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DECRETO Nº 17.

055, DE 29 DE JANEIRO DE 2019

Dispõe sobre uniformização dos procedimentos e


estabelece diretrizes para a contratação e o uso de
serviços de telefonia no âmbito do Poder Executivo.

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso da atribuição que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei
Orgânica, decreta:

Art. 1º – Este decreto uniformiza os procedimentos e estabelece diretrizes para as contratações,


renovações contratuais e o uso de serviços de telefonia fixa e móvel pela administração direta do
Poder Executivo, autarquias, fundações e empresas públicas dependentes.

CAPÍTULO I
DA TELEFONIA MÓVEL

Art. 2º – O Serviço Móvel Pessoal – SMP – consistirá em três tipos de acesso:


I – voz e dados: acesso que utiliza os serviços de voz e SMS, incluindo os serviços de tráfego de
dados;
II – voz: destinados a servidores e equipes que necessitam de contatos com telefones corporativos e
usuários de telefonia móvel de diversas operadoras;
III – dados: acesso disponibilizado para atividades que necessitam de pacote de dados para
aplicativos embarcados e sistemas de monitoramento.

Parágrafo único – O tipo de acesso será previamente definido pelo órgão no momento da adesão ao
instrumento de licitação, respeitadas as regras dispostas no art. 3º.

Art. 3º – Os limites de gasto mensal para os cargos abaixo discriminados e demais limites de
utilização de serviços de telefonia móvel serão definidos por deliberação da Câmara de Coordenação
Geral – CCG – e publicados em portaria da Secretaria Municipal de Fazenda – SMFA:
I – Prefeito e Vice-Prefeito;
II – Secretário Municipal, Procurador-Geral, Controlador-Geral, Secretário Municipal Adjunto,
Procurador-Geral Adjunto, Controlador-Geral Adjunto, Consultor Técnico Especializado e dirigente
máximo de entidade da administração indireta;
III – Subsecretário, Subprocurador, Subcontrolador, Chefe de Gabinete, Assessor Especial e diretores
de autarquia.

Parágrafo único – A liberação de cota mensal para cargos não previstos no caput fica condicionada à
prévia justificativa do titular do respectivo órgão ou entidade e aprovação da SMFA.

Art. 4º – Poderão ser destinados aparelhos celulares para uso em substituição aos telefones fixos
bloqueados para ligações fixo-móvel, mediante avaliação da economicidade.

§ 1º – Os aparelhos celulares a que se refere o caput deverão ser utilizados exclusivamente para
ligações destinadas a outro terminal móvel.

§ 2º – Caberá à SMFA, em conjunto com a Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças ou


equivalente do órgão, definir a cota mensal de cada acesso a que se refere o caput, em conformidade
com o perfil do usuário e limites estabelecidos pela CCG.

Art. 5º – A utilização dos serviços de telefonia móvel está condicionada à assinatura de termo de
responsabilidade pelo usuário responsável pelo acesso e pelo Diretor de Planejamento, Gestão e
Finanças ou equivalente do órgão, que deverá ser encaminhado ao setor competente da SMFA.

§ 1º – O usuário do serviço de telefonia móvel fica responsável pela utilização adequada da linha, do
aparelho celular e respectivos acessórios postos à sua disposição.

§ 2º – No caso de furto, roubo ou extravio o usuário deverá registrar ocorrência policial na localidade
em que tenha ocorrido o fato, solicitar o imediato bloqueio do acesso e aparelho ao setor competente
da SMFA e, imediatamente, comunicar a Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças ou
equivalente do órgão ou entidade, apresentando cópia da ocorrência policial para que seja efetuado o
bloqueio do aparelho e da linha.
§ 3º – O usuário, no momento de sua dispensa ou exoneração do cargo que lhe concede o direito de
uso do SMP, deverá devolver o aparelho celular junto à Diretoria de Planejamento, Gestão e
Finanças ou equivalente do órgão ou entidade.

