessoa antes? Eu tinha certeza que ele era um bispo.
“Oh, não, se alguma coisa, eu deveria estar agradecendo. A magia do papa salvou a todos
nós — eu disse.
“Você me lisonjeia,” uma voz respondeu de dentro do palanquim.

“V-Sua Santidade?!”
“Está tudo bem, Bispo Rhona. É apenas uma questão de tempo até que ela e eu nos
vejamos.
A cortina do palanquim se levantou e, ao fazê-lo, fiquei cara a cara com uma garota
que se parecia exatamente comigo, embora a aura que ela exalasse fosse inconfundivelmente
diferente.
“É um prazer conhecê-la, Rae Taylor. Eu sou o papa”. A voz da garota era

alarmantemente monótona, e sua expressão não se contorceu.

Ela era Clarice Repeats III.
***
“Muito obrigado por vir em nosso auxílio mais cedo.”

Recebemos o papa na principal igreja do império. Claire e eu enfrentamos
o palanquim do papa enquanto nos ajoelhamos no chão, embora ela estivesse
com a cortina abaixada, de modo que não podíamos ver seu rosto. Ao lado do
palanquim estavam Riche, Yu, Misha e depois Lilly, assim como outros membros da igreja.
Todos pareciam tensos, graças ao ataque recente.
Em contraste, o papa nos agradeceu com calma – não, uma voz mecânica,
sem inflexão e sem emoção – mas, de alguma forma, não era nem um pouco
estranha. Seu rosto era idêntico ao meu, assim como sua voz, se eu ouvisse com
bastante atenção, mas tínhamos ares totalmente diferentes.

“Obrigado por nos agraciar com sua presença. Meu nome é Claire François, e
sou responsável pela segurança da sua visita. Estou aliviada por ver que Sua Santidade não
foi prejudicada antes,” Claire disse enquanto se apresentava formalmente.
“Eu não ouvi nada além de coisas boas sobre você. Todos elogiaram sua maneira de
lidar com a situação recente também.”
"Muito obrigado."
Claire se comportou com o maior decoro. Ela nunca deixou de me surpreender em
situações formais, sempre a dama perfeita. Era difícil pensar que ela era a mesma pessoa
que ficava nervosa toda vez que May e Aleah choravam em casa – não que eu tenha feito
melhor nesse caso.
“Seu parceiro é muito forte”, disse o papa. “Eu provavelmente não estaria aqui se não
fosse por Rae Taylor.”
“Muito obrigado por suas amáveis palavras.” Curvei-me profundamente junto com
Claire.
“Tenho certeza de que você já ouviu falar do Cardeal Riche, mas parece que
são aqueles que desejam a minha morte. Embora me doa saber que alguns acreditam
que não cumpri meus deveres como papa, ainda não posso me dar ao luxo de passar deste
mundo. Você me empresta sua ajuda?”
“Claro, Sua Santidade. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para protegê-lo.”
"Muito obrigado. Agora, então, devo agora falar sobre um assunto diferente. Peço
a todos os clérigos, exceto o Cardeal Riche, Cardeal Yu, Lilly e Misha, que se despedem.”
Os membros do clero sussurravam uns para os outros, confusos.
"Desculpe, Sua Santidade não foi clara?" A voz afiada e sagaz de Riche rasgou os
murmúrios. Ela falou baixinho quando nos chamou no outro dia, mas achei que esse tom
soava muito mais autêntico. Mas isso foi provavelmente o meu preconceito falando.
Por insistência dela, os membros do clero desocuparam a área.
Depois de certificar-se de que todos, exceto os especificados, haviam saído, Riche disse: “Agora
então, vamos trocar Sua Santidade e Rae. Misha, o cego, por assim dizer.

"Certamente." Misha levantou a cortina de bambu, revelando a pequena

quadro sentado em uma cadeira branca modesta. Ela usava uma vestimenta branca
bordada com fios dourados.
“Sua Santidade, peço perdão, mas posso pedir-lhe que deixe seu
assento para que possamos começar a trocar de roupa?”
"Entendido." A expressão do papa nunca vacilou quando ela se levantou e caminhou

lentamente em nossa direção.
Correndo o risco de soar narcisista, devo simplesmente deixar claro que o papa era de uma
beleza fascinante. Embora tivéssemos o mesmo rosto, ela exalava uma aura de misticismo que eu
simplesmente não conseguia igualar. Há uma linha tênue entre o arrepiante e o divino, e seu rosto
indiferente e sem emoção vacilou sobre isso, mas acabou caindo na divindade. Talvez ser o papa
significasse que ela tinha que manter constante controle de sua expressão?
Tais eram meus pensamentos quando ouvi um baque.
Ninguém falou.
Ela tropeçou. O papa tinha tropeçado. E diretamente em seu rosto, com isso.
Incapaz de processar o que tinha acabado de ocorrer, Claire e eu olhamos, nossas bocas abertas.
A ideia de oferecer uma mão não veio à tona em nossas mentes.
Então, como se nada tivesse acontecido, o papa se levantou e recomeçou a caminhar

lentamente em nossa direção com sua expressão friamente composta.
Em seguida, outro baque.
Ela caiu alguns passos depois. Na cara dela. Novamente.
"Sua Santidade?!" Claire recuperou seus sentidos e correu para a casa do papa.
lado para ajudá-la a se levantar. O papa, ainda sem expressão, pegou a mão dela e se levantou.
“Perdoe-me, temo que não sou atleticamente inclinado.”
Mas você está apenas andando? Eu pensei. Caminhar pode realmente ser considerado algo
atlético?
Suas vestes pareciam pesadas e se arrastavam no chão enquanto ela caminhava. Nenhum
suor apareceu em sua testa, mas ela parecia lutar para se mover.
Achei estranho que ela andasse tão devagar, mas talvez fosse o mais rápido que ela podia andar?
Ou talvez ela seja apenas fisicamente fraca? Eu ponderei.

Ela finalmente me alcançou e respirou fundo, como se tivesse

realizou uma grande façanha, apesar de apenas caminhar doze metros ou mais.
"Agora, Misha, Lilly, por favor, ajudem-na a mudar", disse Riche.
"Certamente."
“S-sim.”
Lilly correu até o papa e começou a tirar suas vestes pesadas

fora, peça por peça. Tirei minhas próprias roupas e vesti as vestimentas que Misha
me passou. Ah, eles são bem pesados. Talvez por causa de sua natureza ornamental,
as vestimentas restringiam minha capacidade de flexionar meus membros e eram difíceis
de me mover. Embora eu ainda achasse o papa frágil, essas roupas eram parcialmente
culpadas.
“Por favor, use isso se quiser, Sua Santidade.” Seria

ultrajante fazê-la usar minhas roupas usadas, então Claire entregou um conjunto
lavado que trouxemos de casa.
“Como isso é usado?” O papa olhou para minhas roupas com perplexidade, como
se fossem um objeto estranho.
“Eu posso ajudá-lo a mudar.”
“Não, Lilly,” Lady Riche interrompeu. “Se Sua Santidade viver como Rae por
por enquanto, ela precisa aprender essas coisas. Por favor, ensine-a.”
“Por favor, então, Lilly”, pediu o papa.
“S-sim.”
O papa parecia carecer de conhecimento comum básico, como se ela tivesse

vivido sob uma rocha a vida toda. Acho que ela tinha acabado de nascer com uma colher
de prata na boca, deixando-a sem necessidade de aprender essas coisas? Felizmente,
ela pareceu pegar o jeito de roupas normais rapidamente. Ela moveu seus braços e pernas
curiosamente, parecendo muito fofa – isso também foi narcisista da minha parte dizer?
“É leve e fácil de se mover. Um pouco frio, no entanto.”
“Por favor, use isso se estiver com frio, Sua Santidade.”
“Claire, se eu vou viver como Rae, preciso que você me trate como ela.”
“Ah... M-mas, claro. Você deveria usar isso então, Rae.”

"Sim, senhorita Claire." O papa enfiou os braços na jaqueta que Claire lhe entregou.
Eu sempre adicionava “Senhorita” quando dizia o nome de Claire, e parecia que ela faria o
mesmo para manter o disfarce.
“Rae—quero dizer—Sua Santidade, tome cuidado para assistir seu discurso e

comportamento também,” Misha me avisou.
Isso pode ser muito mais cansativo do que eu esperava.
***
Fazia alguns dias desde a minha troca com o papa.
A conferência com Dorothea ainda estava para acontecer, mas o papa sempre tinha
várias pequenas tarefas que ela precisava cuidar. Eu geralmente os deixava para os outros
e me concentrava em não estragar meu disfarce, o que era mais fácil do que eu pensava, já
que o próprio papa raramente via as pessoas. Mesmo assim, nas raras ocasiões em que tive
que lidar diretamente com alguém, de vez em quando errava e falava de maneira não natural
ou confundia a ordem das formalidades.
"Ugh... estou exausta."
Terminada a reunião com o clero da igreja do império, voltei para o quarto que havia
sido fornecido a mim e me esparramei descuidadamente na cama com uma expiração
profunda. Manter a fachada foi difícil porque, para surpresa de ninguém, minha personalidade
era o oposto da do papa; levou tudo o que eu tinha para me impedir de brincar. Claro, a pior
parte de tudo era não ter Claire ao meu lado.
Quando tudo isso acabar, vou brincar com Claire para o conteúdo do meu
coração! Prometi a mim mesma, quando ouvi uma batida na porta.
Levantei-me apressadamente e sentei-me na cama.

"Entre."
“Perdoe-me, Sua Santidade.” Riche entrou na sala. Ela olhou para mim, sobrancelha
levantada por um breve momento, antes de fixar sua expressão. “Seus deveres estão
concluídos para o dia. Bom trabalho. Trouxe uma muda de roupa.”
Ela trouxe algumas vestimentas simples e sem adornos que agiam como
vestir e desdobrou-os para eu ver.

"Além disso... Por favor, tome cuidado para não se deitar com suas vestes formais,
ou elas vão ficar enrugadas."
Ah. Ela tinha visto através de mim. Sim, eu suponho que o verdadeiro papa não
estaria se jogando em uma cama como esta.
"Sinto muito, Lady Riche."
"Tente novamente."
"Rico."
“Sim, Sua Santidade.”
Riche sorriu de contentamento depois que eu me corrigi apressadamente. Ela

começou a me ajudar a trocar de roupa.
“Dito isso, entendo que você deve estar exausto. Atuando como o papa
não deve ser fácil, ter que ser composto o tempo todo.” Ela falou com consideração, sua
voz baixa o suficiente para que só eu pudesse ouvir.
"Oh sim. Especialmente porque eu costumo agir como um animal selvagem.”
“Tenho certeza de que isso não é verdade. Ouvi dizer que suas notas em etiqueta eram bem
altas quando você era estudante.
Quando a túnica externa foi retirada, eu respondi: “Não consigo segurar uma vela para
nobres de verdade. Afinal, vivemos em mundos diferentes.”
“Bem... isso é tudo no passado. Agora, não há distinção entre nobre

e plebeu”, Riche murmurou, parecendo incerto se a mudança foi para melhor ou para pior.
“Lembro que você era originalmente um membro da igreja?”
"Sim. Mas se você rastrear minha linhagem de volta, eu descendo de proeminentes

aristocratas Bauer. Naturalmente. Nenhuma clériga de nascimento comum, nem mesmo um
cardeal, poderia tornar-se rainha tão facilmente.
“Foi difícil se adaptar à vida como realeza?”
“Ah... À sua maneira. Aprendi etiqueta na igreja, mas as formalidades esperadas

da família real eram muito mais complexas. Eu tive que praticar muito.” Ela parecia nostálgica.
“Mas eu tive ajuda. Eu sei que você não gosta muito dele, mas naquela época, Salas era bom para
mim.”
Então ele apoiou ativamente Riche antes mesmo de ela se tornar rainha?

“Todo mundo só fala mal dele desde sua prisão. Claro, nem mesmo eu posso perdoar
seus laços com o império, muito menos o que ele tentou fazer com o reino. E, no entanto,
também não acho certo negar o que ele fez pelo reino.”
Suas palavras tinham alguma verdade. Salas foi um excelente chanceler que
trouxe estabilidade para Bauer. Mesmo a pressão do falecido rei l'Ausseil pela
meritocracia teria terminado antes de começar se não fosse pela ajuda de Salas para torná-la
realidade.
“Ele costumava ser um sonhador com um lindo ideal em seu coração. Mas isso tudo
mudou por causa dela... Por causa de Lady Lulu.” A rainha antes de Riche.
Aquele que teve um caso com Salas que resultou no nascimento de Thane.
“Lady Lulu estava constantemente se apaixonando por novas pessoas. Uma típica dama nobre,
por assim dizer. Ela seduziu Salas com muita facilidade, ingênuo como ele era.
Minha impressão dos eventos foi bem diferente, mas eu sabia quando
manter minha boca fechada. Em vez disso, fiz uma pergunta diferente. “Você amou Salas?”
Ela não respondeu por um tempo. Apenas o som de roupas farfalhando encheu a sala.
“Os sentimentos pessoais importam pouco em uma palavra política. Eu era a esposa
de l'Ausseil e, portanto, nunca poderia me casar com Salas. Isso foi tudo."
Suas palavras soaram como se fossem para ela e não para mim.
“De qualquer forma, me tornei rainha, depois dei à luz Yu… Ela deu minha vida
significado. Tenho certeza que você... e Yu não pensam muito bem de mim, mas eu realmente
a amo.”
Sua expressão suavizou quando ela falou o nome de Yu. Eu poderia

lembre-se do olhar em seu rosto por um longo tempo.
“O que eu fiz com ela foi imperdoável. Não sei se ainda tenho o direito de me chamar
de mãe dela. Mas tudo o que fiz, fiz com os melhores interesses dela em mente. E não importa o
que alguém possa dizer, essa é a verdade.” Ela olhou fixamente para mim enquanto falava. Senti
sinceridade em suas palavras.
“O que você acha de Misha?” Eu perguntei.
Riche abriu um sorriso fino ao ouvir minha pergunta.
“Acho que Misha é uma garota maravilhosa. Sua família costumava ser nobres de

boa reputação, e ela cooperou conosco em esconder o verdadeiro sexo de Yu. Você pode
não acreditar em mim, mas eu tinha certeza de que ela seria a futura esposa de Yu.
Isto é, até que sua casa caiu em ruínas.” Ela falou com nostalgia, como se imaginasse um jovem
Yu e Misha juntos.
"E agora?"
“Agora... eu não tenho tanta certeza. Yu é uma mulher agora, mas ela ainda quer ter
Misha como um parceiro para toda a vida. Eu simplesmente não consigo entender por que alguém
escolheria amar alguém do mesmo sexo. Desculpe se ofendi você.”
"Está tudo bem. Eu não me importo.”
Pessoas heterossexuais podem nunca entender completamente como as pessoas

queer se sentem – e vice-versa. Nenhuma das partes teve culpa.
“E ainda assim, eu invejo você e Yu. Vocês dois escolheram viver vidas que eram fiéis a
si mesmos, escolhendo seus caminhos apesar de conhecer as dificuldades à frente.
Eu acho vocês todos maravilhosos. Eu realmente quero.”
Suas palavras me pegaram de surpresa. Achei que ela simplesmente detestava nosso
tipo de amor, mas ouvi-la admitir que não entendia, e até invejava...
“Talvez os tempos estejam mudando. Quando eu tinha sua idade, a quem eu amava
ou casado não foi uma decisão minha. Dizem que os idosos tendem a olhar para o passado
com carinho; Acho que é porque invejamos nossos eus mais jovens, que ainda não cometeram os
erros que cometemos agora. É mais fácil desejar mudar seu passado do que reconhecer o que
você fez.”
Suas palavras não combinavam com sua aparência ainda jovem. Sua voz parecia
envelhecer quando ela falava dos anos que se foram.
“Rae, um dia você se tornará adulta e entenderá o que significa

ficar preso no passado. Haverá crianças que mostrarão a você o mundo vindouro, e então
você entenderá o quão invejáveis – mas tão brilhantes – elas brilham.”
As palavras que ela falou neste dia ficariam comigo para sempre. Mesmo depois do
que aconteceria, eu ainda olharia para trás e pensaria na verdade das palavras de Riche.
***

Intervalo—Adultério (Acidental)
POV de Claire
Alguns dias se passaram desde que o papa e Rae trocaram de papéis, e as coisas
pareciam estar indo bem para Rae, considerando que ela não havia se exposto. O mesmo
não poderia ser dito de nós.
Era noite, quase hora dos guardas trocarem de turno.
"Você não acha que a senhorita Rae tem estado meio quieta nos últimos dias?"
Lana – que estava ajudando no serviço de guarda – perguntou, cheia de suspeitas. Ao seu
lado, Eve olhou para nós, também em dúvida.
"De jeito nenhum. Estou como sempre estou”, respondeu o papa. Suas palavras
pareciam do tipo que Rae poderia dizer, mas seu tom permaneceu monótono e sem emoção.
“E-isso mesmo. Ah, eu sei, ela provavelmente está cansada do serviço de

guarda. Eu tentei o meu melhor para arranjar uma desculpa.
“Hum, sério? Algo não está certo... A Srta. Rae sempre foi assim tão inexpressiva?”
Lá estava, meu maior motivo de preocupação. Ao contrário de Rae, que era

incrivelmente emotiva, o rosto do papa nunca se contraiu. Não podíamos evitar levantar
suspeitas.
“E-a verdade é que Rae e eu estamos brigando por um tempo agora.

É por isso que ela parece um pouco rígida.”
“Ah, entendi, entendi. Ei, senhorita Rae, se você está entediada com a senhorita
Claire, então por que não começa um relacionamento secreto comigo? Lana disse, brincando
com Rae – que na verdade era o papa – como sempre fazia.
Vendo a suspeita de Lana passar, dei um suspiro de alívio, mas estava me

adiantando.
"O que você quer dizer com 'relacionamento secreto'?" o papa perguntou em sua
voz impassível. Minha pressão arterial disparou através do telhado.
“Ei, ei, ei! Você está me dando o ok? Oh, meu Deus, este é o meu dia de sorte!”

"Sujeira…"
Lana parecia estar em estado de euforia enquanto Eve não fazia nenhum esforço para
esconder seu desgosto. Minhas preocupações só cresciam.
“O que você está dizendo? Rae nunca me trairia,” eu disse.
“O quê, mas você mesmo disse que estava lutando. Eu não vou deixar uma oportunidade
como essa escapar, sabe?
Os olhos inexpressivos do papa me encararam. Não parecia que ela ia levantar um

dedo para consertar essa bagunça. Cabia a mim nos arrastar para fora disso.
“E-nós podemos estar brigando, mas isso não muda o fato de que nós dois amamos
profundamente,” eu disse. "Estamos apenas tendo uma pequena... desavença."
“Sim, mas não é, tipo, uma 'pequena discussão' já uma razão para terminar as coisas?
Qual é o sentido de forçar um relacionamento que não está dando certo?”
"Lana... Exatamente em que tipo de relacionamentos você esteve até agora...?"
Eu nem estava perguntando sobre seu histórico de relacionamento, apenas expressando

minha exasperação com sua visão sombria do amor.
“Em primeiro lugar,” eu continuei, “por que você está tão interessado em Rae?
Você vem se aproximando dela desde o primeiro dia de aula. Rae me disse que não se lembrava
de ter conhecido Lana antes, então por que ela estava tão apaixonada por ela?
"Huh? Quero dizer, vamos lá – a Srta. Rae é tão fofa e inteligente! E eu adoro o quão
pegajosa ela pode ser.”
"Oh. Bem, eu vou te dar isso.”
Bonito - confira.
Inteligente — não podia discordar.
Clingy—absolutamente correto.
“Além disso, eu sinto que Rae nunca trairia romanticamente, mas ela estaria
totalmente pronta para um caso puramente físico.”
“N-bobagem!” Repreendi Lana, até porque não queria que o papa ouvisse mais sobre esse
assunto.
“Existe uma diferença entre um caso romântico e um físico?”

o papa inocentemente perguntou, inclinando a cabeça.

Estou lhe implorando, Santidade, por favor, não dê atenção a ela!
"Absolutamente!" cantou Lana. “Um caso físico não é traição se não houver amor!”
“Você sabe que isso não é verdade! Continue falando bobagens e eu vou te queimar!”
eu me enfureci.
“Ah, não, me ajude!” Lana disse em uma voz inexpressiva enquanto se escondia atrás
do papa. "Salve-me, senhorita Rae!"
“Senhorita Claire, é errado queimar alguém por meras brincadeiras. Isso iria
não seja conduta moral”, o papa me repreendeu.
"Foi uma piada... Você realmente leva esses assuntos a sério, não é?"
Senti como se estivesse cercado por inimigos, sem aliados à vista. Rae, sinto muito
sua ausência. Volte logo.
“Ah! Você também gosta de mim, Rae! Eu sabia! Então, que tal você e eu
jantar hoje a noite?"
“Não, obrigado. May e Aleah estão me esperando em casa.
“Ah, figuras. As crianças adicionam um desafio extra ao jogo pick-up. Mas isso só o
torna ainda melhor!”
“Meu Deus, você já parou de falar besteira? Oh, olhe, já está na hora da mudança de
turno. Bom dia, Lana, Eve,” eu disse.
"Vejo você mais tarde, Lana, Eve."

“Mais tarde!”
"Adeus…"
Nós nos separamos dos dois e corremos para casa.
“Madre Claire, Sua Santidade, bem-vinda ao lar!”

"Bem-vindo a casa!"
May e Aleah nos cumprimentaram quando voltamos para nosso dormitório. Ahhh, eu
pensei, nada é melhor depois de um dia de trabalho do que ver aqueles sorrisos. Eu
abracei os dois e cuspi beijos em suas bochechas.
Eles já sabiam sobre a troca entre Rae e o papa. Eles

realmente percebi que algo estava diferente antes mesmo de eu ter a chance de

explicar no primeiro dia, simplesmente dando uma olhada no rosto do papa e

perguntando: “Quem é essa pessoa?”
“Onde está a Mãe Rae?”
Fiquei surpreso – eles tendiam a ser comparativamente mornos perto de Rae,

mas suponho que estavam prestando atenção nela mesmo assim. Rae ficaria em êxtase
ao ouvir isso. Eu mal podia esperar para contar a ela.
“Eu preparei o jantar!”
“Aleah é incrível! Ela é como Mama Rae.”
“Obrigado, Aleah.”
"Muito obrigado."
O papa e eu agradecemos a Aleah. Embora eu tivesse vergonha de admitir, nem

eu nem o papa sabíamos cozinhar. Eu tinha pensado em contratar alguém com os fundos
fornecidos pela igreja quando Aleah sugeriu que ela mesma cozinhasse.
Eu me preocupei se ela poderia lidar com isso no início, mas todas as dúvidas foram embora
janela no primeiro dia, quando ela forrou a mesa com irresistíveis pratos atrás de pratos.
Ela só estava tendo aulas com Rae por um mês, mas provou ser uma aprendiz
excepcionalmente rápida. Claro, May ajudou um pouco a irmã, mas era principalmente
Aleah.
Trocamos de roupa, comemos, tomamos banho e brincamos com as crianças. Antes

que percebêssemos, era hora de dormir.
"May, Aleah, hora de dormir."
"Ok!"
"Sim, mãe."
Eles se despediram e voltaram para o quarto.
“Eles são bons garotos”, disse o papa. Seu rosto estava tão desprovido de emoção
como sempre, mas algo nela parecia mais gentil do que o normal.
"Sim. Estou orgulhoso deles.” Eu realmente era, do fundo do meu coração. No

começo, eu estava preocupado se estava equipado para criá-los, mas essas preocupações
já haviam passado. Eu tinha entendido mal o que era a paternidade

o primeiro lugar.
A paternidade não era apenas criar um filho. A paternidade estava cuidando de um

criança como eles se criaram. Não fomos feitos para forçar nossos filhos a se tornarem
alguma coisa, mas sim para ajudá-los a se tornarem o que eles queriam ser.
Pelo menos, essa foi a minha opinião sobre isso. Naturalmente, eu ainda acreditava em um certo nível
de disciplina para garantir sua segurança.
“Agora, então, vamos dormir nós mesmos?”

