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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - CENTRO UNIVERSITÁRIO

CURSO DE PSICOLOGIA

ABORDAGENS PSICOLÓGICAS CONTEMPORÂNEAS

DIVERTIDA MENTE

Turma 217102B13
Abinoã Maria de Melo Ferreira – RA 2009100
Amanda Moira Amaro – RA 2481337
Alice Akemy Claro Araujo – RA 2408490
Bruna Vitória de Lima – RA 2415260
Carlos Calciolari - RA 2480544
Carlos Eduardo Bastos Richter - RA 2365590
Guilherme Zuglian Cordéro da Silva – RA 2419458
Jéssica Ramires Loiola – RA 2948703
Luís Felipe Ramos Trevisan – RA 2585703
Maria Luiza de Carvalho Sala – RA 2428476
Matheus Eduardo de Freitas Ulloa – RA 2224037
Mayara Amanda Pesenti RA 2397160
Nathalia Canazza de Campos – RA 2811987
Nathalia Ferreira Silva de Arantes – RA 2389840
Robson Campilongo Carvalho – RA 2410505
São Paulo
Março 2023
2

SUMÁRIO

Introdução . . . . . . . . . . 3

1. História de vida da personagem Alegria . . . . . 5

2. Marcos e eventos significativos da abordagem escolhida . . . 11

3. O caso clínico na abordagem escolhida . . . . . 13

3.1 Processo da Terapia Racional Emotiva Comportamental . . 13

3.2 Dinâmica do desenvolvimento do caso clínico . . . . 13

3.3 Abordagem escolhida – síntese teórica . . . . . 14

3.4 Relação com a abordagem escolhida – Prognóstico . . . 14

3.5 Plano de ações . . . . . . . . . 15

Referências . . . . . . . . . . 18

APÊNDICE – SLIDES DE APRESENTAÇÃO . . . . . 19


3

INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como finalidade presente a elaboração de um


trabalho acadêmico para atendimento à Atividade Prática Supervisionada - APS,
compondo parte da nota de avaliação da disciplina Abordagens Psicológicas
Contemporâneas, do segundo semestre do Curso de Psicologia, do Centro
Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas, tendo como professora e
orientadora a Dr.ª Juliana Santos Graciani.

Foi apresentada a seguinte proposta de APS1:

(Plano terapêutico: 1) Diagnóstico/sintoma, 2) prognóstico e 3) |Plano de ações).


Aberto: terça, 29 ago 2023, 06:03
Vencimento: terça, 31 out 2023, 23:59

Após a coleta de títulos de filmes, que serviriam para objeto do trabalho,


foi escolhido o filme Divertida mente, por apresentar várias emoções de uma mesma
personagem, com todas as suas ações e reações.

Tal película de animação, produzida pela Disney, com tradução para


“Divertida mente”2, tem o nome original de “Inside Out”, sendo uma comédia

1
Anexo – APS. Disponível em: <20232-S000888: Anexo - APS (ambienteacademico.com.br)>.
Acesso: 1º out. 2023.
4

dramática estadunidense de 2015 produzido pela Pixar Animation Studios e lançado


pela Walt Disney Pictures.

Dirigido e coescrito por Pete Docter, o filme se passa na mente de uma


menina, Riley Andersen, onde cinco emoções — Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e
Nojinho — tentam conduzir sua vida quando ela se muda com seus pais para uma
nova cidade. O longa-metragem foi codirigido e coescrito por Ronnie del Carmen e
produzido por Jonas Rivera, com trilha sonora composta por Michael Giacchino.

Ficha técnica3: diretores Pete Docter (diretor) e Ronnie Del Carmen (co-
diretor) e como roteiristas Pete Docter, Meg LeFauve e Josh Cooley. Seu
lançamento foi em 8 de junho de 2015, com duração: 1h 35min.

Divertida mente ganhou vários prêmios: Oscar de Melhor Filme de


Animação 2016, BAFTA de Melhor Filme de Animação 2016 e Globo de Ouro de
Melhor Filme de Animação 2016.

