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DEFINIÇÃO
Apresentação de diferentes formatos jurídicos de sociedades, lançamentos contábeis de
constituição e início de funcionamento da empresa, outros lançamentos devidos a eventos
econômicos mais complexos. Reconhecimento de operações financeiras prefixadas, pós-
fixadas e duplicatas descontadas.

PROPÓSITO
Apresentar a tradução contábil para os principais eventos econômicos praticados pelas
entidades.

PREPARAÇÃO
Antes de começar o estudo, pegue papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a
calculadora de seu smartphone/computador.

OBJETIVOS
Reconhecer os tipos de sociedades e os lançamentos primários de constituição e
funcionamento da empresa

Descrever o tratamento contábil aplicável a ativos imobilizados e intangíveis: depreciação,


amortização e exaustão

Descrever o tratamento contábil aplicável a operações financeiras: operações prefixadas, pós-


fixadas e duplicatas descontadas
INTRODUÇÃO
Neste tema, você irá estudar sobre operações contábeis dos principais eventos econômicos
praticados pelas empresas.

MÓDULO 1

 Reconhecer os tipos de sociedades e os lançamentos primários de constituição e início de


funcionamento da empresa

O QUE VAMOS APRENDER?​


Para início de conversa, suponha que você tem um negócio e deseja regularizar a sua
empresa. Você Não tem informações suficientes sobre como e por onde iniciar, e começa a se
indagar sobre:

NESTE MÓDULO, VOCÊ APRENDERÁ SOBRE:

a) os diferentes tipos de empresas; e

b) os lançamentos associados à constituição da empresa e ao início de sua operação.

A FIRMA: SOCIEDADES E EMPRESAS


INDIVIDUAIS
VOCÊ SABE O QUE É UMA SOCIEDADE?​

Sociedade é o contrato em que duas pessoas ou mais conjugam esforços ou recursos


para um fim comum. Outra definição seria o contrato em que as pessoas se obrigam a
contribuir reciprocamente, com bens e serviços, para o exercício de atividade econômica
e a partilha dos resultados entre si.

A lei 10.406/2002 (Código Civil) redefiniu a nomenclatura das sociedades e as exigências de


formalização, veja a seguir:

A Sociedade Comercial


Passou a ser chamada de Sociedade Empresária, e seus instrumentos de constituição e
alterações são registrados na Junta Comercial.

As antigas Sociedades Civis


Passaram a ser denominadas Sociedades Simples e são registradas em Cartório.

A antiga firma individual


Passou a ser simplesmente “Empresário”.

Veja o resumo dos tipos de Sociedades, extraído de Cotrim (2015):​

QUADRO RESUMO DAS SOCIEDADES

Nota: NCC - Novo Código Civil


Neste vídeo você reconhecerá os tipos de sociedades e os lançamentos primários de
constituição e início de funcionamento da empresa.

LANÇAMENTOS CONTÁBEIS PRIMÁRIOS​

CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA​

Do ponto de vista contábil, a constituição de uma empresa é feita em duas etapas: ​

A subscrição do capital​


Que corresponde ao compromisso dos sócios de fazer uma contribuição financeira para a
companhia.

A integralização do capital, nos moldes previstos pela legislação


Que corresponde ao efetivo aporte de recursos da entidade.

Vejamos o seguinte exemplo:

Bento e Laura decidem formar uma sociedade. A Cia. XYZ será constituída em 02.01.X1 com
um aporte de capital no valor de R$ 100.000,00. Veja os lançamentos contábeis que traduzem
o evento econômico:

CIA XYZ​

Constítuida em 02.01.X1

CAPITAL R$ 100.00,00

Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro, 02.01.X1

Capital a Integralizar 100.000,00

a Capital Subscrito 100.000,00


Capital subscrito na constituição da Cia. XYZ.

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Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro, 02.01.X1

Bancos 100.000,00

a Capital a Integralizar 100.000,00

Integralização de capital da Cia. XYZ por meio de


TED.

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AQUISIÇÃO DE ATIVOS
Após sua constituição, a empresa se prepara para entrar em operação. Para isso, precisa
adquirir os ativos fixos a serem utilizados na atividade operacional e que produzirão os fluxos
de caixa necessários à sua manutenção.

Exemplo:​

Em 03.01.X1, a Cia. XYZ adquire instalações e veículos à vista e mercadorias a prazo para a
atividade operacional. Depois, são feitos os lançamentos individualizados por evento.

Veja os lançamentos nas tabelas abaixo:​

Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro, 03.01.X1

Instalações 20.000,00

a Bancos 20.000,00

Aquisição de instalações, conforme certidão NPT0034.

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Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro, 03.01.X1


Veículos 15.000,00

a Bancos 15.000,00

Aquisição de veículos junto à Cia. Pé na Tábua,


conforme NFs 001, 002, 003 e 004.

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Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro, 03.01.X1

Mercadorias 5.000,00

a Fornecedores 5.000,00

Aquisição de mercadorias junto à Cia. Insumos S/A,


conforme NF 056.

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DESPESAS DE PESSOAL​

A Cia. XYZ já possui os ativos fixos necessários para iniciar as operações.


