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PLANO DE TRABALHO TRIENAL

2023-2025
Ministério de Minas e Energia - MME
Ministro
Alexandre Silveira de Oliveira

Secretário Executivo
Efrain Pereira da Cruz

Secretário de Transição Energética e Planejamento


Thiago Vasconcellos Barral Ferreira

Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis


Pietro Adamo Sampaio Mendes

Secretário de Energia Elétrica


Gentil Nogueira de Sá Júnior

Secretária de Geologia, Mineração e Transformação Mineral


Vitor Eduardo de Almeida Saback

Programa Nacional do Hidrogênio


Comitê Gestor

Coordenação do Programa: Ministério de Minas e Energia – MME


Titular: Thiago Vasconcellos Barral Ferreira
Suplente: Mariana de Assis Espécie

Casa Civil da Presidência da República – CC


Titular: Ricardo Buratini
Suplente: Marcos Toscano Siebra Brito

Ministério da Fazenda – MF
Titular: Gustavo Henrique Ferreira
Suplente: Thalita Ferreira de Oliveira

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – MDIC


Titular: Rodrigo Sobral Rollemberg
Suplente: Marcelo Contreiras de Almeida Dourado

Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – MMA


Titular: Ana Amélia Campos Toni
Suplente: Adalberto Felício Maluf Filho

2 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Ministério das Relações Exteriores – MRE Câmaras Temáticas
Titular: André Aranha Corrêa do Lago
Suplente: Cláudia Vieira dos Santos Fortalecimento das Bases Tecnológicas
Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI – MCTI
Titular: Rafael Silva Menezes Coordenador: Rafael Silva Menezes
Suplente: Eduardo Soriano Lousada Relator: Eduardo Soriano Lousada

Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional – MIDR Capacitação de Recursos Humanos


Titular: Nilo da Silva Teixeira Ministério da Educação – MEC
Suplente: Johnny Ferreira dos Santos Coordenador: Úrsula Gomes Rosa Maruyama
Relator: Helton José Alves
Ministério da Educação – MEC
Titular: Marcelo Bregagnoli Planejamento Energético
Suplente: Paulo Emílio Valadão de Miranda Ministério de Minas e Energia – MME
Coordenador: Claudir Afonso Costa
Ministério da Agricultura e Pecuária – MAP Relator: Jeferson Borghetti Soares
Titular: Cid Jorge Caldas Relator Suplente: Paula Isabel da Costa Barbosa
Suplente: Gustavo dos Santos Goretti
Arcabouço Legal e Regulatório-normativo
Ministério de Portos e Aeroportos – MPor Ministério de Minas e Energia – MME
Titular: Otto Luiz Burlier da Silva Filho Coordenadora: Patricia Naccache Martins da Costa
Suplente: Daniel Ramos Longo Relator: Gustavo Naciff de Andrade
Relatores Suplentes: Daniel da Silva Moro e
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL Fernanda Ferreira
Titular: Agnes Maria de Aragão da Costa
Suplente: Paulo Luciano de Carvalho Neoindustrialização, Mercado e
Competitividade
Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP Ministério de Desenvolvimento, Indústria,
Titular: Alex Rodrigues Brito de Medeiros Comércio e Serviços – MDIC
Suplente: Marina Abelha Ferreira Coordenador: Marcelo Contreiras de Almeida Dourado
Relator: Gustavo Saboia Fontenele e Silva
Empresa de Pesquisa Energética – EPE
Titular: Giovani Vitória Machado Participantes
Suplente: Jeferson Borghetti Soares André Luiz Campos de Andrade
Alexandre Messa Peixoto da Silva
Anderson Marcio de Oliveira
Carlos Alexandre Príncipe Pires
Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho
Edson da Costa Bortoni
Flavia Nico Vasconcelos
Gustavo de Lima Ramos
Gustavo Dutra
Henrique Cavalieri da Silva
Laís de Souza Garcia
Leonardo Póvoa
PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2 0 2 3 - 2 0 2 5Marco Antônio Juliatto 3
Maruska Ferreira de Aguiar
Samira Sana Fernandes de Souza Carmo
Yuri Rafael Della Giustina
1
Sumário

1 Mensagem do Comitê Gestor 05

2 Perspectivas para o desenvolvimento da economia do hidrogênio no Brasil 08

3 A Estratégia do Brasil para a economia do hidrogênio 16

4 Caminhos a percorrer: as ações propostas no Plano Trienal 2023 – 2025 23

4.1 Fortalecimento das Bases Tecnológicas 25


4.2 Capacitação de Recursos Humanos 26
4.3 Planejamento Energético 28
4.4 Arcabouço Legal e Regulatório-Normativo 29
4.5 Neoindustrialização, Mercado e Competitividade 31

5 Referências 33

Apêndice I 36

Apêndice II 39
Fortalecimento das Bases Tecnológicas 40
Capacitação de Recursos Humanos 48
Planejamento Energético 59
Arcabouço Legal e Regulatório-Normativo 64
Neoindustrialização, Mercado e Competitividade 69

4 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


1
MENSAGEM
DO COMITÊ
GESTOR

INTRODUCTION

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 5


1. Mensagem do Comitê Gestor
A transição energética é uma marca genuinamente brasileira. Com quase 90%
de participação de fontes limpas e renováveis na nossa matriz elétrica, temos
buscado fazer o bom uso dos nossos recursos energéticos nacionais, com base em
políticas sólidas e previsibilidade.

Apesar de termos uma das matrizes energéticas mais limpas e renováveis do


mundo, com participação de quase 50% de renováveis na oferta interna de energia
em 2022, sabemos que ainda há muitos desafios a serem endereçados. Temos a
necessidade de dar atenção para os setores de difícil abatimento, como é o caso
da indústria e de transportes, e o hidrogênio possui papel fundamental para a
descarbonização desses setores.

O Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) é um marco fundamental na


estratégia do Brasil para liderar a transição energética. Com uma abordagem
multidisciplinar e inclusiva, o programa reúne representantes dos setores
governamentais, academia e privados para delinear as políticas e diretrizes
relacionadas ao hidrogênio de baixa emissão de carbono. Essa colaboração tem
sido essencial para alcançar os objetivos do programa.

O Brasil possui uma combinação de fatores que colocam o nosso país em


posição de destaque no mercado global de hidrogênio. Recursos energéticos em
diversidade e abundância, solidez institucional, estabilidade política e capacidade
de investimentos em desenvolvimento tecnológico são apenas alguns dos quesitos
que conferem competitividade para o nosso país. Não à toa, já registramos cerca de
US$ 30 bilhões em projetos anunciados de hidrogênio de baixa emissão de carbono
no Brasil.

A adoção do hidrogênio como parte da matriz energética e industrial do Brasil


tem o potencial de impulsionar significativamente o desenvolvimento industrial
do país. Uma produção mais limpa, com baixa intensidade de carbono associado,
contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se
aos compromissos ambientais internacionais assumidos pelo Brasil. Além disso,
a utilização do hidrogênio como uma forma de armazenamento de energia é uma
das possíveis estratégias para o desafio da variabilidade de fontes renováveis,
permitindo uma integração mais eficiente de energia solar e eólica à matriz elétrica
brasileira.

A busca pelo protagonismo brasileiro na transição energética através do


hidrogênio com menor emissão de carbono em seu ciclo de vida não está restrita
apenas ao cenário nacional. Com a crescente demanda mundial por fontes de

6 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


energia limpa, reconhecemos a oportunidade que o Brasil possui para se tornar um
importante agente no cenário internacional. A produção e exportação de hidrogênio
e, principalmente, de produtos de maior valor agregado, descarbonizados com
hidrogênio, também podem contribuir para o desenvolvimento econômico do país
e consolidá-lo como um provedor de soluções de descarbonização para outras
nações.

A liderança do Brasil na transição energética também abre oportunidades


para o fortalecimento de parcerias internacionais, com base em interesses
convergentes. A troca de conhecimentos, tecnologias e melhores práticas com
outros países interessados no desenvolvimento do hidrogênio é um caminho para
o avanço coletivo na luta contra as mudanças climáticas e na promoção de um
desenvolvimento econômico e social sustentável.

O desenvolvimento do hidrogênio com baixa emissão de carbono no Brasil


trará maior segurança energética, criará novos empregos, contribuirá para a
descarbonização da indústria e dos transportes e ajudará a criar um mercado
internacional desse vetor da ordem de bilhões de dólares. O Plano Trienal do
Programa Nacional do Hidrogênio busca concretizar e alavancar as potencialidades
do nosso país diante desse novo contexto. Com foco em todas as rotas tecnológicas
de baixa emissão de carbono, as ações contidas no Plano Trienal 2023-2025
iniciarão o caminho que possibilitará que o Brasil se consolide como o maior e mais
competitivo produtor de hidrogênio de baixa emissão de carbono da América Latina
até 2035. Dessa forma, e ao longo de todo esse documento, toda vez que o termo
“hidrogênio” for mencionado, deve-se entender “hidrogênio de baixa emissão de
carbono”.

Estamos seguros de que o Programa Nacional do Hidrogênio se mostra como


uma oportunidade ímpar para o Brasil, e de que teremos um papel crucial para a
transição energética global. Tendo o Plano Trienal como instrumento adaptativo e
em constante aprimoramento, seguimos confiantes de que o desenvolvimento da
economia de hidrogênio de baixa emissão de carbono terá um papel fundamental
nos esforços do Brasil para a implantação de uma nova agenda de desenvolvimento
econômico, social e ambiental no país.

Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 7


2
8
PERSPECTIVAS
PARA O
DESENVOLVIMENTO
DA ECONOMIA DO
HIDROGÊNIO NO
PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025
2. Perspectivas para o desenvolvimento
da economia do hidrogênio no Brasil
O hidrogênio de baixa emissão de carbono se tornou uma das prioridades na
estratégia energética e climática de diversos países, sobretudo, por prover um vetor
alternativo de energia para setores de difíceis abatimento de emissões de carbono
(hard-to-abate sectors), possibilitando inclusive o armazenamento e transporte
desta energia e favorecendo o acoplamento do setor de energia aos setores de
indústria e transporte. Mesmo nos transportes leves, o hidrogênio pode ter papel a
cumprir, trazendo mais uma alternativa tecnológica para o processo de eletrificação
de veículos (diretamente, por meio células a combustível ou, indiretamente, por
meio de combustíveis sintéticos – e-fuels).

O mercado mundial de hidrogênio é bastante relevante atualmente,


majoritariamente para uso não energético, em aplicações que incluem a produção
de intermediários para fertilizantes, indústria alimentícia, produção de derivados
de petróleo, entre outros. A expectativa é de crescimento significativo nos
próximos anos, podendo atingir valores de até US$ 200 bilhões, impulsionados
pela perspectiva de uso do hidrogênio como vetor necessário para viabilizar a
descarbonização profunda da economia mundial, requerida para a consecução das
metas do Acordo de Paris no horizonte 2050 (EPE, 2021).

Há de se destacar, contudo, que a concretização do uso energético do


hidrogênio como vetor apresenta ainda significativos desafios tecnológicos e
de mercado ao longo de toda a sua cadeia energética (produção, transporte,
armazenamento e consumo), impondo a necessidade de um olhar estruturado em
torno do desenvolvimento deste mercado. Nesse contexto, se inserem diversas
ações ao redor do mundo, em termos de planos e políticas energéticas com foco
no uso de hidrogênio de baixa emissão de carbono como um dos elementos para
acelerar a transição energética.

As diversas iniciativas recentes ligadas ao desenvolvimento do mercado global


de hidrogênio de baixa emissão de carbono são um reflexo dessas oportunidades,
sendo o Brasil um potencial supridor para o mercado doméstico e internacional,
considerando a produção por diferentes processos produtivos. Dada a magnitude
desse potencial mercado nos próximos anos e seu impacto nos diversos
setores, torna-se fundamental o desenho de políticas públicas que estimulem o
desenvolvimento do hidrogênio no Brasil.

No contexto nacional, considerando a elevada participação de renováveis


na matriz energética brasileira já no momento atual, novos desafios surgem, em
especial para os setores industrial e de transportes. Os cenários projetados para o

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 9


Brasil alcançar a neutralidade de carbono até 2050 mostram dinâmicas para matriz
energética distintas das observadas nos últimos 30 anos e, também, das políticas
energéticas em curso, refletindo a necessidade de novos instrumentos e vetores
energéticos (CEBRI et al., 2023).

O hidrogênio de baixa emissão de carbono figura como uma das soluções


tecnológicas consideradas nos cenários de neutralidade de carbono até 2050
propostos para o Brasil, sinalizando algumas oportunidades para a criação de
demanda doméstica para o seu uso como vetor energético. Além da possibilidade de
exportação de hidrogênio, produtos descarbonizados com hidrogênio e carreadores
de hidrogênio, entre os usos diretos, as aplicações em refinarias (para especificação
de combustíveis) e na indústria química (produção de amônia) são os destinos
principais, havendo também o uso de hidrogênio para a produção de combustíveis
avançados, os eletrocombustíveis, e diretamente em pilhas a combustível no setor
de transportes (CEBRI et al., 2023).

Figura 1 – Usos diretos do hidrogênio no


Brasil (em megatoneladas) nos cenários de
neutralidade de carbono até 2050 projetados
para o país (Fonte: CEBRI et al., 2023).

O hidrogênio também tem sido visto como uma solução tecnológica relevante
para a descarbonização da indústria de diversos países, em especial para os
segmentos considerados como de difícil abatimento, como é o caso da metalurgia e
da fabricação de cimento.

O setor industrial contabiliza as emissões de gases de efeito estufa tanto pelo


consumo de energia como pelos insumos utilizados nos processos produtivos.
Juntos, os dois segmentos foram responsáveis por 52% das emissões de GEE do
setor industrial brasileiro, havendo consumo expressivo de combustíveis fósseis
para a geração de energia.

10 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Energéticos de origem fóssil utilizados nos segmentos industriais
de cimento e metalurgia no Brasil

CIMENTO FERRO-GUSA E AÇO

Coque de petróleo Coque de carvão mineral


70% 44%

Carvão mineral Carvão mineral


2% 14%

Gás natural
8%

NÃO FERROSOS E OUTROS


DA METALURGIA Gás de coqueria
7%
Carvão mineral e coque de carvão
mineral
20% Figura 2 – Emissões de gases de efeito estufa
Óleo combustível associadas ao setor industrial brasileiro e
17%
FERROLIGAS
consumo de energéticos de origem fóssil por
Gás natural Coque de petróleo
8% 6% alguns segmentos industriais do país (Fonte:
SEEG, 2022; EPE, 2022a).

Em estudo recente, a Confederação Nacional da Indústria apontou que o hidrogênio


verde (uma das rotas de baixa emissão) pode substituir o coque que é adicionado ao
minério de ferro, onde reage para produzir ferro-esponja, com emissão de 1,73 t de CO2
por tonelada de aço produzido (CNI, 2022). O Banco Nacional do Desenvolvimento
Social e Econômico (BNDES) apontou em levantamento recente que os fabricantes
estão trabalhando em tecnologias de redução direta com uso do hidrogênio, com testes
sendo realizados em escala piloto, apesar do alto custo atual. A adoção da redução direta
com hidrogênio (H2 DR) pode reduzir os índices de emissões a até 0,05 t de CO2 por
tonelada de aço (BNDES, 2022). Já o uso de hidrogênio pela indústria do cimento ainda
demanda esforços consideráveis em termos de desenvolvimento tecnológico. De acordo
com o BNDES (2022), a Inglaterra tem desenvolvido um projeto-piloto que demonstra a
utilização de hidrogênio sem sequestro de carbono na fabricação de cimento. Na visão do
BNDES, para que o uso do hidrogênio verde se faça viável, ainda é necessária uma forte
redução de custo de produção desse insumo, acoplada a uma política que onere a emissão
de gases de efeito estufa.

De acordo com a EPE (2022b), 87% do hidrogênio que é produzido no Brasil


atualmente é proveniente da reforma a vapor do gás natural, para consumo doméstico
nas refinarias e nas fábricas de fertilizantes. No caso das refinarias, o hidrogênio tem sido
utilizado no hidrotratamento dos combustíveis, visando ao atendimento de exigências
relacionadas à qualidade ambiental desses produtos.

Das 19 refinarias de petróleo autorizadas para operação no país, 11 possuem


unidades de geração de hidrogênio. No entanto, o levantamento feito pela EPE aponta
que atualmente todas as unidades de geração de hidrogênio estão operando abaixo
da capacidade máxima instalada, indicando uma capacidade ociosa de cerca de 200
mil toneladas por ano de hidrogênio em refinarias brasileiras, grande parte oriundo da
reforma a vapor de gás natural, sem CCUS, tendência que tende a permanecer para os
próximos 10 anos.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 11


Figura 3 – Produção de hidrogênio em
refinarias brasileiras, com projeção para os
próximos 10 anos (Fonte: EPE, 2022b).

