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Erro = Imortalidade é um apêndice eterno desta vida. Como se existisse uma outra vida depois tão
abstrata que malmente serve para influenciar nossos atos. São consideradas apenas duas
qualidades, totalmente etéreas e folclóricas, da imortalidade e não a sua substância mesma, pode
ser boa ou ruim, mas o que é ela?
Solução = Sou imortal desde já, não se torna imortal depois da morte. Não é uma outra vida
totalmente diferente. É a linha verdadeira de tempo na qual essa parte da vida está incluída. Antes
da modernidade todos os filósofos já sabiam disso. Imortalidade é a medida verdadeira do que
sabemos, podemos e somos
• Eu social = Minha relação com os outros seres humanos. Tecido de obrigações, planos,
expectativas e objetivos que tenho para com uma pessoa e para com outras. O que se espera de
mim e o que eu espero dos outros. Ele muda muitas vezes, mas normalmente se mantém um
pouco. Esse tecido muda quando mudo de emprego, bairro, ganho ou perco dinheiro, mudo de
colégio etc.
Se tudo isso é incontinuo quem mantém o eu? Quem custura todos esses elementos? Quem
mantém essa experiência de identificação comigo mesmo? Esse senso de indentidade que não
muda? Afinal nunca me confundi com outra pessoa
Esse eu contínuo sempre esteve presente e nunca falha. Mesma no momento que nasci em que
nenhum desses eus existiam mas eu sei que era eu.
Ou seja, esse sentimento de continuidade do eu existe, mas não sei de onde ele veio, e ele sou eu
mesmo
Todos esses elementos esparsos tem uma unidade nesse sentimento que não sei de onde vem
Consciência de imortalidade =
• Perceber a unidade do eu durante toda minha vida e ter o sentimento de continuidade. Se tudo
mudou de quando eu era criança pra cá, o que se manteve?
• Não são imagens mentais nem nada, apenas a aceitação da própria presença. É tão simples e
imediata que escapa as palavras
• Ver o fluxo de pensamentos, ver que para aceitar eles e o meu corpo como meus tem que ter uma
consciência por trás. Perceber essa unidade debaixo de todas as várias mudanças da minha
mente e de cada célula do meu corpo
• Não sou meus pensamentos, memórias, sentimentos, mas tudo isso fundado numa base infinita
que sou eu mesmo, não é algo externo a mim, pelo contrário
Nenhuma experiência provou que o cérebro produza a consciência. Por outro lado, várias
experiências mostram a consciência longe do corpo. Existem duas situações de 'visão remota':
• Um sujeito que tem certas habilidades e que enxerga coisas de outro lugar. Como por exemplo o
Skylab nos anos 70 e vários outros. Os institutos de pesquisa militares se interessam bastante por
isso.
• Morte clínica sem atividade cardíaca e até cerebral. Ao ressucitar descreve o que se passou na
sala e em salas vizinhas. E em todos os casos a pessoa vê o próprio corpo de fora, e a vida inteira
deles aparecia totalmente completa e inteligível sem nenhum esforço cognitivo
Nesses casos é como se a pessoa fosse pura consciência sem as limitações dos outros eus, ou
seja, os três eus são adaptações da consciência para esta vida terrestre. O cérebro portanto não
produz a consciência mas limita para a condição de vida terrestre.
O corpo é uma etapa da existência, não é o produtor da consciência e nem um instrumento, é parte
de mim
Com qual 'eu' eu me relaciono com outra pessoa? O substancial. Mesmo que ela minta sobre todos
os eus, sabemos que ela existe implicitamente. Toda relação de um ser humano com outro é de
nível ontológico.
Não se é possível pensar uma pessoa completamente, apenas uma parte, e todo o resto nós
conhecemos mas não conseguimos pensar. Conhecimento por presença.
Cidade dos homens = descontínuo. Personagens morrem, línguas, culturas, países desaparecem e
a maioria dos povos nunca tiveram contato uns com os outros. Nunca existiu materialmente a
"História Universal", apenas histórias separadas
Eu vou viver mais do que toda a história do planeta Terra e do Universo. Vou continuar depois
daqui. Essa é a verdadeira linha temporal que eu vivo.
Não se pode pensar Deus, mas aceitar o que eu vejo, o que vem até mim. Conhecimento por
presença de Deus.
Método confessional:
You're not so smart, Confissões, Pensamentos de Pascal e diálogos de Sócrates = observar a
verdadeira sinceridade do que sabe e não sabe
• Os antigos tinham apenas como idéia abstrata. Agostinho explicita através da confissão, que não
é só sacramento mas prática filosófica central e primordial
• Virtude principal é a sinceridade = base da inteligência. Deus quer a minha sinceridade profunda.
Inteligência é capacidade de captar verdades. Buscar a verdade de si mesmo para depois a
verdade das coisas
• Nele vivemos, nos movemos e somos. Nós estamos dentro da Verdade, não o contrário. A
Verdade habita no interior do homem. Não habita na mente, mas no ser. Carrego dentro de mim a
verdade de mim mesmo. Se chega nela pela confissão
• Confissão tem 2 etapas: confissão profunda e depois sacramentar na confissão ritual. Estar
diante do ser onisciente que já sabe toda a verdade, nada posso esconder dele, enquanto confesso
Ele mostra outras coisas por baixo do que conto, implícitas, que eu não tinha percebido. Procurar
os pecados profundos que geram os pecados materiais, pesando bem os pecados, a gravidade
deles, para não se agoniar por um negócio banal, ridículo que todo mundo já fez. Com o tempo as
confissões crescem em sinceridade não pq fiquei mais sincero mas pq estou me abrindo a Ele.
Deus me recompensa pelos meus pecados me dando uma consciência mais intensificada de mim
mesmo
• "Caminhar diante de Deus". Toda hora examinar o que fez e porque, quais as verdadeiras
intenções por trás, perante Deus
• Porque muitas forças ao redor me impelem a mentir, fazer o mal. Isso vai criando marcas de
falsidade. Então devo recuperar a própria voz para falar com Deus
Autoconhecimento = consciência do eu substancial. Ver que eu sou uma ação contínua que está
tentando se tornar algo. Não existe conhecimento pleno de si mesmo, sempre existe uma camada
de mentiras e falsidade. Honestidade só é possível quando se livra da autoimagem, formar um
personagem, ai você não deve agir de forma incoerente com ele. Não agir segundo uma
autoimagem, mas a realidade do eu subtancial perante Deus. É a única orientação que existe, o
resto é ilusão
Existem muitas coisas em mim que não são personalizadas. Pegar essas parte impessoais e
transformar em opções conscientes. Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito. Como
posso ser perfeito se só controlo um pouquinho e o resto eu não tenho controle nenhum? Os meus
impulsos pensamentos que não reconheço como meus, me dão até repulsa, eu não quero mas
isso é eu também. Assumir a responsabilidade desses vícios
O pecado é um elemento constitutivo da nossa condição terrestre, vergonha que todos nós
passamos. Serve para ser apresentado para Deus, pedir que Ele perdoe e me refaça, a vida inteira é
isso
Não preciso saber tudo a meu respeito porque Deus sabe e Ele vai me dar quando for preciso