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caderno

Pequenas
leituras
OS GATINHOS DE CELINA
Celina ama os animais. Ela tem uma gatinha chamada
Viola.

Viola teve um filhotinho e Celina o chamou de Fulota.

Viola passa o dia brincando com o Fulota.

Quando Celina chega da escola ela vai correndo pegar


Fulota no colo.

Viola fica perto, olhando sua dona e seu filhotinho com um


olhar mais carinhoso do mundo.
A BAILARINA
Um, dois, três e quatro,
dobro a perna e dou um salto,
viro e me viro ao revés
e se eu caio conto até dez.
Depois, essa lenga-lenga
toda recomeça.
Puxa vida, ora essa!
Vivo na ponta dos pés
É HORA DE HISTÓRIA
Heloísa é a professora de uma turma de crianças de 6
anos. Ela adora contar histórias para seus alunos, no final
do horário, as crianças sentam-se no chão de frente para a
professora, ficam quietinhas e curiosas, aguardam.

A professora começa a história dizendo:


– A história de hoje é “A hiena teimosinha”

A professora conta a história, mostra as gravuras do livro e


faz perguntas, Helio diz:
– Que história legal, professora conta outra.

Heloísa responde:
– Hoje não há mais tempo, amanhã vocês conhecerão a
historia do “hipopótamo comilão”, combinado?
A MARGARIDINHA BRANCA
Margaridinha Branca dormia na sua casa, embaixo da
terra. Um dia, bateram à sua porta:

– Toc… toc…toc… Margarida, sou a Chuva! Quero entrar na


sua casa!

– Não, não, Dona Chuva. Vou ficar toda molhada;

– Chu… Chu…chu… Margarida, sou o Vento! Quero entrar


na sua casa!

– Não, não Senhor Vento. Vou ficar despenteada!

– Flap… flap…flap.. Margarida, sou o Sol! Quero entrar na


sua casa.

– Não, não, Senhor Sol. Vou ficar toda queimada.

Mas, um dia, ela escutou três vozes alegres:

– Toc…toc..chu..chu..flap..flap..Margarida somos a Chuva, o


Vento e o Sol! Viemos buscar você para ver a primavera!.

A Chuva pegou a mão direita da Margaridinha, o Sol pegou


a mão esquerda, o Vento soprou de mansinho e…

Ó maravilha! Margaridinha estava num jardim cheio de


flores. As crianças e os pássaros cantavam:

“ A primavera chegou… A primavera chegou..”


FESTA NO CÉU
Ia ter festa no céu. Quando o urubu avisou o sapo, ele abriu
o bocão e disse:
– OBAAAA!!

O urubu disse:
– Vai ter muita comida.

E o sapo:
– OOOOBAAA!!!
– Vai ser uma curtição: música e dança.

Aí o sapo abriu mais a boca:


– OOOOBAAAAAAA!!
– É, mas só vai entrar quem tem a boca pequena.

E o sapo, fazendo biquinho, disse:


– Coitadinho do jacaré!
A DONA ARANHA

A dona Aranha

subiu pela parede

veio a chuva forte e a derrubou

já passou a chuva

e o sol já vem surgindo

e a dona aranha

continua a subir

ela é teimosa,

desobediente.

sobe, sobe, sobe

nunca está contente!


O CRAVO E A ROSA

O cravo brigou com a rosa


debaixo de uma sacada
o cravo saiu ferido
e a rosa, despedaçada
o cravo ficou doente
a rosa foi visitar
o cravo teve um desmaio
e a rosa pôs-se a chorar
O CASTELO
Estela é uma fada.
Ela mora em um castelo.
As paredes do castelo são de biscoitos.
As janelas são roscas de coco.
As portas são feitas de bolos e suspiros.
As escadas são de goiabada cascão.
Todos os dias Estela vai à cascata do castelo.
A cascata é de suco de uvas maduras.
Você gostaria de ir ao castelo de Estela?
A ENCHENTE
Chama o Alexandre! Chama!
Olha a chuva que chega!
É a enchente.

Olha o chão que foge com a chuva…


Olha a chuva que encharca a gente.

Põe a chave na fechadura.


Fecha a porta por causa da chuva,
olha a rua como se enche!

Enquanto chove bota a chaleira no fogo: olha a chama!


Olha a chispa.
Olha a chuva nos feixes de lenha!