Diante desse cenário, a EPE destaca a possibilidade de o Brasil explorar, sob


o Diante desse cenário, a EPE destaca a possibilidade de o Brasil explorar, sob o
ponto de vista da descarbonização, o hidrogênio produzido através da reforma
a vapor do gás natural, mas com a captura, utilização e o armazenamento do gás
carbônico produzido na operação (CCUS). Em tal cenário, as atuais unidades
produtoras de hidrogênio ssem sequestro de carbono poderiam optar por investir
e instalar tecnologias de captura de carbono, passando a produzir hidrogênio de
baixa emissão de carbono e reduzindo as emissões de GEE associadas ao processo.
Neste sentido, as refinarias poderão desempenhar papel relevante na estruturação
e estabelecimento do mercado de hidrogênio no país.

A aceleração do desenvolvimento do mercado de hidrogênio trará uma série de


oportunidades de negócios para diferentes segmentos, já que existem diferentes
rotas tecnológicas e insumos para a sua produção (Hydrogen Council, 2020). O uso
de hidrogênio de baixa emissão de carbono para a produção de novos combustíveis
(incluindo amônia, metanol e outros hidrocarbonetos líquidos sintéticos, por
exemplo), se mostra como alternativa promissora para a descarbonização dos
setores de aviação e de navegação, em alinhamento com as regulações estabelecidas
pelas representações internacionais desses setores. No entanto, atualmente esses
combustíveis ainda possuem altos custos de produção, sofrem de infraestrutura
limitada, podem registrar grandes perdas de energia da produção ao consumo e,
em alguns casos, precisam ser manuseados com mais cuidado que os combustíveis
líquidos tradicionais (IEA, 2023).

Outra oportunidade que surge é a produção de fertilizantes com baixa


intensidade de carbono associado, que hoje depende fortemente de combustíveis

12 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


fósseis como insumo para a sua produção. Atualmente, a amônia é o principal
insumo utilizado, sendo cerca de 70% voltado para a indústria de fertilizantes (IEA,
2021a). Embora a produção de amônia hoje seja majoritariamente voltada para a
aplicação em atividades agrícolas, a expectativa é de que o seu uso como carreador
energético para o hidrogênio, em especial para viabilizar sua exportação em larga
escala, traga novas oportunidades para a sua exploração.

Considerando a perspectiva da exportação, a instalação de plantas de produção


de hidrogênio em instalações portuárias se mostra crucial para a viabilização desse
mercado. Nesse sentido, merece destaque a concepção de polos (hubs) de produção
de hidrogênio em complexos portuários, onde também se localizam plantas
industriais. Vários países têm adotado essa estratégia como o principal mecanismo
para promover investimentos na infraestrutura necessária para a viabilização do
hidrogênio de baixa emissão de carbono para exportação no médio prazo. Na outra
ponta, países da Europa e da Ásia figuram como os principais importadores desse
hidrogênio.

Seguindo essa tendência, vários portos brasileiros têm mobilizado esforços


para ter plantas de produção de hidrogênio em suas retroáreas, como é o caso do
Porto do Pecém (Ceará), do Porto de Suape (Pernambuco), do Porto do Açu (Rio de
Janeiro) e do Porto do Rio Grande (Rio Grande do Sul). Considerando os projetos
anunciados até 2021, o Brasil figura como um dos principais exportadores globais
de hidrogênio até 2030 (IEA, 2022).
Mt H2 equivalent per year by 2030

0 0.5 1 1.5 2 2.5 3

Latin America

Australia

Europe

Africa

North America

Middle East
Figura 4 – Projeções de exportação
global de hidrogênio em 2030, por
Asia

países e regiões, considerando projetos


Argentina Brazil Chile
Australia
Denmark Germany Iceland Ireland Netherlands
anunciados (Fonte: IEA, 2022).
Norway Portugal Spain United Kingdom Europe (unspecified)
Angola Morocco Namibia South Africa Egypt
Mauritania
Canada United States
Oman Saudi Arabia UAE
India Kazakhstan Viet Nam

A diversidade de recursos energéticos do Brasil favorece a adoção de diferentes


oportunidades para o desenvolvimento da economia do hidrogênio no país, a partir
de diferentes rotas tecnológicas ¹. De acordo com o Plano Decenal de Expansão
de Energia 2031 (MME, 2022), o Brasil possui potencial técnico para produção de ¹ As estimativas não incluem o potencial
técnico para produção a partir de
hidrogênio natural.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 13


hidrogênio estimado em 1,8 gigatonelada/ano, incluindo a exploração a partir de
recursos energéticos que ainda demandam desenvolvimentos tecnológicos para
alcançarem escala comercial. Considerando as tecnologias já operacionais no
Brasil e aquelas que possuem viabilidade técnica e econômica em outros países,
o Brasil contabiliza potencial técnico para produção de hidrogênio superior a 480
megatoneladas/ano.

De olho nesse potencial, em 2023 o Brasil já registra 30 bilhões de dólares em


projetos anunciados de hidrogênio de baixa emissão de carbono, em diferentes
estágios de implementação. Os projetos com maiores níveis de maturidade
possuem Memorando de Entendimento (MoU) ou pré-contratos estabelecidos,
e a maioria está localizada em instalações portuárias existentes ao longo da costa
brasileira.

US$ 30 bilhões
em projetos de hidrogênio
anunciados para o Brasil

O Brasil possui potencial


técnico para produzir
1,8 gigatonelada
de hidrogênio por ano
Figura 5 – Potencial técnico de produção de Eólica offshore Fontes fósseis
350,4 Mt/ano 60,2 Mt/ano
hidrogênio no Brasil e estados brasileiros com Biomassa Nuclear
Grau de maturidade (2023):

projetos de hidrogênio de baixa emissão de 50,5 Mt/ano 6,9 Mt/ano


P&D / Planta piloto
Eólica onshore + Solar + Hidrelétrica
carbono anunciados (Fonte: MME, 2022; MoU / Pré-contrato 18,1 Mt/ano
EPE, 2023).

O Brasil está entre os países mais bem posicionados para a produção de


hidrogênio de baixa emissão de carbono. Contribuem para essa perspectiva a atual
composição da matriz elétrica do país, com 88% oriunda de fontes renováveis,
os baixos custos de geração de energia a partir da geração eólica onshore e
solar fotovoltaica, cujas plantas possuem fatores de capacidade que superam
as registradas em outros países, e a constante ampliação da infraestrutura de
transmissão de energia.

Tais características têm colocado o Brasil em posição de destaque nas projeções


internacionais para a produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono com os
menores custos associados do mundo, em especial considerando o potencial de
geração de energia nos projetos eólicos onshore localizados na Região Nordeste
do país (BNEF, 2023).

14 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


A B

Figura 6 – Comparação dos custos de envio


da amônia de baixa emissão de carbono até a
Europa (A), até o Japão (B) e do custo nivelado
para a produção de hidrogênio (C) entre os
principais mercados de hidrogênio do mundo
(Fonte: BNEF, 2023).

A miríade de possibilidades que surgem a partir do mercado de hidrogênio se


traduz em diversas oportunidades para o Brasil, sendo necessário desenvolver os
esforços nacionais para que sua implementação se dê de forma sustentável. É com
base nessas perspectivas que o presente Plano Trienal propõe as ações que serão
indutoras do desenvolvimento da economia do hidrogênio de baixa emissão de
carbono no país.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 15


3
A ESTRATÉGIA DO BRASIL
PARA A ECONOMIA DO
HIDROGÊNIO
16 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025
3 3. A Estratégia do Brasil para a economia do
hidrogênio
A missão do Brasil é acelerar a economia do hidrogênio de baixa emissão de carbono no país
e aproveitar as oportunidades do mercado global de produtos de baixa emissão de carbono e sua
cadeia de suprimento na transição energética. Além disso, o Brasil almeja tornar o hidrogênio de
baixa emissão de carbono competitivo no país e prover alternativa para setores de difícil abatimento
de emissões no Brasil e no mercado global.

Os caminhos que o Brasil deseja seguir para desenvolver a economia do hidrogênio no país
estão sendo construídos seguindo as melhores recomendações disponíveis internacionalmente.
Considerando as recomendações apresentadas pela Agência Internacional de Energia (IEA, 2021b),
o Brasil tem estruturado as políticas públicas nacionais para desenvolver a economia do hidrogênio
em torno de seis aspectos principais, que se mostram bastante aderentes a estas recomendações:
•Definição de uma visão de longo prazo para o hidrogênio no sistema energético nacional;
•Identificação das oportunidades de curto prazo e apoio à implantação inicial de tecnologias-chave;
•Apoio a esquemas de financiamento e de redução dos riscos de investimento desde as etapas
iniciais dos projetos;
•Foco no apoio a programas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e de qualificação profissional
para colher benefícios coletivos para além das reduções de emissões de gases de efeito estufa;
•Adoção de esquemas de certificação para incentivar a produção de hidrogênio de baixa intensidade
de carbono, criando oportunidades de mercado, evitando trancamento ou pré-seleções tecnológicas
e unificando liquidez de mercado; e
•Apoio à cooperação nos níveis regional e global, como forma de posicionar a América Latina no
panorama global do hidrogênio.

Em particular, em publicação recente, a Agência Internacional de Energia criticou a classificação


por esquema de cores para representar diferentes rotas tecnológicas, bem como a adoção de outros
termos imprecisos para indicar potenciais de emissões distintos ² . A IEA alerta que essas terminologias
têm se mostrado sem aplicação prática como base para as decisões de contratação, dissuadindo
potenciais investidores. A IEA propõe usar a intensidade de emissões da produção de hidrogênio
na definição de regulamentações nacionais sobre hidrogênio, podendo facilitar a interoperabilidade
regulatória e de mercado em diferentes países. Do ponto de vista conceitual, a IEA recomenda o uso
do termo “hidrogênio de baixa emissão”. Ademais, propõe o esforço internacional para assegurar
que os diferentes padrões que vêm sendo estabelecidos em diferentes países e associações sejam
intercambiáveis a partir da construção de um “passaporte global” baseado nas metodologias da IPHE
(International Partnership for Hydrogen and Fuel Cells in the Economy), a qual está sendo utilizada
como base para a elaboração da norma ISO (International Organization for Standardization) para a
certificação da intensidade de emissões do hidrogênio.

Considerando as oportunidades que o Brasil poderia seguir, em junho de 2022 o Conselho


Nacional de Política Energética (CNPE) instituiu ³ o Programa Nacional do Hidrogênio – PNH2, com
o objetivo de fortalecer o mercado e a indústria do hidrogênio enquanto vetor energético no Brasil.

O PNH2 foi constituído com base em sete diretrizes, que estabelecem a linha de base para o
desenvolvimento das ações que promoverão o desenvolvimento da economia do hidrogênio no
P L eixos
Brasil. Além disso, o PNH2 está estruturado em seis A N O distintos,
D E T R Aos
B Aquais
L H Ocontemplarão
T R I E N A L 2o0conjunto

de ações que deverão considerar, simultaneamente, o desenvolvimento de políticas públicas, de


tecnologias e de mercado.
23-2025 17
² International Energy Agency, “Towards
hydrogen definitions based on their emissions
intensity”, CLIQUE AQUI
Figura 7 – Diretrizes e eixos do Programa
Nacional do Hidrogênio.
Para possibilitar que todas as ações propostas pelo PNH2 ganhem forma,
o programa também conta com uma sólida estrutura de governança ⁴, com
representações em nível estratégico, tático e operacional. Partindo das diretrizes
estratégicas colocadas pelo CNPE, foi criado o Comitê Gestor do Programa
Nacional do Hidrogênio (Coges-PNH2), instância de nível tático coordenada pelo
Ministério de Minas e Energia e integrada por outros 13 órgãos e entidades de
governo que tem como uma de suas atribuições alinhar o desenvolvimento da
economia do hidrogênio no Brasil às demais políticas públicas nacionais.

Além disso, também foram criadas cinco Câmaras Temáticas, instâncias de


nível operacional coordenadas por diferentes ministérios, com o objetivo de tratar
questões específicas de sua competência, além de desenvolver estudos, análises,
produzir relatórios técnicos e subsidiar o Coges-PNH2 nas suas decisões.
Estratégico

Conselho Nacional de Política Energética


(CNPE)

Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio


Tático

Figura 8 – Estrutura de governança (Coges-PNH2)


estabelecida para o Programa Nacional do
Hidrogênio.
Operacional

Câmara Temática Câmara Temática Câmara Temática Câmara Temática Câmara Temática
Fortalecimento Capacitação de Planejamento Arcabouço Legal Neoindustrialização,
das Bases Recursos Humanos Energético e Regulatório- Mercado e
Tecnológicas Normativo Competitividade

³O PNH2 foi inicialmente estabelecido


pela Resolução CNPE n. 6/2022,
Com base nessa construção, a estratégia do Brasil em torno do desenvolvimento da
⁴ A governança do PNH2 foi atualizada por economia do hidrogênio encontra bases sólidas para a sua efetiva implementação. Diante dos
meio da Resolução CNPE n. 4, de 6 de abril compromissos assumidos pelo país para a mitigação das mudanças climáticas, das alternativas
de 2023, para refletir a nova estrutura tecnológicas disponíveis e das tendências que se apresentam no contexto internacional, o
organizacional do Governo Federal. PNH2 estará focado no estímulo ao desenvolvimento das rotas tecnológicas associadas
Disponível para consulta em: à produção e ao uso de hidrogênio de baixa emissão de carbono.
CLIQUE AQUI
18 P L AInternacionalmente,
N O D E T R A B A L HoOBrasil
T R I tem
E N Ase
L posicionado
2 0 2 3 - 2 0 2em
5 favor de abordagens com foco na

⁵ Mais informações em : CLIQUE AQUI baixa emissão de gases de efeito estufa no ciclo de vida do hidrogênio há bastante tempo,
utilizando o termo “hidrogênio de baixa emissão de carbono” . ⁵Tendo em vista facilitar a
comunicação internacional e já se alinhar aos trabalhos da IEA, da IPHE e da ISO, o PNH2 passará a adotar o
conceito de “hidrogênio de baixa emissão”, i.e., hidrogênio de baixa emissão de carbono em seu ciclo de vida.

Nesse sentido, para fins do PNH2, define-se conceitualmente o “hidrogênio de baixa emissão” como
o hidrogênio produzido com base em uma variedade de processos, tecnologias e fontes de energia com
baixa emissão de gases de efeito estufa ao longo de seu ciclo de vida, ou com adoção de tecnologias de
remoção de carbono (CCS), inclusive carbono negativas (hidrogênio renovável de origem biológica com
CCS), abrangendo:
• fontes renováveis de energia, inclusive biomassa e biocombustíveis;
• combustíveis fósseis com captura, armazenamento ou uso de carbono;
• energia nuclear (rotas de eletrólise e termoquímica);
• resíduos;
• hidrogênio natural;
• outras tecnologias de baixa emissão (inclusive pirólise do gás natural e do biometano, microondas
de resíduos plásticos, etc.) e combinações de processos (processos híbridos).

Do ponto de vista quantitativo, os percentuais mínimos de redução de emissões em relação ao


hidrogênio de referência (obtido pela reforma a vapor do gás natural sem captura de carbono) e a fronteira
de sistema considerada serão definidas em regulamento, com abordagem pragmática para não criar
barreiras ao desenvolvimento do mercado e permitir a progressiva redução da intensidade de emissões de
gases de efeito estufa no ciclo de vida do hidrogênio.

A proposta inicial é que o percentual mínimo de redução de emissões em relação ao hidrogênio de


referência não seja inferior a 50% e a fronteira de sistema abranja pelo menos escopos 1 (própria planta) e
2 (eletricidade e combustíveis adquiridos pela planta) do GHG Protocol ⁶ , considerando portais temporais
de decisão para ampliar o limite de mínimo de redução para 60% e, posteriormente, 70% e a fronteira de
sistema abranja os escopos 1, 2 e 3 (emissões nos transportes, distribuição, estocagem e embutida nos
equipamentos, instalações e outros insumos) em suas plenitudes. Ressalte-se que o limite mínimo de 50%
aqui proposto não impede que projetos específicos busquem reduções de emissões, certificadas, acima de
70% a fim de enquadramento em padrões definidos por regiões ou países importadores desde já.

Acredita-se também que um processo de progressiva exigência de redução de emissões e ampliação


de escopo da fronteira do sistema dará a estabilidade e a previsibilidade requeridas para o desenvolvimento
do mercado de hidrogênio de baixa emissão com o devido balanceamento de custos para os consumidores.
Definir limites de redução de emissões muito elevados e fronteiras de sistema muito amplas desde o
começo pode gerar custos excessivos para os consumidores na fase inicial de desenvolvimento de mercado
e dificultar a consolidação e a expansão do mercado. Há risco de quebra de estabilidade e previsibilidade de
mercado se se iniciar com metas muito ousadas e depois for necessário reduzi-las, após investimentos de
alguns agentes econômicos.