"Sim."
Fomos para o quarto e nos deitamos. O quarto, originalmente destinado a Rae e

eu, só tinha uma cama. Infelizmente, isso significava que o papa e eu tínhamos que dormir
juntos. No começo, eu tinha dúvidas sobre dormir ao lado de uma mulher que parecia idêntica
a Rae, mas o papa dormia rápido – ao contrário da minha esposa travessa – então eu me
adaptei logo.
“Boa noite, Sua Santidade.”
“Boa noite, Clara.”
Foi quando senti algo macio tocar meus lábios. Sentei-me em choque.
“AAAA-Sua Santidade?!”
"Um... caso físico... não é traição... certo?" Ela falou sonolenta antes de cair no
sono completamente.
Eu estava em tumulto.
Ah, Ra! Por favor me perdoe!
Com essa nova estranheza pairando sobre minha cabeça, eu rezei para Rae me
visitar em meus sonhos enquanto eu fechava meus olhos durante a noite.
***
Faltavam três dias para a conferência. Eu estava me acostumando com meu papel
de dublê de corpo, embora com ocasionais deslizes verbais aqui e ali.
Mas acho que nunca conseguiria me acostumar com essa comida…
Apesar de ser a figura principal da igreja, as refeições do papa eram

incrivelmente modesto: pão duro, ensopado sem graça com feijão, ovo cozido e algumas frutas.
Era basicamente a mesma dieta da qual Claire e eu vivemos por algum tempo depois da
revolução. A igreja não proibia comer carne, então eu só podia presumir que isso fazia parte de
sua autodisciplina religiosa.
“Vou começar agora o teste de veneno”, disse o atendente ao meu lado.
Meu apetite, já baixo por causa da comida sem graça, caiu ainda mais
a menção de veneno. Eu entendi que era uma necessidade, porém, dado o status do papa e
os rumores.
Eu não podia simplesmente usar minha magia de água desintoxicante também, já que
o império tinha um veneno chamado cantarella que era resistente a ela. Eu tinha sido capaz de
desintoxicar a antiga variante usada em Thane, mas se a variante que Louie usou – ou uma variante
mais nova, aliás – fosse misturada na minha comida, eu estaria morto. Era fácil pensar que a magia
era todo-poderosa, mas tinha seus limites.
A atendente que estava testando minha comida para ver se tinha veneno era uma
freira chamada Sandrine. Ela cuidou de mim regularmente também. Ela parecia ser uma crente
fervorosa no papa e vinha fazendo esse trabalho desde jovem.
Ela se parecia com a maioria das outras freiras, mais ou menos da mesma altura que eu, seus
olhos suaves e gentis. Eu diria que ela estava na casa dos vinte. Ela também era um pouco
magra, talvez por causa dessa dieta que o clero vivia. Pensando bem, todos os membros do clero
que eu tinha visto até agora eram mais magros.
"É seguro." Depois de experimentar uma parte de toda a minha comida, Sandrine voltou para o
meu lado de prontidão.
“Obrigada, Sandrina.”
"De jeito nenhum. Isso é apenas parte dos meus deveres,” ela disse com um sorriso
caloroso.
Senti uma pontada de culpa quando coloquei a colherada na boca. Sandrine

não sabia da troca e ainda achava que estava arriscando sua vida pelo papa. Se ela fosse
envenenada e morresse, seria por algum estranho de quem ela nunca tinha ouvido falar. Eu não
gostei muito do pensamento disso.
“Sua primeira ordem de negócios será se encontrar com Lady Riche para
discutir a próxima conferência.”
"Entendido."
Eu não conhecia muito as pessoas, em parte por ser dublê. o

a maior parte do meu trabalho foi tratada por Riche. Na verdade, ela fez um monte de coisas,
como lidar com os preparativos da conferência, coletar informações que o papa precisaria para a
conferência e me manter atualizado sobre Claire e o verdadeiro papa – assim como May e Aleah.
Foi graças a ela que pude me concentrar no meu papel sem essas preocupações.
Continuei ouvindo Sandrine recitar a agenda do dia enquanto terminava minha

refeição. Talvez eu devesse pedir opções diferentes, pensei, enquanto me movia para me trocar.
Meu coração afundou quando pensei em ter que usar aquelas vestes pesadas para outro dia.
"Acho que você ganhou um pouco de peso, Sua Santidade", disse Sandrine.
Suas palavras me assustaram. Eu compartilhava o rosto do papa, mas nossos números não eram
exatamente os mesmos. “Deve ser por causa do império. Tenho certeza de que eles estão dando
a você os ingredientes da melhor qualidade em consideração a você.”
Felizmente, ela mesma explicou a diferença. Ufa.
“Vou fazer os botões nas suas costas,” ela disse enquanto se movia atrás de mim. Era
irritante como você não podia vestir essas vestimentas sozinha. Os botões estavam longe demais
para serem alcançados. Talvez eu pudesse fazer Broumet começar a vender zíperes...
“Eu graciosamente te agradeço por conceder a honra de tocar o corpo de Sua

Santidade,” ouvi Sandrine sussurrar atrás de mim. Toda vez que ela me tocava, ela oferecia sua
gratidão a Deus e beijava seu rosário. Sem dúvida, ela estava fazendo isso hoje também. Mas ela
estava demorando muito.
"Algo está errado?" Eu perguntei.
De repente, senti a presença de uma forte magia atrás de mim. Tentei me virar, mas
encontrei meu pescoço comprimido, incapaz de respirar. Algo fino e como um cordão se enrolou
em minha garganta.
"San... dri... ne... por quê?!"
Abandonei a busca de uma resposta e me dediquei a encontrar uma

saída da minha situação. Sobrevivência primeiro — interrogatório depois.
Eu convoquei uma gota de magia o mais rápido que pude pelas minhas costas e
disparou, enviando Sandrine voando direto para a parede.
Respirei fundo enquanto olhava para Sandrine com cautela. Sua expressão gentil estava
longe de ser vista, seus olhos agora vidrados e suas mãos segurando um rosário. Aquele rosário
— tinha que ser o que me sufocou. Qualquer cabo normal

deveria ter estalado; Suspeitei que tivesse sido feito especificamente para servir de garrote. Na verdade,
alguma luz estranha emanava dele – era uma ferramenta mágica?
Interrompendo meus pensamentos, Sandrine atacou, cordão na mão. Mas ela era lenta. Ela
esperava estar enfrentando o papa fisicamente frágil.
"Peguei vocês." Agarrei seu pulso direito e torci, aplicando pressão na articulação. Achei que já
era hora de aprender algumas habilidades práticas de combate, então pedi a Claire que me ensinasse o
básico das artes marciais.
Sandrine resistiu por um tempo, mas ela engasgou com a dor e soltou o
cordão.
"Dorme." Pressionei a ponta do dedo em sua testa e lancei outro de meus

feitiços de água de marca registrada, o mesmo que eu usei em Claire durante o Movimento
dos Comuns. Era forte o suficiente para fazer até a Claire resistente à magia desmaiar –
então, é claro, não havia como uma simples freira como Sandrine resistir.
“Ufa...” Eu estava fora de perigo. Peguei o rosário e pensei

sobre chamar alguém quando—
"Sua Santidade!"
Alguém entrou estourando pela porta.
"Senhora Riche..."
"Você está bem? Ouvi um barulho e vim assim que pude!” Rico
falou entre suspiros. Ela tinha corrido aqui a toda velocidade. "V-você está sangrando!"
"Huh? Ah... eu devo ter me cortado quando a empurrei para trás. eu não podia
veja, mas aparentemente havia uma cicatriz em volta do meu pescoço.
“Sandrine fez isso?”
"Sim, mas tenho a sensação de que ela não era ela mesma."
"Ela ainda está... viva?"
"Não se preocupe, ela está apenas inconsciente." Eu não poderia tê-la morrendo em mim
antes que eu pudesse coletar informações.
“Uma cicatriz tão terrível... eu sinto muito. Eu pensei que tinha removido qualquer coisa que
pudesse ser usada como arma, mas eu não tinha considerado um rosário,” Riche disse preocupado
enquanto ela começou a lançar magia de cura em mim.

Isso é estranho, pensei enquanto guardava o rosário debaixo da minha vestimenta.

Mas ainda não posso tirar conclusões precipitadas.
Seguindo Riche, membros do clero entraram na sala.
"O que aconteceu?!"
“Sua Santidade, você está segura?!”
“Sandrine fez isso?”
As coisas estavam ficando barulhentas aqui. Um padre soldado prendeu Sandrine no

chão quando ela começou a acordar.
"Ngh... Onde... estou?"
“Sandrine, você está presa por sua tentativa de assassinato de Sua Santidade.
vida."
"O que?! Eu nunca!" ela insistiu.
“Você ainda finge inocência? Não vejo razão para esperar por um julgamento. Executar
ela aqui.” As palavras duras de Riche me pegaram de surpresa.
“Espere,” eu disse, perturbada. “Ainda precisamos questioná-la.”
"Isso vai demorar muito..." Lady Riche se interrompeu. “O crime dela é claro. Não vejo
razão para perder tempo.”
"Lady Riche, estou bem", sussurrei em uma voz que só ela podia ouvir, mas ela não parou.
"Execute-a, no local!"
Riche me deixou sem escolha.
“Você está desobedecendo às ordens de seu papa?” Eu perguntei friamente.
Este foi meu último recurso. Essas palavras não teriam significado nada se
nós dois estávamos sozinhos, mas Riche tinha os espectadores a considerar.
"Perdoe-me... Vamos obedecer à decisão de Sua Santidade." Começando com

Riche, todos começaram a se ajoelhar diante de mim.
Eca. Isso parece terrível.
Depois disso, Sandrine foi questionada pela igreja. Ela alegou que estava no meio de
me trocar quando desmaiou. Ela também parecia se culpar muito, pois - não importa as verdadeiras
circunstâncias - ela tinha

atacou o papa, e ela mesmo agora desejava sua própria execução.
Ordenei que o interrogatório fosse feito com pelo menos um membro da igreja e um
membro do Reino Bauer sempre presentes. Suspeitei que Sandrine não fosse a única perpetradora,
o que a deixava em risco de ser silenciada por conspiradores para esconder informações.
Eu visitei Sandrine um tempo depois.
"Por que você foi tão longe a ponto de me salvar depois do que eu fiz com você?" ela
me perguntou entre lágrimas.
Não consegui pensar em uma boa resposta, então simplesmente respondi: “Eu realmente
precisa de um motivo se for você, Sandrine?
Superada pela emoção, ela começou a soluçar ainda mais.
Sua Santidade, eu posso ter acidentalmente colocado você na rota Sandrine.

Desculpe!
Deixei claro para os outros que Sandrine não deveria ser punida até que todas as
circunstâncias por trás do caso fossem esclarecidas.
“Tenha isso analisado para mim.” Eu também entreguei secretamente o rosário de Sandrine
para um membro do clero do Reino Bauer ao lado - sem o conhecimento de Riche.
***
Intervalo - A Anatomia de um Sorriso

Papa Clarice repete o ponto de vista de III
"Sua Santidade, o que há de errado?"
“Há algo preso em nossos rostos?”
As jovens gêmeas – chamadas May e Aleah – me olharam com ceticismo.

Não, talvez com ceticismo não fosse bem isso. Eles simplesmente me olhavam com
curiosidade desenfreada.
Eu estava morando no quarto de Rae e Claire por enquanto. Claire estava fora, me
deixando sozinha com May e Aleah. eu não tinha conhecimento

tarefas domésticas, então, em vez disso, cuidei de May e Aleah - embora possa ser mais
apropriado dizer que elas cuidaram de mim.
"Nada está errado. Eu estava simplesmente pensando em como vocês dois são fofos.”
Eu respondi com sinceridade. Como papa, muitas vezes não tive a oportunidade de me
expressar livremente, e esta foi uma boa oportunidade para aprender. Fui ensinado a observar
minhas palavras, expressões e até meus pensamentos para melhor servir à igreja, mas nunca
pensei nisso como um fardo. Foi assim que fui criado. Meu propósito era ser o símbolo da igreja.
Foi para isso que fui criado .
“Você está nos elogiando? Ei, ei, você está nos elogiando?”
"Sim." Eu balancei a cabeça, fazendo com que May sorrisse feliz.
No entanto, Aleah parecia um pouco desanimada. “Você deveria sorrir se

algo é fofo.”
"Sorriso?"
"Sim. Mesmo se você disser que somos fofos, não sabemos se você está falando sério com
um rosto assim. Se alguma coisa, é assustador.”
“Como se sorri, Aleah?”
"Huh?" Aleah me olhou surpresa, pega de surpresa pela minha pergunta honesta.
“Você não sabe sorrir?”

"Eu não."
“Você não sorriu antes?”

“Não que eu me lembre.”
"Oh não! May, precisamos fazer alguma coisa!”
Os gêmeos começaram a conferenciar. Sorrir parecia ser muito importante.
"Eu sei!" Maio começou. “Nós apenas temos que fazer isso!” Ela começou a fazer cócegas em
meus lados.
"Huh? Você não tem cócegas?”
“É muito delicado.”
“Mas você ainda não vai sorrir.”

“Parece que não.”
“Então você se junta também, Aleah! Dois é melhor que um!"
"Ok!" Aleah juntou-se às cócegas. Mas não parecia mudar

nada. "Ela ainda não vai sorrir?"
“Pensei que daria certo…”
Eu não sorri. Eu sentia cócegas de fato, mas isso não resultou em um sorriso. As
duas meninas continuaram a tentar várias coisas, mas sem sucesso.
“Sinto muito, meninas,” eu disse.
"Está bem. Acho que algumas pessoas simplesmente não sorriem com muita facilidade.”
"Mas nós dois sorrimos o tempo todo, não é, May?"

"Sim…"
“Mas, Sua Santidade, você realmente acha que somos fofos, certo?” May perguntou.
"Sim."
“Então tenho certeza que você vai sorrir um dia! Porque Mama Rae sempre diz
'fofo é justiça'!”
“Bonito é a justiça?” A conexão entre justiça e sorriso me iludiu. Quão fundo na toca
do coelho foi sorrir?
Claire voltou para casa logo depois, e nossa conversa chegou a um fim
inconclusivo. Mas o fato de que eu não conseguia sorrir permaneceu no fundo da minha mente.
No dia seguinte, visitei um convento no império com Claire. Eu não deveria sair
com frequência, já que eu estava sendo um alvo, mas ficar presa em casa não era algo que
Rae faria. Sendo assim, pedi a Claire que me levasse ao convento.
Eu escolhi este lugar porque ouvi que havia muitas crianças aqui.
"Olha, é a senhorita Claire e a senhorita Rae!"
"May e Aleah também!"
"Olá pessoal. Você tem estado bem?" disse Claire.
"Sim!" todos choraram.

Aparentemente, Claire e Rae frequentemente visitavam um convento no Reino

Bauer, ajudando com doações e trabalhos de caridade. Eles continuaram esse trabalho no
império e já eram rostos familiares neste estabelecimento.
“Agora, agora, crianças. Não vamos causar problemas para Claire. Bem-vinda,
senhorita Claire, senhorita Rae.”
"Espero que esteja tudo bem, nós viemos de novo, Kaja."
"É claro. As crianças estavam esperando sua visita.”
"Sério? Isso é bom de ouvir. Trouxe alguns doces para todos.”
"Yay!"
Claire entregou a cesta que ela trouxe, e as crianças gritaram de alegria.
A freira conhecida como Kaja parecia preocupada e disse: “Oh, querida. Não é assim
que vocês mostram sua gratidão, crianças. O que você disse?"
"Muito obrigado, senhorita Claire, senhorita Rae!"
"Você é muito bem-vindo. May, Aleah, vá em frente e brinque com todos.
"Ok!"
"Sim, mãe."
As crianças levaram a cesta para o quintal. Lá, eles se sentaram ao lado de um

canteiro de flores e começaram a dividir os doces.
"Senhorita Rae, algo está acontecendo?"
Olhei inexpressivamente para Kaja. Eu tinha feito algo considerado incomum?
“Você não parece muito enérgico. Normalmente você iria brincar junto com as
crianças. Você parece... diferente hoje.
Parecia que aqueles que conheciam Rae bem podiam sentir algo estranho sobre mim.
Não foi muito surpreendente; não importa o quão parecidos nós parecíamos, isso não mudava o
fato de que éramos pessoas separadas, mesmo que este corpo tivesse sido originalmente dela.
“Muitas vezes brinco com as crianças?” Eu perguntei.
"Huh? Hum, sim, eu acredito que sim?” Kaja respondeu.

"É porque você é uma criança no coração", Claire entrou na conversa. "Brincar com
crianças é o seu beco."
“Eu sorrio quando brinco com crianças?”
“Ora, claro que sim! Você sorri tão feliz”, disse Kaja.
"Eu vejo…"
Afastei-me de Kaja e Claire e caminhei em direção ao círculo de crianças. Quando me

aproximei, as crianças olharam para mim.
"Olá, senhorita Rae!"
"Senhorita Rae, você está comendo também?"
“Há o suficiente para todos!”
“Venha sentar com a gente.” Aleah pegou minha mão e me puxou para o círculo.
“Estamos brincando de casinha com os doces.”
“Eu sou a irmã mais velha!” disse maio.
“E eu sou a mamãe!”
“Eu sou o pai.”
“Eu não quero brincar de casinha. Eu quero brincar de pega-pega!”
“Nós podemos jogar pega-pega depois,” Aleah disse. “Acabamos de comer lanches, então
podemos brincar de casinha também.”
Eu escutei, fascinado pela conversa. Apesar da pouca idade,

sua comunicação era complexa. Eles tinham uma variedade de vocabulário, entonação
e expressão; Eu não conseguia nem começar a imaginar o grau de permutações e combinações
que eles poderiam usar para se comunicar. Isso me fez sentir tonta, mas não de uma maneira
dolorosa. Foi agradável.
Eu pedi para vir aqui para ver mais crianças e experimentar mais da mesma fofura que eu
observei em May e Aleah. Mas agora eu entendia que as crianças eram inimaginavelmente
complexas e cheias de surpresas intrigantes quando colocadas em grupos.
Eu aprendi algo novo – as crianças eram muito mais do que apenas fofas.
“Você vai comer?” Uma garotinha tímida estendeu um pão de ló para mim. Identidade
notei seus olhares furtivos para mim por um tempo agora. Como eu deveria reagir?

“Nossa, Júlia. Você geralmente tem tanto medo da Srta. Rae.”
"Senhorita Rae não é assustadora hoje."
Julia se sentou ao meu lado e sorriu para mim. Cada pessoa que conheci desde
que troquei com Rae me descreveu como estranha ou esquisita.
As palavras gentis de Julia, a primeira avaliação positiva que recebi, aqueceram meu peito.
Mas aquele calor não poderia durar muito, pois não era assim que eu tinha sido feito.
E, no entanto, antes que eu percebesse, minha mão estava em sua cabeça, acariciando-a suavemente.
O cabelo das crianças era macio e fino. Ela riu e fechou os olhos como se sentisse cócegas.
“Os doces são do seu agrado, Mãe Rae?” Aleah perguntou impaciente,
talvez porque ainda não tivesse comido meu doce. Ela fez todos os doces que trouxemos
hoje. Ela alegou que eles não eram nada comparados aos de Rae, mas eles pareciam
maravilhosos para mim.
“É delicioso…”
A doçura do açúcar e a riqueza da manteiga encheram minha boca enquanto eu

mordia o pão de ló, seguido por um cheiro cítrico flutuando até meu nariz. Foi uma experiência
totalmente nova para mim, pois não tive muitas chances de comer algo doce.
“Foi do seu agrado?”
“Os doces de Aleah são bons, certo?”

"Aleah fez isso?"
"Incrível!"
“É como o de Rae.”
As crianças pareciam concordar que estava delicioso também. Senti alegria ao

saber que havia compartilhado a sensação com eles.
As crianças e eu jogamos vários jogos juntos. Eles me provocaram por minha baixa
resistência, dizendo coisas como “Rae está tão fraca hoje!” Eu senti a alegria crescer dentro de
mim inúmeras vezes, e toda vez, eu tinha que apagá-la.
"Adeus a todos. Voltaremos em algum momento.”
"Obrigada. Até a próxima vez."
"Tchau tchau!"

Kaja e as crianças se despediram quando saímos do convento.
“Como foi, Sua Santidade? Tenho certeza que você não costuma fazer coisas assim,”
Claire disse.
"De fato."
Como papa, encontrei-me principalmente com a nobreza e funcionários de alto

escalão. Claro, eu visitei conventos e os menos afortunados, mas esses eram principalmente
performances politicamente motivadas. Brincar com crianças assim foi a primeira vez para mim.
"Eu aprendi muito hoje." Eu quis dizer isso. Hoje, eu tinha aprendido coisas que eu
poderia ter passado a vida inteira sem saber. Meu peito estava apertado com emoções que eu
nunca tinha sentido antes.
"Oh meu Deus. Olhe, Sua Santidade,” Claire disse com uma risada. eu olhei para
onde seu dedo apontou e viu as crianças acenando adeus.
Julia estava lá, acenando com o braço pequeno com vigor. Acenei de volta para ela.
Vendo isso, ela começou a acenar o mais forte que podia.
"Sua Santidade, você sabe que cara você está fazendo agora?"
“Eu não, mas imagino que seja o mesmo de sempre.”
"Ele ele... Você está sorrindo."
"Oh…!" Eu toquei meu rosto. Os cantos dos meus olhos se abaixaram, e os cantos da
minha boca subiram junto com minhas bochechas.
Então era isso que era sorrir.
"Vamos voltar em algum momento", disse Claire.
"Sim definitivamente." Eu posso não ser capaz de voltar como Rae, mas eu jurei
para mim mesmo eu viria, independentemente. "Obrigado por hoje, Claire."
"De jeito nenhum. Estou feliz por termos vindo também.” Claire sorriu docemente.
Tenho certeza que ela sorri mais quando está com Rae.
Olhei para seu sorriso caloroso e fiz um desejo, sabendo muito bem que tal desejo nunca
poderia ser concedido.
Desejo-lhes a força para enfrentar a verdade deste mundo.

***
O dia da conferência finalmente chegou. Eu tinha assumido que o papa compareceria

como ela mesma, mas parecia que a pessoa sentada atrás da cortina seria eu, enquanto
Misha usava sua magia de vento para projetar a voz do papa.
“A Imperatriz Dorothea ficaria furiosa se soubesse disso, mas nós

não tenho outra escolha,” Riche explicou com uma voz dolorida. A igreja estava relutante
em enganar, mas, bem...
Sentei-me atrás de uma cortina que havia sido montada na sala de conferências.
Aguardávamos Dorothea e seu pessoal, que chegariam mais tarde que nós.
Guardas de segurança estavam ao redor da cortina, entre eles Claire, Lilly, Misha e o
verdadeiro papa, posando como eu. O papa também estaria atrás da cortina, então mesmo
que ela mexesse os lábios, Dorothea não seria capaz de vê-la.
“Sua Majestade Imperatriz Dorothea chegou.”
Dorothea entrou pela porta, vestida com sua habitual armadura preta como breu.
Eu só podia presumir que fosse seu traje formal. Seu manto acenou enquanto ela
caminhava para seu assento, parando diante dele para se identificar.
“Dorothea Nur. Que esta conferência seja produtiva.” Ela deu uma breve
introdução antes de sentar. O conselheiro ao seu lado empalideceu, mas a imperatriz
permaneceu composta. Egocêntrica como sempre, fazendo o que ela acreditava ser lógico.
“Clarice Répète III. Obrigado por se encontrar comigo hoje.”
Em contraste, o papa tomou seu tempo para falar. Ela abandonou a maioria das
formalidades, provavelmente por consideração a Dorothea.
O papa continuou: “Antes que a conferência comece a sério, há uma coisa que eu
gostaria de perguntar”.
"Falar."
“Você fez Sandrine me atacar?”
A sala de conferências se agitou com essa acusação franca. Eu também fiquei

surpreso. Não importa o quão direta Dorothea gostasse de ser, isso tinha que cruzar a linha.
“Hmph… Então os rumores eram verdadeiros. Bem, eu não pedi. Embora eu

duvido que você colocaria muito peso em minhas palavras.”
"Eu acredito em você. Não acho que você seja do tipo que mente.
A conferência foi aberta com essa intensa troca. A atmosfera em

o salão ficou tenso, todos sentados na beirada de seus assentos.
Dorothea de repente explodiu em gargalhadas. “O papa atual é divertido

na verdade! Eu gostei de você!”
"Muito obrigado."
Ambos os lados, o império e a igreja, soltaram um suspiro de alívio quando o

tensão dissipada.
“Eu não tenho interesse em tirar sua vida,” disse Dorothea. “Não há nada a ganhar com a
inimizade da igreja. Eu garanto sua segurança enquanto você permanecer em meu império.”
“Obrigado por suas palavras tranquilizadoras. Começaremos?"
Conforme planejado, estendi minha mão abaixo do blind semi-aumentado. Dorotéia

encontrou minha mão e a agarrou. Duro. Realmente difícil - ow!
"Ah, entendi." Por razões além de mim, Dorothea usava um

zombar.
A discussão continuou tranquilamente depois disso. O papa advertiu o império por sua
agressão enquanto Dorothea se opôs, exigindo que o papa ficasse fora de seus assuntos
domésticos. Sentei-me alerta, mas nada digno de nota ocorreu.
Apenas perto do fim algo inesperado aconteceu.
“Em outra nota, é habitual que você use um procurador ao se reunir

com dignitários? Você não acha um pouco ofensivo, mesmo com sua vida sendo alvo?
Dorothea zombou. A sala de conferências entrou em seu estado mais intenso de apreensão até
então.
O gabarito estava em alta?
"O que você quer dizer?" perguntou o papa.
“Então você escolhe fingir ignorância? Multar. Eu vou ignorar isso. Mas eu não posso fazer
o mesmo para aquela mulher.” Dorothea olhou para o lado da persiana e sorriu —
diretamente para Riche. “Você deve estar se perguntando por que sua ferramenta mágica não
ativa.”
"O-o que você está falando?" Richie respondeu.

