NOSSA IGREJA IRÁ ADIANTE?

Dennis Priebe / Traduzido por Marcell Dalle Carbonare

“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma
luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos
corações. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os
homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:19-21).
Certamente estamos em um lugar escuro e necessitado de luz, e temos o problema de muitas
interpretações particulares. O verso 21 é a grande divisão no estudo bíblico moderno. Os
profetas apresentaram boas idéias e então o Espírito Santo acrescentava mais impressões, ou
eles falavam e escreviam apenas quando movidos pelo Espírito Santo? O ensinamento do
profeta é limitado à sua própria cultura, ou o profeta fala através das culturas até o nosso
tempo?

Há um número crescente de pessoas que professam a Cristo como Salvador, mas que relegam
partes selecionadas das Escrituras a nada mais do que peças de opinião. Isso ocorre mais
notavelmente quando elas encontram instruções bíblicas que contradizem seus desejos. Em vez
de receberem abertamente a Palavra e permitirem que ela faça sua obra corretiva em seus
corações, elas a definem como tendenciosidade do escritor bíblico. Um fenômeno crescente da
cultura ocidental é o pluralismo religioso, o que significa que visões opostas são igualmente
válidas. Infelizmente, os efeitos do pluralismo religioso estão tendo algum impacto em relação a
certas questões dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Quando filtramos as Escrituras
através das lentes da cultura, a acomodação a traços não-bíblicos da cultura pode prevalecer. A
maioria dos nossos problemas hoje se deve à sociedade e à cultura, exatamente como Israel
fez em Canaã.

Questões Sobre a Criação

Recentemente, um jovem adventista lamentou “o literalismo e o fundamentalismo bíblicos

desenfreados em nossa igreja”. Talvez seja de ajuda revermos alguns textos simples:

“Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia
descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.” (Êx. 20:11) Isso soa
como uma composição literalista e fundamentalista em Gênesis 1 e 2.

“Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo
enganada, caiu em transgressão.” (1 Tim. 2:13, 14) Essa é uma interpretação tão literalista do
Gênesis quanto poderia haver.

“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de
que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.
Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o
trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.”
(Heb. 11:4,5) Isso soa como se Paulo cresse que essas pessoas eram reais, e os relatos bíblicos
de suas histórias eram verdadeiros.

“E não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, a oitava pessoa, o pregoeiro da justiça,
ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios.” (2 Pedro 2:5) Poderia Pedro, um profeta e
apóstolo, ter realmente tomado a história de Noé como se lê?

E Jesus? Será que Ele era um literalista bíblico? “E, como foi nos dias de Noé, assim será
também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio,
comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do
Filho do homem.” (Mat. 24:37-39) Jesus não apenas cria na história de Noé; Ele deu-lhe ainda
mais significado teológico, ligando-a com a segunda vinda, uma doutrina crucial que tomamos
no sentido mais literal possível.

“Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio
macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher,
e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus
ajuntou não o separe o homem.” (Mat. 19:4-6) Esta não é uma versão literal da história da
criação vinda do próprio Jesus?

“Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do
homem três dias e três noites no seio da terra” (Mat. 12:40). Jesus não apenas cria na história
de Jonas, mas também a ligou diretamente à Sua ressurreição, outra doutrina crucial que os
adventistas entendem literalmente.

Dizemos que a Bíblia se interpreta e que, através do estudo da Bíblia, podemos aprender a
interpretá-la corretamente. Os exemplos acima mostram que esses escritores da Bíblia, e até
mesmo o próprio Jesus, interpretaram as Escrituras literalmente. Se é assim que eles fizeram,
não é razoável que façamos o mesmo?

A seguir estão alguns excertos de um novo livro (não adventista) tentanto harmonizar um Deus
amoroso com todo o mal ocorrendo no mundo:

“O mal natural e o sofrimento foram “construídos no universo desde sua origem”. Sofrimento e
mal natural são permitidos porque “a intenção de Deus é criar a vida através dos processos de
evolução”. Predação, morte e extinção são “intrínsecas aos processos que dão surgimento à
vida na Terra em toda a sua maravilhosa diversidade.” “Fadiga e morte são as conseqüências
das leis da física que nos permitem estar aqui.” O mal, a dor e o sofrimento são o“ subproduto
inevitável das condições ” que o mundo natural tem que obter “para que haja vida inteligente”.
Em outras palavras, sofrimento e morte, em vez de serem o resultado de seres livres que
abusaram dessa liberdade, foram ligados à criação pelo próprio Deus..”

