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TENTAÇÃO É PECADO?

Tenho percebido a existência de uma grande confusão mesmo entre o professo povo de
Deus sobre o tema, tentação. Como definir tentação? Afinal qualquer tipo de tentação não é
pecado? Existe algum tipo de tentação que seja pecado? Essas perguntas precisam ser
respondidas com segurança e convicção para que tenhamos uma ideia exata da norma que o
Senhor tem para aqueles que serão salvos, por Sua graça. Percebo que muitos têm uma norma
inferior daquela que o Senhor tem para os que serão salvos. Podemos dizer que uma causa
dessa norma inferior está sendo aceita, seja a falta de conhecimento sobre o tema, tentação.
Também foi possível comprovar conversando com algumas pessoas a falta de entendimento e
também a não aceitação, da relação existente entre inclinação, tendência ou propensão para o
mal, com defeito de caráter. O conhecimento e aceitação da verdade sobre essas questões são
importantíssimas para nossa salvação. Nosso inimigo é o responsável por essa falta de
conhecimento, pela não aceitação da verdadeira norma que o Senhor deseja que seja alcançada
pelo Seu poder, pelos que serão salvos. É meu objetivo nesse estudo desfazer e eliminar as
mentiras que o inimigo conseguiu colocar na mente de muitos do nosso povo. Que o nosso Deus
o Espírito Santo nos ilumine nos dando entendimento e aceitação da maravilhosa obra de
libertação plena do pecado que Ele deseja realizar em nós, antes que seja tarde demais.
Ao começar esse estudo fiz para algumas pessoas as seguintes perguntas:
Tentação é pecado?
Qual é sua definição de tentação?
A maioria dos que perguntei respondeu a primeira pergunta afirmando que tentação não é
pecado. Essas pessoas usaram como argumento para justificar sua opinião o fato de Jesus ter
sido tentado em todas as coisas e não ter tido nenhum pecado. Em Hebreus 4:15 temos a
confirmação de que Jesus realmente foi tentado em todas as coisas e não pecou.

“Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas;
antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. Hebreus 4:15

Realmente ao constatarmos que Jesus foi tentado em todas as coisas e não ter pecado
algum, implica na necessidade de termos que aceitar no mínimo que existe realmente algum
tipo de tentação que não é pecado.

“A tentação não é pecado. Jesus era santo e puro; contudo foi tentado em todas as
coisas como nós, mas com uma força e veemência que não há de ser por nenhum de nós
experimentada”. T5 425.4 Ellen G. White.

Alguns irmãos que responderam afirmando que tentação não é pecado, não definiram
tentação como a maioria, mas sim como sendo um estímulo externo, “sugestões
tentadoras as quais exerce certa pressão sobre o indivíduo tentado” ou “uma tentativa de
desviar da estrita obediência da lei”. Esse tipo de tentação realmente NÃO É PECADO. Ou
melhor, não desperta ou provoca no indivíduo tentado O PECADO. Não faz com que o
tentado PEQUE. Entenderemos melhor essa questão na sequência desse estudo.

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Como a Maioria Definiu Tentação

Usar o argumento o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado não
é o problema, vimos que Ellen White também usou esse argumento para justificar sua afirmação
de que tentação não é pecado. Considero como sendo bastante problemático é o fato de
pessoas usarem esse argumento para afirmar que a definição de tentação que eles têm em
mente não é pecado! Vejamos então como a maioria definiu tentação.

Problema mesmo nessa questão é como a maioria definiu “tentação”. A maioria definiu
tentação como sendo um “forte desejo de fazer algo errado ou censurável”, “desejo para
algo não recomendável”, “desejo para o mal”, “maus desejos”, “impulso para a prática
de tudo aquilo não é lícito aos olhos de Deus”, “desejo de praticar algo que não nos
convém” “desejo de fazer algo que não agrada a Deus”. Importante e intrigante saber que
as pessoas que deram essas definições de tentação também afirmaram que tentação não é
pecado fundamentando sua opinião citando o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas
e não ter pecado! Precisamos responder. Será mesmo que esse tipo de tentação definida
pela maioria não é pecado?

Afirmar que esses tipos de tentações não é pecado tendo como fundamento para essa
afirmação o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado é pensar
que “em todas as coisas” em Hebreus 4:15 está incluído aqueles tipos de reações que a
maioria definiu como tentação, tendo se manifestado na vida de Jesus. Isso nos leva para
uma aberração teológica.

É como se para essas pessoas Jesus tivesse tido todas aquelas reações, mas não
tendo sido essas reações considerado pecado na vida dEle. Então se elas não foram
consideradas pecados na vida dEle, conclui-se então, que, elas não são também pecado
em nossas vidas.

Parece ser essa a lógica do pensamento dessas pessoas. Acredito que essas pessoas
não estão cientes das complicações que surgem como consequência dessa forma de
pensar. Na sequência desse estudo iremos analisar algumas dessas complicações.

Vamos agora nos concentrar em algumas perguntas importantíssimas. Essas


perguntas precisam ser respondidas com muita clareza. Saber como definir o pecado e
quando ele se manifesta é fundamental para aqueles que almejam a salvação. Sigamos
então em nosso estudo com muita atenção e oração. Que o Senhor Espírito Santo nos
ilumine e nos livre das mentiras do inimigo das almas.

Perguntas Para Nossa Reflexão

1) Será que quando Ellen White afirma que tentação não é pecado ela está se
referindo também ao tipo de tentação definida pela maioria? “desejo para o
mal”, “maus desejos” etc

2) É possível confirmar pela Bíblia e Espírito de profecia que o tipo de tentação


definido pela maioria não é pecado?

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3) Será que o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas é um argumento
que posso usar para afirmar que esse tipo de tentação não é pecado?
Fica agora outra pergunta que precisa ser respondida com ainda mais atenção.
4) O fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas significa que Ele teve todos
os desejos e sentimentos pervertidos que nós temos?
A resposta é um expressivo NÃO para as quatro perguntas!

Alguns detalhes importantes devem ser observados na sequência desse estudo antes
de começar nossa argumentação sobre o porquê de a resposta ser NÃO para as quatro
perguntas.

Detalhe Importante
Usar como argumento para afirmar que tentação não é pecado, o fato de Jesus ter sido
tentado em todas as coisas e não ter pecado não é uma coisa que acontece somente entre os
leigos adventistas.

Entre as pessoas entrevistadas por mim um é pastor adventista. Ele não definiu tentação,
mas respondeu à pergunta se tentação é pecado da seguinte forma.

“Tentação não é pecado. Se não Cristo...”

Infelizmente esse pastor apesar dos muitos anos que tem no ministério, não respondeu a
segunda pergunta e também não completou a primeira com duas palavras que acredito eu, ele
tinha em mente para completar sua resposta. Essas palavras são: “teria pecado”. Não posso
afirmar o porquê de esse pastor ter agido assim, se foi covardia, insegurança, enfim não sei
mesmo. Fato é que tenho constatado a triste realidade que, pastores adventistas têm respondido
com silêncio quando são confrontados com questões importantes a respeito da nossa fé.

Agora vejam comentários sobre tentação feitos por um renomado teólogo adventista George
R. Knight em um de seus livros, Pecado e Salvação.

“Antes de encerrar esta discussão sobre a definição de pecado como estado de rebelião,
como relacionamento quebrado e como uma série de atos, precisamos examinar brevemente
outros aspectos do pecado. Primeiramente, tentação não é pecado. Jesus foi tentado, mas
não pecou. Nem eu peco quando sou tentado. O pecado ocorre quando reconheço que uma
coisa é tentação, mas mesmo assim decido agir em conformidade com ela e, para todos os
efeitos, é como se eu estivesse dizendo para Deus ‘cair fora’”. George R. Knight Pecado e
Salvação p. 46

“A tentação pode se tornar pecado no momento em que tomo consciência da tentação.


Nesse ponto posso escolher entre duas coisas. Posso rejeitar a tentação pelo poder de Deus
ou posso me concentrar na tentação e alimentá-la um pouco. Em outras palavras, posso
pedir a Deus que entre em minha vida e me ajude a vencer; ou pedir que Ele se ‘distancie’
por um tempo para que eu possa apreciar sem constrangimentos minha luxúria secreta”.
George R. Knight Pecado e Salvação p. 168

No primeiro texto retirado desse livro o autor, George R. Knight defende que tentação não é
pecado e como a maioria usa como argumento para comprovar que tentação não é pecado o
fato de Jesus ter sido tentado em tudo e não ter pecado. Estranho é que no primeiro texto George
R. Knight afirma que o “pecado ocorre quando reconheço que uma coisa é tentação, mas
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mesmo assim decido agir em conformidade com ela”. É muito claro nesse texto que o autor
afirma que o pecado acontece quando acontece uma ação em conformidade com a
tentação.
Já no segundo texto George R. Knight afirma que o pecado acontece quando alimento a
tentação, “posso me concentrar na tentação e alimentá-la um pouco”, em outras palavras
quando acaricio a tentação.
Isso fica mais claro quando ele explica novamente quando o pecado ocorre: “pedir que Ele
se ‘distancie’ por um tempo para que eu possa apreciar sem constrangimentos minha luxúria
secreta”.
Pecado agora ocorre quando ele pede que Deus se distancie para que ele possa
“apreciar sem constrangimentos sua luxúria secreta”.
Confuso não? Percebe-se que existe confusão e de certa forma uma indefinição sobre
quando tentação se torna pecado até mesmo quando um renomado teólogo trata desse assunto.
Não poderíamos esperar coisa diferente por parte dos leigos da nossa igreja. Evidente na
mensagem transmitida por esse teólogo é:
Tentação não é pecado, pelo menos o seu início, ou seja, no momento em que ela surge.
Também usar para justificar sua afirmação de que tentação não é pecado o fato de Jesus
ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado.
Gostaria de ter oportunidade de perguntar a esse teólogo como ele define tentação. Acredito
não ser difícil concluir que ele também define tentação como a maioria, por exemplo, “desejos
de fazer alguma coisa contrária a vontade de Deus”, pois isso está implícito em sua
mensagem sobre tentação. Vejam no trecho a seguir do livro Pecado e Salvação como o autor
George R. Knight define, tentação: “[...] pedir que Ele se ‘distancie’ por um tempo para que
eu possa apreciar sem constrangimentos minha luxúria secreta”. George R. Knight Pecado
e Salvação p. 168
Acredito não ser difícil concluir que a mencionada “luxúria secreta” seja algum tipo de
desejo de fazer algo errado ou censurável. Essa “luxúria secreta” acredito eu pode ser
substituída por qualquer definição de tentação que foi dada pelos membros de nossa igreja. Um
“forte desejo de fazer algo errado ou censurável”, “desejo para algo não recomendável”,
“desejo para o mal”, “maus desejos” etc.

MAIS UM COMENTÁRIO SOBRE TENTAÇÃO

“Embora essas tentações sejam tentações, elas não são a TENTAÇÃO propriamente
dita. TENTAÇÃO é a sedução para colocar o eu no centro da própria vida, descer da cruz
e desistir de viver a vida crucificada. Da TENTAÇÃO é que fluem as tentações”. George
R. Knight Pecado e Salvação p.212

Concordo com ele nessa forma de comentar tentação, mas aqui nesse ponto ele deveria
afirmar que a “TENTAÇÃO” ou as “tentações” é sim pecado. Afinal acredito não ser difícil
aceitar que colocar o “eu no centro da própria vida” e o que surge como consequência
dessa decisão seja pecado. Afirmar que esse tipo de tentação é pecado estaria de acordo
com o que ele escreveu na página 40 por exemplo, vejam o texto da página 40: “ Pecado
é o amor direcionado para a coisa errada. É amar mais a criatura do que o Criador. Não faz
diferença alguma se essa criatura é algo externo ou a própria pessoa”. George Knight, Pecado
e Salvação p. 40. Infelizmente ele não faz essa afirmação, se fizesse aumentaria ainda mais a
confusão encontrada no que ele escreveu sobre tentação. Porque, em uma parte do livro ele
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estaria afirmando que tentação não é pecado já em outra parte estaria afirmando que tentação
é sim pecado. Fica claro que não devemos confiar cegamente em nossos teólogos sobre essa
questão. Pelo menos, não em todos os teólogos. Os comentários de George R. Knight sobre
tentação e suas contradições no livro Pecado e Salvação revela o quanto esse tema é
controverso, e o quanto ele precisa ser estudado com muita oração e atenção.

Voltemos Para Definição de Tentação da Maioria

Foi impressionante constatar como a maioria respondeu que tentação não é pecado, por
terem citado o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado para justificar
o porquê de sua opinião e depois terem dado como definição de tentação “desejo para o mal”,
“maus desejos” etc

Confesso que fiquei bastante incomodado ao constatar que essas pessoas não tiveram a
menor preocupação ao afirmar que essa definição de tentação não é pecado e também por
parecer que essas pessoas desconhecem o fato de que em Jesus jamais ter surgido esses tipos
de pensamentos ou desejos quando submetido às tentações. Sendo assim, o fato de “Jesus ter
sido tentado em todas as coisas e não ter pecado”, não pode ser usado como argumento para
afirmar que o tipo de tentação definida pela maioria não seja pecado. É exatamente isso que
comprovaremos com a apresentação dos textos a seguir.

Como Jesus Reagiu Diante das Tentações

Note que nos os textos seguintes do Espírito de profecia que Satanás nunca despertou em
Jesus um sentimento ou desejo de fazer algo contrário a vontade de Deus.

"Vem o príncipe do mundo", disse Jesus; "e ele nada tem em Mim." João 14:30. Nada
havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado.
NEM POR UM PENSAMENTO CEDIA À TENTAÇÃO. O mesmo se pode dar conosco. O
Desejado de Todas as Nações, p. 123.

“Nem sequer em pensamento Cristo sucumbiria ao poder da tentação. Satanás


encontra nos corações humanos algum ponto onde fincar o pé; algum desejo pecaminoso
acariciado pelo qual suas tentações postulam seu poder. Mas Cristo declarou de Si mesmo:
‘Aí vem o príncipe deste mundo; e ele nada tem em mim’”. –RH, 08/11/1887 (cf. QOD, p.
655). Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 154 – 155
“Mas novamente a tentação é introduzida com a insinuação de desconfiança: “Se Tu
és o Filho de Deus”. Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao “se”; absteve-Se,
porém, da mais leve aceitação da dúvida. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás
uma prova”. O Desejado De Todas As Nações, P. 124

“Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós, devemos
procurar tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento poderia nosso
Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação”. O Grande Conflito, p. 623.

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas
o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO OU
SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152
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Respostas Para Quatro Perguntas

Veremos nesse estudo que quando Ellen White diz que tentação não é pecado ela não está
incluindo nessa afirmação o tipo de tentação definida pela maioria.

É muito claro que Ellen White não está afirmando que aquilo que a maioria definiu
como tentação não é pecado. Ela não faria essa afirmação tendo consciência da
abrangência da lei de Deus. Sabendo que a lei de Deus “toma conhecimento não somente
das ações exteriores, mas dos pensamentos e intenções, dos desejos e emoções do
coração”. Ela também não usaria o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas para
afirmar que o tipo de tentação definida pela maioria não é pecado sendo que ela mesma
inspirada pelo Senhor Espírito Santo afirmou que Jesus nunca respondeu a tentação com
um pensamento ou sentimento contrário a vontade de Deus.

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas
o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO OU
SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Diz o salmista: "A lei do Senhor é perfeita." Quão admirável em sua simplicidade, sua
amplitude e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve, que nos é possível decorar facilmente cada
preceito, e todavia tão abrangente que exprime toda a vontade de Deus, e toma
conhecimento não somente das ações exteriores, mas dos pensamentos e intenções, dos
desejos e emoções do coração”. M E vol. 1 p. 217.

“A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a


concupiscência e a ambição que brotam no coração, mas não encontraram expressão em
ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade. “M E vol. 1 p. 217.
Vemos também que não é possível provar pela Bíblia e Espírito de profecia que o tipo
de tentação definida pela maioria não é pecado

Após termos vistos esses textos do Espírito de profecia sobre como Jesus reagiu diante das
tentações, temos respostas para terceira e quarta pergunta. O fato de Jesus ter sido tentado em
todas as coisas não pode ser usado como argumento para afirmar que o tipo de tentação
definida pela maioria não seja pecado, porquê Jesus nunca teve um pensamento ou um desejo
de fazer o mal quando submetido as tentações do inimigo.

Como querer provar pela Bíblia que o tipo de tentação definida pela maioria não é pecado
tendo em mente o que nos ensinou Jesus no sermão da montanha?

“Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra seu irmão estará sujeito a
julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do
tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo”. Mateus 5:22

“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar
para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela”. Mateus
5:27,28

TENTAÇÃO: Estímulo externo mais algo no interior da pessoa tentada que


corresponda aquele estímulo.

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Já vi pessoas defenderem o seguinte pensamento: Para que haja tentação é necessário o
estímulo externo provocado por algo ou alguém e também algo dentro da pessoa que está sendo
tentada ou provocada que responda aquele estímulo ou provocação na forma de sentimentos e
desejos de fazer algo errado ou censurável. Até mesmo em uma de nossas lições da Escola
Sabatina encontramos algo parecido com essa forma de pensar sobre tentação.

“Três orações. Quando somos tentados a e ceder a nossa natureza humana decaída, devemos fazer
imediatamente três orações: 1) Senhor, sou fraco e indefeso; gosto desta transgressão. (Você não seria
tentado se não gostasse dela). 2) Mas, Senhor, isto está errado. Por favor dá-me a vitória. 3) Obrigado,
Senhor, creio que Ti me concedeste a vitória”. Lição da Escola Sabatina, 3º Tri. 1992. 1 Pedro, p. 78.

Afirmar que, para que uma pessoa seja tentada é necessário além de um estímulo
externo, ser preciso também algo no interior do indivíduo tentado que corresponda
aquela tentação. No caso da lição da Escola Sabatina, a pessoa tentada tem que gostar
da tentação, porque caso não goste você não seria tentado. As pessoas que defendem
esse tipo de pensamento devem estar atentas para o seguinte: Pensando dessa forma,
vendo os textos sobre como Jesus reagiu diante das tentações essas pessoas precisam
saber que, pensando assim, vão então chegar à seguinte conclusão: JESUS NÃO FOI
TENTADO EM TODAS AS COISAS! Jesus não sentia nenhuma atração ou gosto pelas
tentações apresentadas a Ele por Satanás. Vejam esse importante texto do Espírito de
profecia sobre como Jesus reagia diante das tentações de Satanás:
“Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder
da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter
apoio; algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações
asseguram a sua força. Mas Cristo declarou de Si mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste
mundo, e nada tem em Mim." João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que
o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia
nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua vantagem”. O Grande Conflito, p. 623.
Vejam que essa forma de pensar, de que é necessário ter algo na pessoa que está
sendo tentado que corresponda a tentação, ou que tem que gostar da tentação para que
seja realmente tentado, vai levar as pessoas a uma conclusão que contradiz a afirmação
bíblica de que Jesus FOI TENTADO EM TODAS AS COISAS. Portanto essas pessoas
devem reavaliar seus conceitos sobre tentação, pois fica claro e evidente que essa forma
de pensar NÃO É CORRETA! Essa forma de pensar as leva a uma mentira. Essas pessoas
precisam reconhecer que existe sim a possibilidade de que um indivíduo possa ser
tentado sem que haja nele nenhum estímulo interior que corresponda àquela tentação.
Como vimos à vida de Cristo é uma prova que existe essa possibilidade.

