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E. E. Dr. Mário Corrêa da


Costa
Atividades Escolares
° ano do Ensino Fundamental

Carga horária mensal para todos os componentes curriculares 115 horas


(Componente curricular)
Códigos das Habilidades Objetos de Conhecimentos
• EF89LP03 • Estratégia de leitura: apreender os sentidos globais do texto
• EF89LP06 • Efeitos de sentido.
• EF89LP08 • Estratégia de produção: planejamento de textos informativos
• EF67LP23 • Conversação espontânea
• EF89LP33 • Estratégias de leitura - Apreciação e réplica
• EF08LP11 • Morfossintaxe

Nome da Escola: Escola Estadual Dr. Mario Corrêa da Costa


Nome do Professor: Carolina Videira Cruz
Nome do Estudante: _____________________________________________________
Período: ( ) matutino ( ) vespertino Turma: 9° ano
O ARTIGO DE OPINIÃO

O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao tipo argumentativo e tem como


intencionalidade apresentar o ponto de vista do(a) locutor(a) do texto acerca de algum assunto
relevante socialmente. Circula, em especial, em jornais, revistas e sites da internet, e pode tratar
de temas polêmicos, em que são apresentados fatos, dados estatísticos e discursos de autoridade
para fundamentar a tese apresentada.
Por meio da linguagem verbal escrita, as pessoas possam intervir socialmente para
contribuírem com os debates que estão em voga, oferecendo subsídios para que outros também se
posicionem a respeito de questões importantes, que vão desde aquelas relacionadas à política, à
educação, ao meio ambiente, até àquelas de âmbito internacional, ou voltadas aos valores sociais
e à ética. Nesse sentido, qualquer assunto pode ser trabalhado em um artigo de opinião.

Características: conhecido pelo seu caráter argumentativo, possui uma linguagem formal de
acordo com as normas gramaticais brasileiras, aborda temas variados e de extrema relevância
social. As principais características deste gênero são:
• título criativo e chamativo;
• linguagem formal;
• uso da 3° pessoa (objetividade) ou 1° pessoa (subjetividade);
• verbos conjugados no presente do indicativo;
• relação de causa e efeito;
• ausência de marcas da oralidade;
• linguagem assertiva para convencer o leitor;
• contra-argumento que reforce o argumento;
• ligação dos fatos com o passado;
• contato com o leitor.

Estrutura:
• Título: o gênero possui título obrigatório e, como dito no tópico anterior, ele dever ser
criativo e chamativo para incentivar a leitura do texto.
• Assinatura: identificação do autor do texto. Pode constar no início ou ao final do artigo.
• Introdução: refere-se à contextualização e apresentação do tema que será discutido, o
autor do artigo pode optar por apresentar um contexto histórico, citar alguma música ou
ditado popular e até mesmo uma notícia de jornal recente. Em seguida, é preciso expor o
tema abordado e a tese, isto é, o posicionamento a ser defendido.
• Desenvolvimento: após contextualizar sobre o tema e expor o ponto de vista (tese), é
necessário apresentar argumentos que sustentem o posicionamento defendido. O ideal é
apresentar de dois a três argumentos, cabendo até um contra-argumento que deve reforçar
o último. A argumentação deve ser desenvolvida por meio de análise crítica que apresente
o argumento e exemplos que o justifique e o comprove. Vale lembrar que o melhor
argumento deve ser utilizado por último, a fim de convencer o leitor.
• Conclusão: ao finalizar, deve-se retomar a tese, posicionamento inicial assumido. Na
sequência, se o autor assim desejar, apresentar uma proposta de solução.

