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Pilar Ouro Preto MG 35400 000 a Municipal e Ouro Preto
Tel (31) 3559 3260
Fax (31) 3559 3205
NTARN° 16 DE 17 DE
Dispões sobre o controle e o combate à poluição
sonora no imbiro do Município de Ouro Prero
o Prefeito Municipal de Ouro Preto, no uso de suas atribuições legais, fàz saber que a Câmara
Municipal decreta e ele sanciona a seguinte Lei:
Art. 2° É proibido perturbar o sossego e o bem estar público com sons excessivos, vibrações ou
ruídos incômodos de qualquer natureza, produzidos de qualquer forma, que ultrapassem os limites
estabelecidos nesta lei.
-
I estabelecer programas de controle dos ruídos urbanos e exercer, diretamente ou através de
delegação, poder de controlar e fiscalizar as fontes de poluição sonora, em ação conjunta com a
Secretaria de Estado de Segurança Pública e outros órgãos afins da administração pública Federal e
Estadual;
n -
estudar e decidir a localização de estabelecimentos recreativos, industriais, comerciais ou de
outra espécie, que possam produzir poluição sonora em ruas, vilas, bairros ou áreas
preponderantemente residenciais ou zonas sensíveis a ruídos;
m -
organizar o serviço de atendimento ao cidadão, de modo a atender às demandas de
reclamações contra excesso de ruídos ou sons, adotando o procedimento administrativo e judicial
necessário para coibi-Io;
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Praça Barão do Rio Branco, 12
Pilar Ouro Preto MG 35400 000
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(colllÍlllUlÇÍÚJda Lei Complemmtar n" 1611006)
Art. 4° Qualquer cidadão é garantido o direito de proceder a recIamação pessoal, por telefone, fax
ou outro instrumento adequado, desde que forneça dados que o identifiquem e Possibilitem a
localização do possível poluidor.
Parágrafo único - Será preservado o sigilo dos dados do cidadão reclamante, que só serão
divulgadosem processosou açõesjudiciaispertinentes.
Art. 5" Fica instituído o Programa Municipal de Educação e Controle da Poluição Sonora,
vinculado à Secretaria Municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano e coordenado pela
Comissão Municipal de Educação e Controle da Poluição Sonora, com os objetivos de:
-
I estabelecer as diretrizes e mecanismos de prevenção, fiscalização e controle da poluição sonora,
através de resoluções;
-
11 implementar política de educação ambiental, visando conscientizar e envolver a sociedade na
prevenção e solução dos problemas decorrentes da poluição sonora;
m - articular intercâmbio
interinstitucional e intergovernamental entre os órgãos que atuam no
âmbito do problema da poluição sonora;
-
IV atuar como câmara recursal nos casos de aplicação das penalidades estabelecidas nesta lei.
n' 1611()()6)
.
Art. 6° Para os fins desta lei, aplicam-se as seguintes definições:
I - poluição sonora: toda emissão de som, vibração ou ruído que, direta ou indiretamente,seja
ofensiva ou nociva à saúde física e mental, à segurança e ao bem estar do indivíduo ou da
coletividade, ou transgrida as disposições fixadas na lei;
n -meio ambiente: conjunto formado pelo espaço físico e os elementos naturais nele contidos, até
o limite do território do Município, passível de ser alterado pela atividade humana;
v -ruído impulsivo: som de curta duração, com início abrupto e parada rápida, caracterizado por
um pico de pressão menor que um segundo;
VI - ruído continuo: aquele com flutuação de nível de pressão acústica tão pequena que pode ser
desprezada dentro do período de observação;
vn - ruído intermitente: aquele cujo nível de pressão acústica cai abruptamente ao nível do
ambiente várias vezes durante o período de observação, desde que o tempo em que o nível se
mantém constante e diferente daquele do ambiente seja de ordem de grandeza de um segundo ou
mais;
VllI -
ruído de fundo: todo e qualquer som que esteja sendo emitido durante o período de
medições, que não seja objeto das medições;
-
IX vibração: movimento oscilatório, transmitido por meio sólido ou urna estrutura qualquer;
-
XII zona sensível a ruído: aquela que, em virtude das atividades ali realizadas, necessita de um
silêncio excepcional e será determinada pelo raio de duzentos metros de distância de hospitais,
escolas, bibliotecas, templos religiosos, creches e museus;
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XIV distúrbio sonoro ou distúrbio por vibração: é qualquer ruído ou vibração que:
a) ponha em perigo ou prejudique a saúde flSica ou mental, o sossego e o bem estar público;
xv - horários:
Parágrafo único - A medição para averiguação do nível de som ou ruído da fonte poluidora m-se-
á dentro dos limites reais da propriedade em que se dá o suposto incômodo.
