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Entrevista com Gislene Isquierdo

[Tammy]

Gi um prazer enorme ter você com a gente aqui no Elite Minds Summit.

[Gislene]

O prazer é meu, meu Deus do céu vai passar um filme aqui na cabeça nesse bate-papo, que eu já estou
imaginando tudo. Mas eu estou muito feliz por estar aqui com você e com toda essa equipe
maravilhosa, todas essas pessoas buscando se desenvolver. Conte comigo para o nosso bate-papo.

[Tammy]

Maravilha. Então vamos mergulhar um pouquinho, voltar no filme da sua cabeça, contar um
pouquinho para o pessoal como é que foi a sua história com Tony, normalmente eu pergunto onde é
que você estava, qual era o momento da sua vida, o que estava acontecendo na sua vida nesse
momento para você dizer: "Vou lá, vou despencar do Brasil, vou gastar essa grana, vou nos os Estados
Unidos, vou ver esse cara, vou ver esse gigante, vou ver qual é e ver o que acontece." O que estava
acontecendo na sua vida, e qual foi o evento que você foi, quando foi isso, conta um pouquinho da sua
experiência do que passou nesse momento, direto do túnel do tempo, nem lembro quantos anos.

[Gislene]

Direto do túnel do tempo mesmo, deixa eu só fazer uma pergunta para você, a primeira galera que
você levou foi quando?

[Tammy]

2012, março de 2012.

[Gislene]

E a segunda?

[Tammy]

Novembro de 2012.

[Gislene]

Foi novembro de 2012. Pois é eu sou da segunda leva, a segunda turma. E meses antes, eu acredito
que em março de 2012, eu estava fazendo um curso em São Paulo, e lá eu conheci duas pessoas que

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foram bastante importantes para eu te conhecer depois, uma delas foi o André, e ele já te conhecia
não sei como, e ele falou: "Eu tenho uma amiga que está organizando uma turma de brasileiros para ir
para os Estados Unidos no evento do Tony Robbins." Daí eu: "Ah legal, nunca fui para os Estados
Unidos. Quem é Tony Robbins?" Eu não sabia quem era. Fui lá no Google, descobrir quem era,
pesquisar: "Puxa bastante interessante, gostei do conteúdo, gostei da forma que ele se comunica,
vamos providenciar isso." Mas entra a segunda pessoa importante, foi a Patrícia, eu não tinha
passaporte, eu não sabia como tirar passaporte, e eu não tinha dinheiro.

Daí eu falei: "Vamos lá, quem quer dá um jeito, quem não quer dar uma desculpa, e eu quero, agora
eu quero, eu descobrir que é legal, eu quero." E aí a Patrícia super me ajudou, ela morava em São
Paulo, eu moro em Londrina no interior do Paraná, ela me ajudou na logística toda para eu tirar o
passaporte enfim, fiz trabalhos a mais para eu levantar a verba e ir. E nesse momento na minha vida,
foi um momento bastante delicado porque, nós tínhamos acabado, nós eu digo eu e minha família,
nós tínhamos passado por um momento muito desafiador, foi a perda do meu pai, e seis meses depois
que meu pai faleceu, fruto de um acidente de carro, eu convenci o meu esposo Júnior, a ir morar
dentro da casa da minha mãe, então eu estava em uma fase que eu viajava demais a trabalho, São
Paulo, Rio, Espírito Santo, Brasília, porque eu queria alavancar a carreira e o negócio, que era de dar
treinamentos corporativos, até então foco era 100% esse, e eu falava assim: "Eu vou me posicionar
melhor no mercado de Londrina, se eu passar atender empresas multinacionais em outros estados."
Então que eu viajava demais. Convenci o Júnior a ir morar junto com a minha mãe. Nós moramos dois
anos e ele fala que foi 30, mas tudo bem, porque foi uma fase muito desafiadora, então como eu
viajava muito para fazer esse salto na carreira, eu ficava pouco tempo com a família, e nós estávamos
no momento de reinvestir, dentro da família por conta da morte do meu pai, eu sei que estava uma
loucura, se você analisa racionalmente péssimo momento para ir em um evento nos Estados Unidos,
com uma pessoa que você nem conhece, um grupo de pessoas que você nem conhece. Mas foi um
passo assim importantíssimo da minha vida, não somente pelo UPW, que foi maravilhoso, insano e
maravilhoso, mas porque depois eu descobri que tinha outro que era o Date With Destiny, que daí foi
uma chave mais importante ainda para mudança não só do meu negócio mas principalmente do meu
relacionamento familiar.

