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CIRCULAR CN/UJC Nº 05/2022 – DOCUMENTO INTERNO


ASSUNTO: IX CONGRESSO NACIONAL DA UJC
Coordenação Nacional | Orientação Interna

24 de fevereiro de 2022.

Documento restrito à militância

Camaradas,

a Coordenação Nacional da UJC tem o prazer de anunciar a toda a militância o


lançamento do Edital de Convocação e do Caderno de Teses do IX Congresso Nacional
da União da Juventude Comunista. Com esta circular, queremos apontar algumas
leituras políticas sobre nosso processo desde o VIII Congresso Nacional da UJC, bem
como fazer indicativos importantes para toda a militância a propósito do nosso processo
de construção do congresso que agora tem início. Consideramos absolutamente
necessário para toda a militância e todos os organismos da UJC apropriar-
se dos aspectos abaixo descritos.

1. As tarefas políticas do IX Congresso Nacional da UJC

Fazer um balanço negativo, em termos gerais, do trabalho da UJC desde 2018


seria, certamente, uma visão errônea. Nossa organização cresceu em termos
quantitativos, assim como aprimorou várias práticas de trabalho internas e externas, de
aprimoramento de nossas atividades e da saúde orgânica e financeira da organização e
de inserção junto ao movimento juvenil brasileiro. Queremos, a seguir, esboçar alguns
elementos políticos acumulados pela Coordenação Nacional da UJC sobre o último
período, dando indicativos do que nós entendemos ser algumas das tarefas prioritárias
do próximo período, que é o objeto principal de análise, síntese e deliberação sobre o
qual nosso IX Congresso Nacional deverá se debruçar. Nosso objetivo com a
apresentação desse acúmulo não é exaurir os debates; ao contrário, é apenas iniciar com
alguns apontamentos que nos ajudem a dar a tônica das conquistas que tivemos e das
que teremos. Os debates aprofundados, e igualmente abertos, estarão nos Documentos
de Discussão do Caderno de Teses.

1.1. A conjuntura que enfrentamos

Nosso VIII Congresso Nacional ocorreu em uma conjuntura já bastante adversa.


O governo de Michel Temer se estabelecera a partir de um golpe e a fragilidade do
movimento operário e popular, marcado por décadas da hegemonia reformista,
praticamente não apresentou capacidade de alterar a correlação de forças na sociedade
durante todo o período de 2016 ao final de 2018, com um episódio de demonstração de
força muito potente realizado no dia de Greve Geral em 28 de abril de 2017, que pôs um
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freio temporário à Reforma da Previdência. O refluxo do movimento, abalado por sua


majoritária confiança nos governos petistas e em sua estratégia democrático-popular
correspondente, teve um impacto profundo na consciência das massas. Praticamente
todos os setores das classes dominantes observaram que essa tendência, aliada ao amplo
rechaço ao próprio governo Temer (mas que não se converteu em saldo organizativo),
impedia a manutenção de uma solução de governo identificado com o status quo
neoliberal que havia polarizado com o PT na alternância da gestão do Estado burguês e,
no momento final das eleições de 2018, apostaram na “solução de força” representada
por Bolsonaro, Mourão, Paulo Guedes e uma gama de outros representantes da extrema
direita brasileira, firmemente apoiados em um programa ultraliberal.
Assim, poucos meses depois de nosso VIII Congresso Nacional, tivemos que
passar a construir nossa inserção e atuação no movimento de juventude sob uma
conjuntura não apenas desfavorável, mas qualitativamente diversa das anteriores, não
pelo caráter da dominação burguesa (presente pela própria forma e conteúdo do
Estado), mas pela legitimidade popular de um governo eleito, ainda que beneficiado por
manobras jurídicas, como a prisão de Lula. Desconfiados da “esquerda da ordem” e da
direita neoliberal, diversas parcelas da própria classe trabalhadora viram no discurso
pretensamente antissistêmico de Bolsonaro, “contra tudo isso que está aí”, como uma
possível solução para seus problemas.
Corretamente, já com a análise de que o próprio governo Temer exigiria
reorientações táticas da parte dos comunistas – é nesse momento que voltamos a ocupar
entidades de massas do movimento estudantil e fizemos coletivamente a autocrítica de
diversos resquícios de concepções sectárias que ainda existiam em nossa militância. O
mote do VIII Congresso Nacional, como síntese e palavra de ordem organizadora dessas
novas táticas, foi “Unidade para Resistir, Ousadia para Avançar”, expressando
corretamente a necessidade de diversos momentos de unidade de ação entre reformistas
e revolucionários no combate a um programa e a um governo plenamente burgueses, em
que os interesses da classe trabalhadora não apareciam sequer na forma de pequenas e
pontuais conquistas.
O governo Bolsonaro mostrou, desde seu início, seus objetivos mais centrais e
imediatos: as reformas no aparelho de Estado, sobretudo no que diz respeito às
mínimas garantias em direitos trabalhistas e sociais; um conjunto de medidas de
sucateamento e privatização de empresas públicas; um maior atrelamento de estatais ao
mercado internacional, como na política de preços da Petrobras; e um embate
ideológico constante contra o movimento dos trabalhadores e contra as liberdades
democráticas.
Foi nessa conjuntura de grandes ataques à classe trabalhadora e à juventude que
construímos a maior parte de nossos trabalhos desde então. Desde os “Tsunamis da
educação”, primeiras mostras de resistência ao novo governo, até o ciclo de lutas de
maio a novembro de 2021, a UJC esteve presente e atuante nos mais diversos segmentos
da juventude, ampliando sua participação no Movimento Estudantil Universitário
(como ficou comprovado com nosso aumento de quase 100% de delegados entre os
CONUNEs de 2017 e 2019), no Movimento Estudantil de Pós-Graduação (no qual, em