“Aquele anel que você está tentando ativar é uma ferramenta mágica, não é? Lamento
informar que não vai funcionar.”
“O-o quê?”
“Sua dica foi útil afinal, Rae Taylor.”
Dorothea olhou para o cego e sorriu. Riche fez o mesmo, mas com o rosto amargamente
deformado.
"Rae, você não poderia ter..."
“Sinto muito, Lady Riche. Eu troquei a ferramenta mágica de teletransporte que você
tentou trazer.
"V-você!" O rosto de Riche se contorceu de indignação. Parecia que ela estava por
trás da trama, afinal. "C-como você sabia?"
“Seu comportamento após a tentativa de assassinato de Sandrine foi estranho. Você

chamou o rosário de arma, mas você nunca viu o rosário em si.”
"M-mas as marcas em volta do seu pescoço deixaram isso óbvio!"
“Você pensaria em uma corda ou uma corda, então. Um rosário é um salto de

lógica.”
Riche mordeu o lábio em frustração, presa por seu próprio erro. “Entendo… Então
você já tinha percebido. Então a ordem que você deu na época foi buscar vingança contra
mim?”
"De jeito nenhum. Eu realmente esperava suspeitar de você erroneamente e que eu pudesse
confiar em você.
“Você é ingênuo. Se eu fosse você, teria me matado no

momento de dúvida.”
“Eu não podia. Não a mãe de Yu.”
"Você..." Os olhos de Riche se arregalaram.
“Chega dessa charada,” Dorothea disse. “Hilda, prenda-a.”
"Agora mesmo." Hilda ordenou que seus soldados avançassem. Riche parecia resignar-
se ao seu destino, sem mostrar sinais de resistência.
Mas as coisas nunca poderiam ir tão facilmente.
“Ah, não, não, não. Não podemos ter isso, podemos, Lady Riche? Um familiar

voz gotejando com malícia ecoou pelo corredor.

Eu conhecia aquela voz. “Salas!”
"Onde você está?!" Claire exigiu.
“Ora, olá, Rae Taylor, Claire François. E adeus." A magia encheu o salão enquanto a voz
condescendente de Salas ecoava ao nosso redor.
“Hilda, sitrep,” Dorothea comandou.
"Certo! E-é...” A cor sumiu do rosto de Hilda. “Teletransporte

Magia! Algo está se teletransportando aqui!”
"Hmm..." Dorothea virou-se para Riche. "Você. O que você sabe sobre isso?”
Riche não respondeu, mas um olhar em seu rosto deixou óbvio que ela sabia o que
estava acontecendo.
“O que você está fazendo, mãe?!” Yu gritou a plenos pulmões.
“Foi tudo por sua causa, Yu.” Riche nos deu um sorriso quebrado e sem alegria.
No momento seguinte, apareceu.
"Um demônio. Interessante...” Dorothea parecia genuinamente divertida.
O demônio que apareceu diante de nós era diferente de seu companheiro em humanos
roupas, Aristo, bem como aquele que parecia um bárbaro humano, Platão. Este tinha um
enorme corpo negro que brilhava com um brilho metálico, a metade superior humanoide, a
metade inferior insetoide.
“Nomeie a si mesmo, demônio,” Dorothea começou. “Eu lhe darei o direito

para falar como um presente de despedida antes de enviar você para o outro mundo.”
“Eu sou Socrat, dos Três Grandes Arquidemônios.” A metade humanóide superior do
demônio apontou para mim. Não, não em minha direção, mas atrás de mim, em direção ao
verdadeiro papa. “Viemos apenas pela vida dela. Cumpra e o seu será poupado.”
Socrat aproximou-se do papa.
“Todas as mãos, formação de batalha! Rae, você também – o plano de dublê de corpo
falhou!”
Os guardas obedeceram aos comandos rápidos de Claire. Eu pulei além do cego e

me juntei a todos os outros.

De pé na frente, os sacerdotes soldados agitavam suas estrelas da manhã em

Socrat.
“obstáculos”. Sem diminuir o passo, Socrat usou o primeiro de seus três pares de
pernas para empurrar os sacerdotes soldados para o lado, fazendo-os voar contra a parede.
"Voltam! Vamos detê-lo com magia!”
Vendo o combate corpo a corpo ser quase impossível, Claire ordenou uma mudança
de tática. Os soldados desencadearam um ataque de balas mágicas. O salão era grande,
mas ainda estava dentro de casa; Socrat não podia se esquivar com sua grande estrutura.
Com certeza, as balas mágicas atingiram sua marca.
“Não fui claro?” O demônio saiu de uma onda

de fumaça, seu ritmo inalterado - não recuando nem um pouco do ataque.
“Bem, que tal isso?!” Claire preparou seu Magic Ray. Ao contrário de durante
seu confronto com Aristo, ela estava em ótimas condições. "Leve!"
"Trevas."
Claire soltou quatro raios de luz, mas eles foram interceptados e engolidos
por quatro raios de escuridão – que continuaram a voar para ela.
"Senhorita Claire, cuidado!" Eu pulei para empurrar Claire para baixo pouco antes
de uma faixa de escuridão zumbir sobre sua cabeça. A escuridão colidiu com a parede
atrás de nós, destruindo – não, apagando -a da existência.
"Ele é muito poderoso..." Claire murmurou. Todos podiam ver que a magia de
Socrat superava em muito o Magic Ray de Claire.
“Essa magia… Você deve ser Claire François. Você será o próximo após o
garota, então espere sua vez.” Socrat lançou um olhar de soslaio para nós
enquanto continuava seu avanço mortal em direção ao papa.
"Sua Alteza!" Eu gritei.
“Pa-pare aí mesmo!”
Diante do papa estava Yu. Os outros soldados haviam perdido completamente a

vontade de lutar.
“Lâmina de Gelo!” A espada de Yu assumiu um brilho frio. Como expliquei uma vez,
O apelido de Yu era o Príncipe do Gelo – embora eu suponha que Princesa do Gelo
provavelmente seria mais apropriado agora. Sua touca esvoaçou no ar enquanto

ela diminuiu a distância e cortou a perna dianteira de Socrat. “Ngh?!”
A lâmina não conseguiu penetrar em sua carapaça, infligindo apenas um ferimento

superficial. Socrat continuou se movendo, prestes a atropelar Yu.
“Sócrata?! E o nosso acordo?!” Riche gritou.
A perna prestes a esmagar Yu parou.
“Ah, de fato. Vou honrar o acordo e ignorar este. Agora, vá embora.” Com um movimento
de sua perna, Socrat enviou Yu voando pelo ar. Lilly saltou para frente e a pegou.
"Uh..."
“Fique comigo, Senhora Yu!” Lilly começou a curá-la, mas as feridas de Yu não eram
pequenas. Tínhamos esgotado quase tudo o que tínhamos, mas nenhum ataque causou danos
significativos a Socrat, que estava a poucos passos do papa.
Assistimos horrorizados, pensando que toda a esperança estava perdida.
Mas ainda não acabou.
"Você realmente achou que eu deixaria você fazer o que quiser, demônio?"
Desembainhando suas duas espadas, a mulher zombou como uma fera olhando sua presa.
Imperatriz Dorothea - portadora do título de Deus Espada - agora estava no

caminho de Socrat.
***
“Outro obstáculo?” Socrat casualmente balançou a perna da frente para Dorothea.

Ele derrubou todos que atingiu até agora, o impacto rivalizando com o de um aríete.
"Hum?"
Algo voou pelo ar. No entanto, Dorothea ainda estava de pé. Um objeto atingiu o chão
com um baque trêmulo — a perna dianteira de Socrat.
"O que?!"
“Eu não sei a quem você queria se dirigir com suas bobagens, mas você está na minha
presença agora. Ajoelhar."

Algo voou novamente. As juntas das extremidades das quatro pernas restantes de
Socrat foram cortadas.
"V-você-?!"
“Eu sou a Imperatriz Dorothea.”
Acompanhado por um som cortante, um dos braços humanos de Socrat

voou. Aos meus olhos, não parecia que Dorothea havia se movido. Ela parecia imóvel,
parada em repouso com suas duas espadas abaixadas à sua frente, mas a prova de suas ações
estava nos membros cortados ao meio de Socrat.
"Hmph, isso não vai fazer." Socrat saltou de volta para a segurança da parede atrás
dele, permitindo que suas pernas começassem a se regenerar.
"Muito devagar." Mas Dorothea foi mais rápida. Ela já o esperava em sua
ponto de pouso. Desta vez, eu a vi tomar o tempo para preparar suas espadas,
posicionando-se para interceptá-lo. “Corte.”
Um agudo estridente soou quando Socrat foi cortado ao meio. Um instante depois,
Dorothea caiu no chão, e as duas metades do corpo de Socrat caíram atrás dela.
Eu não tinha visto ela balançar. Impossível como parecia, Dorothea tinha acabado de
dominar um demônio de alto escalão apenas com sua habilidade em esgrima.
“Este é... o Deus Espada,” Claire murmurou delirantemente ao meu lado. o

título não era para mostrar. A força de Dorothea superou literalmente o reino do homem.
“Que inesperado. Você é bastante poderoso.” Socrat, a quem eu pensava

morto, falou com indiferença. As duas metades de seu corpo dividido ao meio derreteram e
se juntaram antes de se juntarem em uma massa, sua carapaça se refazendo.
“Hmph. Suponho que um Três Grandes Arquidemônios não morreria de algo

assim,” Dorothea murmurou, sem graça.
Socrat havia se reconstituído, menor do que antes, mas sem ferimentos.
“Então você é o Deus Espada. Ouvi dizer que você era forte, mas até esse ponto?
Eu deveria ter ouvido meus subordinados.”
“Não se preocupe com isso. Em um momento, você não terá mais arrependimentos.”
"Porque você vai ter me matado?"
"Exatamente." Dorothea caminhou calmamente em direção a Socrat.

“Eu admito, sua habilidade com a espada é divina. Mas como você vai lidar com
isso?!” Socrat abriu bem a boca e um espesso raio de escuridão cuspiu.
"Sua Alteza!" Hilda gritou.
"O que?!" Socrat assistiu em confusão enquanto Dorothea fechava a distância

lançando-se inteiramente para o feixe escuro. Suas duas espadas ficaram borradas e, no momento
seguinte, a cabeça de Socrat caiu no chão.
"Que pena. A magia não tem efeito sobre mim.” Dorothea esmagou a cabeça de Socrat sob os
pés.
A imperatriz possuía uma habilidade única chamada Nulificação Mágica.

Essa habilidade permitiu que ela aniquilasse sozinha um batalhão inteiro de soldados de Sousse. Em
uma era mudando para o combate focado em magia, tal habilidade era inigualável.
Mas a habilidade era uma faca de dois gumes. Enquanto os ataques mágicos não faziam
sentido contra ela, a magia de suporte e a cura também eram ineficazes. Ela era anormalmente forte,
mas só podia lutar sozinha. Achei meio triste – uma força que só fez alguém mais solitário.
“Meu Deus, um poder tão estupendo.” Um pescoço cresceu do toco da cabeça decapitada
de Socrat.
Olha quem está falando, não pude deixar de pensar.
"Encher." O papa usou sua habilidade de cura por área de efeito. O colapso
soldados começaram a se levantar, suas feridas curadas.
"Congelar." Eu lancei meu próprio feitiço de congelamento de área de efeito, Judecca.

Eu normalmente nunca o lançaria enquanto um aliado estivesse perto do inimigo, mas eu não precisava
me preocupar com Dorothea – ela ficaria intocada.
“Você tem até talento tático. Eu quero você ainda mais agora,” Dorothea
disse.
“Apenas se apresse e acerte-o!” Eu gritei.
Optei por não usar Earth Spike, em vez disso, confiei em Dorothea para dar o golpe final.
Compreendendo minha intenção, ela cortou o Socrat congelado em pedaços finos.
Mas mesmo isso não foi suficiente.

"O momento depois que você aprendeu a magia não a afeta, você atacou
sem piedade enquanto ela estava ao alcance... Você é ousada, Rae Taylor."
Socrat se regenerou pela terceira vez, menor novamente. Quantas vezes precisamos fazer
isso? “Oh, querida… imagino que poderia lidar com a imperatriz sozinha, mas lidar com Claire
François e Rae Taylor ao lado do santo e do papa é um pouco demais para mim.”
Ele hesitou por um momento - ou pelo menos, ele fingiu. “Ah, mas de
curso! Vamos ver o quão bem você pode lidar com isso.”
Senti uma onda de poder mágico quando seu corpo inchou de forma não natural.
Parecia um balão prestes a estourar.
“Você vai se autodestruir?!”
Sua risada rangeu e ecoou pelo corredor. “Bem, eu não vou morrer. Mas
tudo dentro de sessenta metros do meu corpo será varrido desta terra.”
Ele está falando sério! "Senhorita Claire, fique atrás de mim!"
“Mas os outros!”
"Rapidamente!"
Eu levantei várias camadas de barreiras de carboneto de tungstênio e empurrei Claire

para baixo atrás deles.
O que se seguiu foi um rugido mais alto do que a erupção do Monte Sassal.
Quando abri meus olhos novamente, fui recebido com uma visão horrível. A sala de
reuniões não estava à vista, varrida da face da terra como Socrat havia afirmado. O próprio
Socrat se foi, presumivelmente tendo fugido.
Nenhum de nós saiu ileso. Se havia um lado positivo, era que o papa, Misha e
Claire, respectivamente, foram protegidos por Dorothea, Lilly e eu – então pelo menos os
principais participantes da conferência não foram gravemente feridos.
No entanto…
"Mãe! Por que?!"
Yu também foi ferida, mas não letalmente, já que Riche a protegeu.

filha com seu próprio corpo. Yu freneticamente começou a tentar curar sua mãe,

que estava no chão em uma poça de sangue, mas estava claro que ela estava além de
salvação. A metade inferior de seu corpo estava rasgada. Ela tinha momentos antes que o
choque e a perda de sangue a levassem.
"Ah... Yu... Você está bem..."
“Mãe... Você... Por que...” Yu gaguejou, as palavras presas em sua garganta,

enquanto sua mãe olhava para ela distraidamente. Ela tinha muitas coisas para perguntar,
muitas coisas para dizer.
“Yu… me desculpe. No final, não pude fazer nada por você.”
“Isso é... Isso não é verdade...” Yu agarrou a mão de sua mãe moribunda, tentando
desesperadamente que sua mãe soubesse de sua presença.
“Eu pensei... se eu não pudesse te dar o trono... eu poderia pelo menos fazer
seu papa... Mas eu falhei... me desculpe.
“Eu... eu nunca quis uma coisa dessas! Eu só... eu só...
“O que é isso, Yu...? Você está ficando mais difícil de ouvir…”

"Mãe!"
A vida de Riche desvaneceu-se cada vez mais. Até Yu entendeu que seu tempo
estava se esgotando.
“Sua Santidade, por favor, cure-a!” Yu chorou.
Mas o papa apenas balançou a cabeça. “Fazer isso agora só vai prolongar o sofrimento
dela.”
“Não... Isso não pode ser...” Os olhos de Yu nublaram com desespero.
"Yu... Viva livremente depois que eu morrer... Encontre... o seu próprio... feliz..."
Riche faleceu antes que ela pudesse terminar. Yu assistiu em transe, lentamente percebendo
que ela se foi.
Misha arrastou seu corpo ferido pelo chão e abraçou Yu por trás. Yu se inclinou contra
ela e começou a chorar.
E assim o atentado contra a vida do papa terminou em fracasso.

***
Começando com Yu, todas as pessoas próximas a Riche foram investigadas.

Gradualmente, todo o quadro ficou claro.
Afinal, o cérebro era Riche. Ela tentou fazer de Yu o papa matando o atual. Ao se
tornar chefe de segurança, ela aprendeu o funcionamento interno dos arranjos de segurança
e contrabandeou uma ferramenta mágica para convocar um demônio. Este plano falhou, mas
Salas o finalizou para ela.
Com base no testemunho daqueles que ajudaram Riche, Dorothea e eu também fomos alvo
de assassinato – Dorothea porque ela representava uma ameaça para o Reino Bauer, e eu,
porque eu tinha perdido o direito de Yu ao trono.
O paradeiro de Salas ainda nos escapava. Encontramos testemunhos de Riche

ajudando-o a escapar da prisão, mas a trilha esfriou depois disso. Nós só sabíamos com
certeza que ele estava na sala de conferências, presumivelmente disfarçado com uma
ferramenta mágica, e desapareceu depois. Ele também fez com que Sandrine me atacasse.
Um especialista do reino examinou para mim, confirmando o papel do rosário no ataque.
Salas havia trocado o rosário que Sandrine sempre beijava antes de tocar o corpo do papa,
substituindo-o por um embutido com uma sugestão hipnótica para matar o papa. Nada era
sagrado para aquele homem?
Com isso, a igreja absolveu Sandrine, livrando-a de todas as suspeitas. EU

se perguntou se ela voltaria a provar veneno para seu amado papa.
Talvez ela ficasse surpresa ao encontrar o papa de repente mais magro de novo, agora que
voltamos, embora eu tenha ouvido que a comida de Aleah permitiu que o papa ganhasse
algum peso. Talvez nossa troca passasse despercebida.
Yu passou por uma investigação completa, mas sua inocência era mais do que
evidente. Cada um dos conspiradores de Riche testemunhou unanimemente que Riche
planejou tudo sem o conhecimento de Yu.
Isso não passava de conjecturas, mas eu suspeitava que uma parte de Riche
esperava que as coisas terminassem assim. Exatamente como Dole havia dito — se ela
realmente quisesse, poderia ter agido sem deixar vestígios de evidência. Eu acreditava que
ela havia deixado um rastro de propósito para que as suspeitas nunca caíssem sobre Yu.
Não que algum dia saberíamos a verdade agora.

Na superfície, Yu continuou, o mesmo de sempre. Ela caiu em depressão

por algum tempo, mas logo recuperou seu sorriso terno habitual. No entanto, de vez em
quando, eu espiava Misha olhando para ela com olhos tristes.
Cerca de uma semana após o incidente, Claire e eu estávamos passando

a noite relaxando em nosso quarto quando ouvimos gritos do quarto ao lado.
sobre.
“Rae...” Claire me cutucou.
"Indo."
Eu me levei em uma visita ao quarto ao lado. Toquei a campainha e, pouco

depois, Misha apareceu. Seus olhos naturalmente vermelhos estavam ainda mais
vermelhos do que da última vez que eu interrompi sua briga de gritos.
"Desculpe", ela murmurou.
“E boa noite para você também. Posso entrar?"

“Um…”
Fingi não ver as lágrimas de Misha e passei pela porta.
“Ei, Rae. Desculpe, estávamos muito barulhentos de novo?” Yu parecia como

sempre, com um sorriso composto.
"O que está acontecendo?"
“Misha diz que não sorrio desde o incidente, o que obviamente não pode ser
verdade.”
Coisa estranha de reivindicar, pensei. Você está até sorrindo agora.
“Você está se forçando,” Misha acusou. “Você pode enganar os outros, mas
não pode me enganar.”
“Você está pensando demais, Misha. Já estou bem.”
"Você está mentindo!"
Não era típico de Misha fazer isso funcionar. Percebi que a diferença poderia
ser algo que só ela, estando ao lado de Yu por tanto tempo, poderia discernir.
"Como ela poderia?" Mish chorou. "Sua mãe! Como ela pode ser tão
tola a ponto de fazer seu filho se sentir assim?

Sua postura havia mudado desde sua última discussão. Ela teve que se sentir traída
por ter incitado Yu a confiar em Riche. Do ponto de vista de Misha, tanto o incidente com o
gênero de Yu quanto a tentativa de assassinato pareciam ser puro egoísmo da parte de Riche – ações
que ela havia tomado sem um pingo de consideração por Yu.
“Mesmo assim, mamãe cuidou de mim. Estou certo disso." A voz de Yu estava tingida
com um misto de resignação e amor.
“Lady Yu…” Misha não podia fazer nada além de olhar tristemente para ela.
“Mãe estava errada. O que ela tentou fazer foi imperdoável. Suas ações só me
machucam.”
"Então por que-"
Yu a cortou. “Porque agora... acho que entendo. Essa era sua maneira de tentar mostrar seu
amor.” Yu interrompeu a próxima tentativa de Misha de falar também. “O que ela fez foi errado, mas não
foi apenas egoísmo. Ela fez tudo por mim, mesmo que ela nunca entendesse o que eu realmente queria.
Por mais torcido que fosse, era amor.”
Yu sorriu enquanto falava. Misha olhou para ela, atordoado.
“Eu não a entendi. Achei que ela só queria me machucar. Mas eu estava errado. Não há
dúvida em minha mente agora que aquela que deu sua vida para me salvar era alguém que eu poderia
chamar de minha mãe.” Yu apertou a mão direita, talvez lembrando dos momentos finais de sua mãe.
Vendo isso, Misha colocou sua própria mão na de Yu. eu tive um sentimento
ela não achava mais o sorriso de Yu falso. Não haveria mais mal-entendidos entre eles.
“Mamãe e eu nunca nos entendemos de verdade. Lamento isso agora.