Vamos tomar chá pois a chuva é tanta que nem de galocha


se pode andar na rua cheia !
Chama o Alexandre ! Chama!
ADRIANA ESTÁ FAZENDO 7 ANOS
Seus colegas resolveram fazer uma festa surpresa.
A professora Patrícia preparou tudo para hora do recreio.

Adriana ganhou vários presentes dos colegas e da


professora.

Pedro lhe deu um livro ilustrado; Bruna, um brinquedo;


Breno, um porta-retrato; Cristina, um par de brincos de
estrelinhas; e a professora, uma boneca com cheiro de
frutas.

Adriana ficou muito alegre com a “festa surpresa” e, depois


de soprar as sete velinhas, agradeceu a todos com abraços
e beijos.
A FOCA
Quer ver a foca
Ficar feliz?
É pôr uma bola
No seu nariz

Quer ver a foca


Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha

Quer ver a foca


Comprar uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga

Lá vai a foca
Toda arrumada
Dançar no circo
Pra garotada

Lá vai a foca
Subindo a escada
Depois descendo
Desengonçada

Quanto trabalha
A coitadinha
Pra garantir
Sua sardinha
O LEÃO E O RATINHO
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à
sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear
em cima dele e ele acordou.

Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu


embaixo da pata.

Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de


esmagá-lo e deixou que fosse embora.

Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns


caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta
inteira tremer com seus urros de raiva.

Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu


as cordas e soltou o leão
ARARA
A Arara,
ora, ora, ara, ara.
Azul,
Amarelo,
Vermelho,
Verde e lilás,
Aliás,
A arara possui ainda tantas outras cores
Que também são muito raras.
Olha, olha,
Como é rara,
E quão linda
É a Arara.
SE ESSA RUA FOSSE MINHA
Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Para o meu
Para o meu amor passar

Nessa rua
Nessa rua tem um bosque
Que se chama
Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Que roubou meu coração

Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei
Se eu roubei teu coração
É porque
É porque te quero bem
O QUE É QUE EU VOU SER?
Bete quer ser bailarina,
Zé quer ser aviador.
Carlos vai plantar batata,
Juca quer ser um ator.

Camila gosta de música.


Patrícia quer desenhar.
Uma vai pegando o lápis,
a outra põe-se a cantar.

Mas eu não sei se vou ser


poeta, doutora ou atriz.

Hoje eu só sei uma coisa:


quero ser muito feliz!
A MENINA PEQUENINA
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.
Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.
A LINDA ROSA JUVENIL
A linda Rosa juvenil, juvenil, juvenil.
A linda Rosa juvenil, juvenil, juvenil.
Vivia alegre no seu lar, no seu lar, no seu lar.
Vivia alegre no seu lar, no seu lar, no seu lar.
E um dia veio a bruxa má, muito má, muito má.
E um dia veio a bruxa má, muito má, muito má.
Que adormeceu a Rosa assim, bem assim, bem assim.
Que adormeceu a Rosa assim, bem assim, bem assim.

E o mato cresceu ao redor, ao redor, ao redor.


E o mato cresceu ao redor, ao redor, ao redor.
E o tempo passou a correr, a correr, a correr.
E o tempo passou a correr, a correr, a correr.
E um dia veio um belo rei, belo rei, belo rei.
E um dia veio um belo rei, belo rei, belo rei.

Que despertou a rosa assim, bem assim, bem assim.


Que despertou a rosa assim, bem assim, bem assim.
E os dois puseram-se a dançar, a dançar, a dançar.
E os dois puseram-se a dançar, a dançar, a dançar.
E batam palmas para o rei, para o rei, para o rei.
E batam palmas para o rei, para o rei, para o rei.
CASINHA TORTA

Quem mora na casinha torta?


Sem janelinha e sem porta?

Um gato que usa sapato


E tem um retrato no quarto?

Uma florzinha pequenininha


De sainha bem curtinha?

Um elefante com rabinho de barbante,


Um papel de óculos e chapéu?

Um botão que toca violão. Essa não!


Um pente com dor de dente?
Ai, ai, ai.
O SAPO
O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer.
Ele mora lá na lagoa,
Não lava o pé porque não quer.
Mas que chulé!
O CORVO E A RAPOSA
Um corvo pousou em uma árvore, com um bom pedaço de
queijo no bico.

Atraída pelo cheiro do queijo, aproximou-se da árvore uma


raposa.