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trabalho conjunto com os militantes pós-graduandos do PCB e coletivos partidários,


conquistamos a Secretaria-Geral da ANPG), no Movimento Estudantil Secundarista
(com o aumento de um diretor para duas diretoras no último CONUBES presencial) e,
notavelmente, nos Movimentos Populares e de Bairro.
No entanto, apesar de nosso crescimento notável, tivemos, a partir de 2020, um
dos eventos de maior impacto na cena política, econômica e social do Brasil dos últimos
anos: a pandemia do COVID-19.

1.2. Breves balanço e perspectivas

Em primeiro lugar, é preciso mencionar uma das principais preocupações de


todo esse último período da UJC foi o de construir sínteses do processo de
nacionalização e expansão do nosso trabalho militante ocorrido entre o VII e o VIII
Congresso Nacional. Foi nesse momento que nós começamos a superar os resquícios de
sectarismo que ainda havia na UJC e buscar uma inserção mais concentrada no
movimento de massas. Esse processo trouxe vários acúmulos importantíssimos no
decorrer na CNUJC anterior ao VIII Congresso Nacional, mas, sobretudo, na CNUJC
vigente até o IX Congresso Nacional.
Um dos traços mais fundamentais desses acúmulos é a percepção de um certo
caráter artesanal que permeava nossos trabalhos, tanto internos quanto externos. Assim
sendo, constatamos que uma das principais tarefas da UJC, no próximo período, será de
sistematizar processos, especializar tarefas, profissionalizar nosso trabalho. A
observância dessa necessidade objetiva – que deve ser superada na prática, pelo
conjunto da militância no próximo período – não diz respeito somente à eficiência de
nosso trabalho, mas também a um fundamento político-ideológico do próprio
marxismo-leninismo. A crítica ao trabalho artesanal, que invariavelmente desagua na
predominância do oportunismo e do reformismo, na predominância da luta econômica
sobre a luta política e na predominância da tática sobre a estratégia, é uma marca
central do pensamento e das formulações de Lênin, centrada justamente na mediação
entre o trabalho organizativo e o processo de consciência.
Assim, a preocupação “de cima para baixo”, ou seja, que parta do universal para o
particular, retornando a ele – nos vários aspectos de nossao formulação política, desde
as finanças até nossa inserção nos movimentos de massas – é uma preocupação a que a
CNUJC gostaria de convidar toda a militância. Apenas observando a partir do ponto de
vista da totalidade, conseguiremos fazer que não apenas nosso IX Congresso Nacional,
mas todo o nosso trabalho no próximo período, operem de fato segundo a lógica do
centralismo democrático, e não do federalismo. Por isso, entre outras coisas,
elaboramos, no Caderno de Teses, um conjunto de documentos de discussão o mais
amplos e profundos possível – é a maneira de a CNUJC dividir todo seu acúmulo com
toda a militância e de fato chamar a todos e todas para a construção efetiva de nossa
linha política.
Essa preocupação, portanto, é o ponto central de nossas discussões – como fazer
avançar trabalhos que já se consolidaram e fazer consolidar trabalhos que ainda estão

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em um patamar inferior? A resposta a essa pergunta, se feita sob o olhar do marxismo-


leninismo e na perspectiva da sistematização e da especialização, poderá ser uma marca
permanente do IX Congresso Nacional da UJC na história do movimento comunista
brasileiro, que comemora o Centenário do PCB neste ano, e do movimento comunista
internacional.

2. O andamento do IX Congresso Nacional da UJC

Feitas as considerações políticas sobre nosso processo congressual, é


fundamental iniciar um processo de estabelecimento dos procedimentos para o IX
Congresso Nacional da UJC aprovados pela Coordenação Nacional da UJC em seu X
Pleno.

2.1. Considerações gerais

Em primeiro lugar, e acima de tudo, é possível que tenhamos grandes


dificuldades sanitárias na realização de nosso processo congressual. A pandemia de
COVID-19 não se encerrou e sabemos o impacto que ela teve para nossos espaços
internos (reuniões, ativos etc.) e para nossa inserção externa (aulas onlines,
trabalhadores com menor circulação em um momento inicial da pandemia etc.).
Compreender essas dificuldades não deve, no entanto, nos paralisar. Devemos ficar
atentos – e a Coordenação Nacional da UJC, sob orientação e assistência da Secretaria
Nacional de Juventude do Comitê Central do PCB, tem buscado diagnosticar precisa e
cientificamente o avanço da pandemia para isso – com as exigências que esse período
nos impõe para realizar nosso IX Congresso Nacional. A realização do XVI Congresso
Nacional do PCB, em outubro/novembro de 2021, sem relatos de amplo adoecimento
dos militantes que lá estavam, reforça nossa certeza de que é possível realizar nosso
processo congressual com qualidade dos debates e segurança sanitária, sem ter que
colocar uma contra a outra. Apesar disso, é importante que cada militante esteja ciente
dos necessários ajustes e reajustes que nosso processo congressual possa vir a ter,
sobretudo no que diz respeito a datas e lugares das etapas estaduais e nacional. Como
afirmado acima, um dos objetivos centrais da Coordenação Nacional da UJC é fazer do
processo de discussão e deliberação congressuais da UJC o processo mais democrático e
de maior qualidade política que possamos, e isso passa inclusive pelas considerações
organizativas.