O quadro de pessoal foi contratado no dia 02.01.X1, mas esse evento não é um fato
administrativo ou contábil, pois não gerou qualquer efeito no patrimônio. ​No fim do primeiro
mês de funcionamento, será feito o registro do reconhecimento das despesas de pessoal,
salários e encargos. A legislação estabelece que os salários devidos e os respectivos encargos
sejam pagos no mês seguinte. Contudo, o regime de competência, pressuposto fundamental da
contabilidade, exige o reconhecimento das despesas (e receitas) no mês a que competem, e
não no mês do efetivo pagamento. Dessa forma, os salários de 01.X1, embora pagos em
02.X1, são reconhecidos em 01.X1.

Exemplo:​
A folha de pagamentos mensal da Cia. XYZ é de R$ 8.000,00. A despesa de salários deve ser
reconhecida no mês de competência, tendo como contrapartida uma provisão, um passivo, o
qual será baixado quando houver o efetivo pagamento. O mesmo se aplica aos encargos
sociais devidos pela empresa, no valor de R$ 3.000,00.

Observe os seguintes lançamentos:

Lançamento Débitos Créditos


Rio de Janeiro, 31.01.X1

Despesas com Salários 8.000,00

a Salários a pagar 8.000,00

Provisão para pagamento da folha de salários.

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Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro, 31.01.X1

Despesas com Encargos Sociais sobre salários 3.000,00

a Encargos Sociais sobre salários a pagar 3.000,00

Provisão para pagamento de Encargos Sociais sobre


salários.

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Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro, 05.02.X1

Salários a pagar 8.000,00

a Bancos 8.000,00
Pagamento da folha de salários.

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Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro, 05.02.X1

Encargos Sociais sobre salários a pagar 3.000,00

a Bancos 3.000,00

Pagamento de Encargos Sociais sobre salários.

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O mesmo raciocínio serve para os demais eventos referentes a relações trabalhistas, como
férias, décimo terceiro salário, participações nos lucros etc.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 2

 Descrever o tratamento contábil aplicável a ativos imobilizados e intangíveis: depreciação,


amortização e exaustão

O QUE VAMOS APRENDER?​


Neste módulo conhecerá o tratamento contábil aplicável a: ​

a) Ativos imobilizados; ​
b) Depreciação de ativos imobilizados;​
c) Ativos intangíveis;​
d) Amortização de ativos intangíveis;
e) Exaustão de recursos naturais.

ATIVO IMOBILIZADO​
Vamos entender agora o que é ativo imobilizado!​
ATIVO NÃO CIRCULANTE​
O ativo não circulante é composto por realizável a longo prazo, investimentos imobilizado e
intangível.


ATIVO IMOBILIZADO​

O ativo imobilizado é o bem tangível mantido para uso na produção ou fornecimento de


mercadorias ou serviços, aluguel a outros, ou para fins administrativos; é aquele que se espera
utilizar por mais de um período.

Alguns exemplos de bens do ativo imobilizado são:

TERRENOS
EDIFÍCIOS

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
NAVIOS

MÓVEIS E UTENSÍLIOS​
O ativo imobilizado deve ser mensurado pelo seu custo, que inclui (CPC 27, p. 15 e p. 16): ​

O preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não


recuperáveis sobre a compra, após dedução de descontos comerciais e abatimentos; ​
Qualquer custo necessário para colocar o ativo no local e na condição ideais de
funcionamento como pretendido pela administração. A estimativa inicial dos custos de
desmontagem, de remoção do item e de restauração do local (sítio) onde ele estava. Tais
custos representam uma obrigação da empresa quando o item é adquirido ou quando ele
é usado por determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque.

Após o reconhecimento inicial, um ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos a
eventual depreciação acumulada e a perda acumulada (CPC 01 - Redução ao Valor
Recuperável de Ativos).​

DEPRECIAÇÃO DE ATIVOS IMOBILIZADOS​


Veremos a seguir alguns conceitos:​

VOCÊ SABE O QUE É DEPRECIAÇÃO?​É a alocação sistemática do


valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil. E AGORA? O QUE

SERIA VALOR DEPRECIÁVEL?​É o custo de um ativo menos o seu valor


residual, que corresponde ao valor estimado para a venda do ativo após a dedução das

despesas de venda no fim de sua vida útil. FALTA-NOS SABER, O QUE É


VIDA ÚTIL? ​Corresponde ao período de uso do ativo estimado pela entidade; ou
número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter
pela utilização do ativo. ​

A depreciação ocorre porque os benefícios econômicos futuros incorporados ao ativo são


consumidos pela entidade, principalmente pelo uso. Muitas vezes, tais benefícios são reduzidos
por outros fatores, como obsolescência técnica ou comercial e desgaste normal, mesmo
quando o ativo permanece ocioso. Em consequência, os seguintes fatores são considerados
para determinar a vida útil de um ativo:

Previsão de uso, o qual é avaliado com base na capacidade ou na expectativa da produção


física do ativo.

Desgaste físico normal, dependente de fatores operacionais, como o número de turnos em que
será usado, o programa de reparos e manutenção do ativo em uso e enquanto estiver ocioso.
Obsolescência técnica ou comercial devida a mudanças ou melhorias na produção, ou a
mudanças na demanda do mercado para produto ou serviço derivado do ativo.

Limites legais ou disposições semelhantes quanto ao uso.​

O método de depreciação utilizado reflete o padrão de consumo da empresa acerca dos


benefícios econômicos futuros. Vários métodos de depreciação são utilizados para apropriação
sistemática do valor depreciável de um ativo durante a vida útil deste. Entre outros, temos o
método da linha reta (CPC 26, p. 60 e p.62).