[Tammy]

E quando que você foi ao DWD?

[Gislene]

Um ano depois. Então em novembro logo em seguida tinha o DWD, mas assim sem chances de
impossível naquele momento. E um ano depois, eu tinha ido com você várias vezes em outros UPW's

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para ajudar, para trabalhar como crew, e um ano depois o Júnior, meu esposo já tinha feito o UPW, eu
falei: "Agora podemos fazer o DWD juntos." E foi realmente onde eu tive o meu grande salto, a minha
grande ruptura, porque eu passei a olhar para aquilo que eu fazia que estava destruindo meu
relacionamento familiar, e eu não sabia, não tinha ideia do que era.

[Tammy]

E o que foi a coisa que mais te marcou, principalmente no DWD, o UPW foi importante, foi você foi
uma descoberta talvez, tem alguma coisa que tenha marcado, uma frase que Tony tenha falado, ou
talvez até algo que aconteceu no evento que não necessariamente foi algo que o Tony falou, um
exercício, e no DWD, que foi um marco na sua vida antes e depois, principalmente na sua vida pessoal,
no relacionamento pessoal, quais foram os conceitos, quais foram os aprendizados, quais foram as
fichas que caíram, e como que mudou sua vida, ou seja, o que passou a acontecer depois que você
teve essa vida de chave.

[Gislene]

A principal foi a questão da energia feminina e da energia masculina, e que isso independe da questão
do gênero da pessoa, mas para mim enquanto mulher, enquanto esposa, foi assim uma grande
ruptura, porque para eu fazer tudo o que eu fazia no ambiente corporativo, eu tinha que ter uma
energia masculina muito forte, para me posicionar, para o mercado não passar por cima de mim, para
eu conquistar o meu lugar no mercado, e tudo que já vinha acontecendo profissionalmente, um ano
depois a minha empresa estava bem estabelecida, ajustando toda a parte financeira, ainda sem
condição de fazer um investimento que precisávamos fazer para no Date Destiny o casal, mas nós
demos um jeito e fomos. E quando lá juntos, e o relacionamento estava bem frágil, quando o Tony
falou da energia masculina e feminina, eu pensei: "Eu estava colocando toda a responsabilidade só no
Júnior." Então assim: "Ah não está dando certo, por causa do Júnior." E eu estava maravilhosa, bem na
fita, perfeitinha, e eu falei: "Não, espera aí, olha aqui a minha responsabilidade é muito gigantesca."
Para fazer acontecer na carreira uma super energia masculina, eu chegava em casa, super energia
masculina, mandando, uma comunicação mais agressiva, mais firme, mais incisiva, porque eu falava:
"Isso aqui é o que dá certo."

Mas dá certo em um contexto, dá certo num grupo, dá certo numa situação específica, em outra a
mesma estratégia que no contexto era super eficaz, no outro era super devastadora. E aí eu percebi
que quem estava devastando era eu com o meu comportamento, e essa foi a chave que eu pensei
assim: "Depende de mim e no que depende de mim eu quero fazer dar certo." E eu me lembro
quando conversamos sobre ir para o Destiny não, inclusive a Le conversava bastante, ela falava assim:
"Olha é bom ir o casal, porque a chance de ir só um, ir lá se resolver, terminar e romper com tudo é

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gigante." Eu falei: "Eu não quero ir para terminar, eu quero ir para, ou vamos ou não vamos, ou vamos
juntos mas vamos mesmo vamos fazer acontecer ou não vamos." E o grande ponto foi esse, foi um
pensar assim: "Depende de mim, tem a minha responsabilidade, eu preciso mudar essa energia que
eu estou conduzindo o relacionamento e não só com o Júnior enquanto esposa, mas também com o
Júnior enquanto mãe, porque eu também tomava posse de um papel dele enquanto pai." E isso ia ter
consequências para a vida, não só minha, mas dos filhos também.