A personagem escolhida, também por aclamação quase unânime dos


integrantes do grupo de estudo foi uma das cinco emoções da personagem infantil, a
“Alegria”, representada por uma figura humana de cabelo e olhos azuis, pele clara e
vestido verde claro.

2
PIXAR Animation Studios. Divertida Mente. Lançamento Walt Disney Pictures: 2015. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=MGwWBm-WpYg>. Acesso: 21 set. 2023

3
FUCKS, Roberta. Filme Divertida Mente (resumo, análise e lições). Disponível em: < Filme
Divertida Mente (resumo, análise e lições) - Cultura Genial>. Acesso: 21 set. 2023.
5

1. HISTÓRIA DE VIDA DA PERSONAGEM ALEGRIA

Pode-se visualizar a Alegria, vestida de verde, no pôster de divulgação da


animação Divertida Mente:

4
Imagem 1: Pôster da animação Divertida Mente

A estória5, 6
de Divertida Mente, é mais do que um filme, é uma grande
lição tanto para as crianças quanto para os adultos, sobre compreensão das
próprias emoções, segue a vida emocional de uma menina chamada Riley, cujas
emoções alegria, tristeza, raiva, nojo e medo controlam sua mente.

Riley ao longo de seu crescimento vai acumulando memórias de


experiências que constituem sua personalidade, adquirindo valores relacionados:

- Medo ao passar sobre extensão elétrica (3m10s);

- Nojo ao experimentar pela primeira vez brócolis, recusando-o para não


se envenenar (3m30s);

- Raiva ao gritar por ser negada sobremesa por não comer brócolis
(3m59s);

4
WALT DISNEY Pictures. Divertida Mente. Animação: 2015. Disponível em:
<https://br.pinterest.com/pin/748301294306515437/>. Acesso: 1º out. 2023.
5
RESUMOS de filmes infantil. Resumo filme Divertida mente. Disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=a4XaxPFIVbc>. Acesso: 1º out. 2023
6
@60segundosDeFilmes. Divertidamente resumo completo do filme. Disponível em: <(923)
Divertidamente Resumo Completo Do Filme - YouTube>. Acesso: 1º out. 2023.
6

- Alegria ao brincar de comer, o brócolis, mas sob forma de aviãozinho


(4m13s); e

- Tristeza em vários episódios de rasgar seu ursinho, cair seu sorvete no


chão, fazer mercado arrastada, ser colocada na cadeirinha do carro (4m28s).

Alegria é a emoção que comanda a protagonista Hiley, através de suas


memórias podemos perceber que a menina teve uma infância feliz e tranquila com
muito apoio da família e de amigos, além de ter crescido e se desenvolvido em um
ambiente seguro e saudável é justamente por ter tido a infância afortunada que a
Alegria assumiu um papel de protagonista no centro do comando das emoções e
passou a controlar todos os aspectos da vida de Hiley, até o momento da mudança
para São Francisco, a garota ainda não havia lidado com frustrações e teve poucas
experiências relacionadas às outras emoções se comparado as suas memórias
alegres; a Raiva, a Tristeza e o Nojo tentam ajudar a controlar a mente da
protagonista, mas essas emoções possuem um papel secundário e até mesmo
subserviente em relação a Alegria que inclusive é a responsável por toda as
memórias base de Hiley.

As memórias bases (4m55s), as mais importantes, formadas pelas suas


experiências, sempre com Alegria na liderança das emoções, criam núcleos de
atividades mentais, com seus valores: Ilha do Hóquei – esportivo (5m e 5m25s), Ilha
da Bobeira – alegria (5m28s), Ilha da Amizade – companheirismo (5m39s), Ilha da
Honestidade – verdade (5m44s) e Ilha da Família – união familiar (5m47s), assim
formando sua personalidade única.