Exemplo:

​Em 02.01.X1, a Cia. ABC adquiriu e colocou em uso um ativo imobilizado com vida útil prevista
de cinco anos. O custo foi de R$ 10.500,00, e o valor residual foi estimado em R$ 500,00.
Veja como calcular as quotas de depreciação anuais pelo método da linha reta e realizar os
lançamentos contábeis:​

Valor Depreci á vel


Deprecia çã o = Vida Ú til

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R$​ R$​ R$​

Custo do bem ​ 10.500,00​

(-) Valor residual (500,00)

Valor depreciável​ 10.000,00​

Vida útil estimada 5 anos​

Valor da quota de depreciação anual ​ 2.000,00​

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Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro 31.12.X1

Despesa de Depreciação 2.000,00

a Depreciação Acumulada 2.000,00

Registro da depreciação correspondente ao exercício de


X1.

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Esse mesmo lançamento é repetido nos exercícios de X2 a X5, quando o valor contábil do
imobilizado é reduzido ao seu valor residual. Observe os razonetes:

Ativo Imobilizado​

Débitos Créditos

10.500,00​

10.500,00​

10.500,00​

10.500,00​

10.500,00​

10.500,00​

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Depr. Acumulada​​

Débitos Créditos

2.000,00 (1)

2.000,00 (2)

2.000,00 (3)

2.000,00 (4)

2.000,00 (5)
10.000,00​

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Despesa de Depreciação​​

Débitos Créditos

2.000,00 (1)

2.000,00 (2)

2.000,00 (3)

2.000,00 (4)

2.000,00 (5)

10.000,00​

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Valor contábil do ativo imobilizado em 31.12.X5:​

Ativo Imobilizado 10.500,00​

(-) Dep. Acumulada (10.000,00)​

Valor Contábil 500,00​

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DEPRECIAÇÃO ACELERADA​
Vejamos agora, como saber o valor da depreciação acelerada:

O valor da despesa de depreciação é maior no início da vida útil e menor no último período.
Pode-se aplicar o método da soma dos dígitos dos anos, cujo fator de depreciação de um bem
é representado pela razão entre o número de anos restantes de vida útil e a soma do número
de anos restantes ano a ano. No caso de um bem com vida útil de 10 anos, no ano 1 restam-
lhe 10 anos de vida útil; no ano 2, 8 anos, e assim por diante. Esse é o numerador da fração. Já
o denominador é fixo e corresponde à soma do número de anos que restam.

Para um bem com vida útil de 10 anos​


Somam-se 10+9+8+7+6+5+4+3+2+1 = 55​

Os fatores de depreciação seriam os seguintes: ​

Exemplo:​
Usando os dados do exemplo anterior, recalcule as cotas anuais de depreciação considerando
uma depreciação acelerada.

í
Soma dos d gitos dos anos: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15

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Ano Cálculo Depreciação (%) Depreciação ($)

X1 5/15 33,33%​ 3.333,00​

X2​ 4/15 26,67% 2.667,00


X3 3/15 20% 2.000,00

X4​ 2/15 13,33% 1.333,00

X5 1/15 6,67% 667,00

Total 100% 10.000,00

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Exemplo: ​
Considerando que a máquina dos exercícios anteriores pode produzir 10 mil unidades durante
a vida útil, vamos determinar as quotas de depreciação anuais pelo método das unidades
produzidas. Neste método o fator de depreciação é a razão entre as unidades produzidas e a
capacidade total de produção, quando a unidade estará exaurida e deverá ser descartada.

Ano Unidades Produzidas Depreciação (%) Depreciação ($)

X1 3.000​ 30% 3.000,00

X2​ 2.000 20% 2.000,00

X3 1.500 15% 1.500,00

X4​ 1.800 18% 1.800,00

X5 1.700 17% 1.700,00

Total 10.000 100% 10.000,00

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REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS​

Conforme o CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos, deve-se realizar o teste de


recuperabilidade de ativos para assegurar que o valor do registro contábil não exceda os
valores recuperáveis.​O valor recuperável de um ativo é o maior montante entre o valor justo
líquido de despesa de venda e o seu valor em uso, que é aquele presente dos fluxos de caixa
futuros esperados para o ativo.​Quando o valor contábil de um ativo excede seu valor
recuperável, a entidade deve reconhecer uma perda por redução ao valor recuperável.

Exemplo:​

Uma indústria possui uma máquina registrada contabilmente por R$ 200.000,00 e depreciação
acumulada de R$ 80.000,00. Ela pode ser revendida no mercado por R$ 120.000,00, arcando-
se com custos de transação de R$ 20.000,00 para vendê-la. Em uso, a máquina produz bens
geradores de uma receita líquida total de R$ 80.000,00 nos próximos dez anos.

