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“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”
Romanos 12:2
INTRODUÇÃO
Faz parte do senso comum a ideia de que o temperamento nato determina o comportamento do
indivíduo. Esta crença, além de ter um cunho fatalista também exime o indivíduo da sua
autorresponsabilidade. Ao contrário desta falácia, a Bíblia nos ensina que, por meio da ação do
Espírito, há uma força divina para cada fraqueza humana, capaz de transformar as falhas do nosso
temperamento.
DESENVOLVIMENTO
Temperamento não determina destino; ele apenas aponta uma tendência em nós, que é composta
por pontos positivos e negativos. Quando entregamos a nossa vida a Jesus e recebemos o Espírito
Santo passamos a ter poder para vencer esses pontos negativos (Gl 5:16, 2 Tm 1:7-9). Conheceremos
a seguir os quatro temperamentos e aprenderemos como o agir do Espírito pode transformar
nossos relacionamentos.
1. PEDRO, O SANGUÍNEO
2. PAULO, O COLÉRICO
Paulo é o personagem bíblico que melhor ilustra o temperamento colérico. Um ativista prático,
dinâmico, obstinado, extremamente otimista e com muita força de vontade. O colérico é um líder
nato! O seu cérebro está sempre em intenso movimento com ideias e projetos que, geralmente, são
concretizados. Em contrapartida ele é impetuoso, genioso, desobediente, áspero, autossuficiente,
extremamente sarcástico e cruel. Paulo, o colérico, marchava cruelmente liderando a grande
perseguição contra a igreja em Jerusalém (At 8:1).
3. MOISÉS, O MELANCÓLICO
O melancólico é considerado o mais rico de todos os temperamentos por possuir uma tremenda
capacidade de experimentar toda a gama de emoções. Eles são extremamente fiéis e leais,
dedicados, talentosos e abnegados. O maior perigo está em se entregarem a pensamentos
negativos que potencializam as suas tendências pessimistas. Muitos melancólicos desperdiçam os
seus talentos em crises de medo e de angústia profunda, tornando-se apáticos e pouco produtivos
o que os leva a se sentirem inferiores e deprimidos. Em um momento de angústia e tomado por
pensamentos negativos, Moisés perguntou a Deus se o mal que chegou até ele era pelo fato de
Deus não se agradar dele, como se isso fosse uma possibilidade (Núm 11:11).
4. ABRAÃO, O FLEUMÁTICO
Os fleumáticos são as pessoas de mais fácil convivência. A sua natureza calma, sossegada e bem-
humorada faz da sua presença um prazer. Eles são acessíveis e agradáveis, o que faz com que
trabalhem muito bem em equipe. São eficientes, conservadores, dignos de confiança, espirituosos
e têm a mente sempre voltada para o lado prático das coisas. Mas as fraquezas também existem, e
a maior delas é a falta de motivação. Tendem a ser introvertidos, indecisos, intransigentes,
temerosos e passivos. O fleumático Abraão, por pura passividade e medo de se posicionar com Sara,
mandou embora de casa o seu primogênito.
CONCLUSÃO
Em nosso relacionamento, muitas vezes interpretamos uma reação do nosso parceiro como sendo
algo pessoal em relação a nós, sem considerarmos que ele está no processo de ter o seu
temperamento transformado pelo poder do Espírito. A luta dele é igual à nossa e ter consciência
disto nos faz olhar o outro com empatia e nos conduz a ajudá-lo no seu processo em amor e cuidado
mútuo (Cl 3:13-14). Não cabe ao cristão em seus relacionamentos aceitar viver uma vida
destemperada, prepotente, depressiva, ou pessimista e atribuir estes comportamentos nocivos ao
temperamento nato. A nova criatura tem um temperamento renovado e é isso que precisamos
buscar em nossos relacionamentos e no olhar sobre si mesmo. Que sejamos casais transformados
à luz da visão de Deus sobre nós!