Todo o propósito do cenário do grande conflito é vindicar a Deus da responsabilidade pelo mal
que a evolução teísta atribui a Ele em virtude de como Ele criou. Mas, por mais errados que
esses eruditos estejam, pelo menos eles têm a honestidade intelectual de não jogar jogos de
palavras e fazer afirmações amplas sobre crerem na criação de Gênesis, quando na verdade
não crêem. Eles levaram sua premissa, a evolução teísta, à sua conclusão inescapável - Deus é
responsável pelo mal que Ele mesmo construiu no universo.

Eu me deparei com uma declaração bastante estranha feita por um professor adventista: “Sou
cético com a absoluta necessidade de acreditar que a única maneira de um Deus Criador fazer
as coisas é chamando-as à existência há alguns milhares de anos.” Um indivíduo escrevendo
para a Adventist Review disse: “Deus poderia ter usado múltiplas maneiras de efetuar a criação.
Mas Ele escolheu chamar o nosso mundo à existência. Já que Ele escolheu fazer isso pela
palavra, e está registrado em Gênesis, por que teríamos algum motivo para questionar que é
assim que foi feito? Se questionarmos Gênesis ... como podemos ter certeza de que qualquer
coisa do restante seja verdadeira? ... Ou tomamos toda a Bíblia como ela é, ou descartamos
tudo isso ... Não há meio termo sobre nisso. Eu escolho acreditar em toda a minha Bíblia,
incluindo o relato da criação, no qual Deus chamou nosso mundo à existência, um dia de cada
vez. Sim, Deus poderia ter usado outros métodos para criar nosso mundo; mas o fato de que
Ele não utilizou é suficiente para mim ”. Outra pessoa escreveu: “Se isso não é um problema
sério, não há problemas sérios. Quando alguém segura uma faca na veia jugular da igreja, as
pessoas precisam saber.” (Adventist Review, 27 de maio de 2010)

Vamos olhar para o nosso universo por um momento. Imagine estar em uma nave viajando à
velocidade da luz, que é de 11 milhões de milhas por minuto. Nessa velocidade fantástica,
passamos pelo sol em menos de nove minutos e voamos pelo distante Plutão em apenas cinco
horas e meia. Continuando no espaço profundo, teríamos que viajar quatro anos e meio antes
de passarmos por Alfa Centauri, a estrela fixa mais próxima. Cem mil anos passariam, no
entanto, antes de cruzarmos nossa galáxia, a Via Láctea, e outros dois milhões de anos se
tornariam história antes mesmo de nos aproximarmos da grande galáxia de Andrômeda,
conhecida por conter 100 bilhões de sóis. E então nós apenas começamos. Para além de
Andrômeda existem pelo menos 2 bilhões de outras galáxias, cada uma contendo bilhões de
sóis. E de acordo com as Escrituras, Aquele que conhecemos como Jesus de Nazaré criou todos
esses vastos sistemas!

“Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; Que é o
homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites?” (Sal. 8:3,4)
Por que o Criador de todos esses sistemas estelares magníficos se importaria em notar uma
raça de micro rebeldes humanos vivendo em uma partícula de poeira chamada Terra em um
canto distante de Seu universo?

“Miríades de sóis gigantescos

Correndo através do vazio sem trilhas
Em cursos conhecidos apenas a uma mente onisciente.
Esplendor além da descrição!
Cada massa flamejante grita com uma voz silenciosa
"Deus é meu criador."
Homens em um minúsculo globo declaram:
'Deus não existe!'
No entanto, o Deus a quem eles dizem não existir
Foi para aquele mundo abatido
E MORREU por mim!
(Thurman Petty, “A Voz Silenciosa”)

Há realmente apenas uma base para a existência do adventismo—nós cremos que a Bíblia é a
voz de Deus, falando a nós diretamente, literalmente e claramente.

