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LEI MUNICIPAL Nº 2.909, DE 07/02/2006 - Pub. NH 10/02/2006


Dispõe sobre ruídos urbanos e a proteção do bem estar e do sossego público.

GIOVANI BATISTA FELTES, Prefeito Municipal de Campo Bom, no uso de suas atribuições
legais, tendo a Câmara Municipal de Vereadores aprovado, sanciona e promulga a seguinte:

LEI:

Art. 1º É proibido perturbar o sossego e o bem-estar públicos com ruídos, vibrações,


sons excessivos ou incômodos, de qualquer natureza, produzidos por qualquer forma,
ou que contraírem os níveis máximos de intensidade fixados por esta Lei.
§ 1º As vibrações serão consideradas prejudiciais quando ocasionarem, ou puderem
ocasionar, danos à saúde e ao bem-estar públicos.
§ 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se aplicáveis as seguintes definições:
a) Som: é toda e qualquer vibração acústica capaz de provocar sensações auditivas.
b) Poluição Sonora: toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva
ou nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade ou transgrida as
disposições fixadas nesta Lei.
c) Ruído: qualquer som que cause ou tenda a causar perturbações ao sossego
público, ou produzir efeitos psicológicos e ou fisiológicos negativos, em seres humanos
e animais.
d) Ruído impulsivo: som de curta duração, com início abrupto e parada rápida
caracterizado por um pico de pressão de duração menor que um segundo.
e) Ruído Contínuo: aquele com flutuação de nível de pressão acústica tão pequena
que podem ser desprezada dentro do período de observação.
f) Ruído Intermitente: Aquele cujo o nível de pressão acústica cai abruptamente ao
nível do ambiente, várias vezes durante o período de observação, e desde que o tempo
em que seu nível se mantém constante e diverso daquele do ambiente, seja de ordem de
grandeza de um segundo ou mais.
g) Ruído de fundo: todo e qualquer outro som constatado durante o período de
medições, que não seja aquele som ou ruído objeto das medições.
h) Distúrbio Sonoro e Distúrbio por Vibrações: significa qualquer ruído ou vibração
que ponha em perigo ou prejudique a saúde, o sossego e o bem-estar público; cause
danos de qualquer natureza às propriedades públicas ou privadas, possa ser considerado
incômodo; ultrapasse os níveis fixados nesta Lei.
i) Nível Equivalente (LEQ): o nível médio de energia do ruído encontrado,
integrando-se os níveis individuais de energia ao longo de determinado período de
tempo, e dividindo-se pelo período, medindo em dB-A.
j) Decibel (dB): Unidade de intensidade física relativa do som.
l) Níveis de som dB (A): intensidade do som, medido na curva de ponderação "A",
definido na norma NBR 10.151-ABNT.
m) Zona Sensível a Ruído, ou Zona de Silêncio: é aquela que, para atingir seus
propósitos, necessita que lhe seja assegurado um silêncio excepcional, configurando-se
como tal a faixa determinada pelo raio de 200,00m (duzentos metros) de distância de
hospitais, maternidades, asilos de idosos, escolas, bibliotecas públicas ou similares.
n) Limite Real da Propriedade: aquele representado por um plano imaginário que
separa a propriedade real de uma pessoa física ou jurídica, de outra.
o) Serviço de Construção Civil: qualquer operação de montagem, construção,
demolição, remoção, reparo ou alteração substancial de uma edificação ou de uma
estrutura ou de um terreno.
p) Centrais de Serviços: canteiros de manutenção e/ou produção de peças e insumos
para atendimento de diversas obras de construção civil.
Q) Vibração: movimento oscilatório, transmitido pelo solo ou algum estrutura
qualquer.
§ 3º Para os fins de aplicação desta Lei ficam definidos os seguintes horários:
a) Diurno: - compreendido entre às 7,00 (sete) horas e 19,00 (dezenove) horas.
b) Vespertino: - compreendido entre às 19,00 (dezenove) horas e 22,00 (vinte e
duas) horas.
c) Noturno: - compreendido entre às 22,00 (vinte e duas) horas e 7,00 (sete) horas.

Art. 2º Os níveis de intensidade de sons ou ruídos fixados por esta Lei, bem como o
nível equivalente e o método utilizado para a medição e avaliação, obedecerão as
recomendações das Normas 10.151 (Avaliação do Ruído em Áreas Habilitadas Visando
o Conforto da Comunidade), e 10.152 (Níveis de Ruído para Conforto Acústico), da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, ou às que estas sucederem.