[Tammy]

Claro, e o que mudou, como mudou, onde é que vocês estão, onde que vocês estiveram logo depois e
onde vocês estão hoje, em termos de casal, família de uma maneira geral.

[Gislene]

No próprio evento nós redescobrimos a paixão, enquanto psicóloga eu já sabia que para um
relacionamento dá certo, preciso de três coisas no mínimo, é amor, paixão e inteligência. Tinha amor,
tinha respeito, tinha paixão, não nós vivíamos de uma forma fria, ele queria resgatar mas eu tinha
perdido o encanto naquele momento, mas ao mesmo tempo é o amava demais eu não queria romper,
e a inteligência tinha mas não era exatamente a inteligência que precisava, porque por exemplo faltava
esse conhecimento para eu poder usar da inteligência no relacionamento.

E eu passei a ser muito mais feminina, muito mais romântica, me permite ser cuidada, eu era muito
autossuficiente: "Ah eu quero, eu vou lá eu faço." E eu ia fazendo, passando por cima, porque tinha
que ser, por conta de toda minha história, você olha, você fala: "E entendo porque ela desenvolveu
esse comportamento, porque ela foi se adaptando desse jeito, para literalmente conseguir sobreviver."
Mas agora que o tinha me ajudado estava matando meu casamento, e eu não queria matar meu
casamento.

[Tammy]

Na verdade Gi, existe muito isso, e isso é algo muito interessante dentro do DWD, quando Tony traz a
questão da energia masculina e energia feminina, entender isso no nível mais profundo porque muita
gente, se você olhar pela superficialidade da coisa você pode pensar: "Mas espera aí, mas as mulheres
precisam ser independentes autossuficientes." Isso é o que é ensinado hoje, e realmente elas
precisam, mas existe uma linha muito tênue entre você ser independente e autossuficiente, e você
não aceitar um gesto de uma energia masculina, um gesto de cuidado, um gesto de carinho, o homem
é isso ele é o provedor, ele faz para você, por você, ele faz tudo que um homem que ama faz tudo para
mulher, tudo que ele pode dentro do alcance dele para agradar, para fazer uma mulher feliz, agora se
não damos espaço para que isso aconteça, se as mulheres não dão espaço para que isso aconteça, ele
se sente diminuído era isso que acontecia com o Júnior?

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[Gislene]

Era isso que acontecia, e ao mesmo tempo como eu não permitia, ele tentava, não conseguia e
recuava. E quando recuava eu pensava: "Aí está vendo um banana. Aí está vendo, então não vai dar
certo mesmo." Então se quisesse mesmo ia, mas eu não dava espaço, ao mesmo tempo que eu queria
eu não dava espaço, é como se eu falasse: "Oh estaciona seu carro aqui." Mas tinha uma placa dizendo
proibido estacionar e parar.

Isso que você falou é uma confusão que eu percebo muito, então: "Mas espera ai, nós não temos que
nos posicionarmos, nós não temos que ir lá batalhar pelo que queremos, não temos que ir lá e
queimar o sutiã e fazer acontecer." Tem. "A você não pode andar do jeito que você quer, se vestir do
jeito que você quer?" Pode. Mas existe uma linha tênue entre os relacionamentos, e volto a dizer, não
estou falando, o meu relacionamento é um relacionamento hétero, mas isso não é necessariamente
do relacionamento hétero, isso é de qualquer relacionamento, onde você precisa saber navegar,
quando você está no papel mais masculino, e quando você está no papel mais feminino.

