Você está na página 1de 16

1

MODELO DE ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO DE TRABALHO DE


PESQUISA PARA APRESENTAÇÃO DE TESE

Iraê Baptista Lundin


Regente da Disciplina de Metodologia de Investigação em Ciências Sociais
Instituto Superior de Relações Internacionais
Maputo, 5 de April de 2004 (Revisto)

1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

• O trabalho deve ser estruturado de forma clara, de acordo com um outline


previamente elaborado.

• O direccionamento do conteúdo para o desenvolvimento do trabalho é estruturado


no modelo do outline.

• Para o caso da forma, seja qual for o modelo escolhido para apresentar o trabalho
científico, ele deve ser mantido constante ao longo de todo o trabalho.

É exposta abaixo alguma variedade de modelos de forma para a apresentação do


resultado de um trabalho científico. Quando há pluralidade na informação, a forma
a ser adoptada pelo ISRI aparece destacada dentro de uma caixa.

Capa e Declarações no Trabalho


• O trabalho tem que ter uma capa com o nome da Instituição no topo da página, o
título no meio da página, o nome do autor e a data no rodapé.

• Quando trata-se de uma tese, deve constar na primeira página depois da capa uma
declaração de que o trabalho satisfaz os requisitos da instituição, é original e
nunca foi antes publicado, nem em partes nem no total, como a indicação abaixo.

Título do Trabalho - por extenso

Tese a ser submetida ao Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI) como


cumprimento parcial dos requisitos necessários paara obtenção do grau de licenciatura
em Relações Internacionais e Diplomacia

O Candidato O Supervisor
Assinatura Assinatura
2

------------ fim da página

• Segue-se na página seguinte, a Declaração de Autoria da Tese com o conteúdo


abaixo.

Declaro pela minha honra que o presente trabalho é inteiramente de minha autoria e que
nunca foi anteriormente apresentado para avaliação.

Indicação para as páginas subsequentes


• Segue-se na página seguinte, o índice com a listagem dos títulos/rubricas usados
no trabalho, indicando a página de cada título interior, sejam partes, capítulos ou
sub-capítulos.

• Seguem-se na página seguinte, os agradecimentos - título em itálico.

• Segue-se na página seguinte, a dedicatória - título em itálico.

• Seguem-se, na página seguinte, notas sobre tabelas ou quadros, gráficos, mapas,


etc. - título em itálico.

• Segue-se na página seguinte, uma lista por ordem alfabética, das abreviaturas e
das siglas usadas no trabalho - título em itálico.

• Seguem-se na página seguinte, as notas sobre o conteúdo e a forma do trabalho,


caso seja necessário este esclarecimento - título em itálico.

• Segue-se na página seguinte, o trabalho propriamente dito, segundo o outline


proposto, cuja apresentação termina com as conclusões e as fontes e referências
usadas. Note que a página da introdução é a página número (1) do trabalho de
tese.

O trabalho de tese do ISRI deve ter de 45 a 50 páginas, a contar da introdução até a


conclusão, excluindo as referências bibliográficas.

Ponto e Tipo de Letras e Espaço a Serem Usados


• Todos os títulos devem ser em negrito, para serem destacados do texto.
3

• Um tamanho ideal de letra é do tipo 12. Cada ponto da letra, medida gráfica,
mede 0,035 centímetros, a do tipo 12 mede 0,035 cm x 12.

• O tamanho das letras usadas nos títulos pode ser de um ponto a mais que o usado
no texto.

• O espaço a ser usado entre as linhas do trabalho, deve preferencialmente, ser de


1,5,

• Deve-se usar dois espaços de linha entre os parágrafos.

O ISRI adopta o ponto 12 como padrão para o texto e títulos, e o tipo denominado
no programa WORD como Times New Roman. Para as notas de rodapé e para as
tabelas, o ponto adoptado pelo ISRI é o 10. O ponto 11 é usado para as citações
textuais longas como indicado em “citação textual longa” abaixo.

2 FORMA A SER USADA NO TEXTO

2.1 Uso de uma só língua


Deve-se usar no texto científico todas as palavras e expressões numa só língua.
Entretanto, existem palavras ou expressões que podem ser usadas no original, o caso das
línguas nacionais por exemplo. Neste caso, ela deve ser seguida da devida tradução entre
parênteses, na primeira vez que é usada. Nas vezes subsequentes dispensa-se a tradução.
As expressões em latim (tipo, ad hoc, ex-officio, lato sensu, sic, etc.) ou em outras
línguas que são usadas no trabalho científico pelo senso comum (tipo raison d'état), não
são traduzidas.

Todas as palavras ou expressões usadas em língua diferente da do texto principal,


aparecem no tipo itálico.