2.2. Calendário e agitação do IX Congresso Nacional da UJC

No que diz respeito à publicização de nosso processo congressual,


daremos início a partir do dia 03 de março, quinta-feira, com uma live pelas redes
oficiais da UJC, lançando para ela a identidade visual de nossa campanha do IX
Congresso Nacional. É de fundamental importância que toda a militância participe
dessa atividade, convidando recrutamentos, aproximados e a juventude brasileira em

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geral. Ainda que nenhum de nossos documentos congressuais seja público nesse IX
Congresso Nacional, a agitação em torno de estarmos realizando esses debates,
apresentando para a juventude os aprofundamentos necessários em nossa linha política
e os avanços que tivemos até aqui, é fundamental. A UJC, afinal, deve se livrar
completamente de qualquer vestígio de espírito de seita que feche nossas atividades em
nós mesmos; ser a organização de vanguarda da juventude trabalhadora brasileira,
como desdobramento da Estratégia Socialista do PCB, exige de nós a maior penetração
possível de nossas ideias junto às massas, e não faremos isso nos escondendo enquanto
deliberamos essas ideias. Assim, os debates que faremos nessa atividade devem guiar a
militância também para a reprodução de espaços análogos nos estados e locais de
atuação, resguardando nossos debates sensíveis, mas agitando entusiasticamente nossa
qualidade de formulação, sem autoproclamação.
É fundamental, nesse processo, vincularmos três elementos em nossa
agitação: o IX Congresso Nacional da UJC, o Centenário do PCB e os 95
anos da UJC – todos eventos históricos que ocorrerão esse ano. A Coordenação
Nacional fez um balanço, em seu VIII Pleno, negativo em relação ao aniversário da UJC
em 2021. Nossa live foi mal divulgada, realizada de maneira artesanal pelo conjunto da
CNUJC e não teve o impacto que um aniversário da UJC deve ter em nossas fileiras e na
juventude brasileira. Em nosso atual planejamento, teremos o aniversário da UJC como
uma prioridade específica da juventude, parte da prioridade geral partidária das
comemorações do Centenário. O formato da atividade de aniversário da UJC ainda está
por ser definido, mas o indicativo do X Pleno da CNUJC é sua realização presencial
centralizada, com diversas atividades subsidiárias acontecendo nas proximidades da
data. Da mesma forma, buscaremos ir além do formato consolidado de uma “mesa” de
debates; nossa intenção é organizar atividades amplas, culturais, artísticas e políticas,
que possam dar à UJC o aniversário de 95 anos que merece, em consonância absoluta
com as diversas atividades do Centenário do PCB (e, nesse sentido, colaborando
proativamente com os organismos partidários na realização das atividades, como a
Festa do Poder Popular).
Também será no aniversário da UJC, dia 1º de agosto de 2022, que nosso
processo congressual terá uma pausa. É fundamental que toda a militância
comunista saiba da importância que o processo eleitoral terá para nosso Partido neste
ano: o crescimento quantitativo que tivemos nos últimos anos, especialmente
considerando a inigualável visibilidade que teve nosso Partido durante o ciclo de
mobilizações em 2021, precisa se refletir em um esforço organizado também nas
eleições burguesas. Afinal, na atual quadra histórica, em que vemos uma posição
defensiva e uma desorganização profunda do proletariado, os momentos eleitorais
aparecem como principal momento de discussão política e de debate de ideias sobre o
rumo do país. Nós, comunistas devemos aproveitar a situação adversa para
organizarmos setores avançados da nossa classe, mas também para eleger comunistas
que possam ser verdadeiros “tribunos do povo” dentro da estrutura estatal,
demonstrando de uma vez por todas a diferença fundamental entre nosso Partido e os
partidos da ordem, inclusive na participação parlamentar. Acreditamos, no melhor

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espírito leninista, que a UJC poderá demonstrar ter a maturidade necessária para
suspender as etapas do Congresso durante o período eleitoral e retomá-las
posteriormente – não deixando que a necessariamente ampla democracia de nosso
processo congressual interfira na igualmente necessária unidade de ação no processo
eleitoral.

2.3. Organização do IX Congresso Nacional da UJC

Entrando nos aspectos organizativos das etapas do IX Congresso Nacional,


anunciamos, via o Edital de Convocação, todo o caminho que nós todos seguiremos
neste processo. Sabemos que, muitas vezes, um Edital, dado seu caráter formal, pode
gerar dúvidas da aplicação e a CNUJC pode e deve ser consultada para dirimir dúvidas
e, em caso de mudanças necessárias ou esclarecimentos gerais, deve enviar Portarias
especiais sobre o processo congressual.

