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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

Ana Paula Cunha Sampaio-ead 24141143


Maria Aline de Araujo Costa-ead 24093697

Estado Gerencial e o Serviço Social: entre as políticas de proteção social e os


preceitos constitucionais.

Barra do Corda – MA
2022
Ana Paula Cunha Sampaio-ead 24141143
Maria Aline de Araujo Costa-ead 24093697

Estado Gerencial e o Serviço Social: entre as políticas de proteção social e os


preceitos constitucionais.

Produção Textual apresentada a Universidade


Anhanguera, Centro de Educação a Distância,
como requisito para obtenção de nota.

Orientador: Suellen Cristina de Aquino Santos

Barra do Corda – MA
2022
SUMÁRIO

1 Introdução.....................................................................................................4
2 Desenvolvimento .........................................................................................5
2.1 Neoliberalismo e a Conjuntura Atual Política e
Econômica.......................................................................................................5
2.2 Movimentos Sociais: Lutas e Busca por Defesa de Direitos....................6
2.3 Serviço Social na Educação: Atuação do Assistente Social....................7
2.4 Terceiro Setor............................................................................................9
3 Considerações Finais................................................................................11
Referências....................................................................................................12
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1.INTRODUÇÃO

O Presente trabalho faz um estudo acerca da temática Estado Gerencial e o


Serviço Social: entre as políticas de proteção social e os preceitos constitucionais,
como também análise do neoliberalismo e sua conjuntura bem como seus princípios
e sua entrada no Brasil, movimentos sociais que ganharam grande repercussão e se
tornou uma grande ferramenta para reivindicação de direitos , terceiro setor
instituição de iniciativa privada com utilidade da coisa pública, e atuação do
assistente social na educação.
Os objetivos a serem alcançados ao longo do estudo serão: Objetivo Geral
Descrever estado gerencial e o serviço social dentre as políticas de proteção social e
seus preceitos, Objetivos específicos: Especificar o neoliberalismo e sua conjuntura
política e econômica, analisar os movimentos sociais, refletir sobre a atuação do
assistente social na Educação e exemplificar o terceiro setor.
Na contemporaneidade os movimentos sociais ganharam bastante espaços,
pois buscam reivindicar seus direitos, que podem ocorrer de a curto prazo e a longo
prazo, o assistente social e de grande importância nesses movimentos pois
A metodologia do trabalho quanto aos objetivos será exploratória, com
levantamento bibliográfico conforme leitura do material disponível sobre o tema,
utilizado referência para embasamento, assim como fundamentação em livros das
disciplinas, materiais e tele aulas.
Portanto serão seguidos os critérios acima citados, o trabalho estar dividido
em tópicos, baseados nos objetivos estabelecidos, frisando a temática a ser
debatido, também ressaltar a atuação do assistente social e como pode intervir na
educação.
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2.DESENVOLVIMENTO
2.1 NEOLIBERALISMO E A CONJUNTURA ATUAL POLÍTICA E ECONÔMICA
A Doutrina Socioeconômica renomada como Neoliberalismo que se
fundamenta na retomada dos ideais antigos do Liberalismo clássico, onde o estado
não deveria intervim na economia, este vigorou durante o século 19 há década de
30, logo após entrou em decadência devido à crise de 1929 nos Estados Unidos,
com isso foi substituída pelo keynesianismo.
O keynesianismo esteve presente nos anos de 1930-1970/80, é uma doutrina
econômica do capitalismo, onde defendia intervenção do estado na economia, com
isso acreditava-se que aumentava os investimentos públicos, gerando crédito e
redução de juros, o estado no keynesianismo alavancava a economia considerando-
se o estado de bem estar social.
O Sistema de saúde e as políticas públicas perdeu forças durante o
keynesianismo dando lugar ao neoliberalismo, quando o mesmo entra em crise, os
países Chile, Inglaterra e Estados Unidos foram os primeiros países a adotar o
neoliberalismo, e depois se espalha pelo mundo.
Os princípios do neoliberalismo defendem a mínima intervenção do estado,
dando abertura econômica, privatização, flexibilização das leis trabalhista, e com
isso o estado reduz direitos para que a empresas privadas tenha mais espaço para
contratar a mão de obra.
O Neoliberalismo chega ao Brasil em duas fases, a Primeira durante o
governo de Collor, onde houve a abertura econômica para produtos importados no
mercado Brasileiro, redução de imposto e a Segunda no governo Fernando
Henrique Cardoso com as privatizações.
O Brasil desde os anos 90 aderir alguns princípios neoliberais, porém é muito
criticada pois não atente a classe trabalhadora, assim havendo aumento dos
salários, avanços dos sindicatos pois os neoliberais afirmam que a mão de obra
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ficará mais cara, além de subir os índices de inflação, e ressalta que o estado não é
um bom gestor.
Embora na atual conjuntura o Estado ainda mantém seu papel de investidor
protagonista, é importante destacar o aumento de concessões, o que significa que
empresas estrangeiras podem operar no país através de permissão para que
explore determinado serviço no território, como exemplo podemos citar várias
rodovias Brasileiras onde atuar através de concessões.

2.2 Movimentos Sociais: Lutas e Busca por defesa de Direitos


Os Movimentos Sociais surgiram no Brasil e ganharam força na década de
70, por estarem sendo antagonista ao regime militar, podemos frisar movimentos
bem-conceituados como o movimento estudantil, passeata dos cem mil, diretas já e
do impeachment do Fernando Collor, presente nas décadas de 80 e 90.
O movimento social é uma organização coletiva que buscar solucionar uma
problemática e surge espontaneamente, o objetivo dos movimentos sociais é a
buscar para solucionar problemas de forma justa, a maioria dos movimentos sociais
buscar chamar atenção da sociedade, poder público, comunidade e tem como
estratégia reunir grupos de pessoas com mesmo objetivo, e podem se manifestar
através de passeatas, protestos, greves marchas dentre outras. (Gohn, 2008).
Os movimentos sociais podem ser separados em duas categorias conjuntural
cujo o movimento manifesta-se através de uma demanda especifica, e tem pequeno
prazo, temos como exemplos movimentos que buscam por queda de preços em
passagens, e a estrutural onde buscar um objetivo por longo prazo, como podemos
citar movimentos em buscar do fim do racismo.

É importante frisar que a internet se tornou uma grande aliada, pois favoreceu
a criação de espaços para argumentação e com isso manifestações de 2013, foram
uma divisa dos movimentos sociais em rede, alguns exemplos de movimentos
sociais históricos foram os movimentos trabalhista, que a parti disso surgiu
sindicatos, como superação de desigualdades, MST foi um grande movimento dos
sem terras criadas por moradores para defender seus direitos, pode-se citar também
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novos movimentos sociais, como questão ligados a movimentos de gêneros, raciais,


educacionais.

O Direito de Manifestação é garantido pelo artigo 5º, XVI da Constituição


Federal de 1988, e nos últimos anos muitas pessoas foram às ruas para lutar pelos
seus direitos através dos movimentos sociais.
Podemos destacar questões contemporâneas como sexualidade, alguns dos
movimentos sociais frisam seus direitos como pode-se citar " a liberdade sexual e o
tratamento igualitário entre os gêneros", identidade e com isso os movimentos
sociais lutar por causas através de grupo de pessoas que se identificam e colocam
em pauta, formulam estratégias para assim buscar soluções cabíveis o que muitas
vezes conseguem solucionar.
O Estado Brasileiro tem identificado a questão e as identidades dos
Movimentos Sociais hodiernamente como portas de conscientização, e que podem
influenciar em mudanças e decisões, onde a população tem como objetivo maior
fazer com que sua voz seja ouvida. Poupeau (2007, p. 47-48)

2.3 SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO: ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL


O Assistente Social pode atuar em qualquer espaço sócio-ocupacional e
dentre eles a educação, exercendo seu papel embasada por princípios, direitos e
deveres, descritos no código de Ética Profissional (CEP), de 1933, e na
regulamentação da profissão n°8.662/93(cefess,2012,p.26).
O assistente social trabalha em prol da garantia de direito agindo através das
políticas públicas, e na questão social que se torna objeto de seu trabalho e suas
diversas expressões.
Como Martins (2012) afirma que a “efetivação da democratização da
educação, ampliando o acesso da população à escola pública, a participação efetiva
da comunidade escolar nas esferas de poder decisório da escola, bem como a
parceria da escola com a família, a comunidade e a sociedade” .
A entrada do assistente social na Educação ocorreu desde á década de 1930,
tendo aumento em 1990. (Campos,2012). A atuação profissional do assistente na
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educação e bem presente na inclusão social onde necessita do assistente para


intervim na garantia de direitos proporcionando a inclusão no ambiente escolar.
Para o trabalho do assistente ser eficaz é necessário um bom envolvimento
ativo e reativo, não só do assistente social mais de todos os envolvidos, como
professores, diretores, para que seu trabalho seja efetivo atendendo as diretrizes
legais, com objetivo maior de garantir direitos, e entender que a inclusão é uma
porta de entrada para que não haja quaisquer fatores de exclusão, cabendo ao
mesmo respeitar e acolher as diversidades humanas.
As políticas educacionais que diz a respeito de instrumentos governamental
que dar subsídios para ampliar e universalizar a educação, nas suas esferas tanto
federal como estadual e municipal. A educação é uma área que merece bastante
destaque pois influencia na economia, saúde, segurança pública dentre outras
áreas, com isso essas políticas educacionais trabalham em prol de desenvolvimento,
planejamento, e ações que tenham como intuito ampliar a qualidade da educação
tanto estados como em municípios.
Em contrapondo aos preceitos constitucionais que estabelecem princípios ou
normas e que tem como objetivo garantir direitos e efetividade de reguladores da
educação pode-se citar normas que tem que ser seguidas pelas políticas
educacionais exemplo:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante garantia
de:
I - Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete)
anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela
não tiveram acesso na idade própria;   
II - Progressiva universalização do ensino médio gratuito;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - Educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de
idade; 
V - Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação
artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por
meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde.
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Portanto as políticas educacionais se relacionam com os preceitos


constitucionais visto que, regem Leis para garantir direitos, e o papel do Assistente
Social se torna muito importante, visto que, trabalha em prol de melhorias tanto no
sistema educacional como em suas diversas áreas de atuação regulamentada por
lei.
2.4 TERCEIRO SETOR
O Terceiro Setor é considerado toda contrapartida de iniciativas privadas de
utilidade pública, onde estão inclusas associações, fundações, instituições religiosas
e Organizações Sociais (OS), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público
(OSCIP) e as Organizações Não Governamentais (ONG's).
Alguns autores afirmam que a constituição do terceiro setor é uma alternativa
a suposta ineficácia do Estado, estando entisica ao Sistema Capitalista, o que
significa que a transfusão do estado para a sociedade civil gerou perdas na
concepção de direitos, sobretudo pelos próprios usuários de políticas sociais.
O Terceiro Setor enfatiza a questão social, pois nessas organizações que
estão presentes em áreas de abrangência, onde não podemos contrapesar como
qualidade, quantidade variedade e cobertura das políticas sociais desassistido pelo
estado (Bresser Pereira apud Montaño, 2008).
As organizações do Terceiro Setor têm cunho de privatização da coisa
pública, algumas de suas iniciativas é dada pela prestação de determinado serviços,
e fica dependente da contrapartida do indivíduo e do governo.
Pode-se frisar algumas iniciativas que necessitam de financiamentos para
projetos e daí surge a necessidade de um vínculo com o governo, tendo também a
busca por patrocinadores para o funcionamento da instituição e dos seus serviços
prestados, o que significa que a caridade e por intermédio do voluntariado, significa
forma eficaz para manter instituições aberta.
Segundo Mansur (2004), essas organizações almejam na área social um
investidor social, onde procura grandes resultados, focando em lucros não se
referindo a capital de dinheiro mais em ações indiretamente que estabelecem uma
aparência positiva.
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Contudo o Estado na contemporaneidade do capitalista neoliberal, afirma que


ações do Terceiro Setor que são referentes as Privatização há uma transferência de
responsabilidades em relação a direitos do Terceiro Setor, e com isso levar o
enfraquecimento dos direitos sociais universais, como programas, projetos sociais
destacando os direitos a nível local.
A instituição do terceiro setor não ´pode ser comparada a política social, pois
nela há um alinhamento na questão de peculiaridade de serviços prestados.
Estas instituições que prestam serviços à comunidade são realizadas através
do voluntariado, que tem iniciativa pela esfera privada ou pelo poder público, que
nelas estão inclusos programas sociais, e que promovem desenvolvimento de uma
determinada localidade e transformam a realidades de muitas famílias atendidas
embora esse impacto seja sempre limitado.
O terceiro setor além de ser está desenvolvendo e oportunizando
profissionalismo através de equipes e gestão empresarial, não poderia substituir
ações de cunho estatal pois traz consigo grande risco de regredir conquistas
históricas da classe trabalhadora por garantia de direitos.
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3.CONCLUSÃO
Diante do exposto que foi estudado acerca do tema Estado Gerencial e o