2.2 Uso das Letras Maiúsculas e Minísculas


Todas as palavras no texto devem estar em letras minúsculas, com excepção do princípio
dos parágrafos e das frases internas nos parágrafos, e em alguns títulos. As letras
maiúsculas são também usadas para os nomes próprios.

2.3 A Estrutura das Frases


As frases do trabalho científico devem ser curtas e claras.

2.4 Os Conceitos Usados


O trabalho científico usa conceitos científicos. Recomenda-se entretanto, que se use
somente conceitos conhecidos. Na dúvida, é aconselhável recorrer a um dicionário
específico da ciência.

2.5 Uso de Abreviaturas ou Siglas


Toda abreviatura ou sigla deve ser sempre precedida no texto, por todas as palavras que
dela constam, por extenso, seguida da abreviatura ou sigla entre parênteses. Por exemplo,
4

Organização das Nações Unidas (ONU). Na segunda vez que é usada no texto pode estar
somente a abreviatura ou sigla.

O trabalho científico deve ser precedido, antes do índice, de uma listagem de todas as
abreviaturas usadas, mesmo as que foram usadas somente uma vez.

2.6 Numeração dos Capítulos do Trabalho


Os capítulos devem ter um título e devem receber a numeração em algarismos arábicos.

OBS: Nunca misture numeração romana e árabe.

2.7 Numeração das Partes do Trabalho


Caso o trabalho esteja dividido em mais de uma parte, cada parte deve ser numerada em
romanos ou árabes e ter um título que a identifique. O mesmo se aplica aos capítulos e
sub-capítulos.

O ISRI adopta o uso da numeração árabe para as partes do trabalho, ou seja, para
os capítulos e sub-capítulos.

Uma forma moderna de identificar as partes de um trabalho de pesquisa, artigo, livro,


etc., é com os capítulos recebendo a numeração em algarismos arábicos e os títulos em
NEGRITO em LETRAS MAIÚSCULAS, e os sub-capítulos sem numeração, com os
títulos em negrito e em Letras Minúsculas (a partir da primeira letra), para indicar a
hierarquia inferior ao capítulo. Um nova hierarquia pode usar as letras em negrito, e
totalmente minúsculas.

O ISRI adopta a numeração em algarismos arábicos, hierarquicamente posta


segundo a posição dos capítulos e subcapítulos, ou seja, como exemplo:

1 O Mundo Globalisado

1.1 O Caso da África Subsahariana

1.1.1 Moçambique no Contexto Africano

2.8 Tabelas ou quadros, gráficos, mapas, etc.


As tabelas ou quadros, gráficos ou mapas que aparecem no texto, devem ser numerados
com algarismos arábicos, apresentadas em ordem numérica e com um título indicativo.
Deve ser indicado sempre a fonte dos dados apresentados.

As tabelas podem ser apresentadas num tipo menor que o texto, por exemplo, no ponto 10,
quando o texto usa o ponto 12.

O ISRI adopta o ponto 10 para tabelas.


5

Todas as tabelas ou quadros, gráficos ou mapas, devem estar listados logo após as
abreviaturas usadas no trabalho, e apresentadas com a explicação pertinente, antes do
índice.

2.9 Notas de rodapé ou de fim do texto


As notas de rodapé ou de fim de texto constituem um recurso para não se cortar no texto
o fluxo da frase, que indica, regra geral, um pensamento ou uma ideia apresentados como
afirmação ou questão. Elas servem para explicar, elucidar, complementar, etc., as ideias
expostas no texto.

Observe que, regra geral, as notas de rodapé não devem exceder três a quatro linhas.

Segue-se abaixo uma listagem do uso das notas de rodapé ou de fim de texto:

• As notas de rodapé ou de fim de texto servem ainda, para indicar a obra citada
mas não lida pelo autor do trabalho, no caso da citação de citação, com a
indicação da nota dentro do parênteses como abaixo. As notas indicam assim, a
origem das fontes primárias.

Calhoum (1994, citado por Castells 1997/1999: 81), propõe quando a explicação é a
emergência da identidade política que …

• As notas indicam assim, a origem das fontes primárias como na nota (1) abaixo.

• As notas podem ainda, apresentar o texto original quando uma citação usada no
texto foi traduzida, como em (3.2) abaixo.