Ilhas da Família, da Honestidade, do Hóquei, da Amizade e da Bobeira (7m13s)


7

É interessante como Divertida mente nos mostra que as memórias base


formam a nossa personalidade, um contra ponto de uma teoria de que a nossa
personalidade já é pré definida antes mesmo de nascermos, apesar de possuirmos
uma tendência genética a certos tipos de personalidade, o meio em que vivemos
também exerce na sequência sobre como essas características irão se manifestar,
sendo difícil dizer com exatidão qual dos dois tem mais influência.

A família de Riley muda-se de cidade em função da atividade profissional


de seu pai, passando a criança a enfrentar o saudosismo de suas atividades e
amizades anteriores, bem como novos desafios para adaptar-se a sua nova cidade
de residência, para o que as personagens das cinco emoções trabalham juntas para
tal façanha.

O pai de Riley com sua Raiva no controle e a mãe de Riley com a


Tristeza, porque ela provavelmente estava triste com a mudança e tinha uma
expectativa mais realista sobre este acontecimento do que a filha que chegou a
hipotetizar e idealizar casas fantasiosas e uma vida perfeita na nova cidade(8m29s),
mas ao se deparar com a realidade, acabou se frustrando e perdendo sua
alegria(8m47s).

Na tentativa de Alegria manter somente memórias felizes no centro de


memórias básicas, evitando a entrada de uma memória triste (24m24s), Alegria e
Tristeza são sugadas acidentalmente para fora do Centro de Controle das Memórias
e Emoções de Riley (25m00s), indo parar junto ao armazenamento das memórias
periféricas de longo prazo (25m50s), em estantes parecendo o formato das
circunvoluções cerebrais do córtex.

Hiley é uma pré adolescente de 11 anos, ou seja, está transacionando da


infância para um estágio de desenvolvimento mais complexo, momento da vida em
que ocorre um contato inicial com o mundo adulto, enquanto, em sua cabeça infantil,
São Francisco era um conto de fadas, na realidade a cidade se mostrou um lugar
estranho, diferente de sua cidade natal.

A aventura tem como cerne elas encontrarem um caminho de volta, para


voltarem a atuar, talvez pelo “trem do pensamento” (40m26s), enquanto as outras
emoções assumem o controle e afetam a personalidade de Riley.
8

Se nunca tivéssemos nos sentindo tristes não saberíamos nem mesmo o


que é a alegria. A relação entrelaçada entre essas duas emoções fica evidente na
cena em que a Alegria é sugada pelo cano na sala de comando e imediatamente
ocorre o mesmo com a Tristeza (25m00s), e essa foi a forma lúdica utilizada pelo
filme para nos mostrar que elas são de fato emoções inseparáveis. O tempo todo a
Alegria tenta proteger Hiley da tristeza deixando-a literalmente contida em uma
redoma, mas durante a jornada de volta à sala de comando Alegria começa a
perceber a importância de sua antagonista.

Ao longo da jornada das heroínas, Alegria e Tristeza passam por várias


áreas do cérebro de Riley, incluindo a Memória de Longo Prazo (25m50s), a Terra
da Imaginação (40m45s e 44m), a Sala dos Sonhos (52m), o Subconsciente (56m) e
no descarte de memórias esquecidas (1h6m).

Região da Memória de Longo Prazo (33m18s)

Elas encontram um personagem chamado Big Bong (37m34s), antigo


amigo imaginário de Hiley, que já havia sido esquecido, que as ajuda a chegarem ao
seu destino. No encontro, ele chora por ter perdido seu foguete, a Alegria queria que
ele continuasse ajudando a voltar a sala de comando, então tenta deixá-lo alegre
contando piadas e fazendo graça, mas ele não se anima, apenas quando a Tristeza
o consola é que ele aceita a sua perda. Essa é uma das cenas mais importante do
filme, pois mostra que a Alegria tem dificuldade em ser empática, enquanto esta é
uma habilidade da Tristeza, embora ainda não fique totalmente convencida, neste
9

momento, Alegria começa a perceber que a Tristeza tem um algo a mais a oferecer
que até então ela havia ignorado: apenas quando a Alegria permitiu-se chorar que
Hiley é consolada pela família e pelos amigos por ter errado o lance no
jogo(1h9m24s). Assim Alegria realmente reconhece a importância da Tristeza, pois,
embora em um momento anterior do filme ela relata se lembrar dessa memória
como algo alegre, a Tristeza também se lembrava dela com uma memória triste,
esta era por tanto a primeira memória complexa de Hiley, ou seja, sua primeira
memória que misturava essas duas emoções antagônicas.