A Missão do Adventismo

Se acreditamos que a Bíblia é literalmente verdadeira, devemos dar o próximo passo. Qual é a
razão pela qual este Deus infalível decidiu trazer outro movimento à existência? Muitos
membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia estão buscando uma identidade verdadeiramente
adventista. Somos apenas mais uma denominação? Outra denominação é realmente
necessária? Se não somos simplesmente outra denominação, então o que nos torna únicos?

Não é o nosso estilo de vida que nos torna únicos. Judeus ortodoxos e muçulmanos se abstêm
de comer porco; ser vegetariano está se tornando popular entre muitas pessoas conscientes da
saúde; e existem vários grupos que promovem um estilo de vida sem álcool. Há outros cristãos
que pagam o dízimo, e alguns grupos cristãos se vestem de maneira mais conservadora do que
nós.

Mas e as nossas doutrinas? Não contribuímos muito no caminho da nova verdade ou

conhecimento bíblico. Em vez disso, redescobrimos as verdades esquecidas e reunimos o
conhecimento bíblico fragmentado dentro da estrutura do grande conflito entre Cristo e
Satanás.

Já que não somos realmente únicos em estilo de vida ou doutrina, por que Deus achou por bem
nos chamar à existência? É-nos dito constantemente que nossa missão (nossa razão de
existência) é testemunhar e servir, chamar as pessoas para o evangelho com o propósito de
sua salvação. Mas não é exatamente isso que Billy Graham vem fazendo, e o que inúmeros
televangelistas estão fazendo? A Igreja Católica não tem uma rede mundial de hospitais e
instituições de caridade para servir a humanidade sofredora? Sim, é verdade que nossas
doutrinas, e nosso estilo de vida, e nosso testemunho e nosso serviço são muito importantes e
ajudam a nos definir. Mas estamos nos esquecendo de alguma coisa?

Eu encontrei um exemplo perfeito desse ponto cego na edição de 2009 das leituras da Semana
de Oração na Adventist Review. Na introdução de Jan Paulsen estão estas palavras: “Nossa
igreja é um movimento de esperança com uma missão de esperança para a raça humana ... É
nossa missão mover-nos pela superfície do planeta, plantando a semente da verdadeira
esperança nos corações humanos... As leituras para esta semana não são exposições
doutrinárias; são sermões que procuram descrever nossa missão” (24 de setembro de 2009).

Assim, o tema da semana foi nossa missão, nosso propósito, nossa razão de existência. Nos
primeiros artigos estavam estas declarações: “A missão do Filho consistia em dar a vida pelos
outros”. “A nossa principal missão é proclamar ao mundo as mensagens dos três anjos”. Os
artigos restantes continuaram com o tema de proclamar as mensagens dos três anjos.

Somente quando chegamos ao último artigo, tirado dos escritos de Ellen White, começamos a
ver uma ênfase diferente: “Somos colocados sob a disciplina e o governo de Deus, para formar
caracteres e adquirir hábitos para a vida superior ... Estamos formando caracteres para a vida
eterna ... Devemos trazer madeiras sólidas para a construção de nosso caráter, pois estamos
trabalhando tanto para esta vida como para a vida eterna. E quando nos aproximamos do fim
da história da Terra, avançamos mais rapidamente no crescimento cristão, ou retrocedemos
com a mesma determinação. É quando você está olhando para o Seu trono, oferecendo sua
penitência, louvor e ação de graças a Deus, que você aperfeiçoe o caráter cristão e representa
Cristo para o mundo. ... Meu irmão, minha irmã, peço-lhe que se prepare para a vinda de Cristo
nas nuvens do céu. Dia após dia afaste o amor do mundo de seus corações. Entenda por
experiência o que significa ter comunhão com Cristo. Prepare-se para o julgamento, que
quando Cristo vier, ... você estará entre aqueles que O encontrarão em paz ... Deus trará
aqueles que refletem Sua imagem para contemplar e compartilhar com Ele Sua glória.”

Havia muito material bom em todos os outros artigos, incluindo as mensagens dos três anjos,
mas não havia nada sobre aperfeiçoar o caráter e refletir a imagem de Deus até que Ellen
White pudesse falar. Nossa missão é mais do que doutrina, estilo de vida ou testemunho - é
aperfeiçoar nossos caracteres sob a expiação final, com o propósito de reivindicar a lei e o
caráter de Deus e encerrar o grande conflito.