Tipo de Fonte Usada e Posicionamento das Notas


• Um bom princípio é apresentar as notas em tipo 10, quando se usa no texto o tipo 12.
• As notas devem seguir-se umas às outras em ordem numérica, e aparecem, ou no
fim da página onde está a chamada, chamada nota/s de rodapé, ou no fim do texto,
chamada nota/s de fim de texto.
• O posicionamento das notas, no rodapé ou no fim do texto, ficam a critério do
autor, que uma vez escolhido deve entretanto, ser constante. A primeira opção
facilita ao leitor encontrar a referência de chamada. A segunda opção facilita o
trabalho do autor oferecendo-lhe um espaço maior de manobra para pequenos
reparos, principalmente, quando não tem acesso a um meio electrónico de
processamento de dados, como o computador.

O ISRI adopta a notas de rodapé a serem apresentadas em ponto 10.

1
Calhoum, C. (ed.) (1994) Social Theory and the Politics of Identity. Blackwell: Oxford.
6

2.10 Uso de caixas


As caixas podem ser usadas:
(i) Para realçar uma parte do texto dentro do decorrer do discurso.
(ii) Para retirar do texto e por ao lado, na margem, parte do discurso que se pretenda
realçar, uma parte que entretanto continua no texto.

As caixas devem ser apresentadas no princípio no trabalho, abaixo da listagem de tabelas


ou quadros, gráficos ou mapas.

2.11 Realce de palavras ou expressões dentro do texto


Os realces no texto são normalmente, feitos com o recurso ao negrito. São usados para se
destacar palavras, expressões, frase/s ou parágrafo/s.

3 CITAÇÃO

Todas as palavras que exprimem ideia, pensamento, comentário, sugestão, etc. de outra
pessoa, que é usada no texto do trabalho científico, seja textual ou não, deve receber a
referência do autor. Note que omitir a autoria de outra pessoa usada como suporte de um
trabalho de pesquisa, é eticamente incorrecto, em alguns países o acto é crime passível de
punição legal.

A citação no texto do trabalho de pesquisa está ligada a uma ideia, pensamento,


comentário, etc., de um autor, que se quer usar como contributo para o desenvolvimento
do próprio pensamento, como complemento ou ilustração ao que se pensa ou se quer
expor, ou ainda, como motivo de argumento para problematização.

Quando a citação é textual ela vem no texto sempre entre aspas, seguida ou precedida do
autor indicado pelo apelido, ano da obra e página/s da citação em questão. O autor lido é
indicado nas referências, conforme (4.7) abaixo.

3.1 Uso da citação textual seguida do nome do autor


Quando a citação é textual ela vem no texto sempre entre aspas, seguida ou precedida do
autor indicado pelo apelido, ano da obra e página/s da citação em questão. O autor lido é
indicado nas referências, conforme (4.7) abaixo. Um exemplo de citação textual dentro
de um texto é apresentado abaixo.

… Apesar da existência do mercado globalizado como o estágio actual do


desenvolvimento das sociedades e dos estados, ou talvez mesmo por isto, a desigualdade,
discriminação e intolerância com base na diferença étnica, mostra ser um cartão cada vez
mais usado no mundo ao não existir equidade na maioria das sociedades pluriétnicas, e
não somente no continente Africano. Ainda que “na teoria da modernização a identidade
étnica pertença aos obstáculos tradicionais ao desenvolvimento, o que deveria
desaparecer com o curso deste desenvolvimento” (Hettne: 1996: 15).

3.2 Uso da citação textual precedida do nome do autor


Segundo Diogo “a legitimidade de qualquer governo depende, mais do que qualquer
7

coisa, da garantia dos direitos humanos básicos” (2002: 13).

3.3 Exemplo do uso da citação textual longa


Quando a citação textual é longa e perfaz um todo, ela pode ser apresentada no texto
como um parágrafo por si, sem aspas. Pode ser também apresentada numa margem
interna ao texto com a primeira letra da citação entre colchetes (parênteses rectos) como
nas palavras de Friedman (1992: 34) abaixo.

[U]m desenvolvimento alternativo não nega a necessidade de um contínuo crescimento


numa economia mundial dinámica. Seria absurdo tentar substituir um desenvolvimento
centrado na produção por outro centrado no povo, ou reduzir as questões de
desenvolvimento às microestruturas dos agregados familiares e da localidade. O que ele
busca é uma mudança nas estratégias nacionais através de uma política de democracia
inclusiva, crescimento económico apropriado, igualdade de género, e sustentabilidade ou
equidade inter-generacional. Em suma, um desenvolvimento alternativo incorpora uma
dimensão política (democracia inclusiva) como um dos seus principais fins de acção2.

OBS: Caso a citação usada no texto seja em língua estrangeira, como é o caso acima, ela
deve ser traduzida para aparecer no texto na língua de todo o trabalho. Recomenda-se,
entretanto, que o original esteja por extenso numa nota de rodapé para evitar qualquer
ambiguidade ou dúvida no teor da tradução.

