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Instituto Qualittas de

Pós-Graduação

ASPERGILOSE

Prof. Rafael Rodrigues Ferreira


Aspergillus spp.
• Fungos filamentosos

• Sapróbios

• Vegetação em decomposição

• Solos ricos em matéria orgânica

• Aeróbios

• Cosmopolitas

• Comumente presentes no trato respiratório superior


de cães sadios

Ferreira, R.R.
Aspergillus spp.

• 1815 – descoberta a doença em pássaros (Mayer)

• 1842 – primeiro relato em humanos (Bennett)

• 1871 – primeiro relato em cães (Gotti)

• 1905 – primeiro relato de doença nasal em cães (Stazzi)

Ferreira, R.R.
Aspergillus spp.

• 1926 – primeira classificação do gênero (Thom e Church)

• Mais de 190 espécies

• Número limitado tem sido implicado em infecções


oportunísticas de animais e humanos
• A. fumigatus
• A. flavus
• A. niger
• A. terreus
• A. nidulans
• A. deflectus

Ferreira, R.R.
Aspergilose
• Manifestações clínicas: disseminada
infecção nasal

• Aspergillus fumigatus - principal espécie envolvida.

• Sinais clínicos mais evidentes:

– descarga nasal, espirros, despigmentação ou ulceração no lado


externo da(s) narina(s) afetada(s)

– comprometimento uni ou bilateral

– diminuição do apetite, emagrecimento e letargia são sintomas


sistêmicos freqüentemente observados

Ferreira, R.R.
Aspergilose

• Predisposição
– Cães adultos jovens
– Dolico e mesocefálicos
– Imunodeficiência?

Ferreira, R.R.
Aspergilose

• Diagnóstico
– cultivo
– sorologia
– radiologia
– rinoscopia
– histopatologia
– tomografia computadorizada / ressonância magnética

Ferreira, R.R.
Flora anemófila
• Menezes et al. (2004) – Fortaleza (1)
– Aspergillus – 44,7%
– Penicilium – 13,3%
– Curvularia – 9,8%

• Mezzari et al. (2002) – Porto Alegre (2)


– Ascosporos – 50,49%
– Cladosporium – 17,86%
– Aspergillus – 15,03%
– Penicilium – 15,00%

1 Menezes et al. 2004. Airbone fungi isolated from Fortaleza city, State of Ceará, Brazil. Rev Inst
Med Trop São Paulo. 46:133-7.
2 Mezzari A., Perin C., Santos S.A. Jr. & Bernd l.A. 2002. Airbone fungi in the city of Porto
Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. Rev Inst Med Trop São Paulo. 44:269-72. Ferreira, R.R.
PREVALÊNCIA
• Mortellaro, Franca e Caretta (1989) – Milão
– 19% - aspergilose nasal por Aspergillus fumigatus.

• Knotek et al. (2001) – República Tcheca


– 14,8% - aspergilose nasal.

• Kohn et al. (2002) – Berlim


– 13% - aspergilose nasal.

• Lane et al. (1974) – Bristol


– 34% - aspergilose nasal.

• Tasker et al. (1999) – Bristol


– 7% - aspergilose nasal.
Ferreira, R.R.
CASOS - BRASIL
• Matera et al. (1987) – Brasil (1)
– Relato de caso: aspergilose nasal em cão

• Maia et al. (2004) – Brasil (2)


– Relato de caso: aspergilose sistêmica em canino
da raça shar-pei
– Necropsia – Aspergillus sp.
– Disseminação – rins, fígado e pulmões

1 Matera J.M., Kogika M.M., Stopiglia A.J., Oliveira S.M., Costa E.O., Schwartz F.F., Coutinho
S.D., Carvalho V.M. Relato de caso clínico de Aspergilose nasal em cão. In: X Congresso
Brasileiro de Clínica Veterinária de Pequenos animais, 1987, Guarujá, 1987.
2 Maia P.H.S., Cardoso A.M.C., Esteves A.S. & Camargo Jr. R.N.C. Aspergilose sistêmica em
canino da raça shar-pei: relato de caso. In: XXV Congresso Brasileiro de Clínicos
Veterinários de Pequenos animais, 2004, Gramado, 2004. Ferreira, R.R.
PESQUISA SOROLÓGICA DE Aspergillus
fumigatus E CULTIVO FÚNGICO DE AMOSTRAS
OBTIDAS DE CÃES COM DESCARGA NASAL

14,4% dos cães tiveram resultados positivos no exame


sorológico

FERREIRA. R.R.

Ferreira, R.R.
A partir dos resultados obtidos neste trabalho e dos relatos
encontrados em vários outros países, podemos concluir que a
doença provavelmente não seja rara em nosso meio, e que os
clínicos veterinários deveriam incluir esta entidade nosológica
como casuística potencial no diagnóstico diferencial das doenças
do trato respiratório superior de cães, o que certamente
possibilitará estudos comparativos (clínicos e epidemiológicos) de
dados obtidos de diversas regiões do Brasil.

Ferreira, R.R.
CASO CLÍNICO

Ferreira, R.R.
Resenha

• Canino Rottweiler
• Macho
• 1 ano de idade
• Conformação craniana – Mesocefálica
• N = 83

Ferreira, R.R.
Tratamento

• Sistêmico
– Cetoconazol: 47%
– Fluconazol: 60%
– ITRACONAZOL: 60 – 70%

– tempo de duração – 2 meses

Ferreira, R.R.
Tratamento

• Tópico
– Não-cirúrgico: clotrimazol 1%

Ferreira, R.R.

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