Segue-se um exemplo de um sorridente emissário recomendando o abandono de uma verdade

adventista distinta e vital (embora politicamente incorreta):

“Por mais de um século,...nós adventistas consideramos a liderança da Igreja Católica Romana,

tipificada na primeira besta de Apocalipse 13, como nossa arqui-inimiga,...o inimigo que assume
a parte do mal no cenário apocalíptico contra o remanescente de Deus. Aqui estão... razões
pelas quais pode ser hora de questioná-la nesse papel. Mais de cem anos se passaram desde
que nossa profeta aprovou essas aplicações proféticas ... Não será possível que alguns detalhes
do cenário apocalíptico estabelecidos na década de 1890 tenham mudado até a data de
2010??...Ellen White apontou o catolicismo em um mundo muito diferente. Historiadores
demonstraram que o anti-catolicismo americano do século 19 cresceu de um nativismo anti-
imigrante generalizado ... A Igreja Católica Romana de hoje é uma instituição muito diferente
do que era durante o tempo de Ellen White. O Segundo Concílio Ecumênico do Vaticano (1962-
1965) alterou radicalmente a teologia e as práticas da denominação ... A Igreja Católica de hoje
não é a mesma Igreja Católica mencionada em nossos estudos escatológicos do século XIX ...
Muito mais cristãos foram mortos, perseguidos ou tiveram sua liberdade religiosa suprimida
pelo comunismo, pelo fascismo militar e pelo extremismo islâmico no século passado, do que
pelos católicos romanos... Deus nos deu tempo para nos tornarmos uma igreja mundial, e isso
muda o elenco de personagens em nossa escatologia. Os "anticristos" - opositores de Cristo -
para muitos dos cristãos do mundo de hoje são imãs radicais ou ditadores cruéis... A liberdade
religiosa melhorou em países onde o catolicismo tem influência. Durante a minha vida, o
papado tem sido freqüentemente uma força para a paz e a liberdade ... Alguns de nós ainda
pensam que chamar o Papa de Anticristo é necessário para ganhar almas para Cristo ... Mas
talvez não seja necessário destacar o catolicismo romano por mais tempo.” (Adventist Today,
inverno de 2010)

Ouço aqui uma negação da profecia? Vejo uma bandeira branca de rendição sendo levantada
por um pastor adventista? Este é, de fato, um momento muito vulnerável na existência do
movimento adventista.

Um Apelo do Presidente

Algo muito original aconteceu há pouco na Assembleia Geral de 2010. Nesta reunião, nós
elegemos um novo presidente. Isso em si não é nada de especial; nós elegemos um novo
presidente regularmente. Mas você ouviu atentamente o seu discurso inaugural? O pastor
Wilson identificou por nome, e especificamente, onze pontos de apostasia que devem ser
corrigidos se quisermos cumprir nossa missão. Ele falou novamente na convenção de 2011 da
ASI. Citarei partes dessas apresentações caso tenhamos nos esquecido:

“Senti-me convencido nas últimas semanas a falar de uma forma mais forte sobre certos
assuntos que, em minha opinião, estão nos tirando da missão de Deus para Sua igreja
remanescente”. Por favor, note que os pontos que ele menciona devem ser corrigidos se
quisermos cumprir nossa “missão”, ou seja, terminar a obra.

1. “Peço humildemente por suas orações para que a mensagem que compartilho hoje seja
ouvida com clareza e que o mensageiro não seja elevado. Para esse fim, se houver um ponto
específico com o qual você concorda, responda com um sincero "Amém" em vez de aplausos.
Obrigado por sua ajuda em manter a mensagem, não o mensageiro, como o centro do nosso
tempo juntos”. Este não é o assunto secundário que alguns pensam que é. Nossos cultos se
tornaram centrados em artistas, encorajando orgulho e irreverência.

2. “A graça é a promessa do perdão de Deus e a provisão do poder de Deus—justificação e

santificação. Você não pode separar o que Cristo faz por você...do que Ele faz em você... Este é
o evangelho eterno mencionado na mensagem do primeiro anjo. É a justiça pela fé ... O tema
do grande conflito é todo sobre a graça de Deus para salvar os pecadores e através de Seu
poder transformá-los em Seus filhos e filhas”. Que corretivo necessário é este para a teologia
popular do meio-evangelho - graça barata - a que temos sido submetidos nos últimos 25 anos.