Destaque-se que, doravante, nesse documento, se referirá a “hidrogênio de baixa emissão”


simplesmente como “hidrogênio” apenas por motivos de concisão, exceto quando for necessário explicitar
para melhor entendimento.
⁶ Greenhouse Gas Protocol, https://
Considerando a diversidade de recursos energéticos que o Brasil possui, diferentes rotas tecnológicas ghgprotocol.org, visitado em 23/08/2023.
de produção de hidrogênio poderão ser exploradas, ampliando o leque de soluções tecnológicas que
poderão ser utilizadas, em diferentes medidas, para aPtransição
L A N O Denergética
E T R A B Ado
LH O T
país e RdoI Emundo.
NAL 2023-2025 19
No entanto, as cadeias de produção do hidrogênio de baixa emissão ainda encontram grandes
necessidades de desenvolvimento tecnológico em nível global, o que coloca os investimentos em pesquisa,
desenvolvimento e inovação (P&D&I) como elos fundamentais desse processo. Além de permitir a
viabilização de projetos de demonstração, a destinação de recursos para P&D&I em hidrogênio de baixa
emissão possui potencial para reduzir os custos associados à sua produção, transporte e armazenamento,
os quais ainda se mostram elevados quando comparados às tecnologias existentes.

Por essa razão, a instalação de plantas pilotos de produção de hidrogênio de baixa emissão em todas
as regiões do Brasil até 2025 figura como uma das ambições do país no contexto do PNH2. Plantas piloto
possibilitam colaborações entre universidades, institutos de pesquisa e empresas para gerar projetos
tecnológicos, solidificando o ecossistema nacional nessa área.

Dados disponibilizados pela EPE na plataforma Inova-e ⁷ apontam que os investimentos públicos e
publicamente orientados em hidrogênio e células a combustível no Brasil no ano de 2020 totalizaram R$ 29
milhões. Considerando o papel vital desses investimentos em fortalecer estágios iniciais de inovação, dinamizar
o ecossistema de hidrogênio, construir capacidades tecnológicas nacionais e estimular investimentos do setor
privado, propõe-se elevar o investimento anual em P&D para R$ 200 milhões de reais até 2025, último ano do
ciclo deste Plano Trienal, valor quase sete vezes vezes maior do que o registrado em 2020.

O Brasil possui sólida tradição em investimentos públicos na tecnologia do hidrogênio, baseados em


programas governamentais liderados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo próprio MME em
momentos anteriores. Atualmente, além da perspectiva do PNH2, o estímulo para a alocação de recursos
em P&D na área do hidrogênio encontra lastro na Resolução CNPE n. 2/2021 ⁸ , que elencou o hidrogênio
como um dos temas prioritários para investimentos em pesquisa e desenvolvimento no país.
Figura 9 – Principais marcos temporais
da estratégia brasileira para o
2025 2030 2035
desenvolvimento da economia do
hidrogênio.

⁷ A Inova-e é uma plataforma digital


Disseminar plantas Consolidar o Brasil Consolidar hubs de
que reúne dados de investimentos piloto de como o mais hidrogênio de baixo
brasileiros em Pesquisa, Desenvolvimento hidrogênio de competitivo produtor de carbono no Brasil
e Demonstração (PD&D) no setor baixo carbono em hidrogênio de baixo
todas as regiões do carbono do mundo
de energia, servindo de base para a
país
estruturação dos dados oficiais do país.
Acesse em: CLIQUE AQUI Consolidar o Brasil como o país com o menor custo de produção de hidrogênio de baixa emissão
⁸ Estabeleceu orientações sobre pesquisa, do mundo até 2030 também é uma das ambições do país no âmbito do PNH2. Embora as projeções
desenvolvimento e inovação à Agência atualmente já indiquem o Brasil como um dos países mais competitivos em relação ao custo de produção
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e à de hidrogênio, é importante garantir que essas perspectivas se mantenham e se realizem também no longo
Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural prazo.
e Biocombustíveis (ANP), definindo sete
temas prioritários, sendo o hidrogênio um Atenção especial deve ser dada ao hidrogênio produzido a partir da eletrólise da água com base em
deles. Disponível em: CLIQUE AQUI renováveis (conhecido como hidrogênio verde), que até a presente data ainda não se mostra competitivo

20 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


em relação às demais tecnologias de produção de hidrogênio. Além disso, a eletricidade produzida a partir
de fontes renováveis representa de 30% a 60% do custo total para a sua produção (LAZARD, 2021).
Portanto, a produção de hidrogênio verde é altamente dependente do custo das fontes de eletricidade
disponíveis.

Tomando o caso do hidrogênio verde para ilustração, ainda que o Brasil hoje tenha custos competitivos
para a geração de eletricidade a partir de fontes renováveis, como a solar e a eólica onshore, há que se
considerar também cenários onde a demanda global por hidrogênio verde poderá ensejar na ampliação
da capacidade instalada desses projetos no país, incluindo a exploração de novas tecnologias de geração de
energia, como é o caso da eólica offshore. Nesse sentido, a construção de arcabouço regulatório eficaz, a
manutenção de ambiente regulatório estável e o estabelecimento de condições de mercado que garantam
a competitividade dessas tecnologias são fatores que contribuirão para o pleno alcance dessa ambição.

Consolidar polos (hubs) de hidrogênio de baixa emissão no Brasil até 2035 é o terceiro aspecto
que integra as ambições do país no PNH2. Vista como um dos principais mecanismos para catalisar o
desenvolvimento das vocações regionais para a produção de hidrogênio, a estruturação de polos (hubs)
tem como principal vantagem a integração das infraestruturas necessárias para a viabilização desses
projetos, contemplando desde as etapas de produção até as de armazenagem, transporte e consumo. Além
disso, os polos (hubs) de hidrogênio podem representar oportunidades para acoplar diferentes setores da
economia, incluindo a possibilidade de adoção de novas tecnologias, como a captura, uso e estocagem de
carbono (CCUS).

Nesse contexto, é importante ressaltar que a diversidade de recursos energéticos que o Brasil possui
oferece possibilidades para estruturar polos de hidrogênio com foco tanto para o mercado doméstico
como para o mercado de exportação. Entender as oportunidades que surgem dessa construção torna-se
fundamental para que essa ambição alcance os resultados desejados.

Para endereçar essa demanda, recomenda-se que o Ministério de Minas e Energia, no âmbito
da Política Nacional de Transição Energética, construa as bases para um programa com foco no
desenvolvimento de (hubs) (Programa Pró-Hubs Brasil), como forma de construção de sinergias entre a
geração de energia e as infraestruturas associadas, com o intuito de catalisar os esforços nacionais para a
descarbonização de setores de difícil abatimento. Nesse caso, as infraestruturas necessárias à produção,
armazenamento e transporte de hidrogênio de baixo carbono também seriam parte desses polos (hubs).
Dada a transversalidade das decisões necessárias para a sua efetiva implementação, sugere-se que esse
programa conte com a participação de vários atores governamentais na sua composição.

Marco
regulatório

Pesquisa,
desenvolvimento
e inovação

Acesso à Pró-Hubs
financiamento Brasil
Qualificação
profissional

Desenvolvimento
Figura 10 – Desenho esquemático
de infraestrutura
preliminar proposto para o Programa
Pró-Hubs Brasil.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 21


As diferentes nuances associadas ao desenvolvimento da economia do hidrogênio e o seu
ineditismo no contexto global fazem com que a cooperação internacional esteja no DNA da
estratégia brasileira. Desde a coliderança do Brasil no Diálogo em Alto Nível das Nações Unidas
sobre Energia, oportunidade em que o país apresentou pacto energético com compromissos
voluntários relacionados ao hidrogênio, o Brasil tem se engajado em importantes fóruns
internacionais relacionados ao tema, como é o caso da adesão do país à Hydrogen Initiative, à
Clean Energy Marine Hubs e ao International Hydrogen Trade Forum (IHTF), todos sob o marco
da Ministerial de Energia Limpa (Clean Energy Ministerial).

Além disso, o Brasil vem estabelecendo cooperações bilaterais na temática do hidrogênio com
diferentes países, como é o caso da Alemanha, Dinamarca, Estados Unidos e Reino Unido, e tem
contado com o apoio em projetos de assistência técnica em frentes multilaterais. Somadas, essas
frentes têm contribuído para a obtenção de ganhos de capacidade institucionais no país e para a
internalização das melhores práticas internacionais quando do desenho das políticas públicas e
das regulações associadas ao tema no contexto nacional.

Por fim, mas não menos importante, é oportuno destacar que a construção do PNH2 tem sido
fruto de amplo diálogo com as partes interessadas, com contribuições ocorrendo em diferentes
oportunidades. A transversalidade do tema tem mobilizado diferentes atores governamentais
que terão papel importante para o desenvolvimento do hidrogênio no país. Atualmente, mais de
40 instituições governamentais estão atuando de forma ativa, no escopo das suas competências
legais, para a implementação das ações do PNH2.

A versão preliminar deste Plano Trienal foi objeto da Consulta Pública n. 147/2022, aberta
pelo MME em dezembro de 2022, ampliando a possibilidade de participação na construção do
plano. Por meio desse processo, foram registradas mais de 650 contribuições ao Plano Trienal ⁹,
apresentadas por 56 instituições representativas de diferentes setores.

Paralelamente a isso, cada Câmara Temática possui autonomia para promover discussões
com diversos atores, não se restringindo ao nível governamental. Tal processo participativo
incluiu reuniões com agentes da cadeia de valor do hidrogênio, empresas do setor, potenciais
consumidores e investidores, consultores de energia, advogados, academia e organizações da
sociedade civil.
⁹ O relatório analítico sobre as
contribuições recebidas no âmbito da Ao todo, foram realizadas 49 reuniões das Câmaras Temáticas, que contaram com a presença
Consulta Pública n. 147/2022 está em de representantes de 21 instituições do setor privado. Também foram realizados workshops e
fase final de estruturação pelo MME, com reuniões ampliadas, com o intuito de disseminar informações e de debater as oportunidades e
base nas considerações apontadas pelas desafios que se colocam para o desenvolvimento da economia do hidrogênio no país. A relação
coordenações das Câmaras Temáticas do das instituições públicas e privadas que acompanharam as reuniões das Câmaras Temáticas é
PNH2, e será divulgado em breve em seu disponibilizada no Apêndice I.
sítio eletrônico.

22 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


CAMINHOS A PERCORRER:

4
AS AÇÕES PROPOSTAS NO
PLANO TRIENAL 2023 – 2025

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 23


4. Caminhos a percorrer: as ações pro-
postas no Plano Trienal 2023 – 2025
A governança estabelecida para o Programa Nacional do Hidrogênio também
contempla o desenvolvimento de atividades a nível operacional, as quais estão sob
a responsabilidade e gestão das cinco Câmaras Temáticas.

Como forma de organização das suas respectivas atividades, cada Câmara


Temática definiu um conjunto de cinco componentes, que congregam os temas mais
relevantes a serem tratados no escopo de sua atuação. Para cada componente, por
sua vez, são propostas as ações que contribuirão para o pleno alcance dos objetivos
associados a cada uma delas.

Nesse sentido, as atividades descritas no Plano Trienal 2023 – 2025 têm o


objetivo de orientar as ações que devem ser implementadas, a nível federal, para
promover o desenvolvimento da economia do hidrogênio no país nos próximos
anos.

Após discussões, o Comitê Gestor do PNH2 decidiu estabelecer três prioridades


para o ciclo 2023 – 2025, seguindo contribuições recebidas no âmbito da consulta
pública. Com isso, as ações que possuem relação direta com as prioridades definidas
já estão em fase adiantada de implementação.

Definir marco
legal-regulatório
nacional

Intensificar
PRIORIDADES investimentos em
PNH2 PD&I, com foco na
2023-2025 redução de custos

Figura 11 – Prioridades estabelecidas pelo


Ampliar acesso a
Comitê Gestor do PNH2 para o ciclo 2023 financiamento
– 2025 do Plano Trienal.

É válido ressaltar que muitas das ações aqui propostas precisarão de


prévia identificação de fonte de recursos que as custeiem, o que pode ensejar
a necessidade de adequações orçamentárias e financeiras para as instituições
públicas responsáveis, para que sejam efetivamente executadas.

Além disso, é importante destacar, ainda, que o Plano Trienal tem caráter
orientador e diretivo, com base em alto nível de consenso dentre as diversas partes

24 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


interessadas participantes de sua elaboração, contudo, não se prestando a ser um
documento exaustivo ou de aplicação compulsória. Este Plano Trienal deve ser visto
como um instrumento dinâmico e adaptativo, passando por atualizações anuais,
mediante aprovação do Comitê Gestor do PNH2, de forma a refletir a esperada
evolução do setor.

O detalhamento das ações que integram o Plano Trienal 2023 – 2025 do


Programa Nacional do Hidrogênio está disponível no Apêndice II.

A seguir, são apresentadas a estrutura e as componentes definidas para cada


Câmara Temática, juntamente com as ações em andamento já neste ciclo. ¹⁰

4.1 Fortalecimento das Bases Científico-tecnológicas

A Câmara Temática de Fortalecimento das Bases Científico-Tecnológicas é


coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e possui
como objetivo apoiar a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico, a inovação e o
empreendedorismo na produção, armazenamento, transporte, segurança, uso e
aplicações do hidrogênio.

São objetivos específicos dessa Câmara Temática:


• Consolidar a Iniciativa Brasileira do Hidrogênio (IBH2) como módulo
de desenvolvimento científico-tecnológico do Programa Nacional do
Hidrogênio (PNH2) até 2025;
• Estruturar o Sistema Brasileiro de Laboratórios em Hidrogênio (SisH2-
MCTI) até 2024; e
• Consolidar um Fórum de Discussão Nacional sobre ciência, tecnologia e
inovação (CT&I) em hidrogênio até 2025.

Nesta Câmara Temática, foram definidas as seguintes componentes:


• Componente 1: Pesquisa, desenvolvimento e inovação;
• Componente 2: Fortalecimento da infraestrutura de pesquisa,
desenvolvimento e inovação;
• Componente 3: Incentivo ao empreendedorismo; ¹⁰ Os identificadores apresentados nas
• Componente 4: Projetos cooperativos e redes de pesquisa, tabelas referentes a ações em andamento
desenvolvimento e inovação; e são referenciados às ações indicadas no
• Componente 5: Estudos, diagnósticos e divulgação científico-tecnológica. Anexo I deste documento, que detalha
todas as ações propostas pelo Plano de
Diversas ações previstas no Plano Trienal associadas a esta Câmara Temática já Trabalho Trienal 2023-2025.
estão em andamento, conforme descrito na Tabela 1 a seguir.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 25


Id ação Entregas em andamento e/ou finalizadas

1.1. - Temática “Hidrogênio de fontes alternativas” inserida em 2023 no âmbito da


seleção pública Finep/MCTI Inovações Radicais Setor Elétrico

1.2. - Abertura de chamada pública PD&I em apoio ao Programa Combustível do Futuro


e à Iniciativa Brasileira do Hidrogênio (IBH2 MCTI): 23 propostas aprovadas na
Linha 4 – Hidrogênio Sustentável, com recursos do FNDCT (CT-Energ), totalizando
R$ 15,8 milhões. Abertura de seleção pública Finep/MCTI Combustível do Futuro
e Hidrogênio: duas propostas aprovadas na Linha Temática III – Desenvolvimento
de tecnologias nacionais de produção, armazenamento e uso de hidrogênio
sustentável no setor de transportes, totalizando R$ 14,9 milhões.

2.1. - Estruturação da chamada pública para Apoio ao Sistema Brasileiro de Laboratórios


de Hidrogênio (SisH2-MCTI): 13 projetos selecionados, totalizando R$ 33 milhões.
Instituições selecionadas: UFC, UFSCar, UFRN, ITA, IPEN, UFPR, UFBA e UFSC.

3.1. - Fomento a Startups e ao processo de inovação aberta em hidrogênio no âmbito do


Programa de Inovação em Hidrogênio Verde (iH2Brasil).

4.4. - Estruturação da Consulta Pública ANEEL 18/2023 ¹¹ , que busca a obtenção de


subsídios para a chamada nº 23/2023 do PDI estratégico “Hidrogênio Renovável
no Contexto do Setor Elétrico Brasileiro”.

5.1. - Apoio à realização do 3º Congresso Brasileiro do Hidrogênio, na cidade de Maricá


– RJ, em maio de 2023.

5.2. - Elaboração de estudos e diagnósticos até 2025

Tabela 1 – Entregas em andamento e/


ou finalizadas da Câmara Temática de 4.2 Capacitação de Recursos Humanos
Fortalecimento das Bases Tecnológicas
previstas no Plano Trienal 2023 – 2025. A Câmara Temática de Capacitação de Recursos Humanos é coordenada pelo
Ministério da Educação (MEC) e possui como objetivo desenvolver recursos humanos
nacionais com competências para planejamento, licenciamento, implantação e operação
de projetos relacionados à produção, transporte, armazenamento e uso do hidrogênio.

