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É muito comum que, nos dias de hoje, estejamos constantemente nos questionando

sobre nossas escolhas profissionais, reconsiderando a carreira que estamos seguindo,


nossa rotina profissional diária, as condições e estrutura do nosso trabalho atual e,
além disso, o nosso papel como profissional e o reflexo que isso tem no mundo.

No entanto, ao nos depararmos com a insatisfação no âmbito do trabalho, nem


sempre é simples identificar os causadores da insatisfação e as soluções para tais
problemas. Pensar em uma transição de carreira, por exemplo, é algo extremamente
delicado, que exige planejamento, autoconhecimento e tomada de decisão.

Considerando isto, chamamos a coach Nayára Oliveira, formada em psicologia pela


Universidade Federal de São Carlos, para nos dar algumas dicas essenciais para pensar
a transição de carreira. Veja a seguir!

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COMO ENCARAMOS A CARREIRA HOJE EM DIA?
O conceito de “carreira” se modifica ao longo das gerações. Enquanto nossos pais
estavam preocupados primordialmente com a remuneração e o sustento, as gerações
seguintes passaram a questionar sua satisfação pessoal no trabalho e, por fim, o seu
propósito em relação a este trabalho:

-ESCOLHAS
- SEGURANÇA
-FAZER O QUE GOSTA - PROPÓSITO
- SUSTENTO DA FAMÍLIA
-VALORES PESSOAIS - IMPACTO DO TRABALHO
- ESTABILIDADE
-QUESTIONAR A ORDEM NO MUNDO
- EXECUTAR ORDENS
VIGENTE

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Mas, apesar destas mudanças em relação a como estamos olhando para nossas
carreiras hoje em dia, as questões práticas e financeiras continuam impostas a todos
os profissionais.

Ou seja, embora possamos fazer escolhas profissionais visando nossa satisfação


pessoal e nosso propósito no mundo, em geral ainda precisamos nos sustentar e
pagar nossas contas.

Por isso, ao pensar em fazer uma transição de carreira, é preciso estar bastante
decidido e ciente do planejamento que será necessário para fazê-la.

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Mas, como saber se realmente devemos considerar uma transição de carreira?
Segundo a coach Nayára, há uma série de sinais a que precisamos estar atentos,
que nos indicam que mudar de carreira pode ser uma boa ideia.

Síndrome do “Fantástico” Ansiedade


1. Sensação de desmotivação ao pensar que 2. Calafrios, dor de barriga, insônia e
no dia seguinte ao final de semana, feriado desânimo associados ao trabalho.
ou folga, a jornada de trabalho retornará.

“Eu Mereço” Variações de Humor


3. Cometer exageros para “mimar” a si mesmo 4. Mau humor, distrações e reclamações
como mecanismo de compensação para a constantes em relação à rotina de
insatisfação no trabalho. trabalho. 3.

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Importante!
É muito importante estar atento à frequência e intensidade destas
sensações. É natural que alguns desconfortos relacionados ao
trabalho se apresentem de vez em quando, mas, se forem constantes
e intensos, é sinal de que precisamos dar atenção a eles e agir!

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EXPLORANDO POSSIBILIDADES
Em alguns casos, talvez a transição de carreira não seja o caminho. É importante ter
em mente que há diversas possibilidades quando se diz respeito à insatisfação
profissional:

PERSISTIR REINVENTAR FAZER A TRANSIÇÃO

É preciso mapear os Você deve exercitar Caso persistir e reinventar


problemas do seu trabalho, constantemente o olhar crítico não seja suficiente, e a sua
verificando se são de fato por para as atividades e o ambiente insatisfação tomar
parte da empresa ou questões de trabalho. Muitas vezes, a proporções extremas em
pessoais. E, então, definir o insatisfação pode ser sanada intensidade e frequência, este
quanto você está disposto a com a readequação da estrutura é o momento para fazer a sua
lidar com estes problemas. e dos processos internos. transição de carreira.

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DECIDI MUDAR DE CARREIRA!

