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Desde tempos mais remotos, antes mesmo que a fagulha do conhecimento acendesse a

chama das civilizações, seguidores de Asgorath, mais tarde divididos entre duas ordens,
traziam ovos recém postos consigo em busca daqueles que compartilhassem suas almas com
os dragões ainda não nascidos.
Tal prática, viria a ser esquecida junto a guerra entre Tiamat e seus cultistas, e Bahamut, com
seus paladinos, pelo ovo gerado a partir da união proibida entre os filhos de Asgaroth. Ambas
as ordens viriam então, a serem apagadas da história juntos a suas relíquias, templos e toda
cultura formada após seus séculos de existência, pelas mãos das primeiras civilizações e seus
poderosos e amedrontados líderes, e principalmente pelo feito do lendário mago Thoven
Silverkin, que selara ambas as criaturas em lugares opostos do continente, presos no tempo e
no espaço.
Poucos são aqueles que lembram de tais lendas, e menos ainda, são aqueles que ainda as
seguem, levando ovos consigo e crendo que cada dragão tem seu equivalente, que deve ser
encontrados, impedindo que tais dragões se tornem bestas terríveis, indo contra os
ensinamentos de Asgorath.
Muitas vezes, estes seguidores atraem atenção indesejada, não apenas de ladrões loucos o
suficiente para tentarem roubar ovos de cavaleiros montadores, mas de dragões em si, que
desejam ovos para criarem como seus. Porém, nenhuma das batalhas contra assaltantes de
beira de estrada ou até mesmo contra dragões destruidores de vilarejos e cidades, se equipara
ao perigo imposto pelos remanescentes dos seguidores de Bahamut e de Tiamat, que
continuam suas cegas buscas pelo ovo e pelo fim dos montadores de Asgorath.
Numa dessas viagens, um jovem chamara a atenção de um dos montadores por seus
pequenos chifres apontados para trás, talvez tieflinfg, rejeitado até mesmo pelos orfanatos de
reinos vizinhos, que pedia comida ao lado da estrada principal de um vilarejo, sua pele era
acinzentada, seus cabelos eram prateados, e sua pele apresentava textura escamosa em
algumas regiões, seu nome, nem mesmo ele próprio sabia, assim como quem eram seus pais,
a única coisa sabida era que sempre estivera ali, como se esperasse algo, ou alguém.
Não foi necessário mais que uma caneca de água e um pedaço de pão para arrancar palavras
gentis e um sorriso do garoto, que se juntara a caravana mesmo sem nem receber convite, e ali
se sentira em casa, mais até que na rua, a única casa que um dia conhecera. Dias após a
chegada dos montadores, o portador dos ovos decidira mostrar os mesmos ao garoto, que já
lhes pareceria promissor, “eu apostei dez moedas que um deles iria pelo menos se mexer”
disse o rapaz antes de quase desmaiar de espanto. O ovo mais brilhante chacoalhara como
sentisse frio, mas brilhava como se estivesse exposto ao sol, e o garoto sentira tamanho calor
que suor escorria como nascente de sua testa, tudo isso ocorrera em alguns silenciosos
segundos, quebrados pelo agudo berro de alegria do rapaz que segurava a caixa de madeira.
Io, como chamavam os elfos a Asgorath, fora o nome escolhido para o pequeno filhote
chocado dias depois, e Asgorath, também fora o nome dado ao garoto, pois ele chocara o ovo
mais antigo e cobiçado pelas três ordens.
Durante os próximos anos de sua vida, o jovem cujo nome lhe traria o apelido “Ás” recebeu o
árduo treinamento de um montador mestre, e, em sua cerimônia de oficialização, celebrada
cordialmente em uma taverna qualquer, recebera seu título e um presente de seu mentor, uma
espada reluzente, forjada de uma escama do próprio primeiro dragão, pelo seu primeiro
seguidor, e montador, cujo nome fora esquecido na história, seguindo isso, o garoto recebeu
sua primeira e principal tarefa, fazer parte de um grupo de novos recrutas, responsáveis por
desvendar os mistérios, recuperar peças da história e relíquias dos primeiros seguidores. Cada
um dos cinco jovens seguiu um rumo diferente, se separando do grupo e da caravana principal.
Assim se inicia a história de Asgorath...

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