São objetivos específicos dessa Câmara Temática:


• Elaborar mapa do conhecimento da cadeia de valor do hidrogênio no Brasil,
identificando disponibilidade de capacitação de nível técnico e profissional
¹¹ Mais informações sobre a Consulta nas instituições de ensino do país, bem como as lacunas de capacitação desses
Pública ANEEL n. 018/2023 estão
disponíveis em: CLIQUE AQUI

26 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


níveis de formação no Brasil, além de realizar mapeamentos para identificar
infraestrutura (laboratórios/equipamentos), número de profissionais
(docentes/instrutores), materiais didáticos (livros/cartilhas/guias) existentes
para processos de capacitação profissional;
• Ampliar o número de laboratórios/equipamentos nas redes de ensino, para
suporte às atividades de capacitação de recursos humanos para o hidrogênio;
• Promover o desenvolvimento de disciplinas/unidades curriculares, para
todos os níveis de formação, para multiplicar os conhecimentos sobre os
processos de produção, transporte, armazenamento e uso do hidrogênio, em
suas diferentes rotas e usos de tecnologias;
• Ampliar o número de multiplicadores para ofertar cursos e/ou unidades
curriculares (técnicos, graduação e pós-graduação) que tratem das áreas que
envolvem o desenvolvimento do hidrogênio junto à academia, à sociedade e ao
setor produtivo;
• Atuar em conjunto com demais órgãos públicos e privados para o
desenvolvimento de patentes, livros, materiais didáticos, publicações técnico-
científicas e grupos de pesquisa para suporte às ações de capacitação de
recursos humanos para o hidrogênio;
• Elaborar programa de capacitação sobre hidrogênio de baixa emissão de
carbono no âmbito do setor público, em particular módulos para colaboradores
que atuem ou busquem atuar em atividades de autorização/normatização
técnica e licenciamento socioambiental que requeiram competências para
avaliação de projetos de hidrogênio nas diversas esferas governamentais, bem
como promover a capacitação de agentes de governo que atuarão com políticas
públicas para o desenvolvimento do hidrogênio no Brasil; e
• Promover o intercâmbio entre o setor público, privado e a academia como
forma de melhor desenvolver os perfis profissionais necessários, identificar
infraestruturas necessárias ao pleno desenvolvimento da cadeia do hidrogênio.

Nesta Câmara Temática, foram definidas as seguintes componentes:

• Componente 1: Capacitação de nível técnico e profissional;


• Componente 2: Recursos humanos e disciplinas em nível de graduação e
pós-graduação;
• Componente 3: Patentes, livros, publicações técnico-científicas e grupos de
pesquisa;
• Componente 4: Capacitação no âmbito do setor público; e
• Componente 5: Intercâmbio entre o setor público, privado e academia.

Diversas ações previstas no Plano Trienal associadas a esta Câmara Temática já


estão em andamento, conforme descrito na Tabela 2 a seguir.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 27


Id ação Entregas em andamento e/ou finalizadas

2.3. - O curso de Pós-graduação em Hidrogênio Verde foi concluído no primeiro


semestre de 2023 ¹² , ficando para conclusão no segundo semestre os demais níveis
de formação.

2.4.1. - Com o apoio do Projeto H2Brasil, foi executada a capacitação de 300 profissionais
(instrutores do SENAI e professores das Universidades e Institutos Federais) para
a multiplicação de conhecimentos avançados sobre hidrogênio, num currículo de
120 horas.

2.4.3. - Por meio do Projeto H2Brasil, estão sendo ofertadas 8 Masterclass sobre o
tema do hidrogênio, que já passam de 700 inscrições: 1) Introdução ao H2Verde
PtX – Curso de Nivelamento; 2) Eletrônica de potência associada aos sistemas
de H2Verde; 3) Cadeia de valor energético e de emissões de sistemas baseados
em H2V; 4) Planejamento energético e sistemas de geração de H2Verde; 5)
Eletrolisadores e Células a Combustível – os desafios da indústria nacional; 6)
Planejamento e gerenciamento de projetos H2VPtX; 7) Padrões e regulações
globais de descarbonização; e 8) Armazenamento, distribuição e reabastecimento
Tabela 2 – Entregas em andamento e/ veicular de H2.
ou finalizadas da Câmara Temática de
Capacitação de Recursos Humanos
previstas no Plano Trienal 2023 – 2025.

4.3 Planejamento Energético


A Câmara Temática de Planejamento Energético é coordenada pelo Ministério
de Minas e Energia (MME) e possui como objetivo aprimorar a representação e a
modelagem da cadeia energética do hidrogênio de baixa emissão de carbono no
processo de planejamento energético oficial brasileiro.

São objetivos específicos dessa Câmara Temática:


• Realizar estudos de oferta, logística (transporte e armazenamento),
conversão e consumo de hidrogênio e seus derivados, levando em conta as
dimensões socioeconômica, energética e ambiental.

Nesta Câmara Temática, foram definidas as seguintes componentes:


• Componente 1: Potencial de oferta de hidrogênio e de seus derivados no
Brasil;
• Componente 2: Potencial de demanda de hidrogênio e de seus derivados
¹² Mais informações sobre o curso estão no Brasil;
disponíveis em: CLIQUE AQUI . • Componente 3: Impacto do balanço oferta-demanda de hidrogênio e de

28 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


seus derivados na logística energética brasileira;
• Componente 4: Impactos socioambientais e sobre recursos hídricos
decorrentes da produção, transporte, armazenamento, conversão e uso de
hidrogênio e de seus derivados; e
• Componente 5: Bases de dados, informações e ferramental de modelagem.

Diversas ações previstas no Plano Trienal associadas a esta Câmara Temática já


estão em andamento, conforme descrito na Tabela 3 a seguir.

Entregas em andamento e/ou finalizadas Id ação

- Estudos de potencial de produção de hidrogênio a partir de eólica, solar, 1.1


biomassa e gás natural com CCS (vinculados ao projeto H2Brasil): em execução.

- Fact Sheet sobre e-fuels e hidrogênio: em elaboração pela EPE. 1.1

- Estudo sobre hidrogênio associado ao Plano Nacional de Fertilizantes 2.1.i


(PLANFERT): em elaboração pela EPE.

- Informe sobre custos de diferentes rotas de hidrogênio em refinarias: 2.1.ii


publicado pela EPE em dezembro de 2022.

- Cenários de expansão da malha de transmissão e de transporte de gás natural 3.1.ii


(vinculados ao projeto H2Brasil): em execução.

- Inclusão do hidrogênio no Balanço Energético Nacional (BEN): em elaboração 5.1.i


pela EPE.

- Desenvolvimento da plataforma H2 Brasil, parceria entre MME e EPE: em 5.1.iii


execução.
Tabela 3 – Entregas em andamento e/
ou finalizadas da Câmara Temática de
Planejamento Energético previstas no
4.4 Arcabouço Legal e Regulatório-Normativo Plano Trienal 2023 – 2025.

A Câmara Temática de Arcabouço Legal e Regulatório-Normativo é coordenada


pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e possui como objetivo aperfeiçoar o
arcabouço institucional, legal e infralegal visando ao desenvolvimento do hidrogênio
de baixa emissão de carbono no Brasil.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 29


São objetivos específicos dessa Câmara Temática:

• Remover barreiras no arcabouço legal e regulatório-normativo que


dificultem a atração de investimentos ao setor, considerando: alinhamento
dos normativos nacionais com internacionais; interrelações entre setores;
normas relacionadas à segurança e a novos usos e tecnologias.

Nesta Câmara Temática, foram definidas as seguintes componentes:


• Componente 1: Aperfeiçoamentos dos arcabouços institucional, legal e
infralegal;
• Componente 2: Códigos, normas, padrões e certificações expedidos
pelas instituições nacionais em consonância com regras internacionais /
Mecanismos de certificação para a intensidade de carbono nas cadeias do
hidrogênio e derivados;
• Componente 3: Interrelações entre setores, harmonizações e cooperação
entre agências governamentais;
• Componente 4: Normas adicionais relativas à segurança; e
• Componente 5: Regulação, códigos, normas, padrões de novos usos e
tecnologias.

Diversas ações previstas no Plano Trienal associadas a esta Câmara Temática já


estão em andamento, conforme descrito na Tabela 4 a seguir.

Id ação Entregas em andamento e/ou finalizadas

1.1. e 1.2. - Elaboração de minuta de marco legal para hidrogênio de baixa emissão de carbono
em fase final pelo Ministério de Minas e Energia, após sugestões feitas pela EPE.

2.1.1. e 2.1.2. - Realização de estudos sobre esquemas de certificação de hidrogênio de baixa


emissão de carbono em curso pela CCEE.

2.2.1. - Engajamento e participação ativa dos atores do governo brasileiro nas discussões
da Clean Energy Ministerial Hydrogen Initiative (CEM H2I);
- Participação na força tarefa da International Partnership for Hydrogen and Fuel
Cells in the Economy para certificação (IPHE H2CM TF);
Tabela 4 – Entregas em andamento e/ - Ingresso na Hydrogen TCP, discussão técnica liderada pela Agência Internacional de
ou finalizadas da Câmara Temática de Energia na qual está sendo lançado grupo de trabalho sobre certificação. Nessa frente
Arcabouço Legal e Regulatório-Normativo de trabalho, o Brasil já formalizou seu interesse em participar do comitê executivo;
previstas no Plano Trienal 2023 – 2025. - Envio de contribuições do Governo Brasileiro para o Ato Delegado¹³ da União
Europeia sobre hidrogênio; e
¹³Mais informações estão disponíveis em: - Envio de contribuições para o H2 Global.
CLIQUE AQUI

30 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


4.5 Neoindustrialização, Mercado e
Competitividade
A Câmara Temática de Neoindustrialização, Mercado e Competitividade é
coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
(MDIC) e possui como objetivo desenvolver e consolidar o mercado de hidrogênio
no Brasil e a inserção internacional do país em bases economicamente competitivas.

São objetivos específicos dessa Câmara Temática:


• Mapear a cadeia de valor do hidrogênio no Brasil, identificando demandas
de rápida disseminação para aplicação do hidrogênio e considerando
aspectos relativos a financiamento, precificação de carbono e infraestrutura;
e
• Apoiar a construção da estratégia brasileira de hidrogênio, como
alternativa energética, a fim de ampliar a competitividade do país e cumprir
com os compromissos do Acordo de Paris.

Nesta Câmara Temática, foram definidas as seguintes componentes:


• Componente 1: Cadeia de valor do hidrogênio no Brasil: mapeamento;
potenciais regionais e inserção do país na cadeia internacional de valor
considerando competitividade, nas diferentes rotas, em comparação com
outros países;
• Componente 2: Demandas de rápida disseminação para aplicação
do hidrogênio e agregação de demanda para viabilização de projetos e
tecnologias, reduzindo custos de transação;
• Componente 3: Aspectos tributários e incentivos já existentes, política
internacional de taxação nas importações, e necessidades e condições de
financiamento;
• Componente 4: Impactos da precificação de carbono e avaliação do efeito
indutor dos investimentos, incluindo mecanismos de ajuste de carbono na
fronteira; e
• Componente 5: Infraestrutura existente para transporte e estocagem de
hidrogênio, inclusive em mistura com gás natural.
Diversas ações previstas no Plano Trienal associadas a esta Câmara
Temática já estão em andamento, conforme descrito na Tabela 5 a seguir.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 31


Id ação Entregas em andamento e/ou finalizadas

1.2. - Estudo sobre mapeamento da cadeia produtiva do hidrogênio no Brasil


em elaboração pela EPE e BNDES. Cooperação técnica do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços com Banco Mundial para estudos
sobre a cadeia de valor do hidrogênio no Brasil.

3.3. - Proposta de ajustes ao texto do Decreto 8.874/2016, apresentada pelo Ministério


de Minas e Energia ao Ministério da Fazenda.

3.4. - Aprovação da proposta de Plano de Investimento do Brasil¹⁴ para o Renewable


Energy Integration Program do Climate Investment Funds (CIF-REI), a partir
da iniciativa do Ministério de Minas e Energia e do Ministério da Fazenda,
possibilitando acesso a recursos concessionais da ordem de US$ 35 milhões para
Tabela 5 – Entregas em andamento a instalação do hub de hidrogênio verde no Porto do Pecém, localizado no Ceará.
e/ou finalizadas da Câmara Temática
de Neoindustrialização, Mercado e
Competitividade previstas no Plano
Trienal 2023 – 2025.

¹⁴ Mais informações podem ser obtidas em:


CLIQUE AQUI

32 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


5
REFERÊNCIAS

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 33


CLIQUE AQUI Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 2022.
Hidrogênio de baixo carbono: oportunidades para o protagonismo brasileiro na
produção de energia limpa.

CLIQUE AQUI BloombergNEF (BNEF). 2023. Energy Transition Factbook.

CLIQUE AQUI Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) et al. 2023. Neutralidade de
carbono até 2050: Cenários para uma transição eficiente no Brasil.

CLIQUE AQUI Confederação Nacional da Indústria (CNI). 2022. Hidrogênio sustentável:


perspectivas e potencial para a indústria brasileira.

CLIQUE AQUI Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 2021. Bases para a consolidação da
Estratégia Brasileira do Hidrogênio.

CLIQUE AQUI Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 2022a. Balanço Energético Nacional 2022
– Ano base 2021.

CLIQUE AQUI Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 2022b. Produção e consumo de hidrogênio
em refinarias no Brasil.

CLIQUE AQUI Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 2023. Painel de dados de potencial técnico
de produção de hidrogênio. Acesso em: 07 ago 2023.

34 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Hydrogen Council. 2020. Path to hydrogen competitiveness: a cost perspective. CLIQUE AQUI

International Energy Agency (IEA). 2021a. Ammonia Technology Roadmap: CLIQUE AQUI
Towards more sustainable nitrogen fertiliser production.

International Energy Agency (IEA). 2021b. Hydrogen in Latin America: From near- CLIQUE AQUI
term opportunities to large-scale deployment.

International Energy Agency (IEA). 2022. Global Hydrogen Review 2022. CLIQUE AQUI

International Energy Agency (IEA). 2023. Towards hydrogen definitions based on their CLIQUE AQUI
emissions intensity.

LAZARD. 2021. Lazard’s Levelized Cost of Hydrogen Analysis. CLIQUE AQUI

Ministério de Minas e Energia (MME). 2022. Plano Decenal de Expansão de CLIQUE AQUI
Energia 2031.

Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa CLIQUE AQUI


(SEEG). 2022.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 35


36
I APÊNDICE I
PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025
Nome

Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece)


Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)
Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM)
Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (ABDIB)
Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR)
Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)
Associação Brasileira de Engenharia Industrial (ABEMI)
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação (ABRAZPE)
Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2)
Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA)
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)
Casa Civil da Presidência da República (CC)
Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (CEPEL)
Centro Federal Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ)
Centro Federal de Educação Profissional de Minas Gerais (CEFET-MG)
Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM)
Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Confederação Nacional do Comércio (CNC)
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) Gmbh
Eletronuclear
Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii)
Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)
Fórum Nacional dos Secretários de Estado de Minas e Energia (FNSEME)
Fundação Educacional de Inaciana (FEI)
Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM)
Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP)
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN)
Instituto Euvaldo Lodi (IEL/CNI)
Instituto Federal da Bahia (IFBA)
Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC)

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 37


Nome

Instituto Federal de São Paulo (IFSP)


Instituto Federal do Ceará (IFCE)
Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN)
Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia (INMETRO)
Instituto Nacional de Tecnologia (INT)
Instituto SENAI de Inovação de Energias Renováveis (ISI-ER)
Ministério da Agricultura e Pecuária (MAP)
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
Ministério da Educação (MEC)
Ministério da Fazenda (MF)
Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR)
Ministério das Relações Exteriores (MRE)
Ministério de Minas e Energia (MME)
Ministério de Portos e Aeroportos (MPor)
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)
Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA)
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)
Ordem dos Advogados do Brasil - Rio de Janeiro (OAB/RJ)
Parque Tecnológico de Itaipu (PTI)
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/CNI)
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Universidade Federal de Engenharia de Itajubá (UNIFEI)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS)

38 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


II
APÊNDICE II
PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 39
Apêndice II
Ações propostas no ciclo 2023 – 2025 para as cinco Câmaras Temáticas que
compõem o Programa Nacional do Hidrogênio.

Fortalecimento das Bases Científico-Tecnológicas

Componente 1
Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

AÇÃO 1.1. Proposição de chamadas públicas e/ou encomendas para apoiar projetos
de PD&I nas temáticas do Programa Nacional do Hidrogênio para o Triênio
2023-2025.

ATORES ENVOLVIDOS A ser definido no âmbito da governança entre os membros dos comitês do Fundo
Nacional de Desen-volvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com destaque
para os representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações Inovação
(MCTI); Ministério de Minas e Energia (MME); Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel); e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), Financiadores de Estudos e Projetos (Finep); e Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

RESPONSÁVEL Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

PRAZO 36 (trinta e seis) meses - contados a partir da aprovação no plano trienal pelo Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Elaborar e apresentar até quatro iniciativas de Chamadas Públicas e/ou Encomendas
no âmbito dos Programas Estruturantes e Mobilizadores do FNDCT, para apoio às
temáticas estratégicas de PD&I do PNH2.

INDICADOR Número de iniciativas implementadas.

40 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


1.2. Contratar, acompanhar e avaliar a execução dos projetos de PD&I AÇÃO
selecionados nas Chamadas Públicas do MCTI, do CNPq e da FINEP de apoio
à Iniciativa Brasileira do Hidrogênio (IBH2) e ao Programa Nacional do
Hidrogênio (PNH2), lançadas em 2022.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Conselho Nacional de ATORES ENVOLVIDOS


Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP); e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT).

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Conselho Nacional de RESPONSÁVEL


Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Financiadora de Estudos e Projetos
(FINEP).

36 (trinta e seis) meses - a contar do início efetivo do projeto (aprovação e PRAZO


liberação do recurso).