Considerando o exposto, vamos determinar:​


O valor recuperável do ativo;

O valor da perda por redução ao valor recuperável e sua contabilização, se houver;

O valor recuperável do ativo é o maior entre o valor justo líquido de despesa de venda e o
valor em uso.​

Cálculo do valor contábil líquido:

Valor Contábil 200.000,00​

(-) Depreciação Acumulada (80.000,00)​

Valor contábil líquido. 120.000,00

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Cálculo do valor justo líquido de venda:​

Valor de Venda​ 120.000,00

(-) Custos de Venda (20.000,00)​

Valor justo líquido de venda. 100.000,00​

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Cálculo do valor recuperável (máximo entre):​

Valor Justo Líquido de Venda 100.000,00

Valor em Uso 80.000,00​


Valor recuperável. 100.000,00​

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Cálculo do ajuste ao valor recuperável:​

Valor Contábil Líquido 120.000,00

(-) Valor Recuperável 100.000,00

Ajuste ao valor recuperável. 20.000,00

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Como o valor recuperável é inferior ao valor contábil líquido, a perda por redução ao valor
recuperável, no valor de R$ 20.000,00, deve ser registrada assim:

Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro 31.12.X1

Perdas por Desvalorização de Ativos (resultado) 20.000,00

a Perdas por Desvalorização (conta redutora do Ativo) 20.000,00

Registro da perda por desvalorização de ativos.

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Ativo Imobilizado​

Débitos Créditos
200.000,00​

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Depr. Acumulada​​

Débitos Créditos

80.000,00​

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Perdas p/ Desvalorização

Débitos Créditos

20.000,00 (1)​

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Perdas por Desvalorização de Ativos (resultado)

Débitos Créditos

20.000,00 (1)

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Custo da Máquina 200.000,00​

(-) Depreciação Acumulada (80.000,00)


(-) Perdas por Desvalorização (20.000,00)

Valor contábil líquido. 100.000,00​

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ATIVOS INTANGÍVEIS​
Chegou a hora de descobrimos o que são Ativos intangíveis, confira:​

Ativo intangível é um ativo identificável, sem substância física, controlado pela entidade
e capaz de gerar benefícios econômicos futuros.

Exemplo de ativo intangível​

Marcas​

Patentes

Softwares

Direitos autorais​

Ágio gerado na aquisição de participações societárias em controladas e coligadas e


outros.

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Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível,


quando ( CPC 04_R1, p.12):
É separável, ou seja, quando pode ser separado da entidade e vendido, transferido,
licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou em conjunto com um ativo ou
passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou

Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independente de tais direitos


serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.​

A entidade controla um ativo quando pode obter benefícios econômicos futuros gerados pelo
recurso e restringir o acesso de terceiros a esses benefícios (CPC 04_R1, p.13).

Os benefícios econômicos futuros gerados por ativo intangível podem incluir a receita da venda
de produtos ou serviços, a redução de custos ou outros benefícios resultantes do uso do ativo
pela entidade (CPC 04_R1, p.17).​Um ativo intangível deve ser reconhecido inicialmente pelo
seu valor de custo, que geralmente contempla o preço de compra e os impostos não
recuperáveis.

ATIVO INTANGÍVEL GERADO INTERNAMENTE​

​Para avaliar se um ativo intangível gerado internamente atende aos critérios de


reconhecimento, a entidade deve classificar a geração do ativo da seguinte forma:

FASE DE PESQUISA​

Pesquisa é uma investigação original e planejada visando adquirir novo conhecimento e


entendimento científico ou técnico. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos
imediatamente como despesa, quando gerados.
FASE DE DESENVOLVIMENTO​

Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros conhecimentos em um


plano ou projeto visando à produção de protótipos antes do início da sua produção comercial
ou do seu uso.

Os custos da fase de desenvolvimento de um projeto interno devem ser reconhecidos como


ativo intangível quando a empresa puder demonstrar que cumpriu todas as exigências definidas
no CPC 04(R1) p. 57.​Após o reconhecimento inicial, um ativo intangível deve ser apresentado
ao custo, menos a eventual amortização acumulada e a perda acumulada (CPC 01 – Redução
ao Valor Recuperável de Ativos).

AMORTIZAÇÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS​


Assim como a depreciação dos ativos imobilizados, os ativos intangíveis devem ser
amortizados pelo prazo de sua vida útil
VOCÊ ENTÃO SE PERGUNTA: O QUE É
AMORTIZAÇÃO?​

A amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de um ativo intangível


durante sua vida útil.

Exemplo:​
Em 02.01.X1, a Cia. XYZ adquiriu uma patente por R$ 20.000,00. O valor residual estimado é
zero, e a vida útil é de 4 anos. Determine as quotas de amortização pelo método da linha reta.

Valor Amortiz á vel


Amortiza çã o = Vida Ú til

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R$

Custo do bem 20.000,00


(-) Valor residual -

Valor amortizável​ 20.000,00​

Vida útil estimada 4 anos

Valor da quota de amortização anual 5.000,00​

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Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro 31.12.X1

Despesa de Amortização​ 5.000,00

a Amortização Acumulada 5.000,00

Registro da amortização correspondente ao exercício de


X1.​

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Esse mesmo lançamento é repetido nos exercícios de X2 a X5, quando o valor contábil do
imobilizado é reduzido ao seu valor residual. Observe os razonetes:

Ativo Intangível​​

Débitos Créditos

20.000,00​
20.000,00​

20.000,00​

20.000,00​

20.000,00​​

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Amort. Acumulada​​

Débitos Créditos

5.000,00 (1)

5.000,00 (2)

5.000,00 (3)

5.000,00 (4)

20.000,00​

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Despesa de Amortização​​

Débitos Créditos

5.000,00 (1)

5.000,00 (2)

5.000,00 (3)

5.000,00 (4)
20.000,00​

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Valor contábil do ativo intangível em 31.12.X4:

Ativo intangível 20.000,00​

(-) Amort. acumulada (20.000,00)

Valor contábil 0​

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Neste vídeo analisaremos o tratamento contábil aplicável a ativos imobilizados e Intangíveis


EXAUSTÃO DE RECURSOS NATURAIS
Na medida em que os recursos naturais explorados por uma empresa são exauridos, essa
redução é contabilmente registrada. Do ponto de vista contábil, o processo de depreciação
desses recursos é chamado de exaustão.