3. “Deus usou Ellen G. White como uma humilde serva para prover insight inspirado sobre as
Escrituras, profecia, saúde, educação, relacionamentos, missão, família e muitos outros tópicos.
Vamos ler o Espírito de Profecia, seguir o Espírito de Profecia e compartilhar o Espírito de
Profecia. O Espírito de Profecia é uma das marcas que identificam o povo de Deus dos últimos
dias e é tão aplicável hoje quanto antes, porque foi-nos dado pelo próprio céu...Que nunca
tornemos de nenhum efeito a luz preciosa que nos foi dada nos escritos de Ellen G. White.
Aceite o Espírito de Profecia como um dos maiores dons dados à A Igreja Adventista do Sétimo
Dia, não apenas para o passado, mas ainda mais importante para o futuro...É um guia enviado
pelos céus para instruir a igreja sobre como realizar sua missão. É um expositor teológico
confiável das Escrituras. O Espírito de Profecia deve ser lido, crido, aplicado e promovido...
Deixe-me repetir uma convicção minha: não há nada de antiquado ou arcaico a respeito do
Espírito de Profecia; ele é para hoje e até que Cristo retorne.” Esta é a maior questão que a
Igreja Adventista enfrenta hoje. Escutaremos e obedeceremos à voz profética ou tornaremos
seus escritos de nenhum efeito por meio do uso seletivo?

4. “Essa igreja não é apenas uma outra denominação qualquer; ela é única, um movimento
iniciado pelo céu com uma missão de salvação ao mundo que deve continuamente ir avante na
humildade de Jesus”.

5. “Nosso sucesso no encerramento desta obra...depende de nos humilharmos diante de nosso

Criador e negarmos o eu para que Jesus possa nos controlar e vencer nosso pecado. Depende
se estamos ou não prontos a humildemente pedir reavivamento e reforma em nossa vida
pessoal e coletivamente como uma igreja, o que levará ao derramamento do Espírito Santo na
chuva serôdia....No livro Parábolas de Jesus lemos a respeito do desejo de Cristo para o Seu
povo: ‘Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja.
Quando o caráter de Cristo for perfeitamente reproduzido em Seu povo, então Ele virá para
reclamá-los como Seus. É privilégio de todo cristão não apenas aguardar, mas apressar a vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo. Se todos os que professam Seu nome estivessem gerando frutos
para a Sua glória, quão rapidamente o mundo inteiro seria semeado com a semente do
evangelho. Rapidamente a última grande colheita seria amadurecida, e Cristo viria reunir o
precioso grão.’” Quanto escárnio tem sido acumulado sobre este ensino nos últimos anos. É
chamado de ‘teologia da colheita’ ou ‘teologia de última geração’. Esta é nossa missão, que é
mais importante que a doutrina, o estilo de vida ou o testemunho. Se conseguirmos isso,
teremos sucesso. Se não o fizermos, falharemos. Este, a propósito, é o único caminho pelo qual
o evangelho irá ao mundo todo. Nós nunca realizaremos nossa tarefa através da Missão Global,
ou da Janela 10-40, ou anos de evangelismo.

6. “Não sucumba à errônea ideia, que está ganhando apoio até mesmo na Igreja Adventista do
Sétimo Dia, de aceitar a adoração ou métodos evangelísticos de alcance apenas porque são
novos e "modernos". Devemos estar vigilantes para testar todas as coisas de acordo com a
suprema autoridade da Palavra de Deus e com o conselho com o qual fomos abençoados nos
escritos de Ellen G. White. Não busque movimentos ou mega-igrejas fora da Igreja Adventista
do Sétimo Dia que prometem sucesso espiritual com base em teologia defeituosa.” O
movimento de crescimento de igreja e as mega-igrejas tornaram-se nossos bosques modernos
nas colinas onde estamos adorando a Baal e Astarote.

