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ENGG55 – REDES INDUSTRIAIS

Projetos de Padronização de Redes Locais


Industriais

Material Elaborado pelo Prof. Eduardo Simas

Adaptado por Wild Santos


(Wild.santos@ufba.br)

DEE – Departamento de Engenharia Elétrica


Escola Politécnica - UFBA 1
Projetos de padronização de redes locais
industriais
Projeto PROWAY

Projeto IEEE 802

Projeto MAP (MAP/EPA e Mini-MAP)


Manufacturing Automation Protocol
Enhanced Performance Architecture

Projeto TOP
Technical Office Protocol

Projeto FIELDBUS
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Redes industriais

Projetos de padronização de
redes locais industriais

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Redes industriais
Projetos de padronização de redes locais industriais

Visão Geral

Exigência de comunicação entre as unidades para


integração flexível dos sistemas de comunicação.
Existem diversas redes proprietárias para o ambiente
fabril interligação dos equipamentos.
Integração de sistemas heterogêneos para suportar
tanto a operação de chão de fábrica como as funções de
apoio à produção.
Interoperabilidade e intercambiabilidade.
Iniciativas de padronização:
Projeto Proway
Projeto IEEE
Projeto MAP (MAP/EPA e MiniMap)
Projeto TOP
Projeto Fieldbus
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Projetos de padronização de redes locais industriais

Projeto PROWAY

✓ Proposta PROWAY (ProcessData Highway) iniciada em


1975 pela IEC (International Electrotechnical Commission) para
a normalização de redes de comunicação para controle
de processos.
✓ Proway passou pelas fases A, B e C.
✓ Proway A e B utilizavam o protocolo HDLC da ISO na
camada de enlace, com acesso ao meio tipo
Mestre/Escravos.
✓ Proway C adotou a técnica de Token-Passing.
✓ Arquitetura composta de 4 camadas do modelo OSI:
"Line" (camada física)
"Highway" (camada de enlace)
"Network" (camada de rede)
"Application" (camada de aplicação)
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Projeto IEEE 802

✓ IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) iniciou


em 1980 o projeto 802, que definiu normas para as
camadas Física e Enlace do modelo de referência OSI.

✓ Camada de Enlace subdividida em duas subcamadas:


✓LLC (Logical Link Control): montagem dos quadros, controle de
erros, controle de fluxo, estabelecimento de conexões,
serviços às camadas acima;
✓MAC (Medium Access Control): Controle de acesso ao meio.

✓ Proposta IEEE virou norma internacional: ISO/IEC


8802.

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Projetos de padronização de redes locais industriais

Projeto IEEE 802

IEEE 802.1: serviços de gerenciamento de redes e


generalidades;

IEEE 802.2: sub-camada LLC da camada de Enlace.


Norma prevê três tipos de serviços:
✓ LLC tipo 1 (Sem Conexão e Sem Reconhecimento): não é feito controle de
erros nem de fluxo e o receptor das mensagens não envia um quadro de
reconhecimento ao emissor;
✓ LLC tipo 2 (Com Conexão): antes de trocar dados, estações estabelecem
uma conexão entre si. É feito controle de erros e de fluxo e a entidade
receptora envia um quadro de reconhecimento para cada mensagem
recebida;
✓ LLC tipo 3 (Sem Conexão mas com Reconhecimento): comunicação sem
conexão, mas é realizado controle de fluxo e de erros e o receptor envia um
quadro de reconhecimento ao emissor para cada mensagem recebida.

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Projeto IEEE 802

IEEE 802.3: descrição da sub-camada MAC e camada


Física para redes com topologia em barramento e
método de acesso ao meio baseado em CSMA/CD;

IEEE 802.4: descrição da sub-camada MAC e camada


Física para as redes com topologia em barramento e
método de acesso ao meio baseado em "token-passing"
(Token-Bus);

IEEE 802.5: descrição da sub-camada MAC e camada


Física para as redes com topologia em anel e método de
acesso ao meio baseado em "token-passing" (Token-Ring);

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Projeto IEEE 802

IEEE 802.6: descrição da sub-camada MAC e camada


Física para as redes metropolitanas com DQDB
(Distributed Queue Dual Bus, barramento dual com filas
distribuídas);

IEEE 802.7: contém recomendações do IEEE para LANs


usando Broadband. Na versão da ISO/IEC, define uma
subcamada MAC com slott e dringe a camada física
correspondente;
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Projeto IEEE 802

IEEE 802.8: o IEEE criou o “Fibre optic technical advisory


group”, cuja meta era propor um padrão de LAN usando
fibra ótica como meio físico em redes com token passing,
como FDDI (Fiber Distributed Data Interface);

IEEE 802.9: IS (Integrated Services) para integrar LANs com


RDSI (Rede Digital de Serviços Integrados, ISDN em inglês) e
FDDI;

IEEE 802.10: aborda questões de segurança na


interoperação de LAN se MANs (atualmente define o padrão
SDE, Secure Data Exchange);

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Projeto IEEE 802

IEEE 802.11: padroniza LANs com MAC sem fio (Wireless


/ wi-fi) e a camada física correspondente (transceivers de
rádio);

IEEE 802.12: método de acesso com demanda priorizada


(DPA, Demand Priority Access) e camada física
correspondente.

