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Felipe Borssato
Livre Arbítrio
Uma herança doutrinária?
Rio de Janeiro
2014
Felipe Borssato
Rio de Janeiro
2014
Ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e do
nosso Senhor Jesus Cristo. Ao Deus
Soberano que além de criar e sustentar esse
universo, ora misterioso, ora revelador,
desceu de um trono de glória insondável e
habitou entre nós, tomando nossa forma e
sofrendo nossas dores: o único herói
verdadeiro que esse mundo de fábulas já
viu.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................ 5
‘pois a vocês foi dado o privilégio de, não apenas crer em Cristo, mas
também de sofrer por ele.’ (Fp 1:29)
‘Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de
vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.’ (Ef 2:8-9)
‘Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo
brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de
Deus na face de Cristo.’ (II Co 4:6)
‘Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-
lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.’ (Jo 1:12)
‘Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus, e todo
aquele que ama o Pai ama também ao que dele foi gerado.’ (I Jo 5:1)
‘Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de
Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são
discernidas espiritualmente.’ (I Co 2:14)
‘Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o
ressuscitarei no último dia.’ (Jo 6:44)
‘Isso é bom e agradável perante Deus, nosso Salvador, que deseja que
todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade.’ (1
Tm 2:3-4)
‘pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar,
de acordo com a boa vontade dele.’ (Fp 2:13)
‘Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo
brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de
Deus na face de Cristo.’ (2 Co 4:6)
“E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tendo eles feito bem ou
mal algum, foi dito a ela: O mais velho servirá ao mais moço. Como está
escrito: Eu amei a Jacó, porém aborreci a Esaú. Que diremos, pois? Há,
porventura, em Deus injustiça? De modo nenhum. Pois a Moisés disse: Terei
misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia, e terei compaixão de
quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não é daquele que quer, nem
daquele que corre, mas de Deus que usa de misericórdia. Pois disse a
Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu
poder, e para que seja anunciado o meu nome por toda a terra. Logo ele tem
misericórdia de quem quer, e a quem quer endurece.” (Rm 9:11-18)
“O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios
desígnios, até o ímpio para o dia do mal.” (Pv 16:4)
“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que
o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois
aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou,
também justificou; aos que justificou, também glorificou. Que diremos, pois,
diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele
que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como
não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará
alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que morreu; e mais, que ressuscitou
e está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do
amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou
nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: ‘Por amor de ti
enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas
destinadas ao matadouro’. Mas, em todas estas coisas somos mais que
vencedores, por meio daquele que nos amou. Pois estou convencido de que
nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o
futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer
outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está
em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8:28-39)
“Deus nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em
virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e
graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos.” (2
Tm 1:8-9)
"Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos
de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a
criação do mundo.” (Mt 25:34)
“E, quando Jesus se achou só, os que estavam junto dele com os
doze interrogaram-no acerca da parábola. E ele disse-lhes: A vós vos é dado
saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas
coisas se dizem por parábolas. Para que, vendo, vejam, e não percebam; e,
ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e seus
pecados não lhes sejam perdoados.” (Mc 4:10-12)
CONCLUSÃO: LIVRE ARBÍTRIO E CRISTIANISMO
A questão do livre arbítrio nos nossos dias se torna mais difícil por causa da
maneira que pensamos. É bastante difícil encontrarmos alguém que defenda a
existência do livre arbítrio na Bíblia com propriedade. A grande maioria das
argumentações traz a questão para uma série de conclusões totalmente
humanizadas, mas sem muita profundidade e não fundamentadas nas Escrituras,
de forma que alguém que defenda vorazmente o livre arbítrio, parece estar tão
mergulhado na questão moral que não consegue trazer a discussão para a
questão essencial. Eles acabam chegando à conclusão da lógica humana natural
de que se não existe livre arbítrio então Deus não é justo, ou seja, a salvação e a
questão moral do bem e do mal respondem a uma demanda do homem e não de
Deus. É mais ou menos comparável aos aristocratas que defendem o capitalismo
como sendo a única forma justa de governo porque o comunismo é muito pior, ou
seja, ainda que o capitalismo não seja perfeito, não temos nada melhor a oferecer,
o que para eles torna o capitalismo uma “boa resposta”. O livre arbítrio acaba
sendo a única maneira na qual eles conseguem conceber um Deus justo, que
salva o homem por uma escolha que ele mesmo fez: meritocracia. Basicamente,
se a razão humana não consegue conceber uma moral que faça pleno sentido e
sacie sua sede de respostas, então essa moral não existe; mas sabemos que
Deus e suas propostas eternas têm de ser muito superiores à razão humana
criada e limitada.