7. “Fique longe de disciplinas espirituais não-bíblicas ou métodos de formação espiritual que

estão enraizados no misticismo, como a oração contemplativa, a oração centrante e o
movimento da igreja emergente no qual eles são promovidos. Procure dentro da Igreja
Adventista do Sétimo Dia por pastores, evangelistas, eruditos bíblicos, líderes e diretores de
departamentos humildes, que possam fornecer métodos e programas evangelísticos que sejam
baseados em princípios bíblicos sólidos e no 'tema do Grande Conflito' ... Proteja-se contra
crenças e práticas místicas que estão encontrando seu caminho na igreja através de formatos
como a formação espiritual e a igreja emergente ... Fique longe de formas místicas de oração,
como oração contemplativa, labirintos de oração, oração repetitiva usando uma palavra ou uma
certa frase, ou orações centrantes que parecem ter se tornado populares, mas levam ao
ocultismo, pois em muitos casos todos os pensamentos são eliminados. ... Evite a prática de
convidar oradores espirituais importantes que não são adventistas do sétimo dia para falarem
às reuniões da igreja, reuniões de homens, encontros, retiros, reuniões pastorais, encontros de
jovens e grandes convocações .... Eles provavelmente não têm noção do tema do grande
conflito...Precisamos ser muito proativos em pedir aos oradores adventistas do sétimo dia
humildes e centrados na Bíblia que instruam nossos membros de igreja a compreenderem
plenamente as grandes mensagens bíblicas de Deus para este tempo”. Pouquíssimos percebem
como o espiritualismo está entrando em nossa igreja através das práticas da igreja emergente e
métodos supostamente úteis de formação espiritual vindos diretamente do catolicismo.

8. “Use práticas de culto e música cristocêntricas baseadas na Bíblia nos cultos da igreja...Não
recue para ambientes pagãos confusos onde música e adoração se tornam tão focados em
emoção e experiência que você perde o foco central na Palavra de Deus... Toda adoração, por
mais simples ou complexa que seja, deve fazer uma coisa e apenas uma: erguer a Cristo e
rebaixar o eu. Os métodos de adoração que elevam o desempenho e o ‘eu’ devem ser
substituídos por um simples e doce reflexo de uma abordagem bíblica centrada em Cristo ...
Resista a estilos de adoração e música que têm mais a ver com entretenimento egocêntrico do
que com uma humilde adoração a Deus. ....Precisamos nos concentrar em adorar a Deus e não
em elevar o ‘eu’. A música deve nos elevar para a sala do trono do céu... Se a música soa como
se pertencesse a um show de hard rock ou a uma boate, ela deveria ficar lá.” O verdadeiro
perigo dos estilos de adoração contemporâneos é o foco na performance e nas emoções
pessoais e superficiais, que é o oposto da verdadeira adoração à santidade de Deus.

9. “Não sucumba à teologia frouxa ou fanática que afasta a Palavra de Deus dos pilares da
verdade bíblica e das crenças fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Não se deixe
influenciar por cada pequeno capricho de "nova" teologia ou diagrama de tempo pretendendo
explicar cuidadosamente conceitos incomuns ou obscuros que têm pouco a ver com nossa
teologia ou missão geral. As crenças bíblicas históricas da Igreja Adventista do Sétimo Dia não
serão movidas.” Os adventistas fiéis estão sendo enganados e seduzidos por “nova luz”
desconhecida por Ellen White. Deus aparentemente esqueceu-se de lhe contar em 70 anos de
ministério profético verdades cruciais necessárias para nos preparar para receber o selo de
Deus. Satanás não se importa se somos pegos no gelo da indiferença ou no fogo do fanatismo.

10. “Permaneça firme pela Palavra de Deus como é literalmente lida e entendida. Aquilo que o
Senhor em Sua misericórdia nos deu em linguagem clara para ser tomado como fato,
simplesmente porque Ele assim disse, não deve ser envolto em ceticismo. Não retroceda para
interpretar erroneamente os onze primeiros capítulos de Gênesis ou outras áreas das Escrituras
como alegóricas ou meramente simbólicas ... Se Deus não criou este mundo em seis dias
literais e então abençoou o dia de sábado, por que estamos O adorando hoje neste sábado do
sétimo dia como adventistas do sétimo dia? Entender mal ou interpretar mal essa doutrina é
negar a Palavra de Deus e negar o próprio propósito do movimento adventista do sétimo dia
como a igreja remanescente de Deus, chamada a proclamar as mensagens dos três anjos com
o poder do Espírito Santo. Não retroceda à evolução ateísta ou teísta. ... Os membros da igreja
adventista do sétimo dia consideram seus líderes, pastores, igrejas locais, educadores,
instituições e organizações administrativas responsáveis pelos mais altos padrões de crença
baseados em um entendimento literal das Escrituras”.