Mais recentemente foram acrescentados ainda:


✓IEEE 802.15: trata de Wireless Personal Area Networks (como
Bluetooth);
✓IEEE 802.16: aborda Wireless Metropolitan Area Networks;
✓IEEE 802.17: padrãoparaResilient Packet Ring;
✓IEEE 802.18: comitê de padrões LAN/MAN.
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Projeto IEEE 802

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD

✓ Origem: rede Ethernet (Xerox, 1976), criada por Robert


Metcalf.
✓ Ethernet original: protocolo CSMA/CD, cabo coaxial de
1000 metros de comprimento, taxa de transmissão de 3 Mbps,
até 100 estações conectadas.
✓ Xerox, DEC e Intel definiram um padrão "de fato" para uma
rede Ethernet, com taxa de transmissão de 10 Mbps.
✓ IEEE 802.3 (1985) define família de protocolos CSMA/CD 1-
persistentes, para diferentes meios de transmissão, com taxas
de transmissão originalmente de 1 a 10 Mbps (depois ampliada
para 100Mbps, 1Gbps e agora 10Gbps).
✓ Parâmetros iniciais da norma: canal de 10 Mbp sem banda
base, cabo coaxial de 50 ohms, comprimento máximo 500 m.

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD

- Preâmbulo de 7 bytes (seqüência 10101010).


- Delimitador de Início de Quadro (seqüência 10101011).
- Endereços de Destino e de Origem, com formatos de 16 ou 48 bits.
MSB define se endereço é individual (0) ou de grupo (1), permitindo
multicast e broadcast.
- Tamanho do Campo de Dados, em bytes (max. 1500 bytes).
- FCS: palavra de 32 bits, para o controle de erros por CRC.
- Se quadro total menor que 64 Bytes, o quadro deve ser
completado através do campo PAD (padding = enchimento,
estofamento).
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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD - ARQUITETURA

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD – CAMADA FÍSICA

PLS (Physical Layer Signaling): interface entre o nível físico e a


subcamada MAC. Fornece à MAC serviços de envio e recepção
de bits e de detecção de colisão.

AUI (Attachment Unit Interface): cabos tipo par trançado blindado


que permitem conectar à rede estações localizadas a uma certa
distância do meio de transmissão (até 50m). AUI interliga a placa
de rede ao MAU.

MAU (Medium Attachment Unit): dispositivo eletrônico que


transmite, recebe e detecta a presença de sinais no meio e deve
estar fisicamente muito próximo a este.

MDI (Medium Dependent Interface): conector que faz conexão entre


o MAU e o meio físico em si.
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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD – CAMADA FÍSICA

A norma IEEE 802.3 define várias opções de meio


físico e taxa de transmissão, especificadas da forma:
<taxa em Mbps><técnica de sinalização><tamanho máximo do segmento * 100>

Exemplo: 10BASE5

Define uma camada física com taxa de transmissão de


10Mbps, técnica de sinalização em banda BASE (baseband)
e comprimento máximo do cabo de 500 metros.

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD – CAMADA FÍSICA 10 BASE5 (thicknet)

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A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD – CAMADA FÍSICA 10 BASE2 (thinnet)

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD – CAMADA

10BROAD36: opera com taxa de transmissão de 10Mbps,


técnica de sinalização em Banda Larga e um cabo de 3600
metros.