ANÁLISE DO TEXTO:

MULHERES PRECISAM QUERER MAIS


Luiza Nagib Eluf
O último censo do IBGE mostrou que as mulheres têm, em média, mais dois anos de
educação que os homens. Mas, em que pese esse diferencial positivo, os salários pagos às mulheres
ainda são, em média, 30% menores que os dos homens, na mesma função. Outra constatação
intrigante é a de que, quanto maior o nível educacional, maior a diferença entre os rendimentos
masculinos e femininos.
Sabemos que o patriarcalismo se sustenta na pobreza da mulher. A ideia é que as mulheres
não tenham dinheiro nem poder, precisem vender seu corpo para se sustentar, seja pela prostituição
ou pelo casamento. Além disso, essa pesquisa mostrou que não basta ter mais educação formal
para que a violência doméstica diminua. A correlação de forças entre os gêneros continua desigual
e as mulheres permanecem sofrendo discriminações, tanto no espaço público quanto no privado.
O Brasil já tomou várias medidas para promover a igualdade de gênero. Começou pela
Constituição federal, que estabelece direitos iguais, reconhece a união estável, cria a licença-
paternidade, equipara os direitos dos filhos independentemente da situação dos pais. Vieram,
também, as Delegacias de Defesa da Mulher, o crime de assédio sexual, a Lei Maria da Penha, as
Varas de Violência Doméstica. Entendemos que a opressão feminina é milenar e não será banida
do dia para a noite, mas com as possibilidades que temos hoje é de espantar que a maioria das
mulheres ainda esteja em tamanha desvantagem. Em outras palavras, a marcha para uma vida
melhor está devagar demais.
A dominação masculina transformou o mundo num lugar hostil às mulheres. Nos mínimos
detalhes, as atividades profissionais remuneradas são organizadas para causar desconforto à
mulher. Os ambientes são rígidos, os banheiros são sujos, o relacionamento com os outros é
impessoal, os termos linguísticos são rudes, a nomenclatura dos cargos de comando está no
masculino, as roupas são controladas e criticadas, isso tudo sem falar do assédio sexual ou moral,
de forma que as mulheres sintam medo de ser mulheres. Assim, diante de tantas dificuldades,
muitas desistem antes de tentar, outras alcançam uma posição razoável e se conformam; apenas
algumas poucas ousam lutar para chegar o mais alto possível. É difícil resistir à tentação de se
acomodar, de aceitar a subalternidade ou dedicar-se apenas ao marido e aos filhos.
Sim, gostamos de ser mães, de cuidar da casa e dos outros, mas isso não engloba todos os
nossos anseios. Precisamos também de independência financeira, sexual e profissional, de
respeito, de dignidade e de reconhecimento social. Para escapar da violência e mudar a correlação
de forças temos de estar no poder. Mesmo que esse poder, instalado por homens para o bem dos
homens, não seja o nosso ideal de vida. Ainda que pareça difícil suportar as contrariedades do
ambiente hostil, não será possível evitar esta etapa evolutiva: ocupar os espaços para depois fazer
as transformações. Enquanto as mulheres não tiverem a clareza de que é preciso querer mais,
ambicionar o máximo e não se contentar com o mínimo, os bons níveis de escolaridade não serão
suficientes para vencer a imposição de inferioridade.
Por outro lado, não podemos prescindir da colaboração dos homens nessa árdua jornada. E
eles precisam começar modificando a forma como encaram as relações afetivas. Sobre esse tema,
David Servan-Schreiber, médico francês que escreveu dois livros para contar sua luta contra o
câncer, sintetizou o assunto na obra Podemos Dizer Adeus Duas Vezes. Depois de muita meditação
e durante os momentos finais em que passou a rever sua vida, reconheceu que não soube amar as
mulheres como gostaria de ter amado. Em suas palavras: "Quando eu era muito jovem, tinha a
cabeça cheia de ideias imbecis sobre o assunto. Para mim, amor era coisa que o homem impunha
à mulher, pois ela era por essência recalcitrante. O único modo de agir era subjugá-la. Uma história
de amor era em primeiro lugar uma história de conquista, depois uma história de ocupação. Pura
relação de força, na qual o homem tinha interesse em se manter na posição dominante. Nem pensar
em deixar-se levar, mesmo depois de ela se render. Como a dominação era ilegítima, ele devia
vigiar constantemente sua conquista, devia mantê-la sob sua influência, se quisesse evitar que ela
se rebelasse. Impossível imaginar uma relação harmoniosa, uma relação baseada na troca ou numa
igualdade qualquer dos parceiros. Ainda me pergunto de onde me vinham aquelas ideias idiotas
que deterioraram minhas histórias de amor até por volta dos meus 30 anos. Eu me esforçava por
me comportar como potência ocupante. Minha busca amorosa se resumia à procura de um território
para conquistar. Resultado: eu amava, às vezes loucamente, mas não era amado. Ou mesmo
quando o era, não me autorizava a me sentir amado. Porque, nesse caso, precisaria depor as armas.
Que tristeza ter perdido tanto tempo e tantas oportunidades de felicidade! Por fim, acabei me
desvencilhando daquelas ideias grotescas, dei um salto quântico que me projetou anos-luz, num
universo encantado em que as mulheres são dotadas de inteligência e conseguem compartilhar
comigo uma infinidade de interesses comuns. Finalmente, fui capaz de viver verdadeiras histórias
de amor, com mulheres que eram iguais a mim, humana e intelectualmente. Consegui abandonar
o frustrante papel de tutor. Aprendi que há muito mais prazer em dar e receber do que em dominar
ou impor-se pela sedução".
Talvez seja isso que nossas escolas tenham de ensinar para que os níveis de instrução formal
possam fazer alguma diferença.