Como todos os outros ativos recém-adquiridos ou desenvolvidos, os recursos naturais são


registrados primeiramente pelo seu custo. Esse valor deve ser “baixado” quando esses
recursos são extraídos ou esgotados. Para se dar “baixa” em um recurso natural, deve-se
calcular a quota de exaustão.

A quota anual de exaustão de uma mina, por exemplo, será determinada pelo maior valor
obtido em um dos critérios expostos a seguir:

RECURSOS NATURAIS

Os recursos naturais incluem ativos, como, por exemplo, florestas, canaviais e pastagens, além
de reservas de petróleo e áreas de extração de madeira e de minério.

CRITÉRIO A
CRITÉRIO B
Em função do volume da produção anual e da possança estimada da mina (quantidade
estimada a ser explorada na mina).

Neste caso, sua fórmula é:

% Explorado anualmente × V alor da mina

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Sendo que o % explorado anualmente é o percentual produzido em relação à possança.

Com base no prazo de concessão para sua exploração.

Neste caso, a fórmula é:


1 ano
× V alor da mina
P razo de concess ão

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Para ilustrar esse conceito, suponha que uma empresa possua uma mina com valor contábil de
R$20.000.000. A concessão dessa mina tem prazo sete anos. A possança dela é de 5.000
toneladas e a produção por ano, de 750 toneladas.

Dessa forma, vejamos a quota de exaustão por ano calculada:

Pelo critério (A):

750
× 20.000.0000 = 15% × 20.000.000 = 3.000.000,00
5000

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Pelo critério (B):

1
× 20.000.0000 = 15% × 20.000.000 = 2.857.142,86
7

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O critério (A) tem um valor maior. Assim, 3.000.000,00 é o valor da exaustão por ano.

Neste exemplo, como o valor no critério (A) é maior, a mina será exaurida antes do fim do prazo
de concessão (sete anos).

Conceitualmente, a exaustão é semelhante à depreciação. Dessa forma, à medida que os


recursos naturais vão se exaurindo, registra-se na contabilidade uma quota de exaustão
simétrica à da possança conhecida da jazida.

O registro para o primeiro ano deste exemplo é realizado da seguinte forma:


Lançamento Débitos Créditos

Rio de Janeiro 31.12.x1

Despesa de Exaustão
3.000.000
A depreciação Acumulada 3.000.000

Registro da depreciação correspondente ao exercício


de x1.

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Já no balanço patrimonial, os dados da mina seriam apresentados da seguinte forma:

Mina 20.000.000

Menos: Depreciação Acumulada (3.000.000) 17.000.000

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VERIFICANDO O APRENDIZADO

MÓDULO 3

 Descrever o tratamento contábil aplicável a operações financeiras: operações prefixadas,


pós-fixadas e duplicatas descontadas
O QUE VAMOS APRENDER?​

Aqui você aprenderá sobre: ​

a) operações financeiras prefixadas e pós-fixadas; ​


b) o tratamento contábil aplicável a rendas e encargos a apropriar;
c) o tratamento contábil aplicável a duplicatas descontadas.

OPERAÇÕES FINANCEIRAS​
As operações financeiras estão relacionadas ao fluxo de recursos entre os agentes
econômicos. A intermediação financeira é quando os recursos financeiros são transferidos
entre os agentes econômicos. O sistema financeiro, em geral, e os bancos, em particular, são
os intermediários financeiros clássicos e canalizam os recursos dos agentes superavitários aos
agentes deficitários da economia. As operações financeiras são os veículos utilizados pelo
sistema financeiro para operacionalizar a intermediação financeira.
Na ponta passiva do sistema financeiro, os recursos são captados junto aos agentes
superavitários, dando origem às aplicações financeiras nestes últimos. São exemplos de
aplicações financeiras:

DEPÓSITOS À VISTA
DEPÓSITOS A PRAZO

DEPÓSITOS DE POUPANÇA
LETRAS DE CRÉDITO

LETRAS FINANCEIRAS
LETRAS DE CÂMBIO

Essas aplicações possuem características específicas de maturidade, liquidez e risco. Na ponta


ativa do sistema financeiro, os recursos são aplicados junto aos agentes deficitários, em geral,
na forma de operações de crédito. Nos agentes deficitários, as operações de crédito dão
origem a passivos financeiros, como empréstimos e financiamentos. As operações financeiras,
ativas ou passivas, são remuneradas por juros, cuja incidência pode ser prefixada ou pós-
fixada.

