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Conecta Brasil 2022

Desafios e Oportunidades na gestão da Infraestrutura de


Desafios e Oportunidades na gestão da
Suporte

Infraestrutura de Suporte
QUAL O NOSSO PROBLEMA?

➢Precisamos fazer um debate profundo sobre a questão dos postes


e das redes de telecomunicações em busca de uma solução
definitiva que proporcione:
1) O correto ordenamento do espaço urbano com a regularização de 10 mil postes;

2) Qualidade, confiabilidade e segurança de serviços prestados;

3) Custos justos às operadoras, empresas prestadoras de serviços e consumidores;


OS CAMINHOS PARA A SOLUÇÃO

➢ ITEM 1 - Definir as responsabilidades


- Quem paga a conta: o setor de telecomunicações?
➢ ITEM 2 - Empresas de energia devem fiscalizar
- Atenção para empresas fantasmas e irregulares.
- Esforço de certificação pela Anatel
➢ ITEM 3 - Cobrança de preços justos
- O ordenamento deve ser custeado pelas receitas decorrentes do
uso dos postes, conforme preço justo
CONFIABILIDADE DAS REDES

➢ As redes precisam ser confiáveis

- Decreto 10.569/2020, estabelece a Estratégia Nacional de


Segurança de Infraestruturas Críticas
- Resolução 740/2020, ou Regulamento de Segurança Cibernética
Aplicada ao Setor de Telecomunicações
- As regras se aplicam a todos os elos da cadeia de
telecomunicações: operadoras, fornecedores de equipamentos e
prestadores de serviço.
CONFIABILIDADE DAS REDES

➢ As redes precisam assegurar segurança cibernética

- As pessoas jurídicas envolvidas na gestão ou no


desenvolvimento das redes e serviços de telecomunicações
devem atuar em Segurança Cibernética, buscando a utilização
segura e sustentável das redes e serviços de telecomunicações
ITEM 1 - RESPONSABILIDADES

➢ Conta total de R$ 20 bilhões


- São mais de 10 mil postes a serem regularizados. Setor de
telecom não pode ser onerado a mais por esse custo
➢ As empresas de telecom sérias:
- Instalam redes adequadamente e cuidam da infraestrutura
- Mantêm contratos regulares e remunerados de uso dos postes
- Usam equipamentos homologados
- Seguem legislação trabalhista e fiscal
ITEM 1 - RESPONSABILIDADE

➢ Papel das empresas de energia


- A fiscalização deve ser feita pelas empresas de energia que já
são remuneradas pelo uso dos postes.
➢ Empresas irregulares
- Empresas irregulares instalam redes sem contrato de uso dos
postes, com equipamentos de procedência duvidosa ou objeto de
roubo de cabos, sem obedecer às normas técnicas e boas
práticas, sem garantir segurança, sem confiabilidade e sem
qualidade dos serviços. Elas devem pagar a conta juntamente
com o setor de energia.
ITEM 2 - FISCALIZAÇÃO

➢ Pelas redes de telecomunicações passam serviços essenciais

- Brasil tem 44 milhões de acessos banda larga fixa, por redes de


cabo ou fibra ótica.
- As redes irão viabilizar ainda bilhões de dispositivos IoT.
Segundo a Cisco serão 500 bilhões de dispositivos no mundo.
- O crescimento dos serviços de 4G e do 5G, que já passam de
260 milhões de acessos, depende de uma boa ocupação dos
postes
ITEM 2 - FISCALIZAÇÃO

➢ Redes de má qualidade são vulneráveis e apresentam riscos, por


exemplo:
- Netflix: 1,4 bilhão de senhas; Facebook: 87 milhões de dados
pessoais; Uber: 57 milhões de senhas hackeadas e outros casos
envolvendo Sony, Yahoo... e no Brasil JBS, Record, Tesouro
Nacional, Ministério da Saúde, Natura, Cosan, Embraer, Fleury e
tantas outras...
- Brasil foi líder no ranking de ataques cibernéticos no primeiro
trimestre de 2021, com 3,2 bilhões de tentativas
ITEM 2 - FISCALIZAÇÃO

➢ Empresas precarizadas e sem contrato dever ser coibidas;

➢ Empresas de energia devem cumprir o papel de fiscalizar;

➢ Os contratos de concessão e autorização de telecom trazem


encargos e obrigações;
ITEM 2 - FISCALIZAÇÃO

➢ Resolução 797/2017 atribui;