Especificações adicionais de MAU:


✓ 10BASE-T: define MAU para par trançado, usualmente
empregada para conexão com repetidores multiporta
(Hubs);
✓ 10BASE-F: MAU para fibra ótica
• 10BASE-FL: define MAU para fibra ótica, usada para
conectar uma estação a um Hub;
• 10BASE-FB: define MAU para interligar repetidores
entre si, usada em redes backbone;
• 10BASE-FP: define MAU para operar como estrela
passiva.
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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD – CAMADA FÍSICA 10BASE-T

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A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD – CAMADA FÍSICA 10BASE-FL

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A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD – CAMADA FÍSICA 10BASE-FP

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.3 – CSMA/CD – CAMADA FÍSICA 10BASE-FB

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.4 – Token Bus

✓ Define topologia tipo barramento, com direito de transmissão


transmitido por meio de ficha/bastão.
✓ Inicialização: passagem da ficha se dá segundo ordem
descendente do valor do endereço físico das estações.
✓ Estação proprietária da ficha possui o direito exclusivo de
transmissão sobre o barramento.
✓ Este direito pode ser exercido durante um certo período de
tempo ("token retention time"), após o qual ela deve ceder a
ficha para a próxima estação do "anel" lógico.
✓ Protocolo define mecanismo de prioridades de quatro níveis,
referenciados por 0, 2, 4 e 6 (nível 0 tem a mais baixa prioridade
e o nível 6 a mais alta prioridade).

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A norma IEEE 802.4 – Token Bus – Inserção e remoção de nós

✓ Periodicamente, a estação com token consulta estações inativas


para verificar se querem fazer parte do anel lógico (quadro
“Solicit_Sucessor").

✓ Quadro indica endereço da estação emissora e o da estação


seguinte no anel lógico. Apenas as estações cujos endereços
estiverem entre os dois endereços podem candidatar-se à
participação no anel lógico.

✓ Se houver mais de um candidato, haverá colisão, resolvida por


um algoritmo de arbitragem executado pelo detentor do token
(quadro “Resolve_Contention”).

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.4 – Token Bus – Inserção e remoção de nós

✓Se nenhuma estação apresenta interesse, a estação proprietária


da ficha retoma a evolução normal do anel.

✓ Se só uma estação apresenta-se como candidata, ela passa a


compor o anel lógico e torna-se a próxima destinatária da ficha.

✓ Se uma estação B situada entre duas estações A e C quer


abandonar o anel lógico, ela envia à estação A um quadro
indicando que a sucessora de A será a estação C (quadro
“Set_Sucessor”).

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.4 – Quadro

▪ Preâmbulo (sincronização a nível de bit);


▪ Delimitador de Início de Quadro;
▪ Controle de Quadro: quadros de dados ou de controle;
▪ Endereço Destino e Origem codificados em 16 ou 48 bits;
▪ campo de Dados (até 8182 bytes de comprimento);
▪ FCS: campo de Controle de erros por CRC;
▪ Delimitador de Fim de Quadro.
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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.4 – Opções de Camada Física

• Rede com canal único e modulação FSK (Frequency Shift Keying)


fase contínua, com topologia em barra bidirecional, taxa de
transmissão de 1Mbps;

• Rede com canal único e modulação FSK fase coerente, topologia em


barra bidirecional, taxas de transmissão de 5Mbps ou 10Mbps;

• Rede em banda larga, topologia em barra bidirecional com headend


(central repetidora com conversor de freqüências do canal de
recepção para o canal de envio), taxas de transmissão de 1Mbps,
5Mbps ou 10Mbps;

• Rede utilizando fibra ótica, topologia lógica em barra (mas


fisicamente em estrela, com um Hub como elemento central), requer
um par de fibras para cada estação (uma para receber e outra para
transmitir), taxas de transmissão de 5Mbps, 10Mbps ou 20Mbps. 29
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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.5 – Token Ring

- Rede em anel: conjunto de ligações ponto-a-ponto, em


modo unidirecional.
- Cada nó do anel é equipado com um acoplador.
- Cada bit é copiado numa memória de espera do acoplador
antes de ser retransmitido ao nó seguinte.
- Token fica circulando quando não existe transmissão de
quadro.
- Quando uma estação quer emitir um quadro, ela deve
adquirir o token e substituí-lo pelo quadro a enviar.
- Como apenas uma ficha está circulando no anel, a emissão
de um quadro é ação exclusiva de uma única estação.

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.5 – Token Ring

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.5 – Token Ring

Token-ring com wire center (hub)

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.5 – Quadro

Status do Quadro: composto de bits A (Ativo) e C (Copiado).

Valores dos bits A e C:


✓A = 0 e C = 0: o destinatário está inativo e quadro não foi
copiado;
✓A = 1 e C = 0: o destinatário está ativo mas o quadro não foi
copiado;
✓A = 1 e C = 1: o destinatário está ativo e o quadro foi copiado
(serve como acknowledge).
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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.5 – Camada Física

Segmentos com par trançado blindado (STP):


– 4 ou 16 Mbps.
– até 250 repetidores no anel.

Segmentos com par trançado comum (UTP):


– 4 Mbps.
– até 250 repetidores no anel.

Bits codificados em Manchester diferencial.