Desta forma a Alegria percebe que a Tristeza é a única que traria reflexão
e razão para Hiley no momento final do filme, fazendo-a desistir da ideia impulsiva
de querer voltar à sua cidade natal sozinha de ônibus (1h00m30s), além disso,
assim que ativa a sua tristeza, Hiley percebe que poderia contar com seus pais, que
em outras oportunidades já haviam dado suporte emocional que ela tanto precisava
naquele momento. Depois que a Tristeza consegue desatarraxar do painel a ideia de
fuga (genialmente representada por uma lâmpada) (1h18m56s), Alegria permite que
ela toque as memórias que outrora foram a base da personalidade infantil de Hiley
tingindo-as de azul (1h20m), Alegria percebeu que essas memórias pertenciam
agora ao passado. Hiley precisava lamentar o que ficou para trás para conseguir
aceitar sua nova vida em São Francisco.

As novas memórias base produzidas passam a ser mistas não só alegres


(1h24s). As memórias referentes ao jogo, como se pode ver, são misturadas entre
alegria e raiva (1h23m), mostrando que até este sentimento se faz necessário em
certos momentos e através da mistura entre alegria e tristeza.

Uma nova ilha da família surge no lugar da antiga (1h23m30), baseada no


amor adquirido pelo sofrimento, fruto do momento em que Hiley aceita sua tristeza e
é consolada pelos pais, e essa ilha é ainda maior e completa porque surgiu de um
amor mais profundo e até mais duradouro que envolve emoções complexas como
empatia e a compaixão.
10

Imagem da nova ilha formada (1h24m5s)

O filme aborda temas como a importância das emoções negativas e a


mudança e crescimento ao longo da vida. Divertidamente traz reflexão justamente
por que é muito fácil identificarmos as situações propostas pela abstração de como
funcionam nossos pensamentos e emoções deixando a grande lição que se deve
deixar as emoções conversarem para que se possa compreendê-las e aceitá-las
com mais maturidade.
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2. MARCOS E EVENTOS SIGNIFICATIVOS DA ABORDAGEM ESCOLHIDA

A criação das memórias bases e ilhas dos valores de personalidade


(desporto/hóquei, alegria/bobeira, amizade, honestidade e família) foi abordada no
resumo da estória inicialmente, mas é importante elencar outros obeliscos
psicológicos, em conformidade com Albert Ellis.

Com base na teoria de Ellis, e de suas técnicas (emocional - imaginação


racional e dramatização, ensaia-se um novo pensamento e suas consequências; e
comportamental, muda-se a sensibilidade das crenças irracionais p desenvolver um
repertório de crenças mais racional) por meio de sua terceira, a técnica cognitiva,
Identificam-se os pensamentos dogmáticos, a partir dos quais foram
diagnosticados seus sintomas (Plano Terapêutico) a seguir.

1 – Alegria comanda as demais emoções pois acredita que deve ser


perfeita, competentes, adequados, inteligentes e auto-realizadores em tudo, não
aceitando momentos e memórias, principalmente as base, que tenham emoções
diversas;

2 – O nojo de brócolis aos 3m 30s é causado por uma crença irracional


diante do desconhecido, colocando tal verdura (caules e flores) como perigosa,
apesar de isso não afetar Riley de forma relevante, acreditando ser aterrorizante e
que devia se preocupar muito com aquela verdura (3m30s);

3 - Obviamente o pai de Hiley estava estressado com o novo emprego e


por se achar responsável pela mudança, por esse motivo sua Raiva estava no
controle, também crente ser terrível, horrível e catastrófico quando as coisas não
ocorrem como queremos (melhor aceitarmos sua existência q lastimar).