O Que Nos Ensinou Jesus


Devemos novamente lembrar o que nos ensinou Jesus no sermão da montanha:
Mateus 5:23 “Aquele que se irar contra seu irmão [...] estará sujeito a julgamento.
Mateus 5:28 “Aquele que olhar para uma mulher com intenções impura, no coração já
adulterou com ela”.
Jesus não poderia nos ensinar isso se Ele mesmo tivesse pensamentos e desejos
impuros.
Importante destacar aqui que Jesus não mencionou a duração do desejo impuro ou
da ira. Se o desejo ou a ira durou apenas alguns segundos, se foi acariciado ou não.
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Ele simplesmente declara que ao surgir tal sentimento aconteceu o pecado.
Certa vez uma pessoa que exerce liderança em um movimento entre os Adventistas
aqui no Brasil me fez a seguinte declaração: “Pelos antepassados de Jesus podemos
dizer que Jesus passou a vida inteira lutando contra desejos sexuais”. Chamo isso de
aberração teológica! Como já vimos Jesus nunca respondeu a tentação com um
“PENSAMENTO OU SENTIMENTO”.

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas
o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO OU
SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

Abrangência da Lei de Deus

Se todos que professam o cristianismo tivessem consciência da abrangência da lei


de Deus com certeza não teríamos pessoas afirmando que tentação como sendo, “maus
desejos”, “desejos de praticar algo que não nos convém”, “fortes desejos de fazer algo
errado”, “desejos de fazer algo que não agrada a Deus”, não é pecado. No texto a seguir
vemos novamente a serva do Senhor revelar a abrangência da lei de Deus.

“Diz o salmista: "A lei do Senhor é perfeita." Quão admirável em sua simplicidade, sua
amplitude e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve, que nos é possível decorar facilmente
cada preceito, e todavia tão abrangente que exprime toda a vontade de Deus, e toma
conhecimento não somente das ações exteriores, mas dos pensamentos e intenções, dos
desejos e emoções do coração”. Mensagens Escolhidas vol. 1 p. 217

“A lei de Deus, conforme apresentada nas Escrituras, é ampla em seus requisitos. Atingi
os pensamentos e sentimentos. [...] Se a lei se estendesse apenas a conduta exterior, os
homens não seriam culpados de seus pensamentos, desejos e desígnios errados. [...] Mas
a lei exige que a própria alma seja pura e a mente santa, para que os pensamentos e
sentimentos estejam de acordo com o padrão de amor e retidão”. Mind Character and
Personality, vol. 2, p. 564; Mente, Caráter e Personalidade; p. 564

“Cristo mostra serem os mandamentos excessivamente amplos, abrangendo mesmo


os pensamentos, intentos e propósitos do coração”. Lar Adventista p. 336

“A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a


concupiscência e a ambição que brotam no coração, mas não encontraram expressão em
ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade”. Mensagens Escolhidas vol. 1 p. 217

“As negras paixões que permanecem ocultas à vista dos homens, a inveja, o ódio, o
sensualismo, a ambição, as maquinações perversas nos profundos recessos do coração ainda
não executadas por falta de oportunidade – tudo isso a lei de Deus condena”. Atos dos
Apóstolos, p, 424
Depois de vermos a abrangência da lei de deus, vejam o comentário a seguir sobre
tentação.

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“Paixão pode geralmente ser equiparada à tentação, e tal não é pecado. Um pensamento
impuro pode ocorrer espontaneamente mesmo numa ocasião sagrada, mas ele não polui; não
é pecado a menos que seja tolerado e nutrido. Um desejo profano pode repentinamente
lampejar na mente sob instigação de Satanás, mas ele não é pecado se não for acariciado”.
Tocado por Nossos Sentimentos, p. 163
Deus conhece todos os pensamentos dos homens

“O Senhor conhece os pensamentos do homem, que são vaidade”. Salmos 94:11


“Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta
ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em
perdoar”. Isaías 55:7

Lógica Humana e a Negação de Uma Verdade

Vejam no próximo texto pessoas tentando usar a lógica humana para comentar e chegar a
conclusões sobre a tentação de Jesus. De certa forma, negar que Ele possa ter sido tentado em
todas as coisas.

Texto do livro ELLEN WHITE E A HUMANIDADE DE CRISTO, escrito por Woodrow W.


Whidden, publicado pela CPB, Casa Publicadora Brasileira

“Os argumentos dos que alegam que Cristo tinha que ser exatamente igual aos seres
humanos pecaminosos para que pudesse identificar-Se com eles caem por terra face á
um implacável fato da história humana; todos pecamos, mas Cristo nunca pecou, Pense
nisso por um momento. [....] Uma experiência prévia com o pecado sempre fortaleça o
poder da tentação. O desejo de cometer qualquer ato específico de pecado será mais forte
para quem já praticou aquele pecado do que para quem nunca se deixou levar por ele.
Será que isso incapacita Cristo a nos socorrer, ou identificar-Se conosco em nossas
tentações. Com rigor, Eric Webster expõe a lógica implacável da situação: “Aqui mesmo,
existe um imenso vazio entre Cristo e o pecador. Na melhor das hipóteses, Cristo pode
enfrentar a tentação em sua fase inicial, mas não pode ser rebaixado ao nível do alcoólatra
que enfrenta a tentação só para deixar-se levar pela bebida pela milésima vez [...] Cristo
nunca conheceu a força do pecado habitual, não podendo ir ao encontro do homem
naquele nível” (419). Qualquer tentativa de arrastá-Lo até o nível sucumbe na “base” de
nossa história universal de “pecado habitual” Ellen White e a Humanidade de Cristo, p.
98.

“[...] Cristo nunca conheceu a força do pecado habitual, não podendo ir ao encontro
do homem naquele nível [...]”
Nesse texto fica evidente a negação do fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas.
Aqui o autor afirma que Cristo não conhece a força das tentações do pecador habitual. O que
ele usa para chegar a essa conclusão? Aqui está a resposta: “Com rigor, Eric Webster expõe
a lógica implacável da situação”.

Esse tipo de afirmação contradiz a afirmação da serva do Senhor que afirma que a
escada vista por Jacó representava Cristo e que essa escada “vai da mais baixa

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degradação da Terra e da humanidade até os mais altos Céus”. E também a afirmação de
que Jesus desceu “até o nível das debilitadas faculdades do homem”.

“Cristo era a escada vista por Jacó. Cristo é o elo que une a Terra ao Céu e conecta o
homem finito com o Deus infinito. Esta escada vai da mais baixa degradação da Terra e da
humanidade até os mais altos Céus. [...] [Cristo] veio ao mundo para que pudesse entender
todas as necessidades da humanidade caída”.- ST, 29/07/1889; Ellen White e a Humanidade de
Cristo,p. 157.

“Aquele que era um com o Pai desceu do glorioso trono no céu, ... e cobriu Sua divindade
com humanidade, descendo, assim, até o nível das debilitadas faculdades do homem [...] A
maior dádiva que o céu poderia derramar foi dada em resgate pela humanidade caída”.-RH,
11/12/1888; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p.156
Que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos proteja das ciladas preparadas pelo nosso
inimigo para nos prender em mentiras que certamente levará muitos a perdição eterna. Saber o
que Cristo fez POR nós é importantíssimo porque somente assim entenderemos realmente o
que Ele deseja fazer EM nós.

Conceito de Tentação Nesse Texto

“[...] Uma experiência prévia com o pecado sempre fortalece o poder da tentação. O
desejo de cometer qualquer ato específico de pecado será mais forte para quem já praticou
aquele pecado do que para quem nunca se deixou levar por ele. [...]” Ellen White e a
Humanidade de Cristo, p. 98.

Outro detalhe importante a ser destacado nesse texto é o fato podermos perceber como o
seu autor define ou descreve tentação. “[...] Uma experiência prévia com o pecado sempre
fortalece o poder da tentação. O desejo de cometer qualquer ato específico de pecado
será mais forte [...]”

“Tentação” = “O desejo de cometer qualquer ato específico de pecado [...]”


Essa é mais uma prova de que infelizmente a maioria tem um conceito limitado do que
realmente seja tentação.

Estabelecer Condições Para Entender Como Cristo Foi Tentado


em Todas as Coisas

Outros estabelecem condições para acreditarem que Cristo possa realmente ter sido
tentado em todas as coisas como eles. Para essas pessoas Cristo tem que ter tido os mesmos
desejos, propensões e inclinações que nós temos para então ter sido tentado em todas as coisas
como nós.
A seguir veremos textos onde se estabelece condições para aceitar que Cristo tenha
realmente sido tentado em todas as coisas.

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“Jesus tomou nossas tendências herdadas para o pecado, mas não nossas tendências
cultivadas para o pecado. Ele escolheu não pecar e não Se corromper” Herbert E. Douglass,
Opportunity of the Century, p. 33

“Lembre-se de que A.T. Jones havia dito ‘Jesus possuía as mesmas paixões que temos que
temos’. Todavia Jones explicou que Ele nunca Se rendeu a elas”. Tocado por Nossos
Sentimentos p. 113

“Alguns acham que Jesus foi tentado apenas externamente. Se houvesse sido assim,
Ele não teria sido verdadeiramente tentado como nós o somos, nem teria conhecido ‘o poder de
nossas tentações’, e a ‘ força da paixão humana’, aos quais os homens estão sujeitos”. Tocado
por Nossos Sentimentos p. 56

“Ele veio para salvar pecadores, portanto, precisava assumir a carne de pecadores
[...] Ele tinha todas as fraquezas da carne que nós temos. A carne que Ele Se revestiu
possuía todos os desejos que nossa própria carne tem”. Tocado por Nossos Sentimentos
p. 112
“Nossas objeções com relação àqueles que declaram que Cristo não possuía
tendências para pecar e que Ele herdou apenas ‘simples fraquezas’, aplicam-se também a
Webster. De fato, essas declarações não são bíblicas nem estão em harmonia com os ensinos
de Ellen White”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 214

“Consequentemente é considerada semelhante à de todos os seres humanos. Não uma


carne corrompida, mas uma carne que, de acordo com a lei da hereditariedade, porta consigo
inerentes tendências para pecar, tendências às quais Jesus nunca sucumbiu”. Tocado por
Nossos Sentimentos p. 262

“Jesus não veio à Terra como fez o primeiro Adão, que deixou as mãos do Criador
sem nenhuma inclinação para pecar”. Tocado por Nossos Sentimentos, p. 126

“Obviamente, declarou Jones: ‘Ele não poderia ser tentado em todos os pontos como
eu sou, se em todos os pontos não fosse como eu sou [....] Cristo estava em Seu lugar, e
Ele possuía a natureza de toda raça humana. Nele se encontrava toda a fraqueza de
humanidade, de forma que cada homem sobre a Terra que pode ser tentado, encontra em
Jesus Cristo poder contra tentação. Para cada alma há em Jesus vitória contra todas as
tentações e socorro contra seu poder. Essa é a verdade’”. Tocado por Nossos Sentimentos p.
78
“A carne de que Ele Se revestiu possuía todos os desejos que nossa própria carne
tem” [...] [...] “A carne sem quaisquer desejos pelo mal não está sujeita à tentação. Mas
Cristo foi tentado como nós o somos, de forma que Ele devia ter a mesma espécie de carne que
possuímos”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 112

“Alguém que nunca lutou com paixões não pode ter nenhuma compreensão de seu
poder, nem jamais experimentou o gozo de vencê-las”. Tocado por Nossos Sentimentos, p. 162

11
“Ele não foi apenas tentado, mas Suas tentações eram tão fortes que Ele sofreu quando era
tentado. Heb2:18. Embora Jesus tivesse em Sua carne todos os desejos que habitavam na
carne de Seus antepassados, todavia Ele nunca, nem mesmo por uma só vez, cedeu ao
pecado”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 123

“Se Cristo estava isento das paixões da humanidade, Ele era diferente dos outros
homens, nenhum dos quais tivera essa condição. Tal ensino é trágico e completamente oposto
ao que os adventistas do sétimo dia têm ensinado e crido”. M. L. Andreassen, Livro, Tocado por
Nossos Sentimentos, p. 161

“[...] De mais a mais, ‘a carne de Jesus Cristo era nossa carne, e nela havia tudo o que há
em nossa carne – todas as tendências ao pecado que há em nossa carne estavam em Sua
carne, atraindo-O para que cedesse ao pecado’. Do mesmo modo, Jesus portou em Sua
própria carne nossas paixões por hereditariedade, potencialmente, mas não em atos”.
Tocado por Nossos Sentimentos, p. 82

“Ele enfrentou todas as tentações que você e eu enfrentamos, pela fé na vontade e Palavra
de Deus. Não houve uma tendência na carne humana que não houvesse nEle. Ele as
venceu a todas”. Tocado por Nossos Sentimentos, p. 118

“Além do mais, o fato de Cristo ter tomado sobre Si a carne, não de um ser sem pecado,
mas de um pecador, isto é, a carne à qual Ele assumiu tem todas as fraquezas e
tendências pecaminosas às quais a decaída natureza humana está sujeita, é mostrado pela
firmação que Ele ‘semente de Davi segundo a carne’. Davi tinha todas as paixões da natureza
humana. Ele disse de si mesmo: ‘Eis que eu nasci em iniquidade, e em iniquidade, e em pecado
me concebeu minha mãe’. (Sal. 51:5)”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 65

Já me deparei com pessoas que negam que Cristo tenha sido tentado em todas as coisas
com os seguintes argumentos: Cristo nunca foi velho, não foi mulher. Como então Ele poderia
conhecer as tentações dos velhos e das mulheres?
Essas pessoas precisam saber o que iremos revelar a seguir sobre o fato de Jesus ter sido
tentado em todas as coisas e não ter pecado antes de ficarem contradizendo a clara afirmação
encontrada na palavra do Senhor de que Cristo foi tentado em todas as coisas.

Jesus tentado em todas as coisas, “ [...] e todavia ser sem pecado [...]” UM MISTÉRIO
NÃO REVELADO
Algo muito importante que precisamos saber sobre como Jesus foi tentado

“Ele foi tentado em todas as coisas como o homem é tentado, e mesmo assim é
chamado o ente santo. Isto é um mistério que foi deixado sem explicação para mortais:
Cristo podia ser tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”.
Carta 8, 1895 (Enviada a W. L. H. Baker) Ellen White e a Humanidade de Cristo, p.172.

“É um inexplicável mistério a mortais que Cristo pudesse ser tentado em todos os


pontos, como nós o somos, e todavia ser sem pecado [....] Ele humilhou-Se a Si mesmo
quando esteve em forma humana, para que pudesse compreender a força de todas as tentações

12
com as quais o homem é assediado”. (Ellen G. White carta 8 de 1895) Tocado por Nossos
Sentimentos p. 158
Normalmente não uso citações que não seja da CPB. Casa Publicadora Brasileira. Nesse
caso usei por ser esse livro, “Tocado por Nossos Sentimentos” um livro muito estimado por
pessoas que estabelecem condições para que Jesus possa ter sido tentado em todas as coisas.

Vejam essa citação: “O argumento básico da nova Cristologia é bem conhecido: Jesus
‘assumiu a natureza humana de Adão sem pecado’, isto é, a natureza de Adão antes da
queda. Na verdade, ‘nEle não havia pecado, quer herdado quer cultivado, como é natural em
todos os descendentes de Adão”. Do mesmo modo, ‘se Cristo foi tentado em todos os pontos
como nós’, isso nunca ocorreu como proveniente de Seu íntimo, uma vez que Ele não
herdou de Adão nenhuma de nossas propensões para o mal”. Tocado por Nossos
Sentimentos, p. 263

Se o fato de Jesus ter sido tentado em todas as coisas e não ter pecado “é um mistério
que foi deixado sem explicação para mortais” devemos parar de tentar compreender
plenamente aquilo que não nos foi revelado e entender e aceitar o que foi revelado. Revelado,
primeiro, Cristo tentado em todas as coisas e, no entanto, nunca pecou, nunca teve ao ser
tentado, um “PENSAMENTO OU SENTIMENTO” voltado para o mal!

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas
o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO OU
SENTIMENTO respondeu à tentação.” Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152
É evidente que está sendo ignorado a existência desse mistério. “Precisa ser explicado”,
como explicar o que não foi revelado?

“Precisa ser explicado como Ele pôde ser tentado em todas as coisas como nós, em carne
semelhante à carne pecaminosa, sem cometer pecado”. Tocado por Nossos Sentimentos p. 251

Definição de Tentação
Precisamos analisar melhor nossa definição de “TENTAÇÃO”. Estudar o tema com
carinho e oração para que não sejamos enganados pelo inimigo das almas. Como já
vimos o tema é bastante controverso e exige que o analisemos com muita atenção e
oração pedindo a orientação do nosso Senhor o Espírito Santo.
DEFINIÇÃO DE TENTAÇÃO (Dicionário)

TENTAÇÃO. St Ato ou efeito de TENTAR disposição de ânimo para a prática de coisas


sedutoras ou censuráveis; Desejo veemente.

TENTAR v. t. Empregar meios para alcançar (o que deseja ou empreende) diligenciar-


se. TRATAR DE CONSEGUIR, INTENTAR PRETENDER, EMPREENDER, sondar, INSTIGAR
PARA O MAL, PROVOCAR, causar desejo, procurar obter, , EXPERIMENTAR; procurar,
seduzir, instaurar (demanda) p deixar-se seduzir, apetecer muito alguma coisa.

Note que no dicionário tentação não é somente “Desejo veemente”. De fazer algo
censurável ou algo errado. Tentação também é “Ato ou efeito de TENTAR disposição de
ânimo para a prática de coisas sedutoras ou censuráveis”
13
No entanto a maioria só reconhece tentação como sendo “um forte desejo de fazer
algo errado”.

Importante saber que nessa segunda definição de tentação o inimigo pode ou não ter
sucesso em despertar no indivíduo tentado a “disposição de ânimo para a prática de
coisas sedutoras ou censuráveis”

Note que no caso de Jesus o inimigo não conseguiu despertar em Jesus a vontade de
praticar coisas sedutoras ou censuráveis. Essa tentação é um estímulo externo que pode
ou não causar na pessoa que está sendo tentada a vontade de praticar coisas sedutoras
ou censuráveis. Se causa é sinal de que a pessoa que está sendo tentada ainda possui
defeitos de caráter se manifestando quando é provocada ou tentada pelo inimigo.

Tentação sinônimo de: provocação, prurido, incitação, desejo, impulso, assalto,sedução,


atração

“A tentação (tentar + ação = tentação) É TENTAR FAZER COM QUE UMA PESSOA
PEQUE. Forte desejo humano de fazer algo que não deve, de experimentar algo que vê, etc.

“O substantivo grego para tentação, peirasmós, indica qualquer tipo de provação ou


tribulação, incluindo a instigação para o pecado”.

Aqui está mais alguns argumentos para não termos como definição de tentação apenas
“desejo veemente”. Tentação também pode ser definido como sendo “qualquer tipo de
provação ou tribulação, incluindo a instigação para o pecado”.

Tentação também “É TENTAR FAZER COM QUE UMA PESSOA PEQUE”

Podemos deduzir que quando Ellen G. White afirmou que tentação não é pecado ela estava
se referindo a tentação como sendo uma provocação do inimigo tentando levar as pessoas a
pecarem em pensamento, desejos ou em atos contrários aos princípios divinos. Com certeza
ela não tinha a intenção de afirmar que tentação como sendo, por exemplo, um forte desejo de
fazer algo errado não seja pecado. Vejam nos textos a seguir palavras importantes,
“sugestões”, “provocado”, descrevendo a forma como Jesus foi tentado e como Ele reagiu.

