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Naquele tempo, Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele.
Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar,
com autoridade para expulsar os demônios. Designou, pois, os Doze: Simão, a quem
deu o nome de Pedro; Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de
Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus,
Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que
depois o traiu.
“Então”, continua S. Marcos, “Jesus designou Doze”, ou seja, instituiu-os, dentre os seus
discípulos, como um grupo estável, à parte, com poderes especiais, transmitidos depois a
seus sucessores. É um fato histórico, negado porém por protestantes e modernistas. Sim,
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09/10/2023 08:58 “In sinu Jesu”
Jesus designou, instituiu, constituiu o grupo dos Doze, e nós, como bons católicos, devemos
professar que na Igreja existem dois estados de vida instituídos pelo próprio Salvador e
Fundador dela: o dos ordenados e o dos não ordenados, o dos escolhidos para sucessores
dos Apóstolos e o dos fiéis em geral. É uma verdade de fé, e quem não a professa não é
católico. Se até agora nós não a professávamos, aproveitemos este Evangelho para, a partir
de agora, abraçar plenamente a fé cristã. Talvez a ignorássemos sem culpa; mas se agora,
cientes de que a Igreja e seus Concílios sempre a ensinaram, condenando com anátema
quem quer que a negasse, não podemos resistir e discordar, sob pena de nos pormos fora da
comunhão católica. Não pode ser parte da Igreja de Deus quem rejeita a fé. Constituídos os
Doze, Jesus expressa quais são as duas características do coração sacerdotal: “para que
ficassem com Ele e para enviá-los a pregar”. Ou seja, primeiro estar com Jesus pela vida de
oração íntima, que é o princípio e fundamento da vida sacerdotal. É por abandoná-la que
muitos sacerdotes entram em crise, vivem tristes, deprimidos, porque não vale a pena ser
padre sem estar com Jesus, não ter atos de amor a Ele, não ter nele o melhor Amigo, a razão
de ser do próprio sacerdócio, do próprio celibato… Todo padre precisa ter pelo menos
oração afetiva, oração de quem realmente ama Jesus. Só assim tem sentido a parte pastoral,
isto é, o envio a pregar. Porque o Senhor disse primeiro: “Vinde”, e só depois: “Ide”. —
Rezemos pelos nossos sacerdotes, pedindo-lhe que os faça conformes ao seu S. Coração,
sacerdotes que, como S. João, saibam reclinar a cabeça in sinu Iesu para, firmes na oração,
ficar de pé junto da cruz, receber Maria como Mãe SS. e partir em missão para evangelizar e
resgatar as tantas almas que estão se perdendo. Há um paraíso imenso à espera delas e de
nós!
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