A definição do Dicionário Aurélio de que o arbítrio é livre se “dependente
apenas da vontade” parece ser bem correta e precisa, mas a vontade é livre?
Fazemos coisas porque queremos, mas por que é que queremos algo? Segundo a
Bíblia, “Deus é o que opera em nós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua
boa vontade.” (Fp 2:13), sendo assim, “eu sei que em mim, isto é, na minha carne,
não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo
realizar o bem.” (Rm 7:18). É verdade que as Escrituras nunca isentaram o
homem de sua responsabilidade pelos seus atos e ainda afirmam impetuosamente
que os homens serão punidos por suas obras más e por toda iniqüidade que há
em seus corações, porém, a Bíblia também não afirma que o homem é capaz de
fazer o bem por si mesmo sem a iniciativa de Deus. A Bíblia afirma justamente o
contrário, de que o homem não pode fazer o bem porque nele não habita o bem,
apenas o mal e sua inclinação para o pecado.
Mergulhemos nas Escrituras e imaginemos o homem segundo a figura que
a Bíblia nos propõe: caído, morto em seus delitos e pecados e com uma inclinação
mortal para o pecado. Um homem que não consegue fazer o bem ainda que
queira, porque na sua carne, na sua natureza, não habita bem algum. Como um
ser portador de tal descrição poderia exercer um livre arbítrio? Como um morto
escolhe qualquer coisa? Como um escravo é livre para escolher o que quer? Pois
é assim que a Bíblia descreve o homem sem Deus, morto em delitos e pecados e
escravo do pecado: “Deus vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e
pecados.” (Ef 2:1) No Evangelho de João, a Bíblia usa ainda o termo “filhos do
diabo”. Filho é alguém que carrega o DNA, a carga genética, a natureza do seu
pai e é isso mesmo que Jesus está dizendo:
“Por que a minha linguagem não é clara para vocês? Porque são incapazes
de ouvir o que eu digo. Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo, e querem
realizar o desejo dele.” (Jo 8:43.44) É verdade que alguns teólogos defendem que
essa referência “filhos do diabo” era dada apenas àqueles que pertenciam a seitas
satânicas da época, como a Kabbalah, mas não há nada de errado em tomarmos
as palavras de Jesus e endereçá-las a qualquer homem que nasce morto em seus
delitos e pecados. Não há outro a quem possamos fazer a vontade senão o diabo.
Ele exerce poder sobre nós e sobre o mundo desde Adão e Eva e da queda. A
queda deu a ele poder sobre todos os homens descendentes de Adão, a ponto de
ele oferecer a Jesus a glória do mundo: “Tudo isto te darei se, prostrado, me
adorares.” (Mt 4:9) Ele ofereceu a Jesus aquilo que estava em sua posse.
Jesus disse àqueles israelitas que precisavam ser libertos pela verdade.
Eles realmente pensavam que eram livres, tinham livre escolha e “livre arbítrio”,
mas Jesus os colocou em seus devidos lugares:
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe:
Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu:
Sereis livres? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo
aquele que comete pecado é servo do pecado.” (Jo 8:32-34) E se todo aquele que
comete pecado é servo do pecado então somos todos servos do pecado porque
absolutamente “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23).
Todos a não ser um, o Cordeiro Imaculado, o Cristo. Note que Jesus nasceu da
mulher mas não é descendente de Adão, pois foi concebido pelo Espírito Santo. É
fundamental que saibamos disso e creiamos nisso sempre, porque é o que
afirmam as Escrituras.