Contratação, acompanhamento e avaliação de, no mínimo, 45 (quarenta e cinco) ENTREGÁVEL / RESULTADO


projetos de P,D&I selecionados nas chamadas do MCTI em 2022: Chamada FINEP/
MCTI/FNDCT de Subvenção Econômica à Inovação – 08/2022 - Linha Temática III
– Desenvolvimento de tecnologias nacionais de produção, armazenamento e uso de
hidrogênio sustentável no setor de transportes; Chamada CNPq/MCTI/FNDCT N°
24/2022 de Apoio ao SisH2; Chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 18/2022 - Linha 4
– Hidrogênio sustentável (produção, armazenamento e uso do hidrogênio, células a
combustível e outras aplicações no setor de transporte e combustíveis).

Projetos contratados e avaliados. INDICADOR

1.3. Chamadas Públicas para credenciamento de novas Unidades e Centros de AÇÃO


Competência EMBRAPII nas temáticas do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2).

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI); Financiadora de Estudos e ATORES ENVOLVIDOS


Projetos (FINEP); Ministério de Minas e Energia (MME); Ministério da Educação
(MEC) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII); e
Instituições de Ciência Tecnologia (ICT).

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Empresa Brasileira de RESPONSÁVEL


Pesquisa e Inovação In-dustrial (EMBRAPII).

36 meses PRAZO

Novas ICT selecionadas e credenciadas na EMBRAPII aptas a desenvolverem ENTREGÁVEL / RESULTADO


projetos do PD&I no âmbito do PNH2, condicionado à viabilização de recursos
orçamentários destinados a créditos não-reembolsáveis do FNDCT para a
EMBRAPII via contrato de gestão para o triênio 2023-2025.

Número de novas instituições credenciadas na EMBRAPII. INDICADOR


PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 41
AÇÃO 1.4. Criar linha(s) de crédito(s) para financiamento empresarial reembolsável
para a cadeia de valor do hidrogênio, incluindo a produção, o armazenamento,
o transporte, a segurança e o uso.

ATORES ENVOLVIDOS Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Financiadora de Estudos


e Projetos (FINEP); Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES); e empresas.

RESPONSÁVEL Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e/ou Banco Nacional de Desenvolvimento


Econômico e Social (BNDES).

PRAZO 36 meses

ENTREGÁVEL / RESULTADO Linha de crédito disponibilizada para utilização de recursos em projetos que
envolvam riscos tecnológicos e/ou industriais na cadeia de valor do hidrogênio,
para o triênio 2023-2025.

INDICADOR Linha de crédito criada.

Componente 2
Fortalecimento da Infraestrutura de PD&I

AÇÃO 2.1. Implantação do Sistema Brasileiro de Laboratórios em Hidrogênio SisH2-MCTI

ATORES ENVOLVIDOS Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Conselho Nacional de


Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Ministério da Educação (MEC);
e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT).

RESPONSÁVEL Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

PRAZO 18 meses, contado a partir da aprovação no plano trienal no Coges.

ENTREGÁVEL / RESULTADO Assinatura de até 12 (doze) termos de adesão dos laboratórios selecionados pela
Chamada Pública 24/2022 do CNPq/MCTI de apoio ao SisH2-MCTI.

INDICADOR Termo de adesão assinado/publicado

42 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


2.2. Fortalecimento do Sistema Brasileiro de Laboratórios em Hidrogênio AÇÃO
SisH2-MCTI

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Conselho Nacional de ATORES ENVOLVIDOS


Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Instituições de Ciência e
Tecnologia (ICT).

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) RESPONSÁVEL

36 meses, contado a partir da aprovação no plano trienal no Coges. PRAZO

Seleção de até 10 (dez) laboratórios adicionais para o fortalecimento do SisH2- ENTREGÁVEL / RESULTADO
MCTI, por meio da contratação de projetos já aprovados e não contemplados no
edital 24/2022 e/ou realização de nova seleção.

Laboratórios contratados/selecionados INDICADOR

2.3. Estabelecer parcerias com Fundações/Governos Estaduais para AÇÃO


contrapartida em projetos de infraestrutura de PD&I.

Membros da Câmara Temática de Planejamento Energético do PNH2 e instituições ATORES ENVOLVIDOS


convidadas, tais como Fundações de Amparo à Pesquisa (FAP’s) e Secretarias de
Ciência e Tecnologia de Governos Estaduais.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) RESPONSÁVEL

36 meses, contado a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Elaboração de, no mínimo, 1 (um) instrumento para o alavancamento de ENTREGÁVEL / RESULTADO


investimentos em infraestrutura de P,D&I no País até 2025.

Instrumento publicado (instrumento formalizado por meio de acordos de INDICADOR


cooperação, convênios, termos de outorga, acordos de parceria, entre outros
instrumentos jurídicos necessários para viabilizar o financiamento e a execução das
iniciativas abarcadas)

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 43


Componente 3
Incentivo ao Empreendedorismo
AÇÃO 3.1. Fomento a Startups e ao processo de inovação aberta em Hidrogênio no
âmbito do Programa de Inovação em Hidrogênio Verde (iH2Brasil).

ATORES ENVOLVIDOS Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Ministério de Minas e Energia
(MME); GIZ – Projeto H2 Brasil, Aliança Brasil-Alemanha para o Hidrogênio Verde,
AHK Rio, AHK São Paulo e Startups.

RESPONSÁVEL Ministério de Minas e Energia (MME)

PRAZO 12 meses, contados a partir da aprovação no plano trienal pelo Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Realização da 3ª edição do Programa iH2Brasil, para aceleração e apoio a startups,
instituições sem fins lucrativos e entusiastas no desenvolvimento de soluções
voltadas à cadeia de produção e uso do hidrogênio proveniente de fontes
renováveis. Programas de inovação com outras rotas tecnológicas e/ou outros
parceiros internacionais também serão considerados, quando estiverem com sua
estruturação finalizadas.

INDICADOR Número de Startups, instituições sem fins lucrativos e entusiastas apoiados.

AÇÃO 3.2. Fomento a startups e ao processo de inovação aberta em hidrogênio no


âmbito do Programa Conecta Startup Brasil

ATORES ENVOLVIDOS Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Conselho Nacional de


Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Softex e Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI); e Startups.

RESPONSÁVEL Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

PRAZO 36 meses, contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Chamada pública para apoio financeiro para até 10 startups no desenvolvimento de
soluções voltadas à cadeia de produção e uso do hidrogênio

INDICADOR Número de startups apoiadas

44 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Componente 4
Projetos Cooperativos e Redes de PD&I
4.1. Estruturação da Rede MCTI em Economia do Hidrogênio AÇÃO

Membros da Câmara Temática de Planejamento Energético do PNH2; Financiadora ATORES ENVOLVIDOS


de Estudos e Projetos (Finep); e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq).

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). RESPONSÁVEL

12 meses, contados a partir da aprovação no plano trienal pelo Coges PRAZO

Instituir até 2024, no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação ENTREGÁVEL / RESULTADO
(MCTI) e de sua Política de Gestão baseada em redes, o Comitê de Especialistas em
Economia do Hidrogênio.

Portaria publicada INDICADOR

4.2. Estruturação da uma Rede MCTI/EMBRAPII que abarque a temática de AÇÃO


Inovação em Hidrogênio

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Ministério da Educação ATORES ENVOLVIDOS


(MEC) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII).

Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII). RESPONSÁVEL

12 meses, contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Instituir até 2024 um ecossistema integrado de Unidades EMBRAPII que ENTREGÁVEL / RESULTADO
contemplem a temática do hidrogênio. Seu objetivo será estimular e fomentar a
atividade de PD&I entre centros de pesquisa e empresas, por meio do incentivo ao
uso e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, segundo o modelo EMBRAPII
de financiamento tripartite.

Rede EMBRAPII instituída ou reformada e temática integrada. INDICADOR

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 45


AÇÃO 4.3. Desenvolvimento de projetos cooperativos na modalidade “Basic Funding
Alliance” no âmbito da rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Hidrogênio.

ATORES ENVOLVIDOS Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Ministério da Educação


(MEC); Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII);
Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT) e empresas.

RESPONSÁVEL Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII).

PRAZO 36 meses, contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Apoio a projetos cooperativos de PD&I no âmbito da rede MCTI/EMBRAPII de


Inovação em Hidrogênio, condicionado à viabilização de recursos orçamentários
destinados a créditos não reembolsáveis do FNDCT para a EMBRAPII, via contrato
de gestão, para o triênio 2023-2025. A modalidade “Basic Funding Alliance” visa
apoiar tecnologias mais disruptivas e nas fases de TRL’s mais baixos (de 2 a 4).
Nestes projetos, a parte Embrapii pode chegar a 90% do total do orçamento
proposto, com apenas 10% de empresas. Por serem projetos mais complexos,
exige-se a participação de pelo menos duas unidades Embrapii e pelo menos três
empresas (uma startup e duas outras empresas).

INDICADOR Contrato de gestão firmado com recurso disponível para o PNH2

AÇÃO 4.4. Estruturação e lançamento de uma chamada estratégica para projetos de


pesquisa e desenvolvimento, e inovação (PD&I) tendo o hidrogênio como tema
central no âmbito do setor elétrico

ATORES ENVOLVIDOS Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel); Con-cessionárias do Setor Elétrico; Indústrias; e Instituições de
Ciência e Tecnologia (ICT).

RESPONSÁVEL Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

PRAZO 18 meses, contados a partir da aprovação no plano trienal pelo Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Promover o lançamento, o julgamento e a divulgação de resultado de chamada


estratégica na área de hidrogênio energético no âmbito do PD&I regulado Aneel

INDICADOR Chamada julgada e resultado divulgado

46 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


4.5. Promoção de iniciativas de cooperação internacional visando à realização AÇÃO
de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, de forma cooperativa
entre instituições e redes nacionais e internacionais

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Ministério das Relações ATORES ENVOLVIDOS
Exteriores (MRE); Ministério de Minas e Energia (MME); Ministério do
Desenvolvimento, Industria, Comércio e Serviços (MDIC); Financiadora de Estudos
e Projetos (Finep); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecno-
lógico (CNPq); e Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT).

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) RESPONSÁVEL

24 meses, contados a partir da aprovação no plano trienal pelo Coges PRAZO

Promoção de, pelo menos, cinco iniciativas estruturantes, como missões, assinatura ENTREGÁVEL / RESULTADO
de atos ou ações conjuntas envolvendo ICTS, agências de fomento e empresas
nacionais e internacionais, visando projetos cooperativos na área de hidrogênio

Número de iniciativas de cooperação internacional


INDICADOR

Componente5 Estudos, Diagnósticos e


Divulgação Científica e Tecnológica
5.1. Promoção de Eventos de Divulgação Científica-Tecnológica
AÇÃO
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Financiadora de Estudos e
Projetos (FINEP); Mi-nistério de Minas e Energia (MME); Ministério da Educação ATORES ENVOLVIDOS
(MEC); Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII);
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);
Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2); Instituições de Ciência e Tecnologia
(ICT); e empresas.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Associação Brasileira do


Hidrogênio (ABH2). RESPONSÁVEL

36 meses, contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges


PRAZO
Realização de, no mínimo, três eventos nacionais de divulgação científica-
tecnológica no País até 2025, com destaque para as próximas edições do Congresso ENTREGÁVEL / RESULTADO
Brasileiro de Hidrogênio e um evento internacional relevante apoiado realizado no
Brasil ou no exterior.

Evento(s) realizado(s) e/ou apoiados.


INDICADOR

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 47


AÇÃO 5.2. Elaboração de Estudos e Diagnósticos

ATORES ENVOLVIDOS Membros da Câmara Temática de Planejamento Energético do PNH2 e instituições


convidadas

RESPONSÁVEL Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Ministério de Minas e Energia


(MME); Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE); Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial (ABDI); e Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2).

PRAZO 36 meses, contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Elaboração de, no mínimo, seis estudos e diagnósticos até 2025, com prioridades
para as temáticas ligadas aos desafios do hidrogênio, tais como impactos ambientais,
mapeamento de competências em CTI e na cadeia de valor, benefícios econômicos
e sociais, propriedade intelectual, iniciativas nacionais e internacionais, barreiras
para exportação, gargalos tecnológicos, entre outras temáticas identificadas como
relevantes para o Programa.

INDICADOR Estudo(s) e/ou diagnóstico(s) realizado(s).

Capacitação de Recursos Humanos

Componente 1
Capacitação de nível técnico e profissional
AÇÃO 1.1 Elaborar mapa do conhecimento da cadeia de valor do hidrogênio no Brasil,
identificando disponibilidade de capacitação de nível técnico e profissional nas
instituições de ensino do país, bem como as lacunas de capacitação desses níveis
de formação no Brasil, e realizar mapeamentos para identificar infraestrutura
(laboratórios/equipamentos), número de profissionais (docentes/instrutores),
materiais didáticos (livros/cartilhas/guias) existentes para processos de
capacitação profissional;
Etapas da elaboração do Mapa do conhecimento da cadeia de valor do hidrogênio
no Brasil:
1.1.1 - Definir nível de desagregação dos elos da cadeia de valor do hidrogênio;
1.1.2 - Identificar perfis técnico e profissional disponíveis a partir das bases de
cursos oferecidos nas instituições de ensino do sistema MEC e MCTI (inclusive
CAPES e CNPq);
1.1.3 - Validar e revisar perfis identificados no levantamento com empresas que
atuam na produção, uso, logística e comercialização do hidrogênio;
1.1.4 - Identificar lacunas de perfis técnico e profissional dos elos da cadeia de valor
do hidrogênio;
48 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025
1.1.5 - Construir mapa do conhecimento em formato matricial (quadro de dupla-
entrada) para cruzar perfis técnico e profissional das etapas da cadeia de valor do
hidrogênio e instituições de ensino que fornecem as capacitações;
1.1.6 - Disponibilizar e divulgar o mapa do conhecimento da cadeia de valor do
hidrogênio;
1.1.7 - Definir diretriz para oferecimento de cursos de capacitação em perfis não
oferecidos no Brasil;
1.1.8 - Avaliar a elaboração de plataforma eletrônica (portal web) para facilitar a
identificação de oferta de cursos de capacitação por perfil técnico e profissional
nas instituições de ensino do Brasil e a respectiva, se for o caso, elaboração de um
termo de referência; e
1.1.9 - Propor sistemática e governança de acompanhamento do número de
recursos humanos formados por perfil técnico e profissional por elo da cadeia, bem
como suas remunerações percebidas (se possível);

1.2 Ampliar o número de laboratórios/equipamentos nas redes de ensino, para AÇÃO


suporte às ativi-dades de capacitação de recursos humanos para o hidrogênio;
1.2.1 - Publicar editais e chamadas públicas para fomento à implantação/ampliação
de laboratórios de hidrogênio com vistas à ampliação da oferta de cursos e de
profissionais para os setores do hidrogênio.

MEC, Universidades, Instituições Federais de Educação Profissional e Tecnológica, ATORES ENVOLVIDOS


ABH2, EPE, IEL, demais organizações pertencentes a Câmara Temática de
Capacitação de Recursos Humanos

MEC RESPONSÁVEL

12 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

1.1.1 - Mapa do conhecimento da cadeia de valor do hidrogênio ENTREGÁVEL / RESULTADO


1.1.2 - Mapa de oferta existente de profissionais para atuação junto ao hidrogênio
1.1.3 e 1.1.4 - Diretriz para oferecimento de cursos de capacitação em perfis
profissionais para o desen-volvimento do hidrogênio no Brasil
1.1.5, 1.1.6 e 1.1.7 - Mapa de conhecimento matricial perfis profissionais X
instituições ofertantes
1.1.8 - Construção de plataforma eletrônica para os mapas do conhecimento e
ofertas existentes
1.1.9 - Sistemática e governança do número de recursos humanos formados por
perfil técnico e profissio-nal por elo da cadeia de valor
1.2.1 – Editais e chamadas públicas publicados

Percentual de execução dos resultados. INDICADOR


% de execução = Número de etapas executadas / Total de etapas a serem executadas
(validadas na Con-sulta Pública)

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 49


AÇÃO 1.3 Aplicar formulários para coleta de dados junto às unidades de ensino das
redes de educação técnica profissional e superior

ATORES ENVOLVIDOS Parceiros, membros da Câmara e das Associações dos dirigentes, das redes de
educação técnico-profissional e superior

RESPONSÁVEL Coordenação e relatoria da Câmara de Capacitação de Recursos Humanos com


apoio do Programa Ener-gIFE, do IEL, do CNPq e da UNIFEI

PRAZO Abril a julho de 2023

ENTREGÁVEL / RESULTADO Banco de dados e painéis gráficos com acesso público sobre os recursos para o
desenvolvimento do hidrogênio, em relação à Capacitação de Recursos Humanos.

INDICADOR Quantidade de recursos existentes e planejados para implantação/desenvolvimento

AÇÃO 1.4 Caracterizar processos referentes à cadeia de valor do hidrogênio,


mapeando quais profissi-onais são necessários para a realização das atividades,
visando identificar as demandas por profissionais ao longo da cadeia de valor do
hidrogênio, considerando todas as tecnologias de produção, armazenamento,
transporte, uso e outras atividades complementares, junto ao setor produtivo.