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Projeto IEEE 802


A norma IEEE 802.11 –Redes Sem Fio

Redes sem fio podem usar:


✓ Rádio
✓ Laser
✓ Infravermelho

Boa alternativa para aplicações onde é difícil instalar


cabos.

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Projeto MAP
Introdução

✓ Projeto MAP nasceu no início dos anos 80 por iniciativa da


General Motors.

✓ Na época, apenas 15% dos equipamentos programáveis de


suas fábricas eram capazes de se comunicar entre si.

✓Custos de comunicação muito elevados, avaliados em 50% do


custo total da automação.

✓Quantidade de equipamentos programáveis deveria sofrer


uma expansão de 400 a 500% num prazo de 5 anos.

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Projeto MAP

Opções da GM:
✓ Continuar utilizando máquinas programáveis de vários fabricantes e
solucionar o problema da maneira como vinha sendo feito;
✓ Basear produção em equipamentos de um único fabricante;
✓ Desenvolver uma proposta padronizada de rede que permitisse
interconectar todos os equipamentos.

Solução adotada terceira opção.

Em 1981, a GM uniu-se a outras empresas (DEC, HP e IBM)


definindo solução baseada no RM-OSI.

Proposta concreta para a comunicação no ambiente de fábrica.

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Projeto MAP

Opções da GM:
✓ Continuar utilizando máquinas programáveis de vários fabricantes e
solucionar o problema da maneira como vinha sendo feito;
✓ Basear produção em equipamentos de um único fabricante;
✓ Desenvolver uma proposta padronizada de rede que permitisse
interconectar todos os equipamentos.

Solução adotada terceira opção.

Em 1981, a GM uniu-se a outras empresas (DEC, HP e IBM)


definindo solução baseada no RM-OSI.

Proposta concreta para a comunicação no ambiente de fábrica.

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Projeto MAP
Arquitetura

Camadas 1 e 2: selecionadas normas IEEE 802.4


(barramento com ficha) e IEEE 802.2.

Camada Física: escolhido o suporte de comunicação em


broadband (banda larga), com cabo coaxial.

Escolha de broadband baseada nas razões seguintes:


✓ Possibilidade de uso de vários canais de comunicação sobre um
mesmo suporte;
✓ Permitir a troca de sinais como voz e imagem para aplicações como
supervisão, circuito fechado de TV, teleconferência, etc.;
✓ A GM já possuía muitas instalações operando em broadband.

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Projeto MAP

Camada de Enlace (MAC): escolhido Token-Bus, pois:


✓ Era o único protocolo suportado em broadband;
✓ Muitos equipamentos programáveis já usavam broadband e IEEE
802.4;
✓ Possibilidade de atribuir prioridades às mensagens.

Camada de Enlace (LLC): optou-se por LLC tipo 1 (sem


conexão e sem reconhecimento).

Camada de Rede: sem conexão, cada mensagem sendo


roteada individualmente através da rede.

Protocolo de roteamento definido pelo projeto MAP e


normalizado na ISO sob o número 9542.
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Projeto MAP

Camada de Transporte: protocolo classe 4 da ISO


orientado à conexão e com controle de erros.

Oferece um canal de comunicação confiável, sem perdas,


erros, nem duplicação de mensagens.

Camada de Aplicação:
✓ MMS: troca de mensagens entre equipamentos de produção;
✓ FTAM: acesso e a transferência de arquivos;
✓Funções de gerenciamento de rede: gestão dos recursos, medição de
desempenho, modificação dos parâmetros da rede.
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Projeto MAP

MAP original tinha alguns problemas:


✓ Caro: placas broadband requerem Modem.
✓ Lento: protótipos da década de 80 tinham tempos de
resposta da ordem de 500 ms.
✓ Requer muita memória: necessário armazenar software
das camadas 3 até 7 em algum lugar:
✓ Não critico em um PC: HD
✓ Problema para dispositivos como CLP, CNC, etc.: EPROM

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Projeto MAP
Arquitetura MAP-EPA

Proposta MAP original adequada aos níveis hierárquicos


superiores. A arquitetura à 7 camadas oferece um
overhead indesejável nos níveis mais baixos da hierarquia.

Solução: Definição de uma versão simplificada denominada


MAP-EPA (Enhanced Performance Architecture).

Definição de duas pilhas de protocolos: pilha normal Full-


MAP e pilha MAP-EPA, desprovida das camadas de Rede,
Transporte, Sessão e Apresentação.

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Projeto MAP
Arquitetura MAP-EPA

Protocolo IEEE 802.4 (Token-Bus) ainda adotado, porém


sobre um suporte de transmissão em base banda 5 Mbit/s.