É por isso que eu nunca quero que isso aconteça conosco.” Yu pegou a mão de Misha e olhou
profundamente em seus olhos vermelhos. “Obrigado, Misha, por sempre estar lá para mim. Eu quero
estar com você pelo resto da minha vida, até que a morte nos separe.”
“Senhora Yu!” Lágrimas escorrendo de seus olhos, Misha mergulhou nos braços de Yu. EU
nunca a tinha visto chorar assim antes.
“Me desculpe, eu fiz você se preocupar. Tenho certeza que vou fazer você se preocupar daqui
em diante também. Você vai ficar comigo de qualquer maneira?”
"Sim! Sempre." Misha continuou a acenar sem palavras enquanto Yu gentilmente

acariciou seu cabelo.
Eles ficariam bem agora. Sendo esse o caso—
"Hum... Devo... ir?" Eu cautelosamente sugeri. Eu viria porque eu

estava preocupado com eles, mas acabei não fazendo nada. Os pombinhos estavam
mergulhados em seu próprio mundo novamente.
“Ah. Desculpe, Ra! O clima estava meio certo – e antes que eu percebesse, isso
aconteceu”, disse Yu.
“Não me dê isso! Você tem ideia de como é estranho ver seus amigos professando
seu amor um pelo outro?”
"O que? Como você fez durante a revolução? Yu brincou.
"O que... bem, isso é..." Ugh. Por que eu pensei que poderia superar Yu com ela
próprio jogo? Suspirei. "De qualquer forma, eu acho que vocês dois estão bem agora?"
“Sim, estamos bem. Certo, Misha? Yu sorriu.
“Não, não estamos bem. Se você realmente quis dizer o que disse, então prove para
mim, aqui e agora,” Misha desafiou.
Eu não podia acreditar em meus ouvidos, e nem Yu, cujos olhos se arregalaram.
"Provar?"
“Sim, prove.”
“Hmmm... Bem, aí está, Rae. Vai ficar e assistir?”
"Boa noite!" Virei-me sobre os calcanhares e fugi do quarto.
Um breve instante antes de me virar, vi suas sombras se sobreporem.
“Como eles estavam?” Claire perguntou. Ela estava esperando por mim em nosso quarto,
parecendo preocupado.
"Eu me sinto estúpida por me preocupar..." Eu ri. "Ei... Hoje à noite, podemos, você
sabe?"
“Hum? Ah... caramba... Não tente me seduzir, é hora de dormir.
“Não consigo dormir. Eu preciso trabalhar minha frustração sobre o que eu tive que lidar
com ali.”
Além disso, eu ainda estava na retirada de Claire do meu tempo atuando como o papa

corpo duplo. Normalmente, eu seria capaz de me enrolar, mesmo que apenas um pouco, mas eu
simplesmente não conseguia depois de ver aqueles dois flertando.
"E-espere, se vamos fazer isso, então faça direito-"
"Não."
Selei seus lábios com os meus e permiti que meu desejo tomasse conta do meu
corpo.
“O amor é cego” — talvez essa fosse a frase que melhor descrevia Riche. Eu
não concordei com muitas das escolhas que ela fez, mas como alguém que também vivia por
amor, não pude deixar de pensar que ela brilhou tão brilhantemente quando fez sua escolha
final.
Se fosse eu, eu seria capaz de dar minha vida por May e Aleah como ela deu por
Yu? E se fosse a vida de Claire do outro lado da balança?
Escolhi fugir desses pensamentos torturantes, em vez de me permitir me perder no

corpo de Claire.
Mesmo que esse momento chegue, por enquanto, por favor, permita-me sentir seu
calor um pouco mais.

História bônus 1:
Coisas ganhas, coisas perdidas
O REINO BAUER estava em um período de transição.
A revolução havia enviado ondas pela terra, afetando não apenas a

nobres, mas também os plebeus. O futuro à frente parecia incerto. Conseguimos frustrar os esquemas
do Império Nur e conseguimos uma revolução sem derramamento de sangue, mas isso não significava
que a vida de repente mudou para melhor. Pelo contrário, a erupção do Monte Sassal e o caos em torno da
revolução devastaram a qualidade de vida da maioria das pessoas.
Em outras palavras, estávamos passando por momentos difíceis.
Soltei um longo suspiro. Eu sei que as coisas estão difíceis para todos nós, mas ainda assim...
Claire não estava comigo no momento. Ela estava trabalhando para estabelecer o novo governo. Eu
gostaria de poder ajudar — e ajudei, à minha maneira —, mas eu era leigo quando se tratava de política. Eu
sabia muito bem que não tinha nenhum papel a desempenhar em algo tão significativo quanto estabelecer
um governo totalmente novo. O máximo que eu podia fazer era ser a garota de recados de Claire ou fazer o
que eu estava me preparando para fazer agora – cuidar dela quando ela chegasse em casa cansada.
Eu estava na cozinha do dormitório da Academia fazendo ensopado de creme. Bens

estavam em falta, então tive que limitar meus ingredientes. Os vegetais, em particular, eram
difíceis de obter devido às cinzas vulcânicas do Monte Sassal terem arruinado várias colheitas. A maioria dos
ingredientes deixados na cozinha estavam no fundo do barril. A Academia definitivamente tinha visto dias
melhores.
Independentemente disso, encontrei uma cenoura esquelética e uma cebola para cozinhar. A carne –
uma valiosa fonte de proteína – também era difícil de encontrar. Mesmo assim, tinha conseguido um pouco
de frango e estava pensando na melhor maneira de prepará-lo.
“Rae,” uma voz familiar e aguda me chamou. Eu mudei.
“Bem-vinda de volta, Srta. Claire. Você chegou cedo hoje.”
“Nossa sessão ficou um pouco aquecida hoje. Todos concordaram em encerrar o dia e esfriar
nossas cabeças.”
"Isso está certo? Parece áspero.”

"É realmente." Claire sentou em uma cadeira e esfregou os olhos. Parei um

pouco de cozinhar, lavei as mãos e trouxe uma toalha que tinha aquecido com água quente.
“Aqui, coloque isso sobre seus olhos. Você se sentirá melhor."
"Obrigada. Ahh... Isso é ótimo...” Claire ficou assim por alguns

Tempo. Deve ter sido um dia cansativo. “Hoje, estávamos discutindo se as mulheres
deveriam poder votar. Eu, é claro, disse que deveríamos, mas muitos outros insistiram no
contrário.”
“Figuras”.
O sufrágio feminino era um direito tão natural no Japão moderno que foi
difícil imaginar não ter. Mas as coisas não eram tão simples neste mundo.
“Eles contornaram a questão por causa do meu gênero, mas está claro que todos os
homens compartilhavam a mesma dúvida: 'As mulheres entendem de política?'”
Tal afirmação soou totalmente sem sentido para mim e minhas sensibilidades
herdadas, mas eu tinha que lembrar que o Japão e o reino eram muito diferentes. Em primeiro
lugar, a taxa de alfabetização e o nível de educação entre as mulheres eram baixos. Não
estou brincando – as coisas estavam tão ruins que, se você perguntasse a opinião de uma
mulher sobre política, as chances eram de que ela respondesse: “O que é política?” É claro
que as mulheres da nobreza agora deposta e plebeus bem educados podem ser bem versadas
no assunto, mas elas representam apenas uma fração das mulheres do país.
O segundo problema era que havia muitas mulheres. Muitos homens foram
recrutados para a guerra com o Império Nur, deixando uma proporção maior de mulheres do
que homens. À luz dessa falta crítica de educação na maioria da população, o governo poderia
nem funcionar se as mulheres tivessem o direito de votar.
“Apesar dos problemas, acredito que precisamos pelo menos tentar. Pode haver
alguns obstáculos no início, mas tenho certeza de que gradualmente se resolverá,” Claire
insistiu.
Se esperássemos que o sistema educacional do país evoluísse para servir

mulheres, assim como os homens, estaríamos esperando muito tempo. Além disso,
participar da política local não exigia apenas uma educação formal, mas também uma
consciência dos problemas que atormentavam nosso dia-a-dia, dos quais todas as mulheres
tinham bastante.

Mas a lógica de Claire não convenceu os figurões do novo governo.
“A misoginia deles é profunda,” Claire disse tristemente.
"De fato." Eu a abracei por trás. Ela relaxou, inclinando-se para mim.
Ficamos assim, aproveitando o calor um do outro por algum tempo.
“Mmm. Cheira bem. O que tem para o jantar?" ela perguntou.
“Eu fiz ensopado de creme.”
"Parece delicioso. Não foi difícil encontrar ingredientes com as coisas como elas são?”
Claire não era mais uma nobre ignorante. Ela sabia muito bem como a comida havia se tornado
escassa e entendia como deve ter sido difícil para mim preparar o jantar.
"Qualquer coisa para você. Agora, vamos voltar para o nosso quarto e comer.”
“Obrigado, Rae, eu realmente aprecio tudo o que você faz por mim.”
Essas palavras por si só fizeram tudo valer a pena.
Voltei para o nosso quarto e coloquei um pouco de guisado e uma baguete na mesa na frente
de Claire. Normalmente, teríamos um pouco de salada para acompanhar a nossa refeição, mas eu
tinha esbanjado no ensopado hoje, então era isso. Eu preparei minha própria porção e então me sentei.
Juntamos as mãos e dissemos: “Bon appétit”.
"Meu! O frango é tão suculento! Como você encontrou um frango tão bom?”
“O frango não é nada de especial. Apenas carne de peito comum. O verdadeiro segredo
está na preparação.”
"E o que é isso?"
“Esfreguei levemente com sal e vinho de cozinha, depois deixei descansar. Depois disso,
revesti com farinha.” A carne do peito tendia a secar quando você a cozinhava, o que tornava a
preparação ainda mais importante.
"É isso?"
"É isso. Espero ter contido um pouco a secura.”
"Um pouco? Achei que estava comendo coxa”.
“Palavras tão gentis.” Fiquei feliz por ela ter gostado. Com um pouco de pensamento,

até os ingredientes mais escassos podem se tornar algo delicioso. Claro, eu tomaria
ingredientes melhores sobre isso qualquer dia.
“Uau... Isso foi delicioso. Obrigado, Rae.”
Fiz um café para Claire, que folheava um jornal enquanto bebia. Virei as costas para ela e
comecei a lavar os pratos. Infelizmente. Eu gostava de cozinhar, mas não ligava muito para lavar.
“Rae.”
"Sim?"
"Quando vamos fazer... 'isso'?"
“Hum? O que é isso'?" Eu respondi confuso, sem olhar para trás.
"Você sabe... Nosso casamento."
“O que...” Eu quase deixei cair um prato. "Nosso casamento? Você não está me provocando
agora, está?
Os tempos não eram exatamente ótimos – sem falar que seria um casamento entre
pessoas do mesmo sexo. Havia tantas razões pelas quais não era realista ter um casamento,
pelo menos não agora.
"Oh? Você não quer se casar comigo?”
"Eu faço!" Eu respondi instantaneamente. Claro que eu queria casar com ela.
O problema era se podíamos. “Achei que a constituição que eles estão redigindo não
reconhecia o casamento entre pessoas do mesmo sexo.”
Feito com os pratos, sentei-me em frente a ela.
Claire dobrou seu jornal. "Você tem razão. Legalmente, não podemos nos casar.”
“Então, por que trazer isso agora?”
“Porque eu não acho que um casamento em si represente qualquer problema legal.”
"Prossiga…"
“Independentemente do que a lei possa reconhecer, acredito que um casamento é uma

ocasião em que duas pessoas que se amam podem reafirmar seu vínculo, testemunhado por
sua família e amigos.”
O que Claire estava descrevendo era semelhante ao que chamamos de

casamento no Japão moderno. As cerimônias de casamento podiam ser realizadas de

várias maneiras: havia casamentos japoneses tradicionais onde você fazia seus votos diante
dos deuses xintoístas, casamentos budistas onde você fazia seus votos diante de Buda – e
muitos outros tipos, incluindo casamentos civis.
Casamentos civis não eram cerimônias religiosas, mas ocasiões em que você e seu
parceiro diziam seus votos um ao outro na presença de sua família e amigos. Eles eram populares
entre a geração mais jovem no Japão, mas ouvir Claire sugerir um me pegou de surpresa. Era tão
radicalmente contrário às crenças antiquadas deste mundo que ela geralmente endossava.
“Eu concordo, mas onde conseguiríamos o dinheiro?” Eu perguntei.
Os casamentos envolviam banquetes. Isso custou dinheiro, e não era como se os

convidados pudessem tirar um dia de folga do trabalho, com o estado atual do país. Eu não ficaria
surpreso se muitos se vissem impossibilitados de comparecer.
“Vamos mantê-lo pequeno. A maioria das pessoas que conhecemos tem alguma posição
no novo governo. Tenho certeza de que eles podem se dar ao luxo de participar da cerimônia.”
"Agora que você mencionou, sim..."
“Claro, eu vou pagar para seus pais comparecerem. Não faz sentido um casamento
sem eles.”
“Não, deixe-me pagar por eles.”

A maioria dos bens aristocráticos de Claire foram confiscados após a revolução.
A única razão pela qual ela conseguia manter seu estilo de vida atual era porque os cidadãos
haviam arrecadado alguns fundos para ela em reconhecimento à sua contribuição ao país. Na
verdade, eu atualmente tinha mais economias do que ela. Eu sugeri que compartilhássemos
nossos bens quando fomos morar juntos, mas ela recusou. No momento, estávamos dividindo os
custos de vida, mas gerenciando nossas próprias despesas pessoais.
“Vamos nos encontrar no meio do caminho e dividir. Eu só quero ter certeza de que seus pais
podem comparecer, não importa o que aconteça,” Claire disse.
"Certo…"
Ela continuou falando, fazendo planos para o nosso casamento. Feliz como eu estava
ao ouvi-la fazer isso, eu ainda achava que seria melhor esperar até que as circunstâncias
melhorassem. Mas eu também não queria chover no desfile dela. Eu apenas a deixaria continuar
e ver o que acontecia...

“Quem mais precisamos convidar? Há os irmãos reais, Lene, Lambert, Misha, Pai...
Irmã e Cardeal Lilly pode ser um pouco difícil.
“Os irmãos reais, Lady Manaria e o Cardeal Lilly provavelmente não podem vir.”
“Eu entendo que a Irmã está muito longe e o Cardeal Lilly ainda está sob
investigação, mas por que os príncipes?”
“Você esqueceu que é um cidadão comum agora? A realeza não pode simplesmente
aparecer no nosso casamento.”
"Ahhh... Isso mesmo."
Apesar de seus melhores esforços, Claire às vezes ainda esquecia que não era
mais da nobreza – talvez porque passasse tanto tempo reunindo-se com membros do novo
governo, debatendo-os em pé de igualdade.
Apesar de ser cidadã, seu círculo social permaneceu composto por pessoas poderosas.
“Eu deveria saber disso... Oh, bem. Isso significa que os únicos que nós
podem convidar são seus pais, pai, Lene, Lambert e Misha.”
"E seus nobres amigos?" Eu perguntei.
“Alguns de nós ainda escrevem, mas duvido que possam vir. Está levando tudo o que
eles têm para se ajustar à vida depois de perder seus títulos.”
Eu só podia imaginar o choque de perder a riqueza e o privilégio que se desfrutava desde

o nascimento. Eu não ficaria surpreso se muitos ex-nobres tivessem ficado desabrigados. Muitos
tinham os fundos para sobreviver como cidadãos comuns – era apenas uma questão de saber se
eles poderiam.
“Talvez seja melhor esperar a situação melhorar,” eu disse. "Este

também podemos convidar seus amigos.”
“Você tem sido bastante contra a ideia por um tempo agora. Suas palavras sobre querer se
casar comigo foram uma mentira?
"Claro que não! Eu realmente quero me casar com você!”
“Então por que você é contra?!”
Por motivos além de mim, Claire parecia com pressa de se casar. Segurei sua mão e
perguntei: "Senhorita Claire, por que você está apressando isso?"
Ela ficou em silêncio.

“Já confirmamos nossos sentimentos um pelo outro. Algo como um casamento pode
esperar. Então por que?"
"Estou preocupado."
"Huh? Estou fazendo algo para deixá-lo preocupado? Diga-me o que é, eu vou consertar!”
"Não é isso! Não há nada de errado com você... O que há de errado é...
Eu."
Claire era o epítome da perfeição e fofura. O que poderia estar errado com ela? “Eu não
sou mais um nobre…”
"Ok, sim?" Completamente perdido, acidentalmente dei uma resposta mais rude
do que eu pretendia.
"É isso. Não sou mais nobre. Sem status, sem prestígio, sem ativos - tudo
que tenho é uma educação não mais adequada para minha posição e orgulho sem sentido.
Por quanto tempo mais você poderia amar uma pessoa assim...?”
"Ah, senhorita Claire..."
Como eu poderia não ter notado?
Uma parte de mim queria acreditar que Claire tinha se acostumado com ela.
vida nova. Mas ela era uma ex-nobre – e uma de alto escalão. Claro que ela teria
inseguranças em se tornar uma cidadã comum. Todo esse tempo que passei dizendo a mim
mesmo que a estava apoiando – alguma vez parei para realmente ver o que ela estava
sentindo?
"Senhorita Claire, tudo vai ficar bem."

"Rae..."
Eu me levantei e abracei Claire por trás, tentando aliviar suas preocupações, mesmo
se apenas um pouco. “Mesmo que você não seja mais um nobre, meus sentimentos por
você são imutáveis. Eu não me apaixonei por você porque você é um nobre. Falei de coração.
“Eu sei... É assim que você é. Mas e sua família? E quanto a Lene ou Misha?”

Para ela, ser nobre era um modo de vida - um que ela literalmente
escolhido para morrer. Ela acolheu sua nova vida comigo, mas isso não mudou o fato de que um dos
pilares em que ela fundou sua identidade havia desaparecido.
"Senhorita Claire, você deveria concorrer à eleição."
"Huh? Rae, do que você está falando? Estamos discutindo nosso casamento certo n—”
"Eu sei. Mas tenho a sensação de que se realizarmos um casamento como você está agora,
você vai se arrepender."
"Por que?"
“O que você precisa agora é um novo modo de vida. Algo que lhe dê um propósito, algo que o
guie. Até você descobrir isso, essas preocupações vão ficar com você.”
Claire ficou em silêncio. Algo me disse que ela já sabia que estava procurando um novo pilar
para se apoiar em sua vida. Eu não mentiria – eu meio que queria ser esse pilar. Em algum lugar em mim
havia um desejo sombrio de esbanjar minhas afeições em uma versão de Claire que era completamente
emocionalmente dependente de mim. Mas isso não seria certo para ela. Se, por algum estranho acaso,
eu morresse, ela ficaria realmente sem nada para sustentá-la. Eu não podia permitir que isso acontecesse.
“Eu acho... eu entendo o que você está tentando dizer,” Claire murmurou depois de um longo
silêncio. Seu rosto se iluminou quando sua determinação voltou gradualmente.
“Então que tal?” Eu perguntei.
"Não. Não estou concorrendo a eleições.”
"Huh?"
Claire sorriu para a minha confusão. “Acho que entrar no novo governo como
um político seria um trabalho respeitável, que poderia dar um novo sentido à minha vida.”
“Então por que não fazer isso?”
“Porque não seria certo. Se eu, um símbolo do antigo sistema, tomasse posse, a revolução não
teria sentido”.
Eu não tinha um bom contador. Examinar a história do mundo mostraria

muitos exemplos de ex-funcionários do governo que permaneceram no poder após

revoluções ou golpes. Mas não era isso que Claire queria. Sendo esse o caso, eu simplesmente
teria que respeitar a decisão dela.
“Mas eu vou procurar algo. Um novo estilo de vida.” Eu poderia dizer que as preocupações
de Claire foram dissipadas.
"Sim. E eu estarei lá para ajudá-lo.” Eu beijei Claire na cabeça. Ela

ri, faz cócegas.
Eu esperava que ela encontrasse uma maneira de viver a vida que ela queria levar. E quando
esse dia finalmente chegasse, nos casaríamos. Eu esperaria, não importa quanto tempo levasse,
porque a única para mim era minha sempre tão maravilhosa Claire.

História bônus 2:
Casamento
CLAIRE ME DISSE UMA VEZ que um casamento não era tanto sobre o
cerimônia tanto quanto era sobre nossos próprios sentimentos. O que realmente
importava eram os votos de viver suas vidas juntos, votos que vocês fizeram diante de amigos
e familiares. Acho que entendi o que ela quis dizer agora.
"Nervoso?" Claire estava ao meu lado, parecendo divertida – saboreando meu raro
momento de ansiedade. Seu rosto estava coberto por um véu.
"Eu penso que sim…"
“Então até você tem momentos como esse. Fiquei com a impressão de que você não
tinha medo de nada.
"Isso não é verdade. Há muitas coisas das quais tenho medo.”
"Ele ele... suponho que até você é apenas humano no final."
“Para dar um exemplo, tenho medo de você quando está bêbado.”
“Não me lembro de ter sido tão terrível!”
“Você era tão fofo, foi assustador.”
“A-novamente com suas piadas... Chega, está na hora. Não se preocupe, vai ficar
tudo bem.” Claire estendeu a mão enluvada e apertou a minha. Eu apertei de volta.
Hoje foi o dia do nosso casamento.
Algum tempo atrás, Claire disse abruptamente: “Ei, Rae. Você não acha que agora é
uma boa hora?”
Estávamos sentados no terraço enquanto o céu escurecia. May e Aleah correram

pelo pátio com Ralaire. Eu estava pensando em ligar para eles logo quando Claire de repente
fez a pergunta.
"Desculpe, boa hora para quê?" Foi um bom momento para muitas coisas.
Havíamos nos acostumado com nossa nova vida e atualmente estávamos dando um curto

romper com o ensino.
“Você não se lembra?” Claire franziu a testa. "Nosso casamento. você não
acha que está na hora, agora que encontrei meu próprio modo de vida?”
"Oh, certo."
Nós nos tornamos professoras na Royal Academy desde aquela discussão, e mães
de May e Aleah. Era seguro dizer que Claire tinha realmente descoberto o que ela queria que
sua vida fosse.
“Meus amigos da escola também se estabeleceram em suas novas vidas, então

eles devem poder vir. Até temos salários adequados agora; Imagino que convidar seus pais não
seja um problema. Claire tentou ao máximo me vender a ideia. Ela parecia absolutamente adorável.
Ela tinha que ser um anjo enviado do céu.
"Sim", eu disse. “Agora pode ser uma boa hora.”

"Então…?"
"Sim." Eu me levantei e caminhei em direção a Claire. Eu me ajoelhei e peguei sua mão.

"Você quer se casar comigo, Srta. Claire?"
Claire pareceu chocada por um breve momento antes de explodir em um largo sorriso.
"Sim!"
“Mama Claire e Mama Rae vão se casar?”
“Haverá um casamento?”
Dois gêmeos de orelhas afiadas vieram montados em Ralaire.
“Sim, nós vamos ter um casamento. Vocês dois vão participar?” Eu perguntei.
"Sim!"
"É claro!"
As duas meninas começaram a cantar: “Casamento!” de novo e de novo. eu de repente

sentiu-se envergonhado.
“Agora que estamos resolvidos, precisamos começar a nos preparar. Como é a realização
do casamento em dois meses? Tempo suficiente?" Eu perguntei.
“Parece certo para mim. Não estamos fazendo nada muito extravagante.”
A partir de então, nós dois passamos dia e noite planejando nosso casamento.

Decidimos realizar não em uma igreja, mas em um restaurante afiliado a Frater.

Estávamos jurando nosso vínculo com nossos amigos e familiares, não com Deus – não que
pudéssemos usar uma igreja, já que a Igreja Espiritual não aprovava o casamento entre pessoas
do mesmo sexo. Independentemente disso, a influência de Lene nos rendeu um local encantador.
Enviamos convites para Dole, Lene, Lambert, amigos da escola de Claire, meu
pais e Misha. Decidimos não convidar os irmãos reais ou Manaria, dada a diferença em nosso
status social agora que Claire era uma cidadã comum, mas mesmo assim escrevemos cartas
para eles informando que iríamos nos casar. Infelizmente, também não pudemos convidar Lilly,
pois ela estava vagando quem-sabia-onde.
“Parece que vamos ter que alugar nosso traje de casamento,” eu disse.
"Parece que sim. Eu gostaria de saber costurar para momentos como esses.”
“Não tenho certeza se um vestido de noiva inteiro é algo que alguém

considere costurar por conta própria…”
Claire viria a aprender a costurar a sério, mas isso é uma história

para outra vez.
Dois meses se passaram em um flash e antes que percebêssemos, o dia do nosso

casamento estava chegando. Nossos convidados chegaram ao restaurante, suas conversas
animadas audíveis do camarim. Claire e eu esperamos. Pedimos ao restaurante que preparasse um
buffet, então os convidados desfrutaram de comida e bebida enquanto conversavam.
“Está quase na hora, Srta. Claire, Rae.”
"Entendi."
"Obrigado por todos os seus problemas, Lene."
Lene — a jovem proprietária da Frater, uma empresa comercial que era praticamente
um nome familiar nos Alpes e no Reino Bauer — era nossa dona de cerimônias da noite, vestida
com um vestido modesto que complementava o nosso. Ela e seu irmão Lambert acumularam uma
pequena fortuna através de sua empresa comercial, mas mesmo que ela agora tecnicamente
tivesse uma posição social mais alta do que qualquer um de nós, ela permaneceu leal a Claire.
Ela nos ajudou com uma série de coisas, não apenas nos encontrar um local. Mesmo agora, ela
dirigia pessoalmente o programa em vez de delegá-lo a um

subordinar.
"De jeito nenhum. Eu tenho que dizer, porém... vocês dois estão lindos. Lene era
dominada pela emoção enquanto ela enxugava os olhos com o lenço.
Claire usava um vestido de noiva branco de linha sereia, enquanto eu usava um

terninho branco.
“Claire sendo bonita nem é preciso dizer, mas não estou tão confiante de que pareço
aceitável,” eu disse.
"Bobagem", disse Lene. “Se você mantivesse essa boca fechada, qualquer um
acharia você maravilhoso.”
"Isso é um elogio?"
"É claro." Lena sorriu.
“O palco está montado. Tudo o que resta é vocês dois fazerem sua entrada.”
O irmão de Lene, Lambert, nos incitou, vestindo um fraque e segurando a porta aberta.
Era hora do nosso casamento começar.
"Vamos, senhorita Claire?"
“Suponho que sim, Rae.”
Nós demos as mãos enquanto fazíamos o nosso caminho através da porta.
Fomos recebidos com aplausos enquanto caminhávamos para a frente.
“Todos, obrigado por se reunirem aqui hoje.”
Claire começou com um discurso de abertura, e eu olhei para seu perfil. Sua
um sorriso satisfeito me deixou emocionada quando as memórias de todas as provações
que enfrentamos até este momento vieram à minha mente.
“Hoje, Rae Taylor e eu vamos nos casar. Embora nossa união possa não ser
reconhecido por lei, acredito que o que compartilhamos é algo maior.”
Os convidados aplaudiram a declaração confiante de Claire.
“Como muitos aqui provavelmente sabem, minha primeira impressão de Rae foi –
para falar claramente – a pior. E, no entanto, aqui estou, casando-me com ela. Isso só mostra
que a vida é cheia de surpresas.”

