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Lei do Silêncio

A Lei do Silêncio varia de município para município e tem algumas particularidades que garantem a
boa relação entre vizinho.

A Lei do Silêncio é uma das regras que precisam ser aplicadas para garantir a paz e o convívio.

O termo Lei do Silêncio surgiu dessa série de leis, federais, estaduais ou municipais, que
buscam estabelecer limites para a geração de ruídos prejudiciais à saúde.

O que é a Lei do Silêncio?


Primeiramente, é preciso destacar que a Lei do Silêncio não está prevista no Código Civil Brasileiro.
Trata-se de um consenso entre a população baseando-se em alguns artigos da constituição
como:

 Art. 1.277 da Lei 10.406/02: “o proprietário ou possuidor de um prédio tem o direito de fazer
cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam,
provocadas pela utilização de propriedade vizinha.”;
 Inciso IV do artigo 1.336, Lei 10.406/02 diz que “dar às suas partes a mesma destinação que
tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança
dos possuidores, ou aos bons costumes”. 
 A norma ABNT (Associação de normas técnicas) NBR (Norma brasileira) 10151/2019: é
responsável por mensurar o nível sonoro máximo que pode ser emitido em zonas residenciais:
não pode passar de 55 decibéis pelo dia (7h às 20h) e 50 decibéis pela noite (das 20h às 7h);
 Art. 42 da Lei de Contravenções Penais, Lei 3.688/41: “perturbar alguém o trabalho ou o
sossego alheios com gritaria ou algazarra, exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em
desacordo com as prescrições legais, abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos,
provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda”
pode resultar em multa ou prisão de 15 dias até três meses.
LEI Nº 6246, DE 20 DE MAIO DE 2011

PROÍBE O FUNCIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS DE SOM AUTOMOTIVOS


POPULARMENTE CONHECIDOS COMO PAREDÕES DO SOM NAS VIAS,
PRAÇAS, PRAIAS E DEMAIS LOGRADOUROS PÚBLICOS NO ÂMBITO DO
MUNICÍPIO DE NATAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A PREFEITA DO MUNICÍPIO DE NATAL, Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Fica expressamente vedado o funcionamento dos equipamentos de som automotivo,


popularmente conhecidos como paredões de som, e equipamentos sonoros assemelhados, nas vias,
praças, praias e demais logradouros públicos no âmbito do Município de Natal.

Parágrafo Único - A proibição de que trata este artigo se estende aos espaços privados de livre acesso
ao público, tais como postos de combustíveis e estacionamentos.

Art. 2º O descumprimento do estabelecido nesta Lei acarretará a apreensão imediata do equipamento.

Parágrafo Único - Para a retirada do equipamento deverá ser observado o procedimento administrativo
ao qual se refere o § 1º do Art. 5º desta Lei.

Art. 3º Para os efeitos da presente Lei, consideram-se paredões de som todo e qualquer equipamento
de som automotivo rebocado, instalado ou acoplado nos porta-malas ou sobre a carroceria dos
veículos.

Art. 4º A condução dos equipamentos aos quais se refere esta Lei, por meio de reboque, acomodação
no porta-malas ou sobre a carroceria dos veículos, deverá ser feita, obrigatoriamente, com proteção de
capa acústica, cobrindo integralmente os cones dos alto falantes, sob pena de aplicação das sanções
previstas no Art. 5º desta Lei.

Art. 5º Sem prejuízo das sanções de natureza civil, penal e das definidas em legislação específica, fica
o infrator, o proprietário do veículo ou ambos, solidariamente, conforme o caso, sujeito ao pagamento
de multa em caso de descumprimento do estabelecido nesta Lei.

§ 1º - A pena de multa será aplicada mediante procedimento administrativo a ser estabelecido em


regulamento, observados o contraditório e a ampla defesa.

§ 2º - O valor da multa será de 300 (trezentas) vezes o valor da Unidade Fiscal de Referência - UFIR,
dobrada a cada reincidência, respeitado o limite de 3.000 (três mil) vezes o valor da UFIR.

§ 3º - Os valores arrecadados através da aplicação das penalidades previstas nesta Lei serão revertidos
para a conta única do Município de Natal.

Art. 6º Desde que atendam aos limites já estabelecidos pela legislação ambiental, não se incluem nas
exigências desta Lei a utilização de aparelhagem sonora:

I - Instalada no habitáculo do veículo, com a finalidade de emissão sonora exclusivamente para o seu
interior;
II - Em eventos do Calendário Oficial ou expressamente autorizados pelo Município, desde que façam
parte de sua programação;

III - Em manifestações religiosas, sindicais ou políticas, observada a legislação pertinente;

IV - Utilizada na publicidade sonora, atendida a legislação específica.

Art. 7º Fica o Município de Natal, através do órgão competente e com observância à legislação
pertinente, autorizado a licenciar espaços para a realização dos campeonatos de som automotivo, bem
como autorizar eventos assemelhados.