Com muita vontade de comer aquele queijo, e sem


condições de subir na árvore, afinal, não tinha asas, a
raposa resolveu usar sua inteligência em benefício próprio.

__ Bom dia amigo Corvo!- disse bem matreira a raposa.


O corvo olhou-a e fez uma saudação balançando a cabeça.

__Ouvi falar que o rouxinol tem o canto mais belo de toda


a floresta. Mas eu aposto que você, meu amigo, acaso
cantasse, o faria melhor que qualquer outro animal.

Sentindo-se desafiado e querendo provar seu valor, o


corvo abriu o bico para cantar. Foi quando o queijo caiu-lhe
da boca e foi direto ao chão.

A raposa apanhou o queijo e agradeceu ao corvo:


__ Da próxima vez amigo, desconfie das bajulações!
FOMOS À LAGOA
Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à
sombra de uma boa árvore. Vieram uns ratinhos passear
em cima dele e ele acordou.

Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu


embaixo da pata.

Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de


esmagá-lo e deixou que fosse embora.

Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns


caçadores. Não conseguia se soltar, e fazia a floresta
inteira tremer com seus urros de raiva.

Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu


as cordas e soltou o leão
HOJE É DIA DE CHUVA
Hoje o dia amanheceu chovendo, eu gosto também de
chuva, ver a chuva caindo nas folhas das arvores, ouvir
caindo no telhado, ver a água caindo fazendo uma
enxurrada pelo meio fio da rua, pensando na água para as
plantas e o abastecimento de rios. que bom!
PIQUENIQUE NO PARQUE
Jaqueline e roque são irmãos.
Sábado eles foram ao parque com seus pais.
Quando chegaram, foram diretamente para os brinquedos.
depois, toda a família foi fazer um piquenique debaixo de
um coqueiro.

Jaqueline colocou a toalha e ajeitou o lanche: pães de


queijo, quibes, sucos, tortinhas e quindins. Eles comeram e
voltaram felizes para casa.
O SAPO CAÇADOR
Olhe um sapo ali, pulando!
Segue para o seu cantinho.
E vai ficar esperando
Que por lá passe um bichinho.
Sentindo o inseto chegar,
O sapo, zás, num instante,
Para o bichinho pegar
Leva a língua bem distante.
E é assim que o sapo caça
Grilo, mosquito, formiga;
Com habilidade e com graça
Vai enchendo sua barriga.
A ÁRVORE DE JOÃO
João é um menino que gosta muito de plantas.
No seu aniversário seu tio disse:
João essa sementinha é um presente para você.

João disse:
Obrigado tio! Vou plantar essa semente no quintal da
minha casa.

Ele plantou a semente na terra e todos os dias ele molhava


e conversava com a sua plantinha.

A plantinha foi crescendo e se tornou uma árvore enorme.


Numa tarde ele viu que estava nascendo uma frutinha e
descobriu que sua árvore era uma laranjeira.

Ele disse:
Oba! Vou poder fazer sucos de laranjas todos os dias!
A CHÁCARA DO CHICO BOLACHA
Na chácara do Chico Bolacha,
o que se procura nunca se acha!

Quando chove muito,


o Chico brinca de barco,
porque a chácara vira charco.

Quando não chove nada,


Chico trabalha com a enxada
e logo se machuca
e fica de mão inchada.

Por isso, com o Chico Bolacha,


o que se procura
nunca se acha.

Dizem que a chácara do Chico


só tem mesmo chuchu
e um cachorrinho coxo
que se chama Caxambu.

Outras coisas, ninguém procure,


porque não acha.
Coitado do Chico Bolacha!
A ESCOLA DA BICHARADA
Na escola da bicharada, dona coruja por ser muito
inteligente, é a professora.

O papagaio fala o tempo todo, por isso ainda não


aprendeu a ler. O macaco só faz palhaçada.

O aluno que dá mais trabalho é o vaidoso pavão. Ele não


fica quieto na carteira e passeia o tempo todo, pra lá e pra
cá.

Um dia o pavão falou:


Como sou lindo! Vejam minhas penas!

O macaco respondeu:
Olhe para seu pés, como são feios!

O pavão olhou para os pés e levou um enorme susto e


ficou muito triste até o fim da aula.
A FESTA JUNINA
Maria e Pedrinho foram à festa junina.
Comeram pipoca, amendoim, milho cozido, pinhão e
beberam quentão.

