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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ ­ UVA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – CCET

DISCIPLINA DE SISTEMAS DISTRIBUIDOS

PROFESSOR ESPECIALISTA ANDRÉ BEZERRA

Luis Felipe Mota de Oliveira

CDN’s – Content Distribution Network : Rede Overlay

Sobral – 2015
RESUMO

Este trabalho apresenta embasamentos teóricos referentes às Redes de Distribuição de


Conteúdo ­ CDNs, mostrando as principais caracteristícas e como de fato as CDNs estão cada
vez mais presentes no gigantesco mundo da internet e em nosso meio. A gestão de conteúdo
tem se tornado algo essencial para empresas de médio e grande porte, poder atender as
necessidades de seu usuários usando serviços em qualquer lugar do planeta é de fundamental
importância. Tendo em vista esse paradigma o presente trabalho expõe o mercado pago e
grátis das CDNs, as suas arquiteturas e os beneficíos que uma CDN trás.

Palavras­chave:​
Redes de Distribuição de Conteúdo. CDNs. Internet.

INTRODUÇÃO

Os sistemas computacionais evoluiram com o passar do tempo em grandes proporções


atingindo um maior alcance e consequentemente um grande número de usuários. Com esse
novo paradigma percebe­se um ponto a ser analisado: a gestão e organização deste segmento
que busca oferecer um serviço de qualidade independentemente do lugar de onde é feito as
solicitações. A popularização desses sistemas traz um novo apanhado de demandas
necessárias para um bom funcionamento de tal, tais como escalabilidade, alta capacidade de
processamento de dados, maior iteratividade, disponibilidade e sem falar na segurança, algo
bem requisitado pelos usuários dessas novas plataformas.

Com essa evolução, cada vez mais conteúdos foram visualizados, baixados e
compartilhados, gerando assim uma produção de conteúdo astronômica. Essa popularização
pode ser vista em uma alta no número de acessos a grandes sites como o Facebook, Google,
Yahoo, YouTube, dentre outros que alavancaram essa indústria e atenderam e atendem as
necessidades de usuários exigentes.

Exemplificando essa popularização, imagina­se que quando um usuário acessa o link


de um determinado site, é feito mesmo que temporariamente, o download de todo o conteúdo.
Para que o conteúdo possa estar disponível para acesso é necessário que ele esteja hospedado
em algum lugar, em algum servidor. Entretanto, o conteúdo não está hospedado
necessariamente em um único lugar, dados que fazem parte do mesmo conteúdo podem estar
em diversos dispositivos em lugares diferentes. Estes dispositivos trabalham em conjunto
regionalizando os dados e facilitando o acesso a eles.

Para essa ideologia poder funcionar se faz necessário uma rede de distribuição de
conteúdo ­ CDN. Atualmente várias empresas fazem o uso desse tipo de serviço para grandes
sites, podendo estes, serem acessados em diferentes localidades garantindo agilidade na
entrega do seu produto. Essas redes podem ser divididas por varios tipos e varias arquiteturas,
tendo tambem como parametro a relação custo­beneficio, tudo isso foi evidenciado no
desenvolvimento dessa ferramenta passando por cada geração. As CDN’s estão presentes há
pelo menos dez anos no mercado, são transparentes e contém um grande volume de tráfego.
Adaptam­se e renovam­se com o avanço das novas tecnologias.

DESENVOLVIMENTO

Partindo da premissa que grandes sites se veêm obrigados a fazer uso de redes CDN,
podemos defini­la como um overlay sobre a internet que tem como objetivo primordial servir
conteúdo eficientemente. Este overlay cria uma camada adicional que garante que as
requisições sejam atendidas pelo servidor mais proximo, acarretando assim uma maior
velocidade na entrega do produto. Um overlay pode ocorrer em qualquer cenário de
disponibilização de serviços web, ou seja, além da popularidade, essas redes podem estar
ativas em diversos dispositivos e em aplicações do tipo resource­hungry, como as presentes
em jogos online e streamings de midia.

Para que dados trafeguem sem ocorrer tamanhas interferências no gigantesco universo
que é a internet nos dias de hoje, oferecer conteúdo com agilidade e estabilidade é necessário
e é por isso que existem as CDNs, que caracterizam­se por redes não centralizadas em um
único servidor. Elas hospedam um determinado conteúdo em servidores espalhados em várias
partes, permitindo dessa forma a distribuição de conteúdo de forma eficaz independente de
onde o acesso é realizado. As CDNs se enquadram em uma rede overlay, que nada mais é que
uma rede virtual de nós e enlaces lógicos que se constroem por cima de uma rede com um
propósito de implementar um serviço web que não esta disponível na estrutura na qual a
aplicação se encontra.
A comercializaçao da CDN se da em um nível mundial por meio de empresas que
contém ligações em vários países e até mesmo entre continentes, como é o caso da Amazon e
da Microsoft Azure CDN. Dentre os maiores provedores de CDN encontra­se a Akamai.com,
há relatos de que se um dia a Akamai vinher a não disponibilizar mais conteúdos, vinher a
“cair”, seria o fim da internet. Grandes empresas com Apple utilizam a rede da Akamai, que
representa cerca de 20% do tráfego mundial de dados, para disponibilizar o acesso mais
rápido aos conteúdos multimedia do iTunes. Contudo existem CDNs gratuitas tambem como
a CoralCDN e a FreeCast.

Algo a ser considerado quando se fala de CDNs é o custo deste serviço, não seria
muito viável financeiramente para uma empresa que necesssita de uma escalabilidade mundial
implantar servidores por conta própria em vários lugares do planeta. O custo com
infraestrutura é um dos principais pontos quando grandes empresas decidem contratar
serviçoes de CDNs, além de uma boa gerencia de conteúdo e de desenvolvimento, sem falar
na realização de testes periódiocos realizados pela CDN.