Os convidados caíram na gargalhada enquanto Claire contava o passado.
“Mas como estou agora, acho que não consigo imaginar uma vida sem Rae. Para o
aquele que ficou ao meu lado e me apoiou em tudo, quero que você saiba que estou realmente
feliz por ter conhecido você.” Ela olhou profundamente em meus olhos. Nada do que ela tinha
acabado de dizer estava em nossos ensaios.
Isso não é justo, Srta. Claire. O que devo fazer com esses sentimentos de repente?
"Mama Rae, você está chorando?"
"Madre Claire fez você chorar?"
May e Aleah se aproximaram com um lenço.
“Estou bem, vocês dois. Fiquei um pouco feliz demais.”
“Mama Rae está sendo estranha!”

"Que estranho!"
O clima no local voltou ao normal, graças aos gêmeos.
Agora não é hora de ficar muito emocional, pensei enquanto limpava meu
lágrimas.
Claire continuou seu discurso com um sorriso. “Desejo que todos que se reuniram
aqui testemunhem o vínculo que Rae e eu compartilhamos. Prometemos viver juntos com
orgulho, sinceridade, alegria e felicidade pelo resto de nossas vidas”.
Aplausos novamente. Enquanto esperávamos que os aplausos diminuíssem, Claire

pegou minha mão.
“Mais uma vez, obrigado a todos por terem vindo. Por favor, divirtam-se com o
conteúdo de seus corações.”
O local rugiu com aplausos quando curvamos nossas cabeças para os convidados.
“Parabéns, senhorita Claire!”
"Eu estou tão feliz por você!"
“Obrigado, Loretta, Pepi. Estou feliz que vocês dois conseguiram.”
As primeiras a nos parabenizar foram duas meninas que não reconheci. Eu assumi
que eles eram ex-nobres com base em quão naturalmente eles usavam seus

vestidos de festa e a maneira como eles se portavam.
"Mas ainda assim... Pensar que você se casaria com ela..."
"Nós fizemos algumas coisas terríveis com ela..."
Hum? Eu já conheci esses dois antes? “Senhorita Claire, quem poderia esses dois
ser?"
“E-com licença?! Você não se lembra de nós?”
"Mesmo depois de todo o tormento que fizemos você passar?"
Eles pareciam tão alarmados com a minha pergunta. Eu me senti mal, mas eu realmente não podia
relembrá-los em tudo.
“Estes são Loretta e Pepi, nossos colegas de escola. você não

lembrar? Você costumava provocá-los muito.”
“Ahhh!” Coisa Um e Coisa Dois da comitiva de Claire. É, não

surpresa eu não me lembrava deles. "Eu me lembro agora. Perdoe minha grosseria.”
"Não, talvez seja melhor se você não se lembrar..."
“O que fizemos foi terrível. Você poderia encontrar em você para nos perdoar?”
“Bem, para dizer a verdade, não há nada para perdoar,” eu disse. “Não me lembro
de nada.”
“Ah, mas é claro! Você sempre foi peculiar, afinal...
"Inacreditável... peço desculpas pela minha grosseria, mas o que você vê nela, Srta.
Claire?"
Eles pareciam genuinamente preocupados com o amigo.
“Eu a amo por suas virtudes, mesmo que eu seja o único a entendê-las.”
disse Claire.
"Oh meu Deus!"
"Pensar que eu já ouviria você falar com tanto carinho de outro!"
“Rae é realmente muito cativante quando você a entende. Um pouco cativante demais ,
às vezes... Eu sempre tenho que me preocupar com ela atraindo os olhos dos outros; aconteceu
mais do que eu gostaria de admitir.
Não, isso é todo o seu mal-entendido, Srta. Claire!
"É melhor você... er... Por favor, cuide bem da Srta. Claire, ok?"

“Você absolutamente deve fazê-la feliz!”
Eles deixaram essas palavras para trás quando partiram.
“Você tem bons amigos.”
"Ele Ele. Eu quero, não é?”
Uma vez eu tinha visto a comitiva de Claire como uma entidade única, mas
agora eu entendia que Claire tinha gostado de amigos reais, vivos e vivos na Academia. Não
é à toa que ela ficou tão chateada quando comecei a persegui-la.
“Sabe, é graças a você que eles não foram executados,” Claire disse.
“Mas também foi parcialmente minha culpa a aristocracia ter sido deposta.”
“Vamos, nada disso.” Claire sorriu ironicamente.
Os próximos a nos parabenizar foram Lene, de folga, e Lambert.
“Parabéns por casar!”
"Parabéns, senhorita Claire."
"Obrigada."
Lene abraçou Claire enquanto ela chorava de alegria. “Eu só sei que Rae vai
Fazer você feliz."
"Oh?" disse Claire. “O que te dá tanta certeza?”

“Chame isso de intuição de empregada.”
"Eu vejo."
Lene parecia apostar muito em mim por algum motivo.
“Você cresceu tanto. Lembro-me de quando você era pequeno e fazia birras sempre
que a menor coisa não saía do seu jeito.”
“Ah, pare com isso, Lene. Você soa como meu pai.”
"Por que não? Só por hoje. Você costumava ser um punhado quando você
eram mais jovens. Ora, eu me lembro...
Claire parecia que sua alma estava deixando seu corpo enquanto Lene
o passado. Minha esposa era simplesmente a mais fofa.
“Por favor, deixe por isso mesmo, Lene. Estou prestes a perder todo o rosto aqui.”

“O que há de errado com isso? Você não é mais um nobre.”
“Ainda estou na frente da minha amada!”
“Você entendeu isso, Rae?”
“Já está gravado na minha memória.”
“Ah! Vocês dois!"

Lene e eu provocamos Claire para o conteúdo de nossos corações. Tal cena
parecia impossível em um ponto. Quando Lene e Lambert foram exilados pela primeira vez,
dissemos adeus pelo que pensávamos que seria o resto de nossas vidas.
“Oi, Lena.”
“Sim, Rae?”
“Você está feliz com a forma como as coisas estão?”
Lene piscou surpresa com a minha pergunta.
"É claro. Eu tenho Lambert, e duas pessoas muito importantes para mim são
casar!” Ela sorriu amplamente.
“Nós seremos tão felizes quanto vocês dois, se não mais!” Lambert
disse, colocando o braço em volta de Lene.
"Oh, que coisa, isso é um desafio?" Claire perguntou.
“Suponho que sim. Que vença o melhor casal.” Lene apertou a mão de Claire antes de
retornar ao seu posto.
Antes de sair, ela nos entregou algumas cartas — e muitas, aliás.

Entre eles estavam mensagens da realeza: Rod, Thane, Yu e Manaria.
Todo o conteúdo das cartas nos parabenizou por nosso casamento — exceto pelo de
Manaria. Sua carta continha esta única frase.
“Venha a mim se você se separar. Vou recebê-los de braços abertos.”
Cai na real, pensei.
Havia algumas outras letras, mas apenas uma delas realmente se destacou. Era uma
carta gasta com um único nome no envelope – Lilly. Escrita com caligrafia imaculada, a carta
explicava que, no decorrer de suas andanças sem rumo, ela passara pela casa de Manaria e
soubera do nosso casamento.
Ela nos deu seus parabéns, seguidos por um pós-escrito.

“PS A vaga para amante ainda está aberta?”
“Nunca houve um!” Claire disse, prestes a rasgar a carta.

Felizmente, consegui acalmá-la. "Meu Deus... Se você não fosse tão mulherengo, Rae."
"Huh? É minha culpa?"

“De quem mais poderia ser?”
O que eu fiz?! Eu pensei. Ainda assim, ver Claire ficar com ciúmes foi adorável
a seu respeito.
O próximo a nos parabenizar foi Misha.
“Parabéns, vocês dois.”
“Muito obrigado, Misha.”

"Obrigado."
Misha apareceu com o hábito de freira em vez de um vestido, mas ela o usava com
tanta naturalidade que não se destacava. Aquele era um antigo nobre para você.
“Yu escreveu uma carta, mas ela também queria que eu transmitisse algo em
pessoa. Ela diz que seu casamento tem a bênção do Grande Espírito.
“Mas eu pensei que a Igreja Espiritual não aprovava o casamento entre pessoas
do mesmo sexo?” disse Claire.
“Você está certo, a igreja não. Mas a própria escritura original nunca
o condena. De acordo com Yu, todos são iguais aos olhos de Deus.”
“Como ela se parece muito com ela.” Claire sorriu.
“Concordo”, acrescentei.
“Ela não fez nada além de procurar problemas desde que deixou a família real.” Misha
suspirou profundamente.
“Você está preocupado com Yu como seu parceiro?”
"Parceiro? Eu? Você percebe o abismo de status entre nós, certo?
"Você poderia dizer o mesmo de Miss Claire e eu."
“Isso é... verdade, mas...” Parecia que Misha ainda tinha dúvidas sobre seu
relacionamento com Yu.

“Por que você simplesmente não toma a iniciativa e vai em frente?” Eu perguntei.
“É fácil para você dizer.”

"Isso é. Afinal, eu fiz isso.”
"Oh, certo." Misha sorriu amargamente. “Isso é o suficiente sobre mim por hoje.
Parabéns, vocês dois. Quero dizer. Venha ao convento algum dia.
"Sim claro."
"Te vejo mais tarde, Misha."

Misha saiu, não ficando para participar da festa.
“Parabéns, Claire, Rae.” Uma voz composta nos parabenizou. Era Dole,
acompanhada por May e Aleah. Ele amadureceu muito desde seu tempo na política.
Nenhum vestígio de sua antiga fachada nobre e arrogante permaneceu.
“Parabéns, mamães!”
“Parabéns, mães.”
“Muito obrigado, pai, meninas.”
"Muito obrigado", eu concordei.
Trocamos abraços com Dole e as meninas.

"Rae... eu realmente não posso agradecer o suficiente."
“Eu não fiz muita coisa, Mestre Dole.”
"Absurdo. Se as coisas tivessem saído como planejei originalmente, muito

mais sangue teria sido derramado durante a revolução. Nem Claire nem eu estaríamos
aqui para ver a nova era.”
“Mas não foi apenas pelos meus esforços. Conseguimos isso por causa de
você, Claire e muitos outros.”
“Você é muito modesto.”
“Você acabou de me dar mais crédito do que devo.”

Nenhum de nós cedeu um centímetro
até... “Vovô, você e mamãe estão conversando sobre algo difícil?”

"Nós estamos com fome."
May e Aleah puxaram as roupas de Dole.

“Ha ha ha, desculpe, desculpe! Tudo bem, o que vai ser? O vovô vai pegar para
vocês o que vocês quiserem.”
"Sobremesa com uma crosta de açúcar queimado por um maçarico!"
Dole abriu um sorriso, tornando-se a própria imagem de um avô amoroso.

O cérebro que uma vez apoiou a revolução das sombras se foi há muito tempo.
“Ah, uma última coisa. Clara?”
"Sim, Pai?"
"Você ama Rae?"

"Eu faço."
“Bem, a julgar pelo que eu vi muito antes da revolução, ela

te ama pelo menos cem vezes mais. Faça o seu melhor para retribuir esses sentimentos.”
"Vou manter isso em mente..."
"Muito bom." Com isso fora do caminho, Dole partiu para sempre desta vez,
trazendo May e Aleah com ele.
“Parece que nem você é páreo para o Mestre Dole.” Eu sorri.

"De fato."
Nós rimos antes de procurar o último grupo que precisávamos encontrar.
“Parabéns, Rae, Claire. Vocês dois estão maravilhosos.”
"Parabéns."
Uma mulher jovem e um homem reticente nos parabenizaram quando nos

aproximamos.
“Muito obrigado, sogra, sogro.”
"Obrigada."
Meus pais. Eles prepararam suas melhores roupas e viajaram desde Euclides só
para o nosso casamento. Mas isso não era tudo.
“Fico feliz por termos feito suas roupas de casamento a tempo.”
“Tenho certeza de que eles não são nada comparados ao que um ex-nobre está acostumado.”

"De jeito nenhum. O que você fez para nós é maravilhoso,” Claire tranquilizou meus
pais.
Caso você tenha esquecido, minha família era alfaiate. Claire e eu planejamos
alugar nossos trajes de casamento, mas meus pais se ofereceram para fazê-los para nós.
Pagamos pelos materiais e mão de obra, é claro, mas ainda assim foi um feito incrível que
eles os costuraram do zero no espaço de dois meses. Estava começando a me dar conta de
que meus pais poderiam ser mestres em seu ofício.
“Obrigado, mãe, pai,” eu disse.
"É claro. Qualquer coisa para você, querida.”

"Mm-hum."
Lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.
“Você sempre foi um pouco estranho quando criança, mas você cresceu tão
esplendidamente. Acho que nosso trabalho como pais realmente acabou…”
“Claro que ela ficou maravilhosa. Afinal, ela é uma filha perdida dos espíritos. Meu
pai passou um braço em volta da minha mãe, as lágrimas da última não mostrando nenhum
sinal de fim.
“Não é isso,” eu comecei. “Eu sou seu filho e seu filho sozinho. E sempre tive orgulho
disso.”
Eles não eram meus pais biológicos. Eles nem eram os pais que me criaram, Rei
Ohashi. Mas eu sabia, pelas memórias da Rae Taylor que eu também guardava, que o amor
que eles tinham por mim era real. Foi graças a eles que pude ser quem sou hoje.
"Rae..."
"Entendo... Obrigado, Rae, nossa amada filha." Meu pai me abraçou forte. "Senhorita
Claire, por favor, cuide de Rae."
"É claro. Sei que seremos muito felizes juntos.”
"Obrigada." Minha mãe abraçou Claire.
Hoje, nos tornamos uma família no sentido mais verdadeiro.
“Pessoal, estou triste em dizer que é hora do banquete chegar ao fim.

Mas antes disso, nossas noivas gostariam de mostrar algo a todos vocês.” Assim que as primeiras
bandejas vazias começaram a aparecer e o ânimo dos convidados se animava com o álcool, Lene fez
um anúncio.
Huh? Sobrou mais alguma coisa? Eu pensei. Olhei para Claire em confusão, apenas para
encontrá-la igualmente perplexa.
“Nossas duas noivas gostariam que todos testemunhassem seu voto de amor eterno!” Lene
sorriu maliciosamente. Aplausos entusiasmados vieram dos convidados.
Ah... eu vejo o que Lene estava fazendo.
Claire parecia um pombo cravado por uma arma de ar comprimido. Achei que deveria ajudá-la.
"Senhorita Claire, eles estão esperando o beijo para selar nossos votos."
"Ohhh, sim, isso... Espere, o quê?!" Claire parecia visivelmente nervosa. Ela era a própria
definição de fofa. “K-kissing não é algo que você faz na frente de outras pessoas!”
“É em um casamento.”
"E-isso é verdade, p-mas...!"
"Preparar? Estou começando."
“E-espere! Deixe-me resolver meus sentimentos primeiro...
“Não está acontecendo.” Eu coloquei minhas mãos nos ombros de Claire e olhei
solenemente em seus olhos. Claire se mexeu na cadeira antes de recuperar a compostura.
"Senhorita Claire."
"Sim…"
"Eu te amo."
"Assim como eu, Rae."
“Eu juro te amar enquanto eu viver.”
"E eu prometo apoiá-lo enquanto eu viver."
O local explodiu em aplausos quando nossos lábios se encontraram.
"Não há como voltar daqui, Srta. Claire."
"Isso é bom. Não tenho intenção de voltar atrás.”

"Você tem certeza absoluta?"
"Isso é o que eu deveria estar perguntando a você."
Não havia artifício nem elegância em nossas palavras. Mas tudo bem.
Nós éramos perfeitos como éramos.
"Vamos ser felizes juntos, senhorita Claire."
"Não. Nós definitivamente seremos felizes juntos, Rae.”
Selamos mais um voto com mais um beijo.

História bônus 3:
Álcool Doce, Doce
“OOO…”
“Eles estão dormindo?”
“Sim, como uma luz.”
Passava pouco das nove horas, e voltei para a sala depois de colocar as crianças na
cama para encontrar Claire esperando por mim. Terminado o banho, ela já estava de pijama,
sentada sozinha à mesa da sala e saboreando o que parecia ser uma bebida. Sobre a mesa havia
uma garrafa que continha cerca de um litro de um líquido castanho-amarelado.
“O que é isso, Srta. Claire? Achei que estávamos sem suco.” Eu tinha planos de ir ao
mercado para mais um pouco amanhã.
"Este? É álcool,” Claire disse claramente.

"Huh?" Eu congelo.
Álcool? Tipo, álcool-álcool?
“Senhorita Claire! Você não pode estar bebendo isso!”
“Hum? Por que não?"
"Porque você tem menos de vinte!"
"Ok? E?" Claire olhou para mim intrigada, depois disso eu me lembrei – a
idade para beber no reino era quinze. Em outras palavras, poderíamos beber sem qualquer
repercussão legal. Na verdade, tínhamos boas razões para isso, já que alguns tipos de álcool
eram mais baratos que água – embora eu suspeitasse que o que Claire estava bebendo era de
primeira qualidade.
“Foi um presente de Lambert. É bastante aceitável.”
“Que legal da parte dele. Tente não beber muito embora; não é bom para a saúde.”
"Eu sei. Sempre com moderação.”
Eu suspeitava que Claire estava bebendo em festas de aristocratas e outros

eventos sociais desde antes de ser maior de idade. Ela provavelmente conhecia seus limites
melhor do que eu.
“Que tal eu fazer alguns petiscos para acompanhar a bebida?” Eu ofereci.
"Não é preciso isso. Apenas venha se juntar a mim.”
Não vi motivo para recusar, então peguei um copo e me sentei com ela.
Ela me serviu um pouco da bebida, que parecia hidromel.
“Saúde, Rae.”
"Felicidades." Depois de tinir copos, eu cuidadosamente trouxe o álcool para o meu

lábios.
Embora o hidromel contivesse mel, não era necessariamente doce, pois o

processo de fermentação quebrava os açúcares. Era a mais próxima da cerveja em termos de
sabor, embora a cerveja não fosse realmente doce, então talvez essa fosse uma comparação
ruim. Este hidromel parecia ter especiarias misturadas com ele - talvez canela? Claire estava
certa; foi bastante ingênuo. Uma bebida descomplicada e deliciosa.
"Como é?"
"Delicioso. Não é nada duro.”
“Não é? Lene se lembrou da cervejaria que eu gostava e pediu para Lambert entregá-
la.”
"Oh sério."
Isso foi Lene para você. Mesmo que ela não fosse mais a empregada de Claire, ela
ainda respeitava Claire como sua mestra.
Com gratidão para com Lene em nossos corações, bebemos copo após copo.
“Ei, Rae... Isso é felicidade, não é?” Claire falou baixinho, como se estivesse em um
sonho.
"Huh?" Olhei para ela em confusão, apenas para ver seu rosto todo iluminado em um
sorriso.
"Há você, e May, e Aleah... Todo dia parece que estou vivendo em um sonho."
“Não é um sonho. Este é o futuro que você conquistou.”
“O futuro que ganhamos. Distinção clara, Rae.” Mesmo depois de alguns

bebidas, ela permaneceu tão afiada como sempre. Ela não pensou por um momento que essa felicidade
era só dela.
“Como vai o ensino?” Eu perguntei.
“É um trabalho gratificante, embora os alunos possam ser terrivelmente indisciplinados em

vezes.” Ao contrário de suas palavras, ela parecia absolutamente encantada.
Claire e eu começamos a ensinar na Royal Academy. Os alunos não eram mais

predominantemente filhos de nobres, mas crianças talentosas escolhidas da população em geral - um sinal
de que a Academia estava mudando. O currículo também começou a se concentrar menos em cultura e
etiqueta e mais em campos especializados da magia.
“Eu não posso fazer tudo do meu jeito, como eu podia quando era um nobre. Mas
Acho que é isso que torna a vida tão agradável agora.”
"É assim mesmo? Fico feliz em ouvir isso." Eu secretamente estava um pouco preocupado que
O orgulho de Claire influenciaria negativamente seu ensino, mas parecia que não era o caso. Fiquei
feliz em ver que ela encontrou significado em seu novo trabalho.
“E você, Rae? Você está aproveitando a vida como ela é?”
“Enquanto você estiver comigo, a vida é perfeita. Também é bom que maio e
Aleah se aqueceu para nós.” Eu estava contente por ter apenas Claire na minha vida, especialmente
depois de ter chegado tão perto de perdê-la. May e Aleah abrindo seus corações para nós também
foi maravilhoso. Foi como Claire disse – isso realmente era felicidade.
"Bom. Embora, há uma coisa com a qual estou insatisfeito.”
"Oh? O que?"
Claire pousou o copo antes de me olhar timidamente. “Eu sinto que você não está tão assertivo
recentemente.”
Engasguei com minha bebida. Suas palavras chegaram aos meus ouvidos, mas correram
pouco para chegar ao meu cérebro. O que ela havia dito agora? "Desculpe, você poderia repetir isso?"
"Eca! Eu disse que estou triste porque você não está em cima de mim ultimamente!”
Eu entendi suas palavras claramente desta vez, mas agora eu não podia acreditar que elas
saíram de sua boca. A arrogante Claire acabou de dizer o que eu pensei que ela disse?

"Senhorita Claire... Você está bêbada?"
"Eu não estou bêbado!" ela disse, mas seu rosto estava totalmente vermelho e sua fala
estava ficando arrastada.
Pensando bem, nenhuma pessoa bêbada admite que está bêbada.
“Quantos copos você tomou?”
"O que? Ainda há meia garrafa. Algo que essa luz não me deixaria bêbado.
Verifiquei a garrafa para encontrá-la quase vazia. Eu só bebi dois copos, significando
que cerca de oitenta por cento do licor que faltava tinha descido pela goela de Claire. Ela estava
tão longe que não conseguia nem dizer o quanto tinha bebido.
"Senhorita Claire, vamos encerrar o dia aqui."
“Nãooo! Eu quero falar mais com você.” Claire fez beicinho.
Ela evitou minha mão enquanto eu tentava alcançar seu copo e dei uma grande
gole.
“Você era tão agressivo quando éramos estudantes, agarrando-se ao meu

lado, dizendo 'Senhorita Claire! Senhorita Claire! Oh, como você era fofo.”
Agora ela estava sendo ultrajante. Se eu não a impedisse aqui e agora, ela
morreria de vergonha mais tarde.
“Ei, Rae. Você me ama?"

"Eu faço."
"Sério sério?"
"Sério sério."
"Ele ele... eu vejo." Claire sorriu, como se estivesse em transe.
Oh cara. Embora eu amasse seu sorriso determinado de sempre, eu era fraco

contra esse tipo que ela raramente mostrava. Levou tudo que eu tinha para me conter.
“Vamos, Srta. Claire. É hora de ir para a cama."