COMO ME PLANEJAR?
É importante ressaltar que o planejamento para uma transição de carreia assertiva
deve levar em consideração que cada caso é um caso. Há quem precise apenas
mudar de empresa, outros precisarão investir em novas formações, cursos,
graduações ou pós-graduações, e há quem precise fazer todas estas mudanças.
Cenários diferentes exigem medidas diferentes!

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No entanto, há pontos que devem ser considerados seja qual for a sua situação:

PLANEJAMENTO FINANCEIRO
O planejamento financeiro é essencial para que se faça uma transição tranquila. Muitas
vezes a readequação da carreira pode gerar gastos (como os de fazer um curso) ou pode
significar uma queda nos ganhos, ao menos em um primeiro momento. Assim, talvez
seja necessário rever seus gastos e suas fontes de renda para não ficar no vermelho.

PLANEJAMENTO TEMPORAL
É preciso planejar o tempo das etapas de sua transição. Quanto tempo ainda será
necessário se manter na empresa atual, quanto tempo levará para finalizar o curso
necessário, etc. Procure sempre ter datas em mente: isso ajuda a não tomar decisões
impulsivas, mas, também, a não postergar demais a transição.

PLANEJAMENTO PSICOLÓGICO
Fazer um planejamento psicológico pessoal e para a família é muito importante para se
preparar para a transição de carreira. A base de uma tomada de decisão assertiva e
confiante é o autoconhecimento.

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Como o autoconhecimento pode influenciar a transição de carreira?
O autoconhecimento é o nosso melhor guia para compreender quais são nossos
sonhos e objetivos, e qual a maneira ideal para alcançá-los. Durante o processo de
transição de carreira é importante que nos conheçamos muito bem, e, para isto
devemos manter sempre em mente algumas questões que podem balizar nossas
decisões:

Quais são minhas habilidades? Quais meus sonhos? O que é importante para mim?

O que eu quero? Quais são os meus valores? O que eu gosto de fazer?

Quais meus planos?

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Então, com planejamento e autoconhecimento, a transição de carreira será fácil?
Recomeços nunca são fáceis, e, alguns obstáculos são inevitáveis. Mas o planejamento e o
autoconhecimento serão a chave para desconstruí-los. Veja alguns deles:

MEDO DO NOVO
Insegurança por estar vivenciando algo ainda desconhecido.

MEDO DO DESAPEGO
“Trocar o certo pelo duvidoso”.

PESO DO TRABALHO
Supervalorização das questões profissionais na contemporaneidade.

MEDO DE ESTAR DESPERDIÇANDO TEMPO


Receio de ter desperdiçado o tempo de formação e de estar “velho” demais para mudar.

QUESTÕES FINANCEIRAS
Medo de não conseguir a remuneração necessária na nova carreira.

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Vencidos os medos, há ainda outras
diretrizes para se ter em mente:

Foco na Realidade Alinhamento de Expectativas


É preciso adequar a nova carreira Devemos escolher uma profissão que
à realidade de mercado, às se alinhe às nossas habilidades e às
propostas que recebemos e às coisas que gostamos de fazer. É
nossas possibilidades. É normal que 20% a 30% das atribuições
importante manter o foco na profissionais não sejam tão legais,
realidade para não correr o risco mas manter isso em mente ajuda a
de perder oportunidades. aceitá-las e superá-las.

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Por fim, aceitar a mudança e não ter medo de pedir auxílio é crucial!

Questionar nossas relações com o trabalho é natural. Para que se faça uma transição de
carreira tranquila é preciso aceitar que as coisas não estão bem e não se sentir mal por
querer mudar os rumos. Para isso, podemos contar com o apoio dos amigos, da família
e, por que não, de um profissional especializado, como um coach.

O processo de coaching desenvolve uma orientação profissional que vai desde o


autoconhecimento, passando pela definição da nova atividade profissional e, traçando,
por fim, um planejamento para fazer essa transição de maneira saudável.

Lembre-se, você não precisa passar por isso sozinho!

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