Para citações textuais longas, o ISRI adopta o modelo de tabular uma vez para o
interior do texto, ou seja, apresentar o parágrafo com uma margem interna ao texto.
E reduzir toda a citação para o ponto 11, como o exemplo abaixo.

Um desenvolvimento alternativo não nega a necessidade de um contínuo crescimento


numa economia mundial dinámica. Seria absurdo tentar substituir um desenvolvimento
centrado na produção por outro centrado no povo, ou reduzir as questões de
desenvolvimento às microestruturas dos agregados familiares e da localidade. O que ele
busca é uma mudança nas estratégias nacionais através de uma política de democracia
inclusiva, crescimento económico apropriado, igualdade de género, e sustentabilidade ou
equidade inter-generacional. Em suma, um desenvolvimento alternativo incorpora uma
dimensão política (democracia inclusiva) como um dos seus principais fins de acção
(Friedman 1992: 34).

3.4 Uso das palavras, ideia, pensamento, sentimento, etc., de outro autor, não
textual
O uso no texto da ideia de outro autor, não textual, deve estar indicada sem aspas, com o
nome do/s autor/es, ano da obra e página/s. Veja o exemplo do texto abaixo onde aparece

2
[A]n alternative development does not negate the need for continued growth in a dynamic world
economy. It would be absurd to attempt to substitute a people-centered for a production-centered
development, or to reduce all development questions to the microstructures of household and locality. What
it does do is to seek a change in the existing national strategies through a politics of inclusive democracy,
appropriate economic growth, gender equality, and sustainability or inter-generational equity. In short, an
alternative development incorporates a political dimension (inclusive democracy) as one of its principal
ends of action (Friedman 1992: 34).
8

a citação não textual.

Tal legitimidade ao Estado é dada pelo princípio do absolutismo territorial, a


territorialidade (Taylor 1999: 69-70), que foi uma tentativa de criar a ordem na Europa a
partir do caos religioso que se fez no século XVI, com o alastramento do Protestantismo.
O princípio do cujus regio e jus religio foi adoptado então, que compelia a população de
um território para o credo do seu Príncipe. Este princípio foi primeiramente evocado com
a Paz de Augusburg em 1555, para fazer frente à expansão do Protestantismo nos
territórios do Sagrado Império Romano, e foi consolidando-se gradualmente, através da
Europa. O Tratado de Westphalia de 1648, sela e cunha o estado-nação como o actor
privilegiado nas relações internacionais.

3.5 A Citação de Citação


A citação de citação significa que o autor lido usou a ideia de outro autor, e que esta é
pertinente para o trabalho que está a ser realizado. Neste caso, o autor lido é indicado no
texto, citado com o ano da obra e a página da referência, e vai para a bibliografia no fim
do trabalho como obra lida. E o autor citado mas não lido pelo autor do trabalho, vai para
a nota de rodapé, como o modelo de referência/s abaixo indicado em (4.7). A citação
aparece no texto como o exemplo abaixo.

A identidade construída pela resistência é “gerada por actores que estão em


posição/condição de desvalorização e/ou estigmatizados pela lógica da dominação [do
“outro”], construindo assim, trincheiras de resistência e sobrevivência na base dos
princípios diferentes ou opostos daqueles que permeiam as instituições da sociedade”
(Castells 1997/1999: 8). Como Calhoum (1994: 17, citado por Castells ibid.3) propõe
quando a explicação é a emergência da identidade política: o tipo de identidade que leva
à formação de comunidades na formulação de Etzioni (1993, citado por Castells ibid.:
94).

• Note que a citação pode por vezes, ser cortada em qualquer lugar sem prejuízo do
sentido, e para tal deve usar-se os colchetes […] como indicado acima. Este
subterfúgio pode também ser usado para complementar a citação, que por vezes
pede uma preposição ou conjunção para fazer mais sentido no novo texto como
[sendo assim], etc. O exemplo abaixo ilustra o que se quer explicar, num texto em
Inglês.

The situation of conflicts in Africa may apparently, at times, have little to do with local
factos, presented as left over of the Cold War reflecting “a power vacuum which is
typical of transition periods in world affairs” (Kaldor 1999: 3). However, when
examining closer, even if manipulated from the outside “the goals of the new wars are
about identity politics [meaning] the claim to power on the basis or a particular identity
[…] on the basis of labels [that can be] ‘reinvented’ in the context of the corrosion of
other sources of political legitimacy” (ibid.: 6-7).