“Nãooo! Eu quero flertar mais com Rae!”
Fiquei mudo. O que era esse ser feito de pura fofura antes

Eu?
Claire sempre foi adorável, mas algo nela agora era absurdamente fofo. Achei que o
álcool estava me fazendo sentir de uma certa maneira também. Meu julgamento foi enfraquecido.
Se isso continuasse, eu poderia cometer um erro. Claire e eu éramos próximos, mas não parecia
certo deixar o álcool ditar meus impulsos.
"Sério?"
"S-sim?"
Sua voz doentiamente doce e coquete chamou meu nome. De repente ficou muito mais
difícil resistir à tentação de ceder. Achei que meu coração pararia de bater com sua fofura
irresistível.
"Você vai me beijar?"
“Devemos parar por aqui. Acho que não consigo resistir mais às suas tentações.
“Por que você precisa resistir? Rae é minha e eu sou sua.” Claire inclinou a cabeça
provocativamente. Senti o resto do meu bom senso começar a desmoronar.
“Claire, eu realmente amo você.”
"Ele Ele. Obrigado, Rae. Eu também te amo."
"É por isso... Você não pode continuar dizendo coisas tão adoráveis, ou então eu
poderia realmente fazer alguma coisa."
“Eh ele ele, realmente? Isso me faz feliz." O sorriso de Claire era o de uma deusa.
Eu não me importava mais com o que acontecia. Eu tentei o meu melhor. Tudo
foi culpa de Claire por ser muito fofa.
Eu me levantei e me ajoelhei ao lado de Claire, pegando sua mão.
"Senhorita Claire, posso carregá-la?"
“Ele ele, então você finalmente voltou? Claro, com prazer." Ela me beijou. Usei magia
para complementar minha força e levantei o corpinho delicado de Claire.
“Para o quarto?” Eu perguntei.
"Sim."

Tudo o que restava era passar a noite nos braços um do outro.
Ou assim eu pensei.
"Ah."
“Opa.”
Fiquei ali em silêncio chocado.
“Qual é o problema, Rae? Você não estava me levando para o—?!” Claire percebeu
também.
Espiando do quarto das crianças havia dois pares de olhos.
“Eles nos encontraram, Aleah!”
“Fomos pegos, May!”
Eles gritaram sem um pingo de culpa.
"Por que vocês dois estão acordados?" Claire perguntou.
“Nós podíamos ouvir Mama Rae e Mama Claire se divertindo do nosso quarto—”
“—então estávamos observando para garantir que nada de ruim acontecesse.”
Claire e eu engasgamos, boquiabertas. Tente imaginar, se puder, como nos sentimos

naquele momento.
"O que você vai fazer agora?" May perguntou inocentemente.
“Você vai brincar no quarto?” Aleah o seguiu.
Minha cabeça, em chamas com luxúria momentos antes, tinha esfriado completamente.
Imaginei que Claire também ficou sóbria com pressa.
“Não vamos fazer nada. Apenas diga 'boa noite', então vá dormir,” eu assegurei
aos dois.
"Sério?"
“Isso é chato.”
“É por isso que é melhor vocês dois irem dormir também. Fique acordado até tarde e
você não poderá jogar tanto amanhã.”
“Eu não quero isso!”
"Nós somos boas meninas, então vamos para a cama."

Com isso, as duas meninas obedientemente rastejaram de volta para a cama. Havia uma coisa
a fazer antes que eu pudesse realmente respirar aliviada.
"Ei, senhorita Claire." Olhei para Claire em meus braços para ver um olhar de grande vergonha
em seu rosto. "Acho que você ficou sóbrio?"
"Sim." Sua voz estava fraca.
Entendo. Eu quero rastejar em um buraco, também. “Vamos adicionar uma nova regra.”
"Concordou."
Nesta casa, tínhamos algumas regras básicas. Naquela noite, uma nova foi adicionada: Beba
com responsabilidade.

História bônus 4:
Aniversários
A FIM DA ESTAÇÃO chuvosa finalmente chegou ao Reino Bauer,
e com ele o verão. A Academia estava de férias, então passamos o dia relaxando em
família.
Claire e eu estávamos ajudando May e Aleah com seus estudos. Eles aprenderam a ler e
escrever no orfanato, mas não tiveram muito tempo para se familiarizar com isso. Mesmo assim,
eles provaram ser aprendizes rápidos e agora podiam escrever tão bem quanto qualquer pessoa de
sua faixa etária.
“Mamãe Claire, o que isso diz?” May perguntou do alto de Ralaire. Cabana
gostava de sentar no lodo de água ultimamente.
“Isso diz 'aniversário'.”
“Qual é o aniversário?” May perguntou curiosa.
"Eu sei o que é," Aleah cortou com um olhar orgulhoso. “É um dia para comemorar o
nascimento de alguém.”
“Isso mesmo, Aleah. Vocês dois se lembram de quando é seu aniversário?”
"Eu esqueço. Você se lembra, Aleah?
"É claro. É o décimo terceiro dia do décimo segundo mês.”
As datas neste mundo eram baseadas no calendário solar, assim como no meu mundo,
mas eram um pouco mais simples. Este mundo tinha doze meses, cada um com trinta dias.
"Isso mesmo. Vamos comemorar seu aniversário então.”
"Yay!"
“Parece divertido!”
Claire observou os dois com carinho enquanto eles se alegravam antes de olhar na minha direção.
"Parando para pensar sobre isso, eu não sei o aniversário de Rae."
“Claro que você não faria. Nem eu sei meu aniversário.”

"Você esqueceu? Eu sou um filho perdido dos espíritos.”

"Ah..."
Quando criança, Rae Taylor foi encontrada vagando por Euclides e

acolhida pelo casal que a adotou. Portanto, minha verdadeira data de nascimento era
um mistério.
"Então você não comemorou aniversários?" Claire perguntou.
“Os plebeus não têm margem financeira para comemorar aniversários. No máximo,
celebramos o Ano Novo e o Festival da Colheita.”
Os plebeus Bauer eram pobres e tendiam a ter muitos filhos.

Celebrar aniversários regularmente pode prejudicar as finanças de uma família.
Festas de aniversário extravagantes eram um luxo que só os nobres desfrutavam.
"Entendo... Então, qual foi seu aniversário em sua vida anterior?"
“Minha vida anterior?”
"Sim. Acredito que você era de uma família abastada, não era?
Algum tempo atrás, pouco antes da revolução, eu disse a Claire como uma vez eu
vivia em outro mundo. Ela parecia se lembrar dos detalhes com bastante clareza.
“Vamos ver… O calendário no outro mundo era um pouco diferente, mas neste mundo,
eu acho que meu aniversário seria por volta do décimo nono dia do sétimo mês?”
“Isso é ao virar da esquina! Você deveria ter dito algo antes!” Claire disse
com raiva.
“É o aniversário de Mama Rae em breve?”
“Vamos comemorar?”
Tínhamos chamado a atenção das crianças. Eles pareciam bastante tomados pelo
tema dos aniversários.
“Tudo bem, não precisamos nos preocupar com meu aniversário. Vamos usar o
dinheiro em seus aniversários.”
"Absolutamente não!" Claire protestou. “Você é um membro precioso da nossa família.

Temos que comemorar seu aniversário!”
"Sim!"

"De fato!"
Eu cedi, incapaz de resistir aos três. Aniversários não eram exatamente

algo que eu ansiava na minha vida anterior, especialmente quando cheguei a uma
idade que não me fez querer reconhecer que eu estava envelhecendo. Mesmo agora, eu
não poderia dizer que estava muito feliz em comemorar meu aniversário.
“Nós só temos três dias até o aniversário de Rae! Maio, Aleah, vamos nos preparar!
"Ok!"
"Sim, mãe!"
"Hum... O que devo fazer então?"
“Você não precisa fazer nada de especial, Rae. Apenas faça suas tarefas habituais,
como você normalmente faz.” Parecia que Claire e as meninas cuidariam da preparação
elas mesmas. “As coisas vão ficar ocupadas por aqui!”
Os três dias seguintes passaram rapidamente. Claire e as gêmeas cortaram

e dobraram papel colorido para decorar os cômodos, deixando nossa casa de repente muito
mais festiva. Claire parecia estar planejando uma surpresa para mim, mas, como eu não
fazia parte dos preparativos, não tinha permissão para saber o que era. Eu me senti um
pouco excluído, mas me encontrei realmente começando a ficar um pouco animado.
“Feliz aniversário, Rae!”
"Feliz aniversário, Mama Rae!"
“Feliz aniversário, Mãe Rae!”

Decidimos comemorar na hora do jantar.
"Obrigado, senhorita Claire, May, Aleah." Abracei cada um

individualmente com todo o meu coração.
“Agora, vamos sentar e comer,” disse Claire. “O jantar de hoje é

um banquete... Embora Rae ainda seja quem o fez. Desculpe."
“Ha ha, está tudo bem. Obrigado por cobrir o custo dos ingredientes.”
“Não seria uma grande festa de aniversário se eu não fizesse isso.” Claire
insistiu que ela cozinharia até o fim, mas infelizmente, cozinhar era uma das
poucas – se não apenas – coisas nas quais ela ainda não tinha esperança. Ela se
contentou em cobrir o custo dos ingredientes, permitindo

pela primeira vez em muito tempo, já que mantivemos as refeições no lado frugal desde
a revolução.
O jantar de hoje consistiu em rosbife, salada de batata, sopa de cebola au

gratinado, baguete e crème brûlée.
“Hora de cavar.”
“Você poderia, por favor, esperar um momento, Rae? Maio, Aleah, você pode buscar
isto?"
"Ok!"
"Sim, mãe!"
As duas meninas desapareceram em seu quarto, retornando imediatamente com

algo na mão.
“Aqui está, Mama Rae!”
“É o seu presente de aniversário!”
Eles educadamente me entregaram um pacote embrulhado.
“Posso abrir?”
"Uh-hum."
"É claro."
Eu me pergunto onde eles conseguiram o papel de embrulho? O embrulho

desajeitado deixava claro que os gêmeos tinham feito isso sozinhos. Desembrulhei o
presente com cuidado, tomando cuidado para não rasgar o papel, caso pudesse ser reutilizado.
“Ah, um retrato?” Desenhado em giz de cera no papel estava uma foto minha. Eu
ocupei todo o espaço e tinha um grande sorriso estampado. Era assim que eles me viam?
“Nós trabalhamos muito duro para desenhar isso.”
"Como é? Parece com você?”
“Parece comigo! Obrigado, May, Aleah.” Quase em lágrimas, eu os abracei

novamente. Os gêmeos me abraçaram de volta, sorrindo.
Tive as melhores filhas do mundo inteiro.
“Eu também tenho algo para você.” Claire me entregou algo enquanto corava
profusamente. Aquele rosto por si só era um presente em si.

"Um lenço?"
“Não é nada de especial, mas espero que goste.” Claire estava além
modesto. O lenço estava bordado com uma miríade de pequenas flores. Era muito mais
chique do que o tipo que um cidadão comum normalmente possuiria, mais condizente com um
nobre, sua beleza tão fina que você poderia hesitar em usá-la. Sem dúvida, ela mesma o
bordara.
No limite, encontrei uma escrita delicada: Para minha amada Rae, de Claire.
E pensar que ela tinha feito isso em apenas três dias! Isso não foi nada menos que um
tesouro.
"Obrigado, senhorita Claire."
"He he, eu estou feliz que você gostou."
Sinceramente, eu nem esperava receber um presente, então fui pego

desprevenido por tudo isso. Se May e Aleah não estivessem lá, eu poderia ter chorado.
“Vamos comer, vamos? Tenho certeza que a comida de Rae será deliciosa.”
“Mmm, é gostoso!”
“Ah! May já está comendo!”

"Ele Ele!"
Nós quatro desfrutamos de um jantar de aniversário barulhento juntos.
“O aniversário passou tão rápido.”
“De fato,” eu respondi.
May e Aleah já estavam dormindo profundamente. Depois de ajudá-los a ir para a cama,

Claire e eu tomamos chá juntos em silêncio.
"Você gostou?"
"Eu fiz. Este foi o aniversário mais agradável que já tive, anterior
vida incluída”. Eu tinha me dado bem com minha família na minha vida anterior, e os
aniversários eram agradáveis. Mas comemorar com a família que você fez para si mesmo foi
uma alegria por si só.
"Ele Ele. Fico feliz em ouvir isso.”

"Obrigado por hoje, senhorita Claire." Eu quis dizer isso. Graças a Claire, eu aprendi o
quão maravilhoso pode ser passar seu aniversário com quem você ama.
“Se não fosse por você, tenho certeza de que minha vida seria realmente monótona.
Obrigado por ter nascido, Rae.”
Suas palavras tinham um significado especial - ela estava dizendo que amava nossa
vida atual mais do que sua antiga vida como nobre, onde ela havia desfrutado de tudo o
que poderia ter desejado. Isso me deixou incrivelmente feliz em ouvir.
"Na verdade... tenho mais um presente para você..."

"O que é isso?"
“Você tem que adivinhar,” Claire disse timidamente. Eu tinha uma ideia do que ela
significou.
“Hoje foi muito divertido, não sei se consigo me controlar esta noite,” eu disse. “Eu
poderia devorá-lo inteiro se você não tomar cuidado.”
“Eu vou permitir que você tente, só por hoje. Mas tenho a sensação de que aquele que será
devorado não serei eu.”
“Isso é um desafio?”
"Pode ser."
Agarrei a mão de Claire e fui para o quarto.
Quanto ao seu último presente? Digamos que foi maravilhoso.

História bônus 5:
Festa da Noite Santa
HOJE ERA O VIGÉSIMO QUARTO DIA do décimo segundo mês. No
mundo moderno, hoje estaria alinhado com o dia chamado véspera de Natal.
Mas este era o mundo da Revolução. Não havia Natal aqui - ou
então você pode pensar. Em vez disso, você vê, tivemos este feriado chamado Festival
da Noite Santa.
“A crença predominante é que o Grande Espírito desceu à terra em

este dia. É por isso que a Festa da Noite Santa é um evento importante para a Igreja
Espiritual”.
"Uh-hum." Eu já sabia disso, mas deixei Claire falar mesmo assim. Ela parecia tão fofa
quando ela me explicava as coisas com altivez.
Como você deve ter adivinhado, o Holy Night Festival foi um evento de jogo inspirado
no Natal. Ainda outro aspecto da cultura japonesa inserido na construção do mundo - embora
eu suponha que o Natal tenha sido originalmente de origem européia.
“Então, o que você faz neste dia?” Eu perguntei.
“Bem, os nobres frequentemente davam festas maravilhosas e convidados, mas eu

acredite no comum – ah, os cidadãos não celebravam tão generosamente.”
Como nobre, Claire parecia ser do tipo que gosta de festas.
“Que eu saiba,” Claire continuou, “os cidadãos decoravam seus

quartos e montar pinheiros, depois convide familiares, amigos e amantes para trocar
presentes.”
“Oooh, isso soa maravilhoso.”
Parecia exatamente como o Natal no Japão. Eu pensei que poderia ser um pouco
diferente, já que eu tinha ouvido que o Natal nos países ocidentais era mais um evento tranquilo
passado com a família. O Natal no Japão era uma festa, como a véspera de Ano Novo no
ocidente, enquanto o Ano Novo no Japão era geralmente um evento familiar tranquilo.
“Vamos comemorar como cidadãos?” Eu perguntei.

“Claro que vamos. Você tem ideia de quanto custaria fazer uma festa e convidar as
pessoas?”
"Isso é verdade." Teríamos que reservar um lugar, pagar a comida e preparar o

entretenimento para os convidados. Não éramos pobres de jeito nenhum, mas isso não era
viável com o salário de dois professores. Se tivéssemos tanto dinheiro, eu preferiria usá-lo em
Claire, May e Aleah primeiro.
“Mas eu quero fazer uma pequena comemoração com nossa família.”
"Assim como eu, senhorita Claire."
Passar a Noite Santa com a família sem ter que se preocupar com os convidados
parecia ótimo. Uma boa maneira de terminar o ano com quem você ama.
“Podemos nos dar ao luxo de nos satisfazer com um banquete, eu acho. Você pode fazer
cozinhar, Rae?”
"É claro. Deixe para mim!" Bati no peito com orgulho. Este foi um
boa oportunidade para mostrar minhas coisas.
“Tudo o que resta são os presentes, então. Para nós e para as crianças.”
“Vamos fazer compras amanhã cedo.” Podíamos deixar as duas crianças para trás
e ir às compras. Sem motivos impuros, só precisávamos manter os presentes como uma
surpresa para as meninas.
“Parece divertido…”
"Claro que sim", eu disse. Embora eu apreciasse o pensamento de um pouco sozinho

tempo com Claire por outras razões também.
“Tudo bem, aqui vem!”

"Uau!"
"É enorme!"
Na noite do Festival da Noite Santa, Claire, May e Aleah sentaram-se

ao redor da mesa de jantar enquanto, usando luvas de forno, eu carregava um frango
inteiro assado com ervas e colocava o prato pesado na mesa com um baque.
Muitos pratos já estavam servidos além do frango: rosbife, feijão verde e batata de bardana,
salada de vegetais de raiz e um bolo decorado.

Eu aprendi a receita de frango inteiro assado com ervas da minha mãe neste mundo,
mas adicionei sal, pimenta e ervas extras para fazer minha própria versão deluxe. A carne
assada foi adorável, especialmente porque foi a nossa primeira vez tendo carne de bovino em
um tempo. O caldo era feito com soja verde e bardana que era fervida, amassada, misturada
com leite e depois temperada com sal e pimenta. Eu fiz a salada cozinhando raiz de lótus,
cenouras, batatas e cebolas, depois cobrindo-as com molho para um prato simples, mas
saboroso. O bolo decorado - o destaque da propagação - estava um pouco deformado porque
eu tive a ajuda de May e Aleah para decorá-lo.
“Vamos comer?” Claire perguntou.
"Sim!"
"Sim, mãe!"
E assim começou nossa festa.
Ornamentos feitos de papel colorido decoravam as paredes - maio e

Obra de Aleah. Não tínhamos conseguido um abeto e, em vez disso, fizemos nossa
própria miniatura de papel colorido e a colocamos no centro da mesa. Nós derramamos
nossos corações para fazer nosso próprio Festival da Noite Santa, barato, mas especial.
“A carne é deliciosa!”
“Esta sopa é deliciosa.”
As crianças cantavam louvores à comida enquanto comiam. Tudo, exceto a sopa,

era servido em grandes pratos comunitários, então cada um de nós tinha seus próprios
pratos pequenos para transferir porções. Pouco a pouco, cortamos a comida.
“É tudo tão delicioso. Gosto especialmente da salada.”
“Obrigado, senhorita Claire. Sinta-se à vontade para comer o quanto quiser.”

"É claro."
Peguei uma fatia de rosbife e mordisquei. Eu cozinhei no meu próprio

marca de molho de cebola, e eu tinha que dizer que o resultado foi mais ou menos.
May e Aleah tinham comido apenas um pequeno almoço em antecipação para esta noite,
e agora estavam enchendo a cara com entusiasmo. Com a ajuda deles, toda a comida foi
logo retirada. Também terminamos o bolo inteiro, dividindo duas fatias por pessoa.

Por fim, levei os pratos vazios para a pia com um sorriso satisfeito.
“Rae, você pode lavar a roupa mais tarde? Acho que as crianças não podem mais
esperar pelos presentes.”
"Oh tudo bem! Vou pegar os presentes, então. Eu ia e voltava do quarto,

voltando com presentes embrulhados nos braços.
“Aqui está você, May, Aleah. Feliz Festival da Noite Santa.”
"Obrigada!"
"Muito obrigado!"
Claire e eu escolhemos seus presentes. Dentro do embrulho, eles encontraram

—
"Sapato!"
"Tão fofo!"
Os sapatos eram caros, remendados e vendidos por Frater.

Feitos de couro de píton d'água, eles resistiram à água e às manchas. Eles também
eram muito fofos, sendo feitos para crianças.
“Eles são tão leves!”

"Sim!"
A maioria dos produtos de couro eram pesados, mas o couro de píton-d'água era
leve — perfeito para crianças que gostavam de correr.
“Obrigado, Mama Claire e Mama Rae!”
“Obrigado, mães!”
Os gêmeos nos abraçaram. Claire e eu alegremente os abraçamos de volta.
“Isto é para você, Rae,” Claire disse enquanto me entregava um presente.
Eu não sabia o que encontraria no embrulho, pois concordamos em manter

nossos presentes um para o outro uma surpresa.
"E este é para você, senhorita Claire." Entreguei um presente a Claire.
Abrimos nossos presentes ao mesmo tempo.

"Um pente? Uma trama tão delicada…”
Dei a Claire um pente feito de buxo feito pelo

mestre de guilda da guilda de marcenaria. Leitores astutos podem notar a importância de

presentear um pente de buxo. (No Japão, os pentes de buxo simbolizavam um vínculo
eterno e eram bem conhecidos por serem usados para propor casamento durante o período Edo.)
“Parece que meu presente é um cachecol. Espere, você fez isso?”
“Não é nada de especial, mas sim, eu consegui.” Claire corou.
"Nada especial? O padrão é tão bonito, você pensaria que foi feito
pela guilda do alfaiate.” Tinha um padrão de argyle, pelo amor de Deus! Isso não era algo
que um amador pudesse fazer. “Posso colocar?”
"É claro."
"Hmm... Uau, está quente."
“Eu tricotei com lã de coelho da neve.” Coelhos da neve tinham pelo macio e espesso,
e não hibernavam no inverno. Não admira que o lenço fosse tão quente.
“Obrigado, senhorita Claire. Vou valorizá-lo.”
“Obrigado pelo pente também, Rae.”

Nós nos aproximamos e nos beijamos.
Tempos tão felizes.
“Olha, Aleah! Está nevando lá fora!"

"Isso é!"
Instigado pelas vozes das crianças, olhei para fora da janela para ver
neve branca pesada caindo do céu.
“Parece que é uma Noite Santa totalmente branca,” Claire disse.
“Isso é algo como um Natal branco?”
"Desculpe?"
“Ah, nada. Só falando comigo mesmo.”
Nós quatro ficamos ali parados, observando a neve por algum tempo. Não
palavras precisavam ser compartilhadas, cada um de nós confortado pela presença de
nossa família.
“Tem sido um ano ocupado, Rae. Estou ansioso para passar o próximo com você.”

"Assim como eu, senhorita Claire."
Nós compartilhamos um beijo antes de nos afastarmos e sorrirmos um para o outro.
Aquela noite foi apaixonante, mas isso será história para outra
Tempo.

História bônus 6:
Sua dor não é punição
ERA TARDE DA NOITE quando bati na porta. A penumbra do

crepúsculo permitiu-me distinguir na madeira a forma de uma pena, símbolo
da Igreja Espiritual. Cheguei a uma filial da Igreja Espiritual localizada em
Sousse, conhecida como Convento de Sousse do Norte.
"Sim? Quem é esse?" Uma freira idosa espiou de dentro.
“O-olá, meu nome é Lilly,” eu gaguejei. “E-eu sou uma freira do Espírito
Igreja e estou atualmente em uma espécie de peregrinação. Você estaria disposto a
compartilhar um pouco de comida comigo?”
A freira me deu um longo e perscrutador olhar antes de dizer: “Ora, apenas os

verdadeiramente devotos fazem peregrinação hoje em dia. Eu sou a irmã Rellette, e ficaria muito
feliz em compartilhar o que temos com você. Por favor, entre.”
Ela sorriu, aprofundando as muitas rugas ao redor de seus olhos.
"O-muito obrigado." Limpei um pouco da poeira do meu hábito antes de entrar.
O Convento de Sousse do Norte era muito menor que a Catedral de Bauer.

Essa não era uma comparação justa, pois qualquer convento era pequeno em
comparação com a catedral, mas este me pareceu particularmente pequeno. O prédio também
era antigo. Velho o suficiente para que fosse melhor ser demolido e reconstruído.
Segui a irmã Rellette enquanto continuava a observar o interior.
"Você está sem dúvida chocado com o estado deste lugar."
"S-sim... quero dizer, n-não!"
Ela foi tão indiferente sobre o assunto que eu inadvertidamente falei a verdade. Tentei
encobrir meu erro, mas as palavras realmente não eram meu forte.
A freira idosa riu com vontade. "Está bem. É verdade, afinal. este
convento e eu somos duas vovós agora.”
"P-por que não reconstruí-lo?"

