Você está na página 1de 28

Educação

na Era
Digital
Profa. M.a. Mariana Matos
Antigamente...
O educador era a figura mais importante na organização e no trabalho de formação
do estudante;

Os estudantes, numa atitude de admiração e submissão, recebiam os


ensinamentos dos mestres, pois ele era o detentor do saber;

Durante séculos essa educação prevaleceu e atendeu as expectativas da sociedade


da época, que não queria que as pessoas refletissem, pensassem e tirasse suas
conclusões;

Portanto, o currículo da educação antiga consistia apenas em aprender a ler,


escrever, conhecer a bíblia, canto e um pouco de aritmética, e com o tempo, incluiu
o latim, gramática, retórica e dialética.
Com a Revolução Industrial...
A "nova" escola começou a preparar as pessoas para trabalhar nas fábricas, com
tarefas repetitivas, mecânicas e trabalho individual;

A sala de aula era vista como homogenia e uma metodologia de ensino e


aprendizagem que se caracterizava pela: padronização, concentração,
centralização e sincronização. A educação passou a ter como objetivo o
treinamento, alicerçado na aprendizagem informativa, à qual a memorização
ficava evidenciada;

O conhecimento transmitido tinha, mais uma vez, a função de adequar o


educando a sociedade e ao mercado de trabalho.
Com a evolução das TICs...
Uma nova concepção do que ensinar, como ensinar, com o que ensinar e o que
desenvolver para entregar como resultado, ao final do processo educativo, uma
pessoa apta a trabalhar nesse novo cenário social;

O professor precisa saber usar as novas tecnologias como potencial pedagógico.


Essa nova educação alia as novas tecnologias com a aprendizagem, sendo assim
estimula cada vez mais os estudantes a desenvolverem a autonomia, a
criatividade, a flexibilidade, a participação e a pesquisa a partir de projetos.
A Educação na Era Digital
A educação apresenta um novo paradigma onde a informação encontra-se na
rede das redes, nas aldeias globais e encontra-se acessível a todos de forma
horizontal e circular, sem limite de tempo e espaço geográfico;

O educador, nesta chuva de sinapses de informações acessíveis pelas TICs, torna-


se o orquestrador, o curador das múltiplas informações junto ao educando, onde
procura organizar e sintetizar a informação, transformando a informação em
conhecimento e o conhecimento em sabedoria;

