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ATENÇÃO AS REGRAS DESPACHO ANATEL 160.2022

Prezado Correspondente,

A fim de proteger os consumidores impedindo o uso irregular ou abusivo dos recursos de


telecomunicações, a Anatel em seu Despacho Decisório Nº 160/2022/COGE/SCO prevê a
possibilidade de adoção de Medidas Cautelares.

Assim, é imprescindível uma leitura atenta ao documento (anexo) com destaque aos pontos abaixo
descritos:

⇒ O artigo 2º considera que o uso indevido de disparo massivo de chamadas poderá ser considerado
uso indevido dos recursos de numeração e uso inadequado de serviços de telecomunicações
⇒ O artigo 4º prevê multa de até 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) em caso de
descumprimento das medidas estabelecidas no Despacho.
⇒ Ao parceiro poderá ser solicitado relatórios para acompanhamentos de discagens em nome do
Banco.
⇒ O Ato 10.413 da Anatel estabeleceu o uso do código 0303 em caso de oferta de serviços por
telemarketing ativo.
⇒ As operadoras deverão realizar o bloqueio preventivo de chamadas originadas de telemarketing ativo
a pedido do consumidor.

Fique atento as regras e mantenha as boas práticas como premissa em seus fluxos e processos, desta
forma, contribuímos para a manutenção de uma operação comercial saudável com clientes satisfeitos e
fidelizados.

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Atenciosamente,
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AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES

DESPACHO DECISÓRIO Nº 160/2022/COGE/SCO

Processo nº 53500.043723/2022-42
Interessado: AGERA TELECOMUNICAÇÕES S.A., AGIL COMERCIAL DO BRASIL INFORMATICA E
COMUNICACAO EIRELI, ALGAR TELECOM S/A, AMERICA NET S.A., BIG TELCO
TELECOMUNICACOES LTDA, Brasilfone Telecomunicacao Ltda, Cambridge Telecomunicacoes
Ltda, CLARO S.A., DATORA TELECOMUNICACOES LTDA, EAI TELECOMUNICAÇÕES LTDA, FLUX
TECNOLOGIA LTDA, GT GROUP INTERNATIONAL BRASIL TELECOMUNICACOES LTDA, HOJE
SISTEMAS DE INFORMATICA LTDA, ITELCO TELECOMUNICACOES LTDA, Kvoip Brasil Telecom -
Eireli, OI S.A. - EM RECUPERACAO JUDICIAL, PONTAL TELECOMUNICACOES EIRELI, ROTA BRASIL
TECNOLOGIA LTDA, SPIN TELECOMUNICACOES LTDA, Tarifar Telecom e Servicos Eireli,
TELEFONICA BRASIL S.A., TELEXPERTS TELECOMUNICACOES LTDA, Tim S A, TRANSIT DO BRASIL
S.A, TVN NACIONAL TELECOM LTDA, Vonex Telecomunicacoes Ltda