Às vezes a gente fala energia, parece que é a energia que vem do além, não, é literalmente um
conjunto de coisas e que como eu falo da autoestima, quando você está mal vaza pelos poros, e vaza
mesmo, vaza na sua forma de falar, na sua forma de olhar, na sua forma de andar, quando você está
em uma energia feminina ou masculina também vaza pelos poros, e engraçado que depois que
aprendemos isso, você começa analisar, você fala: "Hum, energia masculina, nossa muita energia
masculina." E você começa observar isso tanto nos homens, quanto nas mulheres, e não importa se é
hétero se não é, não importa, você fala: "Nossa aquele ali, meu Deus é muita energia masculina. Nossa
aquela mulher ali"

[Tammy]

E ao contrário muitas vezes também. Nó achamos que é muita energia feminina, e às vezes é uma
mulher que tem uma energia feminina, em um lugar onde ela precisa de uma energia masculina,
também não vai funcionar, e o homem com uma energia feminina, em um lugar, em um
relacionamento onde ele precisa estar com uma energia masculina também não vai funcionar, e essa
polaridade é importante, o Tony fala muito sobre isso, que a polaridade é o que atrai, e isso funciona
tanto em ambientes de relacionamento íntimo, quanto em ambiente de relacionamento profissional,
com outras pessoas também, na hora que você tem duas energias masculinas, ainda que seja no
trabalho e os dois vem com uma energia masculina agressiva, vai sair faísca é óbvio. Uma pergunta,
acontecia isso no seu relacionamento, ou não? O Júnior vinha com uma energia masculina e vocês
soltavam faísca, ou ele recuava sempre na maioria das vezes.

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[Gislene]

Ele vinha com a energia masculina, mas eu não arredava o pé, então: "Será que arredar o pé de
repente demonstrar uma fraqueza, é demonstrar uma submissão? Não, aqui não," E não é isso. Então
a partir do momento que eu consegui enxergar, e dar o espaço para ele, porque ele vinha, igual eu
falei, ele tentava, mas eu não recuava. E como ele não queria que o relacionamento terminasse, e ele
percebia que eu não ia recuar, ele recuava e na hora que ele recuava me dava mais raiva ainda, eu
falava: "Ah lá está vendo, agora que não vai dar certo." Era uma insanidade por falta do
autoconhecimento, então quanto que o autoconhecimento realmente com a pergunta certa, com a
informação certa, te ajuda a romper uma barreira que está te impedindo de ter a vida que você quer,
de ter o destino que você quer, de alcançar um objetivo que você quer, e era isso que acontecia. Eu
queria, ele também queria, mas tinha essa barreira que eu não sabia qual era, que eu não enxergava,
talvez até ele enxergasse falava: "Mas, você não permite, você não faz, você não deixa eu falar." Não,
para mim eu estava indo muito bem obrigada, e não estava. E é muito difícil você parar e olhar para
você falar: "Não, espera aí, a responsabilidade é minha." Eu falo muito isso quando eu estou com os
meus alunos, em especial quando você vai falar em público, você está lá dando uma palestra, e fala:
"Nossa que público desinteressado, todo mundo no celular, as pessoas não participaram." A
responsabilidade é sua, você era o comunicador, a principal porcentagem dessa comunicação era sua,
quando eu jogava isso para o meu relacionamento, eu não enxergava isso, eu enxergava no contexto
de falar em público, mas no meu relacionamento pessoal não, eu achava que eu estava muito bem
obrigada, e que a culpa era 100% dele. " É ele que não está fazendo."

[Tammy]

É quase casa de ferreiro espeto de pau, só que em outro contexto.

[Gislene]

E a por isso que você precisa também, não importa o trabalho que você tenha, a profissão em si, o seu
estudo, é importante você também se abrir para o desenvolvimento, é importante você também parar
e falar: "Não espera, isso que eu estou ouvindo ou isso que eu estou lendo, o que que isso tem a ver
comigo, e como que eu posso aplicar." Eu vejo que até mesmo, fazendo um remember aqui, quando
eu estava no UPW, como eram muitas coisas que eu já trabalhava, e falava: " Isso aqui é muito legal,
isso aqui eu consigo aplicar no meu trabalho." Então eu fui aberta, mas não tanto quanto eu fui para
Date Desteny, para o Date Desteny eu fui pensando assim: "Ou vai ou não vai, eu quero que
continuemos juntos, ou vai ou racha." Eu não queria que rachasse, então eu fui aberta. E eu fui aberta
por exemplo: "Tudo bem se eu chorar, tudo bem se eu emburrar, tudo bem se eu ficar muito mal, tudo
bem se eu ficar muito feliz." Então aqueles papéis que eu tenho enquanto profissional, no Date

