O professor José escreve uma carta para Carolina Maria de Jesus elogiando seus escritos e poesia. Ele se lembra com carinho de quando leu Quarto de Despejo no ensino médio e ficou fascinado pela exposição sobre a autora. Apesar de Carolina ser associada à miséria, José acredita que ela tinha fome de compreender a vida. Ele planeja apresentar os trabalhos de Carolina para seus alunos.
O professor José escreve uma carta para Carolina Maria de Jesus elogiando seus escritos e poesia. Ele se lembra com carinho de quando leu Quarto de Despejo no ensino médio e ficou fascinado pela exposição sobre a autora. Apesar de Carolina ser associada à miséria, José acredita que ela tinha fome de compreender a vida. Ele planeja apresentar os trabalhos de Carolina para seus alunos.
O professor José escreve uma carta para Carolina Maria de Jesus elogiando seus escritos e poesia. Ele se lembra com carinho de quando leu Quarto de Despejo no ensino médio e ficou fascinado pela exposição sobre a autora. Apesar de Carolina ser associada à miséria, José acredita que ela tinha fome de compreender a vida. Ele planeja apresentar os trabalhos de Carolina para seus alunos.
Françoise Ega te escreveu tão bem que hesito ao tentar te endereçar
algumas palavras. Creio que a melhor forma de começar uma carta para você é fazendo menção aos seus escritos. Gosto particularmente destes versos:
Não digam que eu fui rebotalho,
Que vivia à margem da vida Digam que eu procurava por trabalho Mas sempre fui preterida.
Digam ao meu povo brasileiro
Que o meu sonho era ser escritora, Mas eu não tinha dinheiro Pra pagar uma editora.
Seu sonho, Carolina, se cumpriu há muito tempo. Ainda bem! Ainda
bem! Ganhamos todos com isso. Me lembro bem de quando ganhei de presente aniversário, lá na época do Ensino Médio, Quarto de despejo. Suas palavras me impactaram! Aliás, não só suas palavras, mas você também. Em 2022, ao visitar a exposição Carolina Maria De Jesus: um Brasil para os brasileiros, no IMS Paulista, me senti fascinado de uma maneira indescritível. Meus olhos brilhavam e eu, atônito, só pensava na minha felicidade por estar ali. Coisa de professor de Português aficionado por literatura, talvez. Talvez... É curioso pensar que ainda te associem, quase exclusivamente, à fome e à miséria. Tão certeira foi Conceição Evaristo ao dizer que, para além disso, você, Carolina, tinha fome de compreensão da vida. Não sei, então, se essa fome foi saciada, mas, da minha parte, posso te dizer que seus escritos me ajudam a saciar a minha fome existencial. Tanto é que, como professor, vejo a extrema necessidade de te apresentar aos meus alunos.