OS SUPERINTENDENTES DE RELAÇÕES COM CONSUMIDORES, DE CONTROLE DE


OBRIGAÇÕES E DE OUTORGA E RECURSOS À PRESTAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE
TELECOMUNICAÇÕES, no uso de suas atribuições legais e regulamentares, em especial a
disposta no art. 156, incisos III e V, art. 157 inciso II, art. 158, incisos I e IV, art. 160 incisos I e V
c/c art. 52 e art. 242, XII, do Regimento Interno da Anatel, aprovado pela Resolução nº 612, de
29 de abril de 2013, examinando os autos do Processo em epígrafe;
CONSIDERANDO que os estudos e o acompanhamento realizados pela Agência
demonstram a persistência dos incômodos gerados aos usuários dos serviços de
telecomunicações, com o recebimento massivo de ligações de centrais de atendimento,
confirmando a necessidade de ações adicionais às já implementadas em proteção aos
consumidores;
CONSIDERANDO que a realização de ligações para um universo exponencialmente
maior do que a capacidade de atendimento humano gera chamadas de curta duração e volume
excessivo de tráfego;
CONSIDERANDO que estas chamadas geradas por meio automatizado, e
desligadas pelo originador antes de produzir comunicação, causam perturbação ao consumidor
e geram reclamações;
CONSIDERANDO que tais chamadas utilizam numeração aleatória, impedindo o
correto discernimento do consumidor, quanto à decisão de atendimento ou não da chamada
recebida, sendo potencial causa de prejuízos, seja pelo excesso de ligações inoportunas, seja
pelo não atendimento de chamadas relevantes não atendidas, por erro na identificação;
CONSIDERANDO que tais chamadas comprometem o adequado uso da rede de
telecomunicações em virtude do crescimento excessivo do tráfego, suprimindo valor do
ecossistema de telecomunicações;
CONSIDERANDO que tais chamadas telefônicas de curta duração e alto volume de
tráfego tem se utilizado de recursos de numeração atribuídos ou não atribuídos pela Anatel;
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CONSIDERANDO que o uso de recurso de numeração não atribuído pela Anatel
configura prática irregular e que autoriza as Prestadoras de serviços de telecomunicações a
procederem ao bloqueio do seu uso nas redes;
CONSIDERANDO que no desenvolvimento de suas atividades, as prestadoras de
serviços de telecomunicações têm o dever de utilizar adequadamente os Recursos de
Numeração atribuídos pela Anatel, bem como assegurar o uso adequado das redes de
telecomunicações pelos seus usuários e pelas prestadoras que se interconectam em sua rede;
CONSIDERANDO que a utilização adequada dos recursos de numeração deve,
dentre outros, observar as regras de utilização, o uso eficiente e os procedimentos de marcação
definidos pela Agência, bem como manter atualizadas as informações correspondentes aos
recursos de numeração em sistema informatizado específico para administração dos recursos
de numeração;
CONSIDERANDO que a Agência poderá restringir o emprego de determinados
Recursos de Numeração, de acordo com o interesse público;
CONSIDERANDO que, nos termos do artigo 4º da Lei Geral de Telecomunicações,
o usuário de serviços de telecomunicações tem o dever de utilizar adequadamente os serviços,
equipamentos e redes de telecomunicações, enquadrando-se neste regramento aqueles
agentes que se utilizam dos serviços de telecomunicações, tais como empresas de
telemarketing e seus tomadores de serviço;
CONSIDERANDO que o art. 173 parágrafo único da LGT prevê a possibilidade de
adoção de medida cautelar e o art. 54 do Regimento Interno prescreve a prerrogativa da Anatel
adotar medidas cautelares indispensáveis para evitar dano grave e irreparável ou de difícil
reparação;
CONSIDERANDO recentes informações constatadas pela fiscalização da Agência
quanto ao aumento de chamadas com as características descritas acima, e que a existência de
plausibilidade jurídica e risco de dano grave ou de difícil reparação no presente caso autorizam
a adoção de medida cautelar destinada a impedir o uso incorreto das redes de
telecomunicações e proteger os consumidores contra os efeitos do uso irregular ou abusivo dos
recursos de telecomunicações;
CONSIDERANDO o constante dos autos do processo nº 53500.043723/2022-42;
DECIDEM:
Art. 1º DETERMINAR às prestadoras de serviço de telecomunicações abrangidas
pelo presente Despacho, no prazo de 30 (trinta) dias de sua notificação, o bloqueio das
chamadas que não utilizem recursos de numeração atribuídos pela Anatel, sejam elas
originadas na própria rede (Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC e Serviço Móvel Pessoal -
SMP) ou provenientes de interconexão.
Art. 2º CONSIDERAR o emprego de solução tecnológica para o disparo massivo de
chamadas em volume superior à capacidade humana de discagem, atendimento e
comunicação, não completadas ou, quando completadas, com desligamento pelo originador
em prazo de até 3 segundos, como uso indevido dos recursos de numeração e uso inadequado
de serviços de telecomunicações.
Parágrafo único. FIXAR o prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicação da
presente decisão, para que os usuários que fazem o uso dos recursos de telecomunicações na
forma do caput adotem as providências para a adequação de suas atividades, de modo que
cessem a sobrecarga de chamadas aos consumidores sem efetiva comunicação.
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Art. 3º DETERMINAR às prestadoras de serviços de telecomunicações abrangidas
pelo presente Despacho que:
Identifiquem e remetam à Agência, em até 10 (dez) dias, a lista dos usuários que,
nos últimos 30 (trinta) dias, geraram 100.000 (cem mil) ou mais chamadas por
dia com duração de 0 (zero) até 3 (três) segundos, com informações sobre o
volume de chamadas diárias com tais características.
Ultrapassado o prazo fixado no parágrafo único do art. 2º, identifiquem os
usuários que gerarem ao menos 100.000 (cem mil) chamadas, em um dia, com
duração de 0 (zero) até 3 (três) segundos, e procedam ao bloqueio da
originação de chamadas, pelo prazo de 15 (quinze) dias.
Quinzenalmente, remetam à Agência relatório sobre os usuários que sofreram
o bloqueio e os respectivos recursos de numeração utilizados, o volume de
tráfego e as datas de bloqueio de chamadas.
As medidas fixadas nos incisos II e III devem vigorar por 3 (três) meses.
§1º. O bloqueio de chamadas originadas não deve prejudicar a manutenção de
outros serviços de telecomunicações contratados pelo usuário, que não apresentem a prática
referida no caput, do art. 2º.
§2º O bloqueio de chamadas originadas poderá ser suspenso na hipótese de o
usuário firmar compromisso formal com a Anatel de se abster da prática indevida, bem como
apresentar as providências adotadas.
§ 3º As prestadoras de serviços de telecomunicações devem recusar a ativação de
novos recursos de numeração eventualmente requeridos usuários ofensores identificados, pelo
período em que persistir o bloqueio.
Art. 4º O descumprimento das medidas impostas pelo presente Despacho
sujeita as prestadoras de serviços de telecomunicações e os usuários ofensores identificados à
aplicação de multa de até R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), nos termos do
Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas.
Parágrafo único. O tomador de serviço contratante do usuário ofensor identificado
poderá ser responsabilizado pelo descumprimento previsto no caput.
Art. 5º As medidas impostas pelo presente Despacho não se aplicam a usuários
que prestam serviço de emergência e de utilidade pública.
Art. 6º Notifiquem-se as partes da presente Decisão.

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