“Ao Cristo humilhar-Se e tomar sobre Si a nossa natureza Ele familiarizou-Se com nossas
necessidades e suportou as mais fortes tentações que o homem terá que suportar. Ele venceu
o inimigo resistindo suas sugestões, para que o homem pudesse aprender a ser vencedor [...]”.
Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 168
“Firme e determinado era Seu propósito de fazer o que era certo. Embora provocado para
o mal, Ele Se recusava a sair, ainda que por um mero instante, da mais estrita verdade e da
retidão”. – ST, 30/07/1896, Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 174

14
Bom destacar que o problema não é como as pessoas definiram tentação. A definição deles
como tentação sendo, como exemplo, forte desejo de fazer algo contrário aos princípios divinos,
não está errada.

Ter “forte desejo de fazer algo contrário aos princípios divinos” é sim um tipo de tentação
também.

O erro consiste em ter é um conhecimento limitado, parcial e incompleto sobre tentação e


também em pensar que o tipo de tentação definida por eles não seja pecado.

Precisamos muito, mas muito mesmo entender e aceitar que a tentação manifestada em
pensamentos ou desejos contrários a vontade de Deus é simplesmente manifestação de defeito
de caráter. Defeito de caráter é pecado. Portanto esse tipo de tentação é pecado sim.

Por tudo que vimos sobre tentação, acredito já poder definir e diferenciar os dois tipos de
tentação.

1) Quando a tentação é apenas um estímulo externo, onde através de algo ou alguém o


inimigo tenta despertar algo na pessoa tentada, mas não consegue, então podemos
afirmar que esse primeiro tipo de tentação realmente não é pecado.
2) Quando a tentação não é apenas um estímulo externo, mas sim também, algo na pessoa
tentada que corresponda aquele estímulo, sentimentos e pensamentos, então podemos
afirmar sim, ser esse tipo de tentação pecado. Note que nesse caso, o inimigo conseguiu
achar algo na pessoa tentada que corresponda aquele estímulo, um defeito de caráter,
que quando provocado se manifesta através de pensamentos ou desejos. Tentando ser
o mais objetivo possível.
a) Tentação quando apenas um estímulo externo não é pecado.
b) Tentação quando provém do nosso interior, se manifestando através de sentimentos
e desejos é sim pecado.

Tentação que procede de Satanás e do mal que existe no coração

“A tentação é um estímulo a pecar, e isto não procede de Deus, mas de Satanás, e do mal
que há em nosso próprio coração. "Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta."
Tia. 1:13. O Maior Discurso de Cristo, p. 116.
Nesse texto podemos ver claramente os dois tipos de tentação. Tentação que procede de
Satanás é o estímulo externo. Essa não é pecado se não encontra no indivíduo tentado nenhuma
resposta, pensamento, sentimento ou desejo pecaminoso.
Quando procede do “mal que há em nosso coração”, essa sim é pecado, veja que, um
defeito de caráter que quando provocado reage com pensamentos, desejos e sentimentos
pecaminosos.
Duas coisas precisam ser compreendidas e aceitas.
1) - Quando tentação não é pecado. A possibilidade de ser tentado mesmo sem ter nada no
indivíduo tentado que corresponda aquela tentação.
2) – Quando tentação é pecado. Quando a tentação procede do “mal que há em nosso
coração”. Defeito de caráter se manifestando através de pensamentos, sentimentos e
desejos pecaminosos.

15
Possibilidade de ser Tentado Sem Ter Algo Dentro de si Que Corresponda
Aquela Tentação.

Agora tendo o conceito de tentação ampliado é possível levar em consideração a


possibilidade de ser tentado, provocado ou instigado para o mal e não responder com nenhum
sentimento ou desejo que desagrade a Deus, ou seja, ser “tentado”, “provocado” ou “instigado
para o mal” e não ter a manifestação de nenhum desejo, nenhuma propensão, tendência ou
inclinação para o mal. Ser tentado pelo inimigo, mas ele não encontrar em nós nenhum defeito
de caráter. Isso é possível pela graça de Deus. Foi exatamente isso que aconteceu com Jesus
como já vimos.

Devemos lembrar-nos dos sinônimos de tentação que são “provocação” e “instigar para
o mal”. Então vamos dar um exemplo.

Uma determinada pessoa usada pelo inimigo agride com palavras e chega até mesmo a
agredir fisicamente outra pessoa, mas a pessoa agredida tenta se esquivar e reage com
paciência, não deseja também agredir com palavras e muito menos fisicamente o seu agressor.

Temos aí um exemplo em que ouve uma tentação ou provocação em que a pessoa tentada
ou provocada não teve nenhuma reação voltada para o mal, nenhum sentimento que desagrade
a Deus. ESSE TIPO DE TENTAÇÃO NÃO É PECADO. O INDIVÍDUO TENTADO NÃO FOI
LEVADO A COMETER PECADO.

“A alma que, mediante o poder divino, resiste à tentação, revela ao mundo e ao universo
celeste a eficácia da graça de Cristo”. O maior Discurso de Cristo, p. 117.

“A única salvaguarda contra o mal é a presença de Cristo no coração mediante a fé em Sua


justiça. É por causa da existência do egoísmo em nosso coração, que a tentação tem poder
sobre nós. Ao contemplarmos, no entanto, o grande amor de Deus, o egoísmo se nos apresenta
em seu horrível e repugnante caráter, e nosso desejo é vê-lo expelido da alma. À medida que
o Espírito Santo glorifica a Cristo, nosso coração é abrandado e subjugado, as tentações
perdem sua força, e a graça de Cristo transforma o caráter”. O maior Discurso de Cristo, p.
118.

Aqueles que afirmam que para haver tentação tem que existir algum estímulo que
corresponda à tentação na pessoa que está sendo tentada devem estar atentos para a seguinte
questão. Seria certo afirmar que no exemplo que damos aqui que a pessoa agredida não sofreu
nenhum tipo de tentação ou provocação?

Fica então bastante evidente que precisamos saber que também existe sim a possibilidade
de que uma pessoa seja tentada sem que nela não seja encontrada nenhuma, absolutamente
nenhuma, propensão para pecar. Cristo provou que essa possibilidade é real vivendo sendo
tentado em todas as coisas, no entanto nunca tendo propensão ou inclinação para pecar. Não
havia nada em Cristo que correspondesse às tentações ou as provocações de Satanás.

“Não devemos tornar-nos comuns e terrenos em nossas ideias, e em nossas ideias


pervertidas não devemos pensar que a possibilidade de Cristo ceder às tentações de

16
Satanás degradou Sua humanidade e [que] Ele possuía as mesmas propensões
pecaminosas e corruptas do ser humano. … Cristo assumiu nossa natureza caída mas
não corrompida”. Ms, 57, 1890; Em Busca de Identidade,p. 124.

“Não havia nEle nenhum pecado através do qual Satanás pudesse triunfar e nem
qualquer debilidade ou defeito que ele pudesse usar para sua vantagem”. Review 27 de
maio 1884; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 46.

Satanás não encontrou em Jesus nenhuma “debilidade ou defeito”. Infelizmente ele


encontra em nós, mas o Senhor deseja nos transformar retirando de nós essas debilidades ou
defeitos de caráter. Se aceitarmos essa transformação a vida de Jesus não pecando nem
mesmo em pensamento também poderá ser uma realidade para nós.

“‘Vem o príncipe do mundo’, disse Jesus; ‘e ele nada tem em Mim’. João 14:30. Nada havia
nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por
um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco”. O Desejado De Todas
as Nações p. 129

“Mas novamente a tentação é introduzida com a insinuação de desconfiança: “Se Tu


és o Filho de Deus”. Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao “se”; absteve-Se,
porém, da mais leve aceitação da dúvida. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás
uma prova”. P. 124

“Jesus mesmo, enquanto andava entre os homens, muitas vezes Se entregava à oração.
Nosso Salvador identificou-Se com nossas necessidades e fraquezas, tornando-Se um
suplicante, um solicitador junto de Seu Pai, para buscar dEle novos suprimentos de força, a fim
de que pudesse sair revigorado para os deveres e provações. Ele é nosso exemplo em todas as
coisas. É um irmão em nossas fraquezas, pois "como nós, em tudo foi tentado" (Heb. 4:15);
mas, sem pecado como era, Sua natureza recuava do mal; suportou lutas e agonias de alma
num mundo de pecado. Sua humanidade tornou-Lhe a oração uma necessidade, e privilégio”.
Caminho a Cristo p. 94

Jesus não veio com uma natureza especial na qual somente Ele conseguiria viver sem as
propensões para o pecado. Isso fica evidente pelo fato do Senhor requerer daqueles que
buscam a salvação que, pelo Seu poder busquem uma transformação de vida de tal maneira
que sejam eliminadas todas as propensões para o pecado. Assim a vida de cada um será como
a que Jesus viveu, livre dos ATOS e IMPULSOS pecaminosos. Detalhe importantíssimo, isso
só será possível “enquanto a pessoa transformada estiver realmente sob o pleno poder do
Senhor Espírito Santo”. Esse é o resultado de ser co-participante da natureza divina. 2 Pedro
1:4

“O tempo é chegado em que toda pessoa deve permanecer de pé ou cair segundo seus
próprios méritos. Uns poucos atos religiosos, uns poucos bons impulsos podem ser
apresentados à mente como evidências de retidão, mas Deus requer o coração inteiro.
Ele não aceitará afeições divididas. Todo o ser deve ser-Lhe entregue ou Ele não receberá
a oferta”. Carta 14, 1884. MM Olhando Para o Alto p. 27

17
“Deus nos deu o poder da escolha; a nós cumpre exercitá-lo. Não podemos mudar o
coração, nem reger nossos pensamentos, impulsos e afeições. Não nos podemos tornar puros,
aptos para o serviço de Deus. Mas podemos escolher servi-Lo, podemos entregar-Lhe nossa
vontade; então, Ele operará em nós o querer e o efetuar, segundo a Sua aprovação. Assim,
nossa natureza toda será posta sob o domínio de Cristo”. A Ciência Do Bom Viver p. 176

“Tudo que é verdadeiro, tudo que é respeitável, tudo que é justo, tudo que é puro,
tudo que é amável, tudo que é de boa fama, ... seja isso o que ocupe o vosso pensamento”.
Filip. 4:8.
A artimanha do inimigo!
Satanás procura levar-nos à tentação, a fim de que o mal que existe em nosso caráter
se possa revelar perante os homens e os anjos, de modo que ele nos reivindique como seus”.
O Maior Discurso de Cristo, p. 116.

“Não há um impulso de nossa natureza, nem uma faculdade do espírito ou inclinação do


coração, que não necessite de achar-se a todo instante sob a direção do Espírito de Deus. Não
há uma bênção que Deus confira ao homem, nem uma provação que permita recair sobre
ele, de que Satanás não possa e não queira prevalecer-se para tentar, perturbar e destruir
a alma, se lhe dermos a menor vantagem. Portanto, por maior que seja a luz espiritual de
alguém, por mais que goze do favor e bênção de Deus, deve andar sempre humildemente
perante o Senhor, rogando pela fé que Deus lhe dirija todo o pensamento e domine todo
impulso”. Patriarcas e Profetas, p. 421.
Precisamos ter como objetivo ser transformado de tal forma que Satanás não
encontre em nós nenhum mal em nosso caráter. O não aceitar essa questão está
resultando no fato da norma da justiça sendo abaixada, é o que veremos a seguir
NORMA DE SANTIDADE SENDO ABAIXADA

As pessoas que defendem que ter manifestação de sentimentos e desejos de fazer


algo errado não é pecado, mas sim apenas TENTAÇÃO e esse tipo de tentação não é
pecado precisam compreender que essas manifestações de desejos contrários a vontade
de Deus na realidade são MANIFESTAÇÕES DE DEFEITO DE CARÁTER E DEFEITO DE
CARÁTER É PECADO. Precisam compreender também pensando assim estão
“ABAIXANDO A NORMA DE JUSTIÇA”.

“Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar à prática do mal,
tendências herdadas ou cultivadas. Precisamos compreender que imperfeição de caráter
é pecado. Todos os justos atributos de caráter habitam em Deus como um todo perfeito
e harmonioso, e todo aquele que aceita a Cristo como Salvador pessoal, tem o privilégio
de possuir estes atributos”. P J, p. 330

“Deus requer perfeição moral em todos. Os que receberam luz e oportunidades devem,
como mordomos de Deus, aspirar à perfeição, e nunca, nunca baixar a norma de justiça a fim
de acomodar tendências herdadas e cultivadas para o mal. Cristo tomou sobre Si nossa
natureza humana e viveu nossa vida, para mostrar-nos que podemos ser semelhantes a Ele
participando da natureza divina. Podemos ser santos, como Cristo foi santo na natureza
humana”. MM 1980, Este Dia Com Deus p. 30

18
Permanecer tendo uma vida onde se continua tendo manifestações de propensões,
tendências ou inclinações para o mal através do surgimento de desejos de fazer algo contrário
à vontade de Deus é permanecer em pecado. A exortação encontrada nessa mensagem para
que não seja abaixada a norma da justiça está sendo ignorada por muitos. É exatamente isso
que muitos estão fazendo, estão ABAIXANDO A NORMA DA JUSTIÇA afirmando não ser
pecado aquilo que claramente o Senhor nos revela ser pecado. Estão assim rejeitando a obra
de purificação e libertação do pecado que o Senhor deseja realizar em nós. Desperta professo
povo de Deus.

“O Espírito de Deus produz uma nova vida na pessoa, levando os pensamentos e os


desejos à obediência da vontade de Cristo”. MCP, v. 2, p. 658.

“É necessária genuína conversão, não só uma vez em anos, mas diariamente. Esta
conversão leva o homem a nova relação com Deus. As coisas velhas, suas paixões
naturais e as tendências herdadas ou cultivadas para o mal, dissipam-se e ele é renovado
e santificado”. MM Nossa Alta vocação 1962 p. 213

RELAÇÃO ENTRE PROPENSÃO, INCLINAÇÃO OU TENDÊNCIA PARA O


MAL E DEFEITO DE CARÁTER

Conversando com alguns irmãos percebi uma não aceitação de que possuir
propensão, inclinação ou tendência para o mal não é o mesmo que possuir defeito de
caráter, mas veja nos textos seguintes que esses irmãos estão enganados.

Textos do Espírito de profecia provando existir uma relação entre “propensão,


inclinação ou tendência para pecar” e “defeito de caráter”.
Textos provando que purificação do caráter é permitir que a graça de Deus elimine do
nosso caráter, toda “propensão, inclinação ou tendência para pecar”.

“Não precisamos reter uma só propensão pecaminosa. […] (Efés. 2:1-6.) […] Ao
participarmos da natureza divina, são eliminadas do caráter as tendências hereditárias e
cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo poder para o bem”. SDA Bible Commentary,
vol. 7, p. 943. Maranata, O Senhor Vem, MM 1977, p.223.

“Ao participarmos da natureza divina, são ELIMINADAS DO CARÁTER as tendências


hereditárias e cultivadas para o mal, e tornamo-nos um vivo poder para bem”. Cuidado
De Deus, p. 366.

“O novo nascimento consiste em ter novos motivos, novos gostos, novas tendências.
Os que são gerados para uma nova vida, pelo Espírito Santo, tornam-se participantes da
natureza divina, e em todos os seus hábitos e práticas evidenciarão sua ligação com
Cristo. [...]” MM EXALTAI-O 1992 P. 124
SUBTÍTULOS IMPORTANTES
Nossa lição da Escola Sabatina expressa a opinião oficial da nossa igreja e vemos
claramente uma relação de propensão para o mal como sendo pecado “PURIFICAÇÃO DE
TODO PECADO” p. 50 e também como sendo defeito de caráter, na p. 149 a lição usa o

19
subtítulo, “CARÁTER PURIFICADO”. Depois desses subtítulos a lição nos mostra o texto
da serva do Senhor onde ela escreve “Então somos purificados de todo pecado, de todos
os defeitos de caráter. Não precisamos reter nenhuma propensão pecaminosa”.

PURIFICAÇÃO DE TODO PECADO “Precisamos compreender que pela fé em Cristo é


nosso privilégio ser participante da natureza divina e livrar-nos da corrupção das paixões
que há no mundo. Então somos purificados de todo pecado, de todos os defeitos de
caráter. Não precisamos reter nenhuma propensão pecaminosa”. [Citação de Efésios 2:1-
6] Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 943; Lição da Escola Sabatina, 2° Trim.
1990, Cristo o Único Caminho p. 50

CARÁTER PURIFICADO “Precisamos compreender que pela fé em Cristo é nosso


privilégio ser participante da natureza divina e livrar-nos da corrupção das paixões que
há no mundo. Então somos purificados de todo pecado, de todos os defeitos de caráter.
Não precisamos reter nenhuma propensão pecaminosa”. [Citação de Efésios 2:1-6]
Comentários de Ellen G. White, SDABC, vol. 7, p. 943; Lição da Escola Sabatina, 2° Trim. 1990,
Cristo o Único Caminho p. 149.

Diante de tantas evidências não temos o porquê não aceitar a verdade sobre o fato de que
propensão para o pecado, ser pecado sim,
e ser também defeito de caráter. Deus nos tem revelado mensagens importantes para
nossa salvação, devemos orar pedindo ao Senhor entendimento e aceitação dessas verdades.
A não aceitação dessas verdades resulta na não aceitação da verdadeira purificação que o
Senhor deseja realizar em nós. Acomodação em uma condição de vida em que levará muitos
para perdição. Devemos lembrar que o Senhor deseja nos salvar DOS nossos pecados e não
EM nossos pecados.

“Mas orar em nome de Cristo significa muito. Quer dizer que havemos de aceitar-Lhe o
caráter, manifestar-Lhe o espírito e fazer Suas obras. A promessa do Salvador é dada sob
condição. “Se Me amardes”, diz, “guardareis os Meus mandamentos”. João 14:15. Ele salva os
homens, não em pecado, mas do pecado; e os que O amam manifestarão seu amor pela
obediência”. DTN, pág. 668

“E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque Ele salvará o seu povo dos
seus pecados”. Mateus 1:21

Texto do livro Tocado por Nossos Sentimentos.

“Do mesmo modo, Ellen White constantemente fazia a diferença entre a natureza
herdada e a natureza pecaminosa cultivada. Por um lado, ela escreveu que Jesus ‘tinha toda
a força da paixão da humanidade’; por outro, ela declara que ‘Ele é um irmão em nossas
debilidades, mas não em possuir idênticas paixões’, ‘não possuindo as paixões de nossa
natureza humana decaída’. É bem possível que ela tivesse em mente a diferença entre
tendências herdadas para pecar, pelas quais não somos culpados, e tendências
cultivadas, que nos tornam pecadores. Pra Ellen White bem como para seus contemporâneos
adventistas, ‘semelhantemente a todo filho de Adão, Ele [Cristo] aceitou os resultados da
20
operação da grande lei da hereditariedade’, mas sem jamais ceder a essas tendências”. Tocado
por Nossos Sentimentos p. 113
Com todo respeito que tenho as pessoas que acreditam em mensagens como essa que
acabamos de ver, digo que não posso concordar, e direi porquê.
Não podemos deduzir que Ellen White fazia diferença entre tendências herdadas como não
sendo pecado e tendências cultivadas como sendo pecado.
Em vários textos do Espírito de profecia vemos Ellen White mencionando a necessidade de
que tanto as tendências herdadas como também as cultivadas fossem erradicadas do caráter.
Na verdade, vimos que Ellen White considerava tendências herdadas e cultivadas como sendo
defeito de caráter, sendo que ela declarou que defeito de caráter é pecado, então podemos dizer
que para Ellen White é pecado, tanto as tendências herdadas como as cultivadas. São defeitos
de caráter que podem ser erradicados pelo poder de Deus.
Antes de continuarmos vamos ver outra citação do livro Tocado por Nossos Sentimentos
onde o autor tenta classificar como sendo pecado apenas as “más propensões”, que são
“impulsos para o pecado que foram cultivados” e defender que “propensões naturais”,
“tendências herdadas” como não sendo pecado.