Contudo não é de hoje que as CDNs perduram em nosso meio. Esta tecnologia já
passou por diversas fases e gerações. Em sua história, existiram quatro fases, a Pré­CDN que
perpétuo o mercado até o final da decada de 90, tendo como principal característica, servers
farms, sigla em ingles para fazenda de servidores, onde um conjunto de servidores em rede
que dividem tarefas, atuando como se fossem um unico grande servidor. Caching Proxy
Developer, utilização de cache para o proxy. Improved Web Server, que são melhorias no
servidor web. E ainda a Hierarchical Caching, que nada mais é que um tipo de hierarquia no
cache.

Dando sequência, chega a primeira geração de CDN, presente no mercado entre os


anos 2000 à 2005, essa geração teve como característica a presença do Static Dynamic
Content, conteúdo estático e dinâmico, que trazia a possibilidade da criação de sites
dinâmicos, onde pode ser facilmente atualizado por CMS ­ Content Manager System, um
sistema de gestão de conteudo. Já no intervalo entre os anos de 2005 e 2010, as CDNs tiveram
a sua segunda geração, onde foi possível a utilização de vídeos sob demanda, On Demand,
transminssões via streaming, em tempo real, ou com poucos milisegundos de delay, sem falar
da implementações de CDNs em sistemas mobile. Nos dias de hoje as CDNs encontram­se
em sua terceira geração, que tem como principal característica a construção de comunidades
baseadas em CDNs.

As CDNs se dividem em Peer to Peer CDN, Pressione CDN, Origem Puxe CDNs. As
CDN do tipo Peer to Peer caracterizam por não envolver nenhum cache, nesta os usuários
também fazem parte da CDN. Ela utiliza o protocolo utilizado pelos arquivos torrents. Esse
tipo de CDN é mais utilizada por provedores gratuitos, pois utiliza menos espaço e menos
recursos de hardware.

Já nas Pressione CDN, os conteúdos são “fisicamente empurrados” para os servidores


CDN, são servidores que funcionam como secundarios do servidor principal, ou seja, nesta
ferramenta os arquivos são hospedados nos servidores CDN levados pelo servidor principal.
Entretanto na Origem Puxe CDNs, os conteúdos são armazenados diretamente em servidores
web. Não existe upload físico de conteúdo para os servidores CDN. Ao contrário da Pressione
CDN, aqui a CDN puxa os conteudos dos servidores principais.

Quando falamos da arquitetura das CDNs, podemos enfatizar a Commercial


(Client­Server) Architecture, arquitetura comercial cliente­servidor, e a Academic
(Peer­to­Peer) Architecture, arquitetura acadêmica, baseada no modelo peer­to­peer. A
arquitetura comercial que oferece uma rede mundial distribuída pronta para hospedar
conteúdos. A Akamai, a maior do mundo, disponibiliza mais de 20 mil servidores e representa
uma abordagem centralizada de CDN, onde os clientes contratam seu espaço. Já a arquitetura
baseada no peer­to­peer tem como premissa a partilha dos recursos, como conteúdo,
armazenamento, ciclos, CPU, ao invés de necessitar de um servidor centralizado. Essa é
caracterizada pela capacidade de adaptação a falhas e a aceitar grande número de nós, gerando
um grande tráfego, mantendo a conectividade e o desempenho. Em suma, o P2P CDN é um
sistema em que os usuários se reúnem para transmitir conteúdo reduzindo a carga no servidor.
Um grande exemplo são os torrents.

CONCLUSÕES

As CDNs estão presentes comercialmente há pelo menos dez anos, indagando um


tecnologia transparente e com um grande volume de tráfego, mas sem deixar de promover a
entrega de conteúdo de qualidade, além do seu grande potencial de pesquisa em meio a varias
estratégias de routing, de estrutura e indexação de replicas etc. Ambas as arquiteturas se
adaptam facilmente as novas tecnologias do mercado.

O conteúdo é algo de mais valía dentro de um sistema web, contudo, um conteúdo sem
uma boa entrega não é nada, podendo causar avarias em seu valor final. A tecnologia CDN
resolve esse problema dando mais confiabilidade e integridade ao serviço, entregando o mais
rápido acesso possível. Com um bom desempenho e a implementação de uma CDN adequada
com a necessidade do projeto, será facil atender essa demanda.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁSFICAS

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O que é uma CDN e como ela controla a internet que você usa?.
2014. Disponível em:
http://www.tecmundo.com.br/internet/54073­o­que­e­uma­cdn­e­como­ela­controla­a­internet
­que­voce­usa­.htm. Acesso em: 14/06/2015

COHEN, Yossi. ​
CDN Types. 2010. Disponível em: http://pt.slideshare.net/DSPIP/cdn­types.
Acesso em: 15/06/2015

MULERIKKAL, Jaison Paul. ​


An Architecture for Distributed Content Delivery Network.
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http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.127.5309&rep=rep1&type=pdf.
Acesso em: 16/06/2015

SINDICAL ​
Qual a diferença entre um site estático e um site dinâmico?.​
2013. Disponível
em:http://www.sitesindical.com.br/faq­perguntas­frequentes­sobre­o­site­sindical/97­qual­a­d
iferenca­entre­um­site­estatico­e­um­site­dinamico. Acesso em: 15/06/2015

SUJITH, . ​
Content Delivery Network (CDN)­ Distribute your site across the web. 2011.
Disponível em:
http://www.techlineinfo.com/content­delivery­network­cdn­distribute­your­site­across­the­we
b/. Acesso em: 15/06/2015

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