“Já pensei, mas já está decidido que este convento

vai acabar comigo. Um maior e mais novo foi construído nas proximidades, você vê.
"O-oh..."
“É por isso que estou mantendo como está. Seria um desperdício de fundos para repará-lo, então
em vez disso, nós a usamos sabendo muito bem que ela será demolida algum dia.”
Os conventos muitas vezes não eram instituições monetariamente bem-sucedidas. Os fundos

eram fornecidos a eles pela Igreja Espiritual, mas um antigo convento como este, situado perto de um
mais novo, provavelmente não estaria no topo da lista de prioridades.
Havia até uma boa chance de o convento mais novo ter sido especificamente encomendado pela
Igreja Espiritual de Sousse para substituir o antigo.
“Oh, querida, me desculpe. Poucas pessoas vêm aqui, sabe, então comecei a tagarelar sobre
coisas sem importância.
“N-não, está tudo bem. U-um, você mora aqui sozinho?”
“Não, eu moro aqui com duas freiras mais novas. Eles têm mais ou menos a sua idade, eu
diria.
Assim que ela disse isso, duas freiras, um pouco mais altas do que eu, apareceram.
“Uma convidada, irmã Rellette?”
Eu não podia acreditar em meus olhos. “Rae?!”
A mais alta das duas freiras parecia idêntica a Rae. Ela olhou
interrogativamente com a minha explosão enquanto a outra freira se escondia atrás das costas.
“Hum, não. Meu nome é Elie…”
"Não... Rae."
Suas palavras me trouxeram de volta aos meus sentidos. Claro que Rae não estaria aqui. Ela
estava curtindo sua vida de recém-casada com Claire.
Isso mesmo... Recém-casados...
"Uunh..." Eu funguei.
— O... ei, você está bem? perguntou a freira que se parecia com Rae.
“Eu estou bem,” eu disse entre lágrimas. “Acabei de me lembrar de algo triste de repente.”
"Esta pessoa parece... emocionalmente instável." A outra freira apenas

parecia exasperado.
“Oh, meu Deus, o que devemos fazer? Eu ia te convidar para comer conosco, mas
talvez seja melhor você passar a noite também? A irmã Rellette perguntou ao observar meu
estado.
“N-não! Eu não poderia impor.”
“Oh, você não está se impondo. Elie, Marie, vocês poderiam preparar um quarto para
Lilly?
"Sim, senhora." O mais alto parecia ser Elie.
"Sim, senhora." O que significava que a quieta era Marie.
"N-não, realmente, eu estou bem!"
“Ei, não se preocupe com isso, apenas aceite a gentileza dela. E, com todo o respeito,
não acho que você esteja em condições de recusar.
Elie colocou a mão nas minhas costas e me empurrou para a sala com uma
força surpreendente. Olhei para mim mesma, percebendo que meu hábito estava rasgado
aqui e ali e coberto de sujeira.
“Você sabe como consertar roupas?” perguntou Elie.
“N-não realmente,” eu disse, vacilando.
“Figuras”. Ela sorriu ironicamente e me passou algumas roupas casuais uma vez
chegamos ao quarto. “Use isso em seu quarto por enquanto. Vou consertar seu hábito.
"D-desculpe..."
“Está tudo bem, nós freiras temos que cuidar umas das outras, sabe? Tudo bem,
me avise quando você mudar.
"Jantar... em breve."
Eles saíram da sala, me deixando para trás.
Acho que vou ficar, então. Passei a noite em muitos conventos ao longo da minha
viagem, mas esta foi a primeira vez que fui tão abertamente recebido. Isso me fez sentir quente
e confuso por dentro.
“Nós te agradecemos, Grande Espírito Todo-Poderoso, pelo alimento que devemos

agora receba.”
"Um homem."
Nós quatro jantamos juntos no refeitório. Bem, eu digo refeitório, mas não era
uma sala tão grande quanto a palavra poderia sugerir.
Comecei com o meu pão depois de dizer a graça. A refeição consistia em pão,
sopa de feijão-fava e ovo cozido — uma refeição padrão para o clero.
Aparentemente, Elie fez a comida.
Você sabe quem mais poderia cozinhar? Rae. Meu coração doeu mais uma vez.
"Você está se sentindo melhor agora?" A irmã Rellette perguntou enquanto eu terminava
meu pão.
"S-sim, desculpe por mais cedo..."
“Ha ha, de jeito nenhum. Você se lembrou de algo doloroso?”
"S-sim... Coração partido..." Eu relutantemente confessei.
"Oh meu Deus." A irmã Rellette sorriu gentilmente.
“Como eles podem recusar alguém tão bonita quanto você?”
"Eles... não têm gosto."
As outras duas freiras concordaram com simpatia. Eu não poderia suportar. Eu era
prestes a mudar de assunto quando—
“Que tipo de pessoa eles eram?”

"Sim... Que tipo?"
O assunto parecia ter chamado a atenção das duas jovens freiras. Vivendo
Nesse convento, imaginei que estivessem famintos por entretenimento, e meus problemas
amorosos eram exatamente o que saciava essa fome.
“E-ela é maravilhosa. Muito maravilhoso. Mas ela já tinha seu coração fixado em alguém...”
eu murmurei.
"Oh…"
"Isso é ruim."
Eles simpatizaram comigo ainda mais. Eu ainda tinha que perceber meu erro
descuidado.
"Ela?" A irmã Rellette não parecia surpresa, mas estava claramente

extraindo mais informações de mim.
“Ah... Hum...” eu gaguejei. Devo dizer?
"Talvez você tenha sentimentos por uma mulher?"
"S-sim..." Eu não podia mentir diante da calma, mas clara expressão da irmã Rellette.
voz. A Igreja Espiritual desaprovava as relações entre pessoas do mesmo sexo. Eles não
chegaram a perseguir abertamente as pessoas, mas ficou claro que acreditavam que o amor
só deveria existir entre um homem e uma mulher.
Eu me preparei para uma bronca.

"Eu vejo."
Mas nunca veio.
A irmã Rellette não disse mais do que isso, voltando calmamente para sua refeição.
A atmosfera depois disso era difícil de descrever. Foi estranho, sim,

mas havia algo mais no ar. Comi minha refeição em silêncio, sem entender o
significado daquela estranha tensão.
"Lilly, você está acordada?"
Ouvi uma batida na minha porta quando era hora de dormir.
"S-sim, eu ainda estou acordado." Levantei-me da cama e arrumei minha roupa.
"Posso entrar?"
“V-vá em frente.”
Foi Elie quem bateu.
"Desculpe incomodá-lo tão tarde da noite."
“E-está tudo bem. Você precisava de algo?"
"Sim... eu estava esperando que eu pudesse ter seu conselho sobre alguma
coisa." Ela parecia séria. Seu rosto se parecia tanto com o de Rae – tanto que parecia que a
própria Rae estava diante de mim, pedindo minha ajuda, fazendo meu coração doer mais
uma vez.
"O-claro, qualquer coisa." Como cardeal, fui treinado para dar conselhos
eficazes. Infelizmente, eu não podia usar essa habilidade com frequência na Catedral Bauer,
pois eles não ofereciam esse serviço. Mas agora, eu finalmente tive um

chance.
"Obrigada. Eu queria te perguntar sobre... Bem... Elie hesitou. Tinha

ser algo difícil de falar.
“Por favor, sente-se, Elie.” Eu deslizei e abri um lugar na minha cama,

convidando-a para sentar-se comigo. Ela hesitou, mas acabou fazendo isso.
"Algumas preocupações são difíceis de falar", comecei.

"Sim…"
“A pessoa que eu gosto, Rae – aquela de quem eu falei no jantar – ela me ajudou
com minhas próprias preocupações.” Comecei falando de mim. Eu disse a ela como eu
conheci Rae e como ela me mostrou que meu amor não era algo para se envergonhar.
Contei a ela como havíamos ajudado Claire a expor nobres corruptos e, finalmente, contei a
ela sobre minha traição.
Deixei de fora o fato de ser tecnicamente um cardeal, bem como alguns detalhes
sobre as pessoas envolvidas, mas dei a ela a essência de tudo o que havia ocorrido antes
da minha viagem.
“Eu nunca pensei que você tivesse vivido uma vida tão difícil. quero dizer... você
parecem não ter um cuidado no mundo.”
"I-isso é malvado!"
"Haha desculpe." Elie riu por um momento antes de ficar sombrio novamente.
“Preciso de alguns conselhos sobre mim e Marie.”
“A outra jovem? Você parece se dar bem comigo…”, lembrei-me.

vendo Marie se esconder atrás de Elie. Ela parecia confiar muito nela.
“Sim, nós nos damos bem. Temos, mas acho que os sentimentos que ela tem por
mim... não são os mesmos que eu tenho por ela.
“Ah...” Eu entendi onde isso estava indo.
“Ah. Acho que posso ser homossexual também.” Elie falou brincando, mas seu sorriso
era doloroso. “Estou com Marie desde que eu era jovem, sabe. Ambos fomos abandonados
por nossos pais, mas a irmã Rellette nos acolheu e nos criou como uma família. Do lado de
fora, aposto que pareço a irmã mais velha de Marie. E tenho certeza de que Marie e a irmã
Rellette pensam o mesmo. Mas eu não. Eu não posso mais.”
A culpa de ter sentimentos românticos por sua irmã adotiva. O medo de

sendo descoberto. E os ensinamentos de uma igreja que rotulava tão claramente tais sentimentos
como impuros. Era como se o próprio mundo a estivesse rejeitando, Elie me explicou.
“O que eu devo fazer, Lilly? Por que eu sou assim? eu... eu gostaria de
não era.” Incapaz de fingir um sorriso, Elie abaixou a cabeça e chorou.
Incapaz de fazer nada, eu a abracei enquanto ela fazia. Acariciei seus cabelos e
tentou pensar em uma maneira de confortar seu coração cheio de cicatrizes.
"Elie, eu quero que você saiba que a dor que você sente não é um castigo", eu
disse quando Elie levantou a cabeça. “O amor não é limitado pela lógica; está fora de nossas
mãos. Portanto, seu amor não pode ser pecado”.
“Mas a igreja...”
“Você se lembra do mais importante de todos os ensinamentos da igreja?” eu interrompi.
Elie olhou para mim em dúvida, mas quebrou seu cérebro de qualquer maneira. "Todos são
igual aos olhos do Grande Espírito?”
"Isso mesmo. Todos os outros ensinamentos foram meramente acrescentados ao longo da

história.”
"Mas qual a importância disso?"
“Se somos todos iguais, por que devemos negar nossos sentimentos sozinhos?”
"Ah!"
Isso deve ter sido impensável para ela. Eu vi meu eu passado refletido em
sua.
“Acho que Rae explicou mais logicamente quando nos conhecemos, mas não estou
tão maravilhosa quanto ela. Mesmo assim, há uma coisa que posso dizer com confiança.” Escolhi
minhas próximas palavras com cuidado. “Deus nunca criaria um mundo onde só você fosse um
pecador.”
Essa foi a resposta a que minha fé me levou. Tais palavras podem não ter sentido para
aqueles sem fé, mas para aqueles que creram, era uma verdade inegável. “O mundo pode
parecer injusto por causa de nossa orientação sexual. Mas saiba disso – que a injustiça não é
desejada por Deus, mas pela humanidade.”

A fé foi construída sobre a confiança em Deus. Para os fiéis, acreditar-se rejeitado por Deus era
ter o próprio núcleo de seu ser invalidado. Tudo o que você poderia esperar depois disso era ser rejeitado
por sua fé e rejeitado pelo mundo, e isso culminou em uma tentativa de escapar de si mesmo.
Em outras palavras – morte.
“Primeiro você precisa entender que seus sentimentos não estão errados. Então você pode dar
o próximo passo.”
Elie ficou em silêncio, imerso em pensamentos. A noite no convento estava parada, os dois
de nós aparentemente removidos do mundo. Mas nós de fé sabíamos: Deus sempre esteve ao nosso
lado, cuidando de nós.
"Mas... Marie pode não corresponder aos meus sentimentos."
“É assim que o amor é. É o mesmo para pessoas heterossexuais. Essa parte, você terá que
aceitar.”
Havia alguma verdade nas palavras de Elie. Nossos sentimentos muitas vezes não deram
frutos porque a norma social predominante era a heterossexualidade. Mas isso não foi culpa daqueles
que amávamos, apenas culpa dessas próprias normas sociais. Eu acreditava que tínhamos o dever de
lutar para mudar essas normas para melhor. No mínimo, eu sabia que a pessoa que eu respeitava mais
do que qualquer um sempre esteve lutando contra alguma coisa.
"Eu... ainda preciso de algum tempo para pensar sobre isso, mas acho que entendo
agora. Obrigada. Por me dizer que minha dor não era um castigo de Deus,” Elie sussurrou enquanto
esfregava os olhos e sorria. “Eu não sei se Marie vai retribuir esses sentimentos, mas... tudo bem. De
agora em diante, pelo menos não vou negar que os tenho. Obrigada."
Ao vê-la superar suas próprias dúvidas, não pude deixar de pensar que ela
realmente me lembrou de alguém que eu conhecia.
"E depois?! E depois?! O que aconteceu depois disso?!"
“U-um, well…”
“Acalme-se um pouco, Srta. Claire. Você está assustando a dona Lilly.”
Eu já havia retornado da minha jornada e estava visitando Rae e Claire

na casa deles, contando os acontecimentos de minhas viagens. Claire parecia totalmente fascinada
por essa história em particular, não me dando tempo para

beber o chá que me serviram. Vendo isso, Rae tentou enrolar Claire um pouco.
“U-infelizmente, eu não sei o que se seguiu. Embarquei para meu próximo destino na manhã
seguinte.”
“Vamos escrever uma carta para ela!” Claire sugeriu.
"U-uh, eu não sei... Isso parece um pouco demais."
"De jeito nenhum! Ela se parecia com Rae, certo? Eu absolutamente devo me encontrar com ela,
então!”
Claire realmente amava Rae. Não que meu amor fosse perder para o dela.
“Eu não posso acreditar! A senhorita Claire está tentando me enganar?!” Rae lamentou
enquanto ela me servia uma nova xícara de chá.
"Claro que não. Você sabe que meu coração é só para você.”
“Não há necessidade de formalidades entre nós!”
“Claire!”
“Rae!”
"Eu deveria sair?" Eu olhei fixamente para o espaço enquanto tomava um gole.
Na verdade, eu estava curioso sobre o que aconteceu com Elie. Mas eu também estava
com medo. Eu tinha feito o meu melhor para ajudar, mas a emoção humana era uma coisa imprevisível.
Não havia como saber se seu amor daria frutos, nem saber como ela se sairia depois.
No entanto, em meu coração, eu acreditava - não importa quanta dor alguém pudesse
sofrer, Deus nunca abandonou aqueles que tinham fé.

Capítulo bônus:
A senhora que saltou no tempo
“OH, HOJE NÃO É o primeiro dia do quarto mês?” Rae me perguntou

do nada.
A chegada da primavera trouxe consigo um clima mais ameno, permitindo-nos

passar confortavelmente a noite a conversar com um chá na sala. May e Aleah já
estavam dormindo em seu quarto.
“É... por quê?”
"Bem, é um dia um pouco estranho no meu velho mundo, você vê."

"Como assim?"
“Foi um dia em que não havia problema em mentir.”
Rae trouxe algumas bobagens que eu não conseguia entender.

Então, novamente, a maior parte do que ela disse era bobagem que eu não conseguia
entender.
“Seu mundo deve ter sido muito estranho para ter um dia assim.”
"Eu suponho. Embora eu ache que não era um costume do país em que eu
morava, mas um adotado de algum lugar no exterior.”
"Isso está certo? Isso acontece em todos os lugares, parece.” Até Bauer teve
costumes adotados dos Alpes e Sousse. eu até ouvi
que os Alpes estavam começando a adotar o Festival do Amor. Enquanto os

países interagissem de alguma forma uns com os outros, haveria difusão cultural.
“Mas a tradição de mentir nesta data em particular ganhou muita força

nos últimos tempos,” Rae explicou. “Mesmo os negócios comerciais, ah – eles são como
as empresas comerciais do meu mundo – pregavam peças e tal.”
“As empresas comerciais fariam brincadeiras?”
"Sim. Como fazer um anúncio estranho ou mudar o nome da empresa do dia, por
exemplo.”

“Qual é o sentido disso?”
“As pessoas simplesmente gostavam de fazer esse tipo de coisa.”
Rae falava sobre seu mundo de vez em quando, mas minha imagem dele continuava
sendo a de um lugar estranho e peculiar. Tudo que eu entendia com certeza era que ela viveu em
um país pacífico com valores muito diferentes dos de Bauer.
"Não entendo. Não custaria dinheiro e trabalho para uma negociação

empresa para fazer isso? Como uma brincadeira boba pode valer a pena?”
“Você está certo sobre isso ser apenas uma brincadeira boba, mas se as pessoas
acharem isso divertido, a popularidade da empresa aumentará. Houve até alguns que ficaram
famosos da noite para o dia.”
"Verdadeiramente?"
"Verdadeiramente. Meu mundo era avançado em outros campos além da magia. Era
possível que essas empresas enviassem informações para todo o mundo em um piscar de olhos.”
Rae sempre dizia que a magia era conveniente, mas me parecia que o mundo dela era muito mais
conveniente para se viver apesar da falta de magia.
Era difícil de acreditar… Tanto que, na verdade, tive que me perguntar se era
verdadeiro.
“O que você disse agora não seria uma daquelas mentiras,

seria?” Eu perguntei.
“Uau, você entendeu o ponto do dia rapidamente. Mentiras eram frequentemente

trocadas em conversas como essa no meu mundo. Mas não. O que eu disse era tudo verdade.”
"Sério?"
"Sim!"
Era difícil aceitar que uma brincadeira pudesse mudar tão facilmente o sucesso de
um negócio. Mas enquanto Rae às vezes mentia, ela nunca o fazia maliciosamente. Ela
provavelmente estava sendo sincera.
"Quem sabe? Você pode até ter um sonho estranho esta noite.”
"Isso é uma coisa?"
"Isso é. No Dia da Mentira — ah, era assim que se chamava o dia — você deveria ter
um sonho estranho. E para um personagem principal como você, tenho certeza de que o
pesadelo aterrorizante aguarda.”

"Oh pare com isso. Se vou sonhar, prefiro que seja bom.”
Além disso, o personagem principal aqui era Rae. Eu era mais como o herói... Não, eu estava
sendo excessivamente autoconsciente.
“Se você está preocupado com o sono, podemos fazer alguns 'exercícios' antes de dormir.”
“Pare com isso. Eu não estou no clima hoje. Vamos apenas dormir.”
“Ah.” Rae desistiu com facilidade.
Essa era uma de suas virtudes. Apesar de ter um sexo acima da média
dirigir, ela nunca me pressionou em nada. Eu apreciava isso nela, mas às vezes, eu queria
que ela fosse mais agressiva. Só de imaginar o olhar de êxtase que poderia aparecer no rosto
de Rae enquanto eu tentava resistir a ela me deu arrepios na espinha.
Mas o que foi dito foi dito; Eu não podia comer minhas palavras agora. eu só precisava
dormir sem fazer barulho.
“Vou me aposentar pela noite primeiro. Boa noite, Rae.
"Ok. Boa noite, senhorita Claire.
Eu a beijei uma vez antes de me retirar para o quarto sozinho.
Nosso quarto era simples, contendo apenas os móveis mais básicos e

uma cama ligeiramente larga. Na verdade, eu queria acrescentar mais móveis, mas o dinheiro
estava curto e tínhamos que tomar cuidado para não fazer compras impraticáveis.
Além disso, se tivéssemos dinheiro em excesso, eu gostaria de usá-lo em roupas para May e
Aleah primeiro.
O velho eu nunca teria pensado assim. eu poderia dizer no fundo

que eu havia mudado muito desde o meu tempo como nobre.
Parte dessa mudança foi causada pelo meu encontro com Rae.
Segundo ela, em seu livro de profecias, fui arrebatado pela grande onda da revolução. Se não
fosse por ela, eu não estaria aqui, vivo. Eu não teria conhecido May e Aleah, e meu nome seria
para sempre manchado como um símbolo perverso de uma era antiga. Eu devia a vida pacífica
que agora podia levar a Rae.
Um pensamento estranho veio à mente. O que teria acontecido se Rae e eu nos

encontrássemos em circunstâncias diferentes?
Que tipo de vida eu teria levado sem ela, cuja presença eu levei

É garantido? Era impossível imaginar.
O passado não vai mudar, então qual é o sentido de pensar sobre isso agora?
Eu estava sendo sem sentido sentimental. Deslizei para debaixo dos lençóis e cheguei a outra
conclusão. A cama era muito larga e fria para uma pessoa. Eu ansiava pelo calor de Rae.
Se eu a chamasse, ela certamente viria correndo. Era simplesmente assim que ela era.
Mas eu me senti particularmente teimoso naquela noite. Suprimi meus sentimentos e fechei os
olhos.
É melhor eu não ver nenhum sonho estranho...
O Sandman visitou mais cedo do que eu esperava. Relaxei meu corpo e logo me vi caindo
em um sono profundo.
"Algo está acontecendo, Srta. Claire?"
"Hum?" Quando eu acordei, eu não estava mais na minha cama, mas um diferente
lugar inteiramente. Reconheci o rosto diante de mim; um pequeno, oval, com cabelos
castanhos e olhos castanhos.
“Pepi?” Eu perguntei.
“Sim, Pepi Barlier. Obrigado Senhor. Eu estava preocupado que algo estivesse errado
- você está com esse olhar vazio há algum tempo. Ao seu lado, uma garota redonda com cabelos
pretos e olhos castanhos escuros concordou com a cabeça. “É bastante incomum você ser assim.”
As duas garotas na minha frente eram Pepi e Loretta, minhas amigas íntimas do meu
tempo na Academia, as mesmas que compareceram ao meu casamento.
Na verdade, notei que estávamos todos vestindo o uniforme da Academia.
"Estamos na... Academia?"
“Hum... talvez você não esteja tão bem afinal. Você se sente doente?" Loretta
perguntou preocupado, mas eu me senti perfeitamente bem. Eu parecia estar em uma
sala de aula da Royal Academy. Olhando em volta, vi muitos rostos conhecidos de antes da
revolução, mas nenhum que conheci desde que me tornei professor.
“Loretta, qual é a data?”
"Huh? O que você quer dizer?"
“Apenas me responda, rápido!”

“P-pelo calendário real, é o segundo dia do quarto mês de 2015!”
A cor sumiu do meu rosto. Esse foi o dia em que conheci Rae.
"Isso é... um sonho?" Rae havia mencionado que eu poderia ter um sonho estranho.
Nesse caso, foi um pesadelo.
"O que você está fazendo, senhorita Claire?!" Pepi exclamou em choque enquanto eu
beliscou minha bochecha.
"Isto é um sonho. Eu tenho que acordar.”
“O que você está dizendo, Srta. Claire?! Controle-se!" Loretta

tentei puxar minha mão, mas eu não parava. Minha bochecha doía com os beliscões,
mas não importava quanta dor eu sentisse, eu não acordava.
"Por que…?" fiquei pasmo.
Foi quando um pensamento terrível veio à mente: E se isso

ano turbulento em si era o sonho?
Isso poderia ser realidade, e os dias que passei com Rae eram o sonho?
A palavra desespero nem começava a descrever o que eu sentia.
“Hum... Você não parece muito bem. Talvez você devesse ir para a
enfermaria? Uma aluna falou comigo, notando minha palidez repentina. Minha cabeça
ficou em branco no momento em que olhei para ela.
“Rae!”
"Huh-whoa!"
Eu a abracei, libertada das profundezas do meu desespero. Graças a Deus ela estava
aqui. Enquanto ela estivesse comigo, eu poderia suportar algo como ser enviado de volta no
tempo.
"Hum... Algo está acontecendo?" Rae olhou para mim, confusa, me olhando
como se eu fosse um estranho. Meu coração afundou quando eu deslizei de volta para as
profundezas do desespero.
“Você é... Rae Taylor, não é?”
"Eu sou. E quem pode ser voce?" Ela me olhou com suspeita enquanto perguntava.
Essa Rae não me conhecia?