“Más propensões são aqueles impulsos para o pecado que foram cultivados e fortalecidos
pela indulgência para com o pecado. Propensões naturais são aquelas tendências herdadas. A
culpa está contida numas mas não em outras. Isso não é pecaminoso a menos que alguém ceda
à propensão". Tocado por Nossos Sentimentos p. 225
Vamos ver também outro texto do livro Tocado Por Nossos Sentimentos para comprovar o
quanto o tema “tentação” é controverso.

“Numa de suas últimas cartas, Andreasen retornou ao problema das paixões hereditárias.
Ele continuou a refutar as declarações encontradas na pág. 383 do Questions on Doctrine, de
que Cristo ‘estava isento de paixões herdadas e contaminações que corrompem os
descendentes naturais de Adão’. Em primeiro lugar, escreveu ele, ‘essa não é uma
declaração do Espírito de profecia’. Também paixão e contaminação ‘são dois conceitos
inteiramente diferentes’, e não deviam ser postos juntos como estão no Questions on Doctrine.
‘Paixão pode ser geralmente ser equiparada à tentação, e tal não é pecado. Um pensamento
impuro pode ocorrer espontaneamente mesmo numa ocasião sagrada, mas ele não polui; não
é pecado a menos que seja tolerado e nutrido. Um desejo profano pode repentinamente lampejar
na mente sob instigação de Satanás, mas ele não é pecado se não for acariciado”. Tocado por
Nossos Sentimentos, p. 163
Uma importante pergunta. Será ser mesmo necessário ser do Espírito de profecia a citação
que Cristo ‘estava isento de paixões herdadas e contaminações que corrompem os
descendentes naturais de Adão’? Será que Andreasen não conhecia os textos a seguir e
muitos outros que afirmam ter sido Jesus sempre imaculado pelo pecado?

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas
o príncipe das trevas não achou nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO OU
SENTIMENTO respondeu à tentação.” Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 152.

“’Vem o príncipe do mundo’, disse Jesus; "e ele nada tem em Mim." João 14:30. Nada havia
nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. Nem por
um pensamento cedia à tentação”. O Desejado de Todas as Nações, p. 123.
21
Percebam como Andreasen usa “tentação” para afirmar que paixão não é pecado. “Paixão
pode ser geralmente ser equiparada à tentação, e tal não é pecado”.
Isso prepara o caminho para ele afirmar também não ser pecado “um pensamento impuro”
ou um “desejo profano” “a menos que seja tolerado e nutrido” ou “acariciado”.
“Um pensamento impuro pode ocorrer espontaneamente mesmo numa ocasião sagrada,
mas ele não polui; não é pecado a menos que seja tolerado e nutrido. Um desejo profano pode
repentinamente lampejar na mente sob instigação de Satanás, mas ele não é pecado se não for
acariciado”.
Como é nítido o fato de estarem abaixando a norma da justiça com o propósito de estar
acomodando “à prática do mal, tendências herdadas”.

“Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar à prática do mal,
tendências herdadas ou cultivadas. Precisamos compreender que imperfeição de caráter
é pecado. Todos os justos atributos de caráter habitam em Deus como um todo perfeito
e harmonioso, e todo aquele que aceita a Cristo como Salvador pessoal, tem o privilégio
de possuir estes atributos”. P J, p. 330

“O Filho de Deus era irrepreensível. “Precisamos ter como alvo essa perfeição, e vencer
como Ele venceu, caso queiramos ter um lugar à Sua direita”. Testimonies, vol. 3, pág. 336.
Filhos e Filhas de Deus pág. 154

Dominar Seu Desejo, Caim

Um detalhe também importante foi o fato de alguns irmãos ao defender que tentação não é
pecado mesmo que para eles tentação seja “um forte desejo de fazer algo de errado” é o fato
de terem citado como exemplo Caim. Parece que a ideia desses irmãos é que Caim deveria
obedecer a Deus e não proceder de acordo com aquele desejo de rebeldia em seu coração.
Feito isso então ele não teria pecado.

“E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? Se bem
procederes, não é certo que serás aceito? E senão procederes bem, o pecado jaz à porta, e
sobre ti será o teu desejo, mas sobre ele deves dominar”. Gênesis 4:6-7

TEXTOS BÍBLICOS PARA NOSSA REFLEXÃO

Convido aos irmãos para que ao lerem os textos bíblicos a seguir tenham como objetivo
entender o tipo de adoração que o Senhor aceita.

“E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como
está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”.
Marcos 7:6

“Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e
com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor
para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído”. Isaías 29:13

22
“E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda
que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me
aproveitaria”. 1 Coríntios 13:3

Após terem lido esses versículos com muita atenção e oração peço que respondam a
seguinte pergunta: O sacrifício de Caim oferecido ao Senhor seria aceito se ele o fizesse
de acordo com a recomendação de Deus, mas não sendo sua obediência por amor? Não
sendo sua obediência de coração? Sendo uma adoração onde ele ainda abrigava em seu
coração, sentimento de rebeldia contra Deus?

A resposta é não. Deus não aceita de forma alguma obediência que não seja resultado
ou fruto do amor a Ele. Quando Deus pede que Caim “domine seu desejo” Ele está
pedindo que Caim permita que seu coração rebelde seja transformado pela graça divina
em um coração repleto de amor. “Toda verdadeira obediência vem do coração”.

VERDADEIRA OBEDIÊNCIA
“Toda a verdadeira obediência vem do coração. Deste procedia também a de Cristo.
E se consentirmos, Ele por tal forma Se identificará com os nossos pensamentos e ideais,
dirigirá nosso coração e espírito em tanta conformidade com o Seu querer, que,
obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos próprios impulsos. A vontade,
refinada, santificada, encontrará seu mais elevado deleite em fazer o Seu serviço. Quando
conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será de
contínua obediência. Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com
Deus, o pecado se nos tornará aborrecível”. DTN, p.668.

Essa é a maravilhosa obra que o Senhor deseja realizar em cada um de nós. Ser
transformado de tal forma que “obedecendo-Lhe, não estaremos senão seguindo nossos
próprios impulsos” e então o pecado para aqueles que forem santificados pela graça de
Deus se “tornará aborrecível”.

“Duas pessoas podem empenhar-se nos mesmos atos de culto exterior, contudo a
adoração de uma, quando pesada nas balanças de ouro do santuário, pode ser achada
em falta, enquanto a adoração da outra pode ser aceita. SOMENTE A ADORAÇÃO
REALIZADA EM SINCERIDADE, COM UM CORAÇÃO CONTRITO E HUMILDE, É
ACEITÁVEL A DEUS”. Carta 39, 1903. MM Olhando Para o Alto 1983 p.67

“A verdadeira obediência é a expressão de um princípio interior. Origina-se do amor


à justiça, o amor à lei de Deus. “ Parábolas de Jesus p. 98
Jesus deixou muito claro que uma religiosidade apenas de aparência, com o coração
maculado pelo pecado, sem que haja um desejo de perdão e transformação de caráter não é
aceitável por Deus.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros
caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de
ossos de mortos e de toda a imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis
justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade”.
Mateus 23:27,28
23
Alguém pode pensar: “Você está afirmando que Deus aceita somente a adoração de quem
tem o coração já transformado e repleto de amor a Ele”. Não, não é isso! Voltemos ao caso de
Caim. Se Caim oferecesse sua oferta e naquele momento falasse com Deus: “Senhor aqui está
minha oferta conforme o Senhor orientou, porém sinto que meu coração ainda não foi
transformado, ainda não está repleto de amor ao Senhor, eu rogo o Pai que transforme meu
coração e o torne repleto de amor, tira de mim tudo não Lhe agrada, e Senhor aceita a minha
oferta”.
Agindo assim sua oferta seria aceita, pois ele estaria se apresentando a Deus como alguém
que sabia que precisava ser transformado.

Lembre-se “SOMENTE A ADORAÇÃO REALIZADA EM SINCERIDADE, COM UM


CORAÇÃO CONTRITO E HUMILDE, É ACEITÁVEL A DEUS”.

Temos na Bíblia Jesus revelando em que circunstância nossa adoração é aceita por
Deus.

“O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque
não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este
publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.[...]

[...] “O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao
céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que
este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta
será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado”. Lucas 18:11-14

Hoje devo fazer o mesmo, sabendo de minhas imperfeições devo ao orar a Deus e
pedir a Ele que perdoe meus pecados e me transforme, retirando de mim todas as minhas
imperfeições de caráter.

Como o salmista Davi pedir perdão.


“Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade apaga minhas
transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias”. Salmos 51:1

E além do perdão pedir a Deus uma purificação de caráter.


“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto”. Salmos 51: 10

Para finalizarmos essa questão sobre a oferta de Caim um texto do Espírito de profecia
bastante esclarecedor.

“O amor a Deus é a base mesma da religião. Empenhar-nos em Seu serviço meramente


pela esperança de recompensa ou medo do castigo, de nada serviria. A apostasia
declarada não seria mais ofensiva a Deus do que a hipocrisia e o mero culto por
formalidade”. Patriarcas e Profetas, p. 523.

Sobre Davi faço uma pergunta para os irmãos refletirem.


Quando Davi pecou? Quando possuiu Bate Seba ou quando a desejou?

24
“Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem
em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do dia de Deus, por causa
do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. Nós,
porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita
justiça. Por essa razão, pois, amados, empenhai-vos por serdes achados por ele em
paz, sem mácula e irrepreensíveis”. 2° Pedro 3:11-14
Vencer a tentação
“Tentações e provas nos virão a todos, mas não precisamos nunca ser derrotados pelo
inimigo. Nosso Salvador venceu em nosso favor. Satanás não é invencível. [...] Cristo foi
tentado a fim de saber como ajudar a toda pessoa que houvesse de ser tentada posteriormente.
A tentação não é pecado; este consiste em ceder. Para a pessoa que confia em Jesus,
tentação significa vitória e maior resistência”. Manuscrito 113, 1902. Nossa Alta Vocação MM
1962 p. 85
Aqui está um bom exemplo de texto que é usado pelas pessoas que defendem que tentação
como “sentir desejo de fazer algo que desagrada a Deus” não é pecado se esse sentimento não
for tolerado ou acariciado.
Com certeza nesse texto a tentação tem o sentido de provocação ou instigação para o
pecado.
Levando em conta tudo que a serva do Senhor escreveu e o que se encontra na Bíblia, por
exemplo, no sermão do monte, não podemos fazer esse tipo de afirmação. Novamente afirmo,
não podemos afirmar que sentir o desejo de fazer algo errado se torne pecado apenas se eu
alimentar, acariciar esse desejo ou fizer algo de errado conforme aquele desejo ou tentação.

“Satanás assume o domínio de toda a mente que não está decididamente sob o
domínio do Espírito de Deus”. Testemunho Para Ministros e Obreiros Evangélicos p. 79
Ceder à tentação é permitir que ela desperte algo em nós que desagrada a Deus. Exemplo,
um homem diante de uma circunstância que sinta o desejo de roubar ou adulterar.
Se o Espírito Santo realmente estiver em nós nossos impulsos, desejos e pensamentos
serão sempre voltados para o bem e nunca para o mal.
No texto que estamos analisando temos a afirmação que Jesus venceu. Temos que
entender de com clareza o que significa Jesus ter vencido as tentações?
Não significa que Jesus apenas controlou desejos ou pensamentos que são contrários a lei
de Deus!
Significa sim, que Jesus nunca teve diante das tentações UM sentimento ou UM desejo que
não estivesse em harmonia com a Lei de Deus.

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas
o príncipe das trevas não achou nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO OU
SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder
da tentação”. O Grande Conflito p. 623

“Mas novamente a tentação é introduzida com a insinuação de desconfiança: “Se Tu


és o Filho de Deus”. Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao “se”; absteve-Se,
porém, da mais leve aceitação da dúvida. Não poria em risco Sua vida para dar a Satanás
uma prova”. DTN p. 124
25
Nesse texto podemos entender também que Jesus; absteve-Se, do mais leve
sentimento ou desejo contrário a vontade de Deus.

A natureza de Jesus “recuava do mal”.

“Jesus mesmo, enquanto andava entre os homens, muitas vezes Se entregava à oração.
[...] É um irmão em nossas fraquezas, pois "como nós, em tudo foi tentado" (Heb. 4:15); mas,
sem pecado como era, Sua natureza recuava do mal; suportou lutas e agonias de alma num
mundo de pecado. Sua humanidade tornou-Lhe a oração uma necessidade, e privilégio”.
Caminho a Cristo p. 94

Texto que revela como podemos ser tentados e como devemos pela graça de Deus vencer
a tentação.

“Não há um impulso de nossa natureza, nem uma faculdade do espírito ou inclinação do


coração, que não necessite de achar-se a todo instante sob a direção do Espírito de Deus. Não
há uma bênção que Deus confira ao homem, nem uma provação que permita recair sobre
ele, de que Satanás não possa e não queira prevalecer-se para tentar, perturbar e destruir
a alma, se lhe dermos a menor vantagem. Portanto, por maior que seja a luz espiritual de
alguém, por mais que goze do favor e bênção de Deus, deve andar sempre humildemente
perante o Senhor, rogando pela fé que Deus lhe dirija todo o pensamento e domine todo
impulso”. Patriarcas e Profetas, p. 421.
É essa obra que o Senhor deseja realizar em nós, nunca é demais lembrar que essa obra
terá sido realizada na vida daqueles que subsistirão no tempo de angústia.

“Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder
da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio;
algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força.
Mas Cristo declarou de Si mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim."
João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória.
Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse
usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão
no tempo de angústia”. O Grande Conflito, pág. 623.

COMO INTERPRETAR ESSE TEXTO?

“Um pensamento impuro tolerado, um desejo pecaminoso acalentado, e a alma é


contaminada sua integridade comprometida. “Então quando a concupiscência concebe,
ela produz o pecado; e o pecado, quando ele é consumado, produz a morte”. Tiago 1:15.
Se não quisermos cometer pecado, devemos muito evitar seu princípio. Cada emoção e
desejo tem de ser mantido em sujeição à razão e à consciência. Cada pensamento
pecaminoso tem de ser instantaneamente repelido. Para seus quartos, seguidores de
Cristo. Orem em fé e com todo o coração. Satanás está vigilante, para enlaçar seus pés.
Você deve ter ajuda de cima se vocês querem escapar de seus dispositivos. T5 177.1

26
“Um pensamento impuro tolerado, um desejo pecaminoso acalentado, e a alma é
contaminada sua integridade comprometida”. Será que a partir desse texto eu posso deduzir
pensamento ou desejo impuro não acalentado não é pecado? Pois é exatamente isso que
MUITOS estão fazendo tendo como argumento esse texto.
Se fosse somente esse texto que a serva do Senhor teria escrito talvez, mas não foi.
A seguir veremos cinco motivos que nos mostram que não podemos aceitar a tese de
que somente os pensamentos impuros tolerados ou acariciados, seja pecado.

Primeiro: Abrangência da lei de Deus e lembrar que ela abrange também


“pensamentos e intenções, dos desejos e emoções do coração”. Note que nesse texto
não menciona se foi acariciado ou não!

“Diz o salmista: "A lei do Senhor é perfeita." Quão admirável em sua simplicidade, sua
amplitude e perfeição, é a lei de Jeová! É tão breve, que nos é possível decorar facilmente
cada preceito, e todavia tão abrangente que exprime toda a vontade de Deus, e toma
conhecimento não somente das ações exteriores, mas dos pensamentos e intenções, dos
desejos e emoções do coração”. Mensagens Escolhidas vol. 1 p. 217

“A lei de Deus denuncia o ciúme, a inveja, o ódio, a malignidade, a vingança, a


concupiscência e a ambição que brotam no coração, mas não encontraram expressão em
ato exterior, porque faltou ocasião, e não vontade”. Mensagens Escolhidas vol. 1 p. 217

“Quão cuidadoso deve ser o esposo e pai a fim de manter sua lealdade a seu voto
matrimonial! Quão prudente deve ser, se não quiser pôr o pensamento em jovens e mesmo em
mulheres casadas, o que não está em harmonia com a alta e santa norma — os mandamentos
de Deus! Cristo mostra serem os mandamentos excessivamente amplos, abrangendo
mesmo os pensamentos, intentos e propósitos do coração”. Lar Adventista p. 336

Segundo: devemos lembrar o que no ensinou Jesus no sermão da montanha:


Mateus 5:23 “Aquele que se irar contra seu irmão [...] estará sujeito a julgamento.
Mateus 5:28 “Aquele que olhar para uma mulher com intenções impura, no coração já
adulterou com ela”.
Note que Jesus também não menciona se a “ira” ou o “olhar para uma mulher com
intenções impuras” foi acariciado ou não.

“No Sermão da Montanha Cristo apresentou ante Seus discípulos os vastos princípios da lei de
Deus. Ensinou aos ouvintes que a lei é transgredida pelos pensamentos antes de ser o
mau desejo posto em prática. Estamos na obrigação de controlar nossos pensamentos e levá-
los em sujeição à lei de Deus. As nobres faculdades da mente foram-nos dadas pelo Senhor a
fim de que as possamos empregar na contemplação de coisas celestes. Deus fez abundante
provisão para que a alma possa fazer contínuo progresso na vida divina. Por toda parte colocou
Ele instrumentos para nos ajudarem no desenvolvimento quanto ao conhecimento e a virtude”.
— The Review and Herald, 12 de Junho de 1888. Ellen White

Terceiro: Devo lembrar que o meu exemplo de vida é Jesus e é revelado que Ele nunca
respondeu a tentação com um simples “PENSAMENTO OU SENTIMENTO”. Note que aqui
também não é mencionado se o pensamento ou sentimento foi acariciado ou não. Será

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que podemos afirmar que Jesus teve “PENSAMENTOS E DESEJOS” impuros, mas que
não foram acariciados?

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas
o príncipe das trevas não achou nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO OU
SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Cristo não só morreu como nosso sacrifício, mas viveu como nosso exemplo. Em Sua
natureza humana, Ele Se apresenta completo, perfeito, imaculado. Ser um cristão é ser
como Cristo. Todo o nosso ser, nossa alma, o corpo, o espírito, devem ser purificados,
enobrecidos, santificados, até que reflitamos a Sua imagem e imitemos o Seu exemplo”. RH,
28/01/1882; Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 150

QUARTO: Acredito não ser prudente acreditar que ter pensamentos ou desejos impuros
não é pecado desde que não sejam acariciados diante das exortações de Deus para pensarmos
apenas no que é, verdadeiro, honesto, justo, puro, amável e de boa fama.
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude,
e se há algum louvor, nisso pensai”. Filipenses 4:8
“Precisamos de uma constante intuição do enobrecedor poder dos pensamentos puros, e
da influência daninha dos pensamentos maus”. MM Nos Lugares Celestiais 1968 p. 164
O texto do Espírito de profecia adverte da, “influência daninha dos pensamentos maus”.
Note que também nesse texto não é mencionado se o pensamento é acariciado ou não.
QUINTO Deve ser analisado, se essa forma de pensar me prepara e contribui para o preparo
de outros para subsistir no tempo de angústia, uma vez é revelado que para subsistir naquele
tempo devemos ter alcançado a norma de santidade de Jesus que não pecava nem sequer por
um pensamento. Note que aqui também não é mencionado se está se referindo a pensamentos
acariciados ou não.

“Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder
da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio;
algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força.
Mas Cristo declarou de Si mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim."
João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória.
Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse
usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão
no tempo de angústia”. O Grande Conflito, p. 623.

“Os que não querem cair presa dos enganos de Satanás, devem guardar bem as vias de
acesso à alma; devem-se esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos
impuros”. Atos dos Apóstolos, p. 518.

“Santificação é um estado de santidade, por fora e por dentro, sendo santo e sem reservas
do Senhor, não na forma, mas na verdade. Toda impureza de pensamento, toda paixão
luxuriosa separa a alma de Deus; pois Cristo nunca pode colocar Seu manto de justiça
sobre um pecador, para ocultar sua deformidade”. OHC 214 (Nossa Alta Vocação MM 1962
p. 212)
28
Comentário de um irmão.
A seguir temos mais um excelente comentário de um querido irmão sobre o texto que
estamos analisando.
“[...] Um pensamento impuro tolerado, um desejo pecaminoso acalentado, e a alma é
contaminada sua integridade comprometida. [...] T5 177.1 Ellen White
Muitos lendo este texto têm entendido e ensinado que a frase: "Um pensamento impuro
tolerado, um desejo pecaminoso acalentado" está dizendo que não é pecado ter pensamento e
desejos pecaminosos brotando em nossa mente desde que estes não sejam tolerados e
acalentados. Porém ao analisar profundamente o texto notaremos que a frase: "Um pensamento
impuro tolerado, um desejo pecaminoso acalentado" implica muito mais que está interpretação
superficial. O que Ellen White queria dizer de fato com essa frase é que tolerar que nossa
natureza caída introduza pensamentos e desejos na nossa mente mesmo que depois nós não
o acalentamos e os toleremos já é também pecado. O ato de não tolerar e não acalentar deve
acontecer no momento enquanto a tentação está sugerindo o pensamento e desejo pecaminoso,
porém após o momento que o pensamento foi assimilado por nossa mente não devemos apenas
não tolerar e não acalentar, pois aí já estamos em pecado, então temos também agora pedir
perdão e purificação da nossa mente, para que nos momentos que formos tentados ou
provocados, esses pensamentos não mais surjam. Ellen White estava ensinando que não
devemos esperar que o pensamento e o desejo pecaminoso brote em nossa mente para só aí
tomarmos a providência de não os acalentar e os tolerar. Pelo contrário Ellen White nesta frase
está ensinando que quando a mínima tentação chegar sugerindo a nossa natureza caída que
nós tenhamos pensamento e desejo pecaminoso, neste mesmo exato momento a tentação
deve ser repelida instantaneamente pelo poder do Espírito Santo. Ellen White torna esse ensino
mais claro neste outro texto que diz: "[...] devemos preservar estrita castidade de
pensamento, palavra e comportamento. Deixe lembrar-nos de que Deus coloca nossos
pecados secretos a luz de seu rosto. RH 27/3/1888" Note que um pensamento pecaminoso
(ou desejo pecaminoso) dentro de nossa mente já é pecado.
Ellen White escreveu: "Deveis dominar teus pensamentos. Não será isso tarefa fácil; não
o conseguirás sem assíduo e mesmo árduo esforço. No entanto, Deus exige isso de ti; é um
dever que repousa sobre todo ser responsável. És responsável perante Deus pelos teus
pensamentos. Se condescenderes com vãs imaginações, permitindo que a mente se demore
em assuntos impuros, serás, em certo sentido, tão culpada perante Ele como se teus
pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede a ação é a falta de oportunidade.
Sonhar e construir castelos dia e noite são hábitos maus e excessivamente perigosos. Uma vez
estabelecidos, é quase impossível rompê-los e dirigir o pensamento para temas puros, santos e
elevados. Deves tornar-te fiel sentinela de teus olhos, ouvidos e todos os sentidos, se quiseres
dominar a mente e impedir que vãos e corruptos pensamentos te manchem a alma. Só o
poder da graça pode realizar esta tão desejável obra. És fraca nesse sentido”. —Testimonies
for the Church (1870); Mensagens aos Jovens, 75, 76."

Textos Para Nossa Reflexão

“Este mandamento proíbe não somente atos de impureza, mas pensamentos e desejos
sensuais, ou qualquer prática com a tendência de os excitar. A pureza é exigida não somente
na vida exterior, mas nos intuitos e emoções secretos do coração. Cristo, que ensinou os
deveres impostos pela lei de Deus, em seu grande alcance, declarou ser o mau pensamento
ou olhar tão verdadeiramente pecado como o é o ato ilícito”. Patriarcas e Profetas, p. 308.
29
“O Espírito Santo procura habitar em cada alma. Caso seja Ele bem-vindo como hóspede
honrado, os que O receberem se tornarão completos em Cristo. A boa obra começada será
terminada; os pensamentos santos, as celestiais afeições e os atos semelhantes ao de
Cristo tomarão o lugar dos pensamentos impuros, dos sentimentos perversos e dos atos
obstinados”. CONSELHO SOBRE SAÚDE p. 561

INSINUAÇÕES DO PECADO

"Esta obra unicamente pode ser efetuada pela fé em Cristo, pelo poder do Espírito de Deus
habitando em nós. Paulo admoesta aos crentes: "Operai a vossa salvação com temor e tremor;
porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade."
Filip. 2:12 e 13. O cristão sentirá as insinuações do pecado, mas sustentará luta constante
contra ele. Aqui é que o auxílio de Cristo é necessário. A fraqueza humana se une à força
divina, e a fé exclama: "Graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus
Cristo." I Cor. 15:57." O Grande Conflito p. 469
Esse texto é também utilizado por aqueles que defendem que ter pensamentos ou desejos
impuros, somente é pecado se eles forem acariciados. Para essas pessoas essas insinuações
aparecem quando o indivíduo é tentado na forma de desejos e pensamentos impuros. Veremos
a seguir um texto da serva do Senhor que refuta essa forma de pensar.

“Mas novamente a tentação é introduzida com a INSINUAÇÃO de desconfiança: “Se


Tu és o Filho de Deus”. Mateus 4:6. Cristo foi tentado a responder ao “se”; ABSTEVE-SE,
PORÉM, DA MAIS LEVE ACEITAÇÃO DA DÚVIDA. Não poria em risco Sua vida para dar a
Satanás uma prova”. DTN p. 124
Esse último texto é muito importante, muito esclarecedor, porque nele a INSINUAÇÃO
FOI INTRODUZIDA com a finalidade de fazer Cristo pecar, “Se Tu és o Filho de Deus”.
Mas Jesus “ABSTEVE-SE, PORÉM, DA MAIS LEVE ACEITAÇÃO DA DÚVIDA"
Insinuação “Se Tu és o Filho de Deus”.
Como Jesus reagiu? “ABSTEVE-SE, PORÉM, DA MAIS LEVE ACEITAÇÃO DA
DÚVIDA"
Satanás introduziu a insinuação de dúvida, mas ele não conseguiu despertar em Jesus, “a
mais leve aceitação da dúvida”. Esse deve ser nosso objetivo, essa deve ser a norma a ser
alcançada, pela graça de Deus. Diante das insinuações do inimigo das almas, também em nós
ele não despertará o mais leve pensamento ou desejo pecaminoso, naquele que aceitar a
verdadeira obra de libertação do pecado que o Senhor deseja realizar, nos que serão salvos,
salvos DO pecado Mateus 1:21. Também não encontrará nos lavados pelo sangue do Cordeiro,
nenhum defeito de caráter, que corresponda as suas insinuações ou provocações.
Nunca é demais lembrar que Satanás nunca despertou em Jesus um PENSAMENTO OU
DESEJO VOLTADO para o mal.

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade.


Mas o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO
OU SENTIMENTO respondeu à tentação.” Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus e


levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo”. 2 Coríntios 10:5
30
“Santificação é um estado de santidade, por fora e por dentro, sendo santo e sem reservas
do Senhor, não na forma, mas na verdade. Toda impureza de pensamento, toda paixão
luxuriosa separa a alma de Deus; pois Cristo nunca pode colocar Seu manto de justiça
sobre um pecador, para ocultar sua deformidade”. OHC 214 (Nossa Alta Vocação MM 1962
p. 212)
“IRAI-VOS E NÃO PEQUEIS”

“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4:26)
Muito provavelmente alguém ao ler esse trabalho vai mencionar esse versículo bíblico e
perguntar: Como então entender esse versículo? Esse questionamento já tem ocorrido por
pessoas que viram alguma mensagem que tenho publicado sobre a verdadeira obra de
transformação que o Senhor deseja realizar em nós. Por mais incrível que pareça algumas
pessoas tem defendido que se irar não é pecado, essas pessoas citam esse versículo para
comprovar sua opinião.
A seguir veremos uma das vezes que esse tipo de questionamento foi feito. O contexto em
que ele foi feito e a resposta para o mesmo.

“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4:26) como entender
esse texto irmão? Por favor.
Um irmão me fez essa pergunta após ver uma de minhas mensagens onde afirmo que o
sentimento de ira é pecado me baseando para fazer essa afirmação no que Jesus nos falou no
sermão da montanha.

“Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será réu de juízo. [...]” Mateus
5:22
Na verdade essa não foi a primeira vez que alguém me questionou sobre se o sentimento
de ira é pecado. Em outra ocasião também após ter visto a mensagem onde eu afirmo que se
irar é pecado um determinado irmão perguntou: “Se irar é pecado?”

Muitos infelizmente usam esse versículo bíblico para tentar defender que a ira não é pecado.
Existe uma ira ou sentimento de indignação que realmente não é pecado, mas veja que essa ira
é bem diferente da ira que temos quando achamos que somos tratados de forma injusta,
diferente da ira que as vezes sentimos no trânsito, bem diferente da ira que procede de um
coração carnal. A ira que não é pecado é um sentimento de indignação quando o nome de Deus
é desonrado. Exemplo muito claro disso é Jesus quando expulsa os cambistas do santuário.

“Enquanto ali, de pé, nos degraus do pátio do templo, Cristo abrangeu com penetrante visão,
a cena que estava perante Ele. Seu olhar profético penetra o futuro, e vê, não somente anos,
mas séculos e gerações. Vê como sacerdotes e principais despojam o necessitado de seu
direito, e proíbem que o evangelho seja pregado ao pobre. Vê como o amor de Deus seria
ocultado aos pecadores, e os homens fariam de Sua graça mercadoria. Ao contemplar a cena,
EXPRIMEM-SE-LHE NA FISIONOMIA INDIGNAÇÃO, AUTORIDADE E PODER”. O Desejado
de Todas as Nações p. 157
.Exemplo: Moisés quebrando as tábuas da lei.

31
“O quebrar as tábuas de pedra foi, apenas, uma representação do fato de que Israel
quebrara o concerto que, fazia tão pouco tempo, haviam celebrado com Deus. É uma justa
indignação contra o pecado, oriunda do zelo pela glória de Deus, e não a ira que provém
do amor-próprio ou da ambição ferida, a que se refere a Escritura: "Irai-vos e não pequeis."
Efés. 4:26. Foi esta a indignação de Moisés”. Testemunhos Para Ministros, pág. 101.

Outra Aplicação

Vemos no texto a seguir outra aplicação que a serva do Senhor faz de Efésios 4:26.
Não deixar que o sol se ponha sobre nossa ira e pedir que o Senhor nos perdoe da ira que
procede de um coração carnal. É muito claro que agora ela trata do sentimento de ira resultado
ou consequência do EU e não CRISTO estar reinando no coração.
“Não há senão um remédio - positivo domínio próprio em todas as circunstâncias. O esforço
de se colocar em situação favorável, onde o EU não seja incomodado, pode dar bom resultado
por algum tempo; mas Satanás sabe onde encontrar essas pobres pessoas, e assaltá-las-á
repetidamente em seus pontos fracos. Serão continuamente perturbadas enquanto pensarem
tanto em si mesmas. [...] Há, porém, esperança para elas. Seja esta vida, tão assolada de
conflitos e ansiedades, posta em ligação com Cristo, e então não mais o próprio eu clamará pela
supremacia [...] ESSAS PESSOAS SE DEVEM HUMILHAR, DIZENDO FRANCAMENTE:
‘ERREI. QUER ME PERDOAR? Pois Deus disse que não devemos deixar que o sol se
ponha sobre a nossa ira." (Efés. 4:26.) Eis a única trilha segura para vencer. Muitos...
acalentam a ira, e se enchem de sentimentos de ódio e de vingança. [...] Resisti a esses
sentimentos errôneos, e experimentareis grande mudança em vossas relações com os
semelhantes”. Filhos e Filhas de Deus (Meditações Matinais, 1956), pág. 142.
Devemos estar atentos para o que nos ensina o Senhor para não deixar se enganar, e
também não enganar a outros por termos uma má interpretação da bíblia ou por não perceber
informações importantes que o Senhor nos revela em Sua palavra.
Quem acredita que se IRAR não é pecado ainda não percebeu o que nos ensina o Senhor
em 1 Coríntios 13:4-5

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade,
não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, NÃO SE IRRITA,
não suspeita o mal”. 1 Coríntios 13:4-5
IRRITAR
VERBO
transitivo direto e pronominal
pôr(-se) nervoso; enraivecer(-se).
"irrita-o ver os filhos em más companhias"

O amor “NÃO SE IRRITA”


Ensina-nos o Senhor em Sua palavra que quem está com o coração repleto de amor não irá
se IRRITAR OU ENRAIVECER-SE. A irritação é sintoma de um coração carnal, um coração
governado pelo EU e não pelo nosso Senhor Jesus Cristo. Aí está mais um argumento para não
pensar que se irar não é pecado, pois acredito que todos irão concordar com o fato de que SE
IRAR é praticamente o mesmo que SE IRRITAR ou SE ENRRAIVECER-SE.
No texto a seguir veremos a mensageira do Senhor de forma muito clara esclarecer e revelar
os dois tipos de ira, sendo um tipo pecado o outro não.

32
“A água jorrou em abundância, satisfazendo as hostes. Mas uma grande falta fora cometida.
Moisés falara com sentimento de irritação; suas palavras eram uma expressão de paixão
humana, em vez de santa indignação porque Deus houvesse sido desonrado”. Patriarcas
e Profetas, p. 417.

Ira como sendo pecado. “[...] sentimento de irritação [...] “expressão de paixão humana
[...].

Ira como não sendo pecado. [...] “santa indignação porque Deus houvesse sido
desonrado”.

É impressionante como muitos tentam encaixar, ajustar a palavra de Deus no seu estilo de
vida cheio de pecados ao invés de permitir que a graça de Deus nos de sabedoria e
discernimento e também nos transforme e nos liberte.
Repito devemos orar pedindo ao Senhor o Espírito Santo que nos ilumine e nos de sabedoria
para que não nos enganemos a nós mesmos e também para não levar falsas crenças a outras
pessoas.
Que o nosso maravilhoso Deus seja para sempre louvado!

Texto Que Também Deve Ser Analisado

“Nunca te esqueças de que os pensamentos motivam ações. Atos repetidos formam


hábitos, e hábitos formam o caráter. Portanto, ao dar-se atenção às pequenas coisas, não há
temor de que coisas maiores se tornem maculadas e corrompidas”. MM Olhando Para o Alto
1983, p. 83
Alguns ao olhar para esse texto pode a pensar que maus pensamentos e maus desejos não
revelam que temos defeitos de caráter. Podem acreditar que é necessário que o indivíduo tenha
além de pensamentos e desejos impuros também tenha MAUS HÁBITOS para que se confirme
o fato de ele ter um caráter defeituoso.
Uma pergunta para nossa reflexão. Deus não pode considerar, MAU HÁBITO ou um defeito
de caráter o fato do indivíduo sempre que confrontado com determinada situação reagir com
PENSAMENTOS E DESEJOS IMPUROS? Lembre-se que a lei de Deus abrange nossos
pensamentos e desejos. Vejam que HÁBITO pode ser definido também como sendo
“MANEIRA USUAL DE SER E SENTIR.

Hábito substantivo masculino


1.maneira usual de ser, fazer, sentir; costume, regra, modo.
2.maneira permanente ou freqüente de comportar-se; mania.

Voltamos a reafirmar que não podemos defender um ponto de vista nos baseando em
apenas um texto e ignorar tudo que a serva do Senhor escreveu a respeito do assunto em
questão. Como vimos é muito claro a revelação de que nossas inclinações, tendências e
propensões para o mal são defeitos de caráter que precisam ser ELIMINADOS pela graça de
Deus.
Acredito não ser difícil reconhecer que nossas inclinações, tendências e propensões para o
mal se manifestam primeiramente em nós através de PENSAMENTOS E DESEJOS IMPUROS.
Analisem o texto a seguir.

33
“É essencial que cultiveis a fidelidade em coisas pequenas, e em assim fazendo adquirireis
hábitos de integridade em responsabilidades maiores. Os pequenos incidentes da vida diária
muitas vezes passam sem os notarmos, mas são, essas coisas pequeninas que formam
o caráter. Todo acontecimento da vida é de grande importância para o bem ou para o mal. A
mente tem de ser educada mediante provas diárias, para que adquira vigor para resistir em
qualquer situação difícil. Nos dias de provação e perigo, precisareis achar-vos fortalecidos para
vos ficar firmes ao lado do direito, a despeito de qualquer influência contrária”. Mente Caráter e
Personalidade vol. 1 p. 270

“[...] Os pequenos incidentes da vida diária muitas vezes passam sem os notarmos,
mas são, essas coisas pequeninas que formam o caráter. [...]
Novamente chamo os irmãos para uma reflexão. Esses “pequenos incidentes” que
formam o caráter não podem ser também PENSAMENTOS E DESEJOS IMPUROS?

Textos para nossa reflexão

“Este mandamento proíbe não somente atos de impureza, mas pensamentos e desejos
sensuais, ou qualquer prática com a tendência de os excitar. A pureza é exigida não somente
na vida exterior, mas nos intuitos e emoções secretos do coração. Cristo, que ensinou os
deveres impostos pela lei de Deus, em seu grande alcance, declarou ser o mau pensamento
ou olhar tão verdadeiramente pecado como o é o ato ilícito”. Patriarcas e Profetas, p. 308.

“O Espírito Santo procura habitar em cada alma. Caso seja Ele bem-vindo como hóspede
honrado, os que O receberem se tornarão completos em Cristo. A boa obra começada será
terminada; os pensamentos santos, as celestiais afeições e os atos semelhantes ao de
Cristo tomarão o lugar dos pensamentos impuros, dos sentimentos perversos e dos atos
obstinados”. CONSELHO SOBRE SAÚDE p. 561

“PENSAMENTOS E SENTIMENTOS SUGERIDOS E DESPERTADOS”

“Há pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados por Satanás, os quais afligem


mesmo os melhores homens; caso não sejam acariciados, porém, uma vez que sejam
repelidos como detestáveis, a mente não é contaminada de culpa, e outros não são
maculados por sua influência”. Review and Herald, 27 de março de 1888.

