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Ignatief 28.02.

2008

28.02S PROBLEMA DO KOSOVO ESTÁ DIVIDINDO COMUNIDADE INTERNACIONAL

A Rússia está novamente disposta a levantar novamente o problema do status do Kosovo no Conselho de
Segurança das Nações Unidas em março – adiantou em Moscou Vitali Tchurkin, representante permanente da
Rússia junto às Nações Unidas. A notícia é comentada pelo nosso observador político Viktor Ienikeev.
No mês de março, a Rússia exercerá a presidência no Conselho de Segurança. Moscou anunciou a intenção
de conseguir a revogação da ilegítima proclamação unilateral da independência da província sérvia do
Kosovo, com uma população predominantemente albanesa. A Rússia sustentará a necessidade de que o
referido problema seja resolvido dentro dos moldes jurídicos.
Um propósito nada fácil, evidentemente, considerando a posição ocupada pelos Estados Unidos e seus
apoiantes no Conselho de Segurança das Nações Unidas, os quais se apressaram em reconhecer a
independência proclamada pelas autoridades albanesas do Kosovo em 17 deste fevereiro. Atualmente, esses
países estão trabalhando para desalojar a missão onusiana desse território e o reduzir à condição de um
protetorado dos Estados Unidos e da União Européia. Todavia, a situação que se cria em torno do Kosovo só
comprova a grande importância das intenções da Rússia.
Acontece que a decisão de autoproclamar a independência do Kosovo, tomada contra o previsto na “Carta da
Organização das Nações Unidas” e demais normas do Direito Internacional é capaz de acarretar uma reação
em cadeia de ações semelhantes ou porventura mais perigosas ainda. Acaba de ser criado um precedente
sumamente perigoso, o qual pode repercutir hoje ou amanhã em qualquer ponto do Globo. O Conselho de
Segurança das Nações Unidas ficou dividido ao terem dois terços dos seus membros se pronunciado contra a
proclamação unilateral da independência do Kosovo. Um golpe violento foi desfechado sobre todo o sistema
do Direito Internacional. Toda a comunidade internacional está cindida. O fato é que só um pouco mais de 20
Estados já reconheceram o Kosovo, estando outros dez ou coisa parecida dispostos a fazê-lo. Enquanto isso,
cerca de 30 Estados se recusam a reonhecer o Kosovo ou as mtnêm muito céticos em relação ao assunto.
Entre esses últimos encontramos Rússia, China, Espanha, Grécia, Brasil, Portugal, Índia e Indonésia, com
uma população somando mais da metade da população terrestre. Ao todo, as Nações Unidas estão integradas
por 192 Estados.
É porque a decisão da Rússia de levantar uma vez mais o problema do status do Kosovo no Conselho de
Segurança das Nações Unidas e fazer o assunto voltar para os moldes jurídicos é uma decisão
excepcionalmente atual e importante para o futuro de toda a comunidade internacional.
Acabam de ouvir um comentário do nosso observador político Viktor Ienikeev.

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