Aliás, uma das questões mais importantes levantadas em divertidamente


é o ser humano achar que precisa ser feliz o tempo todo. Apesar de bem
12

intencionada, Alegria apresentava claramente um senso de arrogância e


superioridade e acreditava que só ela deveria resolver os problemas de Hiley,
sempre que as outras emoções tentavam tomar o controle da mente da garota,
Alegria se desesperava e rapidamente recuperava o controle concertando aquilo que
acreditava estar errado, este é um mecanismo de defesa comum em crianças que
ainda não precisaram lidar com as frustrações e com os problemas da vida adulta, a
criança inclusive tende a brincar e usar a criatividade para elaborar conceito que
ainda não compreende.

Em São Francisco, as ruas, as pessoas, as pizzas eram diferentes de


tudo aquilo que ela conhecia e apreciava. Hiley bem que tentou deixar a Alegria
comandar, mas com tantas mudanças, emoções e frustrações era impossível ficar
feliz o tempo todo. Um conceito relativamente recente é o da positividade tóxica, que
consiste na negação de todo e qualquer sentimento que não seja a alegria, é uma
ideia diferente por exemplo do otimismo da psicologia positiva de Martin Seligman, o
otimismo racional se baseia inicialmente na Psicologia Cognitiva Comportamental,
sendo muito útil para desconstruirmos o pessimismo que adquirimos ao longo de
nossas vidas, uma pessoa pessimista por exemplo pode aprender a ser otimista
praticando as técnicas cognitivas e comportamentais que forem propostas.

Resumindo, o otimismo em excesso é prejudicial à saúde, portanto ele


deve ser intencional e equilibrado, e para isso todas as emoções precisam estar em
harmonia, assim como o filme mostra. Em alguns momentos vamos sim precisar por
exemplo da agressividade extra para aguentarmos uma semana especialmente
difícil, ou mesmo da tristeza para elaborarmos um luto e perdas, ou mesmo para
ajudarmos outras pessoas, o problema é que nenhuma emoção deve ditar os
pensamentos e os comportamentos de uma pessoa o tempo todo. Uma pessoa
habitualmente dominada pela Tristeza desenvolve depressão clínica; se o Medo
comanda, os transtornos de ansiedade aparecem; quando a raiva é o piloto, a
pessoa pode sofrer um Burnout e, à medida em que amadurecemos, impossível ter
somente Alegria como comandante, pois nos tornamos mais complexos através de
nossas experiências.
13

3. O CASO CLÍNICO NA ABORDAGEM ESCOLHIDA

3.1 Processo da Terapia Racional Emotiva Comportamental

O filme "Divertida Mente" retrata a jornada emocional da personagem


Alegria, que é confrontada com desafios e mudanças em sua vida. Com base nos
princípios da terapia cognitiva desenvolvidos por Albert Ellis, podemos analisar como
as 12 crenças irracionais poderiam ajudar Alegria a lidar com suas emoções e
crenças que seriam abordadas em uma terapia clínica.

3.2 Dinâmica do desenvolvimento do caso clínico

Os marcos e eventos significativos serão analisados em conformidade


com o fluxograma da TREC – Terapia Racional Emotiva Comportamental:

7
Fluxograma da Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC)

7
GRACIANI, Juliana Santos. Albert Ellis.pptx. Imagem: Slide 3 da arquivo de Power Point fornecido
pela professora. São Paulo/SP: Set. 2023.
14

3.3 Abordagem escolhida – síntese teórica

Feito resumo da estória de Alegria de Riley, na animação “Divertida


mente” (A do fluxograma - p.12), foram identificadas as crenças disfuncionais (B do
fluxograma - p.12) e as consequências emocionais indesejáveis (C do fluxograma –
p.12), a partir do que serão traçadas as estratégias cognitivas, emocionais e
comportamentais (D do fluxograma – p.12), alcançando-se os efeitos cognitivos e
comportamentais desejáveis (E do fluxograma – p.12).