“[...] pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados [...] uma vez que sejam
repelidos como detestáveis, a mente não é contaminada de culpa”
Esse texto é muito utilizado por aqueles que defendem que ter pensamentos e desejos
impuros não é pecado se eles não forem acariciados. Sabemos que não podemos defender uma
linha de pensamento nos baseando apenas em alguns textos e ignorando muitos outros. Nesse
trabalho vimos textos comprovando que pensamentos e desejos impuros são reações ou
indícios que comprovam que ainda temos inclinação, tendência ou propensão para o mal. Viver
ainda tendo inclinação, tendência ou propensão para o mal, como já vimos, é viver ainda tendo
defeito de caráter e defeito de caráter é pecado.
Para entender esses textos, devemos levar em consideração tudo que vimos sobre a
necessidade de ter como objetivo, atingir uma condição ou uma norma de santidade onde
nossos pensamentos e desejos estejam em harmonia com a vontade de Deus. Tendo
34
consciência da abrangência da lei de Deus, sabendo que ela abrange não somente atos
exteriores, mas também “[...] pensamentos e intenções, dos desejos e emoções do
coração”. Mensagens Escolhidas vol. 1 p. 217.
Voltemos ao texto desse capítulo. “Há pensamentos e sentimentos sugeridos e
despertados por Satanás, os quais afligem mesmo os melhores homens; caso não sejam
acariciados, porém, uma vez que sejam repelidos como detestáveis, a mente não é
contaminada de culpa, e outros não são maculados por sua influência”. Review and Herald,
27 de março de 1888.
Vejam que no mesmo artigo da revista a serva do Senhor escreve sobre o fato de que ao
termos PENSAMENTOS “comuns de mistura com os sagrados temas da verdade” [...] “é
rebaixada a norma”. Nessa afirmação vemos que a norma pode ser rebaixada com
PENSAMENTOS “comuns de mistura com os sagrados temas da verdade”
“Não há muitas vezes PENSAMENTOS e comunicações comuns de mistura com os
sagrados temas da verdade? Onde quer que isto se faça, é rebaixada a norma”. Review
and Herald, 27 de março de 1888.
Detalhe importantíssimo, na mente daquele que foi realmente transformado pela graça de
Deus o desejo ou pensamento despertado será repelido INSTANTANNEAMENTE, pois no seu
coração foi implantada a inimizade contra o pecado.

“Cristo é a fonte de cada impulso correto. Ele é o único que pode implantar no coração a
inimizade contra o pecado”. Caminho a Cristo p. 19
Temos a seguir um excelente comentário de um irmão sobre o texto que estamos
analisando.
Ellen White não pode se contradizer, então quando ela fala no texto lá embaixo
"pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados", Ellen White está somente dizendo
que satanás está tentando ao melhor dos homens, sugerindo ao melhor dos homens, tentando
fazer que ele sinta e pense maldade, para que ele peque.
Ellen White não está dizendo aqui que o homem já está sentindo ou pensando, pois se o
homem já estivesse sentindo e pensando ele automaticamente já estaria em pecado. Mas
enquanto o melhor dos homens, “manter estrita castidade de pensamento”, ao ele não acalentar,
mas repelir como odiosos os sentimentos e pensamentos sugeridos por satanás, a alma não é
contaminada com a culpa, (pois a culpa é resultante do pecado).
Vejo que essa é a única forma de interpretar este texto sem fazer Ellen White se contradizer,
por que se interpretamos o texto de outra forma fazemos Ellen White se contradizer.
Veja o que Ellen White diz no início: "Devemos preservar estrita castidade em
pensamento" demonstrando que os pensamentos maus já é pecado.

Leia o texto completo

“Devemos andar humildemente, e fazer trajetos retos, para que não desviemos os outros
para fora do caminho certo. Devemos preservar estrita castidade em pensamento, palavra e
comportamento. Deixe lembrar-nos de que Deus coloca nossos pecados secretos à luz de seu
rosto. Tem pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados por Satanás que
incomodam até o melhor dos homens; mas se eles não são acalentados, se eles são
repelidos como odiosos, a alma não é contaminada com a culpa, e nenhum outro é
maculado por sua influência. Oh, que cada um de nós se torne um cheiro de vida para vida para
aqueles ao nosso redor”! RH 27 de março de 1888, par. 15 Ellen White
35
Veja que Ellen White inicia dizendo que o pecado começa com o acalentar maus
pensamentos, Ellen White diz aqui que ter maus pensamentos (ou desejos) já é pecado. Então
quando Ellen White diz no decorrer do texto: "Cada pensamento pecaminoso tem de ser
instantaneamente repelido". Ela está querendo dizer que o ato de repelir instantaneamente o
pensamento mau acontece antes do pensamento ser efetivamente expressado ou pensado por
nossa mente e não depois que isso já aconteceu, pois depois que o pensamento já foi pensado
automaticamente nós já estamos em pecado e não adianta mais ser repelido, por que a alma já
foi contaminada.
Talvez alguém pode perguntar, como nossos pensamentos podem ser controlados desta
forma tão rapidamente se agimos por impulso? Isso parece impossível! Porém Ellen White dá a
resposta no mesmo texto, veja: "Você deve ter ajuda de cima se vocês querem escapar de
seus dispositivos." Em outro texto Ellen White diz que: o cristão sentirá as insinuações do
pecado, GC 469. Este é o momento de repelir instantaneamente no poder de Deus o
pensamento e o desejo pecaminoso que satanás está querendo colocar em nossa mente.

Vigiar e orar é o segredo

“O pecado de falar mal dos outros começa com o acalentar maus pensamentos. A malícia
inclui a impureza em todas as suas formas. Um pensamento impuro tolerado, um desejo
pecaminoso acalentado, e a alma é contaminada sua integridade comprometida. “Então quando
a concupiscência concebe, ela produz o pecado; e o pecado, quando ele é consumado, produz
a morte”. Tiago 1:15. Se não quisermos cometer pecado, devemos muito evitar seu princípio.
Cada emoção e desejo tem de ser mantido em sujeição à razão e à consciência. Cada
pensamento pecaminoso tem de ser instantaneamente repelido. Para seus quartos,
seguidores de Cristo. Orem em fé e com todo o coração. Satanás está vigilante, para enlaçar
seus pés. Você deve ter ajuda de cima se vocês querem escapar de seus dispositivos”. T5 177.1
Ellen White

Outro Questionamento Sobre Esse Texto


“Há pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados por Satanás, os quais
afligem mesmo os melhores homens; caso não sejam acariciados, porém, uma vez que sejam
repelidos como detestáveis, a mente não é contaminada de culpa, e outros não são maculados
por sua influência”. Review and Herald, 27 de março de 1888.
Alguém pode usar um “ditado popular” que as vezes é mencionado para explicar que ter
pensamentos impuros ou tentações é inevitável, o que devemos fazer é simplesmente não
acariciar tais pensamentos ou desejos impuros, “tentações”.
“Não podemos impedir que os passarinhos voem sobre nossa cabeça, só não podemos
permitir que eles façam ninho em nossa cabeça”.
Uma importante pergunta: Algum pensamento ou desejo impuro foi despertado por Satanás
em algum momento da vida de Jesus?
Por mais absurdo que pareça alguns vão dizer que sim, mas acredito que a maioria, a grande
maioria vai afirmar que não.
Por que não? Porque sabemos que tais pensamentos e desejos impuros são pecados, já
vimos que a lei de Deus pode ser transgredida também com pensamentos e desejos impuros, e
Jesus nunca pecou, nunca transgrediu a lei de Deus. Nos textos a seguir veremos:
36
1) Jesus, nunca pecou nem mesmo com UM pensamento ou desejo impuro.
2) “Precisamos ter como alvo essa perfeição[...]”
3) Porque a condição para subsistir no tempo de angústia não nos permite nos acomodar
em uma condição de vida onde Satanás ainda consegue despertar pensamentos e
desejos impuros.

1) Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas
o príncipe das trevas não achou nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO OU
SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

1) “‘Vem o príncipe do mundo’, disse Jesus; ‘e ele nada tem em Mim’. João 14:30. Nada
havia nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o
pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco”.
O Desejado De Todas as Nações p. 129

2) “O Filho de Deus era irrepreensível. “Precisamos ter como alvo essa perfeição, e
vencer como Ele venceu, caso queiramos ter um lugar à Sua direita”. Testimonies, vol.
3, pág. 336. Filhos e Filhas de Deus pág. 154

“Todo pensamento impuro contamina o coração, debilita as faculdades morais, e tende a


extinguir as impressões do Espírito Santo. Além disso, obscurece a visão espiritual, de modo
que os homens não possam contemplar a Deus. O Senhor pode perdoar, e perdoa o pecador
arrependido; mas embora perdoado, sua mente fica prejudicada. Toda impureza no falar e no
pensar precisa ser evitada por aquele que deseja ter um claro discernimento da verdade
espiritual”. MM 1986, Refletindo a Cristo, p. 300.

Para finalizarmos nossa análise desse texto é bom lembrar que aqueles que ainda se
acomodam acreditando que ter pensamentos e desejos não é pecado se não forem acariciados
é sempre bom lembrar que a condição necessária para subsistir no tempo de angústia, é estar
vivendo como Jesus viveu” “Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser
levado a ceder ao poder da tentação [...]”. “ Esta é a condição em que devem encontrar-
se os que subsistirão no tempo de angústia”.

“Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder
da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio;
algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força.
Mas Cristo declarou de Si mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em
Mim." João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a
vitória. Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás
pudesse usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que
subsistirão no tempo de angústia”. O Grande Conflito, p. 623.

A seguir alguns textos do Espírito de profecia onde vemos que realmente não podemos ser
condescendentes com nenhum tipo de pecado, ainda acreditar que ter pensamentos
pecaminosos não é pecado, se eles não forem acariciados.

“Este mandamento proíbe não somente atos de impureza, mas pensamentos e desejos
sensuais, ou qualquer prática com a tendência de os excitar. A pureza é exigida não somente
na vida exterior, mas nos intuitos e emoções secretos do coração. Cristo, que ensinou os
37
deveres impostos pela lei de Deus, em seu grande alcance, declarou ser o mau pensamento
ou olhar tão verdadeiramente pecado como o é o ato ilícito”. Patriarcas e Profetas, p. 308.
“O Espírito Santo procura habitar em cada alma. Caso seja Ele bem-vindo como hóspede
honrado, os que O receberem se tornarão completos em Cristo. A boa obra começada será
terminada; os pensamentos santos, as celestiais afeições e os atos semelhantes ao de
Cristo tomarão o lugar dos pensamentos impuros, dos sentimentos perversos e dos atos
obstinados”. CONSELHO SOBRE SAÚDE p. 561

“Evitem ler e ver coisas que sugiram pensamentos impuros. Cultivem as faculdades morais
e intelectuais. Não deixem que essas nobres qualidades sejam enfraquecidas e pervertidas pela
muita leitura, mesmo de livros de contos”. MENTE CARÁTER E PERSONALIDADE vol. 1, p.
229
“Quão cuidadoso deve ser o esposo e pai a fim de manter sua lealdade a seu voto
matrimonial! Quão prudente deve ser, se não quiser pôr o pensamento em jovens e mesmo em
mulheres casadas, o que não está em harmonia com a alta e santa norma — os mandamentos
de Deus! Cristo mostra serem os mandamentos excessivamente amplos, abrangendo
mesmo os pensamentos, intentos e propósitos do coração”. Lar Adventista p. 336

“O amor de Deus nunca induzirá a fazer parecer insignificante o pecado; nunca encobrirá
ou desculpará uma ofensa não confessada. Adão aprendeu demasiado tarde que a lei de Deus,
como o seu Autor, é imutável. Tem que ver com todos os nossos atos, pensamentos e
sentimentos. Acompanha-nos, e atinge todo motivo secreto de ação. Condescendendo com
o pecado, os homens são levados a considerar levianamente a lei de Deus. Muitos escondem
suas transgressões dos semelhantes, e se lisonjeiam com o pensamento de que Deus não será
estrito em notar a iniqüidade. Sua lei, porém, é a grande norma de justiça, e com ela deve ser
julgado todo ato da vida naquele dia em que Deus trará a juízo toda obra, com tudo quanto é
secreto, seja bom, seja mau. A pureza do coração conduzirá à pureza da vida. Vãs são todas
as desculpas para o pecado. [...]” Signs of the Times, 21 de abril de 1881.

“Santificação é um estado de santidade, por fora e por dentro, sendo santo e sem reservas
do Senhor, não na forma, mas na verdade. Toda impureza de pensamento, toda paixão
luxuriosa separa a alma de Deus; pois Cristo nunca pode colocar Seu manto de justiça sobre
um pecador, para ocultar sua deformidade”. OHC 214 (Nossa Alta Vocação MM 1962 p. 212)

Vejam que no mesmo artigo da revista a serva do Senhor escreve sobre o fato de que ao
termos PENSAMENTOS “comuns de mistura com os sagrados temas da verdade” [...] “é
rebaixada a norma.” Nessa afirmação vemos que a norma pode ser rebaixada com
PENSAMENTOS “comuns de mistura com os sagrados temas da verdade”

“Não há muitas vezes PENSAMENTOS e comunicações comuns de mistura com os


sagrados temas da verdade? Onde quer que isto se faça, é rebaixada a norma”. Review
and Herald, 27 de março de 1888.

Transformação Da Nossa Natureza


Até a glorificação continuaremos sendo susceptíveis ao pecado por causa da nossa
natureza caída, mas pela graça de Deus podemos ter nossa natureza transformada no sentido
38
de não continuarmos sendo dominados pelo pecado, continuando com um caráter contaminado,
tendo sempre surgindo em nós inclinações, tendências ou propensões para o pecado através
de pensamentos e desejos impuros.

“A vida cristã não é uma modificação ou melhoramento da antiga, mas uma transformação
da natureza. Tem lugar a morte do eu e do pecado, e uma vida toda nova. Essa mudança só
se pode efetuar mediante a eficaz operação do Espírito Santo”. O Desejado De Todas As
Nações, p. 172
“Na religião de Cristo, há uma influência regeneradora, que transforma o ser todo,
levantando o homem acima de todo vício degradante e vil, elevando os pensamentos e desejos
para Deus e o Céu. Ligado ao Ser infinito, o homem se faz participante da natureza divina.
Contra ele não têm efeito os dardos do mal; pois que está revestido da armadura da justiça de
Cristo”. Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, p. 51-52

“O Espírito trabalha no coração do homem de acordo com o seu desejo e consentimento,


nele implantando natureza nova; mas a classe representada pelas virgens loucas contentou-
se com uma obra superficial. Não conhecem a Deus; não estudaram Seu caráter; não tiveram
comunhão com Ele; por isso não sabem como confiar, como ver e viver. Seu serviço para Deus
degenera em formalidade”. Parábolas de Jesus, p. 411

“Deus nos deu o poder da escolha; a nós cumpre exercitá-lo. Não podemos mudar o
coração, nem reger nossos pensamentos, impulsos e afeições. Não nos podemos tornar puros,
aptos para o serviço de Deus. Mas podemos escolher servi-Lo, podemos entregar-Lhe nossa
vontade; então, Ele operará em nós o querer e o efetuar, segundo a Sua aprovação. Assim,
nossa natureza toda será posta sob o domínio de Cristo”. A Ciência Do Bom Viver p. 176
“Não pelas decisões dos tribunais e conselhos, nem pelas assembléias legislativas, nem pelo
patrocínio dos grandes do mundo, há de estabelecer-se o reino de Cristo, mas pela
implantação de Sua natureza na humanidade, mediante o operar do Espírito Santo. "A
todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que creem no
Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade do varão, mas de Deus.”. DTN,
pág. 509

“Não podeis mudar vosso coração, não podeis por vós mesmos consagrar a Deus as vossas
afeições; mas podeis escolher servi-Lo. Podeis dar-Lhe a vossa vontade; Ele então operará em
vós o querer e o efetuar, segundo a Sua vontade. Desse modo toda a vossa natureza será
levada sob o domínio do Espírito de Cristo; vossas afeições centralizar-se-ão nEle; vossos
pensamentos estarão em harmonia com Ele”. Caminho a Cristo p. 47

“’As palavras que Eu vos digo, são espírito e vida’. S. João 6:36. ‘A energia criadora que
trouxe à existência os mundos, está na Palavra de Deus. Essa Palavra comunica poder, gera
vida. Cada mando é uma promessa, aceito voluntariamente, recebido na alma, traz consigo a
vida do Ser infinito. Transforma a natureza, cria de novo a alma à imagem de Deus”. Educação
p.126.

“Somos retidos nos laços de Satanás, ‘em cuja vontade’ (II Tim. 2:26) estamos presos. Deus
deseja curar-nos, libertar-nos. Mas como isto requer uma completa transformação, uma
renovação de nossa natureza toda, é necessário rendermo-nos inteiramente a Ele. A luta
contra o próprio eu é a maior batalha que já foi ferida. A renúncia de nosso eu, sujeitando tudo
39
à vontade de Deus, requer luta; mas a alma tem de submeter-se a Deus antes que possa ser
renovada em santidade”. Caminho a Cristo, p. 43

“Olhando sempre a Jesus com os olhos da fé, seremos fortalecidos. Deus fará as mais
preciosas revelações a Seu povo faminto e sequioso. Verificarão que Cristo é um Salvador
pessoal. Ao alimentarem-se de Sua palavra, acharão que ela é espírito e vida. A palavra destrói
a natureza carnal, terrena, e comunica nova vida em Cristo Jesus. O Espírito Santo vem ter
com a alma como Consolador. Pela transformadora influência de Sua graça, a imagem de Deus
se reproduz no discípulo; torna-se uma nova criatura”. O Desejado De Todas As Nações, p. 391

“O Espírito de Deus produz uma nova vida na pessoa, levando os pensamentos e os


desejos à obediência da vontade de Cristo.” Nossa Alta Vocação MM 1962, p. 111.
“Como o vento, que é invisível, embora seus efeitos sejam claramente vistos e sentidos,
assim também é o Espírito de Deus em Sua obra no coração humano. Esse poder regenerador,
o qual nenhum olho humano pode ver, gera nova vida e cria um novo ser à imagem de Deus”.
Caminho a Cristo, p. 37

“Deus deseja nos curar e nos libertar. Como isso requer completa transformação da
nossa natureza, devemos nos entregar inteiramente a Ele”. Caminho a Cristo, p. 29.

