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CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
A presente Lei tem como objetivo estabelecer padrões, critérios e diretrizes sobre a
Art. 1º
emissão de sons e ruídos, decorrentes de quaisquer atividades industriais, comerciais,
sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda, ou oriundas de propriedades privadas,
em defesa da saúde, da segurança e do sossego público, bem como do meio ambiente, de
acordo com o que preceitua o inciso VIII, do artigo 62 da Lei Orgânica do Município, com
observância do disposto no inciso V, da Portaria nº 092, de 19/06/80, do Ministério do
Interior, e amparado no inciso VI, do art. 23, da Constituição da República Federativa do
Brasil.
I - O Poder Público Municipal, através de seu órgão competente, na aplicação das normas
e sanções de ordem administrativas;
II - A Polícia Civil, através das suas Delegacias, e no âmbito das suas atribuições, dar
atendimento ao registro de denúncias, queixas ou flagrante, oriundos de infração dos
dispositivos previstos nesta Lei e do Código Penal;
III - A Brigada Militar, através de ações de ordem preventiva ou ostensiva, na área de sua
jurisdição.
Para exame e análise dos projetos, planos, dados característicos de interesse das
Art. 6º
entidades registradas, bem como para vistoria das instalações ou as providências que se
fizerem necessárias, o Executivo poderá utilizar, além dos recursos técnicos de que dispõe,
outros de entidades públicas ou privadas, com as quais mantenha ou não convênio.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
I - Poluição sonora: toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou
nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade ou transgrida as disposições
fixadas nesta Lei;
II - Meio Ambiente: conjunto formado pelo espaço físico e os elementos naturais nele
contidos até o limite do território do Município, passível de ser alterado pela atividade
humana;
IV - Ruído: qualquer som que causa ou tenda a causar perturbações ao sossego público, ou
produzir efeitos psicológicos e/ou fisiológicos negativos aos seres humanos;
V - Ruído de Fundo: todo e qualquer som que esteja sendo emitido durante o período de
medições, que não aquele objeto das medições;
VII - Som incômodo: Toda e qualquer emissão de som medida dentro dos limites reais de
propriedade da parte supostamente incomodada a 1,50 m (um metro e cinqüenta
centímetros) da divisa e a 1,20 m (um metro vinte centímetros) do solo, que:
VIII - Zona, sensível a ruído ou zona de silêncio: é aquela que, para atingir seus propósitos,
necessita que lhe seja assegurado um silêncio excepcional;
XII - Vibração: movimento oscilação transmitido pelo solo, ou por uma estrutura qualquer,
perceptível por uma pessoa.
CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA
Na aplicação das normas estabelecidas por esta Lei compete ao órgão responsável
Art. 10
do Poder Público Municipal:
IV - exigir das pessoas físicas ou jurídicas, responsáveis por qualquer fonte de poluição
sonora, apresentação dos resultados de medições e relatórios, podendo, para a
consecução dos mesmos, serem utilizados recursos próprios ou de terceiros;
CAPÍTULO IV
DAS PROIBIÇÕES
A ninguém é lícito por ação ou omissão dar causa ou contribuir para a ocorrência de
Art. 11
qualquer distúrbio sonoro.
IV - por provocar ou não procurar impedir barulho produzido por animal de que tem
guarda.;
V - com ruídos provocados por som automotivo, produzidos por equipamentos instalados
em veículos que estejam circulando, parados ou estacionados na via pública, que
ultrapassarem 104 (cento e quatro) decibéis, conforme determinação da Resolução 204 do
Denatran.
Parágrafo Único - Os incursos nas proibições deste artigo, são passíveis, além das multas
impostas pelo Município pela emissão de ruído, assim deferido nesta Lei, das penalidades
previstas no Art. 42 do Código Penal.
II - soar ou permitir soar a qualquer hora, sinal de sinos, cigarras, sirenes, apitos ou
similares, estacionários, destinados a não emergência, por mais de um minuto;
III - utilizar alto-falantes, fonógrafos, rádios e outros aparelhos sonoros usados como meio
de propaganda, mesmo em casas de negócios ou para outros fins;
Parágrafo Único - Fica a critério do órgão responsável do Poder Público Municipal limitar
os dias e horários permitidos em unidades territoriais residenciais e zonas sensíveis a
ruído.
Art. 21 Não se compreendem nas proibições desta seção os sons produzidos por:
CAPÍTULO V
DAS ENTIDADES CULTURAIS, RECREATIVAS, DESPORTIVAS, BENEFICENTES
E CARNAVALESCAS
Para a constatação do excesso deverão ser feitas três medições, com intervalo
Art. 25
mínimo de 15 (quinze) minutos entre elas, resultando na média, que será o número
considerado para a conclusão da existência ou não do excesso.
CAPÍTULO VI
DAS TEMPLOS RELIGIOSOS
§ 4º Para constatação do excesso deverão ser feitas três medições, com intervalo mínimo
de 15 (quinze) minutos entre elas, resultando na média, que será o número considerado
para a conclusão da existência ou não do excesso.
As medições dos níveis de som incômodo nos templos religiosos serão efetuadas
Art. 30
dentro do domicilio ou estabelecimento prejudicado, com as janelas e portas fechadas,
sem prejuízo da ventilação necessária e à distancia de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros) da parede e de 1,20m (um metro e vinte centímetros) do solo, não devendo
ultrapassar os limites de decibéis estabelecidos neste Capítulo.
CAPÍTULO VII
DOS NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA EM RELAÇÃO AO USO DO SOLO
I - Atinjam, no ambiente exterior do recinto em que tem origem, nível de som de mais de
10 (dez) decibéis, acima do ruído de fundo sem tráfego;
II - Alcancem, no interior do recinto em que são produzidos, níveis de som superiores aos
considerados aceitáveis pela Norma NB 95, da Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT, ou das que lhe sucederem.
§ 2º A medição dos níveis de som incômodo será no período noturno, efetuado dentro do
domicílio ou estabelecimento prejudicado, com as janelas e portas fechadas, sem prejuízo
da ventilação necessária e à distância de 1,50m (um metro e cinquenta centímetro) da
parede, e não deverão exceder os limites estabelecidos no inciso VII, do Art. 9º desta Lei.
§ 3º Para efeitos desta Lei, as medições deverão ser efetuadas com aparelho medidor de
nível de som, que atenda às recomendações da NB 386/74, da ABNT, ou das que lhe
sucederem.
CAPÍTULO VIII
DAS PENALIDADES
I - advertência;
II - multa no valor de 100 (cem) URM`s - Unidade de Referência Municipal, na primeira
autuação, dobrando-se o valor a cada reincidência;
§ 1º As penalidades serão aplicadas sem prejuízo das que, por força da lei, possam
também ser impostas por autoridades federais e estaduais.
CAPÍTULO IX
OUTRAS DISPOSIÇÕES
CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS
Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas a Lei nº 148, de 23 de
Art. 38
dezembro de 1992, Lei nº 71, de 10 de agosto de 1998, Lei nº 2.209, de 30 de novembro
de 2010 e Lei nº 2.468, de 11 de outubro de 2012.
ANTONIO LUCAS
Prefeito Municipal Interino
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