ATORES ENVOLVIDOS ABH2, MEC, MCTI, SENAI e associações com atuação na área, com apoio da EPE,
do MME e do Programa EnergIFE.

RESPONSÁVEL ABH2

PRAZO Fevereiro a julho de 2023

ENTREGÁVEL / RESULTADO Conhecer a caracterização de processos e demanda atual por profissionais na


área de hidrogênio, de forma a permitir projetar demanda futura. Conhecer os
perfis mais necessários de forma a permitir ações para formação dos profissionais
envolvidos.

INDICADOR Levantamento junto às federações das indústrias estaduais

50 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Componente 2
Recursos humanos e disciplinas
em nível de graduação e pós-graduação
2.1 Mapear competências e atribuições de carreiras atuais e identificar sinergias AÇÃO
com a área do hidrogênio. Levantamento do quadro de pesquisadores da instituição
com formação e interesse em Energias Renováveis e Tecnologia do Hidrogênio

SETEC, SESU, Instituições Educacionais e Câmara Temática de Fortalecimento das ATORES ENVOLVIDOS
Bases Científico-Tecnológicas

MEC e ABH2 RESPONSÁVEL

24 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

2.1 Conhecer competências e atribuições em formações acadêmicas e profissionais ENTREGÁVEL / RESULTADO


atuais, de forma a fomentar sinergias para atuações na cadeia de valor do hidrogênio,
inclusive propondo eventuais mudanças nas carreiras atuais ou a criação de novas
carreiras.

Levantamento direcionado às Pró-Reitorias de Graduação e de Pós-Graduação das INDICADOR


Instituições de Educação e instituições de ensino técnico e tecnólogo.

2.2 Propor disciplinas optativas e inserção de unidades curriculares sobre AÇÃO


Energias Renováveis e Eficiência Energética ofertadas para os cursos técnicos,
de graduação e pós-graduação.

Profissionais/docentes das IFE, do Sistema S, do Projeto H2-Brasil e do Programa ATORES ENVOLVIDOS


EnergIFE, IFES em geral, com destaques à UFMG, UFRGS, UNIFEI, UFC e UFRJ.

MEC RESPONSÁVEL

24 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Unidades curriculares/ disciplinas desenvolvidas para os diferentes processos e ENTREGÁVEL / RESULTADO


uso do hidrogênio

Número de unidades desenvolvidas INDICADOR

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 51


AÇÃO 2.3 Estruturação de portfólio de cursos nos níveis de qualificação profissional
básica, habilitação técnica de nível médio e pós-graduação lato sensu na
perspectiva de Itinerários (Rotas) formativos. A ação visa capacitar os
profissionais que vão atuar nas usinas de produção de hidrogênio. A estratégia
de trabalho prevê reuniões remotas, visitas técnicas (benchmark) e participação
em programa de capacitação.

ATORES ENVOLVIDOS Comitê de Especialistas do SENAI (RN, PR, SP, CE, SC e BA), coordenado pelo
SENAI – Departamento Na-cional.

RESPONSÁVEL SENAI – Departamento Nacional e MEC

PRAZO Em andamento, com previsão de conclusão no 1º semestre de 2023.

ENTREGÁVEL / RESULTADO Dois cursos de Qualificação Profissional, dois cursos de Especialização Técnica
(Pós-técnicos) e um curso de Pós-graduação Lato Sensu.

INDICADOR Número de cursos desenvolvidos.

AÇÃO 2.4. Formar docentes em conhecimentos sobre hidrogênio e suas cadeias produtivas;
Promover eventos anuais sobre pesquisa em Energias Renováveis, Sustentabilidade e
Tecnologia do Hidrogênio, incluindo o Congresso Brasileiro do Hidrogênio, realizado
pela ABH2;
Estimular docentes com formação em produção de hidrogênio e energias limpas
a realizarem pesquisa no tema, e atrair novos pesquisadores e estudantes a se
interessarem pelo tema;
Divulgar as atividades de pesquisa nas instituições em produção de hidrogênio e
energias limpas, fomentar o tema para a comunidade.

ATORES ENVOLVIDOS Docentes das unidades de ensino das redes de educação técnica e superior
(universidades, instituições da RFEPCT e sistema S), IEL, GIZ e ABH2.

RESPONSÁVEL MEC, MME, e parceiros do projeto H2-Brasil, Coordenação e relatoria da Câmara


de Capacitação de Recursos Humanos com apoio do Programa EnergIFE, do CNPq,
da UNIFEI e do IFBA

PRAZO 24 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO 2.4.1 - Capacitar docentes/instrutores nas diferentes redes de educação


profissional e superior no Brasil
2.4.2 – Realização de eventos anuais sobre o hidrogênio
2.4.3 - Ampliar o envolvimento de docentes e novos pesquisadores para o hidrogênio
2.4.4 - Divulgar os resultados das atividades com hidrogênio nas instituições

52 INDICADOR P1L-ANúmero
N O D E de
T Rprofissionais
A B A L H O T Rcapacitados
IENAL 2023-2025

2 – Número de eventos realizados


3 – Número de novos pesquisadores e alunos envolvidos
4 – Número de materiais de divulgação
2.5 Obter métricas quantitativas sobre taxas de formação de profissionais que AÇÃO
atuam na cadeia de valor do hidrogênio, a fim de prever novas oportunidades
de empregos e incentivas carreiras e linhas de pesquisa.

Setor produtivo, instituições de educação, SETEC, MCTI e associações com atuação ATORES ENVOLVIDOS
na área.

ABH2 RESPONSÁVEL

24 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Quantitativo de taxas de formação profissional e projeções de oportunidades de ENTREGÁVEL / RESULTADO


empregos.

Levantamento direcionado ao setor produtivo, às Pró-Reitorias de Graduação e INDICADOR


de Pós-Graduação das Instituições Federais de Educação e instituições de ensino
técnico e tecnólogo.

2.6 Estimular a formação de profissionais em ações de cooperação internacional AÇÃO


nas áreas das energias renováveis e eficiência energética, entre elas, a temática
do hidrogênio.

Profissionais/docentes das IFE, do Sistema S, do Projeto H2-Brasil e do Programa ATORES ENVOLVIDOS


EnergIFE, IFES em ge-ral.

MEC e MRE RESPONSÁVEL

24 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Quantitativo de taxas de formação profissional e projeções de oportunidades de ENTREGÁVEL / RESULTADO


empregos.

Criação de programa de bolsas para estágio de alunos no exterior. INDICADOR

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 53


AÇÃO 2.7 Formar docentes em conhecimentos sobre hidrogênio e suas cadeias
produtivas junto ao Projeto H2-Brasil

ATORES ENVOLVIDOS Docentes das unidades de ensino das redes de educação técnica e superior
(universidades, instituições da RFEPCT e sistema S), GIZ

RESPONSÁVEL MEC, MME e parceiros do projeto H2-Brasil como o Programa EnergIFE

PRAZO 24 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Capacitar docentes/instrutores nas diferentes redes de educação profissional e


superior no Brasil.

INDICADOR Número de profissionais capacitados

AÇÃO 2.8 Desenvolver curso introdutório, de curta duração, usando técnicas de


EaD, para disseminar conceitos que envolvem toda a cadeia de geração de
hidrogênio (rotas) e usos finais.

ATORES ENVOLVIDOS Profissionais/ docentes das IFE, do Sistema S, do Projeto H2-Brasil e do Programa
EnergIFE, agências reguladoras, ministérios e agentes de governo.

RESPONSÁVEL UNIFEI, H2-Brasil e Programa EnergIFE

PRAZO 12 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Desenvolvimento de curso de curta duração, em EaD, para disseminar conceitos
básicos da cadeia de geração de hidrogênio, desde suas rotas até seus usos finais.

INDICADOR Número de profissionais capacitados

54 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Componente3 Patentes,livros,publicações
técnico-científicas e grupos de pesquisa
3.1 – Estimular o surgimento de grupos de pesquisa junto aos NITs (Núcleos AÇÃO
de Inovação Tecnológica) para ações em hidrogênio, com vistas à ampliação da
publicação de patentes e artigos técnico-científicos.
3.2 – Incentivar a publicação de títulos sobre o hidrogênio por meio de
concursos e publicações patrocinadas
3.3 – Buscar a aproximação de grupos de pesquisa sobre o hidrogênio por meio
de eventos técnico-científicos

Profissionais/docentes das IFE, do Sistema S, do Projeto H2-Brasil, do Programa ATORES ENVOLVIDOS


EnergIFE, do MCTI e do MEC

Coordenação da Câmara de Capacitação de Recursos Humanos RESPONSÁVEL

36 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Ampliação do número de grupos de pesquisa, publicações e eventos sobre hidrogênio. ENTREGÁVEL / RESULTADO

3.1 - Número de grupos de pesquisa criados INDICADOR


3.2 - Número de publicações sobre hidrogênio
3.3 - Número de eventos técnico-científicos

 Componente 4
Capacitação no âmbito do setor público
4.1 Elaborar programa de capacitação sobre hidrogênio de baixo carbono no âmbito do AÇÃO
setor público, em particular módulos para colaboradores que atuem ou busquem atuar
em atividades de autorização/normatização técnica e licenciamento socioambiental
que requeiram competências para avaliação de projetos de hidrogênio nas diversas
esferas governamentais, bem como promover a capacitação de agentes de governo
que atuarão com políticas públicas para o desenvolvimento do hidrogênio no Brasil.

MME, MEC, EPE, Universidades, Institutos Federais, SENAI e Câmara Temática de ATORES ENVOLVIDOS
Capacitação de Recursos Humanos.

MME, MEC e ENAP RESPONSÁVEL

12meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Cursos de extensão estruturados: básico, intermediário e avançados ENTREGÁVEL / RESULTADO

Instrutores treinados INDICADOR


Colaboradores capacitados
P L A N O D E Número
T R A B A Lde
HO T R I E N A L 2oferecidos
treinamentos 023-2025 55
Número de colaboradores capacitados
Número de unidades federativas atendidas
AÇÃO 4.2 Selecionar profissionais/ docentes das redes de educação para elaboração
de disciplinas/ unidades curriculares/ cursos para o desenvolvimento do
hidrogênio no âmbito do setor público

ATORES ENVOLVIDOS Profissionais/docentes das IFE, do Sistema S, do Projeto H2-Brasil e do Programa


EnergIFE

RESPONSÁVEL Coordenação da Câmara de Capacitação de Recursos Humanos

PRAZO 36 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Unidades curriculares/disciplinas desenvolvidas para os diferentes processos e uso


do hidrogênio

INDICADOR Número de unidades desenvolvidas

AÇÃO 4.3 Desenvolvimento de um curso de pós-graduação (Lato-Sensu) para


formação de gestores públicos e especialistas na temática hidrogênio,
considerando todas as rotas de produção (upstream), diversos usos finais
(downstream) e regulação do setor.

ATORES ENVOLVIDOS Profissionais/docentes das IFE, do Sistema S, do Projeto H2-Brasil e do Programa


EnergIFE, agências re-guladoras, ministérios e agentes de governo.

RESPONSÁVEL UNIFEI, UFPR, UFRJ, H2-Brasil e Programa EnergIFE

PRAZO Ao longo dos 36 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Oferta de curso de pós-graduação Lato-Sensu para formação de gestores e


especialistas na temática do hidrogênio, para promover a capacitação de agentes de
governo que atuarão com políticas públicas para o desenvolvimento do hidrogênio
no Brasil.

INDICADOR Número de profissionais capacitados

56 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Componente 5
Intercâmbio entre o setor público, privado
e a academia
5.1 Criar iniciativas com linguagem moderna e facilitada em temas de AÇÃO
amplo acesso (terminologia, descarbonização, oportunidades de emprego,
desenvolvimento sustentável, “lendas urbanas”) para ampliar a discussão sobre
o hidrogênio além do âmbito acadêmico, junto aos setores público, privado e
sociedade.

Meios de Comunicação, Federações de Indústrias Estaduais, Institutos de Pesquisa, ATORES ENVOLVIDOS


Institutos Federais de Educação, Escolas Públicas e Privadas, MEC, MCTI, ABH2,
IEL e associações com atuação na área, coordenação da Câmara Temática de
Arcabouço Legal e Regulatório-Normativo.

MEC, MCTI, ABH2, associações com atuação na área e Câmara Temática de RESPONSÁVEL
Arcabouço Legal e Regulatório-Normativo.

24 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Promover a popularização do hidrogênio e de temas relacionados junto à sociedade ENTREGÁVEL / RESULTADO


em geral, oferecendo um acesso mais amplo e democrático à população. Aumentar
o grau de confiança sobre o hidrogênio quanto às questões de segurança associadas
a todas as etapas de sua cadeia de valor.

Desmistificação do hidrogênio e aumento do nível de conhecimento e aceitação INDICADOR


sobre o mesmo. Valorização de temas atuais que estão associados diretamente
ou indiretamente a cadeia do hidrogênio (terminologia, descarbonização,
desenvolvimento sustentável etc).

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 57


AÇÃO 5.2 Realizar parcerias público-privadas para formação profissional e despertar
do interesse pela ciência.

ATORES ENVOLVIDOS Instituições de Educação, Institutos de Pesquisa, ICTs, Federações das Indústrias
Estaduais, SENAI, escolas técnicas, ABH2, SETEC, SESU, CAPES, MCTI

RESPONSÁVEL ABH2, MEC, CAPES, MCTI

PRAZO 24 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Dinamização de conteúdos e permissão ao acesso e compartilhamento da


infraestrutura física dos parceiros (equipamentos, laboratórios, etc), possibilitando
o aumento do nível de formação envolvido e evitando o desperdício de recursos
públicos.

INDICADOR Ampliação do número de iniciativas previstas, como webinares, cursos


profissionalizantes, exposições, hackathon, SAE BRASIL & BALLARD Student H2
Challenge, bem como a qualidade na oferta de formação profissional em diversos
níveis.

58 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Planejamento Energético

Componente 1
Potencial de oferta de hidrogênio e de
seus derivados no Brasil
1.1. Estimar o potencial técnico e de economicidade de uso de recursos AÇÃO
energéticos para a produção do hidrogênio e seus derivados (amônia, metanol
etc.) no Brasil, inclusive considerando espacialização regional e restrições tais
como a disponibilidade hídrica e demanda por minerais estratégicos¹¹ para
desenvolvimento da economia do hidrogênio, a partir de: energia eólica (onshore
e offshore), energia solar (onshore e offshore), gás natural com CCUS, energia
nuclear, biomassas primárias (sólidas, líquidas e gasosas), energia hidrelétrica,
hidrogênio natural, biomassas secundárias (sólidas, líquidas e gasosas), carvão
com CCUS, eletrólise a partir do "grid", energia dos oceanos, geotermia e modelos
híbridos de negócio.

Membros da Câmara Temática de Planejamento Energético do PNH2 e instituições ATORES ENVOLVIDOS


convidadas

Coordenação da Câmara Técnica de Planejamento Energético RESPONSÁVEL

Conforme especificado no tópico “Entregável/Resultado” (a seguir), contado a PRAZO


partir da aprovação no plano trienal no Coges

Estudos selecionados dentro do portfólio apresentado no item “Ação” desta ficha, ENTREGÁVEL / RESULTADO
nos quantitativos indicados a seguir:
2023: Três estudos (duração: 12 meses)
2024: Dois estudos (duração: 18 meses)
2025: Dois estudos (duração: 18 meses)

Cálculo: (Número de estudos realizados no ano “t” sobre avaliação de potencial de INDICADOR
produção de hidrogênio e de seus derivados no Brasil) / (Número total de estudos
previstos no ano “t” sobre avaliação de potencial de produção de hidrogênio e de
seus derivados no Brasil)

¹⁵ A Resolução SGM/MME 2/2021, de 8 de


junho de 2021, define a relação de minerais
estratégicos para o país, de acordo com
critérios estabelecidos no art. 2º do Decreto
nº 10.657, de 24 de março de 2021.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 59


Componente 2
Potencial de demanda de hidrogênio e seus
derivados (amônia, metanol etc.) no Brasil
AÇÃO 2.1. Estimar potenciais técnicos e econômicos de uso do hidrogênio e seus
derivados em diversas aplicações nos setores de consumo: (i) Produção de
fertilizantes nitrogenados, (ii) Produção de combustíveis de baixo carbono em
refinarias; (iii) Demais processos industriais (química, siderurgia, mineração,
alimentos & bebidas etc.); (iv) Produção de combustíveis em bio-refinarias;
(v) Pólos industriais existentes e planejados; (vi) Mercado internacional
para exportação de hidrogênio e de seus derivados (potencial de “hubs” de
exportação); (vii) Transporte e mobilidade; (viii) Uso energético (não elétrico) em
edificações; (ix) Geração descentralizada de eletricidade (geração distribuída
e micro e mini geração distribuída); (x) Geração centralizada de eletricidade,
incluindo sistemas isolados; e (xi) Armazenamento de energia elétrica.