“Quando Cristo habita no coração, toda a natureza é transformada. O Espírito de Cristo


e Seu amor abrandam o coração, subjuga a alma e eleva os pensamentos e desejos para Deus
e o Céu”. Caminho a Cristo, p. 46

“Quando a alma se rende inteiramente a Cristo, novo poder toma posse do coração. Opera-
se uma mudança que o homem não pode absolutamente operar por si mesmo. É uma obra
sobrenatural introduzindo um sobrenatural elemento na natureza humana”. O Desejado
De Todas As Nações, p. 324

“Ninguém nasceu culpado do pecado de Adão. Agostinho estava errado nesse ponto. Uma
criança só se torna culpada quando escolhe o pecado. Mas toda criança nasce com natureza
decaída e com necessidade de um Salvador. Naturezas decaídas só podem ter existência
contínua na presença de Deus se forem transformadas. O calvário tornou possível o
perdão de nossos pecados e a transformação de nossa natureza”. Lição da E. S. 2º Trim.
1990 Cristo O Único Caminho, p. 70

“O amor de Deus para com os Seus filhos durante o período de sua mais intensa prova, é
tão forte e terno como nos dias de sua mais radiante prosperidade; mas é necessário passarem
pela fornalha de fogo; sua natureza terrena deve ser consumida para que a imagem de
Cristo possa refletir-se perfeitamente”. Grande Conflito pág. 621; Lição da Escola Sabatina
4° Trim. 1994, pág. 158
Apelo de Deus: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza,
paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; sobre essas coisas é que vem a ira
de Deus [sobre os filhos da desobediência]”. Colossenses 3:5-6

40
“Pelas quais nos tem sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que
por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das
paixões que há no mundo”. 2° Pedro 1:4

“Ao participarmos da natureza divina, as tendências hereditárias ou cultivadas para o mal


são separadas do caráter, e somos tornados uma força viva para o bem. [...] Deus opera, e o
homem opera, para que o homem seja um com Cristo assim como Cristo é um com Deus. “-
Ellen G. White, Para conhecê-lo (Meditações Matinais, 1965), pág. 95

“Para ser eficiente, a cura deve atingir o próprio homem, individualmente, e regenerar o coração.
Não pelas decisões dos tribunais e conselhos, nem pelas assembléias legislativas, nem pelo
patrocínio dos grandes do mundo, há de estabelecer-se o reino de Cristo, mas pela
implantação de Sua natureza na humanidade, mediante o operar do Espírito Santo. "A
todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no
Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade do varão, mas de Deus." João
1:12 e 13. Aí está o único poder capaz de erguer a humanidade. E o instrumento humano para
a realização dessa obra é o ensino e a observância da Palavra de Deus”. DTN, pág. 509

“A velha natureza, nascida do sangue e da vontade da carne, não pode herdar o reino de
Deus. Os velhos caminhos, as tendências hereditárias, os hábitos antigos precisam ser
abandonados; pois a graça não é herdada. O novo nascimento consiste em ter novos
intuitos, novos gostos, novas tendências. Os que, pelo Espírito Santo, são gerados para uma
nova vida, tornaram-se participantes da natureza divina, e em todos os seus hábitos e práticas
evidenciarão sua relação com Cristo. Quando homens que alegam ser cristãos retêm todos os
seus defeitos naturais de caráter e disposição, em que a sua posição difere da dos mundanos?
Eles não apreciam a verdade como elemento santificador e refinador. Não nasceram de novo.
[...] A genuína conversão modifica as tendências hereditárias e cultivadas para o mal. A
religião de Deus é uma textura firme, composta de inúmeros fios entrelaçados com tato e
habilidade. Unicamente a sabedoria que provém de Deus pode completar essa textura. Há
muitíssimas espécies de tecidos que a princípio têm excelente aspecto, mas não conseguem
resistir à prova. Eles desbotam. As cores não são fixas. Sob o calor do verão elas se
desvanecem e se dissipam. O tecido não suporta as asperezas do manuseio”. Maranata O
Senhor Vem, pág. 235

“A fim de que o homem seja justificado pela fé, esta tem de chegar ao ponto em que controle
as afeições e impulsos do coração; e é pela obediência que a própria fé se aperfeiçoa”.
Mensagens Escolhidas vol. 1 p. 366

“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena; prostituição, impureza, paixão lasciva,
desejo maligno, e a avareza, que é idolatria”.
Lembrem-se, cada exortação de Deus é acompanhada de poder para que essa exortação
possa se cumprir em nossa vida!
Naturalmente filhos da ira

Como consequência do pecado de Adão, nascemos nesse mundo com propensões


para pecar, nascemos como “filhos da ira” e precisamos da graça de Deus para que essa
natureza terrena seja consumida.

41
“Entre os quais todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como
também os demais”. Efésios 2:3

Fazer morrer essa natureza terrena

Apelo de Deus: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza,
paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; sobre essas coisas é que vem
a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência].” Colossenses 3:5-6

Características dos descendentes de Adão

Seguem alguns textos do Espírito de profecia que descrevem claramente as consequências


do pecado de Adão sobre a natureza humana.

 Depravação natural:
“Hábitos maus se formam mais facilmente do que bons hábitos, e os hábitos maus são
abandonados com mais dificuldade. A depravação natural do coração é responsável por
esse fato muito conhecido: que dá muito menos trabalho desmoralizar os jovens, corromper
suas ideias sobre moral e religião, do que incutir-lhes no caráter esses duradouros, puros e
incorruptos hábitos de justiça e verdade.” Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 131

 Vontade pervertida
“É a missão de Cristo desfazer toda esta obra do mal. Tem Ele poder para fortalecer e
restaurar as faculdades paralisadas pelo pecado, a mente obscurecida, a vontade
pervertida.” Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 132

 Propensão inerente à desobediência


“O primeiro Adão foi criado um ser puro, inocente, sem uma mancha de pecado sobre si; ele
era a imagem de Deus. Podia cair, e caiu pela transgressão. Devido ao pecado, sua posteridade
nasceu com propensões inerentes de desobediência.” Ellen White e a Humanidade de
Cristo, p. 133

 Natureza humana é vil


“Cristo trouxe Sua divindade à Terra, velada pela humanidade, para resgatar o homem de
sua condição perdida. A natureza humana é vil, e o caráter do homem deve ser transformado
antes que possa harmonizar-se com o puro e santo no reino imortal de Deus. Essa
transformação é o novo nascimento.” Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 133

 Egoísmo recebido como herança


“O egoísmo está entretecido em nosso próprio ser. Recebemo-lo como uma herança, e
tem sido acariciado por muitos como um precioso tesouro.” Ellen White e a Humanidade de
Cristo, p. 134

 Coração naturalmente depravado

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“A fim de entender direito essa questão, cumpre-nos que nosso coração é naturalmente
depravado, e somos incapazes, por nós mesmos, de seguir uma reta direção”. Ellen White e a
Humanidade de Cristo, p. 136

 Perda do poder de governar seu coração


“Um dos efeitos deploráveis da apostasia original foi à perda de poder o homem para
governar seu próprio coração”. Ellen White e a Humanidade de Cristo, p. 136

 Natureza corrompida
“Assim, a natureza humana foi corrompida no seu próprio âmago. Desde então, o pecado
tem continuado com a sua odiosa obra, alcançando todas as mentes. Cada pecado cometido
desperta ecos do pecado original”. -RH, 16/04 1901 (Ellen White e a Humanidade de Cristo,
p.137

 Um pendor para o mal em nossa natureza


“Existe em cada coração não somente poder intelectual, mas espiritual - percepção do que
é reto, anelo de bondade. Mas contra estes princípios há um poder contendor, antagônico. O
resultado de comer da árvore da ciência do bem e do mal, é manifesto na experiência de todo
homem. Há em sua natureza um pendor para o mal, uma força à qual, sem auxílio, não poderá
ele resistir”. Educação, p. 29

Nós Adventistas do Sétimo Dia não acreditamos na crença do pecado original.


Acreditamos que herdamos de Adão uma natureza depravada com propensões para pecar e
não o pecado de Adão. Não acreditamos repito, na doutrina do pecado original.

Explicação da nossa lição da ES.

“É justo? Para a mentalidade ocidental, parece injusto que todos os seres humanos tenham
sido condenados à morte por causa do pecado de um só homem. Alguns têm ensinado que todo
ser humano participa da culpa do pecado de Adão, como se cada um de nós houvesse cometido
esse pecado. Os adventistas rejeitam esse ensino que está em desacordo com as Escrituras.
Só se pode dizer que nossa culpa provém de Adão no sentido de que incorremos em
culpa quando cedemos à natureza decaída que herdamos de Adão. Á parte do calvário
essas naturezas teriam ficado permanentemente separadas de Deus. [...] Quando pecou, Adão
vendeu-se a Satanás, e perdeu o domínio sobre a raça humana. Rompeu a ligação com Deus
que fora estabelecida na criação. Agora era pecador por natureza. Não poderia transmitir aos
filhos a natureza pura de alguém em harmonia com Deus, pois ele mesmo não possuía
mais essa natureza. ‘Pela desobediência, as faculdades se lhe perverteram e o egoísmo
substituiu o amor. Fez-se cativo de Satanás, e assim teria permanecido para sempre se Deus
não tivesse intervindo de modo especial. ’” Caminho a Cristo p. 17.“O resultado de comer da
árvore da ciência do bem e do mal, é manifesto na experiência de todo homem. Há em sua
natureza um pendor para o mal, uma força à qual, sem auxílio, não poderá ele resistir”.
Educação, p. 29. Lição da Escola Sabatina 2° Trim. 1990, p. 68

43
Nas páginas seguintes da mesma Lição da E S citada, lemos:

“No decorrer da Era Cristã, Romanos 5:12 foi interpretado de várias maneiras diferentes.
Comentaristas que seguiram o teólogo do quinto século, Agostinho, deduziram que quando
Adão pecou, ‘todos os homens’ pecaram. O pecado de Adão sujeitou toda a humanidade ao
pecado e à morte porque ele pecou por toda a raça humana. Por conseguinte, todos nascem
culpados do pecado de Adão.
Os que seguiram o oponente de Agostinho, Pelágio, deduziram que todos nascem tão livres
do pecado como Adão; todos morrem porque, como Adão, todos resolvem cometer pecado.
Cremos que a verdade está entre esses dois extremos. Por seu pecado, Adão e Eva
passaram a ter a natureza decaída e ficaram condenados à morte eterna. Seus filhos nasceram
com natureza decaída. As pessoas com natureza decaída pecam e não conseguem abster-se
de pecar, a menos que experimentem a transformação do novo nascimento. Foi por isso que
Jesus disse: ”Importa-vos nascer de novo”. S. João 3:7
Ninguém nasceu culpado do pecado de Adão. Agostinho estava errado nesse ponto. Uma
criança só se torna culpada quando escolhe o pecado. Mas toda criança nasce com natureza
decaída e com necessidade de um salvador. Naturezas decaídas só podem ter existência
contínua na presença de Deus se forem transformadas. O calvário tornou possível o perdão de
nossos pecados e a transformação de nossa natureza.
Pelágio estava errado ao dizer que todo ser humano nasce tão livre de pecaminosidade
como era Adão. Por “pecaminosidade” designamos a condição decaída em que todos nascem.
Pelágio negava que Adão transmitiu sua condição decaída aos filhos. Mas foi isso que Paulo
ensinou.
“Era possível a Adão, antes da queda, formar um caráter justo pela obediência à lei de Deus.
Mas deixou de o fazer e, devido ao seu pecado, nossa natureza se acha decaída, e não
podemos tornar-nos justos”. Caminho a Cristo p. 62

“Não podereis criar vossos filhos como desejaríeis sem o auxílio divino; pois a natureza
caída de Adão sempre luta pela predominância. O coração deve ser preparado para os princípios
da verdade, a fim de que enraízem na alma e encontrem nutrimento na vida”. Review and Herald,
25 de outubro de 1892. Educação p. 205
Como podemos defender a justiça de condenar toda humanidade devido o pecado de Adão
(Rom. 5:18)?
Em Romanos 5:12-18 Paulo salienta dois pontos:1) O pecado de Adão trouxe condenação
à morte eterna para toda a humanidade; 2) O sacrifício de Cristo trás a dádiva da salvação eterna
a toda a humanidade Como foi enfatizado na lição, só os que aceitam a dádiva realmente
desfrutam a salvação: “Muito mais ao que recebem a abundância da graça e o dom da justiça,
reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo”. Rom. 5:17.
A questão tem que ver com a justiça de condenar todos à morte como resultado do pecado
de Adão. Talvez alguém pergunte: “Se todos são condenados devido à queda de Adão (Rom.
5:18), como podemos evitar a conclusão de que todos nascem culpados”?
A criança que herda AIDS dos seus pais não é culpada pelos pecados cometidos por eles.
Mas está condenada a morrer da doença. Nascemos com uma doença, à natureza decaída de
Adão. Mas não nascemos culpados. Como Deus não pode conceder a vida eterna a pessoas
cuja natureza não foi transformada, Ele não teve outra alternativa senão condenar o mundo
inteiro à morte. Ao mesmo tempo, porém, o Senhor proveu o infinito sacrifício de Cristo, para
que nossos pecados pudessem ser perdoados, e também transformada a nossa natureza. Em
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nenhum período da história alguém foi condenado à morte eterna sem o oferecimento da vida
eterna por meio de Cristo. Deus proveu o maravilhoso meio de escape logo que a humanidade
caiu”. Lição da Escola Sabatina 2° Trim. 1990 p. 69 e 70

O pecado original acarretou a culpa e a tristeza sobre o mundo resultando na depravação


da natureza humana pelo pecado. O homem passou a ter sua força diminuída para resistir ao
mal e menos poder para manter sua integridade.

“O pecado de nossos primeiros pais acarretou a culpa e a tristeza sobre o mundo, e se não
fora a bondade e misericórdia de Deus, teria mergulhado a raça humana em irremediável
desespero [...] Declarou-se-lhes, porém, que sua natureza ficara depravada pelo pecado;
haviam diminuído sua força para resistir ao mal, e aberto o caminho para Satanás ganhar mais
fácil acesso a eles. Em sua inocência tinham cedido à tentação; e agora, em estado de culpa
consciente, teriam menos poder para manter sua integridade”. PP, p. 61
Mas os filhos ou descendentes não são castigados pelos pecados dos pais. O que acontece
é que com esta natureza enfraquecida o homem tem cometido os mesmos pecados de seus
pais. É neste sentido que a serva do Senhor afirma que os homens recebem a culpa e a sentença
de morte, por herdarem uma natureza com uma “completa incapacidade de, por si mesmo,
prestar obediência a lei de Deus”.

“Visto que o pecado de Adão “conduziu à condenação de todos os homens” (Rom. 5:18,
RSV), como podemos ensinar que as criancinhas não são culpadas por ocasião do nascimento?
O princípio bíblico é que nenhum ser humano é castigado pela culpa dos pais. (Ver Deut. 24:16;
Jer. 31:30; Ezeq. 18:20)” Lição da Escola Sabatina 4° trim. 1990 A Carta Aos Romanos p.63

O Novo Nascimento

“Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e


do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. João 3:5

“O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”. João 3:6

“Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em


realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte”. Rom.
7:5
“Entre os quais todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira,
como também os demais”. Efésios 2:3
Na palavra de Deus percebe-se claramente a necessidade de um novo nascimento e para
isso precisa-se ter como objetivo libertação da condição de vida, deixar de ser escravizados
pelos desejos da carne. O primeiro nascimento é naturalmente como filhos da ira, nascidos da
carne, escravizados pelos desejos da carne, mas o Senhor concede a oportunidade de uma
mudança radical, um segundo nascimento, nascer do Espírito. Quando realmente nasce-se do
Espírito, os desejos são mudados e colocados em harmonia com os desejos de Deus.
Espinheiros que produzem espinhos naturalmente transformados em árvores frutíferas
produzindo frutos naturalmente para honra e glória de Deus.
45
Não se trata de estar ensinando algo como o pecado original, nascemos pecadores, mas
não com pecado. Na natureza encontramos algo que poderá nos ajudar esclarecer o que
estamos ensinando aqui. Um espinheiro ao germinar ainda não tem espinhos, mas é um
espinheiro, basta o tempo passar para que os espinhos apareceram naturalmente nele. Da
mesma forma nascemos neste mundo como pecadores, como “filhos da ira” e basta o tempo
passar para que nossas propensões para o mal apareçam também naturalmente.
Uma característica dos filhos de Deus é que não nasceram, “nem da vontade da carne, nem
da vontade do homem, mas de Deus”. João 1:13
Segue um maravilhoso texto do Espírito de Profecia sobre o novo nascimento:

“Jesus continuou: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é
espírito". João 3:6. O coração, por natureza, é mau, e "quem do imundo tirará o puro? Ninguém".
Jó 14:4. Invenção alguma humana pode encontrar o remédio para a alma pecadora. "A
inclinação da carne é inimizade contra Deus; pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade
o pode ser". Rom. 8:7. "Do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios,
prostituições, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias". Mat. 15:19. A fonte do coração se deve
purificar para que a corrente se possa tornar pura. Aquele que se esforça para alcançar o Céu
por suas próprias obras em observar a lei, está tentando o impossível. Não há segurança para
uma pessoa que tenha religião meramente legal, uma forma de piedade. A vida cristã não é uma
modificação ou melhoramento da antiga, mas uma transformação da natureza. Tem lugar a
morte do eu e do pecado, e uma vida toda nova. Essa mudança só se pode efetuar mediante a
eficaz operação do Espírito Santo”. DTN, p.172.

O Que Representa o Novo Nascimento

Como já vimos nascemos nesse mundo como filhos da ira Efésios 2:3. Como filhos da ira
as propensões, inclinações e tendência para o mal surgem em nós naturalmente, por isso temos
a necessidade de passarmos pelo novo nascimento passando a ter “novos DESEJOS” e o
Senhor Espírito Santo “levando os pensamentos e os desejos à obediência da vontade de
Cristo”.

“O Salvador disse: ‘Se alguém não nascer de novo’, a menos que receba um coração novo,
novos DESEJOS, propósitos e motivos, e passe a viver uma vida nova, ‘não poderá ver o reino
de Deus (João 3:3).

“O Espírito de Deus produz uma nova vida na pessoa, levando os pensamentos e os


desejos à obediência da vontade de Cristo”. Nossa Alta Vocação MM 1962, p. 111.

“Quando o Espírito de Deus toma posse do coração, transforma a vida. Os


pensamentos pecaminosos são afastados, renunciadas as más ações; o amor, a humildade,
a paz tomam o lugar da ira, da inveja e da contenda. A alegria substitui a tristeza, e o semblante
reflete a luz do Céu”. O Desejado de Todas as Nações, p. 173.

“A velha natureza, nascida do sangue e da vontade da carne, não pode herdar o reino de
Deus. Os velhos caminhos, as tendências hereditárias, os hábitos antigos precisam ser
abandonados; pois a graça não é herdada. O novo nascimento consiste em ter novos intuitos,
novos gostos, novas tendências”. MM Maranata o Senhor vem 1977 p. 235
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“O novo nascimento consiste em ter novos motivos, novos gostos, novas tendências.
Os que são gerados para uma nova vida, pelo Espírito Santo, tornam-se participantes da
natureza divina, e em todos os seus hábitos e práticas evidenciarão sua ligação com Cristo”.
EXALTAI-O MM 1992 p. 124
Diante dessas preciosas revelações sobre o novo nascimento que possamos sentir um
intenso desejo de pela graça de Deus alcançar essa experiência. Ter a vida transformada pelo
Senhor o Espírito Santo para que assim o nome de Deus possa ser glorificado em nossas vidas
diante dos homens!

“Em resposta, Jesus declarou: "Digo a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se
não nascer de novo".
Perguntou Nicodemos: "Como alguém pode nascer, sendo velho? É claro que não pode
entrar pela segunda vez no ventre de sua mãe e renascer!"
Respondeu Jesus: "Digo a verdade: Ninguém pode entrar no Reino de Deus se não
nascer da água e do Espírito”. João 3:3-5

Buscar Viver Como Cristo Viveu


Vejam que buscar viver como Jesus viveu não pecando nem mesmo por UM PENSAMENTO
pode pela graça de Deus alcançada por aquele que se entregar a Deus.