A festa estava toda enfeitada com bandeirinhas e balão.


A turma ascendeu a fogueira e dançaram de montão.
A FORMIGA VIRIATA
Viriata é uma formiga feliz.
Ela mora num buraco, atrás do canteiro de alface.
Ela anda sempre afobada porque faz entregas na feira.
Hoje ela levou: couve, feijão, farinha e fubá.
Viriata é uma ótima vendedora !
A GALINHA MEDROSA
Logo ao nascer do sol, uma galinha medrosa, que acordou
antes das outras, saiu do galinheiro.

Ainda tonta de sono e meio distraída, viu a própria sombra


atrás dela e levou o maior susto:
- Cocó... cococó... cocoricó... socorro! Tem um bicho
horroroso me perseguindo!

E saiu correndo pra lá e pra cá, toda arrepiada, soltando


penas para tudo quanto é lado.

A barulheira acordou as outras galinhas que, assustadas,


saíram do galinheiro:
- O que foi que aconteceu? Cadê o bicho? Que susto!
Cocoricó... cocoricó... cocoricó...

E saíram correndo pra lá e pra cá, todas arrepiadas,


soltando penas para tudo que é lado.

Só depois de muito tempo e de muita correria é que elas se


deram conta de que não estavam vendo bicho nenhum.
- Onde está o bicho? – perguntou uma delas ainda meio
sem fôlego.
- Ali – respondeu a galinha medrosa e apontou para a
própria sombra.
A GIRAFA GERENTE
A girafa Gean é o gerente de uma loja que vende
guloseimas. Ele vende gelatinas, chocolates, picolé e
sorvete de todos os sabores. Uma delícia!

Gean recebe muitos elogios dos clientes, pois ele está


sempre atendo todos muito contente.

Sua agenda é cheia de compromissos, por isso ele vive de


olho no relógio.
A ONÇA E O SAPO
Um dia o sapo estava à beira da lagoa e chegou a onça.
- Nunca vi bicho tão feio e pequeno! – disse a onça.

Dona onça, eu sei que sou feio e pequeno, mas sou


valente.
- Ah! Então você é valente? Vamos ver quem assusta mais
os bichos da floresta!

A onça urrou o mais que pôde. A bicharada toda


escondeu-se no mato. A onça então falou para o sapo:
-Agora sapo, é a sua vez. Vamos coaxe!

O sapo então coaxou.


Imediatamente, rãs, pererecas e outros sapos fizeram coro.
A onça levou tamanho susto que até hoje está correndo
pela floresta.
O BURRO E O CÃO
Um homem tinha um cão e um burro.
Gostava muito de brincar com o cão. Jogava-lhe gulodices
e fazia-lhe muitas festas.
O burro foi ficando com ciúmes:

- A final, que faz esse cãozinho para ter tantas regalias?


Ele salta em volta de nosso dono,
lambe-lhe as mãos, dá a patinha. Nada de extraordinário.
Posso Fazer igual.
E se bem pensou, melhor fez: Assim que o dono se
aproximou, começou a saltar-lhe ao redor e logo lhe pôs as
duas patas no peito.

O dono, é claro, machucou-se. Furioso, mandou que


recolhessem o burro a pauladas e o amarrassem na cerca.
Muito desapontado, nosso amigo lá ficou a tarde inteira.
No fim do dia, tinha concluído:
- Nada adianta querermos ter talentos que não temos.
Nada sai com graça.
A LEBRE E AS RÃS
Dentro de sua toca, uma lebre refletia sobre a vida( O que
fazer numa toca, senão refletir?):
- As pessoas medrosas são bem infelizes- pensava.- Não
aproveitam a vida.

Sempre sustos, alarmes, desassossegos. È assim que eu


vivo. Esse medo maldito só me deixa dormir de olhos
abertos.

Lembrou-se então de amigos que lhe diziam:"corrija-se".


- È fácil de dizer. O medo não se corrige. Creio mesmo,
sinceramente, que os seres humanos também têm medo.
Ao mesmo tempo que pensava, nossa lebre viajava o que
se passava ao redor: um sopro; uma sombra, tudo a
apavorava.

