Você está na página 1de 3

Flauta transversa

Aula 1

História e apresentação da flauta transversa; quais as partes que a compõem e


como montá-la.

• Bem vindo ao estudo da flauta transversa!

• A flauta é, juntamente com a harpa, um dos instrumentos mais antigos da história da humanidade.
Arqueólogos já encontraram em cavernas flautas de osso humano de mais de 40.000 anos.

• Mas, deixaremos de lado essas flautas antigas e focalizaremos o nosso estudo na moderna flauta de
concerto ocidental.

• A flauta é um instrumento de sopro da família das madeiras, dito


um instrumento de “embocadura livre”.

• A primeira pergunta que você deve estar se fazendo é: “mas, por


que ‘da família das madeiras’, se a flauta é feita de metal”?

• A segunda pergunta que você deve estar se fazendo é: “o que


vem a ser embocadura livre”?

• Vamos à primeira pergunta:

Por que “família das madeiras”?

• Em seus primórdios a flauta foi construída de madeira. Por isso mesmo, ela tem afinidade com os outros
instrumentos de sopro da família das madeiras: os oboés, as clarinetas, os fagotes.

• Os trompetes, trompas, trombones e tuba, instrumentos de sopro da família dos metais, têm uma
sonoridade muito poderosa e, por isto, precisamente, nós dizemos que eles não têm afinidade com a
flauta, que é um instrumento de som muito delicado.

• Você tem aqui, por exemplo, uma flauta de madeira antiga, de fabricação francesa, do século 19:

• É bem diferente da flauta moderna, não é?

• O criador da nossa flauta moderna foi um inventor e músico alemão chamado Theobald Boehm.

• Por volta de 1847 ele inventou o atual sistema de flautas, que foi chamado de sistema Boehm e, passou
a fabricá-las de metal.

• A aceitação do sistema Boehm e da flauta de metal só viria a ocorrer no início do século 20.
Foi somente por volta de 1930, que a maioria dos flautistas começou a utilizar-se do instrumento
de metal.
Flauta transversa
Aula 1

• Veja aqui duas fotos das flautas modernas, sistema Boehm, uma feita de madeira e outra feita de metal:

• Vamos à segunda pergunta:

Por que “embocadura livre”?

• Chama-se “embocadura” a utilização dos músculos faciais contra uma boquilha (clarineta, saxofone),
uma palheta dupla (oboé, fagote) ou um bocal (trompete, trombone).

• Diz-se que nosso instrumento é de “embocadura livre” porque nele


os lábios do executante estão livres, ou seja, não têm contato
com uma boquilha, uma palheta dupla ou um bocal. O contato da
embocadura com o instrumento se dá no queixo, e não nos lábios.

• Veremos mais sobre este assunto na terceira aula, quando


abordaremos a respiração e a embocadura.

• Vamos deixar agora de lado essas considerações históricas e


técnicas, e vamos dar uma olhada na flauta: quais são as partes
que a compõem e como montá-la.

As partes que compõem a flauta; como montá-la

• A flauta é constituída de três partes.

• O bocal ou cabeça, onde se encontra o porta-lábios, onde você


apoia o queixo e sopra:

• O corpo, a parte mais longa, onde se encontra a maior parte do


mecanismo de chaves.
Flauta transversa
Aula 1

• O pé, onde se encontram as chaves que são acionadas pelo


dedo mindinho da mão direita.

• Como montá-la?

• Segure firmemente o corpo da flauta pela extremidade onde não há chaves.

• Jamais segure o corpo apertando as chaves; isto poderia fazer


dano às próprias chaves ou às sapatilhas, que são responsáveis
pela vedação das chaves. Lembre-se que a flauta é um mecanismo
de precisão.

• Depois de segurar o corpo


firmemente da maneira indicada,
segure o bocal, sem fazer
pressão sobre o porta lábios e
o introduza no corpo da flauta
com movimentos circulares.

• Você não deve segurar no porta-lábios porque ele é soldado e pode descolar. Isso já aconteceu comigo.

• Nesse princípio, eu recomendo que o bocal esteja alinhado com o corpo da flauta, ou seja, o orifício do
porta-lábios deve estar alinhado numa linha imaginária em relação à chave do do#:

• Uma vez que você já colocou o bocal corretamente, agora chegou a vez de você colocar o pé: você
segura com a mão esquerda o corpo da flauta naquela parte onde não há chaves, e, depois toma o pé
com a mão direita segurando-o pela extremidade da flauta, onde não há chaves.

• Então você introduz o corpo ao pé com muito cuidado, porque


esse encaixe do corpo no pé é muito delicado.

• A posição do pé que
eu recomendo é: a haste das
chaves do pé deve coincidir
com a metade da primeira
chave do corpo.

• Espero que você tenha gostado deste nosso primeiro encontro, até a próxima aula.

Você também pode gostar