2.3.1. Metodologia dos debates

É importante abordar aqui uma mudança significativa na metodologia


dos debates em relação ao VIII Congresso Nacional da UJC. Após extenso debate na
Coordenação Nacional, decidimos modificar os documentos que serão propostos à
militância para deliberação. No VII Pleno da CNUJC, aprovamos essa mudança em um
documento que explicava da seguinte forma:

Considerando as necessidades políticas e organizativas apresentadas anteriormente,


proponho um método de discussão novo para nosso processo congressual, de modo a
privilegiar o debate político central da nossa organização e poupar a UJC de discussões
infrutíferas, que tiveram espaço em nosso VIII Congresso Nacional. Essas discussões
infrutíferas – como uma excessiva preocupação com temas menores, até mesmo discussões
gramaticais e de adequação puramente textual sobre nossas resoluções – têm espaço quando
nos focamos em deliberar minuciosamente quais análises estarão presentes em nossas
Resoluções, sobretudo porque, em se tratando de utilizar o marxismo-leninismo como
ferramental teórico-analítico, o potencial de desdobramento é tendente ao infinito.
Dessa maneira, creio que devemos focar nosso processo congressual em uma lógica
ligeiramente diversa, realizando exaustivamente as discussões políticas e teóricas nas
diversas etapas do processo, mas deliberando exclusivamente os elementos de aplicabilidade
prática e defesa pública. É claro que, para que as deliberações sejam expressão de uma
síntese superior da nossa análise concreta da situação concreta, devem ser precedidas de
amplo debate – que deve ser iniciado pela própria Coordenação Nacional e apresentado
franca e abertamente ao conjunto da militância. No entanto, retirar as deliberações do
momento analítico e colocá-las no momento sintético nos permite combater um potencial de
falsas polêmicas e, ao mesmo tempo, abrir a discussão sobre a análise de forma mais ampla
na organização.
Cito um exemplo: apenas em nossa Resolução sobre Movimento de Massas (VIII
Congresso da UJC), temos entre 25 e 30% dos parágrafos aprovados contendo resoluções
práticas, ou seja, encaminhamentos passíveis de deliberação, sendo o restante análises
minuciosas sobre diversos aspectos das lutas de classes (que têm seu papel fundamental, mas
não há sentido em colocá-las em deliberação). Essas análises, fundamentais para a
organização, devem ser elaboradas na perspectiva do momento propagandístico e formativo,
não do momento decisório.

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Dessa maneira, como está consagrado em nosso Edital de Convocação, os


documentos congressuais serão de dois tipos: de um lado, os Documentos de
Discussão, que devem ser o “pontapé inicial” para as discussões políticas e
organizativas dentro da UJC; e, de outro, os documentos de deliberação, ou seja, o
Programa da UJC, o Estatuto da UJC e as Resoluções Políticas e
Organizativas, bem como a já tradicional Declaração Política do IX Congresso
Nacional da UJC. O já mencionado documento aprovado no VII Pleno da CNUJC
discorre sobre eles:

Os documentos para deliberação no IX Congresso Nacional da UJC devem ser aqueles


cujos encaminhamentos práticos mobilizem o conjunto da UJC em torno da unidade máxima
de ação, garantida a completa democracia e o amplo debate internos.
Assim, como base estruturante da vida da organização, o primeiro passo é procedermos a
uma reforma do Estatuto da UJC. Nosso Estatuto, aprovado no VII Congresso Nacional da
UJC, em 2015, contém uma série de problemas que foram se apresentando conforme
utilizávamos o Estatuto como guia para nossas ações.
Um sério problema, que reaparecerá na apresentação sobre as Resoluções da UJC, é o
excesso de minuciosas análises e explicações contidas no Estatuto. Ora, um Estatuto deve
conter as regras gerais da organização, que devem inclusive ser pensadas para um trabalho
de longo prazo – de modo que o Estatuto apresente a solidez necessária para não precisar de
reformas até que mudemos a Estratégia Socialista para a Estratégia Comunista – ou seja, até
que haja a Revolução Socialista, que certamente exigirá mudanças estruturais na nossa
forma organizativa.
Outro problema contido no Estatuto é o excesso de redundâncias, com diversos artigos
apresentando as mesmas ideias escritas de maneira diferente. Um Estatuto, como ordenador
objetivo do funcionamento da organização, deve ser claro, sucinto, direto e livre de
redundâncias e contradições. Ele deve ser um guia para consulta da militância a cada
momento e deve responder aos problemas de forma direta, sem necessidade de grandes
interpretações – e justamente cabe à CN formular sobre os casos omissos a ele, em vez de
formular sobre os casos que já estão nele, mas de maneira confusa.
O terceiro problema do Estatuto diz respeito à política de finanças, fixada nele, que já foi
diagnosticada pela atual CN como equivocada, apresentando empecilhos para o avanço da
organização. Como está presente no Estatuto aprovado no VII Congresso Nacional da UJC, é
no IX Congresso Nacional da UJC que temos a tarefa de alterar a política de finanças.
O quarto e último problema, origem de grandes confusões dentro de nossa militância, são
os processos disciplinares. Os pontos do presente Estatuto que apresentam os processos
disciplinares não são claros, apresentam contradições e nomes diversos para coisas
semelhantes. Em alguns lugares, para escapar à necessidade de aplicação estatutária e à
confusão consequente a ela, organismos de direção optaram erroneamente por desenvolver
processos distintos dos processos disciplinares; em outros, interpretavam de uma ou outra
maneira os procedimentos e condução do processo. Resolver essa confusão com uma
padronização da terminologia e um caminho único para conduzir esses processos é parte do
trabalho de reforma do Estatuto da UJC.
O segundo documento a ser deliberado no IX Congresso Nacional da UJC é o Programa
da UJC. Um programa, para os comunistas, diferentemente da concepção usual, não é um
simples conjunto de propostas vagas que temos para determinada área, setor ou categoria. O
Programa da UJC deve ser, em sua totalidade, o conjunto das formulações táticas e
estratégicas da organização, decorrente do Programa do PCB, com as medidas que exigimos
e implantaremos tão cedo cheguemos ao Poder e com as bandeiras de luta que sirvam como
mediações táticas nesse processo. É no Programa da UJC que devemos expressar nossa visão
sobre a história e desenvolvimento do movimento particular dos jovens trabalhadores e
estudantes dentro do movimento geral das classes no Brasil e no mundo. Ele pode e deve ser
segmentado conforme as áreas em que nos inserimos, mas não como aspectos fragmentados
da realidade e, sim, como uma visão geral e articulada do que defendemos para a construção
do Poder Popular e a Revolução Socialista, no rumo do comunismo.