PREFIXADA

Nas operações prefixadas, os juros são fixados nominalmente no momento da contratação,


por exemplo, 10% a.a.; 0,5% a.m. Dessa forma, o credor ou devedor conhece de imediato
quanto ela valerá no vencimento.
PÓS-FIXADA

Nas operações pós-fixadas, o indexador é fixado no momento da contratação, porém os


valores que ele assumirá somente serão conhecidos no decorrer do tempo. Dessa forma, o
valor final da operação financeira será conhecido apenas no vencimento.

 EXEMPLO

Como exemplo, temos: operações indexadas ao CDI, Selic, dólar etc.

OPERAÇÕES PREFIXADAS​

Operações prefixadas introduzem o conceito de Rendas ou Despesas a Apropriar. São rendas


ou encargos embutidos e já conhecidos na contratação da operação financeira. Contabilmente,
esses valores são reconhecidos como contas retificadoras de ativo ou passivo.​

Exemplo:​
A Cia. ABC obteve um empréstimo bancário de curtíssimo prazo, no valor de R$ 800.000,00. O
empréstimo é prefixado e custa 25% a.p. O principal e os juros serão pagos no vencimento.
Veja as demais características do empréstimo assim como os lançamentos contábeis (partidas
de diário e razonetes):

Dados do problema​

Data de concessão: 06.10.X1​

Data de vencimento: 30.11.X1​

Valor concedido: R$ 800.000,00​


Valor no vencimento: R$ 1.000.000,00

Taxa de 25% para o período

São 55 dias corridos até o vencimento, dos quais 25 em outubro e 30 em novembro.

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Histórico de lançamentos:

(1) Contratação do empréstimo – 06.10.X1

(2) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 31.10.X1

(3) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 30.11.X1​

(4) Pagamento do empréstimo – 30.11.X1

Cálculo das despesas de juros (em R$ mil):​

Em 31.10.X1:

As despesas a apropriar de R$ 200,00 devem ser alocadas nos meses de outubro e novembro,
segundo o regime de competência, de maneira proporcional aos dias corridos em cada mês.

25

( 55 )
DespJuros = 800 * [((1 + 25%)] − 1) = 85,40

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Em 30.11.X1:​

30

( 55 )
DespJuros = 885,40 * [((1 + 25%)] − 1) = 114,60

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Lançamentos:
(1) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 06.10.X1

Diversos 1.000,00

a Empréstimos (Passivo) 1.000,00

Bancos (Ativo) 800,00

Despesas a Apropriar (Retificadora de passivo) 200,00​

Contratação do empréstimo bancário.

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O saldo do empréstimo na data da contratação é de R$ 800,00 e corresponde ao valor no


vencimento de R$ 1.000,00 (lembre-se: é um prefixado), deduzido das despesas a apropriar de
R$ 200,00.

(2) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 31.10.X1

Despesas de Juros 85,40

a Despesas a Apropriar (Retificadora de passivo) 85,40

Apropriação de despesas em 31.10.X1.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal


Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo é aumentado para R$ 885,40, que representa o
saldo de R$1.000,00 deduzido de despesas a apropriar de R$ 114,60.

(3) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 30.11.X1

Despesas de Juros 114,60

a Despesas a Apropriar (Retificadora de passivo) 114,60

Apropriação de despesas em 30.11.X1.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo converge para R$ 1.000,00, pois a data de


vencimento chegou e o saldo de despesas a apropriar foi totalmente apropriado.

(4) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 30.11.X1

Empréstimos (Passivo) 1.000

a Bancos 1.000

Liquidação do empréstimo bancário em 30.11.X1.

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Para finalizar, observe os razonetes.​

Bancos​
Débitos Créditos

800,0 (1) 1.000,00 (4)

200,00

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Empréstimos​

Débitos Créditos

1.000,00 (4) 1.000,00 (1)

0 0

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Despesas a Apropriar​​

Débitos Créditos

200,00 (1) 85,40 (2)

114,60 (3)

0
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Despesas de Juros​

Débitos Créditos

85,40 (2)

114,60 (3)

200,00

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Observe agora os mesmos eventos do ponto de vista do Banco:​


Lançamentos:

(1) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 06.10.X1

Operações de Crédito (Ativo) 1.000,00

a Diversos 1.000,00

a Depósitos à Vista (Passivo) 800,00

a Rendas a Apropriar (Retificadora de ativo) 200,00

Concessão do empréstimo pelo Banco.

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O saldo do empréstimo na data da contratação é de R$800,00 e corresponde ao valor de R$
1.000,00 no vencimento (lembre-se: é um prefixado), deduzido das rendas a apropriar de R$
200,00. O valor é disponibilizado pelo Banco na conta-corrente do cliente.

(2) (em $1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 31.10.X1

Rendas a Apropriar (Retificadora de ativo) 85,40

a Receitas de Juros 85,40

Apropriação de rendas em 31.10.X1.

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​Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo é aumentado para R$ 885,40. Esse é o saldo de


R$1.000,00 deduzido de despesas a apropriar de R$ 114,60.

(3) (em $1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 30.11.X1

Rendas a Apropriar (Retificadora de ativo) 114,60

a Receitas de Juros 114,60​

Apropriação de rendas em 30.11.X1.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo converge para R$ 1.000,00 pois a data de


vencimento chegou e o saldo de rendas a apropriar foi totalmente apropriado.
(4) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 30.11.X1

Depósitos à vista (Ativo)​ 1.000,00

a Operações de Crédito 1.000,00​

Recebimento do empréstimo bancário em 30.11.X1.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

O Banco debita os recursos da conta depósito à vista e liquida a operação de crédito.​


Para finalizar, observe os razonetes.