Um processo de aplicação tem a opção de enviar seus


dados através da pilha normal ou, em casos onde o
requisito seja um tempo de resposta rápida, pela pilha
MAP-EPA.

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Projeto MAP
Arquitetura MAP-EPA

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Projeto MAP
Arquitetura Mini MAP

✓ Composta das camadas 1, 2 e 7 (só tem a pilha simplificada).


✓ Protocolo de Enlace: LLC tipos 1 e 3.

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Projeto MAP
Arquitetura MAP-TOP

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Projeto TOP

Technical Office Protocol: desenvolvido pela BOEING a partir


de 1983.
Redes para automação de áreas técnicas e administrativas.
Baseado no modelo OSI de 7 camadas.

Serviços:
✓ correio eletrônico;
✓ processamento de textos;
✓ acesso a base de dados distribuída;
✓ transferência de arquivos;
✓ CAD/CAM distribuído;
✓ troca de documentos;
✓ transações bancárias.

A partir de 1986: MAP e TOP reunidos (projeto MAP/TOP).


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Projeto MAP

Manufacturing Automation Protocol: iniciativa da GM (1980), com


a finalidade de definir rede voltada para automação da
manufatura (baseada no RM-OSI).

MAP bem adaptada para comunicação entre equipamentos de


chão de fábrica, tais como: Robôs, CNC, CLP, terminais de coleta de
dados, Computadores, etc.

Para aplicações com tempos críticos foi definida a versão


MAP/EPA (Enhanced Performance Architecture), que apresenta duas
pilhas de camadas: arquitetura MAP completa (7 camadas) e
uma arquitetura simplificada (camadas 1, 2 e 7).

Versão mais simplificada: MINI-MAP implementa somente as


camadas 1, 2 e 7 do RM-OSI.
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Projeto MAP
Conclusão

Não obteve aceitação universal desejada.

Custo elevado para dispositivos de automação simples.

Desempenho temporal insuficiente para aplicações de tempo


real crítico.

Surgimento de novas tecnologias.

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Projeto FIELDBUS

Fieldbus (Barramento de Campo): solução de comunicação para


os níveis hierárquicos mais baixos dentro da hierarquia fabril.

Interconecta dispositivos primários de automação (Sensores,


atuadores, chaves, etc.) e os dispositivos de controle de nível
imediatamente superior (CLP, CNC, RC, PC, etc.).

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Projeto FIELDBUS

Fieldbus (Barramento de Campo): solução de comunicação para


os níveis hierárquicos mais baixos dentro da hierarquia fabril.

Interconecta dispositivos primários de automação (Sensores,


atuadores, chaves, etc.) e os dispositivos de controle de nível
imediatamente superior (CLP, CNC, RC, PC, etc.).

Ainda existe ampla discussão em torno do padrão mundial


para o Fieldbus.

Principais grupos envolvidos nos trabalhos de padronização:


✓ Avaliadores: IEC, ISA, EUREKA, NEMA
✓ Proponentes: PROFIBUS, FIP, ISA-SP50 (FF).

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Projeto FIELDBUS

Linha de comunicação serial, digital, bidirecional (de acesso compartilhado) para


interligação dos dispositivos primários de automação a um sistema integrado de
automação e controle de processos.
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Projeto FIELDBUS
Vantagens dos barramentos de campo

ECONÔMICAS:

✓Redução da cablagem pela utilização de um meio físico


compartilhado;

✓ Redução do número de canais de comunicação com o


processo;

✓ Redução do tempo e complexidade do projeto de lay-out.

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Projeto FIELDBUS
Vantagens dos barramentos de campo

TÉCNICO OPERACIONAIS:

✓ Facilidade de instalação e manutenção, pela manipulação


de um menor número de cabos e conexões;

✓ Facilidade de detecção, localização e identificação de


falhas, através de funções de monitoração automática;

✓ Maior modularidade no projeto e instalação,


aumentando a flexibilidade de expansão de funções e
módulos;

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Projeto FIELDBUS
Vantagens dos barramentos de campo

SISTÊMICAS:

✓ Aumento da consistência e confiabilidade da informação


advinda dos instrumentos de campo, através da
digitalização e pré-processamento;

✓Possibilidade de sincronização dos instantes de


amostragem de Entrada/Saída;

✓ Melhoria do desempenho global da aplicação pela


descentralização do processamento;

✓ Maior facilidade de interconexão entre níveis


hierárquicos diferentes de automação;
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Projeto FIELDBUS
Vantagens dos barramentos de campo

MERCADOLÓGICAS:

✓ Redução dos custos de sistemas através da aquisição


seletiva de dispositivos compatíveis de diferentes
fornecedores, eliminando a dependência de somente um
fornecedor;

✓ Desacoplamento do software de supervisão da


dependência de um fornecedor específico de Hardware.