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O terceiro documento a ser deliberado no IX Congresso Nacional da UJC são as


Resoluções Políticas e Organizativas. As Resoluções Políticas e Organizativas devem
ser nossas posições particulares de tática para o próximo período, tanto no que respeita à
política da organização, isso é, o trabalho dos comunistas nos movimentos de massas, no
movimento comunista internacional, nos diversos espaços e instrumentos de luta em que
estamos inseridos; quanto no que respeita ao nosso funcionamento interno, incluídas aí
nossa formação, nossas finanças, nossa vida interna etc. As Resoluções Políticas e
Organizativas devem ser redigidas e aprovadas com o maior grau de objetividade possível,
sendo a base sobre a qual a Coordenação Nacional da UJC realizará o Plano Nacional de
Trabalho, de maneira a podermos, a cada momento de reavaliação de nossas tarefas, avaliar
cientificamente se estamos cumprindo bem ou mal as Resoluções.
O quarto e último documento a ser deliberado no IX Congresso Nacional da UJC é a
Declaração Política do IX Congresso Nacional da UJC. A Declaração Política do IX
Congresso Nacional da UJC deve ser o documento que apresenta a visão da UJC sobre os
acontecimentos mais recentes, nacionais e internacionais, da luta de classes em geral e do
movimento de juventude em particular no momento do IX Congresso Nacional, inclusive
apontando para as tendências de desenvolvimento das lutas de classes, bem como palavras
de ordem que expressem as necessidades objetivas dos jovens trabalhadores e estudantes no
rumo da Revolução Socialista.

A experiência de alterar a metodologia de debates do IX Congresso Nacional será


um importante teste para nossa militância. Em primeiro lugar, por possibilitar
pensarmos e repensarmos criticamente sobre nossos métodos, sem dogmatizar
nenhuma prática interna como “ideal”. Em segundo lugar, por permitir debates amplos
concentrados em formulações concisas, exercitando o poder de síntese e de
autoconsciência de cada militante sobre sua decisão no processo congressual. E, por fim,
por dividir com muita clareza os documentos elencados por sua função na luta política
e, por consequência, na nossa organização interna a partir de decisões sobre nossa
forma organizativa e métodos internos de maior duração (Estatuto), nossas posições
políticas e métodos de trabalho de média duração (Resoluções Políticas e
Organizativas), nossas defesas programáticas perante o movimento de juventude
(Programa da UJC) e nossa leitura da conjuntura de lutas pela qual passamos e na qual
desenvolveremos importantes inserções e trabalhos junto ao movimento de juventude
(Declaração Política).
Para os militantes mais recentes, que não viveram o processo do VIII Congresso
Nacional da UJC, essas mudanças podem parecer simples. Mas para aqueles que
viveram os últimos congressos, são mudanças substanciais e entendemos ser
fundamental o nível de transparência sobre o processo de decisão de mudar
essa metodologia, bem como suas motivações políticas. É claro que esse
método novo não é uma resposta final e inquestionável sobre como organizar os debates
da UJC, mas uma tentativa de superar problemas e avançar para formas que melhorem
o debate interno em nosso período de maior democracia, o processo congressual.
Assim, considerada essa metodologia, é importante explicar como organizamos
as etapas de núcleo e estaduais do processo congressual. As considerações sobre essas
etapas, analisadas no X Pleno da CNUJC, buscaram tratar de três aspectos: (1) a
necessidade de participação massiva dos militantes da UJC, que podem ter ingressado
na organização nos últimos dois anos, tendo toda sua experiência militante
condicionada pela situação excepcional da pandemia; (2) a profundidade, precisão e

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cientificidade em nossas formulações, guiadas pelo marxismo-leninismo e pela política


do PCB; e (3) a segurança sanitária na pandemia.