ANALISE E COMPREENSÃO DO CONTEÚDO:

1. Identifique no texto acima os seguintes elementos:


a. Introdução:
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b. 3 argumentos que sustentam a tese (opinião da autora) defendida no texto:
I. Argumento 1:
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II. Argumento 2:
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III. Argumento 3:
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c. Conclusão
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d. Assinatura:
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2. Segundo o artigo, as mulheres recebem menos que os homens, mesmo exercendo a


mesma função e tendo os mesmos níveis educacionais. Porque isso ocorre?
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3. As medidas tomada pelo governo são efetivas para promover a igualdade de gênero?
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4. Segundo a autora, como as mulheres são tratadas em seu ambiente de trabalho?


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5. De acordo com o texto, como as mulheres devem se impor para combater o machismo?
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6. Qual o papel social da mulher construído desde o inicio dos tempos? Você acha que é
uma divisão justa?
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7. O que você acha da exposição da mulher na mídia? Qual imagem tal exposição emite?
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TEXTO 2: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO:

FEMINISMO, PARA QUE TE QUERO


Sandra Cunha
Porque é que precisamos do Feminismo? Porque é preciso acabar com todas as
discriminações e desigualdades. Porque é urgente erradicar a violência contra uma parte da
população baseada no sexo com que nasceu. Porque exigimos as mesmas oportunidades, o mesmo
respeito e a mesma dignidade que é concedida aos homens.
Apareceram um pouco por todo o lado e têm até uma página no Facebook. São mulheres
sorridentes, supostamente independentes, informadas e realizadas que seguram cartazes onde se
lê: 'Eu não preciso do feminismo porque' As razões que apresentam revelam de imediato que a
concepção que têm do feminismo e da luta feminista é errônea e baseada em estereótipos
perpetuados pelo paradigma paternalista ainda dominante na sociedade. Orgulhosas da sua
condição de mulher, e ainda bem, afirmam não precisar do feminismo porque os homens das suas
vidas as amam e respeitam, porque acreditam na igualdade e não na supremacia, porque gostam
de cozinhar, limpar, coser e não precisam de ser libertadas das atividades que lhes dão prazer,
porque não se sentem oprimidas pela sociedade, porque um assobio não iguala uma violação ou
assédio, porque são confiantes, determinadas, bem sucedidas (seja lá o que isso for...), porque são
fortes o suficiente para admitir que de vez em quando precisam dos homens, porque não são
vítimas.
Estas afirmações demonstram a existência de uma enorme confusão em torno do feminismo
e do que significa ser feminista. O feminismo não advoga a supremacia da mulher em relação ao
homem nem a sua superioridade em qualquer campo ou atividade. Não pretende retirar direitos ou
estatuto aos homens para os dar às mulheres. Não demoniza os homens e idolatra as mulheres.
Não pretende criar diferenças no sentido oposto. Não defende a vitimização das mulheres.
O que move a luta feminista é a simples ideia de que qualquer pessoa, independentemente
do seu género, seja tratada da mesma forma e tenha as mesmas oportunidades e direitos. Trata-se
da defesa dos direitos das mulheres com base na igualdade política, social e económica.
Mas porque precisam as mulheres de ser defendidas, perguntarão as autointituladas anti-