ATORES ENVOLVIDOS Membros da Câmara Temática de Planejamento Energético do PNH2 e instituições


convidadas

RESPONSÁVEL Coordenação da Câmara Técnica de Planejamento Energético

PRAZO Conforme especificado no tópico “Entregável/Resultado” (a seguir), contado a


partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Estudos selecionados dentro do portfólio apresentado no item “Ação” desta ficha,
nos quantitativos indicados a seguir:
2023: Três estudos (duração: 12 meses)
2024: Três estudos (duração: 18 meses)
2025: Dois estudos (duração: 18 meses)

INDICADOR Cálculo: (Número de estudos realizados no ano “t” sobre avaliação de potencial de
demanda de hidrogênio e de seus derivados no Brasil)/(Número total de estudos
previstos no ano “t” sobre avaliação de potencial de demanda de hidrogênio e de
seus derivados no Brasil)

60 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Componente3 Impacto do balanço oferta-demanda
de hidrogênio e seus derivados (amônia, metanol
etc.) na logística energética brasileira
3.1. Avaliar impactos da produção e consumo de hidrogênio e seus derivados AÇÃO
(amônia, metanol etc.) sobre a logística de transporte, armazenamento e
distribuição de hidrogênio e derivados no Brasil: (i) estudos de capacidade
atual e expansão/modernização da rede de transmissão de energia elétrica
(cenários); (ii) estudos de capacidade atual e expansão/modernização da rede
de transporte de gás natural (cenários); (iii) uso de infraestrutura de transporte
de gás natural para injeção de hidrogênio (cenários); (iv) estudos de expansão/
modernização da rede de polidutos para transporte de hidrogênio e de seus
derivados (cenários); (v) identificação de economicidade de alternativas de
modais de transporte e armazenamento de hidrogênio; (vi) identificação de
regiões propícias à aplicação de Captura, Utilização e Armazenamento de
carbono (CCUS) consorciado à produção de hidrogênio a partir de combustíveis
fósseis ou em Sistemas de Bioenergia com Captura e Armazenamento de
Carbono (BECCS).

Membros da Câmara Temática de Planejamento Energético do PNH2 e instituições ATORES ENVOLVIDOS


convidadas

Coordenação da Câmara Técnica de Planejamento Energético RESPONSÁVEL

Conforme especificado no tópico “Entregável/Resultado” (a seguir), contado a PRAZO


partir da aprovação no plano trienal no Coges

Estudos selecionados dentro do portfólio apresentado no item “Ação” desta ficha, ENTREGÁVEL / RESULTADO
nos quantitativos indicados a seguir:
2023: Dois estudos (duração: 12 meses)
2024: Um estudo (duração: 18 meses)
2025: Dois estudos (duração: 18 meses)

Cálculo: (Número de estudos realizados no ano “t” sobre avaliação de impactos do INDICADOR
balanço entre a oferta e a demanda de sobre a logística de transporte, armazenamento
e distribuição de hidrogênio e de seus derivados no Brasil)/(Número total de
estudos previstos no ano “t” sobre avaliação de impactos do balanço entre a oferta
e a demanda de sobre a logística de transporte, armazenamento e distribuição de
hidrogênio e de seus derivados no Brasil)

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 61


Componente 4 Impactos socioambientais e
sobre recursos hídricos decorrentes da produção,
transporte, armazenamento, conversão e uso de
hidrogênio e de seus derivados

AÇÃO 4.1. Avaliar impactos socioambientais e sobre recursos hídricos decorrentes


da produção, transporte, armazenamento, conversão e uso de hidrogênio e
seus derivados: (i) externalidades socioambientais previstas na produção,
transporte, utilização e conversão e consumo do hidrogênio e de seus derivados
(Consumo de recursos hídricos para produção de Hidrogênio, Demanda de
minerais estratégicos para desenvolvimento da economia do hidrogênio,
Poluentes atmosféricos e demais externalidades); (ii) potencial de redução de
emissões de CO2eq nas diferentes aplicações do hidrogênio.

ATORES ENVOLVIDOS Membros da Câmara Temática de Planejamento Energético do PNH2 e instituições


convidadas

RESPONSÁVEL Coordenação da Câmara Técnica de Planejamento Energético

PRAZO Conforme especificado no tópico “Entregável/Resultado” (a seguir), contado a


partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Estudos selecionados dentro do portfólio apresentado no item “Ação” desta ficha,
nos quantitativos indicados a seguir:
2023: Um estudo (duração: 12 meses)
2024: Um estudo (duração: 18 meses)
2025: Um estudo (duração: 18 meses)

INDICADOR Cálculo: (Número de estudos realizados no ano “t” sobre avaliação de externalidades
socioambientais da produção, transporte, armazenamento, conversão e uso de
hidrogênio e seus derivados no Brasil)/(Número total de estudos previsto no ano
“t” sobre avaliação de externalidades socioambientais da produção, transporte,
armazenamento, conversão e uso de hidrogênio e seus derivados no Brasil)

62 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Componente 5 Bases de dados,
informações e ferramental de modelagem
5.1. Aperfeiçoamento de bases de dados sobre produção/consumo de AÇÃO
hidrogênio e de seus derivados (amônia, metanol etc.), informações (projetos,
financiamento, regulação existente etc.) e ferramentas computacionais
para estudos de planejamento energético integrado: (i) inclusão do consumo
energético e não energético de hidrogênio e seus derivados (amônia, metanol
etc.) no Balanço Energético Nacional; (ii) elaboração de simuladores de
economicidade da produção e utilização de hidrogênio e derivados; (iii)
desenvolvimento da Plataforma H2+Brasil; (iv) aperfeiçoamento de modelagem
para tratamento do papel do hidrogênio na matriz energética brasileira.

Membros da Câmara Temática de Planejamento Energético do PNH2 e instituições ATORES ENVOLVIDOS


convidadas

Coordenação da Câmara Técnica de Planejamento Energético RESPONSÁVEL

Conforme especificado no tópico “Entregável/Resultado” (a seguir), contado a PRAZO


partir da aprovação no plano trienal no Coges

Estudos e ações selecionados dentro do portfólio apresentado no item “Ação” desta ENTREGÁVEL / RESULTADO
ficha, nos quantitativos indicados a seguir:
2023:
Dois estudos (duração: 12 meses)
2024:
Um estudo (duração: 18 meses)
2025:
Um estudo (duração: 18 meses)

Cálculo: (Número de aperfeiçoamentos de base de dados e informações/ferramentas INDICADOR


de modelagem realizados no ano “t”)/(Número total de aperfeiçoamentos de base
de dados e informações/ferramentas de modelagem previstos no ano “t”)

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 63


Arcabouço Legal e Regulatório-Normativo

Componente 1
. Aperfeiçoamentos dos arcabouços
institucional, legal e infralegal
AÇÃO 1.1- Identificar pontos para aperfeiçoamento institucional, legal e infralegal,
incluindo:
1.1.1 - Minuta de normativo que estabelece a definição de hidrogênio de baixo
carbono; instrumentos da Política Nacional do Hidrogênio de Baixo Carbono;
diretrizes para definição de metas de inserção de hidrogênio de baixa emissão de
carbono na economia brasileira; e diretrizes para certificação de hidrogênio;
1.1.2 - Proposta de texto com emenda à Lei 9.478/1997, a fim de dispor sobre
atividades relacionadas ao hidrogênio de baixa emissão de carbono e conferir
competências pertinentes à ANP, entre elas: (i) regular as condições de produção
e uso (inclusive especificação de hidrogênio de baixa emissão de carbono); (ii)
Contratar, regular e fiscalizar o E&P de hidrogênio natural; (iii) regular e fiscalizar
atividades de Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) em estruturas
geológicas e; (iv) regular e fiscalizar o uso de infraestrutura de dutos para
movimentação de dióxido de carbono (CO2);
1.1.3 - Relatório com mapeamento dos normativos que estabelecem as
competências existentes da ANP e de outras agências reguladoras e identificação
das eventuais lacunas regulatórias para as cadeias do hidrogênio e levantamento
das necessidades de harmonização regulatória entre as esferas federal e estaduais.

ATORES ENVOLVIDOS MME, MMA, MDR, MF, EPE, ANP, ANEEL, ANA, ANTT, ANTAQ, ABH2, ABAR,
OAB, INMETRO

RESPONSÁVEL MME e EPE

PRAZO Subitem 1.1.1 - abril de 2023


Subitens 1.1.2 - 5 meses - março a julho de 2023
Subitem 1.1.3 - 12 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Minuta de normativo estabelecendo a definição de hidrogênio de baixa emissão de


carbono (subitem 1.1.1)
Proposta de texto com emenda à Lei 9.478/1997 (subitem 1.1.2)
Relatório com mapeamento dos normativos que estabelecem as competências
existentes e lacunas e divulgação ampla do documento (subitem 1.1.3)

INDICADOR 33% para cada um dos itens. A partir dos pontos a serem endereçados na lista
lacunas apontadas no relatório com o mapeamento dos normativos e competências
(1.1.4), estabelecer um percentual de itens aperfeiçoados, em relação ao total de
itens apontados. Lista pode variar no tempo à medida que novas necessidades de
64 Paperfeiçoamento
L A N O D E T R A Bnos
A L arcabouços
H O T R I E N Asejam
L 2 0identificadas.
23-2025
Componente 2 Códigos, normas,
padrões e certificações expedidos pelas
instituições nacionais em harmonização
com cronograma e desenvolvimento
das regras internacionais /Mecanismos
de certificação para a intensidade de
carbono nas cadeias do hidrogênio e
derivados.
Ação 2.1- Proposta geral de Certificação e sua Governança institucional AÇÃO
2.1.1- Proposta do modelo de governança da certificação, incluindo o mapeamento
das competências necessárias (como, por exemplo, organismo de acreditação,
auditor local, órgão emissor), proposição de agentes necessários e identificação de
possíveis sinergias com organismos existentes;
2.1.2- Proposta de cobertura de produtos (hidrogênio e derivados) e gases de efeito
estufa a serem considerados (CO2, N2O, CH4 etc), bem como proposta de escopo
de fronteira do sistema para fins de análise de ciclo de vida (setores econômicos da
cadeia produtiva) e abrangência geográfica.
Ação 2.2- Proposta de detalhamento dos regulamentos de certificação e
governança técnica
2.2.1- Análise e interação com organismos internacionais de sistemas de
certificação, para fins de harmonização da proposta brasileira;
2.2.2- Proposta de padrão de certificação para as faixas de intensidade de carbono
da cadeia do hidrogênio e derivados produzidos no Brasil;
2.2.3- Proposta de mecanismos de flexibilidade para ajuste de especificação,
inclusive com alinhamento internacional.

ANP, ANEEL, INMETRO, ABNT, ABH2, EPE, MRE, CCEE, com possibilidade de ATORES ENVOLVIDOS
participação de outras associações setoriais.

MME RESPONSÁVEL

Para os subitens 2.1.1, 2.1.2 e 2.2.1 - 12 meses. Para os subitens 2.2.2 e 2.2.3 - 12 PRAZO
meses (2024-2025) - início em março de 2024

Proposta do modelo de governança da certificação ENTREGÁVEL / RESULTADO


Proposta de cobertura de produtos e escopo
Análise e interação com organismos internacionais de sistemas de certificação
Proposta de padrão de certificação para as faixas de intensidade de carbono da
cadeia do hidrogênio e derivados produzidos no Brasil.
Proposta de mecanismos de flexibilidade

P L A N O D E T R A B A L20%
H O para
T R I Ecada
N A Lum
20 2 3 itens.
dos -2025 INDICADOR 65
Componente 3 Interrelações entre setores,
harmonizações e cooperação entre agências
governamentais – ex.: transporte do
hidrogênio misturado ao gás natural
AÇÃO 3.1 - Lista de instrumentos de governança das interrelações entre setores,
harmonizações e cooperação a serem aperfeiçoadas ou elaboradas;
3.2 - Propostas de novos instrumentos de governança e/ou revisão de
instrumentos de governança existentes entre agências governamentais, nas
diferentes esferas;
3.3 - Estudo da possibilidade de mistura de hidrogênio na rede de gás natural
existente com foco na qualidade, nas condições do serviço de transporte, nos
sistemas de medição e segurança operacional.

ATORES ENVOLVIDOS MME, MF, ME, MDR, MMA, ANP, ANEEL, ANTT, ANA, ANTAQ, ABAR, EPE, ABH2,
IBAMA, Fórum de Secretários de Estado de Minas e Energia, OAB, INMETRO

RESPONSÁVEL MME, ANP e ABAR

PRAZO Para item 3.1 e 3.2: 12 meses (março 2024 a março 2025)
Para item 3.3: 12 meses (outubro 2023 a setembro de 2024)

ENTREGÁVEL / RESULTADO Lista de instrumentos de governança das interrelações entre setores,


harmonizações e cooperação a serem aperfeiçoadas ou elaboradas (subitem 3.1);
Propostas de novos instrumentos de governança e/ou revisão de instrumentos de
governança existentes entre agências governamentais (subitem 3.2);
Estudo da possibilidade de mistura de hidrogênio na rede de gás natural existente-
Nota Técnica ANP (subitem 3.3).

INDICADOR 33% para cada um dos itens

66 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Componente 4
Normas adicionais relativas à segurança
4.1 Lista de normas de segurança adicionais ou de revisão de normas; AÇÃO
4.2 Propostas de novas normas de segurança adicionais ou de revisão de
normas.

INMETRO, ABNT, ANP, ANEEL, ANTT, ANTAQ, ABAR, IBAMA, Fórum de ATORES ENVOLVIDOS
Secretários de Energia, ABH2, com possibilidade de participação de outras
associações setoriais.

ABNT, INMETRO RESPONSÁVEL

12 meses (2025-2026) PRAZO

Lista de normas de segurança adicionais ou de revisão de normas (subitem 4.1); ENTREGÁVEL / RESULTADO
Propostas de novas normas de segurança adicionais ou de revisão de normas
(subitem 4.2).

Percentual de normas adicionais publicadas INDICADOR


% de normas adicionais publicadas = Número de normas adicionais a serem
revisadas ou elaborados / Total de normas adicionais a serem revisadas ou
elaborados (validadas na Consulta Pública). Lista pode variar no tempo à medida
que novas barreiras nos arcabouços sejam eventualmente identificadas.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 67


Componente 5
Regulação, códigos, normas, padrões de
novos usos e tecnologias
AÇÃO Identificar regulação, códigos, normas, padrões de novos usos e tecnologias
requeridos para o desenvolvimento do hidrogênio de baixo carbono.
5.1 - Regulação dos critérios operativos para redução ou limitação de geração elétrica
5.2- Adequações regulatórias para armazenamento no SIN
5.3- Adequações regulatórias para usinas offshore
5.4- Acesso à transmissão no cenário de expansão de geradores renováveis
5.5 - Estudo das especificações internacionais de hidrogênio como combustível
para transporte
5.6 - Lista de regulamentos, códigos, normas, taxonomias, terminologias, padrões
de novos usos e tecnologias;
5.7 - Propostas de regulação, códigos, normas, taxonomias, terminologias,
padrões de novos usos e tecnologias.

ATORES ENVOLVIDOS ANP, ANEEL, ANTT, ANTAQ, ANA, ABNT, ABH2, INMETRO

RESPONSÁVEL ABNT, INMETRO, ANEEL, ANP

PRAZO 36 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Resolução(ões) normativa(s) da ANEEL, sobre Critérios operativos para redução ou
limitação de geração elétrica (Curtailment) e regulamentação do "Constrained off", para
renováveis (subitem 5.1)
Resolução(ões) normativa(s) da ANEEL para inserção de sistemas de armazenamento no
SIN, inclusive via hidrogênio (subitem 5.2)
Adequações regulatórias à Portaria Normativa nº 52/GM/MME, outubro de 2022,
que estabelece as normas e procedimentos complementares relativos à cessão de uso
onerosa para exploração de central geradora de energia elétrica offshore (subitem 5.3)
Resolução normativa da ANEEL, para revisão do Módulo 5 das Regras dos Serviços de
Transmissão (subitem 5.4)
Nota técnica ANP sobre especificações internacionais de hidrogênio como combustível
para transporte (subitem 5.5);
Lista de regulamentos, códigos, normas, padrões de novos usos e tecnologias (subitem
5.6);
Propostas de regulação, códigos, normas, padrões de novos usos e tecnologias (subitem
5.7)

INDICADOR 1/7 para cada item.


Percentual de regulação, códigos, normas, padrões de novos usos e tecnologias
elaborados ou revistos
% de regulação, códigos, normas, padrões de novos usos e tecnologias elaborados ou
revistos = Número de regulação, códigos, normas, padrões de novos usos e tecnologias
68 Pelaborados
L A N O D EouT revistos
RABALH /O T Rde
Total IEN A L 2 0 2 códigos,
regulação, 3 - 2 0 2 5 normas, padrões de novos usos e
tecnologias elaborados ou revistos (validadas na Consulta Pública). A lista pode variar no
tempo à medida que novas barreiras nos arcabouços sejam eventualmente identificadas.
Neoindustrialização, Mercado e Competitividade

Componente 1
Cadeia de valor do hidrogênio no
Brasil: mapeamento; potenciais regionais
e inserção do país na cadeia internacional
de valor considerando competitividade,
nas diferentes rotas, em comparação com
outros países
1.1. Mapear e analisar a existência de potenciais falhas de mercado, AÇÃO
externalidades (positivas e negativas) relacionadas à economia do hidrogênio e
indicar possíveis soluções e políticas públicas.
O estudo deverá mapear as principais falhas de mercado e externalidades que
justifiquem uma eventual intervenção estatal no desenvolvimento do mercado
de hidrogênio no Brasil. Questões como assimetria de informações (consumidor
não sabe a intensidade de emissões do hidrogênio), externalidades negativas da
poluição (necessidade de impor “custos de poluir” para viabilizar a competitividade
do hidrogênio), dentre outras, deverão ser abordadas. O resultado do estudo
subsidiará a elaboração de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do
mercado.