§ 1º - O licenciamento e a autorização aos quais se refere o caput deste artigo só poderão ser
concedidos a locais que esteja assegurado o devido isolamento acústico ou condições ambientais que
assegurem a inexistência de qualquer perturbação ao sossego público.

§ 2º - Qualquer cidadão que venha a sofrer incômodo decorrente de eventos entre os tipificados no
caput deste artigo poderá formalizar reclamação ao órgão competente que, verificada a procedência da
queixa, promoverá a suspensão imediata do mesmo.

§ 3º - A reclamação prevista no § 2º deste Artigo ensejará a abertura de processo administrativo para


apuração da queixa, sujeitando o infrator às penalidades prevista no Art. 5º desta Lei.

Art. 8º Fica a Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo - SEMURB autorizada a proceder à


fiscalização e a realizar todos os atos necessários à implementação do objeto desta Lei.

Parágrafo Único - Fica a Secretaria do Meio Ambiente e Urbanismo - SEMURB, autorizada a realizar
parcerias ou convênios com a Guarda Municipal, com os órgãos de trânsito e Meio Ambiente nas
esferas municipal, estadual e federal, com a Polícia Militar e Civil, e com o Ministério Público, tendo
em vista o cumprimento desta Lei.

Art. 9º Esta Lei terá 90 (noventa) dias para entrar em vigor, revogadas as disposições em contrário.

Palácio Felipe Camarão, em Natal/RN, 20 de maio de 2011.

Micarla de Sousa
PREFEITA
 Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 15/09/2011

LEI No. 6.621, de 12 de JULHO de 1994

Dispõe sobre o controle da poluição sonora e condicionantes do meio ambiente no Estado do Rio
Grande do Norte e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO


NORTE, no uso das atribuições que lhes são conferidas pelo artigo 49, § 7º, da Constituição do
Estado, combinado com o artigo 71, II, do Regimento Interno (RESOLUÇÃO Nº 046/90, de 14 de
dezembro de 1990).

FAÇO SABER que o PODER LEGISLATIVO aprovou e EU promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º. É vedado perturbar a tranqüilidade e o bem estar da comunidade norte-riograndense com
ruídos, vibrações, sons excessivos ou incômodos de qualquer natureza emitidos por qualquer forma
em que contrariem os níveis máximos fixados nesta Lei.

Art. 2º. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais e as associações comunitárias, poderão
colaborar no controle da poluição sonora, denunciando a emissão de sons e ruídos acima dos níveis
fixados nesta Lei.

Art. 3º São expressamente proibidos, independentemente de medição de nível sonoro, os ruídos:

I – produzidos por veículos com equipamento de descarga aberta ou silencioso adulterado ou


defeituoso;

II – produzidos por aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza utilizados em anúncios ou


propaganda na via pública ou para ela dirigidos;

III – produzidos por buzinas, ou por pregões, anúncios ou propaganda à viva voz, na via pública, em
local considerando pela autoridade competente como "zona de silêncio" ou "sensível a ruídos";

IV – produzidos em edifícios de apartamentos, vilas e conjuntos residenciais ou comerciais, em geral


por animais, instrumentos musicais ou aparelhos receptores de rádio ou televisão ou quaisquer
reprodutores de sons, ou ainda de viva voz, de modo a incomodar a vizinhança, provocando o
desassossego, a intranqüilidade ou desconforto;

V – provenientes de instalações mecânicas, bandas ou conjuntos musicais e de aparelhos ou


instrumentos produtores ou amplificadores de som ou ruído, quando produzidos na via pública ou
quando nela sejam ouvidos de forma incômoda;

VI – Provocados por bombas, morteiros, foguetes, rojões, fogos de estampido e similares.

Parágrafo único. Os bares, boates e demais estabelecimentos de diversão noturna observarão em suas
instalações normas técnicas de isolamento acústico, de modo a não incomodar a vizinhança. (com a
redação dada pela Lei Estadual nº 8.052, de 10 de janeiro de 2002)

Art. 4º São permitidos – observado o disposto no art. 6º desta Lei – os ruídos que provenham:

I – de sinos de igrejas ou templos e, bem assim, de instrumentos litúrgicos utilizados no exercício de


culto ou cerimônia religiosa, celebrados no recinto dos respectivos templos das associações
religiosas, no período das 7 às 22 horas, exceto nos sábados e na véspera dos feriados e de datas
religiosas de expressão popular, quando então será livre o horário;

II – de bandas de músicas nas praças e nos jardins públicos ou em desfiles oficiais ou religiosos;
III – de sirenas ou aparelhos semelhantes usados para assinalar o início e o fim da jornada de
trabalho, desde que funcionem apenas nas zonas apropriadas, como tais reconhecidas pela autoridade
competente e pelo tempo estritamente necessário;

IV – de sirenas ou aparelhos semelhantes, quando usados por batedores oficiais ou em ambulâncias


ou veículos de serviço urgente, ou quando empregados para alarme e advertência, limitado o uso
mínimo necessário;

V – de explosivos empregados em pedreiras, rochas e demolições, no período das 7 às 12 horas;

VI – de máquinas e equipamentos utilizados em construções, demolições e obras em geral, no


período compreendido entre 7 e 22 horas;

VII – de máquinas e equipamentos necessários à construção ou conservação de logradouros públicos,


no período de 7 às 22 horas;

VIII – de autofalantes utilizados para propaganda eleitoral durante a época própria, de acordo com a
legislação eleitoral em vigor.