feministas.
Porque a igualdade entre homens e mulheres está ainda longe de ser alcançada. A
desigualdade entre géneros é, aliás, gritante e nem precisamos tomar como exemplo as atrocidades
cometidas contra mulheres em países em desenvolvimento. Também aqui, nas ditas sociedades
desenvolvidas, ou modernas, é vedada, às mulheres, a igualdade de oportunidades e a igualdade
de direitos. O período de crise que Portugal e a Europa atravessa veio aprofundar ainda mais as
desigualdades e o futuro não augura que se dissipem por magia.
Não será por algumas mulheres terem na sua vida, homens que as amam e respeitam, que
podemos apagar os números da violência contra as mulheres. Só em Portugal, no ano de 2013,
morreram perto de 40 mulheres vítimas dos companheiros, namorados ou maridos. Se existe
também violência contra os homens? Existe pois, mas as mulheres continuam a ser as vítimas
maioritárias na violência doméstica e no namoro.
Não será por algumas mulheres não se incomodarem com piropos ou assobios na rua, que
podemos ignorar que são as mulheres as principais vítimas do assédio sexual. Na rua, no trabalho
ou na comunidade a mulher, simplesmente porque é mulher, é sujeita a todo o tipo de
manifestações que atentam contra a sua privacidade e dignidade.
Não será por algumas mulheres serem bem sucedidas no mundo do trabalho que podemos
escamotear o facto das mulheres, na sua quase globalidade, continuarem a ganhar menos, a ter
menos segurança no trabalho e a atingir menos lugares de topo do que os homens. A diferença
salarial em Portugal entre homens e mulheres ronda os 18%. Quando se olha para níveis superiores
de qualificação e, ,sobretudo para quadros superiores a diferença sobe para 29%. Para trabalho
igual, salário igual. É isto que defende o feminismo.
Não será por algumas mulheres fazerem caminho na política que podemos esconder a
realidade de uma cultura machista e paternalista que condiciona a disponibilidade das mulheres e
mina as suas hipóteses de ascensão a cargos de poder. A nível mundial, apenas 21,4% dos lugares
nos parlamentos e 8% dos lugares executivos são ocupados por mulheres.
Não será por algumas mulheres gostarem de executar as tarefas domésticas que podemos
fingir que para muitas, não se trata de uma escolha, mas sim da imposição de uma condição
ancorada na separação de papéis de género. E sem efetiva liberdade de escolha não existe
igualdade.
Não será por algumas mulheres viverem confortavelmente que podemos negar que apesar
das mulheres corresponderem a metade da população mundial, representam 70% das pessoas a
situação de pobreza no mundo. Como não podemos esquecer o tráfico e a exploração sexual
perpetrados maioritariamente sobre mulheres. A mutilação genital feminina ou o casamento
forçado de meninas, as violações em grupo na Índia ou os crimes de honra no Paquistão.
Porque é que precisamos do Feminismo? Porque é preciso acabar com todas as
discriminações e desigualdades. Porque é urgente erradicar a violência contra uma parte da
população baseada no sexo com que nasceu. Porque exigimos as mesmas oportunidades, o mesmo
respeito e a mesma dignidade que é concedida aos homens. Nem mais nem menos. Apenas
igualdade.

LEITURA E INTERPRETAÇÃO DO TEXTO:

1. No texto “Feminismo, para que te quero” a autora defende um ponto de vista sobre a
importância do feminismo hoje. Qual o ponto de vista que ela defende?
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2. Porque a autora afirma que as mulheres que se dizem orgulhosas de ser mulher
compreendem o feminismo de maneira errônea? Quais argumentos apresentados por elas
para não precisar do feminismo?
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3. Na concepção da autora, o que é o feminismo?