3.4 Relação com a abordagem escolhida - Prognóstico

A Alegria está de certa forma em depressão! Ela não vê perspectivas de


futuro e só vê felicidade no passado que não existe mais, só que ao invés de se
enlutar, ela está em negação da depressão dela e é reativa, quer a todo custo fazer
o passado voltar.

Alegria passa por um tratamento "de choque", ou seja, é obrigada a


aprender a aceitar as outras emoções e conviver com elas em harmonia.

A alegria vai ganhando um papel criativo / protetivo ou agressivo/restritivo,


que pode representar diversos opostos dentro da mesma emoção. Neste sentido, a
Alegria pode representar o bem-estar, a disposição, a positividade, a extroversão, e
a capacidade para o relacionamento e autoestima. Mas também, a euforia, a
negação e a onipotência. Podendo acarretar na ansiedade e constrangimento. O
medo que a Alegria sente, ao ver que a Tristeza fosse tocar na mesa de controle -
medo de deprimir - coloca a Alegria em hiperatividade. Ao mesmo tempo em que
podemos ver a negação como algo prejudicial, entendemos que ela faz parte de um
processo de luto, ou seja, um recurso protetivo. Uma vez que a situação traumática
pode gerar crenças e memórias marcantes muito tristes, afetando negativamente o
desenvolvimento de Riley. O problema é que quando tal defesa se estende como
único recurso, constitui-se como forte resistência que impede o contato emocional
com a dor, o que é essencial para que o trabalho de luto possa ser realizado.
15

Seu melhor prognóstico seria romper crenças limitantes e irracionais,


como “será bom para a Riley ser sempre feliz”, aceitar e reconhecer outras
emoções, reconhecer potencialidades e papéis fundamentais nas outras emoções,
saber conviver com a diferença e aceitação de si mesma com suas potencialidades,
mas com humildade e empatia, rompendo a crença limitante de que só ela, Alegria,
era a necessária.

3.5 Plano de ações

Conscientizar a paciente - Alegria - de que seu sofrimento está associado


a crenças irreais e absolutistas sobre si mesma, sobre os demais e sobre o mundo.
Com essa abordagem damos um modo de pensar de maneira mais racional, sendo
capaz de debater e desafiar crenças disfuncionais. Consequentemente, pode deixar
de produzir sofrimento com suas interpretações e ainda evitar que novas crenças
irracionais sejam desenvolvidas. Atuando em um modelo educacional, ensinando a
paciente, a se conscientizar de seu próprio padrão cognitivo, compreender melhor a
si mesmo e modificar seu comportamento. Em termos práticos, a primeira
intervenção técnica na terapia racional-emotiva comportamental é a avaliação inicial,
de preferência, utilizando aspectos cognitivos, emocionais e comportamentais.

1. Alegria pode ter a crença irracional de que ela deve ser sempre feliz e
evitar qualquer emoção negativa. Na terapia, ela seria encorajada a reconhecer que
todas as emoções têm um propósito e que é normal sentir tristeza, raiva ou medo
em certas situações.

Não somos máquinas programadas para agir de determinada maneira,


tampouco reflexos condicionados pela cultura que nos cerca despido de vontade
própria, logo, divertidamente só se complementa em suas diferentes visões sobre a
formação de nossa personalidade, ainda sobre esse assunto, algumas pessoas são
mais otimistas, simplesmente, porque nasceram assim o mesmo por que foram
ensinados a pensar desta maneira, então otimismo passa a integrar a personalidade
do indivíduo, porém, uma pessoa com a personalidade mais otimista inevitavelmente
vai passar por períodos em que sua alegria típica deixa de comandar e é justamente
16

isso que se vê na mente dos adultos de divertidamente, por exemplo a comandante


da mente da mãe da Hiley é a Tristeza (27m39s), já a do pai é a Raiva(28m14s),
isso não quer dizer que essas sejam necessariamente suas emoções dominantes,
esses comandantes podem ser temporários, e à medida que nossas emoções se
tornam mais sofisticadas, nossos comandantes mudam de acordo com
determinadas situações.

