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Resenha

Lançada em 2015, a animação Divertida Mente (no original Inside Out) tem como protagonista a
menina Riley, que se vê obrigada a mudar de cidade com os pais.

Acompanhamos o seu processo de adaptação na vida nova e assistimos como as cinco emoções
(Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho) regem o seu comportamento. Através de personagens
lúdicos observamos o funcionamento cerebral de Riley e como ela se comporta socialmente.

Divertida Mente trata de um tema complexo (a máquina do nosso pensamento) a partir de uma
abordagem singela e didática. Não por acaso, o longa-metragem recebeu os mais importantes
prêmios de melhor filme de animação (Oscar, BAFTA e Globo de Ouro).

Resumo

Riley descobre que irá se mudar de Minnesota para São Francisco por causa do trabalho do pai. A
menina tem 11 anos quando toma consciência de que irá passar por essa complicada transição.

Riley enfrentará portanto duas mudanças: uma externa (de cidade) e uma interna (o fim da fase
infantil para a entrada na adolescência).

Ao longo do filme acompanhamos o desenvolvimento da menina desde o momento que ela sai da
barriga da mãe. Assim que a pequena bebê é segurada no colo vemos nascer também seu
primeiro sentimento, a Alegria.

Logo a seguir, precisamente 33 segundos depois, aparece o Medo e a Tristeza, outros sentimentos
que a acompanharão durante o seu percurso. Mais tarde se juntará a Raiva e o Nojinho, outros
dois afetos essenciais que disputarão o controle da sala de comando.

Assistimos não só o que se passa no dia-a-dia da garota como também de que forma esses
sentimentos vão sendo processados. Riley é obrigada a deixar para trás o seu time de hockey
(os Feras do Gelo), os amigos e a casa que tanto gostava. Seu dia-a-dia passa por uma mudança
substancial.

E não se trata aqui de demonizar ou louvar algum sentimento específico, todos eles são
importantes para a manutenção da saúde psíquica da menina. Percebemos rapidamente como o
Medo, por exemplo, é essencial para garantir a segurança da criança.

Cada memória base é organizada de modo a moldar um aspecto da personalidade da Riley. Na


menina várias ilhas coexistem: a Ilha da bobeira, da amizade, da honestidade, da família...

Através da animação, de forma metafórica, entendemos como se dá o nosso funcionamento


interno: o trem do pensamento, o depósito de memória, as emoções complementares que se
revezam ao longo das várias fases da vida.

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