MDIC, MF, MME e ABH2 ATORES ENVOLVIDOS

BNDES, MDIC, MF e MME RESPONSÁVEL

6 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Relatório com o mapeamento de eventuais falhas de mercado e propostas de ENTREGÁVEL / RESULTADO


solução.

Entrega do relatório. INDICADOR

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 69


AÇÃO 1.2. Mapear a cadeia de valor do hidrogênio no país produzido pelas diferentes
fontes de energia e rotas tecnológicas.
O estudo deverá identificar os elos produtivos e a sua localização no território
nacional, considerando as diferentes rotas de produção. O estudo servirá de
insumo para a elaboração de eventuais políticas públicas voltadas a, por exemplo,
promover o desenvolvimento de determinados elos da cadeia de valor (transporte,
distribuição, geração, equipamentos, tecnologia etc.), incentivar a formação de
hubs regionais de produção e outras.
Recomenda-se que o estudo quantifique tanto o custo total de produção do
hidrogênio como as emissões de CO2 no processo e em toda a cadeia produtiva.
O estudo utilizará a metodologia de Avaliação de Ciclo de Vida como forma de
avaliar os benefícios ambientais de cada rota tecnológica no que tange as emissões
de gases de efeito estufa.

ATORES ENVOLVIDOS MDIC, MME, MDR, ANP, EPE, ABDI, CCEE, BNDES e INMETRO, com apoio do
setor privado (ABSOLAR, ABDIB, CNI, ABEEÓLICA, ABH2, ABEGÁS, ABIOGÁS e
demais associações e academia), e cooperação internacional (e.g. GIZ).

RESPONSÁVEL BNDES, IPEA e ABH2.

PRAZO 6 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Relatório que apresentará o mapa brasileiro da cadeia produtiva do hidrogênio.

INDICADOR Entrega do relatório.

70 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


1.3. Análise da competitividade para produção doméstica de bens e AÇÃO
equipamentos relacionados à cadeia produtiva do hidrogênio e propostas de
políticas.
O estudo deverá identificar quais setores da indústria nacional teriam capacidade
ou viabilidade (real e/ou potencial) na produção de bens, equipamentos etc., e
identificar possíveis sinergias para a redução de custos e desenvolvimento da cadeia
produtiva do hidrogênio, bem como apresentar propostas de possíveis políticas
públicas que poderiam favorecer a produção local desses bens e equipamentos.

MDIC, MCTI, MF, CNI, ABSOLAR, ABEEÓLICA, ABIMAQ, ABEMI e ABIOGÁS ATORES ENVOLVIDOS

BNDES, IPEA e MDIC. RESPONSÁVEL

6 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Relatório com análise da competitividade para produção doméstica de bens ENTREGÁVEL / RESULTADO
e equipamentos relacionados à cadeia produtiva do hidrogênio, número de
indústrias/ players com potencial de produção no mercado doméstico, possíveis
sinergias para a redução de custos de produção.
Com base nesses levantamentos, o relatório deverá também apresentar propostas
de políticas que favoreçam a produção nacional de bens e equipamentos necessários
para esta cadeia produtiva.

Entrega do relatório. INDICADOR

1.4. Identificar potenciais pontos de melhoria no marco regulatório das Zonas AÇÃO
de Processamento de Exportações com vistas a trazer maior segurança jurídica
e viabilidade à instalação de projetos voltados à exportação do hidrogênio.
A ideia é trazer segurança jurídica aos projetos que visam produzir hidrogênio em
Zonas de Processamento de Exportação no País, superando eventuais entraves que
a regulamentação atual das ZPEs imponham aos projetos de hidrogênio.

MDIC, MF, MME, MDR, Governos Estaduais e/ou Municipais. ATORES ENVOLVIDOS

BNDES, MDIC e MF. RESPONSÁVEL

6 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Minuta de ato normativo com aperfeiçoamento ao regramento das Zonas de ENTREGÁVEL / RESULTADO
Processamento de Exportações.

Envio da minuta de ato normativo ao órgão competente. INDICADOR

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 71


Componente 2
Demandas de rápida disseminação para
aplicação do hidrogênio e agregação de
demanda para viabilização de projetos e
tecnologias, reduzindo custos de transação
AÇÃO 2.1. Elaboração de proposta de incentivo à utilização de H2 e seus derivados.
Elaboração de proposta de incentivo à utilização de hidrogênio, ou de seus
derivados, que estabeleça uma espécie de “premiação” às rotas de baixo carbono,
considerando todo o processo produtivo, inclusive a fonte de energia utilizada.
Os produtos a receberem o incentivo deverão ser certificados pela autoridade
competente definida e de acordo com as regras de certificação estabelecidas ou
deverão ser estabelecidos critérios mínimos como rota de produção e fonte de
energia utilizada.
Considerar os estudos de mapeamento de potencial de demanda da Câmara
Temática de Planejamento Energético quando realizar esta ação.

ATORES ENVOLVIDOS MDIC, MME, ANP, ANEEL, CCEE, ABSOLAR, ABEEÓLICA, ABH2, ABIOGÁS, EPE
e ABDIB.

RESPONSÁVEL BNDES, MF, MME, EPE e MDIC.

PRAZO 6 meses contados a partir de julho/2024.

ENTREGÁVEL / RESULTADO Proposta de criação de possíveis incentivos que possam ser contemplados na
elaboração de arcabouço regulatório (leis/decretos/resoluções etc.) que “premie”
a substituição progressiva de hidrogênio e derivados, de acordo com seu teor de
carbono, necessário para entrada em vigor da nova política.

INDICADOR Entrega da proposta.

72 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Componente 3
Aspectos tributários e incentivos já
existentes; política internacional de
taxação nas importações. Necessidades
e condições de financiamento.
3.1. Estudo para avaliação de propostas tributárias e fiscais, considerando o AÇÃO
contexto da reforma tributária.
As diretrizes tributárias a serem propostas sobre hidrogênio deverão focar na
atração de investimentos, eficiência da produção, desenvolvimento de cadeia
produtiva nacional e estímulo ao consumo.

MDIC, EPE, ABSOLAR, ABEEÓLICA, ABH2, ABIOGÁS e ANP. ATORES ENVOLVIDOS

BNDES, MF e IPEA RESPONSÁVEL

6 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Estudo com proposta de reduções para a tributação na cadeia do hidrogênio, ENTREGÁVEL / RESULTADO
visando à atração de investimentos, eficiência da produção e estímulo ao consumo.

Entrega do estudo. INDICADOR

3.2. Identificar e propor adequação de legislação necessária para AÇÃO


enquadramento explícito de plantas de produção de hidrogênio e de derivados
diretos como projetos de infraestrutura para fins de elegibilidade ao REIDI.

MDIC, MME, ABSOLAR, ABH2, ABEEÓLICA, ABIOGÁS, ABEGÁS, ABDIB e ATORES ENVOLVIDOS
INMETRO.

BNDES, MME, MF e MDIC. RESPONSÁVEL

6 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges PRAZO

Proposta de adequação da legislação referente ao REIDI. ENTREGÁVEL / RESULTADO

Envio da proposta de adequação da legislação às autoridades competentes. INDICADOR

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 73


AÇÃO 3.3. Mapeamento visando à captação de recursos financeiros elegíveis a
estudos e projetos relacionados ao desenvolvimento da cadeia do hidrogênio.
Esta ação engloba:
Mapeamento visando à captação de recursos financeiros elegíveis a estudos e
projetos relacionados ao desenvolvimento da cadeia do hidrogênio.
Esta ação engloba:
1) Mapeamento de recursos financeiros e projetos de cooperação técnica
internacionais já existentes para realização de estudos de mapeamento de
potenciais regionais de geração/distribuição/demanda de hidrogênio e captação
desses recursos (doações) internacionais e articulação de cooperação técnica.
2) Se cabível, captação de recursos financeiros (doação, empréstimo concessional)
junto a organismos internacionais, como o Green Climate Fund (GCF), multilaterais
(BID, Banco Mundial, Banco de Desenvolvimento para a América Latina – CAF),
Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, entre outros para implementação de
projetos relacionados a hidrogênio de baixo carbono em formato de blended finance/
catalyst finance (recursos públicos, doações, fundos climáticos e investimentos
privados) no Brasil.
3) Identificação de volumes e custos dos recursos financeiros locais disponíveis
visando ao melhor aproveitamento dos mesmos por meio de parcerias,
cofinanciamento e blended finance.
O item 1) deve focar na prospecção de potenciais doadores internacionais que
tenham interesse em contribuir com doações ou assistência técnica à realização
dos estudos sobre potencial de hidrogênio no Brasil.
O item 2) se concentrará na formulação e submissão de “Programa” de grande porte
(mais de US$ 100 milhões) do governo federal, com prazo entre 10-15 anos, para
financiamento de projetos de hidrogênio no território nacional por meio de arranjos
de implementação e financeiros que estimulem a participação de investimentos
públicos, de diferentes níveis de governo, e privados.
Os recursos a serem captados junto ao GCF poderiam ser divididos em doações
(15-30%), empréstimos concessionais e garantias (70-85%), para:
- assistência técnica para fortalecimento institucional de atores governamentais em
nível federal e subnacional (doação).
- assistência técnica a atores governamentais em nível federal e subnacional
para elaboração de projetos de Hidrogênio de Baixo Carbono prontos para
financiamento (doação).
- financiamento da implementação de projetos de hidrogênio em formato de
blended finance/catalyst finance (empréstimos e garantias).

ATORES ENVOLVIDOS Formulação:


MDIC, MF, MME, MCTI, entre outros órgãos governamentais;
- Bancos de desenvolvimento e outras instituições financeiras de desenvolvimento
subnacionais (p. ex. agências de desenvolvimento)

74 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


- Governos subnacionais ATORES ENVOLVIDOS
- Empresas públicas e privadas
Beneficiários:
- IPEA, EPE, CGEE, entre outros órgãos da administração pública federal com
competências relacionadas à produção de estudos estratégicos
- Entes subnacionais

BNDES, MF, MDIC, MRE, MDR, MME e MCTI. RESPONSÁVEL

6 meses PRAZO
Eventual Captação de recursos e estudos contratados (itens 2 e 3), mais 6 meses
contados a partir da aprovação do plano trienal no Coges.

Item 1) Mapeamento ENTREGÁVEL / RESULTADO


Itens 2 e 3) caso aplicável:
Primeira etapa: Formulação, submissão e aprovação da Nota Conceitual do
Programa junto ao Green Climate Fund
Na etapa de formulação, sugere-se a realização de três workshops com atores
governamentais, beneficiários, especialistas, bem como com potenciais investidores
e parceiros internacionais.
Segunda etapa: Formulação, submissão e aprovação da Proposta de Financiamento
do Programa
Na etapa de formulação, sugere-se a realização de um workshop com atores
governamentais, beneficiários, especialistas, investidores e parceiros internacionais.
Terceira etapa: Assinatura de acordos entre entidades, desembolso inicial dos
recursos e lançamento do Programa
Na etapa de lançamento, sugere-se a realização de evento de divulgação do
Programa.

Item 1): INDICADOR


Entrega do mapeamento;
Parcerias firmadas.
Itens 2 e 3):
Primeira etapa: Nota Conceitual do Programa aprovada.
Segunda etapa: Proposta de Financiamento do Programa aprovada
Terceira etapa: acordos assinados e desembolso inicial realizado.

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 75


AÇÃO 3.4. Avaliar o aperfeiçoamento de atos normativos com vistas a viabilizar incentivos
já existentes para facilitar o desenvolvimento do mercado do hidrogênio (e seus
derivados) produzido por diversas fontes de energias e rotas de produção.
Revisão do conceito de hidrogênio de baixo carbono adotado pelo Comitê Gestor
do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas:
O conceito ficou restrito à produção de hidrogênio a partir de energia renovável no
Plano Anual de Aplicação de Recursos - PAAR de 2022.
Propor a ampliação do conceito de hidrogênio de baixo carbono no PAAR 2023, o
qual deve ser aprovado pelo Comitê Gestor do FNMC no prazo de sessenta dias
contado da data de publicação da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Debêntures Incentivadas: Identificar e propor adequação de legislação necessária
para enquadrar projetos de investimento para produção e uso de hidrogênio e seus
derivados como prioritário na área de infraestrutura ou de produção econômica
intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação, para efeito do disposto no Art.
2º da Lei nº 12.431/2011.
Avaliar a necessidade de propor ajustes na redação do Decreto 8.874/16 ou
elaborar minuta de Portaria do MME disciplinando os requisitos para a aprovação
de projetos de investimento de hidrogênio como prioritários, de forma a deixar
mais explícitas as possibilidades de produção e uso de hidrogênio e seus derivados

ATORES ENVOLVIDOS MDIC, MF, MME, BNDES, EPE, ABSOLAR, ABEEÓLICA, ABIOGÁS, CCEE e ABH2.

RESPONSÁVEL BNDES, MDIC, MME e MMA.

PRAZO 6 meses contados a partir da aprovação no plano trienal no Coges

ENTREGÁVEL / RESULTADO Minuta dos Atos Normativos com as alterações propostas.

INDICADOR Encaminhamento das minutas de atos normativos para as autoridades


competentes

76 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


Componente 4
Impactos de precificação de carbono
e avaliação do efeito indutor dos
investimentos. Mecanismos de ajuste de
carbono na fronteira
4.1. Potencialidades do hidrogênio no mercado de créditos carbono brasileiro AÇÃO
Estimar os impactos da quantificação e precificação de carbono (nacional e
internacional) na competitividade relativa do hidrogênio (nas diferentes rotas),
inclusive no longo prazo, avaliando o efeito indutor de investimentos.
Assim, propõe-se discutir a inserção da cadeia de hidrogênio nos projetos de
crédito carbono nos mercados voluntários e regulados brasileiros, avaliando as
potencialidades de geração de créditos para alavancagem dos investimentos
nas diferentes rotas tecnológicas. Considerar experiências internacionais de
mercados de carbono já em operação e as propostas brasileiras para consolidação
desse mercado, destacando as oportunidades e desafios para enquadramento dos
projetos de hidrogênio.
Avaliar as metodologias existentes ou propor metodologias que considerem
as peculiaridades brasileiras para cálculo das emissões de carbono evitadas
na produção e consumo de hidrogênio em relação às alternativas tecnológicas
tradicionais baseadas no combustível fóssil ou outros insumos menos sustentáveis.

MME, IPEA, CCEE, Câmara de Regulação, IBP, ABEEÓLICA, ABIOGÁS e ABSOLAR. ATORES ENVOLVIDOS

BNDES, MF, MDIC, ABDIB, ABH2 e Pacto Brasileiro pelo H2 Renovável RESPONSÁVEL

6 meses contados a partir da aprovação do plano trienal no Coges. PRAZO

Relatório com as estimativas e propostas de desenvolvimento do mercado ENTREGÁVEL / RESULTADO


de carbono e impactos da mensuração e precificação de carbono no mercado
internacional.

Entrega do relatório. INDICADOR

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025 77


AÇÃO 4.2. Realizar avaliação dos impactos na competitividade dos produtos
brasileiros em relação aos mecanismos de ajuste de carbono na fronteira, com
destaque para o Carbon Border Adjustment Mechanism (CBAM) da União
Europeia.

ATORES ENVOLVIDOS MCTI, MME, MMA, EPE e CCEE.

RESPONSÁVEL BNDES, MF, MDIC, ABDIB, ABH2 e Pacto Brasileiro pelo H2 Renovável

PRAZO 6 meses contados a partir da aprovação do plano trienal no Coges.

ENTREGÁVEL / RESULTADO Estudo realizado

INDICADOR Publicação do estudo

Componente 5
Infraestrutura existente para transporte
e estocagem de hidrogênio, inclusive em
mistura com gás natural
AÇÃO 5.1. Mapear a infraestrutura existente ou potencial para movimentação
(transporte ou distribuição) e estocagem de hidrogênio, carreadores de
hidrogênio ou mistura de hidrogênio com gás natural e/ou biometano no Brasil.

ATORES ENVOLVIDOS MDIC, ANP, SPG/MME, ABEMI, ABEGÁS, ABIOGÁS, ATGÁS, EPE, Câmara
Temática de Planejamento Energético, IBP, INMETRO e ABH2.

RESPONSÁVEL BNDES, ANP, SPG/MME, ATGÁS, ABGÁS e ABIOGÁS.

PRAZO 6 meses contados a partir da aprovação do plano trienal no Coges.

ENTREGÁVEL / RESULTADO Relatório ou Nota Técnica ANP.

INDICADOR Entrega do Relatório ou Nota Técnica

78 PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025


PLANO DE TRABALHO TRIENAL
2023-2025

PLANO DE TRABALHO TRIENAL 2023-2025

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