Operações de
Crédito

Débitos Créditos

1.000,00 (1) 1.000,00 (4)

0 0

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Rendas a
Apropriar

Débitos Créditos
85,40 (2) 200,00 (1)

114,60 (3)

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Depósitos à
Vista​​

Débitos Créditos

1.000,00 (4) 800,00 (1)

0 0

200

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Receitas de
Juros​

Débitos Créditos

85,40 (2)

114,60 (3)

200,00
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OPERAÇÕES PÓS-FIXADAS​

Vejamos agora um exemplo de operações pós-fixadas:​

A Cia. ABC obteve um empréstimo bancário de curtíssimo prazo no valor de R$1.000.000,00. O


empréstimo é pós-fixado e custa 100% da variação do CDI. O principal e os juros serão pagos
no vencimento. Veja as demais características do empréstimo, assim como os lançamentos
contábeis (partidas de diário e razonetes):

Dados do problema​

Data de concessão: 10.10.X1​

Data de vencimento: 30.11.X1​

Valor concedido: R$ 1.000.000,00​

Taxa de 100% da variação do CDI no período​

O CDI variou 2% entre 10.11 e 30.11 e outros 2% no mês de novembro​

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Histórico de lançamentos:

(1) Contratação do empréstimo – 10.10.X1

(2) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 31.10.X1

(3) Apropriação de despesas de juros do empréstimo – 30.11.X1

(4) Pagamento do empréstimo – 30.11.X1

Cálculo das despesas de juros (em R$ mil):​


Em 31.10.X1:

As despesas de juros são calculadas pela aplicação da taxa de juros diretamente sobre o saldo
do empréstimo. Como não se conhece o valor final de antemão, não se utilizam despesas a
apropriar.

DespJuros = 1000 x((1 + 2%) ? − 1) = 20,00

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Em 30.11.X1:​

DespJuros = 1020 x((1 + 2%) ? − 1) = 20,40

 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

(1) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 10.10.X1

Bancos (Ativo) 1.000,00​

a Empréstimos (Passivo) 1.000,00​

Contratação do empréstimo bancário pós-fixado.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

(2) (em R$1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 31.10.X1


Despesas de Juros 20,00

a Empréstimos (passivo) 20,00

Apropriação de despesas em 31.10.X1.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

(3) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 30.11.X1

Despesas de Juros 20,40

a Empréstimos (passivo) 20,40

Apropriação de despesas em 30.11.X1.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

(4) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 30.11.X1

Empréstimos (Passivo) 1.040,40

a Bancos 1.040, 40

Liquidação do empréstimo bancário em 30.11.X1.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal


Para finalizar, observe os razonetes.​

Bancos

Débitos Créditos

1.000,00 (1) 1.020,40 (4)

0 0

0 0

40,40

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Empréstimos

Débitos Créditos

1.040,40 (4) 1.000,00 (1)

20,00 (2)

20,40 (3)

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Despesas de Juros​​
Débitos Créditos

20,00 (2)

20,40 (3)

0 0

40,40

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Veja os mesmos eventos do ponto de vista do Banco.​

Lançamentos:

(1) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 10.10.X1

Operações de Crédito (Ativo) 1.000,00

a Depósitos à Vista (Passivo) 1.000,00

Concessão do empréstimo pelo Banco.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

O saldo do empréstimo na data da contratação é R$ 1.000,00, e o valor é disponibilizado pelo


Banco na conta-corrente do cliente.

(2) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos


Rio de Janeiro 31.10.X1

Operações de Crédito (Ativo) 20,00

a Receitas de Juros 20,00

Apropriação de rendas em 31.10.X1.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Após o lançamento 2, o saldo do empréstimo aumenta para R$ 1.020,00, tendo em vista a


correção pela variação do CDI.

(3) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 30.11.X1

Operações de Crédito (Ativo) 20,40

a Receitas de Juros 20,40

Apropriação de rendas em 30.11.X1.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Após o lançamento 3, o saldo do empréstimo aumenta para R$ 1.040,40, tendo em vista a


correção pela variação do CDI.

(4) (em R$ 1.000,00) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 30.11.X1

Depósitos à vista (Passivo) 1.040,40​


a Operações de Crédito 1.040,40​

Recebimento do empréstimo bancário em 30.11.X1.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

O Banco debita os recursos da conta depósito à vista e liquida a operação de crédito.​

Para finalizar, observe os razonetes.

Operações de
Crédito​

Débitos Créditos

1.000,00 (1) 1040,40 (4)

20,00 (2)

20,40 (3)

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Receitas de
Empréstimos

Débitos Créditos

20,00 (2)
20,40 (3)

0 0

40,40

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Depósitos à
Vista​​

Débitos Créditos

1.040,40 (4) 1.000,00 (1)