Art. 3º A emissão de ruídos em decorrência de quaisquer atividades industriais,


comerciais, de prestação de serviços, inclusive de propaganda, sejam políticas,
religiosas, sociais e/ou recreativas, obedecerá aos padrões e critérios neste diploma
estabelecidos.
§ 1º O nível de som da fonte poluidora, medindo a 5,00m (cinco metros) de qualquer
divisa do imóvel, ou medido dentro dos limites reais da propriedade onde se dá o
suposto incômodo, não poderá exceder os níveis fixados na Tabela I, que é parte
integrante desta Lei.
§ 2º Quando a fonte poluidora e a propriedade onde se dá o suposto incômodo,
estiverem localizadas em diferentes zonas de uso e ocupação, serão considerados os
limites estabelecidos para a zona em que se localiza a propriedade onde se dá o
incômodo.
§ 3º É proibida a utilização de dispositivos que produzam vibrações além do limite
real da propriedade da fonte poluidora.
§ 4º (Vetado).

Art. 4º Incluem-se, igualmente, nas determinações desta Lei, os ruídos emitidos nas
seguintes situações:
a) a utilização de matracas, cornetas, apitos, buzinas, aparelhos sonoros ou outros
sinais, exagerados ou contínuos, em anúncios ou na propaganda de produtos;
b) a emissão, por mais de um minuto, de sons de sinos, ciganas, sirenes, apitos ou
similares, estacionários ou não, excetuados casos de emergência;
c) a emissão de sons, por veículo automotor de qualquer natureza, através de
equipamento de som, rádio, toca-fitas, CD player, alto-falantes ou quaisquer outros
aparelhos de emissão, em locais públicos, ou em estabelecimentos de acesso público.
d) o carregamento e o descarregamento, a abertura e o fechamento, o manuseio de
caixas, engradados, recipientes de qualquer natureza, materiais de construção, latas de
lixo ou similares, no período noturno, causando distúrbios sonoros;
e) a operação ou a execução, em residências, de qualquer instrumento musical,
amplificado eletronicamente, ou não, rádio, fonógrafo, aparelho de televisão, CD player,
ou qualquer outro equipamento que produza, reproduza ou amplifique o som;
f) a operação ou a execução, em qualquer local de entretenimento público, de qualquer
instrumento musical, amplificado eletronicamente, ou não, rádio, fonógrafo, aparelho de
televisão, CD player, ou qualquer outro equipamento que produza, reproduza ou
amplifique o som.
§ 1º Quanto a emissão de ruídos por veículos automotores, ou não, inclusive aqueles
utilizados para atividades de publicidade e propaganda, não poderá ser ultrapassado, em
qualquer caso, o limite de 85 decibéis nos horários diurno e vespertino, e de 75 decibéis
no horário noturno, em qualquer caso, na curva "A" do medidor de intensidade de som,
a uma distância de 7,00m (sete metros) da respectiva origem, ao ar livre.
§ 2º Vetado.

Art. 5º Todos e quaisquer atividades potencialmente causadoras de poluição sonora,