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Desteny eu consegui deixar todos de lado, e realmente eu vou me abrir: "Aqui eu só sou, sou só eu,
essa sou eu, this is me, é o que tem para hoje, vamos lá, vamos se desenvolver." E tem isso também de
repente você está em um super evento, de repente você que está aqui assistindo essa entrevista
agora, você está no super evento, com um monte de conhecimento, um monte de pessoas
superinteressantes, e você não está aberto como eu não estava lá atrás. De repente você está: "Deixa e
ver o que eu aprendo para aplicar no meu trabalho, deixa eu ver aqui que eu aprendo para aplicar lá
nos meus, atendimentos." De repente você psicólogo, coaching não sei: "Não esperai, o que posso
pegar disso tudo e aplicar primeiro em mim." Porque automaticamente quando nos transformamos,
quando eu me transformei, o resultado é muito maior do que aquele que deixa eu só aprender aqui
profissionalmente uma técnica.

[Tammy]

E mesmo quando você vai querer aprender alguma coisa profissionalmente, entre aspas, o Tony fala
muito isso no Business, o negócio depende do dono, e a psicologia do dono é 80% do negócio, então
sempre temos que nos abrir primeiro, ainda que estejamos buscando desenvolvimento profissional,
porque precisamos nos desenvolver pessoalmente primeiro, e estar aberto, olha a diferença que fez
para você estar aberta, você tem aí dois eventos, que você foi, que você vê nitidamente a diferença, o
UPW foi importante, foi importante, foi interessante, foi interessante ,você cresceu, cresceu, mas a
qualidade do seu crescimento, a profundidade do seu crescimento não foi tanta, quanto no DWD, por
causa do que o evento é, o DWD é um pouco mais profundo, mas não, não foi por isso, a maior
diferença foi a sua abertura e a sua receptividade, e isso foi o que fez toda a diferença, e como é que
foi que essa diferença impactou na sua vida, o que é sua vida hoje, como que é, conta um pouquinho,
como é a sua vida hoje na sua família, não só com Junior, não só de casal, mas de uma maneira geral
com a sua família direta, seus filhos, sua família estendida, com amigos, com as pessoas que trabalham
com você, como que isso mudou a sua vida?

[Gislene]

Antes de responder esse lado mais pessoal, eu vou voltar no profissional porque quando eu fui para o
UPW, eu tinha chamado o Júnior para vir trabalhar junto comigo, eu já tinha a minha empresa, já dava
treinamentos, mas eu faltava tanto na entrega que eu fazia, que a parte administrativa por exemplo eu
não fazia. Eu fazia um treinamento em uma super multinacional, e ela não pagava, não pagava porque
eu não emitia nota, eu não fazia a parte administrativa, então eu trabalhava muito mas eu tinha um
monte estava precisando me pagar, mas não é porque eles eram inadimplentes nem nada disso. E eu
falei: "Júnior, vem trabalhar comigo." Então você imagina, 2012, 2013 nós estávamos, eu trabalhando
insanamente, viajando, morando junto com a minha mãe, então a educação principal enquanto mãe, a

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minha mãe assumiu, então a avó assume, e a mãe vem de vez em quando, quando eu chegava em
casa era uma reclamação atrás da outra: "Não porque a sua mãe fez isso, não porque o Júnior fez isso."
Eu queria morrer: "Meu Deus do céu, que inferno isso daqui." Eu vendo meus filhos crescerem enfim.
E não nos dávamos bem enquanto casal, como poderia e nem enquanto empresa. Beleza. Fomos para
o Date Desteny, tivemos o nosso grande reencontro, aplicamos tudo que aprendemos todos os dias, é
o que eu falo hoje é melhor do que ontem sempre, ele fala muito: "Progresso é igual felicidade." E esse
é o fundamento básico da psicologia, se você está progredindo, se você é feliz, se você está estagnado
você não está feliz, se você está caminhando para trás, pior ainda mas se você está progredindo
milimetricamente não tem importância, hoje melhor que ontem, você está vivendo a sua essência, a
essência do ser humano então progresso é igual felicidade. Então desde lá para cá, nós estamos nesse
progresso continuo, hoje melhor que ontem, hoje melhor que ontem e sempre. Mas várias vezes nós
precisamos parar, conversar e falar: "Espera." E eu mesmo eu gosto muito de parar e me analisar,
quando eu estou lendo um livro, eu paro: "Não, espera ai, o que isso tem a ver comigo." E daquele
trecho eu transformo em milhares de perguntas para eu responder, para eu ir aberta, para mim
realmente me desenvolver, mais mudou demais. Então hoje temos sim o nosso negócio, muito mais
próspero do que era antes, por conta do Date Desteny? Não, não é isso, não é um curso que tem o
poder de fazer isso com você, mas é você tomar uma decisão de realmente: "Hoje é melhor do que
ontem. Não hoje eu não estou melhor do que ontem." Então eu preciso parar e rever, rever meus
comportamentos minhas atitudes enfim. Meus relacionamentos com a minha família de uma forma
geral melhoraram bastante, porque como eu era muito impositiva: "Não é do meu jeito, vamos lá,
vamos fazer." Às vezes eu não entendia o tempo.