"Com licença! Quem você pensa que é para se dirigir à senhorita Claire
descortês? Você não vê esses cachos?! Você não vê como ela é claramente encantadora,
embora cansativa?!”
"Sim! Eu não vi seu rosto antes; você deve ser um plebeu.

Saiba seu lugar! Eu particularmente não aprovo garotas mais bonitas do que eu!”
Eu não tinha certeza se Pepi e Loretta estavam tentando me apoiar ou me envergonhar.

Elas não eram garotas más, mas podiam ser um pouco distraídas às vezes, assustadoramente.
"Isso está certo? Perdoe-me, então.” Rae começou a se afastar rapidamente.
“E-espere!” Eu gritei.
"O que?" ela disse, um pouco mais severa desta vez.
"Uh, bem, umm..." Eu gaguejei, sem saber o que dizer.
"Eu vou embora então, já que você não tem nada a ver comigo." Rae foi embora dessa vez,
me rejeitando categoricamente com um giro de seus calcanhares.
"Rae Taylor... esse não é o nome da melhor aluna da turma?"
Eu já sabia daquilo.
“Que horrível. Aposto que a casa dela é uma loja de roupas velhas.
Eu já sabia daquilo.
“O que ela estava pensando? Ela deveria saber que nós, nobres, vivemos em um mundo
diferente.
Eu sabia tudo, mais profundamente do que qualquer outra pessoa. E apesar de tudo isso,
Rae encontrou uma maneira de superar esses obstáculos e encontrar um lugar no meu coração.
"Com licença, vou me despedir por hoje", anunciei.
"Huh? Senhorita Claire?!”
“B-bom dia!”
Pepi e Loretta me chamaram enquanto eu fugia, mas eu não dei ouvidos. Eu tive
minhas mãos cheias segurando minhas lágrimas.
Eu não podia acreditar que Rae pudesse olhar para mim com tanta indiferença. Ela sempre
demonstrou abertamente sua afeição por mim, desde o momento em que

primeiro encontro. Nem uma vez ela me olhou com tanta frieza quanto naquele momento.
Eu brinquei com a ideia de como seria se eu não tivesse sido o objeto de seu amor, mas eu
nunca poderia imaginar que seria tão doloroso.
Em estado de choque, eu me escondi na minha cama por dois dias. A primeira vez
que dormi, esperei acordar de volta ao meu mundo, mas não tive essa sorte. Pepi e Loretta
me visitaram, preocupados, mas eu não estava com vontade de vê-los. Meu coração doeu, a
memória do olhar frio e penetrante de Rae ainda fresca em minha mente.
“Bom dia, Rae.”

"Hum?"
No meu primeiro dia de volta à Academia, criei coragem para falar

para Rae. Mesmo que meu ano com ela tivesse sido um sonho, eu poderia pelo menos
tentar tornar minha realidade atual semelhante ao que eu lembrava.
"M-Senhorita Claire?!"
“P-por que a senhorita Claire está se incomodando em cumprimentar uma inferior como ela?!”
Pepi e Loretta estavam falando uma coisa ou outra, mas eu paguei

eles não se importam. Eu usei meu melhor sorriso e continuei a falar com Rae.
"Você não vai me cumprimentar de volta?" Eu perguntei.
"Perdoe-me... Bom dia, Srta. Claire," ela respondeu impassível,

olhos me olhando com suspeita.
Eu me senti magoado, mas continuei, mesmo assim. “Você se acostumou a

a Academia? Deixe-me saber se você precisar de ajuda com alguma coisa, ok?”
"Certo... Muito obrigado." Rae respondeu categoricamente, sem

quanto um sorriso.
A conversa se desfez imediatamente. Eu nunca teria imaginado que falar

com Rae quando ela não tinha interesse em mim seria tão difícil.
"E-o tempo está bom, não é?"
"Eu acho."
“Que tal irmos passear?”
“Não, obrigado.”

Ela negou secamente minhas tentativas. Cada vez que ela fazia isso, a motivação era
drenada do meu corpo.
"Por que você! Quem você pensa que é, tomando essa atitude quando a Srta.
Claire é tão gentil em falar com você?! Embora eu deva dizer, estou absolutamente encantado
com o quão deprimida ela parece! Bem feito!"
"Sim! Você acha que é especial para um plebeu só porque é um pouco inteligente?! Você
deveria estar me ensinando!”
Pepi e Loretta atacaram Rae. Mais uma vez, não ficou claro se eles estavam me apoiando
ou não. Eles provavelmente pensaram que estavam me ajudando, mas na verdade estavam
prejudicando minhas chances de me aproximar de Rae. Mesmo que eu não pudesse ter o
relacionamento que tínhamos antes, eu queria ser amiga dela, no mínimo.
“Perdoe minha falta de educação, então. Eu vou embora.”
Mas tal desejo parecia impossível de realizar. Rae me manteve à distância enquanto
voltava para sua cadeira para estudar.
"Honestamente... É por isso que os plebeus não são bons."
“Não desperdice seu fôlego com ela, Srta. Claire. Ela não sabe o seu lugar.”
As palavras de Pepi e Loretta fizeram minha cabeça doer. Mas eu não os culpo; afinal de
contas, seus valores eram os mesmos que eu tinha antes. O quão duro Rae trabalhou para mudar
esses meus valores? Quão mimado eu estava por tê-la?
“Ei, vamos fazer com que ela não aguente mais ficar na Academia.
Ou ela vai embora ou eu vejo a senhorita Claire sofrer – é uma vitória para mim!”
“Isso parece ótimo – vamos fazer isso, Srta. Claire. Depois que ela sair da escola, serei
gentil e a contratarei como empregada doméstica.”
Pepi e Loretta sorriram sinistramente. Realmente, o que estava acontecendo com eles?
Independentemente disso, eles pareciam estar sugerindo que a intimidássemos. Eu estava prestes a
protestar quando uma ideia me veio à mente.
"Sim, porque não?" Eu concordei, embora por um motivo diferente. Você vê, eu
de repente me lembrei de como Rae era quando éramos estudantes – particularmente como ela
se divertia sendo intimidada.

Ela não iria gostar disso então? Eu pensei. Eu estava ficando desesperado.
Eu empurrei Rae no corredor. “Ah, me desculpe. Você era

parado lá olhando para o espaço, então pensei que você fosse uma estátua.”
Ela caiu, se segurando. Anteriormente, era aqui que ela dizia: “Você tem lacaios que
podem fazer suas vontades, mas você faz seu próprio trabalho sujo e não depende dos outros! Eu
não esperaria nada menos de você, Srta. Claire.
Eu rezei em meu coração para que ela dissesse essas palavras novamente,
mas... “É mesmo? Vou ser mais cuidadoso.” Isso foi tudo o que ela disse antes
de se levantar e entrar na sala de aula.
“Você conseguiu, Srta. Claire! Eu simplesmente amo como você é grosseiro, se dignando
a sujar suas próprias mãos!”
“Isso foi perfeito! Aquele olhar infeliz no rosto de Rae era apenas... Ehe...
Ei, ele.
Ignorando minha verdadeira intenção, Pepi e Loretta tiveram prazer inocente em minhas
ações... Na verdade, talvez inocente não fosse a palavra. Independentemente disso, eu me senti
miserável.
Mas eu não poderia parar aqui. Da próxima vez, funcionaria com certeza.
“Ohhh, me desculpe. Eu pensei que você fosse um inseto,” eu disse enquanto

pisava em seu pé.
Rae olhou para mim em dúvida.
I -isso é terrível, pensei. Como meu eu passado poderia suportar fazer uma coisa tão
horrível?
“Peço desculpas se fiz algo para desagradá-lo. Agora, se você me der licença.” Ela
me ignorou brevemente antes de sair para quem-sabia-onde.
“Ela é teimosa. Senhorita Claire, se você vai vencê-la, então amanhã você
deve colocar um cacho extra em seu cabelo para aumentar seu poder de cacho!
“Não desista ainda, Srta. Claire. Eu ainda não vi Rae sofrer o suficiente.
Por mim, você não deve desistir!”

Pepi e Loretta estavam todos agitados. Em contraste, eu só queria me enrolar em uma

bola e chorar.
Da próxima vez, com certeza.
"O que você tem? O camponês é pobre demais para comprar livros?” Eu escondi
os livros de Rae. Eu me senti terrível. Isso estava indo longe demais. Como pude fazer uma coisa
dessas?
Rae apenas suspirou; ela sabia exatamente o que eu tinha feito.
“É verdade, minha família é pobre. Mas eu já memorizei o conteúdo dos meus livros, então
você não precisa se preocupar comigo. Imperturbável, ela teve aula como ela era.
“Ela acha que pode ser atrevida só porque é um pouco esperta?! Quão
ela se atreve! Ela não sabe que ser atrevida é o trabalho da Srta. Claire?!”
"Bom... bom... Estamos progredindo, eh he he he..."
Pepi e Loretta estavam ficando cada vez mais distorcidos, enquanto eu simplesmente
queria parar com toda essa bobagem.
“Oh, você não tem um parceiro? Isso é o que acontece quando você é um camponês
patético.” Tentei excluir Rae do meu grupo de tarefas. Era infantil. Eu gostaria de poder dar um
tapa no meu passado por ter uma ideia tão patética.
"Está bem. Eu vou fazer parceria com o professor,” Rae disse enquanto ia explicar a situação
para o professor.
"Senhorita Claire, por favor, lembre-se que este é um lugar de aprendizado."
"Eu sinto Muito…"
Fui repreendido pelo professor. Eu me senti tão patética, eu queria chorar.
"Oh céus. Você está tão sujo que pensei que fosse lama.” eu encharquei
Rae com água.
Ela não disse uma palavra, apenas me encarou com adagas enquanto a água escorria por
seu rosto.

“O-o quê?”
Silêncio.
“Se você tem algo a dizer, então diga!”
“Nada,” Rae disse claramente antes de tirar seu uniforme – apesar dos garotos
presentes na sala.
"O que você está fazendo?!"
“Tirando minhas roupas para que eu possa secá-las com minha magia da água.”
“Mas você realmente precisa se despir aqui?!”
"Por quê você se importa?"
Não querendo que os outros vissem a pele nua de Rae, fiz uma careta para todos ao
nosso redor, fazendo com que os garotos que a olhavam se virassem.
Bom.
"Me dê isso." Peguei o uniforme de Rae e comecei a secá-lo com minha magia
de fogo.
"Tentando ficar bem agora?"
"Você disse alguma coisa?"
“Não, nada.”
Eu não entendia mais o sentido do que eu estava fazendo, mas vendo

como eu cheguei até aqui, eu poderia muito bem ir até o fim.
Coloquei um vaso de flores em cima da mesa de Rae. Este seria o fim.
“Ah, ah, ah! Serve direitinho!”
Pessoalmente, achei que esse tipo de bullying era particularmente de mau gosto...
implicava o próprio funeral da vítima. Mas Rae simplesmente olhou para o vaso.
Pensando que isso também não teria efeito sobre ela, imaginei que finalmente poderia
acabar com o bullying. Mas então-
“Unh...” Rae caiu no chão sobre suas mãos e joelhos e começou
chorando. "Aaaah..."
Eu queria fugir.

Não era assim que deveria ser. Eu só queria que ela visse seu sorriso novamente. Isso
era tudo que eu sempre quis.
Mas agora que eu olhei para trás, eu sabia que tudo que eu tinha feito era puro, desenfreado
assédio moral. Para esta Rae, que não sabia nada do nosso tempo juntos, eu era apenas
um nobre poderoso cujo olhar ela teve a infelicidade de pegar. Como deve ter sido doloroso.
Eu assisti Rae chorar e me perguntei como eu podia ser tão terrível.
“Unh... Unh...” Eu sentei ao lado de Rae e comecei a chorar também. o

nós dois choramos juntos, cercados por Pepi e Loretta e todos os outros alunos que
assistiam, confusos. Mas eu não me importei com nenhum deles. A Rae deste mundo e eu
nunca nos reconciliaríamos, e saber disso partiu meu coração.
Chorei sem parar por algum tempo, até que—
“—aire... Senhorita Claire.”
Acordei, alguém sacudindo meu ombro.
Abri meus olhos para um sorriso amoroso esperando por mim. Seus olhos não eram
frios, nem distantes, nem cheios de rejeição. Eles simplesmente mantinham amor sincero - por
Eu.
eu tinha voltado.
“Você está bem, Srta. Claire? Parecia que você estava tendo um pesadelo... oh?
Sem esperar que ela terminasse de falar, eu a abracei apertado, enterrando meu rosto
em seu peito e chorando meu coração.
"Graças a Deus... Graças a Deus..."
Nosso ano juntos não tinha sido um sonho. Os olhos frios de Rae, que tinham
se voltaram contra mim — eles não eram reais.
Oprimido com alívio, eu chorei por ela sem me importar - não importa se era
embaraçoso. Rae não disse nada e apenas acariciou minhas costas.
"Desculpe," eu funguei uma vez que me acalmei um pouco.
"De jeito nenhum. Você teve um pesadelo?” Rae usava um vestido quente e

sorriso reconfortante quando ela me beijou na bochecha.
Sim…
Era assim que Rae deveria ser.
Minha amada Rae.
"Eu estava com medo... Tão assustado... Eu nunca tive um sonho tão assustador."
“Tão ruim? Você se importa de me dizer sobre o que foi o seu sonho?”
Contei a Rae o que havia acontecido, tudo, desde como voltei ao dia em que nos conhecemos,
como conheci uma Rae que não me conhecia e me rejeitou friamente, até como minhas tentativas de
provocar sua afeição saíram pela culatra e, finalmente, como choramos juntos.
“Isso deve ter sido aterrorizante.” Rae falou com ternura enquanto embrulhava
seus braços em volta de mim novamente, me abraçando apertado como se quisesse me assegurar que
isso era realidade, aqui e agora.
“Foi, terrivelmente assim. Eu nunca quero ter um sonho como esse novamente.” Limpei
as lágrimas dos meus olhos.
“Provavelmente é minha culpa. Eu não deveria ter dito aquelas coisas estranhas antes de
dormir. Sinto muito, senhorita Claire.
"De jeito nenhum. Aprendi uma importante lição com este sonho. Você é insubstituível para
mim.” Eu não ia me agarrar a ela e pedir que ela me mimasse, mas a vida sem Rae era impossível de
imaginar. Rae era tão vital para a minha vida.
"É uma honra. Eu me sinto um pouco envergonhado por você ter ido tão longe... e um pouco
culpado.
"Culpado?"
“Nada, apenas pensando comigo mesmo. Vamos levantar? Eu vou tomar café da manhã, então
você pode ir acordar May e Aleah?”
"É claro."
Tudo estava bem agora. Eu estava onde realmente pertencia. Este mundo era a minha
realidade e, embora eu tivesse enfrentado seus desafios no passado, tinha certeza de que hoje seria
o início de muitos dias pacíficos por vir. Agora era hora de acordar minhas amadas filhas gêmeas.

"A propósito, Rae..."
"Sim, senhorita Claire?"
“Você teve algum sonho estranho na noite passada?” Perguntei apenas por curiosidade
passageira. Não havia motivos reais por trás da minha pergunta, mas a resposta dela me
surpreendeu do mesmo jeito.
“Ah, suponho que tive um sonho.”
"Oh sério? O que aconteceu nele?”
“Bem... eu estava de volta no dia em que nos conhecemos. Eu fingi ser uma garota
mansa e quieta, e isso de alguma forma fez a Srta. Claire chorar.
Interessante. Esse foi um sonho bem estranho também... Hmm?

Espere um minuto.
“Sente-se, Rae.”
"Huh? Mas eu preciso tomar café da manhã—”
“Preciso dizer duas vezes?”
"Não eu tenho."
O que se seguiu foi uma bronca que durou bem mais de uma hora. Bondade!
O que havia com essa garota?
E, no entanto, apesar de suas falhas, eu realmente a amava por quem ela era.
Verdadeiramente, do fundo do meu coração.
Mas ela ainda podia ser realmente irritante às vezes!

Posfácio
OBRIGADO
VOCÊ É MUITO BOM por adquirir o terceiro volume de I'm in Love
com o Vilão.
Eu sou o autor, Inori. Terminei o último posfácio parecendo incerto sobre se haveria
outro livro, mas aqui estamos nós - Volume 3. Este livro contém os Capítulos 9 a 11,
marcando o início do Ato 2 da história, bem como seis histórias bônus e um especial de fim
de volume.
Cronologicamente, as histórias acontecem da seguinte forma:
Vol. 2, Capítulo Final: “Revolução”
Vol. 3, História Bônus 1: “Coisas ganhas, coisas perdidas”
Vol. 2, Capítulo Bônus: “Maldições e Amuletos de Boa Sorte”
Vol. 3, História Bônus 2: “Casamento”
Vol. 2: “Epílogo” (Volume 2)
Vol. 3, História Bônus 3: “Doce, Doce Álcool”
Vol. 3, História Bônus 6: “Sua dor não é um castigo”
Vol. 3, Capítulo Bônus: “A Senhora que Saltou no Tempo”
Vol. 3, História Bônus 4: “Aniversários”
Vol. 3, História Bônus 5: “Festival da Noite Santa”
Vol. 3, Capítulos 9–11 Ao
todo, havia um pouco menos de conteúdo do que o segundo volume, mas espero
que tenham gostado mesmo assim.
Tenho a honra de anunciar que o segundo volume japonês chegou ao

segundo lugar no ranking de best-sellers da Amazon. Há até uma tradução em coreano à
venda agora e uma tradução em inglês agendada para novembro.
Tudo isso foi possível graças a vocês, meus leitores, que me apoiaram até aqui. Se você
gostou do terceiro volume, por favor, recomende aos seus amigos também. (Bonito, por favor!)
Este livro marca o início do Ato 2 de I'm in Love with the

Vilência. Haverá mais elementos de fantasia no Ato 2, então espere por isso. Rae e
Claire também terão que passar por muitos momentos amargos, então espero que você
esteja lá para apoiá-los. No momento em que escrevo este posfácio, o Capítulo 14 — no
meio do Ato 2 — já estará publicado no site Let's Be Novelists . Por favor, aguardem
ansiosamente pela série quando as coisas começarem a aumentar.
Uma adaptação em mangá de I'm in Love with the Villainess foi confirmada
e será publicada na revista Comic Yuri Hime da Ichijinsha . Talvez alguns leitores já
tenham visto? O artista será AONOSHIMO, conhecido por seu trabalho em Welcome to
Japan, Miss Elf! (HJ Comics) e Fate/ Grand Order: Medb, Medb, Medb! (Kadokawa
Comics Ace). As representações de AONOSHIMO de Rae, Claire e o resto parecem
incríveis. Claro, as ilustrações de Hanagata desde o primeiro volume também foram
esplêndidas, mas acho que o mangá de Aonoesu não é um para perder. Se o mangá não
for bem, será cem por cento culpa do autor original, eu. É assim que o mangá de
AONOSHIMO é bom. Espero que você dê uma lida no mangá também.
Tudo bem, hora de uma atualização de status provavelmente não tão interessante. Eu estou
vivendo em extrema pobreza - como de costume - mas graças a todos aqueles
que compraram I'm in Love with the Villainess e assinaram meu PixivFANBOX,
eu consegui atualizar minha fonte de proteína de carne de peito para carne de coxa
ocasional como Nós vamos. Eu literalmente não seria nada se não fosse pela gentileza
dos meus leitores. Meu PixivFANBOX tem lançamentos antecipados da web novel, um
capítulo especial apenas para adultos e muito mais, então, por favor, considere apoiar a
mim e minha situação alimentar lá.
E por último, gostaria de fazer alguns agradecimentos.
Nakamura do departamento editorial da GL Bunko, obrigado por ouvir meu

egoísmo e me permitir escrever uma continuação. Tenho certeza de que voltarei a contar
com você durante o segundo ato e espero contar com seu apoio.
Hanagata, não tenho palavras para agradecer todas as ilustrações que você fez
para este livro. A próxima adaptação do mangá também não teria sido possível sem os
designs de seus personagens.
E para meu parceiro, Aki, que é a cara de Rae: eu consegui!

O volume 3 está concluído. Embora nenhum de nós seja bebedor, acho apropriado
irmos comemorar com um coquetel sem álcool novamente quando o livro

está fora.
E para todos os leitores que pegaram este livro, ofereço-lhes a mais profunda
profunda gratidão. Muito obrigado.
O manuscrito para o próximo volume está quase pronto, então vamos nos
encontrar novamente no quarto volume de I'm in Love with the Villainess. Vamos torcer
para que não seja axado!
Com isso, desejo a todos um bom dia.
— PARA QUALQUER UM, 4 DE AGOSTO DE 2020
TWITTER:
https://twitter.com/inori_narou
PIXIVFANBOX:
https://www.pixiv.net/fanbox/creator/32244225

Obrigado por ler!

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Colocando a jovem de lado por enquanto, eu quebrei minha memória para

“Ah,” eu disse. "Senhorita Claire?"

“Você se lembra do meu nome?”

“Qual é o problema com você, Rae Taylor?”

1 Goldenagato | mp4directs. com

Mas não tinha sido um sonho.

"Huh?" Claire parecia confusa.

"Senhorita Claire, eu te amo."

Esta era Claire. Esta era a vilã, e eu estava completamente apaixonada.

2 Goldenagato | mp4directs. com

“O que diabos você está dizendo, Rae?! E na frente das crianças,

“É ruim se estamos aqui?” May perguntou.

"Por que?" Alah questionou.

"Senhorita Claire me ama?"

“O que é essa sensação de déjà vu?”

3 Goldenagato | mp4directs. com

“Fiquei tão impressionado com a comida da senhorita Claire que enegreci

"Oh, por favor."

“Um milhão de bonecas? Grampo do céu?”

Ops. Eu distraidamente descrevi as visões que haviam passado antes

“Não importa, não é nada. Estou bem agora.”

"Sério? Se você diz…"

"Sim Sim Sim?" Se eu tivesse um rabo, com certeza estaria abanando.

Fazia pouco mais de um ano desde a revolução.

4 Goldenagato | mp4directs. com

Até esse seu olhar é maravilhoso, Srta. Claire!

“Claro,” Claire respondeu secamente.

“Eu enriqueci com algo especial desta vez.”

"Claro - você fez o quê?!"

“Relaxe, obviamente estou brincando!”

“E de quem você acha que é culpa?!”

Era meu, claro. Tudo intencional também. Tchau.

"Mama Claire, você ainda não foi trabalhar?"

“Você não vai se atrasar?”

A provocação de Claire tinha corrido mais do que eu imaginava. May e

5 Goldenagato | mp4directs. com

"Vocês dois limparam?" Claire perguntou.

"Muito bom. Eu vou embora, então. Eu os deixo para você, Rae.

"É claro. Tenha um bom dia."

"Tenha um bom dia!" os gêmeos chamaram juntos.

"Vamos escovar os dentes, então?" Perguntei às meninas.

May e Aleah geralmente obedeciam às instruções, mas ultimamente tinham ficado

“Mãe Rae, verifique-me, por favor!”

"Tudo bem, um de cada vez agora."

"Tudo feito. A seguir, maio.”

“Muito obrigado, mãe.”

“Mexa-se, Aleah! É a minha vez!"

6 Goldenagato | mp4directs. com

Em breve, faria um ano inteiro desde que adotamos May e Aleah.

“Ah! Mãe Rae, May derramou água!”

“Alah! Por que você fofocou? Eu ia limpar! Meia!”

Essa confusão interrompeu meus pensamentos. Peguei alguns panos de

"May, obrigado por limpar seu erro", eu disse.

“Mas vamos nos certificar de usar um pano de limpeza, não as toalhas.”

"Isso não é justo! Só May foi elogiada!”

“Você quer ajudar também, Aleah? Eu tenho outro pano aqui.”

7 Goldenagato | mp4directs. com

“Nós terminamos, mãe!”

“Spick-and-span. Bom trabalho, vocês dois.”

Bem, isso era o que eu gostaria de dizer. Mas...

“Quem se saiu melhor, mãe?”