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Sobre o filme “As linhas tortas de Deus”: Um suspense que apesar de ser meio

duradouro, me prendeu muito. Causa bastante intriga e interesse em saber qual o


desfecho da história, coisa que eu não saberia lhe contar. Fiquei muito pensativa sobre
algumas coisas durante o filme, e algumas questões vieram, como: As pessoas que vão
para lugares como o sanatório, são desvinculadas imediatamente de tudo que lhe
pertencem, seja um objeto, um sentimento, um “eu”. O lugar em si e os métodos usados
para “cuidar” dos pacientes.

Em meio a tantos plot twist e questionamentos não respondidos, restaram somente suposições.
Ela poderia ser mãe dos gêmeos. Conversando com um deles, Alice fala “uma mãe nunca
esquece dos seus filhos”, dando a entender que já esteve naquele lugar e agora retornou. No
entanto, o diretor e o Dr. Donadío me parecem estarem mesmo em algum acordo com o seu
marido, coisa que me leva a supor que ela pode ser inocente ou que ele deixou aquele dinheiro
todo para pagar o seu tratamento.

Quando Alice pede a verdade ao suposto Dr. Garcia e ele diz: “a verdade é a que você
quer que seja” me fez refletir muito sobre, pois muitos daqueles pacientes criam uma
versão para si e vivem como se fosse uma verdade absoluta. E é nesse contexto que eu
me pergunto: Alice fala mesmo a verdade durante o filme ou é algo inventado por ela por
causa dos seus transtornos mentais?

As surpreendentes reviravoltas do filme fazem com que a história se faça e se desfaça


constantemente, nos levando a sair do tradicional que seria ter uma conclusão formada (e
totalmente correta) mesmo antes do fim. Me fez refletir não somente a história de Alice,
mas também de outros pacientes, estes que apresentam diversas demandas. É um filme
ótimo para discutir sobre os transtornos mentais apresentados.

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