Ali. 8° Quando o nível de ruído proveniente de tráfego, medido dentro dos limites reais da
propriedade em que se dá o incômodo, ultrapassar os níveis aqui fixados, caberá à Secretaria
Municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano articular-se com os órgãos competentes,
visando à adoção de medidas para a eliminação ou minimização da poluição sonora.
§2° _ Nos casos em que não se exigir o revestimento acústico adequado, o Município deverá
estabelecer no alvará as condições, os critérios e os horários para funcionamento do
estabelecimento.
Art. 10. As atividades de trabalho manual e as de "carga" e "descarga" em geral, bem como toda e
qualquer atividade que resulte prejuízo ao sossego público deverão ser realizadas no período diurno
com o respectivo licenciamento ambiental, e de acordo com as normas expedidas pelo órgão
municipal de trânsito.
Art. 11. A emissão de sons ou ruídos produzidos por veículos automotores, ciclomotores ou de
tração animal, e os produzidos no interior dos ambientes de trabalho, obedecerão às normas
-
expedidas respectivamente pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente CONAMA, e pelos órgãos
competentes, devendo a Secretaria de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano, em conjunto com os
Fiscais de Posturas, empreender a fiscalização e aplicação das penalidades previstas nas
mencionadas normas.
-
§ 1° - O Departamentode Trãnsito Ourotran deverá empreender vistoria ambienta! nos veículos
que necessitem de seu licenciamento ou autorização, averiguando os níveis de emissão de sons e
ruídos, de modo a compatibilizá-Ios com esta lei e com as normas estaduais e federais pertinentes.
Art. 12. Os serviços de alto-falantes fixos somente poderão ser licenciados para ruas e áreas
preponderantemente comerciais ou industriais, para funcionamento nos horários das dez às
dezesseis horas em dias úteis.
Fax
. {31} 3559 3205 .
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§ '].O- É proibida a realização de atividades que utilizem sonorização móvel em zonas sensíveis a
ruído, especialmente nas ZPE's.
Art. 14. A realização de atividades recreativas ou culturais que utilizem sonorização fixa ou móvel,
em ruas ou áreas preponderantemente residenciais, deverá ser objeto de licenciamento especial da
Secretaria de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano.
Art. 15. As festas eventuais realizadas em terreiros ou locais abertos, públicos ou privados, que
utilizem sonorização, deverão ser autorizadas pela Secretaria de Patrimônio e Desenvolvimento
Urbano e obedecerão aos limites estabelecidos por esta lei e critérios definidos no licenciamento.
Art. 17. Fica proibida a concessão de autorização para funcionamento de serraria, marmoraria,
metalúrgica ou empresa ou indústria congênere em rua, vila, bairro ou área preponderantemente
residencial, sem prejuizo para aqueles que estiverem regularmente funcionando antes da vigência
desta Lei.
Art. 18. Somente será licenciado funcionamento de indústria de fabricação de alarmes sonoros de
segurança, de morteiros, bombas, rojões, foguetes ou fogos de artificio em geral fora da zona
urbana, desde que os estampidos não ultrapassem o nível máximo de noventa decibéis medidas na
curva "C" do medidor de intensidade de som, à distância de sete metros da origem do estampido ao
ar livre, observando as disposições de determinações policiais e regulamentares a respeito.
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Art. 20. Não se compreendem nas proibições dos artigos anteriores ruídos e sons produzidos:
-
11 por sinos de igrejas ou instrumentos de templos religiosos que sirvam exclusivamente para
indicar a hora e anunciar a realização de atos ou cultos religiosos, nunca superiores a quinze
minutos, em horário diurno, respeitados os limites estabelecidos nesta lei;
v -
por explosivos utilizados excepcionalmente e com autorização da Secretaria de Patrimônio e
Desenvolvimento Urbano;
-
VI por alarme sonoro de segurança, residencial ou veicular, desde que o sinal sonoro não se
prolongue por tempo superior a quinze minutos;
-
VII durante o período camavalesco, ano novo, festividades religiosas, festas juninas, e outras
festividades municipais, casos em que a Comissão Municipal de Educação e Controle da Poluição
Sonora deverá expedir regulamentação específica;
VIII - por obras e serviços urgentes e inadiáveis, decorrentes de casos fortuitos ou de força maior,
ou perigo iminente à segurança e ao bem estar da comunidade, bem como o restabelecirnento de
serviços públicos essenciais, tais como energia elétrica, gás, telefone, água, esgoto e sistema viário.