Meditando assim, ouviu um pequeno ruído. Foi o sinal para


sair correndo.
Perto, havia um brejo onde moravam muitas rãs. Estas, ao
som de um animal, se aproximando, atiraram-se ao brejo,
buscando abrigo nas grotas profundas.
- Oh!- disse a lebre.- Pus tudo em debandada! Será
possível que eu também amedronte alguém? Há animais
que tremem diante de mim?
Nem podia acreditar.
- È.....- convenceu-se afinal.- Não há covarde neste mundo
que não possa encontrar outro covarde maior.
A LUA E A SUA MÃE

A lua pediu á sua mãe que lhe fizesse um


vestido.

- Um vestido?- perguntou a mãe,


espantada.
- Não é possível fazer um vestido para
você, minha filha.
- Por que não?
- Hoje você está gorda, amanhã você está
magra.

Um dia você é lua cheia, outro dia você é


lua nova. E ainda, ás vezes, não é nem
cheia, nem nova.
Impossível fazer um vestido para alguém
como você.

E como a lua teimava, a mãe acabou o


assunto:
- Decida a quantas anda, antes de querer
um vestido.

Isso também é importante para as


pessoas.
Como fazer alguma coisa por alguém que
não sabe direito quem é?
A TARTARUGA E O LEBRE"
- Vamos apostar quem chega primeiro lá onde fica aquela
árvore?-perguntou a tartaruga á lebre.
A lebre riu dela:

-Você está louca? vagarosa como você é! Está se


lembrando que sou um dos animais mais rápidos que
existem?
- Estou, sim. E continuo apostando.
A lebre sabia que era capaz de chegar até a árvore em
quatro pulos.
- Está bem. Depois não diga que não avisei.
Combinaram um prêmio e a lebre deixou a tartaruga partir.
Pastou, escutou de que lado vinha o vento, dormiu- e
enquanto isso a tartaruga ia indo, no seu passo solene.
Tinha consciência de sua lentidão e, por isso, não parava
de andar.
- Essa aposta é indigna dos meus dotes- pensava a lebre.
- Para a vitória ter algum valor, só saindo no último
instante.

Afinal, quando a tartaruga estava quase chegando ao fim


combinado, partiu como uma flecha.
Tarde demais. Quando chegou, a tartaruga já estava lá.
Teve que lhe entregar o prêmio e, por cima, dar os
parabéns.
Mais vale um trabalho persistente do que dotes naturais
mal aproveitados.
O MACACO E O CAMELO
Numa reunião de bichos, um macaco se levantou e dançou.
Fez grande sucesso:

- Como é engraçado !
- Como dança bem !
E todos aplaudiram.
E camelo, com inveja, quis ganhar os elogios.
levantou-se e foi dançar.
Não tinha o menor jeito. embrulhou as quatros patas de tal
maneira que os bichos morreram de rir:
Mas que exibido !
- Por que ele nos ocupa com essas bobagens?
E como o camelo insistia, perderam a paciência e acabaram
por expulsá-lo da reunião.

É perda de tempo invejar as qualidades dos outros.


Cada um tem as suas.
CASAMENTO NO FORMIGUEIRO
Guida, a formiguinha
Para a festa animar
Levará sua guitarra
E canções bela cantar

Debaixo da figueira
Balões vai colocar
E logo soltar foguetes
Quando a noiva passar.
CÁSSIA E O PÁSSARO
O pássaro pousou no pé de pêssego.
Cássia assobiou e o pássaro voou.

Cássia disse:
- Se o pássaro ficasse, eu poderia pegá-lo!

A mãe de Cássia ouviu e falou:


- Não diga isso, menina! Você viveria numa gaiola?

Cássia ficou calada. A mãe dela falou de novo:


- Deixe o pássaro na natureza. Ela é a casa dele.
A FORMIGA E A POMBA
Uma Formiga foi à margem do rio para beber água e,
sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se
afogar.

Uma Pomba que estava numa árvore sobre a água,


arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza perto
dela. A Formiga subiu na folha e flutuou em segurança até
a margem.

Pouco tempo depois, um caçador de pássaros veio por


baixo da árvore e se preparava para colocar varas com
visgo perto da Pomba que repousava nos galhos alheia ao
perigo.

A Formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma


ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua
armadilha e, isso deu chance para que a Pomba voasse
para longe a salvo.

Moral da História: Quem é grato de coração sempre


encontrará oportunidades para mostrar sua gratidão.
O BOI E A RÃ
Um Boi indo beber água num charco pisou em uma
ninhada de rãs e esmagou uma delas.