3
Calhoum, C. (ed.) (1994) Social Theory and the Politics of Identity. Blackwell: Oxford.
4
Etzioni A. (1993) The Spirit of Community: Rights, Responsibilities, and the Communitarian Agenda.
Knopf: New York.
9

3.5 Citação em Cadeia no Texto, do mesmo Autor e mesma Obra


Quando o mesmo autor é citado mais de uma vez e em seguida com a mesma obra, é
usado o termo ibidem entre parênteses, abreviado para (ibid.), sempre apresentado em
itálico por ser um termo estrangeiro (latino), que significa o mesmo (autor e/ou obra).
Quando é o mesmo autor (indicado pelo apelido) na mesma obra (indicada pelo ano) e na
mesma página (indicada por um número), é usado (ibid). Mesmo autor, mesma obra e
página diferente, é usado (ibid.: número da nova página). Quando trata-se do mesmo
autor em outra obra, logo com outra data, é usado (ibid.: número da outra data).

• Note que outras expressões também podem ser usadas para a repetição do mesmo
autor e/ou da mesma obra. Usa-se o termo latino idem, que significa o mesmo,
igual ao anterior, e o termo latino opus cit., como abreviatura de obra citada
anteriormente.

O ISRI adopta o termo ibidem, abreviado para ibid., para repetição da mesma obra,
autor, página, usado no texto segundo indicado acima.

3.6 Citação do Mesmo Autor com Duas Obras Publicadas no mesmo Ano ou em Anos
Diferentes
Para o caso de obras do mesmo autor publicadas no mesmo ano, a primeira obra
recebe a data acrescida de um (a), por exemplo para o ano 2000, (2000a), a segunda obra
recebe a mesma data acrescida de um (b), (2000b), e assim sucessivamente. Deve-se ter o
cuidado para não confundir as obras no texto.

Para o caso de obras do mesmo autor publicadas em anos diferentes, a primeira a ser
referenciada é o ano com o cardinal mais baixo, veja Baptista Lundin (2000) e Baptista
Lundin (2001), abaixo em (4.7).

3.6 Citação de Entrevista


A citação de entrevista, deve ser, quando textual, apresentada entre aspas; quando não
textual deve trazer a indicação do autor da ideia, sugestão, etc. A referência no texto é
feita por uma nota de rodapé que indica: nome do entrevistado e data. Nas referências das
fontes primárias numa listagem no fim do trabalho, deve constar o nome de todos os
entrevistados, a pertinência da entrevista e a data, e o local geográfico onde a entrevista
teve lugar, apresentados por ordem alfabética.

Por exemplo:

Lista de Pessoas Entrevistadas


1. Gaspar, António - Chefe do Departamento de Paz e Segurança do CEEI, entrevistado
em 12 de março de 2004 em Maputo.
2. Funcionário graduado do sector privado especialista na área de macro economia,
entrevistado em 10 de Novembro de 2003, em Maputo.
3. José, Patrício - Docente de Direito Constitucional no ISRI, entrevistado em 10 de
fevereiro de 2004, em Maputo.
10

4. Pacheco, José - Governador de Cabo Delgado, entrevistado em 10 de dezembro de


1003, em Pemba.

OBS: Caso o entrevistado tenha solicitado o anonimato, esta indicação deve estar no
trabalho salientando entretanto, uma pertinência que justifique o uso da fonte com a
indicação da proveniência da ideia, sugestão, etc., sem entretanto, comprometer a pessoa
em questão. Pode-se, por exemplo, indicar a pertinência com a identificação do tipo: um
funcionário graduado do Ministério do Plano e Finanças; um funcionário graduado do
estado na área de economia, um funcionário graduado do Banco Mundial; um político
jovem do partido no poder na África do Sul, etc. Veja (2) acima num exemplo hipotético
de Lista de Pessoas Entrevistadas.

3.8 Citações de Páginas ou Portais “Sites” da Internet


Estas citações seguem o mesmo princípio de citações de livros, artigos ou discursos. Caso
nada seja dito em contrário, a página consultada é a obra em questão que inicia por
http:/www, com toda as aberturas do que se consultou expressas claramente, como
aparece em (4.5) e (4.7) abaixo.

4 REFERÊNCIAS OU BIBLIOGRAFIA

Nas referências ou bibliografia devem constar as fontes secundárias e primárias usadas no


trabalho.

As fontes primárias são normalmente, entrevistas, importantes pela relevância como


informação de primeira mão para o desenvolvimento do tema como problema, no geral
ou no particular, no plano teórico, metodológico ou temático, no tempo ou no espaço.

Caso seja solicitado, guarda-se o anonimato das fontes primárias.

A fonte secundária é a informação de segunda mão de importância para o


desenvolvimento do trabalho, no geral ou no particular, no plano teórico, metodológico
ou temático, no tempo ou no espaço.