Art. 21. Os estabelecimentos que já obtiveram licenciamento e alvará de funcionamento e que são
potenciais poluidores sonoros deverão obter o licenciamento ambienta!, para tanto estabelecendo,
em comum acordo com o órgão municipal responsável pela política ambiental, o plano de
adequação a esta lei.
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(conJÍlllUlÇ80 da Lei Complementar n" 1612006)
Art. 22. Os técnicos da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, bem como os investidos dessa
condiçãoattavés de convênio, acordo ou qualquer outro instrumento utilizado pelo poder público
local, no exercício da ação fiscalizadora, terão a enttada franqueada nas dependências das fontes
poluidoras instaladas no Município, onde poderão permanecer pelo tempo que se fizer necessário.
Parágrafo único - Nos casos de obstrução à ação fiscalizadora, poderá ser requisitado auxílio das
forças policiais.
Art. 23. A pessoa fisica ou jurídica que inftingir qualquer dispositivo desta lei, seus regulamentos e
demais normas dela decorrentes, fica sujeita às seguintes penalidades, independente da obrigação
de cessar a infração e de outras sanções cíveis e penais:
I - notificação por escrito, na qual deverá ser estabelecido prazo para o ttatamento acústico,
quando for o caso;
n - multa simples, que poderá, a critério da Administtação Municipal, ser convertida em prestação
de serviços comunitários, a pedido do interessado;
x . intervenção em estabelecimento;
Praça Barão do Rio Branco,
xm - restritivas de direitos.
§ 1°- É reincidente o infrator que, depois de receber qualquer das penalidades prevista neste artigo,
esgotada a via recursal, cometa nova infração no prazo de 36 (trinta e seis) meses.
§ 4° - A multa simples será aplicada sempre que o infrator, por negligência ou dolo:
I - após ser notificado por escrito, praticar, deixar que se pratique a infração e deixar de cumprir as
exigências técnicas exigidas, no prazo estabelecido pelo órgão fiscalizador;
§ 6° - A apreensão referida no inciso VTI do caput deste artigo será aplicada após a segunda
reincidência.
§ 8° - As sanções indicadas nos incisos N, V, VI, VIlI e IX do caput serão aplicadas, quando o
produto, a obra, a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais
ou regulamentares.
n' 1fíI1006)
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-
§ 10 As sanções restritivas de direito são:
v - proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.
§ 13 - O proprietário de mais de uma residência será considerado reincidente ainda que a inftação
aos dispositivos desta Lei ocorra em diferentes residências.
§ 14 - As penalidades de que trata este artigo, poderão ter sua aplicação suspensa quando o inftator,
por termo de compromisso aprovado pelo órgão fiscalizador que as aplicou, obrigar-se à adoção
imediata de medidas específicas para cessar e corrigir a poluição sonora comprovada.
Art. 24. As multas serão aplicadas no valor de 50 (cinqüenta) UPM's a 500 (quinhentas) UPM's,
graduadas segundo critérios de gravidade do ilícito ou reincidência, e serão arbitradas pelo Fiscal
de Posturas no ato de autuação, podendo ser cumulativas com outras penalidades.
-
I ter o infrator agido em dolo, fraude ou má-fé;
m -deixar o infrator de adotar as providências de sua alçada, com fins de evitar o ato lesivo;
IV -ser o inftator reincidente.
§ 3" - As multas podeIio ser reduzidas em até sessenta por cento do valor original ou dispensadas
por termo de compromisso firmado com a Secretaria de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano,
caso o poluidor cesse de imediato o distúrbio ou poluição provocada ou se obrigue a adotar as
medidas necessárias para fazer cessar ou corrigir a poluição ou distúrbio sonoro provocado.
-
§ 4° A multa poderá ser aumentada até cem vezes, se a autoridade considerar que, em virtude da
situação econômica do agente, ela se revelar ineficaz, ainda que aplicada no seu valor máximo.
-
§ 5" Sem prejuizo às circunstâncias agravantes e atenuantes, servirão de parâmetro para a fixação
do valor da multa:
i\rt. 25. As receitas provenientes da aplicação desta lei integrado o orçamento do Município e
seIão destinadas ao combate da poluição sonora.
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Art. 27. Esta Lei entra em vigor sessenta dias após sua publicação.
BBI
OLVIMENTO URBANO
PUBLICAÇÃQ
P\Jbiic~d Q,. mediante afixação nas
portarias dos prédios da PmfcJitufa C
da Câmara Municipal, nos t~rmcs do !
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