Então como pode o homem ser escravo, mas ao mesmo tempo ter um livre
arbítrio? A impossibilidade de resposta a essa pergunta nos ajuda a entender o
porquê do arminianismo ter sido considerado herege pela igreja da época e de
seus defensores terem sido expulsos da Holanda. Parece realmente incompatível
com o ensinamento bíblico. Por que as Escrituras afirmam que Jesus é rei? Afinal,
poderiam ter sido usados termos como “líder”, “presidente”, ou até mesmo,
“coordenador”. A palavra “rei” nos esclarece claramente que Jesus não é um
presidente democrata, que está representando seu povo e foi eleito para colocar
em prática suas opiniões e democraticamente, com imparcialidade, tomar
decisões que favoreçam a maioria que representa. Não! Jesus é rei! Jesus
“governa as nações com cetro de ferro” e a única opinião que interessa é a sua
própria. Rei não pede, rei manda. Um rei bom cuida de seu povo, os alimenta e
governa com justiça, mas, acima de tudo: governa!
Os antigos reis até se aconselhavam com os sábios para tomar decisões,
mas uma vez tomadas por eles próprios, eles as impunham rigorosamente. A
decisão de um rei sempre foi suprema. E quem poderá dar conselhos ao Rei dos
reis e Senhor dos senhores? Ele profetiza e acontece! Ele governa e pune
severamente aqueles que se rebelam contra ele. Quem poderá frustrar seu plano?
Quem poderá surpreender a um Deus onisciente e onipotente? Ninguém ficará
para sempre impune diante desse Rei, porque ele é justo. Esse é o papel de um
rei e é por isso que a Bíblia usa esse termo para falar de Deus. E talvez só por
isso é que tivemos tantos séculos de reis, e governos tiranos e tanto sangue
derramado na terra, para sabermos que um rei é soberano e que governa, sendo
que a única opinião válida é a sua. São decretos soberanos.
Assim é em relação ao homem e sua condição para com o pecado. Não é à
toa que a Bíblia chama o homem de escravo e morto. Isso é exatamente o que ele
é. O homem é totalmente governado pelo pecado até que Deus interfira
drasticamente em sua vida. Agora, como explicar a liberdade humana de fazer o
bem e o mal? O ser humano convive todos os dias com a nítida impressão de que
é livre para fazer o que quiser. Como podemos explicar isso? A explicação
calvinista é que ao invés de Livre Arbítrio, podemos dizer que o ser humano
possui uma Livre Agência, ou seja, ele toma decisões e elas são legítimas de
acordo com sua limitada realidade e seu senso de moralidade, mas a motivação
para tomá-las não é livre e sim um resultado de uma carga multifatorial, sendo um
destes fatores, e seguramente o mais significativo no caso do ser humano, o
pecado que habita em sua natureza.
A Bíblia é muito clara em relação à graça de Deus. A idéia de o homem
salvar-se a si mesmo com seu livre arbítrio, tomando uma decisão de servir a
Deus e crer, foi refutada pela igreja histórica até o surgimento do pentecostalismo,
que restituiu o livre arbítrio como peça fundamental no seu quebra-cabeças.
Talvez essa seja a grande diferença de alguém que esteja “convencido”, mas
ainda não “convertido”, como costumam dizer alguns cristãos do nosso tempo. E
sabemos que nossas igrejas estão cheias de pessoas não convertidas e que, em
alguns casos, nem mesmo conhecem as bases do evangelho.
As igrejas estão cheias de pessoas ignorantes e que são mantidas assim
por seus pastores por razões diversas. Quantas vezes ouvimos pastores dizerem:
“se eu pregar assim vão esvaziar a igreja!” Quando deveriam estar mais
preocupados em ter certeza de que seus membros estão realmente convertidos.