sejam classificadas como incômodas ou leves (IL), nocivas ou graves (NG), perigosas
ou gravíssimas (PG), dependem de prévia autorização da Fiscalização Municipal para
serem desenvolvidas.
§ 1º A autorização da Fiscalização Municipal, deverá ser reivindicada por escrito,
através de requerimento regularmente protocolado junto a Administração Municipal,
com antecedência mínima de 10 (dez) dias da data prevista para o início da emissão
sonora.
§ 2º A autorização da Fiscalização Municipal, a ser requerida por empresas ou
profissionais autônomos que se dediquem a atividade de publicidade e propaganda,
através de veículos motorizados, ou não, deverá ser reivindicada na forma do parágrafo
1º deste artigo, por veículo, individualizadamente.
§ 3º A autorização da Fiscalização Municipal, para veículos com alto-falantes,
equipamentos de sons, ou outras fontes de emissão sonora ressalvada a substituição do
equipamento e/ou do veículo vistoriado, em período inferior, quando então nova
autorização deverá ser solicitada, valerá por 1 (um) ano.
§ 4º Os estabelecimentos com instalações potencialmente causadoras de poluição
sonora deverão requerer à Fiscalização Municipal, além da autorização de que trata o
parágrafo 1º deste artigo, Certidão de Tratamento Acústico Adequado, a qual somente
será expedida mediante a apresentação dos seguintes documentos e informações pelo
interessado:
a) espécie(s) de atividade(s) desenvolvida(s) no estabelecimento, e espécie de
equipamentos sonoros no mesmo utilizados;
b) zona e categoria de uso legalmente previstos para o local onde está instalado o
estabelecimento no território municipal;
c) horário de funcionamento do estabelecimento;
d) capacidade, ou lotação máxima do estabelecimento;
e) níveis máximos de ruídos permitidos para o local;
f) laudo técnico comprobatório de tratamento acústico realizado no estabelecimento,
firmado por técnico especializado, ou empresa idônea;
g) descrição dos procedimentos recomendados pelo laudo técnico para o perfeito
desempenho da proteção acústica do local;
h) declaração do responsável legal pelo estabelecimento, sob as penalidades legais
cabíveis, relativamente a adequabilidade do local às exigências legais.
Art. 5º O laudo técnico referido na alínea "f" do § 4 deste artigo, deverá atender, dentre
outras exigências legais, às seguintes disposições:
a) ser elaborado por profissional especializado na área;
b) portar a assinatura do profissional que o elaborou, acompanhada do nome
completo, habilitação e registro na entidade profissional pertinente;
c) ser ilustrado em planta, ou "layout", indicando os espaços acusticamente
protegidos;
d) conter a descrição detalhada do projeto acústico instalado, incluindo as
características acústicas dos materiais utilizados;
e) apresentar comprovação da implantação acústica efetuada;
f) apresentar levantamento sonoro das áreas possivelmente impactadas, através de
testes reais ou simulados;
g) fornecer os resultados obtidos, e croquis com os pontos de medição, estabelecendo
as devidas conclusões em face das normas legais aplicáveis.
§ 6º O prazo de validade da Certidão de Tratamento Acústico Adequado será de 2
(dois) anos, vencendo antecipadamente, e, portanto, obrigando ao requerimento de nova
certidão, nos seguinte casos:
a) mudança de usos dos estabelecimentos;
b) mudança da razão social do estabelecimento;
c) alterações físicas do imóvel, tais como reformas, ampliações ou qualquer
alteração na aparelhagem sonora utilizada e/ou na proteção acústica instalada;
d) quaisquer alterações que impliquem modificação dos termos da certidão
fornecida;
e) irregularidade no laudo técnico, ou falsas informações lançadas no mesmo.
§ 7º A concessão e a renovação da Certidão de Tratamento Acústico Adequado, sejam
quais forem os motivos, dependem de prévia vistoria do local pela Fiscalização
Municipal, e atestado sua conformidade com a legislação vigente.
§ 8º A renovação ordinária da Certidão de Tratamento Acústico Adequado deverá ser
pleiteada, mediante requerimento escrito, regularmente protocolado, até 90 (noventa)
dias antes do respectivo vencimento, sendo inadmitido o funcionamento do
estabelecimento sem a mesma, e vedadas prorrogações do respectivo prazo de validade.
§ 9º tanto a autorização para emissão acústica, como a Certidão de Tratamento
Acústico Adequado, em caso de pessoas jurídicas, deverão ser afixadas na entrada
principal do estabelecimento, em local visível ao público.

Art. 6º A Fiscalização Municipal realizará vistorias para fiscalizar o atendimento ao


disposto nesta Lei, sempre que julgar conveniente.
§ 1º Os fiscais municipais, no exercício da ação fiscalizadora, terão a entrada
franqueada nas dependências industriais, comerciais e de serviços, que abriguem fontes
localizadas de poluição sonora, onde poderão permanecer pelo tempo que se fizer
necessário.
§ 2º Em havendo embargo à ação fiscalizadora, os fiscais poderão solicitar auxílio às
autoridades policiais para a execução de qualquer medida.

Art. 7º Para a realização de testes de fabricação, ou de instalação de alarmes sonoros,


veiculares, deverão ser utilizados dispositivos de controle, de forma que não seja
necessária a emissão sonora acima dos limites estabelecidos na Tabela que integra esta
Lei.
§ 1º No caso específico de alarmes sonoros em veículos, ou imóveis, com
acionamento periódico ou constante, serão aplicadas as mesmas sanções previstas neste
Diploma, sem prejuízo de outras disposições legais mais restritivas.
§ 2º Só será permitida a utilização de alarmes sonoros de segurança, em veículos ou
imóveis, que portem dispositivos de controle limitador do tempo de duração da emissão
do sinal, ao máximo de 15 (quinze) minutos.

