O poema explora questões sobre identidade e existência através de um eu lírico que parece ter se libertado de seu corpo físico. Ele reflete sobre não ter certeza se ainda pode ser ouvido ou visto, e questiona como ainda pode pensar sem órgãos ou corpo. Ao se libertar das amarras físicas, o eu lírico se vê livre de definições, julgamentos, desejos e comparações, flutuando em uma eterna razão.
O poema explora questões sobre identidade e existência através de um eu lírico que parece ter se libertado de seu corpo físico. Ele reflete sobre não ter certeza se ainda pode ser ouvido ou visto, e questiona como ainda pode pensar sem órgãos ou corpo. Ao se libertar das amarras físicas, o eu lírico se vê livre de definições, julgamentos, desejos e comparações, flutuando em uma eterna razão.
O poema explora questões sobre identidade e existência através de um eu lírico que parece ter se libertado de seu corpo físico. Ele reflete sobre não ter certeza se ainda pode ser ouvido ou visto, e questiona como ainda pode pensar sem órgãos ou corpo. Ao se libertar das amarras físicas, o eu lírico se vê livre de definições, julgamentos, desejos e comparações, flutuando em uma eterna razão.
olá, olá alguém aqui ou acolá? será que minha voz ainda pode ser ouvida? será que minha face ainda pode ser refletida?
ondas de som e luz aqui não se propagam?
onde estou então? se é que sou para estar não sinto meu corpo, meus órgãos não trabalham mas como, então, ainda posso pensar?
é só isso que tenho, neste vazio sem fim
dúvidas e dúvidas, pois não posso afirmar se meu corpo ainda existe ou se separou de mim pode ser um sonho em que flutuo pelo ar olá não posso me mover, pois não tenho forma pra me mexer mas sinto que estou voando talvez seja liberdade que carrega o meu ser disfarçado de nada, onde estou vagando
para uma escuridão sem limite que a determine
mas não tenho nada para sentir o espaço pois o espaço se é quando sentir o define só existe meu derredor quando eu mesmo o faço
direita, esquerda, para frente e para trás
direções aqui não existem mais pois liberto sou de qualquer definição de ser, de agir, do ódio e da paixão
não estou mais preso às minhas vontades
pois o que antes eu desejava era do corpo não há nada além de mim para julgar minha sanidade liberto sou da comparação com um homem torto
livre, livre, já disse que estou livre?
quando destruo o mundo e o corpo que me aprisiona não me recordo que nenhuma sensação que já tive pois agora sou mais, sou o que me direciona
nem antes, nem depois, nem agora
o tempo é ilusão pois meu eu nunca vai embora não muda, nem permanece, pois a eternidade é a única razão
são palavras que digo? como as conheço?
se não são o suficiente para dizer o que penso a linguagem verbal não é tão útil pois são formas de ideia, afinal
ideias que existem sem tomar forma
mas é necessário molda-las para que em algo tangível se transforma e assim posso enfim chama-las
chamo-as pelo meu nome?
de onde vem o que define minha identidade? e sobre ela novamente a dúvida me consome mas ora, onde estou, não há necessidade
para o eu, e apenas a mim seguirei
existirei para o meu pensar e para o meu existir pensarei sou o que sempre precisei sou o que sempre serei.