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Projetos de padronização de redes locais industriais

Projeto FIELDBUS

Motivações e requisitos do Fieldbus:

Redes MAP tinham tempo de resposta de cerca de 500 ms.

MAP-EPA e Mini-MAP permitem a realização de tempos de


resposta de cerca de 100 ms.

Fieldbus reduz este tempo para abaixo de 10 ms.

Fieldbus define somente as camadas 1, 2 e 7 do modelo de


referência OSI (como Mini-MAP).

Funções das camadas 3 a 6 indispensáveis para a


comunicação absorvidas pelas camadas 2 ou 7.

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Redes industriais
Projetos de padronização de redes locais industriais

Projeto FIELDBUS

Motivações e requisitos do Fieldbus:

Três classes distintas de aplicação:


✓ Sistemas "Stand-Alone": transações ocorrem somente
entre dispositivos ligados em um mesmo segmento de rede
(ex.: sensores e atuadores ligados a um CNC dentro de uma máquina).

✓ Sistemas em cascata: dispositivos conectados a


segmentos distintos podem trocar informações por meio
de uma bridge (ex.: SDCD - Sistema Distribuído de Controle Digital).

✓ Sistemas hierárquicos: Fieldbus está interligado via


gateway a um nível hierárquico superior da automação
fabril (ex.: estrutura CIM).

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Projeto FIELDBUS

✓ Sistemas em cascata: dispositivos conectados a


segmentos distintos podem trocar informações por meio
de uma bridge (ex.: SDCD - Sistema Distribuído de Controle Digital).

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Projetos de padronização de redes locais industriais

Projeto FIELDBUS

Motivações e requisitos do Fieldbus:

Três classes distintas de aplicação:


✓ Sistemas "Stand-Alone": transações ocorrem somente
entre dispositivos ligados em um mesmo segmento de rede
(ex.: sensores e atuadores ligados a um CNC dentro de uma máquina).

✓ Sistemas em cascata: dispositivos conectados a


segmentos distintos podem trocar informações por meio
de uma bridge (ex.: SDCD - Sistema Distribuído de Controle Digital).

✓ Sistemas hierárquicos: Fieldbus está interligado via


gateway a um nível hierárquico superior da automação
fabril (ex.: estrutura CIM).

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Projetos de padronização de redes locais industriais

Projeto FIELDBUS

✓ Sistemas hierárquicos: Fieldbus está interligado via


gateway a um nível hierárquico superior da automação
fabril (ex.: estrutura CIM).
Sistema Gerencial

VENDAS

PLANEJAMENTO

BANCO DE DADOS CORPORATIVOS

INFORMAÇÃO E SIMULAÇÃO Estações de


Trabalho

INTEGRAÇÃO DE CAMPO Servidores

OPERAÇÃO E SUPERVISÃO
(OTIMIZAÇÃO) Estações de Trabalho

CONTROLE E SEGURANÇA PLC’s Controladores


Elementos Sensores e Atuadores

CAMPO
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

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Motivações e requisitos do Fieldbus:

Em função do tipo de aplicações que se propõe a atender,


um conjunto de requisitos básicos são impostos ao
Fieldbus:
✓ Elevado desempenho para atender as aplicações com
requisitos de tempo críticos;
✓ Método de transmissão simples e barato;
✓ Meio de transmissão de preço acessível (par trançado);
✓ Necessidade de consistência de dados;
✓ Serviços compatíveis com redes dos níveis hierárquicos
superiores (compatibilidade com MMS);
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Acoplamento direto de sensores e atuadores em processos com dinâmica


elevada (RTLAN) ?

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A proposta FIP – Factory Instrumentation Protocol

FIP elaborado por um conjunto de empresas européias


(principalmente francesas), órgãos do governo francês e
centros de pesquisa.

“Club FIP” (http://www.worldfip.org).

Procurou levar em consideração as restrições de tempo


real impostas por aplicações de chão de fábrica.

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A proposta FIP – Factory Instrumentation Protocol
A camada Física do FIP

✓ Meios de transmissão: fibra ótica ou par trançado.


✓ Par trançado, previstas três velocidades de transmissão:
S1: 31,25 Kbps (segurança intrínseca)
S2: 1 Mbps (padrão)
S3: 2,5 Mbps (processos de elevada dinâmica)
✓ Fibra ótica: velocidade de 5 Mbps.