11. “Deixe a Escritura ser sua própria intérprete. Nossa igreja tem mantido o método histórico-
bíblico de entender as Escrituras, permitindo que a Bíblia se interprete; ...No entanto, um dos
ataques mais sinistros contra a Bíblia vem daqueles que acreditam no método histórico-crítico
de explicar a Bíblia. Esta abordagem antibíblica da "alta crítica" é um inimigo mortal de nossa
teologia e missão. Essa abordagem coloca um estudioso ou indivíduo acima da abordagem
simples das Escrituras e recebe uma licença inadequada para decidir o que ele ou ela percebe
como verdade, com base nos recursos e na educação do crítico. Fique longe desse tipo de
abordagem porque leva as pessoas a desconfiarem de Deus e da Sua Palavra. O livro
Mensagens Escolhidas, vol. 1, pp. 17-18, fala diretamente sobre este assunto. Quando os
homens, em seu julgamento finito, acham necessário examinar as Escrituras para definir aquilo
que é inspirado e o que não é, eles se apresentam diante de Jesus para mostrar-Lhe um
caminho melhor do que Ele nos conduziu ... Não deixe que uma mente ou uma mão se ocupem
em criticar a Bíblia. ... Apegue-se à sua Bíblia, como ela lê, e pare suas críticas quanto à sua
validade, e obedeça à Palavra, e nenhum de vocês estará perdido.” Esse problema vem
afetando nosso ensino superior nos últimos 30 anos e é a base para a maioria de nossos
desacordos e controvérsias.

Você já ouviu algo parecido com isso vindo de um presidente da Associação Geral nos últimos
35 anos? Quanto precisamos de um Moisés para nos guiar para fora de nossas peregrinações
pelo deserto. Agora é a hora das orações sinceras dos 7.000 em Israel para que Deus manifeste
Sua poderosa mão.

Após essa apresentação, um indivíduo escreveu para a Adventist Review: “Foi realmente
gratificante quando ouvi que o nosso novo Presidente da Associação Geral fez um chamado
para o reavivamento e reforma....Mas aquilo levanta algumas perguntas: Quais são as
especificidades do reavivamento e reforma? Quais são as 'porcas e parafusos'? ... Isso significa
que estaremos lendo artigos nos jornais da nossa igreja e ouvindo sermões do púlpito sobre
como guardar o sábado adequadamente, ou a necessidade de modéstia no vestuário, ou de
que precisamos nos abster de vinho, chá e café? Alguém estará falando contra casas e viagens
caras, e brinquedos de adultos? Haverá uma preocupação sobre quantos dos hábitos, costumes
e práticas do mundo se infiltraram na igreja? Nossos membros serão incentivados não apenas a
serem estudantes das Escrituras, mas a ler os escritos de Ellen White?” (17 de novembro de
2011)

O maior problema com os judeus do tempo de Cristo não era doutrina ou estilo de vida falho,
mas um entendimento falho de sua missão. Eles simplesmente não sabiam o motivo de sua
existência. Eles estavam saturados com seus sonhos sobre proeminência nacional e sua
restauração aos dias de Davi e Salomão, em vez de preparar o caminho para o Filho de Deus
levá-los à realidade eterna. Será que nós entendemos melhor nossa missão? Será que nosso
foco no crescimento e respeitabilidade da igreja está nos cegando para nossa missão de
participar da purificação do santuário celestial, limpando nossos corações de toda rebelião, e
permitindo assim que Deus seja vindicado em Sua batalha final contra as falsas acusações de
Satanás? Será que acreditamos sem questionamento nos pilares da verdade adventista? Será
que aceitamos as verdades politicamente incorretas do adventismo, tais como a natureza do
pecado, a natureza de Cristo, a perfeição e a teologia de última geração? Será que estaremos
firmes com Cristo, nosso Sumo Sacerdote?