§ 4º – Fica vedada a transferência do aparelho celular sem a prévia autorização da Diretoria de


Planejamento, Gestão e Finanças ou equivalente do órgão ou entidade e comunicação à SMFA.

Art. 6º – Os custos decorrentes do uso do serviço de telefonia móvel que excederem aos limites
estabelecidos pela CCG conforme os arts. 3º e 4º deverão ser ressarcidos ao erário pelo usuário
responsável pelo acesso.

§ 1º – Caberá à SMFA autorizar, excepcionalmente, o pagamento de valor excedente à franquia


mediante justificativa fundamentada, apresentada pelo usuário responsável pelo acesso e validada
por sua chefia imediata e pelo Diretor de Planejamento, Gestão e Finanças ou equivalente do órgão
ou entidade.

§ 2º – O valor do limite de gasto mensal não consumido não poderá ser remanejado entre usuários ou
utilizado em meses posteriores.

Art. 7º – O órgão deverá informar à SMFA quaisquer alterações na relação dos usuários responsáveis
pelos acessos, mantendo sempre os termos de responsabilidade assinados e atualizados.

CAPÍTULO II
DA TELEFONIA FIXA

Art. 8º – Os acessos de telefonia fixa, em conformidade com o perfil do usuário, poderão ter
autorização para realizar os seguintes tipos de chamada:
I – Categoria 1: ramal, local, celular, longa distância nacional – LDN – e longa distância internacional
– LDI;
II – Categoria 2: ramal, local, celular e LDN;
III – Categoria 3: ramal, local e celular;
IV – Categoria 4: ramal e local;
V – Categoria 5: ramal;
VI – Categoria 6: ramal, local, longa distância nacional – LDN – e longa distância internacional – LDI.

Parágrafo único – Caberá à SMFA, em conjunto com a Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças
ou equivalente do órgão ou entidade, definir a qual categoria pertencerá cada acesso a que se refere
o caput, em conformidade com as atividades desempenhadas pelo servidor ou setor usuário da linha.

Art. 9º – Cabe à SMFA acompanhar e monitorar os valores gastos pelos órgãos, com o objetivo de
detectar desvios no padrão de consumo e propor medidas de redução e controle dos gastos.

CAPÍTULO III
DA GESTÃO DOS SERVIÇOS

Art. 10 – A SMFA receberá, em meio eletrônico, as faturas das operadoras de telefonia, fará a
conferência dos valores cobrados pelos serviços e encaminhará a fatura para pagamento.

§ 1º – Deverá ser aberta contestação de serviços cobrados de forma indevida junto à operadora.

§ 2º – O detalhamento das contas dos acessos que excederem as franquias estabelecidas pela CCG
nos termos dos arts. 3º e 4º deverá ser enviado, em meio eletrônico, ao Diretor de Planejamento,
Gestão e Finanças ou equivalente do respectivo órgão.

§ 3º – O detalhamento das contas de telefonia fixa com indícios de uso indevido deverá ser enviado,
em meio eletrônico, ao Diretor de Planejamento, Gestão e Finanças ou equivalente do órgão ou
entidade para apuração de responsabilidade.

§ 4º – O Diretor de Planejamento, Gestão e Finanças ou equivalente do órgão ou entidade emitirá


guia de arrecadação e enviará ao responsável pelo acesso, com o valor referente ao que extrapolou a
franquia.
§ 5º – A guia e o comprovante de pagamento deverão ser enviados pelo Diretor de Planejamento,
Gestão e Finanças ou equivalente do órgão ou entidade à SMFA para controle e arquivamento no
processo de pagamento da respectiva fatura.

Art. 11 – O Secretário Municipal de Fazenda poderá expedir normas complementares que se fizerem
necessárias ao adequado cumprimento deste decreto.

Art. 12 – O disposto neste decreto aplica-se aos processos atualmente em trâmite de validação.

Art. 13 – Fica revogado o art. 95 do Decreto nº 10.710, de 28 de junho de 2001.

Art. 14 – Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 29 de janeiro de 2019.

Alexandre Kalil
Prefeito de Belo Horizonte

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