✓ Bits codificados segundo o código Manchester, que


permite o envio simultâneo do sinal de sincronização e dos
dados.
✓ Suporta segmentos com comprimento de até 2000 m e
até 256 estações, com utilização de repetidores.
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A proposta FIP – Factory Instrumentation Protocol
A camada de Enlace do FIP

✓ Não há distinção entre LLC e MAC.

✓ Método de acesso ao meio baseado na difusão ("Broadcasting").

Organizada por uma entidade centralizada denominada "árbitro


de barramento".

Idéia: Informação pode interessar a vários equipamentos (Ex: o


dado gerado por um sensor de temperatura pode interessar ao controlador,
atuador e terminal remoto, simultaneamente.)

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A proposta FIP – Factory Instrumentation Protocol
A camada de Enlace do FIP

✓ Dados representados por objetos (variáveis).


✓ Cada objeto é representado por um "nome" único no sistema.
✓ Cada objeto é elaborado por um único transmissor (produtor)
e lido por qualquer número de receptores (consumidores).

✓ A comunicação transcorre da seguinte forma:


- Árbitro difunde na rede o nome da variável (objeto) a ser
transmitida identifica a variável;
- O produtor da variável difunde a informação ligada ao
identificador;
- Todos os consumidores interessados lêem a variável difundida.

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A proposta FIP – Factory Instrumentation Protocol

Autonomia para decisão

• A varredura das variáveis periódicas é feita a partir de uma


lista implementada no árbitro na inicialização.
• A transmissão de mensagens não periódicas é feita
conforme a norma IEEE 802.2, LLC tipos 1 e 3.
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A proposta FIP – Factory Instrumentation Protocol

A Camada de Aplicação do FIP


- FIP adota sub-conjunto do MMS para aplicações não
críticas no tempo.
- Para aplicações críticas no tempo, adota família de serviços
MPS ("MessagePeriodic/AperiodicServices").

Funções de Gerenciamento da Rede no FIP


O projeto FIP definiu uma série de funções de gerenciamento
de rede:
– Definição e atualização das listas de objetos;
– Definição e atualização das tabelas de varredura;
– Gerenciamento das operações de partida e parada;
– Detecção e correção de falhas;

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A proposta PROFIBUS – PROcess FIeldBUS

PROFIBUS desenvolvido na Alemanha, inicialmente pela


Siemens, Bosch e Klockner-Moellerem 1987.

Em 1988 tornou-se um "Trial Use Standard" no contexto da


norma DIN (DIN V 19245, parte 1), que define as camadas
Física e Enlace.

Posteriormente, grupo de 13 empresas e 5 centros de pesquisa


propuseram alterações nas camadas Física e Enlace e
definiram a camada de Aplicação (norma DIN V 19245, parte
2).

Padrão da comunidade européia a partir de 1996


(www.profibus.com). 72
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A camada física do PROFIBUS

A camada física do PROFIBUS baseia-se no padrão EIA RS-485


(Electronic Industries Association).

Topologia barramento, utilizando como meio um par trançado


blindado.

Permite a interligação de até 32 elementos (estações ativas, passivas


ou repetidoras) por segmento. São permitidos até 4 segmentos,
totalizando um máximo de 128 estações.

Taxas de transmissão: 9.6, 19.2, 93.75 para 1200m, 187.5 para 600m
e 500 Kbps até 200m, mais tarde incluídas 1.5 Mbps, 12 Mbps.

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A camada de enlace do PROFIBUS:


✓ Análogo ao IEEE 802 com LLC e MAC.
✓ O PROFIBUS combina dois métodos deterministas de acesso ao
meio: "Master/Slave" e "Token-Passing".
✓ Lista de estações ativas.

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A camada de enlace do PROFIBUS:


✓ O LLC oferece serviços:
• Administração do token.
• Atualização das estações.
• Transferência de dados.

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Projeto FIELDBUS

A camada de Aplicação do PROFIBUS:

Definido um subconjunto do MMS específico para


barramento de campo.

Camada de Aplicação dividida em três subcamadas:


✓ Fieldbus Message Specification (FMS): protocolo propriamente
dito;
✓ Lower Layer Interface (LLI): interface com a camada de Enlace;
✓ Application Layer Interface (ALI): interface com as aplicações do
usuário.

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A proposta ISA SP-50 / FF

A projeto SP-50 foi iniciado pela ISA (Instrumentation Society of


America), através do comitê "Standards and Practices 50“

FIP e PROFIBUS

Depois em elaboração pela ISA e IEC para definir padrão


mundial para Fieldbus.

Trabalhos de padronização ainda em andamento.