O educando nesse ambiente ciberarquitetônico torna-se o ator, o autor do


conhecimento através da pesquisa proposta nos projetos interdisciplinares que
possibilitam o desenvolvimento de competências e habilidades para corresponder
a sociedade atual.
CENA 1
Crianças brincavam no pátio da escola enquanto
esperavam o professor de educação física. No hall de entrada
da escola há três mastros para hastear bandeira, e algumas
meninas de 7, 8 anos brincavam com eles, rodeando, subindo e
escorregando em movimentos sensuais imitando uma
personagem que fazia pool dance, “a dança do cano”, na novela
das 21h, em exibição num canal aberto de televisão. As outras
crianças ao redor, olhavam e cantavam fazendo o fundo
musical da cena, e quando o estudante-estagiário de
pedagogia pegou a máquina para fotografar, elas faziam
poses provocantes dizendo para colocar a foto no jornal da
turma do 2º ano, uma vez que ele estava desenvolvendo o
projeto de ensino sobre a produção de um jornal escolar com
crianças na escola.
CENA 2
Estudantes-estagiárias desenvolviam seu projeto de ensino “Olhares das crianças sobre
o meio ambiente” pretendendo como produção final fazer uma exposição de fotografias
feitas por crianças sobre a referida temática, numa turma do 2º ano, com crianças de 7, 8
anos. Em uma das atividades desenvolvidas em sala de aula, a estagiária havia
planejado assistir com as crianças a um audiovisual e um clipmusical, o “Rap do
reciclar”, postado no youtube. A empolgação das crianças com o laptop conectado à
internet móvel e o data-show projetando imagens e sons nas paredes da sala de aula
era evidente, não só pela novidade e ineditismo de tais equipamentos na sala de aula,
mas pela brincadeira de corpos projetando-se nas luzes, como se fossem aprendizes de
artistas de teatro de sombras. Enquanto a estagiária acessava o endereço pretendido,
apareceu na tela “You Tube” e aí foi o maior alvoroço: “You Tube, olha aí, a ‘profe’
vai entrar no You Tube. Que massa!”, diziam as crianças querendo falar ao mesmo
tempo. A estagiária aproveitou os depoimentos espontâneos das crianças e perguntou se
elas conheciam o youtube e a que assistiam nele, e então uma menina de sete anos
respondeu: “Tudo o que você pode imaginar”. Sem aprofundar tal resposta, a estagiária,
aparentando certo receio diante desse “tudo”, problematizou algumas atitudes em
relação a certos riscos para crianças na internet enfatizando alguns cuidados
necessários, e passou a palavra para outras crianças, ávidas por falar a esse respeito
também.
CENA 3
Estudantes-estagiárias realizavam seu período de observação de aulas para
elaboração de um projeto de ensino a ser desenvolvido com uma turma do 4º.
ano, crianças de 10,11 anos. Antes de iniciar uma atividade de socialização de
uma pesquisa feita num site previamente indicado pela professora, uma
confusão se fez na sala de aula: crianças comentavam sobre um
acontecimento envolvendo duas meninas e um menino ocorrido durante o
intervalo, resultado de um combinado feito no orkut, e consequência indireta
da referida atividade. Além da pesquisa solicitada, as referidas crianças
entraram no orkut umas das outras, deixaram diversas mensagens e fizeram
uma espécie de desafio e combinado “no dia seguinte, durante o intervalo, no
pátio da escola, o menino teria que beijar uma menina na boca, na frente de
outra menina”. Assim, no dia marcado, no intervalo da aula, as crianças se
encontraram no lugar combinado, o bambuzal da escola, e o menino deu um
beijo na boca de uma menina, que não queria, sob a testemunha daquela que o
desafiou. No entanto, o fato não ocorreu exatamente conforme o esperado e criou
diversos constrangimentos aos envolvidos, com seus desdobramentos
espalhando-se pela turma e isso provocou uma interessante discussão no
grupo, feita na sala de aula sob a coordenação da professora.
O que fazem, pensam e dizem os
alunos a partir de suas interações
com as mídias e tecnologias em
contextos formais?
Quais as possibilidades
da mediação adulta em
contextos formativos?
Como a escola no
sentido da
educação formal
se relaciona com
as práticas
culturais das
crianças
desenvolvidas em
contextos
informais?
Que deslocamentos
e estratégias são
necessários para
trabalhar
pedagogicamente
com a
especificidade dos
âmbitos de
educação formal e
informal?
SOCIEDADE
CONECTADA
ṔARTICULARIDADES DA ERA DIGITAL:

BUSCABILIDADE
PERSISTÊNCIA
REPLICABILIDADE
PÚBLICO x PRIVADO
ALWAYS ON
CONTEXTOS COLAPSADOS
AUDIÊNCIAS INVISÍVEIS

(Boyd, 2011; Turkle, 2006)


Aprendizagem como Cultura
A escola de hoje ainda é pensada através de um modelo de fábrica, que padroniza o
ensino para os estudantes e empacota os conteúdos que são entregues.

A cultura da aprendizagem reposiciona esse modelo de escola em que o professor


tem a função de repassar teorias abstratas aos seus alunos. É preciso possibilitar aos
jovens criar coisas concretas, experimentar o mundo e ver o conhecimento escolar e
científico fazerem parte da sua realidade.

Na cultura da aprendizagem é importante mostrar aos alunos como brincar com o


conhecimento. Dessa forma, o estímulo à criatividade e à imaginação assume grande
relevância nessa nova construção.
Educação na Era Digital
Na era digital o papel das tecnologias será o de criar os meios necessários para que as
relações com o coletivo ocorram. A tecnologia deve enriquecer a experiência das pessoas
e permitir que os indivíduos compartilhem ideias.

Assim como ocorre com o cultivo de uma planta – onde recursos ilimitados, como sol,
vento e terra – são utilizados dentro de um espaço restrito, a escola deve ser um
ambiente de aprendizagem estruturado e com limitações, mas onde as pessoas possam
experimentar com os recursos dentro das fronteiras desse ambiente.