Quando Jesus pregou ao jovem rico, por exemplo, ele não terminou com uma
mensagem humanista, cheia de esperança, ele foi ao âmago da questão e tocou
na ferida daquele homem. O resultado nós conhecemos: “Mas, ouvindo ele isto,
ficou muito triste, porque era muito rico.” (Lc 18:23) Jesus não estava preocupado
em como aquele homem iria receber a sua mensagem e o seu ensinamento,
assim como se Jesus fosse o pregador dos cultos de hoje, aconteceria que
provavelmente muitos não suportariam sua mensagem cortante e não mais
tornariam. As pessoas querem palavras mornas e agradáveis, palavras de
descanso e paz, mas “não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz,
mas espada. Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha
contra sua mãe, e a nora contra sua sogra e assim os inimigos do homem serão
os seus familiares. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de
mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E
quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Quem
achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, acha-la-
á.” (Mt 10:34-39)
O termo “convencido” seria aquele usado para descrever alguém que
simpatiza com o evangelho, que vai na igreja, que foi à frente declarar que Jesus é
seu Senhor, mas nunca houve sincero arrependimento no seu coração e ele
nunca recebeu fé salvífica. Ele talvez possa tentar viver uma vida melhor daqui
para frente e fazer o bem. Talvez até algumas mudanças significativas possam
estar acontecendo em sua vida do ponto de vista moral e ele possa estar dando
um grande passo em direção à uma vida moral e socialmente melhor, mas ele
jamais se derramou diante de Deus e implorou por sua vida. Ele age moralmente
melhor, politicamente correto, mas não permite que Jesus Cristo seja seu Senhor,
que exerça verdadeiro senhorio em sua vida. Pode-se perceber isso quando se
chega a um impasse de alguma verdade bíblica e ele diz: “até aqui eu vim, mas
daqui não passo. Isso é demais pra mim. Isso eu não aceito ainda que esteja
escrito na Bíblia.” Ele não consegue entregar sua alma e crer em Cristo como sua
única esperança, como sua única chance. Ele vive um semi-cristianismo, ou um
cristianismo morno.
Houve pregadores que disseram que era melhor ser um anti-cristão do que
um semi-cristão. O anti-cristão estaria mais próximo da verdade do que o semi-
cristão, que estaria apenas “esquentando o banco da igreja” e tomando o lugar de
alguém. São palavras fortes, e muitos, ao se chocarem com elas, logo abandonam
a fé, mas assim era quando Jesus pregava:
“Por isso vos disse que ninguém pode vir a mim, se pelo Pai não lhe for
concedido. Por causa disso muitos dos seus discípulos voltaram para trás e não
andaram mais com ele.” (Jo 6:65-66)
“Quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo
quanto tens e reparte-o entre os pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-
me. Mas, ouvindo ele isso, encheu-se de tristeza; porque era muito rico.” (Lc
18:22-23) Jesus sabia muito bem onde tudo isso iria terminar. Ele sabia que
aquele homem não ficaria contente com suas palavras e iria para casa triste
naquele dia, mas mesmo assim ele fez o que havia de fazer. Disse a verdade.
Nosso objetivo não é agradar pessoas e atraí-las ou expeli-las das igrejas, mas
apenas dizer a verdade. Ninguém é responsável pela salvação de ninguém, então
se um pastor pregar uma palavra dura e seus membros abandonarem sua igreja
ele não pode ser punido por dizer a verdade. Mas se ele mantém pessoas na
igreja por muitos anos sem que elas conheçam o verdadeiro evangelho, creio que
ele terá de responder por isso diante do Pai. Estar à frente de uma congregação
cristã, se vestir de pastor, ser chamado de pastor, dar sermões e
aconselhamentos e não pregar o evangelho é pecado gravíssimo!
Pode-se concluir, então, que o ser humano é nascido em pecado, ou seja,
ele herdou o pecado de Adão e Eva e, por causa desse pecado, ele precisa ser
redimido e salvo. “Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo
que justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me. Sei que sou pecador
desde que nasci, sim, desde que me concebeu minha mãe.” (Sl 51:4-5)
“Pecador” segundo a Bíblia é aquele que é escravo do pecado e, sendo
escravo, não tem vontade própria. Então ele definitivamente não tem livre arbítrio.
Isso nos leva à questão mais difícil. Depois de arrependido, regenerado e salvo, o
ser humano volta a ter o livre arbítrio perdido no Éden?
John Piper You will know the truth and the truth will set you free
http://www.desiringgod.org/resource-library/sermons/you-will-know-the-truth-and-
the-truth-will-set-you-free
Livro de Concórdia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_de_Conc%C3%B3rdia
Confissão de Augsburg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confiss%C3%A3o_de_Augsburgo
Koehler, Edward W. A. Sumário da Doutrina Cristã. Porto Alegre, RS. Editora
Concórdia, 1951.
Bíblias: