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Aula 13

Análise de Variância (ANOVA)

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Exemplo: Com o objetivo de avaliar o efeito no ganho de peso da utilização do farelo bruto
na alimentação de frangos da linhagem “Ross” com um dia de idade, foi realizado um
experimento com duração de 28 dias, composto de 4 tratamentos .

Suplementação
Repetições
0% de farelo 10% de farelo 20% de farelo 30% de farelo

1 0,60 0,82 0,79 0,82

2 0,62 0,85 0,83 0,81

3 0,61 0,78 0,82 0,79

4 0,64 0,79 0,81 0,80

5 0,63 0,80 0,82 0,79

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Análise de Variância (ANOVA)

A Análise de Variância (ANOVA) é um procedimento


utilizado para comparar três ou mais tratamentos. Existem
muitas variações da ANOVA devido aos diferentes tipos de
delineamentos que podem ser realizados.

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Três classes de características

Características respostas - características que exprimem o


desempenho das unidades

Características explanatórias - características cujo controle e


alteração supostamente podem implicar na melhoria do
desempenho dessas unidades

Características estranhas - demais características das unidades

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❋ Exemplo: Controle de vermes intestinais em sistemas de produção de
carne de cordeiro mamão

Características respostas: características da carcaça e do animal:


- peso ao abate, infestação de parasitas no animal, rendimento de carcaça,
comprimento de carcaça, espessura de toucinho

Características explanatórias:
C1: Anti-helmíntico Ranizole ➣ Níveis: intervalo (0; 0,4 mg/kg)
C2: Raça ➣ Níveis: Ideal, Corriedale e Romney Marsh
C3: Sexo ➣ Níveis: macho e fêmea
C4: Local ➣ Níveis: locais da região de interesse
C5: Ano ➣ Níveis: próximos anos de criação de cordeiro mamão

Características estranhas: demais características dos sistemas que não


exprimem seus desempenhos - características referentes ao animal, ao ambiente
(pastagem, clima, incidências de parasitas – exceto helmintos, doenças e
predadores), ao manejo, e a mensuração e registro dos dados.
Conceitos importantes
 Fator experimental de tratamento
Característica explanatória cujos níveis são distribuídos às unidades da
amostra de forma aleatória.
Manifestação controlada pelo pesquisador.

 Tratamento
É um nível particular de um fator em um experimento unifatorial, ou uma
combinação particular dos dois níveis dos fatores em um experimento fatorial

❋ Exemplo: Controle de vermes intestinais em sistemas de produção de carne de cordeiro


mamão

Fator: Anti-helmíntico Ranizole

Tratamentos: A=0mg/Kg; B=0,2mg/Kg; C=0,4mg/Kg.

Exercício: No caso dos frangos, determine o fator e os tratamentos.

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 Material experimental

É o conjunto de característica em um experimento, excetuados os


fatores, que constituem as condições sob as quais o experimento é
conduzido.

É a amostra da população utilizada no experimento (em geral NÃO é uma


amostra das características da população objetivo – é uma parte da
população disponível ou acessível).

A representatividade da população através do material experimental é


de fundamental importância para a validade das inferências

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Material experimental, unidade experimental e
unidade de observação

Variação (erro de observação) 3 unidades experimentais


ou
parcelas

1 2 3
Variação da resposta nas
unidades exper. Atribuível
Variação à caract. estranhas.
(erro experimental)

Material experimental

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Erro experimental (erro aleatório ou casual)

É a variação entre as unidades da amostra atribuível às características


estranhas não controladas pelo controle local ou pelo controle estatístico
(perturbadoras),
É uma fonte de variação inerente as unidades da amostra.
(confundimento de efeitos de características explanatórias com efeitos
de características estranhas).
Variação da característica resposta atribuível à estranhas.

Consequências do erro experimental: diminuição da precisão (sensibilidade


para detectar reais diferenças de tratamentos) e aumento de viés (desvio
dos efeitos de tratamentos)

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 Controle experimental

Controle exercido para diminuir e tornar não tendencioso o confundimento


dos efeitos de fatores experimentais sobre características respostas com
efeitos de características estranhas da amostra.

Finalidade: diminuição do erro experimental e não viés do erro


experimental.

Procedimentos de controle experimental:


Controle de técnicas experimentais,
Controle local,
Controle estatístico,
Casualização.

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 Controle local

É o agrupamento de unidades experimentais em grupos (usualmente


denominados blocos) referentes a níveis de uma variável estranha relevante
(característica estranha controlada é mais HOMOGÊNEA em cada grupo).

A variação entre os grupos é eliminada das estimativas da variância casual


ou variância aleatória e das estimativas dos efeitos de tratamentos,
portanto, das comparações entre tratamentos..

O grau de controle local imposto em um experimento define o delineamento


experimental adotado. Os diversos delineamentos experimentais
distinguem-se pelos correspondentes graus de controle local que exercem.

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− completamente casualizados – sem controle local, portanto, sem restrição à

casualização

− blocos completamente casualizados – tratamento dispostos segundo um ou

mais agrupamentos de unidades experimentais, com uma repetição completa dos

tratamentos em cada grupo

− blocos casualizados – controle local simples, que implica em uma restrição à

casualização

− quadrado latino – controle local duplo, portanto, duas restrições à casualização

− blocos incompletos – controle local efetuado pelo agrupamento de unidades

experimentais em grupos, cada um dos quais com um número de unidades

inferior ao número de tratamento

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Pressuposições:

1) os erros aleatórios são independentes;

2) os erros aleatórios são normalmente distribuídos;

3) os erros aleatórios tem média 0 (zero) e variância σ2;

4) a variância, σ2, deve ser constante para todos os níveis do fator.

5) as observações são adequadamente descritas pelo modelo

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Análise de Variância (ANOVA)

Baseia-se na decomposição da variação total da variável


resposta em partes que podem ser atribuídas aos tratamentos
(variância entre) e ao erro experimental (variância dentro).
Hipóteses:
H0: µ1= µ2=...= µt

HA: µi ≠ µι' para pelo menos um par (i,i')


OU:
H0: t1= t2=...= tt

HA: ti  ti' para pelo menos um par (i,i')

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Tabela da ANOVA – Um fator

Tabela da análise de variância de um experimento com um fator.


Causas de Soma de Graus de Quadrados F0 P-valor
variação quadrados liberdade médios

Entre SQTratamento t-1 QMTratamento QMTratamento/


tratamentos QMErro
Erro SQErro t(r-1) QMErro
(dentro
de trata/os)
Total SQTotal tr-1

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Delineamento Inteiramente Casualizado (DIC)
Diferentes números de repetições dos tratamentos

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Comparações Múltiplas entre Pares de Médias

Hipótese: H 0 : μ i = μ j para todos os i, j.

Número de comparações: t(t-1)/2.

Devem ser realizadas após o teste F da análise de variância rejeitar a hipótese


nula

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Teste de Tukey

Duas médias são diferentes significativamente se a diferença das médias


amostrais (em valor absoluto) for superior a DMS (Diferença Mínima
Significativa):

DMS = q.
2 
QMErro 1 1
  
n i ni '

Onde q é um valor tabelado da amplitude studentizada para t médias (tratamentos) e v


graus de liberdade do QMErro.

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