A mãe das Rãs veio, e, dando pela falta de um dos seus


filhos, perguntou aos seus irmãos o que havia acontecido
com ele.

- Ele foi morto mãe; ainda a pouco uma grande besta com
quatro enormes pés veio à lagoa e pisou em cima dele com
sua pata que era rachada no meio.

A mãe, se inflou toda e perguntou:


- A besta era maior do que estou agora?
- Pare mãe, pare de se inflar - Disse o seu filho - e não
fique aborrecida por tentar, eu lhe asseguro, você
explodiria antes que conseguisse imitar o tamanho daquele
Monstro.

Moral da História: Muitas vezes, coisas insignificantes, nos


desviam a atenção do verdadeiro problema.
A RAPOSA E AS UVAS
Uma Raposa morta de fome, viu alguns cachos de Uvas
negras maduras penduradas nas grades de uma viçosa
videira.

Ela então usou de todos os seus dotes e artifícios para


alcançá-las, mas acabou se cansando em vão, sem no
entanto conseguir.

Por fim deu meia volta e foi embora consolando a si


mesmo desapontada e dizendo:
- As Uvas estão estragadas e não maduras como eu
pensei.

Moral da História: Para uma pessoa vaidosa é difícil


reconhecer as próprias limitações, abrindo assim caminho
para as desventuras.
HISTÓRIA MALUCA
Joãozinho era um menino que morava numa casa dele era
feita de papel. Dentro da casa de papel havia uma
televisão ligada na torneira.
Joãozinho jogava bola com a turma. Sua bola era feita de
ferro.

Todos os dias Joãozinho esperava a hora de jogar futebol.


Seu relógio era feito de tijolo.

Toda a turma esperava Joãozinho para jogar futebol.

Os sapatos dos meninos da turma eram feitos de vidro.


Eles treinavam todos os dias no campo coberto de água.
Eles queriam ser campeões!
O BOTO DIFÍCIL
Vejam, quem cheio de prosa,
vem mergulhar de repente:
é o boto cor-de-rosa!

Não quer ser fotografado,


e quando dizemos:olha o boto!
tímido se vai apressado.

O boto preto é demais!,


Vem só dar uma respirada,
e num segundo volta atrás.

O boto bota mais graça


no rio que é sua alegria
e na cara de quem passa.
O PEIXE-BOI
Ele tem cara de boi,
é grande como um bumbá
e come também capim
e até sabe dançar.

Metade boi metade peixe


trata os filhos com carinho,
e sabe dar de mamar
ao seu enorme filhinho.

O peixe-boi também bóia,


espalha água, um bocado,
e fica tomando sol,
mas nem fica bronzeado.

Ele quase que sumiu,


pois a história diz
que muita gente os matava,
mas hoje vive feliz.
MARICOTA, A VACA VAIDOSA
Dona Vaca Maricota anda muito da aflita.
Botou um laço de fita, uma blusa de cocota.
Olha a Vaca Maricota como ficou esquisita: faz de tudo, se
enfeita, pra ficar muito bonita!
Botou saia de cetim bordada de margarida, pintou a boca
enorme com tinta cor de carmim.

- Sou a vaca Maricota, quero que olhem pra mim!


Calçou luvas e sapatos, meias de seda rendada, a meia era
muito fina, com malha esburacada.

Maricota foi pra feira, toda assim, tão perfumada, com


perfume encharcada de flores de violetas, atrás da vaca
voavam mais de doze borboletas! Aí, a vaca chegou na
feira, numa barraca, comprou um colar "de ouro", imitação
bem barata . . . e ficou ali na feira esperando um gordo
touro, seu amor, seu namorado, seu xodó, lindo tesouro!

O touro veio se chegando e olhou pra Maricota, levou


susto, deu chifrada, avançou na namorada.
Voou laço, voou fita, sapato, cordão de ouro . . .aí . . .sobrou
Maricota, e o touro a reconheceu:
- Maricota, minha vida!
A CASA DA BRUXA
Na casa da Bruxa Tuxa tudo é muito esquisito.
A mesa é uma grande tartaruga; sobre o seu casco a bruxa
almoça e janta. Às vezes a tartaruga sai andando pela sala,
para esfriar a sopa!

A estante é um polvo enorme, que segura uma pilha de


livros em cada braço.
O fogão é um dragão cor-de-rosa, que esquenta as
panelas com seu bafo...