Art. 8º As emissões sonoras de máquinas, equipamentos e aparelhos utilizados nos


serviços de construção civil, deverão atender aos limites estabelecidos na Tabela II, que
igualmente é parte integrante desta Lei.
Parágrafo único. Excetuam-se das restrições estabelecidas no caput deste artigo, as
obras e os serviços urgentes e inadiáveis, decorrentes de casos fortuitos ou de força
maior, acidentes graves, ou perigo inerente à segurança e ao bem-estar da comunidade,
bem como os casos de restabelecimento de serviços públicos essenciais, tais como
energia elétrica, telefone, água, esgoto e sistema viário.

Art. 9º A contratação de serviços de sonorização de qualquer espécie, fixa ou móvel,


para fins publicitários ou de lazer, mediante o uso de veículos, equipamentos ou outras
fontes de emissão sonora, implica na responsabilidade solidária contratante, pelo
cumprimento das disposições desta Lei.

Art. 10. Não se compreendem nas proibições desta Lei, desde que não ultrapassem o
volume de 85 dB (oitenta e cinco decibeis), na curva "A" do medidor de intensidade de
som, ao ar livre, à uma distância de 7,00m (sete metros) da respectiva origem, nos
períodos noturnos e vespertinos, e observem o disposto nas Tabelas anexas a este
Diploma, os ruídos e sons produzidos por:
I - Aparelhos sonorizadores, carros de som e similares, usados nas propagandas
eleitoral e política, e nas manifestações coletivas;
II - Sinos de igrejas ou templos religiosos, desde que sirvam, exclusivamente, para
indicar horas, ou anunciar a realização de atos ou cultos religiosos;
III - Bandas de músicas em procissão, cortejos, ou desfiles cívicos;
IV - Sirenes ou aparelhos de sinalização sonora utilizados por ambulâncias, carros de
bombeiros ou viaturas policiais.
§ 1º Os sons e ruídos decorrentes de explosivos utilizados no arrebentamento de
pedreiras, rochas ou demolições, deverão ser previamente autorizados pela Fiscalização
Municipal, e somente serão permitidos nos períodos diurnos, de segundas-feiras a
sábados, sendo expressamente vedados em domingos e feriados oficiais.
§ 2º Por ocasião dos eventos constantes do Calendário Municipal de Eventos definido
em Lei, são toleradas, excepcionalmente, as manifestações tradicionais, normalmente
proibidas por esta Lei.

Art. 11. A pessoa física ou jurídica que infringir qualquer dispositivo desta Lei, seus
regulamentos e demais normas dela decorrentes, fica sujeita, independentemente da
obrigação de cessar a transgressão, e de arcar com outras sanções imponíveis pela União
ou pelo Estado do Rio Grande do Sul, administrativas, cíveis ou penais, às seguintes
penalidades, definidas sem qualquer ordem obrigatória de precedência:
I - Notificação escrita, para adequação aos termos desta Lei, com prazo de 10 (dez)
dias, prorrogável, no máximo, duas vezes por igual período, em havendo comprovada
necessidade;
II - Multa simples;
III - Multa diária;
IV - Embargo da obra;
V - Interdição temporária, parcial ou total do estabelecimento, ou das atividades
desenvolvidas;
VI - Cassação do alvará de licença para funcionamento do estabelecimento.
§ 1º Para os fins de aplicação das penalidades previstas no caput deste artigo, as
infrações aos dispositivos desta Lei são classificadas como incômodas ou leves (IL),
nocivas ou graves (NG), perigosas ou gravíssima (PG), conforme Tabela III anexa à
este Diploma.
§ 2º A pena de multa implica na obrigação de pagamento do valor correspondente a:
I - Nas infrações incômodas ou leves (IL), ao valor de 300 (trezentos) URMs
(unidades de Referência Municipal);
II - Nas infrações nocivas ou graves (NG), ao valor de 1.000 (um mil) URMs
(Unidades de Referência Municipal);
III - Nas infrações perigosas ou gravíssimas (PG), ao valor de 2.000 (duas mil)
URMs (Unidades de Referência Municipal).

Art. 12. São solidariamente responsáveis pelas infrações e penalidades de que trata este
Diploma, além dos contratantes das emissões sonoras, referidos no art. 9º deste
Diploma, as seguintes pessoas:
I - O requerimento da licença/autorização para emissão sonora;
II - O proprietário, possuidor, locatário, arrendatário e/ou titular do domínio útil sobre
o local onde houver emissão sonora;
III - O proprietário, ou possuidor a qualquer título, do objeto, veículo, artefato ou
equipamento de emissão sonora;
IV - O autor e o executor do projeto de emissão sonora;
V - Os profissionais responsáveis pela manutenção do objeto, veículo, artefato,
equipamento e/ou local de emissão sonora.
Parágrafo único. Os responsáveis solidários, além de arcar com as penalidades
decorrentes das infrações às determinações desta Lei, responderão civil e
administrativamente por quaisquer danos causados à comunidade e/ou á Administração
Municipal.