[Tammy]

Você estava falando da diferença que fez para você no seu relacionamento com Junior no seu
relacionamento com as outras pessoas e com a sua família, com sua família você era uma pessoa
muito impositiva e isso fez uma diferença muito grande.

[Gislene]

Com a minha família eu era muito impositiva, então eu tinha aprendido com até mesmo com todos os
fundamentos do coaching e do mercado corporativo, que você tem objetivo, você tem que ir lá, você
tem que fazer acontecer, você tem que ir para cima. Uma ação massiva, beleza, mas muitas vezes você
precisa se colocar no lugar do outro, recuar um pouco, ser mais dócil, mais útil, colher ao invés de
apertar a pessoa para entrar em ação e como eu estava nessa no meio corporativo, fazer acontecer, eu
fazia isso com a minha família também, então eu acabava por querer ajudar me distanciando das
pessoas.

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Então não me ajudou somente dentro do meu trabalho, dentro do meu relacionamento com Junior,
com Gabriela e com a Mariana meus filhos, mas também com a minha família e com os meus amigos
porque se eu fazia isso com a minha família eu também fazia isso com os meus amigos e às vezes eles
nem queriam mais estar comigo falar comigo, porque eu sempre queria ir lá apertar, vamos fazer
acontecer e às vezes o que a pessoa precisava naquele momento era da Gi mas feminina, que
acolhesse, que ouvisse, e que não queria ir lá sair por cima fazendo tudo acontecer.

[Tammy]

E hoje é mais fácil você entrar nesse papel ou melhor dizendo entrar e sair, porque sempre precisamos
entrar e sair nesse papel hoje. É mais fácil você consegue ver isso mais claramente?

[Gislene]

Eu consigo e eu digo que é navegar. Na vida nós temos vários papéis, e na vida nós temos vários
comportamentos. É como se de repente tem a Gi de All-Star, tem a Gi com a roupa de praticar
atividade física, tem a Gi com a luva de Muay Thai que eu gosto de treinar, e tem a Gi que está mais
social. Então do mesmo jeito com você que está agora com a gente por exemplo, então você saber
navegar pelos seus papéis e também sabem navegar entre a energia masculina e a energia feminina
vai fazer a diferença para sua vida como um todo, como fez para a minha, muito provavelmente vai
fazer para quem está assistindo a gente aqui agora também.

[Tammy]

Maravilha. E essa diferença que faz eu considero isso um sucesso dentro, são vários pequenos
sucessos, a vida é feita de vários pequenos sucessos, na minha opinião. Mas cada pessoa tem uma
opinião diferente sobre o sucesso, sobre o que é o sucesso, eu queria saber de você, o que a Gi
entende como sucesso, o que é sucesso para você ter sucesso, prosperar na vida como ser humano,
ter uma vida plena, e qual é o grande segredo?