- Obrigação às distribuidoras de zelar pelo compartilhamento;
- Obediência a normas técnicas;
➢ Resolução conjunta 04/2017 estabelece;
- Necessidade de um plano de ocupação de infraestrutura;
- Compartilhamento dos postes seguindo normas técnicas
- Notificação das prestadoras em caso de necessidade de
regularização.
Ou seja: A ausência de fiscalização levou ao passivo atual!
ITEM 2 - CUSTOS

➢ São 43 milhões de postes que rendem R$ 13 bilhões para


empresas de energia
➢ Qual o preço correto?
- Estudo da LCA aponta R$ 0,90 por ponto como justo;
- Resolução 04/2017 fala em R$ 3,19;
- Setor de telecom está subsidiando o de energia? Isso é
proibido pela Resolução Conjunta 01/1999;
- LGT obriga compartilhamento de infraestrutura de maneira não
discriminatória e com valores definidos pela Anatel, em
condições justas e razoáveis;
ITEM 3 - CUSTOS

➢ A Anatel tem a responsabilidade para disciplinar sobre uso dos


postes, segundo a LGT
➢ Regulação do setor elétrico não pode inviabilizar a fruição dos
serviços de telecomunicações ou prejudicar as políticas públicas
do setor
➢Por isso precisamos atacar os três pontos colocados:
Responsabilidade, Fiscalização e Custos

➢E teremos novos desafios pela frente:


QUAIS OS FUTUROS E NOVOS DESAFIOS?

➢ Como funcionará um operador independente para os postes?


1) Qual será o modelo de governança para esse operador?
2) Será bancada pelos recursos já pagos pelas operadoras de telecomunicações pelo aluguel dos postes?
3) Será vinculada às empresas de telecomunicações ou às empresas de energia?

➢ Como ficam os contratos de postes com o fim das concessões de STFC em 2025?
1) A Anatel prepara um novo edital para concessões de STFC. Os contratos atuais de postes serão incluídos na licitação?
2) Como ficarão as redes de banda larga que utilizam os contratos de fixação em postes das operadoras de STFC?

➢ Como conciliar o modelo de assimetrias das pequenas empresas de


telecomunicações com o ordenamento dos postes?
1) Anatel e Aneel irão impor às empresas pequenas as mesmas responsabilidades e deveres das grandes?
2) Como assegurar segurança e qualidade das redes (inclusive segurança cibernética) se as redes permanecerem
precarizadas e sem regulação?
3) Como assegurar o acesso de todos os competidores à infraestrutura de postes?
O PROBLEMA DA PRECARIZAÇÃO

➢ Ausência de um responsável pelo ordenamento e gestão


1) Empresas concessionárias de energia recebem pelo aluguel dos postes, mas não fazem a manutenção e a fiscalização da ocupação,
alegando a modicidade tarifária;

➢ Ocupação clandestina/pirata dos postes


1) Empresas de banda larga que atuam com estruturas precarizadas ou informais de construção de infraestrutura e que lançam suas
redes sem nenhum controle;

➢ Custos elevados de acesso e reordenamento dos postes


1) Aluguel de postes podem superar 10% da receita das empresas de telecomunicações;
2) R$ 20 bilhões estimado para o reordenamento dos postes, segundo a Anatel

➢ Furtos de equipamentos e vandalismo


1) Com redes construídas de maneira precária e sem fiscalização, a infraestrutura fica mais sujeita a furtos;
2) Empresas que atuam de maneira clandestina e pirata utilizam-se do vandalismo nas redes como forma de prejudicar concorrentes
legalmente estabelecidos e com operação regular.
O NOSSO POSICIONAMENTO

➢ Não criar novas despesas para empresas de telecomunicações


1) O modelo do operador independente de postes, caso ele venha a ser criado, deve ser custeado pelos valores pagos pelas empresas
de telecomunicações pelo uso dos postes a preços justos;
2) As empresas de energia devem fiscalizar o uso dos postes.

➢ Certificação imediata dos prestadores de serviços


1) Para evitar a precarização e o acesso clandestino aos postes, defendemos que apenas empresas certificadas pela Anatel sejam
autorizadas a implementar redes de telecomunicações e atuar junto à infraestrutura de postes e dutos;
2) Esta certificação deve se atentar para o respeito às boas práticas e normas de engenharia, capacitação técnica dos profissionais e
estrita observância da procedência e das regras de certificação de equipamentos.

➢ Atuação diligente do Poder Público contra furtos e vandalismo


1) Ampliação das penas para furtos e receptação de equipamentos de telecomunicações;
2) Aprimoramento dos mecanismos de fiscalização e combate ao vandalismo

➢ Assegurar acesso a quem está estabelecido e regular


1) Prestadoras de serviços e redes neutras que hoje já ocupam postes de maneira regular devem ser protegidos;
2) Respeito aos contratos existentes.
Novembro/2022

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