Note que somente faz parte das referências ou bibliografia como fonte secundária, os
autores lidos e citados textualmente, ou não, no texto, e ela é apresentada sempre por
ordem alfabética.

A referência é feita pelo apelido do autor seguido do primeiro nome, excepto quando o
autor é uma instituição, organização, associação que tenha produzido a obra. O primeiro
nome do autor pode ser escrito por extenso e os outros nomes em iniciais, ou indicadas
somente todas as iniciais para todos os nomes.

A ordem do posicionamento dos dados pode variar, mas uma vez usada na primeira
referência, deve ser mantida. Ou seja, independentemente do modelo escolhido para
apresentar as referências, ele deve ser constante ao longo de todo o trabalho.
11

Segue-se abaixo em 4.7, o modelo de forma para referências bibliográficas que é


adoptado pelo ISRI.

4.1 Referência de Livro


Seguem-se abaixo formas de citar livros.

4.1.1 O trabalho em livro de somente um autor


É indicado como Gramsci (1971) abaixo, também em (4.7) abaixo. O autor é indicado
pelo apelido; seguido do primeiro nome; seguido do ano da publicação da obra/artigo;
seguido do título da obra; da editora e do local de publicação. O nome do autor está
sempre em negrito e o nome da obra está sempre em itálico.

Gramsci, A. (1971) Selections from Prison Notebooks. Lawrence and Wishart Limited:
London.

4.1.2 Publicação de mais de uma casa editora


Quando a obra é publicada simultaneamente, por mais de uma casa editora, a referência é
apresentado como Burton (1990) também em (4.7) abaixo. Quando a edição é feita em
associação de duas editoras, a referência é como Kaldor (1999) abaixo, também em (4.7).
Quando a obra é publicada pela mesma casa editora mas em dois locais diferentes, a
referência aparece na bibliografia como Friedman (1992) também abaixo em (4.7).

Burton, J. (1990) Conflict: Resolution and provention. Macmillan Press Ltd: Hampshire
and London; St. Martins, Inc: New York

Kaldor, M. (1999) New & Old Wars – Organised violence in a global era. Polity Press:
Cambridge in Association with Brackwell Publishers Ltd: Oxford.

Friedman, J. (1992) Empowerment – The politics and alternative development.


Blackwell Publishers: Cambridge, Massachusetts and Oxford: United Kingdom.

4.1.3 Obra reeditada


Quando a obra é reeditada, aparecem as duas datas: a data da primeira publicação
primeiro e a data da publicação consultada em segundo. Veja Castell (1997/1999)
também em (4.7) abaixo.

Castell, M. (1997/1999) The Power of Identity. Volume II, The Information Age:
Economy, Society and Culture. Backwell Publishers Inc: Massachussets and Blackwell
Publishers Ltd: Oxford.

4.1.4 A obra de mais de um autor


A referência é apresentada como Bogdan and Taylor (1975) também em (4.7) abaixo. O
primeiro autor é indicado pelo apelido seguindo do nome; todos os outros autores são
indicados primeiro pelo nome seguido do apelido. A obra de mais de dois autores pode
também ser apresentada somente com o apelido e nome do primeiro autor seguido de et
al., que significa em latim, e outros, e que por ser uma expressão em língua estrangeira
12

vem na referência em itálico. Veja Baptista Lundin, I. et al. (2000) também em (4.7)
abaixo.

Bogdan, R. and S. J. Taylor (1975) Introduction to Qualitative Research Methods: A


phenomenological approach to the social sciences. John Wiley and Sons: New York.

Baptista Lundin, I. et al. (2000) Reducing Costs Through an Expensive Exercise: The
impact of demobilisation in Mozambique. Kingma (ed.) Demobilisation in Sub-Saharan
Africa – The development and security impacts. Macmillan Press Ldt: London, 173-212.

4.1.5 Parte/capítulo de livro, colectânea de artigos, etc.


O trabalho de um autor como artigo/capítulo de um livro, é citado como Hettne
(1996) também em (4.7) abaixo, ou seja: o autor vem pelo apelido; seguindo do nome;
seguindo do ano da publicação; seguindo do título do artigo; seguindo do nome do/s
editor/es da obra com a indicação (ed/s.); seguindo do título da obra; seguindo da editora;
do local; e das páginas onde o artigo em questão está inserido na obra. O nome do autor
vem em negrito e o título do livro vem em itálico.

Hettne, B. (1996) Ethnicity and Development: An elusive relationship. Dwyer and


Drakakis-Smith (eds.) Ethnicity and Development – Geographical Perspectives. Jowh
Wiley & Sons: NewYork, 15-44.