Serviço Social: entre as políticas de proteção social e os preceitos constitucionais.


Importante frisar que o estudo bibliográfico fez uma exposição sobre o tema visando
todo conteúdo exposto, que assimilou e simplificou o estudo, utilizando-se de
informações que foram pertinentes no desenvolvimento deste trabalho.
Durante o desenvolvimento do trabalho pode-se entender o neoliberalismo é
uma doutrina econômica que é utilizada por grandes países, e defende a mínima
intervenção do estado pois defende a ideia que o estado não é um bom gestor, no
Brasil esteve presente em duas fazer a de Collor e Fernando Henrique Cardoso, e
na sua atual conjuntura são usadas alguns de seus princípios mais através de
concessões como citados ao longo do trabalho.
Outro tema analisado foram os movimentos sociais que ganharam grande
repercussão, e conhecida como ação coletiva que buscar solucionar uma
problemática e surge espontaneamente, pode-se citar grandes movimentos como
reconhecimento de grupos que buscam por igualdade, que são vistas como portas
para conscientização.
Outro ponto de destaque foi a análise da atuação do assistente social, que
desempenha a função de orientação proporcionando acesso aos serviços da rede
sócio assistencial, como as políticas públicas, regulamentado por lei n°8.662/93.
O Assistente Social é um profissional habilitado para o trabalho com as
populações excluídas pela sociedade capitalista. Através da sua intervenção
profissional redireciona a exclusão para inclusão, promove debates e diálogos que
apontem para uma melhor convivência social e melhoria na qualidade de vida dos
trabalhadores/população.
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REFERÊNCIAS
CAMPOS, Edval Bernardino et al. Conselho Federal de Serviço Social - GT de
educação, 2012. Disponível em: http://cfess.org.br/arquivos/subsidios-servico-social-
na- educacao.pdf. Acesso em: 24 out. 2022.

CALABREZ, Felipe. Introdução à economia política: o percurso histórico de uma


ciência social. Curitiba Intersaberes, 2020. [Biblioteca Virtual Universitária 3.0].

DOURADO, Luiz Fernandes. SIQUEIRA, Romilson Martins. A Educação Infantil no


campo de disputa entre o direito social e o mercado. In: Políticas Educacionais
Democráticas em tempos de resistência. Brasília, ANPAE, 2021.

FILGUEIRAS, LUIZ. O neoliberalismo no Brasil: estrutura, dinâmica e ajuste do


modelo econômico. In: Basualdo, Eduardo M.; Arceo, Enrique. (org) Neoliberalismo y
sectores dominantes. Tendencias globales y experiencias nacionales. Buenos Aires:
2006. Disponível em:
http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/grupos/basua/C05Filgueiras.pdf. Acesso
em: jun. 2022.

GOHN, Maria da Glória. O protagonismo da sociedade civil: movimentos sociais,


ONGs e redes solidárias. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2008.

MOREIRA, Raquel da Silva. Estado e Terceiro Setor: Um caso de


complementação ou substituição? Society and Development, v. 10, n. 1, 2021.

POUPEAU, Franck. Dominación y movilizaciones .Cordoba: Ferreyra Editor, 2007.


MARTINS, Eliana Bolorino Canteiro. Educação e Serviço Social: elo para a
construção      da cidadania.  São Paulo: Editora Unesp, 2012; 2014.

PONCHIROLLI, Rafaela. O que são Movimentos Sociais? 2019. Disponível em:


https://www.politize.com.br/movimentossociais/#:~:text=Os%20chamados%20novos
%20movi mentos%20sociais,sociedade%20e%20n as%20grandes%20m
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