Fieldbus Foudation criada em 1994 : suporte aos usuários e


fabricantes (interoperabilidade, conformidade, etc)

http://www.fieldbus.org
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A Camada Física do ISA-SP50:

Camada física compõe-se de três subcamadas:


✓ DIS (Data Independent Sublayer): interface com camada de enlace
(DTE);
✓ MDS (Medium Dependent Sublayer): codifica dados para formato
compatível com o meio físico. Especificação para par trançado:
codificação Manchester bifásica;
✓ MAU (Medium Attachment
Unit): descreve o transceptor
para o meio físico.

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A Camada Física do ISA-SP50

Tipos de meio:
✓ Meio H1 (áreas de segurança intrínseca):
» Par trançado
» Taxa de transmissão de 31,25 Kbps
» Até 32 estações se meio não é utilizado para a
alimentação dos dispositivos de campo ou menos
(mínimo de 6) estações com alimentação pelo fio
» Topologias barramento, árvore e estrela;
» Distância até 1900m sem repetidores
» Até 4 repetidores

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A Camada Física do ISA-SP50

Tipos de meio:
Meio H2 (aplicações de alta velocidade):
» Par trançado.
» Sem alimentação pela linha.
» Taxa de transmissão de 1 Mbps ou 2,5 Mbps.
» Topologia em barramento e estrela.
» Distância máxima de 750 m para 1 Mbp, se 500m para
2,5 Mbps, 30 estações (sem repetidores).

Propostas alternativas:
»Fibra ótica.
»Sinais de rádio.
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A Camada de Enlace do ISA -SP50

4 classes de funções para estações para implementação de acordo


com a necessidade da estação:
✓ Responder: estação só transmite dados em resposta a uma
solicitação (estação "escrava");
✓ Initiator: estação pode se apoderar do direito de acesso ao meio
(token), podendo enviar e requisitar dados a outras estações por
iniciativa própria;
✓ Linkmaster: estação pode exercer o papel de escalonador de
enlace, administrando o token e gerenciando o tempo interno do
sistema;
✓ Bridge: estação capaz de interligar entidades de enlace diferentes;

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A Camada de Enlace do ISA -SP50

Se há mais de um "Linkmaster" no sistema, estes disputam entre si na


inicialização o papel de escalonador de enlace.

A estação vencedora é chamada LAS (Link Active Scheduler).

Existem três tipos de token:


-Token de escalonamento: disputado na inicialização por todas as
estações Linkmaster, define a estação LAS.
-Token circulado: distribuído pela estação LAS às demais estações com
funcionalidade de Initiator ou Linkmaster, que formam um anel lógico.
-Token delegado: enviado pela estação LAS a uma estação qualquer por
solicitação desta ou para atender às necessidades de um serviço de
comunicação escalonado pela LAS.

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A Camada de Enlace do ISA -SP50

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A Camada de Enlace do ISA -SP50

Camada de Enlace subdividida em quatro subcamadas:


- Subcamada de acesso a Enlace: interface com a camada
física, gerencia token e serviços de resposta imediata;
- Subcamada de escalonamento de Enlace: faz
escalonamento de atividades da entidade de enlace. Mais
complexa em estações Link Master (podem assumir a função de
LAS);
-Subcamada de gerenciamento de conexões: estabelece e
rompe conexões;
-Subcamada de gerenciamento de Ponte: só existe em
estações tipo Bridge.

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A Camada de Aplicação do ISA-SP50:

Camada de aplicação ainda em discussão...


Procura conjugar MMS, para aplicações sem restrições
temporais, com MPS (serviços tipo READ/WRITE inspirados no FIP)
para atender tráfego cíclico e acíclico com requisitos de tempo
real.
Camada de aplicação prevê os seguintes serviços:
-MCSE (Message Common Service Element): estabelece e interrompe
conexões entre processos de aplicação (Correspondem aos serviços ACSE da
ISO).
-IMSE (Industrial Message Service Element): serviços semelhantes aos
oferecidos pelo MMS do projeto MAP.
-DDM (Distributed Database Maintenance): Serviços de acesso à bases de
dados distribuídas.

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Conclusões

✓ Uma vez definido um padrão internacionalmente aceito, o


Fieldbus deverá revolucionar o setor de instrumentação.
✓ Esta tecnologia permite que a inteligência seja totalmente
distribuída pelo campo e favorece o surgimento de dispositivos
com capacidades locais de processamento cada vez mais
sofisticadas.
✓ A integração total dos equipamentos permitirá alterações
nos procedimentos de operação das plantas industriais.
✓ O Fieldbus deverá também propiciar a intercambiabilidade a
nível de sensores, atuadores, transmissores e controladores,
trazendo ao usuário uma maior flexibilidade na compra de
produtos e abrindo espaço para novos fabricantes.
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Fim de Aula.

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