2. Ela pode acreditar que as circunstâncias externas são as únicas


responsáveis por suas emoções. Na terapia, Alegria aprenderia que suas emoções
são influenciadas por suas interpretações e pensamentos sobre os eventos, e que
ela tem o poder de escolher suas reações.

3. Alegria pode ter a crença irracional de que é necessário ser amado e


aprovado por todos o tempo todo. Na terapia, ela seria encorajada a desenvolver
uma autoestima saudável e a entender que não é possível agradar a todos o tempo
todo.

4. Ela pode acreditar que certos eventos são terríveis e insuportáveis. Na


terapia, Alegria aprenderia a questionar essas crenças e a considerar perspectivas
alternativas, buscando uma visão mais equilibrada dos eventos.

5. Alegria pode ter a crença irracional de que é injusto quando as coisas


não acontecem como ela deseja. Na terapia, ela seria incentivada a aceitar que nem
sempre as coisas acontecem conforme o planejado e a desenvolver habilidades de
adaptação.

6. Ela pode acreditar que é crucial que ela seja competente e bem-
sucedida em todas as áreas da vida. Na terapia, Alegria aprenderia a valorizar o
esforço e o progresso, em vez de se fixar apenas nos resultados.

7. Alegria pode ter a crença irracional de que as pessoas são más e ruins
quando não agem de acordo com suas expectativas. Na terapia, ela seria
encorajada a praticar a empatia e a considerar que as pessoas têm suas próprias
motivações e experiências.

8. Ela pode acreditar que é necessário se preocupar excessivamente com


eventos futuros. Na terapia, Alegria aprenderia a focar no presente e a lidar com as
preocupações de forma mais realista e controlada.
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9. Alegria pode ter a crença irracional de que ela não tem controle sobre
suas emoções. Na terapia, ela seria incentivada a reconhecer que tem a capacidade
de influenciar suas emoções através de suas escolhas e pensamentos.

10. Ela pode acreditar que a felicidade deve ser alcançada rapidamente e
sem esforço. Na terapia, Alegria aprenderia a valorizar o processo de crescimento
emocional e a entender que a felicidade é construída ao longo do tempo.

11. Alegria pode ter a crença irracional de que eventos passados


determinam seu presente e futuro. Na terapia, ela seria encorajada a reconhecer
que pode aprender com o passado, mas que tem o poder de criar um futuro
diferente através de suas escolhas no presente.

12. Ela pode acreditar que sua felicidade depende inteiramente dos
outros. Na terapia, Alegria aprenderia a desenvolver sua própria fonte de felicidade
interna e a depender menos da validação externa.

Por meio da terapia cognitiva e da abordagem das crenças irracionais,


Alegria poderia adquirir uma maior compreensão de suas emoções e desenvolver
habilidades para lidar com as adversidades da vida de forma mais saudável e
equilibrada. Isso permitiria que ela experimentasse uma maior flexibilidade
emocional e alcançasse um maior bem-estar psicológico.
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Referências

ELLIS, Albert. The art and science of Love. The Institute for Rational Living: Lyle Stuart Inc.
Eileen Brand - New York: 1960.
RANGÉ, Bernard; SOUZA, Conceição Reis de e FALCONE, Eliane Mary de Oliveira. 12
terapias racional-emotiva, cognitiva e do esquema. Capítulo do texto de Albert Ellis
fornecido pela professora. Disponível em:
<ttps://ambienteacademico.com.br/pluginfile.php/1923916/mod_resource/content/1/Texto%
20Albert%20Ellis.pdf>. Acesso: 1º out. 2023.
Graciani, Juliana Santos. Terapia Racional Emotiva Comportamental de Albert Ellis.
Apresentação disponibilizada pela professora. Disponível em:
<https://ambienteacademico.com.br/mod/resource/view.php?id=1196639>. Acesso: 1º out.
2023.
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APÊNDICE – SLIDES DE APRESENTAÇÃO


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