[Gislene]

Tem dois pontos, ter sucesso e se sentir bem sucedida. Então para mim, ter sucesso é realmente você
tem um objetivo, você ir lá e alcançar aquele objetivo, pode ser um objetivo financeiro, pode ser um
objetivo material, por exemplo quando a pessoa tem determinado carro, se eu tenho a minha casa.
Mas, o mais importante para mim hoje é perceber que enquanto é o caminho para alcançar o sucesso
os meus objetivos, eu me sinto bem sucedida, eu me sinto feliz e realizada por alcançar cada ponto
desses e não só por alcançar mas por perceber que eu estou na jornada que eu decidi construir, na
jornada que eu decido todos os dias trilhar, e não que eu estou no caminho aleatório e não que eu
estou fazendo algo que não é o que eu quero, não, eu decido fazer isso é isso que eu quero.

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Quando você fala nisso de ter sucesso, o que eu penso é tem uma vida UAU. Então para mim tem uma
vida UAU, é ter uma vida onde eu vivo a minha melhor versão todos os dias. Eu posso não ter
alcançado aquele resultado financeiro, aquele resultado profissional, aquele resultado de saúde, mas
se todos os dias eu estou vivendo a minha melhor versão, não a minha versão sabotadora, não a
minha versão agressiva, impositiva, mas essa versão que sabe navegar pelos papéis, que sabe navegar
pelas energias, e se estou bem com as pessoas que são mais importantes para minha vida, que sou eu
mesma, não por egoísmo, definitivamente não. Se não estou bem comigo mesmo, e eu posso estar
super bem com outro, eu acho que eu estou super bem com outro, mas muito provavelmente eu
estou num relacionamento, pode ser amizade, profissional, o seu trabalho, ou afetivo, não importa,
onde você se submete para ter a outra pessoa, então sim primeiro eu preciso estar bem comigo
mesmo, segundo eu preciso estar bem com as pessoas que eu decido amar. Então eu decido amar a
minha família, eu desci do amar o Júnior meus filhos Gabriel e a Mariana, eu decido amar a minha
mãe, meu pai não está mais aqui infelizmente, mas eu decido continuar amando o meu pai mesmo
assim, eu decido amar meus irmãos mesmo que eles sejam absurdamente diferentes de mim, eu
decido amar.

Então quando eu decido amar, eu tenho uma gama de comportamentos que são condizentes do amor
ou não condizentes do amor, então eu decido todos os dias, viver a minha melhor versão estando bem
comigo mesmo e com as pessoas que eu decidi amar, o resto é consequência.

Eu falo muito sobre isso para o Junior, se eu estou bem dentro da minha casa, dentro do meu lar, não é
casa física é lar emocional, eu comigo mesmo e eu com as pessoas que eu decido viver. Se estou bem
aqui, o resto eu conduzo com um pé nas costas mesmo que eu esteja numa subida super íngreme,
cheia de pedras, num sol escaldante ou com chuva, mas beleza. Aqui eu tiro energia para fazer
acontecer, agora você imagina, porque depois disso tudo, em 2015 decidimos ir para internet, mas
imagina eu ligando a câmera falando UAU, seja bem-vinda, mais um episódio para o seu
desenvolvimento e a hora que desliga câmera, que a gente está offline, aqui atrás está uma droga
pura, não dá, não é sustentável. E aí que vem as doenças psicossomáticas por exemplo.

Então o nosso corpo é um só então se eu continuasse como eu estava, ou o meu relacionamento


realmente iria terminar eu ia reconstruir a minha vida, o que é 100% possível, se essa for a decisão da
pessoa ou se eu decidisse continuar, eu não ia ter uma vida, eu teria uma sobrevida, eu ia sobreviver. E
eu acredito do fundo do meu coração que nós nascemos para ter uma vida UAU, eu acredito que no
fundo do meu ser cada pessoa nasceu para viver uma vida UAU e não uma vida medíocre. Naquela
época eu vivia uma vida medíocre. Profissionalmente eu estava feliz, estava fazendo acontecer, mas
dentro do meu lar estava tudo trincado.

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[Tammy]

E hoje você tem uma vida UAU, eu adoro esse conceito seu da vida UAU. Uma última pergunta com
respeito a isso, a vida UAU o que você acredita que seja o fator mais importante para uma pessoa ter
uma vida UAU, alguém que está te ouvindo agora e diga: "Nossa eu quero ter uma vida UAU". Qual é a
sua sugestão para essa pessoa de primeiro passo, é a primeira coisa que eu tenho que fazer, a mais
importante, a primeira peça do dominó que vai fazer com que todas as outras caiam, qual é esse
ponto, qual o fator mais importante?