Estas fronteiras devem funcionar não como algo limitador, mas como alguma coisa que
desafie e estimule os jovens a serem criativos e inovadores.
Educação na Era Digital
Na era digital o papel das tecnologias será o de criar os meios necessários para que as
relações com o coletivo ocorram. A tecnologia deve enriquecer a experiência das pessoas
e permitir que os indivíduos compartilhem ideias.

Assim como ocorre com o cultivo de uma planta – onde recursos ilimitados, como sol,
vento e terra – são utilizados dentro de um espaço restrito, a escola deve ser um
ambiente de aprendizagem estruturado e com limitações, mas onde as pessoas possam
experimentar com os recursos dentro das fronteiras desse ambiente.

Estas fronteiras devem funcionar não como algo limitador, mas como alguma coisa que
desafie e estimule os jovens a serem criativos e inovadores.
O Ensino EAD
A educação a distância (EAD) é uma modalidade de ensino
eficiente e eficaz em contemplar grandes contingentes de
pessoas de forma efetiva;

O Brasil se encontra numa fase de consolidação da EAD,


sobretudo no Ensino Superior, que apresenta um crescimento
expressivo e sustentado;

Conforme os dados do Ministério da Educação do Brasil (MEC),


um em cada cinco novos alunos de graduação ingressa em
um curso a distância. Ou seja, quase 20% dos universitários
estudam por meio de aulas na internet e com o apoio de polos
presenciais.
O Ensino EAD
A educação a distância (EAD) é uma modalidade de ensino
eficiente e eficaz em contemplar grandes contingentes de
pessoas de forma efetiva;

O Brasil se encontra numa fase de consolidação da EAD,


sobretudo no Ensino Superior, que apresenta um crescimento
expressivo e sustentado;

Conforme os dados do Ministério da Educação do Brasil (MEC),


um em cada cinco novos alunos de graduação ingressa em
um curso a distância. Ou seja, quase 20% dos universitários
estudam por meio de aulas na internet e com o apoio de polos
presenciais.
O Ensino EAD
DESAFIOS
O ALUNO COMO PROTAGONISTA;
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR;
ERGONOMIA;
AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO -
PÚBLICAS X PRIVADAS;
TECNOLOGIAS COMO ELEMENTOS
DE VALOR EDUCACIONAL
O cyberbullying pode ser compreendido como
uma modalidade de violência psicossocial que
se caracteriza pelo envio ou compartilhamento
de mensagens em ambientes digitais;

com conteúdo agressivo, ameaçador e

CYBERBULLYING
provocativo, cuja intenção é humilhar ou
prejudicar outrem incapaz de se defender;

persiste por certo período de tempo e envolve


agressor, vítima e espectadores;

De forma geral, a prática do cyberbullying é


estabelecida por três fatores cruciais: a
repetição, o prejuízo e a desigualdade de poder.
o alto engajamento nas redes sociais
pode ser parcialmente explicado pelo
conceito de Fear of Missing Out (FoMO)
e que, embora este não seja um
fenômeno limitado às esferas das
mídias sociais, indivíduos com elevados
níveis de FoMO podem se sentir
compelidos a checar frequentemente
suas mídias sociais para se manterem
atualizados e continuamente
conectados com os outros, podendo
desencadear impactos negativos em
sua saúde mental e física. O FOMO designa um sentimento ou
sensação de difícil associação e, por
vezes, avassaladora, de um
indivíduo que percebe que está
perdendo algo relacionado ao que seus
FOMO pares estão fazendo, conhecendo,
possuindo e vivendo e que o coloca em
posição inferior (ABEL; BUFF; BURR, 2016).
EXCLUSÃO
DIGITAL
As mudanças no sistema educacional tiveram
que ser realizadas rapidamente, de sorte que,
de um dia para o outro, os professores
precisaram transpor conteúdos e adaptar suas
aulas presenciais para plataformas on-line, sem
preparação para isso, ou com preparação
superficial

Contexto Público x Privado

ENSINO DIGITAL
E PANDEMIA
Saúde Mental dos Profissionais

Cumprimento do Currículo

Novas Adaptações

Repercussões

Você também pode gostar