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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTC

CAMPUS SALVADOR

YANA PÂMELA PEREIRA DO CARMO

SKINNER E O MUNDO DENTRO DA PELE


Autora: Carolina Lampreia

Salvador
2022
YANA PÂMELA PEREIRA DO CARMO

SKINNER E O MUNDO DENTRO DA PELE

Resumo do texto Skinner e o mundo dentro


da pele apresentado á Disciplina Psicologia
Experimental do Comportamento, 3º
semestre noturno de Psicologia da
Uniftc.
Orientador: Davi Maia

Salvador
2022
RESUMO

O objetivo do texto “Skinner e o mundo dentro da Pele” é inserir a posição de Skinner


no contexto do debate filosófico contemporâneo sobre a explicação da consciência,
envolvendo teorias eletrofisiológicas por parte dos neurocientistas, assim como pela
abordagem fisicalista, pelos filósofos. Porém, muitos ainda rejeitam qualquer forma de
reducionismo que existe sobre esse tema. Independente do caminho e da abordagem,
ambas ainda seguem em algum nível os parâmetros colocados por Descartes, pois
adotam a sua lógica dualista.

Descartes, em suas meditações no Cartesianismo, chegou à conclusão de que o único


conhecimento do qual não se pode duvidar é o de nossos próprios estados mentais,
ressaltando que nada pode mediá-lo, pois se trata de um conhecimento automático e
imediato. Neste sentido, todos os estados mentais são conscientes, o que acarreta uma
equivalência entre mente e consciência. Diante dos desafios teóricos em torno do
conhecimento que temos de nossos próprios estados mentais e o dos estados mentais
dos outros, surge o questionamento de como é possível explicar o conhecimento sobre
nós mesmos e como tem um status especial, se o tiver. Os dois tipos principais de
características que distinguem os estados mentais de acordo com a concepção
cartesiana, são as propriedades intencionais (como pensar, desejar, duvidar) e as
qualidades sensoriais, que se trata do caráter qualitativo das sensações. No decorrer do
livro vão sendo apresentadas diversas teorias contemporâneas da mente e a noção de
consciência que demonstram diferentes posições a respeito da questão do estatuto e
especificidade da experiência subjetiva. A biologização da mente que é proposta por
Darwin é um dos principais questionamentos que levaram ao abandono da posição
cartesiana original, isso porque ao conceber os fenômenos mentais em termos
evolutivos, ele fez com que todas as posições substituíssem a mente não física pelo
cérebro. A partir dessa teoria, surgiu o chamado dualismo de propriedade, um conjunto
especial de propriedades características da inteligência consciente, que são não físicas
no sentido de não poder ser reduzida. Alguns atores como: Searle, Nagel, Armstrong,
Rosenthal, Place e Ryle, analisaram a noção de consciência em termos muito próximos
ao dualismo de propriedade, defendendo uma ontologia da primeira pessoa com um
conhecimento dos estados interiores não mediado, direto e privilegiado, persistindo
dentro do quadro apresentado por Descartes.
Último tópico do livro (O Estatuto da Mente e o Autoconhecimento em Skinner) trata
de apresentar a reformulação da noção de consciência proposta por Skinner, partindo de
pressupostos antimentalistas (rejeita a noção de uma mente não física). Ele também
rejeita a noção de livre arbítrio e de uma determinação interna do comportamento,
defendendo que o nosso comportamento tem origem em fatores externos antecedentes.
Analisando o posicionamento de Skinner, é possível perceber que ele não naturaliza a
consciência, pelo contrário, problematiza a sua origem. Porém, ainda assim ele ainda se
mantém preso aos parâmetros propostos por Descartes, ao seu dualismo. Por fim, com a
leitura em questão, pode-se entender que a consciência não é algo a ser definido, apesar
de existirem diversas teorias, posições e formulações.
Referências Bibliográficas

LAMPREIA, Carolina. Skinner e o mundo dentro da pele. Edição. Temas em


Psicologia. 1996

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