4.1.6 Livro de autor simultaneamente, editor


Aparece referenciada como o exemplo abaixo, e também em (4.7) abaixo.

Calhoum, C. (ed.) (1994) Social Theory and the Politics of Identity. Blackwell: Oxford.

4.2 Referência de Artigo

4.2.1 Artigo num jornal ou revista científica


O trabalho de um autor num jornal ou revista científica, é apresentado como
Meillassoux (1972) também em (4.7) abaixo. O apelido do autor; seguindo do nome;
seguindo do ano de publicação; seguindo do título do trabalho; seguindo do título do
jornal ou revista; seguindo do volume em questão (se for o caso), número (se for o caso),
e as páginas. O nome do autor vem em negrito e o nome do jornal ou revista vem em
itálico. Caso o jornal ou revista tenha um editor, segue a mesma indicação dada acima
para o livro com editor.

Meillassoux, C. (1972) From Reproduction to Production. Economy and Society Vol. 1,


No. 1, 93-105.

4.3 Referência de Publicações Oficiais


Para o caso de Moçambique, trata-se principalmente, do Boletim da República.

4.3.1 Boletim da República


13

A publicação oficial, como o Boletim da República, vem indicado por série, e número,
também como em (4.7) abaixo.

Boletim da República (1997) Lei de Terras - 19/97, de 1 de Outubro de 1997. I Série,


Número 40. Publicação Oficial da República de Moçambique: Maputo.

4.4 Referência de Textos não Publicados


Textos não publicados, são apresentados como Ministério dos Negócios Estrangeiros e
Cooperação (2001) também em (4.7) abaixo.

Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (2001) Sumário Executivo –


Preparativo para a Conferência contra o Racismo, a Discriminação Racial, Xenofobia e
Intolerância; a ter lugar em Durban, 31 de Agosto a 07 de Setembro de 2001. Maputo.
(Mimeo).

4.4.1 Trabalhos institucionais


Trabalhos institucionais são apresentados pelo nome da instituição, organização,
organismos, etc.; seguido da data; do título do trabalho; da editora e do local de
publicação - veja Instituto Nacional de Estatística (2000) também em (4.7) abaixo. A
mesma técnica é usada para um Ministério, o Conselho de Ministros, para os caso de
instituições estatais, assim como para instituições/organizações/associações, etc.,
nacionais e estrangeiras, como a Organização das Nações Unidas, Organização
Internacional do Trabalho, ou semelhantes; assim como para Organizações Não
Governamentais.

Instituto Nacional de Estatística (2000) Mulheres e Homens em Moçambique. Artes


Gráficas: Maputo.

4.4.2 Trabalho institucional não formalmente publicado,


É apresentado pelo nome da instituição; ano; título do trabalho; local; e com a indicação
(Mimeo) no fim da apresentação, como Ministério dos Negócios Estrangeiros e
Cooperação (2001) também em (4.7) abaixo.

Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (2001) Sumário Executivo –


Preparativo para a Conferência contra o Racismo, a Discriminação Racial, Xenofobia e
Intolerância; a ter lugar em Durban, 31 de Agosto a 07 de Setembro de 2001. Maputo.
(Mimeo).

4.4.3 Trabalho não institucional, resultado de projecto e não publicado


É apresentado como de Brito e Mussanhane (1997) abaixo, também em (4.7).

de Brito, M. e E. Mussanhene (1997) Relatório de Integração de Desmobilisados. Draft


para discussão. Projecto “War Torn Societies”. Projecto WTS. UNRISD. Maputo.
(Mimeo).
14

4.5 Portais ou Páginas da Internet


Para a obra ou autor consultado pela internet, caso nada seja dito em contrário a referência é
da página em questão. Exemplo, caso tenha sido consultada a página do www.un.org, esta é
a referência para a bibliografia. Normalmente, para o artigo em referência dentro do portal a
página tem algum acréscimo, tipo www.un.org/Depts/eca, e sendo assim, esta é a
referência. Caso nesta referência esteja explícito que o artigo tem um autor, o autor é a
referência conforme explicado acima, e a página entra como o sítio onde a obra foi
consultada da mesma maneira que um livro ou artigo onde o trecho lido estivesse inserido.
Para a data de referência, usa-se a data que o portal foi colocado na internet caso nada seja
dito em contrário.

Amoako, K. Y. (2000) Opening Remarks. Workshop for Senior Policymakers on Poverty


Reduction Strategies in Africa, Addis Ababa, 9 March, www.un.org/Depts/eca.