2.3.2. As etapas do IX Congresso Nacional da UJC

Explicaremos agora, em termos gerais, o funcionamento das etapas do IX


Congresso Nacional da UJC.
Em primeiro lugar, considerando nosso desejo de máxima participação no
processo congressual da militância da UJC, estabelecemos com mais precisão as
modalidades nas quais os e as militantes poderão participar nas diversas etapas.
Estabelecemos que haverá delegados natos, delegados, suplentes e convidados
como modalidades diferentes. Isso se dá principalmente pela necessidade de garantir
um tempo de organização do ou da militante na UJC como critério para a modalidade
de delegado ou suplente e, ao mesmo tempo, permitir a participação nos debates para
todos os militantes recém-ingressos. O crescimento da UJC no último período deve
continuar durante esse ano e entendemos que é de grande valia se todos os militantes,
inclusive os mais recentes na organização, estiverem a par de todas as discussões. A
participação e os direitos e deveres de cada uma dessas modalidades está bem descrita
em nosso Edital de Convocação.
O primeiro momento de deliberações sobre nossa linha política serão as etapas
de núcleo. Nelas, os núcleos da UJC devem se reunir e organizar ao menos três
reuniões para debates, destaques aos documentos congressuais e eleição de delegados
para as etapas estaduais. Os núcleos devem tomar a iniciativa de elaborar um método de
discussão que seja o mais adequado possível para as necessidades e possibilidades da
militância, considerando que é nos núcleos que haverá um tempo mais estendido para
debate (e, portanto, a metodologia de discussão pode ser mais flexível) e, ao mesmo
tempo, compreendido na rotina de lutas do próprio núcleo, é onde encontraremos mais
empecilhos ligados às vidas cotidianas da militância. Apesar dessa flexibilidade, é
importante que o método de destaque sobre os documentos deliberativos siga os
padrões nacionais, de modo a unificar as sistematizações.
Durante o processo já iniciado de etapas de núcleo, as CEs/CD devem elaborar e
enviar para a militância local suas respectivas Portarias Estaduais para o processo
congressual até o dia 15 de março. Nelas, deve constar, em primeiro lugar, a
proporção de delegados e suplentes em relação à militância do estado. Sabemos, é claro,
que com esse período curto muitas CEs/CD podem não conseguir ter organizado datas e
locais de suas etapas estaduais. Por isso, incentivamos que minimamente estabeleçam a
proporção dos delegados e o regime de participação dos convidados (que explicaremos a
seguir no item 2.3.3) e, posteriormente, enviem novas Portarias Estaduais que
indiquem datas e locais das etapas estaduais, bem como outros ordenamentos delas
(como valor de inscrição para custeio da etapa, transporte, alojamento etc.). Se algum
núcleo, por seu próprio planejamento, realizar todas as discussões antes da primeira

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Portaria Estadual correspondente, deve deixar a eleição de seus delegados para depois
dela, de modo a evitar posteriores confusões.
Nas etapas estaduais, é possível organizar espaços mais segmentados,
sobretudo se houver uma quantidade grande de delegados e suplentes, como os Grupos
de Discussão. Neles, a militância poderá reaver todos os debates feitos nas etapas de
núcleo, agora colocando suas opiniões em contato e em atrito com as opiniões de
camaradas de outros núcleos – o que contribui para uma síntese o mais rica possível de
nossa política. Esses GDs, no entanto, não substituem a necessidade de haver Plenárias
gerais das etapas estaduais, em que chegaremos à opinião concentrada de todos os
delegados do estado, além de eleger as delegações para o IX Congresso Nacional e as
novas Coordenações Estaduais/Distrital. Sabemos que haverá estados, apesar disso, que
não terão necessidade de estabelecer Grupos de Discussão, considerando o número de
militantes presentes, e podem proceder com maior tempo para as discussões no próprio
formato de Plenária. O acompanhamento da organização dessas etapas será feito pelos
assistentes nacionais durante a elaboração das Portarias Estaduais, para auxiliar, com a
maior experiência, a criar etapas estaduais o mais amplas e democráticas possíveis, mas
que tenham um número de militantes capaz de levar até o final as discussões dentro do
tempo possível de uma etapa estadual.
As etapas estaduais, via de regra, serão espaços com muito mais militantes do
que estamos acostumados a organizar. Esse fluxo de militantes, ligado a nossas sempre
presentes dificuldades com datas e lugares para organizar, devem ter uma atenção
especial das CEs/CD e de toda a militância. Sabemos que os espaços estaduais são de
responsabilidade imediata e prerrogativa decisória das CEs/CD, mas devemos todos,
como militantes, estar presentes e auxiliar na construção desses espaços.
Comissões de limpeza, organização, finanças, alimentação, alojamento e segurança são
alguns exemplos de tarefas que podem e devem contar com o apoio total dos delegados,
suplentes e convidados. Não devemos considerar que as tarefas estaduais são de
responsabilidade única das CEs/CD, mas de responsabilidade de todos os militantes
nelas presentes. Ainda sobre esse aspecto organizativo, é importantíssimo levar em
consideração algumas proibições que possam ser parte do local utilizado (por exemplo,
um campus universitário) para evitar problemas para a UJC como um todo. Assim, a
proibição do uso de algumas substâncias nesses espaços deve ser objeto de atenção das
CEs/CD e de máximo respeito de todos os militantes presentes. Apesar de poder haver
calorosas discussões políticas em nossos espaços, devemos todos colaborarmos para
garantir que não tenhamos problemas locais.
Finalmente, depois de todas essas etapas, realizaremos o IX Congresso
Nacional da União da Juventude Comunista. Como já anunciado no Edital de
Convocação, já colocamos em perspectiva a data de realizá-lo do dia 12 ao dia 15 de
novembro, mas sabemos da realidade da pandemia em nosso país e tanto essa data
quanto o local de realização vão continuar sendo objeto de estudo e análise da CNUJC,
orientada intimamente pelo CC do PCB.
O funcionamento básico de nosso IX Congresso Nacional não será diferente do
funcionamento das etapas estaduais e, certamente, a militância que esteve presente