Art. 13. A reincidência verificar-se-á quando o agente cometer nova infração da mesma
espécie.
Parágrafo único. Nos casos de reincidência haverá aplicação dobrada da multa
prevista.

Art. 14. Haverá infração continuada quando houver continuidade da prática da infração,
inobstante já notificado ou penalidade o infrator.
Parágrafo único. Nos casos de infração continuada, a penalidade de multa poderá ser
aplicada diariamente, até a cessação da infração.

Art. 15. De qualquer penalidade imposta pela Fiscalização Municipal, caberá recurso,
com efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, à Secretaria Municipal de Finanças.
§ 1º Negado provimento ao recurso, caberá pedido de reconsideração, sem efeito
suspensivo, ao Prefeito Municipal, no prazo de 10 (dez) dias.
§ 2º O recurso e o pedido de reconsideração deverão ser formulados por escrito, e
regularmente protocolados junto a Administração Municipal.

Art. 16. Os estabelecimentos que estiverem em desacordo com o estatuído nesta Lei, e
que necessitem de isolamento acústico, terão prazo de 150 (cento e cinqüenta) dias,
contando da respectiva publicação, para se adaptarem às respectivas exigências.
§ 1º As pessoas jurídicas ou físicas que já possuem Alvará de Licença expedido pelo
Município, para a atividade de publicidade e propaganda, com uso de veículo automotor
ou não, porém em desacordo com estatuído nesta Lei, terão prazo de 90 (noventa) dias,
contados a partir da respectiva publicação, para se adaptarem a as exigências deste Lei.
§ 2º Na impossibilidade de atendimento ao disposto no caput e § 1º deste artigo, a
pessoa física ou jurídica, terá suas atividades suspensas, até a devida adequação, ou, se
for o caso, a respectiva transferência para local onde a emissão sonora produzida seja
permitida.

Art. 17. Os equipamentos e técnicas utilizadas no controle da poluição sonora, deverão


seguir as recomendações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Art. 18. Na aplicação das normas estabelecidas por esta Lei, compete à Secretaria
Municipal:
I - Estabelecer programa de controle dos ruídos urbanos, exercer o controle e a
fiscalização das fontes de poluição sonora;
II - Aplicar as sanções previstas e exigir o respectivo cumprimento;
III - Organizar programas de educação e consideração da comunidade sobre:
a) causas, efeitos e métodos gerais de atenuação e controle de ruídos e vibrações;
b) esclarecimento das ações por esta Lei, e procedimentos para o relato das
violações.

Art. 19. Tendo como fato gerador a fiscalização e licenciamento para emissões sonoras,
fica instituída a Taxa de Licença para Emissão Sonora, devida na conformidade da
seguinte Tabela:

ESPÉCIE VALOR
a) sonorização, de qualquer natureza, por veículo, automotor ou não 20 URMs por veículo
b) sonorização de qualquer natureza, por estabelecimento comercial, industrial ou
80 URMs por estabelecimento
de prestação de serviços, que necessitem de certidão de tratamento acústico
c) sonorização, de qualquer natureza, por pessoa física, profissional autônomo ou
10 URMs por pessoa
não

Parágrafo único. Em caso de sonorização para fins publicitários, aplica-se a Taxa de


Licença para Emissão Sonora prevista neste Diploma, ao invés da Taxa de Licença para
Publicidade contemplada nas alíneas "e", "f" e "g" do art. 180 do Código Tributário
Municipal.

Art. 20. No que se fizer necessário, esta Lei, que será regulamentada pelo Poder
Executivo, no prazo de 90 (noventa) dias.

Art. 21. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas a Lei
Municipal nº 1.039/88, de 21.06.1988, os artigos 40, 41, 42, 43, 44 e 45 da Lei
Municipal nº 1.606/1994, de 14.09.1994 (Código de Posturas), e as alíneas "e", "f" e "g"
do art. 180, da Lei Municipal nº 2.397/2002 de 30/12/2002, com as alterações
introduzidas pela Lei Municipal nº 2.559/2003, de 29/12/2003 (Código Tributário
Municipal).
Gabinete do Prefeito Municipal de Campo Bom, 07 de fevereiro de 2006.

Giovani Batista Feltes, PREFEITO MUNICIPAL

Registre-se e Publique-se

Dércio Valdeci Machaski, SECRETÁRIO DE


ADMINISTRAÇÃO

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