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4. Ainda segundo o texto, porque o feminismo é necessário?


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5. Você concorda com a opinião apresentada pelo artigo? Discorra sobre.


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6. Em que a autora do texto se baseia para que seus argumentos sejam validos?
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7. Geralmente, em textos de opinião, o autor apresenta um contra-argumento para depois


apresentar o argumento que dá suporte ao seu ponto de vista. Qual linha de pensamento
contraria apresentada pela autora? Quais os principais argumentos apresentados por eles?
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8. Sabemos que em artigos de opinião o autor geralmente utiliza frases apelativas ou


expressivas. O autor deste texto se utiliza desse recurso? Indique uma frase em que ele
esteja presente.
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9. Qual argumento mais convincente, na sua opinião, que o autor utiliza?


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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

As Orações Subordinadas Adjetivas são aquelas que exercem a função sintática de adjetivo.
Geralmente, são introduzidas por pronomes relativos (que, quem, qual, quanto, onde, cujo, etc.),
os quais exercem a função de adjunto adnominal do termo antecedente. Exemplo:

• “Admiro alunos estudiosos” (adjetivo)


• “Admiro alunos que estudam” (oração subordinada adjetiva. Isso porque possui a função
sintática de um adjetivo, que é atribuir qualidade ao nome).
As orações subordinadas adjetivas podem ser explicativas ou restritivas.

I. Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas: Separadas por vírgulas, as


orações subordinadas explicativas, como o próprio nome já indica, explicam melhor ou
esclarecem o termo ao qual se referem. Exemplos:

O exame final, que estava muito difícil, deixou todos apreensivos.

Oração Principal: O exame final deixou todos apreensivos.


Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: que estava muito difícil.

João, que é o mais calmo da turma, surpreendeu a todos.

Oração Principal: João surpreendeu a todos.


Oração Subordinada Adjetiva Explicativa: que é o mais calmo da turma.
II. Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas: Ao contrário das orações explicativas, as
orações restritivas restringem ou delimitam o significado de seu antecedente, e não são separadas
por vírgulas. Exemplos:

As pessoas que são racistas merecem ser punidas.

Oração Principal: As pessoas merecem ser punidas.


Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: que são racistas.

As pessoas que não leem costumam ter mais dificuldade com o conteúdo.

Oração Principal: As pessoas costumam ter mais dificuldade com o conteúdo.


Oração Subordinada Adjetiva Restritiva: que não leem.

ATIVIDADES DE FIXAÇÃO

1. O que são orações adjetivas? Dê um exemplo.


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2. Qual a diferença entre oração restritiva e explicativa? Dê um exemplo de cada.


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6. Transforma os adjetivos em orações subordinadas adjetivas, fazendo as modificações


necessárias:
Exemplo: O professor elogiou os alunos participantes. (Adjunto Adnominal)
O professor elogiou os alunos que participaram (oração Adjetiva)

a) Foi uma atitude ofensiva.


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b) Ele é uma mulher consciente de seus direitos.
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c) Receberam aplausos surpreendentes.
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d) A vizinha é muito querida.
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e) Essa é uma verdade desconhecida.
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7. Levando em consideração as características que demarcam as orações subordinadas


adjetivas, leia, analise e descreva as diferenças de sentido que há nos enunciados.
Abordadas tais diferenças, classifique as orações.
a) Ela visitará o primo que mora em Brasília.
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b) Ela visitará o primo, que mora em Brasília.
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8. Observe os dois enunciados que seguem:


I) Os prisioneiros, que tiveram bom comportamento durante o ano, poderão passar o Natal
com a família.
II) Os prisioneiros que tiveram bom comportamento durante o ano poderão passar o Natal
com a família.
Sobre eles é correto afirmar:

a) ambos têm o mesmo significado;


b) ambos têm significados opostos;
c) o enunciado I é o que agradaria a todos os prisioneiros;
d) o enunciado II é que beneficiaria a todos os detentos sem exceção;
e) o enunciado I quer dizer que nem todos os prisioneiros tiveram bom comportamento
durante o ano todo.

ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL:


Com base nas discussões realizadas durante as aulas, e seu conhecimento de mundo, produza um
artigo de opinião a luta das mulheres pela igualdade de gênero, argumentando sobre as seguintes
questões:
- Você acha que as lutas que buscam igualdade de gênero são necessárias?
- Na sociedade atual, você acha que as mulheres já conseguiram alcançar os mesmos direitos que
os homens?
- Como a mulher é vista na sociedade atual?
- As ações realizadas pelo governo tem ser tornado efetivas?
- Você concorda com as lutas que vem sendo travada pelas mulheres nesses últimos tempos?
- Como nós, cidadãos, podemos contribuir para um mundo mais igualitário?
O texto deve ter no minimo 20 linhas e apresentar ao menos 2 argumentações sólidas para defender
sua tese.

DICAS PARA PRODUZIR UM ARTIGO DE OPINIÃO


1. Escolha e definição do tema
Para fazer um artigo de opinião, o tema deve estar definido. Ele é o assunto sobre o qual o autor
dissertará. Para isso, o artigo será feito para um meio de comunicação; já existe uma pauta definida,
ou é um tema livre de um trabalho escolar?
Obs.: tema e título são duas coisas diferentes. O primeiro está relacionado com o assunto, e o
segundo é o nome que será dado ao texto.

2. Pesquisa e busca de argumentos


Não basta saber qual o tema, e não possuir argumentos sobre ele. Sendo um texto opinativo, é
importante sustentar o ponto de vista baseado em argumentos. Por isso, a pesquisa profunda e
atualizada, seja nos livros da biblioteca, ou nos sites da internet, deve ser o próximo passo para
escrever um artigo de opinião. Anote tudo o que for interessante e vá, gradualmente, construindo
e dando corpo ao texto. Mas, não se esqueça: você deve formar sua opinião sobre o assunto e não
copiar a de outros, pois isso é considerado plágio!

3. Recorte do tema
Imagine que o artigo de opinião para fazer é um tema dado pela professora e que é super
abrangente: racismo no Brasil. Note que podemos falar muitas coisas sobre o racismo no Brasil,
por exemplo, a origem, a história, alguns casos, o racismo na atualidade, etc. Assim, é essencial
fazer um “recorte” para focar somente em alguns aspectos do tema. Isso facilita a escrita do texto,
evitando se perder em tanta informação.
4. Seleção do material
Agora que o “recorte” já foi definido, a seleção do material que será utilizado fica mais clarificada.
Não se esqueça de selecionar tudo para depois utilizar, se necessário, a bibliografia, no final do
texto. Importante ressaltar que a seleção feita deve conter dados atualizados sobre o tema.

5. Produção de texto
De acordo com a estrutura do texto de opinião - introdução, desenvolvimento e conclusão - é a
hora de produzir o texto em linguagem formal. A coesão e a coerência são dois mecanismos
fundamentais na construção de um texto inteligível. A coesão está relacionada com a utilização
correta das palavras na ligação entre frases, períodos e parágrafos, os chamados conectivos. Já a
coerência, faz referência à lógica das ideias expostas no texto.

Super Dica
Uma dica muito importante que pode ajudar na escrita de um artigo de opinião é estar familiarizado
com sua estrutura. Para isso, leia diversos artigos desse gênero em jornais e revistas, por exemplo.

Contudo, não basta ler, é muito importante fazer uma leitura racional e atenta. Analise, por
exemplo, os títulos, as introduções, os desenvolvimentos (argumentos, opiniões) do texto e as
finalizações. Se necessário, faça notas sobre algumas coisas que irão te ajudar na produção desse
tipo de texto.

ACESSE O QR Code E ENTENDA


UM POUCO MAIS SOBRE A LUTA
DAS MULHERES.
ESPAÇO DESTINADO À PRODUÇÃO TEXTUAL:
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(20 linhas) ___________________________________________________________________
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