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nesses espaços terá condições plenas de participar a contento dessa etapa final. Se na
forma os procedimentos são semelhantes, no conteúdo temos uma responsabilidade
coletiva muito maior. Será um momento em que os elementos qualitativos e
quantitativos do nosso trabalho desde o VIII Congresso Nacional serão avaliados e,
especialmente, decididos pelo conjunto dos delegados presentes, traçando a perspectiva
ampla do funcionamento da UJC nos próximos anos.
É uma tarefa que exige, para além de um alto grau de atenção e seriedade de
nossa militância, um ainda mais alto grau de animação e empolgação. Estaremos
colocando um elo a mais na corrente que nos liga à história do movimento operário e
comunista do mundo todo, uma corrente que em nosso país remonta a 95 anos atrás,
em 1927, quando o PCB decide organizar a Juventude Comunista. Essa tarefa, que deve
ser abraçada com a mesma qualidade que cada panfletagem e cada cinco reais de
cotização nossa, deixará uma profunda marca no futuro do movimento de juventude no
Brasil e no mundo – uma de muitas marcas no caminho da Revolução Socialista e do
Comunismo.

2.3.3. As proporções de delegados e suplentes

Separamos este ponto, das proporções de delegados e suplentes, para colocarmos


em perspectiva as possibilidades que nosso Edital de Convocação prevê, sobretudo para
auxiliar as CEs/CD no processo de construção de suas Portarias Estaduais, mas também
para que toda a militância fique ciente e possa opinar durante o processo.
Em primeiro lugar, é fundamental que toda a militância participe do processo
de discussão nos núcleos. Como organismo de base, que atua localmente e desenvolve
nossas linhas políticas na prática, o núcleo será o primeiro passo na construção da
síntese de nosso IX Congresso Nacional. Por isso, decidimos colocar em nosso Edital de
Convocação a possibilidade de todos os militantes, independentemente de quando
ingressaram na UJC, participar dos debates das etapas de núcleo. O estabelecimento dos
“habilitados” como corte de momento em que entraram na organização diz respeito
fundamentalmente àqueles que já tiveram experiências práticas na UJC e, portanto,
podem contribuir também com a formulação teórico-política sobre essas mesmas
experiências.
Na elaboração das Portarias Estaduais, no entanto, é que mais elementos deverão
ser levados em conta. As proporções apontadas em nosso Edital de Convocação (que vão
de 1:1 a 1:5) devem ser avaliadas pelas CEs/CD para organizar a melhor etapa estadual
possível, no sentido de mais democrática, mas também de realizável, dados os
debates em questão; também, a importância de considerar convidados como possíveis
participantes, prerrogativa das CEs/CD, deve contar com nossa atenção.
Na elaboração da Portaria Nacional, com as proporções de delegação dos estados,
que será enviada posteriormente, também levaremos em conta esses diversos
elementos, indicando já o número correspondente de cada estado. Sugerimos que as
Portarias Estaduais, com base nos cadastros, façam o mesmo, para facilitar aos núcleos

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na hora de eleger os delegados e suplentes e, no caso de serem autorizados, os


convidados.
Aqui, vale a pena elaborar algumas hipóteses, para que toda a militância fique
ciente do que implica cada tipo de proporção nas etapas estaduais.
Em um caso de um estado hipotético que tenha 20 militantes, divididos em
quatro núcleos de 5 pessoas e contando com uma CE de 5 membros, qual seria uma
proporção adequada para a etapa estadual? Se a CE optar por fazer uma proporção de
1:5, isso significaria que apenas um militante de cada núcleo, somado a um suplente de
cada núcleo e aos 5 membros da CE, estariam nessa etapa estadual. Porém, se
contarmos essas pessoas várias, teríamos 15 participantes da etapa estadual (5
delegados + 5 suplentes + 5 delegados natos) e a CE teria deixado os outros 5 militantes
do estado, sem nenhuma necessidade, fora das discussões. É realmente necessária uma
proporção tão restritiva em um caso como esse, em que se poderia tranquilamente
acomodar 20 camaradas em um salão para fazer os debates de forma mais democrática?
No entanto, façamos uma hipótese radicalmente oposta: um estado de 200
militantes, com 20 núcleos de 10 militantes cada e uma CE de 15 pessoas, decide utilizar
uma proporção de 1:2. Teríamos, assim, 5 delegados por núcleo (100 delegados) + 2
suplentes por núcleo (40 suplentes) + 15 delegados natos = 155 participantes. A
dificuldade de organizar uma discussão com 155 pessoas, podendo ter uma etapa
estadual representativa com menos participantes, vale a pena?
Essas perguntas serão respondidas pelas CEs/CD no processo de construção de
suas portarias, dentro dos limites estabelecidos no Edital de Convocação. A CNUJC
prestará toda a assistência para, utilizando de seu acúmulo coletivo, ajudar a construir
etapas estaduais eficientes e democráticas, que façam avançar nossa organização para
além de qualquer formalismo.
Como guia geral das proporções, disponibilizamos também a seguinte tabela de
exemplos para auxiliar as CEs/CD. Para mais de 15 militantes, a lógica segue a mesma A
proporção de 1:1 não consta na tabela porque, com ela, todos os militantes de todos os
núcleos seriam delegados.