A Bruxa Tuxa não mora sozinha: tem uma cozinheira, uma


secretária e um guarda pra tomar conta da casa.
Sua cozinheira é uma colher de pau, que pula pela cozinha,
mexendo a comida – quando está esquentando com o fogo
do dragão.

A secretária é uma vassoura que atende a porta, fala ao


telefone e ainda leva recados para os bruxos da
vizinhança!

O guarda é um portão de madeira, que só abre quando


gosta da cara da visita...
Na casa da Bruxa Tuxa tudo é diferente. O que devia ser
gente é coisa, e o que devia ser coisa é bicho. Que casa
maluca.
A LÂMPADA QUEIMADA
Na véspera de Natal, um casal fazia um balanço do ano
que estava terminando, enquanto jantava. O marido
começou a reclamar de algo que não tinha ocorrido
exatamente como ele desejava.

A mulher fixou sua atenção numa árvore de Natal que


enfeitava o lugar. O marido achou que ela não estava mais
interessada na conversa e mudou de assunto:

— Bela iluminação desta árvore – o homem disse.


— É – completou a mulher – mas, se você reparar bem, no
meio dessas dezenas de lâmpadas há uma que está
queimada. Ao invés de ver o ano como dezenas de
bênçãos que brilharam, você fixou seu olhar na única
lâmpada que não iluminava nada.
O PRESENTE INVISÍVEL
No dia de Natal, a família inteira se reuniu em torno da
árvore e começou a abrir os presentes.
Contente, a filha entregou uma caixa para o pai.
— Isso é para você, como todo meu amor.

O orgulhoso pai, abriu a caixa, mas ela estava vazia.


Com todo carinho, comentou com a filha:
— Meu amor, sei que você teve a melhor das intenções,
mas na verdade, a vida irá lhe ensinar que não podemos
dar algo que não existe, mesmo que esteja bem
embrulhado, e seja entregue como todo carinho.
Acho que você se esqueceu de colocar algo aqui dentro.
— Você não está vendo?
— Não estou vendo nada, minha filha.
— Pois eu passei uma tarde inteira enchendo-a de beijos!

Os olhos do pais brilharam:


— Claro! Muito obrigado por um presente tão bonito!
E durante o resto da sua vida, sempre que sentia-se
deprimido ou desencorajado, o pai abria a caixa, retirava
um beijo que tinha ali sido colocado, e voltava a ter
coragem suficiente para enfrentar seus desafios.
BICHO PREGUIÇA
A preguiça se atraca
com um galho bem alto,
mas não é macaca
e nem gosta de salto.

Ela não quer saber


dessa gente apressada
que, vivendo a correr,
tem a cara amarrada.

"Trabalhem pessoal,
não façam o que eu faço",
ela diz ao final,
já mostrando cansaço.

"Eu sou vagarosa,


mas não sou preguiçosa".
A LINDA CAPIVARA
Capivara você não é feia,
até que você é bem bonitinha.

Não ligue pra quem fala


da vida alheia
e vive dizendo
que você é esquisita.

Ponha na cabeça
um laço de fita.

Levante o queixo,
encolha essa pança,
bote esse óculos
e para a criançada,
vá fazer festança.
O TATU TOCA
O tatu toca a terra,
faz buraco,
olha pra todo lado,
muito desconfiado
e com cara de assustado
se entoca.

Lá dentro ele toca


o seu violão,
mas a sinfonia
só chama a atenção.

Do lado de fora
tem bichinho,
tem bichão
de queixo na mão
querendo saber
de onde vem a canção.
MERGULHA, MERGULHÃO
Quem mergulha
é mergulhão!

O mergulhão pesca
peixinho ou peixão
ele não é passarinho
ele é mesmo é passarão.

Cric, crac, crec, croc,


onde vai o valentão?
Vai embora pra floresta,
pois peixe já não quer não.

Tem um peixe bem ali,


acho que é um matrinchão,
Eu que não vou mergulhar
isso é com o mergulhão!
A BARATINHA
A baratinha vai andando na panela.
Outra barata vai correndo
atrás dela.

Ai então começa o falatório.


Porque a panela começa a esquentar.
É um tal de ploc, ploc-ploc, ploc-ploc
MACACO
O macaco tão maluco.
Mete medo no matuto.
Um macaco tão matreiro.
Mete medo no mineiro.
Um macaco tão manhoso.
Mete medo no medroso.

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