4.6 Referência de Fontes Primárias


As referências devem vir separadamente, no fim do trabalho, depois das fontes secundárias,
e devem ser apresentadas pelo apelido e nome do entrevistado, indicação da pertinência da
entrevista, data e local geográfico onde a entrevista teve lugar, como indicado abaixo.

Lista de Pessoas Entrevistadas


1. Gaspar, António - Chefe do Departamento de Paz e Segurança do CEEI, entrevistado
em 12 de março de 2004, em Maputo.
2. Funcionário graduado do sector privado especialista na área de macro economia,
entrevistado em 10 de Novembro de 2003, em Maputo.
3. José, Patrício - Docente de Direito Constitucional no ISRI, entrevistado em 10 de
fevereiro de 2004, em Maputo.
4. Pacheco, José - Governador de Cabo Delgado, entrevistado em 10 de dezembro de
2003, em Pemba.

4.7 Modelo de Referências de Fontes Secundárias ou Bibliografia a ser adoptada


pelo ISRI

A apresentação das referências bibliográficas deve ser feita sempre em ordem alfabética de
A-Z, como indicado abaixo. Um autor com mais de uma obra, a indicação na referência é
feita por ordem cronológica, ou seja, o ano mais baixo vem primeiro que o mais alto como
Baptista Lundin (2000) e (2001) abaixo.

Amoako, K. Y. (2000) Opening Remarks. Workshop for Senior Policymakers on Poverty


Reduction Strategies in Africa, Addis Ababa, 9 March, www.un.org/Depts/eca.

Baptista Lundin, I. (2000) Reducing Costs through an Expensive Exercise: The impact of
demobilisation in Mozambique. Kingma (ed.) Demobilisation in Sub-Saharan Africa - the
development and security impacts. Macmillan Press Ltd: London, 173-212.
15

Baptista Lundin, I. (2001) Reflections on the Dynamics of a Nation Building Process


under Stress. The case of Mozambique 1993-1998, illustrated with five articles. Choros 2,
Kulturgeografiska Institutionen. Handelshögskolan vid Göteborgs Universitet: Göteborg.

Bogdan, R. and S. J. Taylor (1975) Introduction to Qualitative Research Methods: A


phenomenological approach to the social sciences. John Wiley and Sons: New York.

de Brito, M. e E. Mussanhene (1997) Relatório de Integração de Desmobilisados. Draft


para discussão. Projecto “War Torn Societies”. Projecto WTS. UNRISD. Maputo.
(Mimeo).

Burton, J. (1990) Conflict: Resolution and provention. Macmillan Press Ltd: Hampshire
and London; St. Martins, Inc: New York.

Castell, M. (1997/1999) The Power of Identity. Volume II, The Information Age:
Economy, Society and Culture. Blackwell Publishers Inc: Massachusetts and Blackwell
Publishers Ltd: Oxford.

Conselho de Ministros (1999) Linhas de Acção para Erradicação da Pobreza Absoluta.


Maputo. (Mimeo).

Conselho de Ministros (2000) A Articulação do Estado com as Autoridades


Comunitárias. Decreto 15/200, de 25 de Junho de 2000.

Diogo, L. (2002) Experiência e Desafios de Boa Governação em Moçambique. Rolim,


Franco, Bolnick e Anderson (organizadores), A Economia Contemporânea – Ensaios.
Gabinete de Estudos, Ministério do Plano e Finanças: Moçambique, 5-14.

Friedman, J. (1992) Empowerment – The politics of alternative development. Blackwell


Publishers: Cambridge, Massachussets and Oxford, United Kingdom.

Gramsci, A. (1971) Selections from Prison Notebooks. Lawrence and Wishart Limited:
London.

Hettne, B. (1996) Ethnicity and Development: An elusive relationship. Dwyer and


Drakakis-Smith (eds.) Ethnicity and Development - Geographical perspectives. John
Wiley & Sons: New York, 15-44.

Instituto Nacional de Estatística (2000) Mulheres e Homens em Moçambique. Artes


Gráficas: Maputo.

Kaldor, M. (1999) New & Old Wars – Organised violence in a global era. Polity Press:
Cambridge in Association with Brackwell Publishers Ltd: Oxford.

Meillassoux, C. (1972) From Reproduction to Production. Economy and Society Vol. 1,


No. 1, 93-105.
16

Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (2001) Sumário Executivo -


Preparativo para a Conferência contra o Racismo, a Discriminação Racial, Xenofobia e
Intolerância, a ter lugar em Durban, 31 de Agosto a 07 de Setembro de 2001. Maputo.
(Mimeo).

Taylor, S. J. and R. Bogdan (1975) Introduction to Qualitative Research Methods: A


phenomenological approach to the social sciences. Second Edition, John Wiley and Sons:
New York.

Você também pode gostar