Delegados / Suplentes na etapa estadual


Militantes
do núcleo 1:2 1:3 1:4 1:5

3 2/1 1/1 1/1 1/1

4 2/1 2/1 1/1 1/1

5 3/1 2/1 2/1 1/1

6 3/1 2/1 2/1 2/1

7 4/2 3/1 2/1 2/1

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8 4/2 3/1 2/1 2/1

9 5/2 3/1 3/1 2/1

10 5/2 4/2 3/1 2/1

11 6/2 4/2 3/1 3/1

12 6/2 4/2 3/1 3/1

13 7/3 5/2 4/2 3/1

14 7/3 5/2 4/2 3/1

15 8/3 5/2 4/2 3/1

2.3.4. A Tribuna de Debates

Como último aspecto do andamento do IX Congresso Nacional da UJC, teremos


nossa Tribuna de Debates. Para aqueles que não viveram nosso último congresso, é
preciso explicar: a Tribuna de Debates é um procedimento, adotado pela UJC durante
seu processo congressual, que permite o trânsito de textos, reflexões, acúmulos,
posições, discussões e debates de um modo geral entre os militantes. É a partir dela que,
paralelamente às etapas de núcleo e estaduais, os militantes podem (e devem) discutir
os temas fundamentais da UJC em suas próprias opiniões, submetendo-as não apenas a
seu organismo (núcleo, CE/CD ou CN), mas ao conjunto de todos os jovens comunistas
do nosso país.
Entendemos que a Tribuna de Debates, dada a nova metodologia, ganha ainda
maior importância do que teve em nosso VIII Congresso Nacional. Ela é o espaço
privilegiado de discussão ampla e fraterna entre todos os militantes da organização e
não apenas um repositório de ideias ou discussões sem consequência prática para a
atuação política da UJC. O convite que fazemos a todos os militantes é o de
apropriarem-se o máximo possível dos debates que lá estarão sendo feitos e de
interagirem com seus e suas camaradas no curso dessas discussões.
Certamente, como em outros momentos, teremos novas formulações advindas da
Tribuna de Debates que poderão contribuir em muitos aspectos em nossa política e
poderão ser sintetizadas como Resoluções Políticas e Organizativas ou outras partes de
nossos documentos congressuais. Queremos deixar claro que a Tribuna de Debates deve
ser um espaço de discussão militante e, portanto, deve ser guiada pela necessidade de
análises e sínteses, ideias e posições que engrandeçam a UJC e possibilitem sua melhor
atuação no movimento de juventude. Isso significa, inclusive, que críticas e autocríticas
são bem-vindas como parte de nossa discussão, mas com o alto nível de discussão, com
o espírito de camaradagem e com o combate a personalismos e melindres diversos que,
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sendo marca da UJC, não encontram paralelo em outros espaços da sociedade


capitalista, como a academia ou as redes sociais.
No Edital de Convocação, informamos o e-mail para envio das Tribunas:
ix.congressoujc@gmail.com, com o assunto “Tribuna de Debates”.

2.4. Calendário resumido do IX Congresso Nacional da UJC

Por fim, gostaríamos de apresentar um resumo do calendário das etapas do IX


Congresso Nacional da UJC. Como já indicamos, e está presente no Edital de
Convocação, pretendemos seguir esse calendário à risca, com a condição de haver
segurança sanitária para as etapas diversas.

Data/Período Etapa do IX Congresso Nacional da UJC

24 de fevereiro Envio dos documentos congressuais ao conjunto da militância

1º de março Início das etapas de núcleo

3 de março Início da Tribuna de Debates

3 de março Lançamento público do IX Congresso Nacional da UJC

15 de maio Data-limite para envio das Portarias Estaduais

31 de maio Fim das etapas de núcleo

31 de maio Data-limite para envio das atas de núcleos

1º de junho Início das etapas estaduais

31 de julho Fim das etapas estaduais

1º de agosto Pausa no processo congressual

31 de outubro Retomada do processo congressual

31 de outubro Fim da Tribuna de Debates

12 a 15 de novembro IX Congresso Nacional da União da Juventude Comunista

3. Abertura do IX Congresso Nacional da UJC

Feitas essas considerações, nos termos do Edital de Convocação, a


Coordenação Nacional da UJC declara aberto o processo do IX Congresso
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Nacional da União da Juventude Comunista. Desejamos a toda a militância que


façam ótimo proveito e que contribuam ativamente na construção de uma UJC ainda
mais forte para o próximo período.

Saudações Comunistas,
Coordenação Nacional
União da Juventude Comunista

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