[Gislene]

Esse ponto, esse fator mais importante, essa primeira gotinha que vai formando todas as outras ondas
é a autoestima, é o amor que você tem por você mesmo e o seu amor por você mesmo tiver frágil,
tiver doente, tiver minado, todas as outras ondas vão doente e minando. Imagina que a essência, ela
está contaminada, e aí depois você pega essa essência contaminada e você vai espalhando para as
outras ondas todas as outras ondas podem acontecer, mas elas estarão comprometidas, porque a sua
essência ela não está saudável, então se uma pessoa não se ama, se uma pessoa não se gosta, se uma
pessoa não se valoriza e pode ser uma fase da vida dela que ela está passando. Não é que a pessoa
nasceu com a autoestima baixa, isso não existe, a pessoa nasceu tímido, isso não existe, não existe
nenhuma pesquisa no universo que eu saiba até hoje, que comprove isso. Existe sim, pesquisas que
comprovam que você, que eu, que nós temos neuroplasticidade, que é a capacidade do nosso cérebro
se moldar, se ajustar. Então esse lance que falamos, é a personalidade do fulano, eu sou psicóloga,
posso falar isso, não existe uma personalidade fixa, dura, você está fardado, essa é sua personalidade o
resto da sua vida, não existe. Todo ser humano pode se transformar, progredir, crescer, é a sua
essência você é feito disso seu sistema nervoso seus neurônios são feitos disso. Então se mesmo que
hoje você esteja numa fase da sua vida onde a sua autoestima esteja doente esteja baixa esteja
fragilizada é possível você se transformar e essa é a primeira onda não adianta as outras. Falamos às
vezes, você vai começar por uma outra vai até dar certo, mas se internamente você não se gostar, não
vai para frente.

[Tammy]

Perfeito, adorei e as pessoas que quiserem conhecer um pouquinho mais do seu trabalho, você fala
justamente sobre isso, você também fala muito sobre autoestima, sobre ter uma vida UAU, se elas
querem seguir se elas querem ter uma vida UAU, onde é que elas te acham?

[Gislene]

No site www.giisquierdo.com tem tudo, desde os livros gratuitos que eu disponibilizo tem material
pago se você quiser tem livro pago também sobre autoestima que lançamos para editora, tem cursos,

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tem mais de 1.200 vídeos gratuitos no YouTube, tem podcast, tem um monte de conteúdo, mas dentro
do site giesquerdo.com você encontra todos eles organizados.

[Tammy]

Maravilha Gi, muito obrigada pelo seu tempo pela sua disponibilidade pela contribuição por tanto
ensinamento e por abrir um pouquinho da sua vida e contribuir com todas as pessoas que estão aqui
participando do Elite Minds Summit.

[Gislene]

Eu que agradeço o convite sou muito grata a você, porque um dia lá atrás você falou em dar essa
oportunidade para minha família e sem imaginar que depois a sua família ia crescer tanto, porque
talvez você que esteja nos assistindo não saiba, mas eu chamo a mãe da Tammy de mãe, virou minha
mãe também. Então lá trás quando teve esse chamado de levar as pessoas, vou organizar um grupo,
com tradução para poder levar meus pais para vivenciarem tudo isso que eu vivenciei, talvez você nem
imaginasse que sua família fez crescer tanto assim, hoje eu chamo de família UAU, então eu me sinto
sua família e me sinto muito feliz por ter participado de tudo isso, e estar hoje aqui, espero do fundo
do meu coração, e que esse meu abrir e essa viagem no tempo tenha contribuído para cada pessoa
que está aqui nos assistindo e uma coisa que eu sempre digo assim se você vai para internet levar um
conteúdo, tem que honrar o tempo da pessoa que está ali te assistindo e do fundo do meu coração eu
fiz isso para honrar o seu tempo que ele está aqui com a gente, e investido o que tem de mais precioso
que é realmente o seu tempo ou se você usa com a sua família ou você usa no seu trabalho você usou
aqui para se desenvolver então obrigada Tammy e obrigada a você que está aqui junto com a gente
nessa jornada.

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