0 0

0 0

40,40

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DUPLICATAS DESCONTADAS​
Outra maneira de obter recursos financeiros é por desconto de duplicatas. Operacionalmente, a
entidade transfere a propriedade das duplicatas ao banco e recebe deste o valor de face das
duplicatas líquido dos juros. O banco, por sua vez, receberá o valor total da duplicata
diretamente do cliente da empresa. Caso a duplicata não seja paga no vencimento, ou seja,
caso o banco não receba, a empresa deverá reembolsá-lo, recomprando a duplicata pelo seu
valor de face. ​
Exemplo (adaptado de Marion e Iudícibus (2016):​
Em 02.01.X1, a Cia. ABC apresenta uma duplicata no valor de R$ 80.000,00 para desconto no
Banco KKK. A duplicata vencerá em 30 dias e será descontada a uma taxa de juros de 4% a.m.
Observe os lançamentos a seguir, considerando a liquidação da duplicata.
Cálculo das despesas de juros:

DespJuros = 80.000 * 4% = 3.200

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Lançamentos:

(1) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 02.01.X1

Diversos 80.000,00​

a Duplicatas Descontadas (Passivo) 80.000,00

Bancos (Ativo) 76.800,00​

Encargos a Apropriar (Retificadora de Passivo) 3.200,00​

Desconto de duplicata pela Cia. ABC junto ao Banco


KKK.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

A duplicata que a Cia. ABC desconta no Banco está registrada em Duplicatas a Receber no
ativo. Por que a duplicata descontada não é baixada? Por que a Cia. ABC é obrigada a
recomprá-la do Banco, caso o cliente emitente não a liquide no vencimento? ​
Como a Cia. ABC retém os riscos da duplicata, ela não pode ser baixada, e o registro é feito
criando-se uma obrigação (duplicatas descontadas) no mesmo valor da duplicata. Quantos aos
encargos a apropriar, seguem a lógica dos exemplos anteriores.

(2) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 31.01.X1

Despesas de Juros 3.200,00​

a Encargos a Apropriar (Retificadora de Passivo) 3.200,00

Pela apropriação dos encargos em despesa.

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Os encargos são apropriados em concordância com o regime de competência.​

(3) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 31.01.X1

Duplicatas Descontadas 80.000,00​

a Duplicatas a Receber 80.000,00

Pela baixa da duplicata liquidada pelo cliente junto ao


Banco.

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A duplicata descontada é baixada do passivo ao ser liquidada, tendo como contrapartida a


duplicata a receber.​

Para finalizar, observe os razonetes.


Bancos

Débitos Créditos

76.800,00 (1)

76.800,00

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Duplicatas
Descontadas

Débitos Créditos

80.000,00 (3) 80.000,00 (1)

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Encargos a
Apropriar​​

Débitos Créditos

3.200,00 (1) 3.200,00 (2)

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Despesas de
Juros​

Débitos Créditos

3.200,00 (2)

3.200,00

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Duplicatas a
Receber​

Débitos Créditos

200.000,00 (SI) 80.000,00 (3)

120.000,00

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Exemplo: ​
Duplicatas descontadas no caso de não liquidação na data do vencimento:

(3) Débitos Créditos

Rio de Janeiro 31.01.X1

Duplicatas Descontadas 80.000,00

a Bancos 80.000,00
Pela recompra da duplicata pela Cia. ABC junto ao
Banco.

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

A Cia. ABC reteve o risco da duplicata. Como o cliente não a liquidou junto ao Banco, a
entidade teve de recomprá-la pelo valor de face, R$ 80.000,00, com perda no valor dos
encargos. Observe os razonetes adiante.

Bancos

Débitos Créditos

76.800,00 (1) 80.000,00 (3)

3.200,00

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Duplicatas
Descontadas​

Débitos Créditos

80.000,00 (3) 80.000,00 (1)

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Encargos a
Apropriar​
Débitos Créditos

3.200,00 (1) 3.200,00 (2)

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Despesas de
Juros​​

Débitos Créditos

3.200,00 (2)

3.200,00

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Neste vídeos você entenderá sobre o tratamento contábil aplicável a operações financeiras.
VERIFICANDO O APRENDIZADO

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, aprendemos os diferentes formatos jurídicos de sociedades, os lançamentos
primários referentes à constituição e funcionamento das empresas e respectivas operações, o
tratamento contábil de eventos econômicos mais complexos, tais como depreciação e
amortização em ativos imobilizados e intangíveis, e o tratamento contábil referente a operações
financeiras prefixadas, pós-fixadas e a duplicatas descontadas.

 PODCAST
CONQUISTAS
Você atingiu os seguintes objetivos:

Reconheceu os tipos de sociedades e os lançamentos primários de constituição e


funcionamento da empresa

Descreveu o tratamento contábil aplicável a ativos imobilizados e intangíveis: depreciação,


amortização e exaustão

Descreveu o tratamento contábil aplicável a operações financeiras: operações prefixadas, pós-


fixadas e duplicatas descontadas

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
COTRIM, C. L. Contabilidade Comercial - CEA – Centro de Economia e Administração. PUC
– Campinas. 2015.​

IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Contabilidade Comercial. 10ª ed. São Paulo:Editora Atas,
2016.

EXPLORE+

Há uma série de documentários muito esclarecedores sobre as consequências da


utilização da contabilidade criativa para ludibriar o usuário da informação contábil. “Inside
Job” (Trabalho Interno) (2010), Charles Ferguson, detalha as práticas que provocaram
crise financeira de 2008-2009; “Enron: Os Mais Espertos da Sala” (Enron: The Smartest
Guys in the Room) (2005), Alex Gibney, narra as práticas que levaram a Empresa Enron
ao colapso.
CONTEUDISTA
José Américo Pereira Antunes​

 CURRÍCULO LATTES

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