Parágrafo único. A limitação a que se refere os itens V, VI e VII deste artigo não se aplica quando a
obra for executada em zona não residencial ou de logradouro público, nos quais o movimento intenso
de veículos e pedestres, durante o dia, recomende sua realização à noite. (com a redação dada pela
Lei Estadual nº 8.052, de 10 de janeiro de 2002)

Art. 5º Às festas tradicionais, folclóricas e populares, bem como as manifestações culturais religiosas,
não será aplicado o limite do art. 6º desta Lei, assegurando-se a sua realização, mediante prévio
comunicado a autoridade competente. (com a redação dada pela Lei Estadual nº 8.052, de 10 de
janeiro de 2002)

Art. 6º. Ficam estabelecidos os seguintes limites máximos permissíveis de ruídos:

I - O nível de som proveniente de fonte poluidora, medido dentro dos limites reais da propriedade,
não poderá exceder dos 10 dBA o nível de ruído de fundo existente no local.

II - Independentemente do ruído de fundo, o nível de som proveniente da fonte poluidora, medida


dentro dos limites reais da propriedade, não poderá exceder aos níveis fixados na tabela que é parte
integrante desta Lei.

Parágrafo único - Quando a propriedade, onde se dá o incômodo, for escola, creche, biblioteca
pública, cemitério, hospital, ambulatório, casa de saúde ou similar, deverão ser atendidos os limites
estabelecidos para a zona residencial (ZR), independentemente da efetiva zona de uso.

Art. 7º Para a medição dos níveis de som considerados na presente Lei, o aparelho "Medidor de
Intensidade de Som", conectado à resposta lenta, deverá estar com o microfone afastado, no mínimo
de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) da divisa do imóvel que contém a fonte de som e ruído,
e à altura de 1,20 (um metro e vinte centímetros) do solo. (com a redação dada pela Lei Estadual nº
8.052, de 10 de janeiro de 2002)
Art. 8º O microfone do aparelho "Medidor de Intensidade de Som" deverá estar sempre afastado, no
mínimo, de 1,20m (um metro e vinte centímetros) de quaisquer obstáculos, bem como guarnecido
com tela de vento. (com a redação dada pela Lei Estadual nº 8.052, de 10 de janeiro de 2002)

Art. 9º Todos os níveis de som serão referidos à curva de ponderação (C) dos aparelhos "Medidores
de Intensidade de Som". (com a redação dada pela Lei Estadual nº 8.052, de 10 de janeiro de 2002)

Art. 10. Serão aplicadas as seguintes penalidades aos infratores desta Lei, sem prejuízo das
cominações cíveis e penais cabíveis:

I - Advertência, por escrito, em que o infrator será notificado para fazer cessar a irregularidade, sob
pena de imposição de outras sanções;

II - Multa de 1 (uma) a 200 (duzentas) UFIRN;

III - Suspensão de atividades até a correção das irregularidades;

IV - Cassação de alvarás de licença concedidos, a ser executada pelos órgãos competentes do


Executivo Estadual.

Art. 11º. Para efeito de aplicação de penalidades, as infrações aos dispositivos desta Lei serão
classificados como leves, graves e gravíssimas.

Art. 12º. A penalidade de advertência poderá ser aplicada quando se tratar de infração de natureza
leve e grave, fixando prazo para que sejam sanadas as irregularidades anotadas.

Parágrafo Único - A penalidade de advertência será aplicada uma única vez para uma mesma
infração cometida por um único infrator.

Art. 13º. Na aplicação das multas de que trata o inciso II do art. 10. serão observados os seguintes
limites:

I - de 1 (uma) a 50 (cinquenta) UFIRN no caso de infração leve;

II - de 51 (cinquenta e uma) a 100 (cem) UFIRN no caso de infração grave;

III - de 101 (cento e uma) a 200 (duzentas) UFIRN no caso de infração gravíssima.

Parágrafo único - O valor da multa será fixado pela autoridade competente, levando-se em conta a
natureza da infração, as suas consequências, o porte do empreendimento, os antecedentes do infrator
e as demais circunstâncias agravantes ou atenuantes, sendo dobrada em caso de reincidência.

Art. 14º. O Poder Executivo designará os órgãos competentes para a aplicação desta Lei e
regulamentará sua execução no prazo de 60 (sessenta) dias após sua publicação.

Art. 15º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, Palácio "JOSÉ


AUGUSTO", em Natal, 12 de julho de 1994.
TIPO DE ÁREA DIURNO NOTURNO
RESIDENCIAL 55 dBA 45 dBA
DIVERSIFICADA 65 dBA 55 dBA
INDUSTRIAL 70 dBA 60 dBA

Deputado Raimundo Fernandes


Presidente

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