"Vem o príncipe do mundo", disse Jesus; "e ele nada tem em Mim." João 14:30. Nada havia
nEle que correspondesse aos sofismas de Satanás. Ele não consentia com o pecado. NEM POR
UM PENSAMENTO CEDIA À TENTAÇÃO. O mesmo se pode dar conosco. O Desejado de
Todas as Nações, p. 123.

Viver como Jesus viveu é não pecarmos nem mesmo por um PENSAMENTO OU DESEJO,
POIS FOI ASSIM QUE Jesus viveu. Perceba que nesse texto do Espírito de profecia não
menciona se o pensamento é acariciado ou não. No texto a seguir fica muito claro que não se
trata de pensamento ou desejo acariciado. “O mesmo se pode dar conosco” é não responder as
tentações nem mesmo com um SIMPLES PENSAMENTO OU DESEJO. Devemos almejar ser
puros como Ele foi puro e andar como Ele andou!

“E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é
puro”. 1 João 3:3

“Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou”. 1 João 2:6

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas
o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO OU
SENTIMENTO respondeu à tentação”. Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152

“Lembrai-vos de que há alguém vigiando a todo momento para ver quando a última
partícula de impureza é removida de vosso caráter”. Manuscrito 110, 1901. MM 1995
Cuidado de Deus p. 311

Devemos saber que NENHUM PECADO É PEQUENO AOS OLHOS DE DEUS.


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“Deus não considera todos os pecados igualmente graves; há aos Seus olhos, como aos do
homem, gradações de culpa; por mais insignificante, porém, que este ou aquele mau ato possa
parecer aos olhos humanos, pecado algum é pequeno à vista de Deus”. Caminho a Cristo p.
30
A Norma Para Subsistir No Tempo de Angústia

Não é vontade de Deus que nos acomodemos a uma condição onde o máximo que
conseguimos é não acariciar desejos e pensamentos impuros, passar a vida toda lutando contra
sentimentos e desejos impuros que surgem sempre quando o inimigo nos tenta. Como professo
povo de Deus, devemos lembrar sempre que nossa norma a ser alcançada deve ser tal que não
sejamos transigentes com nenhuma forma de pecado, pois a condição para que possamos
subsistir no tempo de angústia é uma condição onde tenhamos alcançado uma condição
de santidade de Jesus. Jesus nunca pecava, nunca teve UM SENTIMENTO OU DESEJO
voltado para o mal.

“Nem mesmo por um pensamento poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder
da tentação. Satanás encontra nos corações humanos algum ponto em que pode obter apoio;
algum desejo pecaminoso é acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força.
Mas Cristo declarou de Si mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim."
João 14:30. Satanás nada pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória.
Tinha guardado os mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse
usar para a sua vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão
no tempo de angústia”. O Grande Conflito, pág. 623.

O que acontece com aquele que entrega sua vontade a Cristo.

“Você pode dar-lhe sua vontade. Ele então operará em você o querer e o fazer, segundo
Sua graça. Desse modo, toda sua natureza estará sob controle do Espírito de Cristo; sua
AFEIÇÕES ficarão centralizadas nEle, e seus PENSAMENTOS estarão em harmonia com Ele”.
Caminho a Cristo p. 31

Veja no texto a seguir o que representa ser um cristão.

“Cristo não só morreu como nosso sacrifício, mas viveu como nosso exemplo. Em Sua
natureza humana, Ele Se apresenta completo, perfeito, imaculado. Ser um cristão é ser
como Cristo. Todo o nosso ser, nossa alma, o corpo, o espírito, devem ser purificados,
enobrecidos, santificados, até que reflitamos a Sua imagem e imitemos o Seu exemplo.”RH,
28/01/1882; Ellen White e a Humanidade de Cristo,p.150

“Ele sofreu ao ser tentado, e sofreu proporcionalmente à perfeição de Sua santidade. Mas
o príncipe das trevas não achou nada nEle; nem sequer um simples PENSAMENTO OU
SENTIMENTO respondeu à tentação.” Ellen White e a Humanidade de Cristo p. 152
Se ser cristão é ser como Cristo, não podemos ser tolerantes ou transigentes com nenhum
tipo de pecado, Deus deseja operar essa transformação em nós para que o nome dEle seja
glorificado.

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“Santificação é um estado de santidade, por fora e por dentro, sendo santo e sem reservas
do Senhor, não na forma, mas na verdade. Toda impureza de pensamento, toda paixão
luxuriosa separa a alma de Deus; pois Cristo nunca pode colocar Seu manto de justiça
sobre um pecador, para ocultar sua deformidade”. OHC 214 (Nossa Alta Vocação MM 1962
p. 212)

Nossa Maior Necessidade


“Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas
as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser nossa primeira ocupação”. Mensagens Escolhidas
vol. 1 p. 121

QUANDO COMEÇA A VERDADEIRA PIEDADE?

“A verdadeira piedade começa quando termina toda transigência com o pecado”. O Maior
Discurso de Cristo p. 91
É muito claro o fato de que se desejamos alcançar a verdadeira piedade não podemos ser
transigente ou tolerante com NENHUM TIPO de pecado.

Outro texto que deve ser avaliado em seu contexto.

“O caráter se revela, não por boas ou más ações ocasionais, mas pela tendência das
palavras e atos costumeiros”.

“Conquanto a obra do Espírito seja silenciosa e imperceptível, seus efeitos são manifestos.
Se o coração foi renovado pelo Espírito de Deus, a vida dará testemunho desse fato. Se
bem que nada possamos fazer para mudar o coração ou pôr-nos em harmonia com Deus; se
bem que não devamos absolutamente confiar em nós mesmos ou em nossas boas obras, nossa
vida revelará se a graça de Deus está habitando em nós. Ver-se-á mudança no caráter, nos
hábitos e atividades. Será claro e positivo o contraste entre o que foram e o que são. O caráter
se revela, não por boas ou más ações ocasionais, mas pela tendência das palavras e atos
costumeiros. É verdade que pode haver um modo de proceder exteriormente correto, sem o
poder regenerador de Cristo. O amor da influência e o desejo da estima alheia poderão
determinar uma vida bem ordenada. O respeito próprio poderá levar-nos a evitar a aparência do
mal. Um coração egoísta poderá praticar ações generosas. Por que meios, pois,
poderemos determinar de que lado nos achamos? Quem possui nosso coração? Com
quem estão nossos pensamentos? Sobre quem gostamos de conversar? Quem é o objeto
de nossas mais calorosas afeições e nossas melhores energias? Se somos de Cristo,
nossos pensamentos com Ele estarão, e nEle se concentrarão as nossas mais doces
meditações. Tudo que temos e somos a Ele será consagrado. Almejaremos trazer a Sua
imagem, possuir Seu Espírito, cumprir Sua vontade e agradar-Lhe em todas as coisas. Os que
se tornaram novas criaturas em Cristo Jesus, produzirão os frutos do Espírito - "amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio". Gál. 5:22 e 23. Não se conformarão por mais tempo com as concupiscências
anteriores, mas pela fé do Filho de Deus seguirão as Suas pisadas, refletir-Lhe-ão o caráter e
se purificarão, assim como Ele é puro. As coisas que outrora aborreciam, agora amam; e

49
aquilo que outrora amavam, aborrecem agora. O orgulhoso e presunçoso torna-se manso
e humilde de coração. O vanglorioso e arrogante torna-se circunspecto e moderado. O
bêbado torna-se sóbrio e o viciado, puro. Os vãos costumes e modas do mundo são
renunciados. O cristão buscará, não o "enfeite... exterior", mas "o homem encoberto no
coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus". I
Ped. 3:3 e 4”. Caminho a Cristo p. 37-38

“Quem possui nosso coração? Com quem estão nossos pensamentos?”


“[...] refletir-Lhe-ão o caráter e se purificarão, assim como Ele é puro. [...]”
Já vimos que Cristo não pecava nem mesmo por um pensamento o que devemos
aceitar e entender é que devemos buscar ser purificados “assim como Ele é puro. [...]”
É muito evidente que a obra de santificação que o Senhor deseja realizar naqueles que
serão salvos é muito mais abrangente do que aquela defendida por muitos que professam
defender a verdade presente.

“Cristo nos imputa Seu caráter imaculado, e nos apresenta ao Pai em Sua própria pureza.
Há muitos que julgam ser impossível escapar do poder do pecado, mas a promessa é que
podemos ser cheios da plenitude de Deus. Nós ambicionamos muito pouco. O alvo é muito
mais elevado”. – Review and Herald, 12 de julho de 1892. (Cristo Nossa Justiça, pág. 109)

Precisamos Acreditar!
Importância de aceitar essa elevada norma
“É lei, tanto da natureza intelectual como da espiritual, que, pela contemplação, nos
transformamos. O espírito gradualmente se adapta aos assuntos com os quais lhe é permitido
ocupar-se. Identifica-se com aquilo que está acostumado a amar e reverenciar. Jamais se
levantará o homem acima de sua norma de pureza, de bondade ou de verdade. Se o eu é
o seu mais alto ideal, nunca atingirá ele qualquer coisa mais elevada. Antes, cairá
constantemente. Grande Conflito p. 555

“Lembre-se de que nunca alcançará mais elevada norma que a que se propuser. Fixe
pois alto seu alvo e passo a passo, embora com esforços dolorosos, abnegação e
sacrifício, subi até ao topo a escada do progresso”. Parábolas de Jesus p.331

“É uma lei do espírito humano que, pelo contemplar, somos transformados. O homem não
se elevará acima de suas concepções sobre a verdade, pureza e santidade. Se o espírito
nunca é exaltado acima do nível da humanidade, se não é pela fé elevado a contemplar a
sabedoria e o amor infinitos, o homem estará constantemente a submergir mais e
mais”. Patriarcas e Profetas p.91

Nesses textos do Espírito de profecia Deus nos revela que o homem não alcança uma
norma acima daquela que ele acredita. Então fica evidente a necessidade de
reconhecimento da abrangência da santidade que o Senhor deseja realizar em nós, não
podemos ser transigentes com NENHUM TIPO DE PECADO.
O inimigo sabe que se essa norma não for entendida e aceita ela não será alcançada
e a conseqüência será a perdição eterna. Como ele deseja a perdição de muitos ele luta
para que essa mensagem de plena libertação seja aceita. Infelizmente constatamos que
ele tem tido muito sucesso em fazer com que a maioria, mesmo entre o professo povo de

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Deus, não entenda e rejeite a verdadeira norma de santidade que o Senhor tem para os
que serão salvos pela graça de Deus.

Não Devemos Baixar a Norma da Justiça

“Deus requer de todos a perfeição moral. Aqueles a quem se deram a luz e as oportunidades
deviam, como mordomos de Deus, desejar a perfeição e nunca, nunca abaixar a norma da
justiça para acomodar as tendências hereditárias e cultivadas para o mal. Cristo assumiu
nossa natureza humana, e viveu nossa vida para mostrar-nos que podemos ser semelhantes a
Ele. ... Devíamos mesmo ser santos como Deus é santo; e quando compreendemos o pleno
significado desta declaração, e pomos o coração na obra de Deus, para sermos santos como
Ele o é, aproximar-nos-emos da norma estabelecida para cada pessoa em Cristo Jesus”. Carta
9, 1899. MM A Fé Pela Qual Eu Vivo 1959 p. 140

“Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar à prática do mal, tendências
herdadas ou cultivadas. Precisamos compreender que imperfeição de caráter é pecado. Todos
os justos atributos de caráter habitam em Deus como um todo perfeito e harmonioso, e todo
aquele que aceita a Cristo como Salvador pessoal, tem o privilégio de possuir estes atributos”
Parábolas de Jesus, p. 330.

“Nós ambicionamos muito pouco. O alvo é muito mais elevado.”


“Cristo nos imputa Seu caráter imaculado, e nos apresenta ao Pai em Sua própria pureza. Há
muitos que julgam ser impossível escapar do poder do pecado, mas a promessa é que podemos
ser cheios da plenitude de Deus. Nós ambicionamos muito pouco. O alvo é muito mais
elevado.” – Review and Herald, 12 de julho de 1892. (Cristo Nossa Justiça, pág. 109).

Que o Senhor nos ajude a aceitar a norma que Ele possui para aqueles que serão salvos. Que
o Senhor nos ajude para que pelo Seu poder possamos alcançar a verdadeira norma da justiça.
Que o Senhor nos ajude para que nós não estejamos entre aqueles que estão abaixando a
norma da justiça.

“Vi também que muitos não compreendem o que devem ser a fim de viverem a vista do
Senhor sem um sumo sacerdote no santuário, durante o tempo de angústia. Os que hão de
receber o selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir
completamente a imagem de Jesus” Primeiros Escritos, pág. 71; Vida e Ensinos, pág. 112.

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo,
sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
1Tessalonicenses 5:23.

Tempo de Graça Tempo Oportuno


“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar
misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”. Hebreus 4:16

“As tentações serão despejadas sobre nós; pois por elas devemos ser provados
durante nosso tempo de graça na Terra. Esta é a prova de Deus, uma revelação de nosso

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próprio coração. Não há pecado em ser tentado; mas o pecado ocorre quando se cai em
tentação”. T4 357.4 Ellen White

“As tentações serão despejadas sobre nós; pois por elas devemos ser provados
durante nosso tempo de graça na Terra. [...]”
Tem um tempo no qual devemos ser plenamente santificados para que alcancemos a
salvação e esse tempo terminará quando for fechada a porta da graça. Bom lembrar que a porta
da graça se fecha para o homem quando ele morre, quando ele peca contra o Espírito Santo e
quando Jesus deixar de interceder por nós no santuário celestial. Devemos ter consciência que
um dia será tarde demais para que alcancemos o perdão de nossos pecados e a plena
purificação de caráter.

“Quando Cristo vier, será então demasiado tarde para que os erros sejam corrigidos,
demasiado tarde para que o caráter seja mudado, demasiado tarde para obter um caráter
santo. Agora é o tempo da preparação; agora é o tempo em que podemos ter nossos defeitos
removidos; agora é o tempo em que nossos pecados devem ser submetidos, de antemão ao
juízo, ser confessados e pelo arrependimento obter perdão para nossos nomes. Carta 60, 1886”.
MM Olhando Para o Alto p. 367

“Entre nós, há os que, como Acã, farão confissões quando for demasiado tarde para se
salvarem. [...] Eles não estão em harmonia com o que é correto. Desprezam o testemunho
positivo que atinge o coração, e gostariam que fossem silenciados todos os que fazem
repreensões”. Testimonies, vol. 3, pág. 272. Eventos Finais pág.175-176

“No tempo de angústia, precisamente antes da vinda de Cristo, os justos serão preservados
pelo ministério de anjos celestiais; não haverá segurança para o transgressor da lei de Deus.
Os anjos não poderão proteger, então, aqueles que estão a desrespeitar um dos preceitos
divinos”. Patriarcas e Profetas p. 256

“É perfeita a ordem no Céu, assim como a obediência, a paz e a harmonia. Os que não têm tido
nenhum respeito pela ordem e a disciplina nesta vida, não respeitarão a ordem observada no
Céu. Não poderão ser ali admitidos; pois todos quantos houverem de ter entrada no Céu amarão
a ordem e respeitarão a disciplina. O caráter formado nesta vida determinará o destino
futuro. Quando Cristo vier, não mudará o caráter de ninguém. O precioso tempo da graça é
concedido a fim de ser aproveitado em lavar nossas vestes de caráter e branqueá-las no sangue
do Cordeiro”. Conselhos Sobre Educação, p. 43

“Quando nos lembramos que ninguém sabe quando seu tempo de graça findará, como ousamos
viver despreparados, desprevenidos para encontrar com nosso Senhor? Como ousamos
continuar pecadores e maculados? Por que não temos medo? Por que não estamos
perturbados? Por que não percebemos nosso perigo? [...] O Senhor operaria poderosamente
por Seu povo, se este abandonasse as obras das trevas e se revestisse de Sua justiça. [...]”-
Manuscrito 13, 8 de junho de 1902, “O Povo de Deus Deve Ser Portador de Luz”. MM, 1983,
Olhando Para o Alto, p. 167.

“Vi também que muitos não compreendem o que devem ser a fim de viverem a vista do Senhor
sem um sumo sacerdote no santuário, durante o tempo de angústia. Os que ao de receber o
selo do Deus vivo, e ser protegidos, no tempo de angústia, devem refletir completamente
a imagem de Jesus” P. E. pág. 71; V. E. pág. 112
.

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“Não nos devemos sentar, esperando que nos sobrevenha, por maneira miraculosa,
uma mudança de caráter quando Jesus aparecer nas nuvens do céu com poder e grande
glória. Não, meus jovens amigos, somos destinados ao juízo, e a graça nos é assegurada
aqui nesta vida, a fim de formarmos caracteres para a vida futura, imortal. The Youth's
Instructor, 24 de agosto de 1893.” Filhos e Filhas de Deus, pág. 9

“Quando Cristo vier, nosso corpo vil deverá ser transformado, e feito segundo Seu corpo
glorioso, mas o caráter vil não se tornará santo então. A transformação do caráter precisa
ocorrer antes de Sua vinda. Nossa natureza precisa ser pura e santa; importa possuir a
mente de Cristo, de modo que Ele veja com prazer Sua imagem refletida em nossa vida.
[...] José conservou sua integridade quando cercado de idólatras no Egito, em meio de pecado
e blasfêmia e de influências corruptoras. Quando tentado a desviar-se da senda da virtude, sua
resposta foi: "Como, pois, faria eu este tamanho mal, e pecaria contra Deus?" Gên. 39:9.
Enoque, José e Daniel confiavam numa força que era infinita. Eis o único caminho seguro para
os cristãos seguirem em nossos dias. [...] Review and Herald, 1º de setembro de 1885” Nossa
Alta Vocação p. 276

“Se quereis ser santos no Céu precisais ser primeiro santos na Terra. Os traços de caráter
que acalentais na vida não serão modificados pela morte ou pela ressurreição. Saireis da
sepultura com a mesma disposição que manifestastes em vosso lar e na sociedade. Jesus não
altera o caráter em Sua vinda. A obra de transformação tem de ser efetuada agora. Nossa
vida diária está determinando o nosso destino. Precisamos arrepender-nos dos defeitos de
caráter, vencê-los pela graça de Cristo e formar um caráter simétrico neste período de prova, a
fim de que sejamos habilitados para as mansões lá do alto”. Manuscript Releases, vol. 13, p. 82.
(Eventos Finais p. 295; Visões do Céu p.54)

“No tempo de angústia, precisamente antes da vinda de Cristo, os justos serão preservados
pelo ministério de anjos celestiais; não haverá segurança para o transgressor da lei de Deus.
Os anjos não poderão proteger, então, aqueles que estão a desrespeitar um dos preceitos
divinos”. Patriarcas e Profetas, p. 256.

“Os pretensos crentes, que chegam despreparados ao tempo de angústia, confessarão, em


seu desespero, seus pecados perante o mundo em palavras de angústia, enquanto que os
ímpios exultam sobre seu desespero. O caso de todos eles é sem esperança. Os que adiaram
a preparação para o dia de Deus não podem fazer essa preparação no tempo de angústia
nem em qualquer período futuro”. - Signs of the Times, 27 de novembro de 1879. (O Batismo
do Espírito Santo pág.112)

“Agora, enquanto nosso grande Sumo Sacerdote está a fazer expiação por nós,
devemos procurar tornar-nos perfeitos em Cristo. Nem mesmo por um pensamento
poderia nosso Salvador ser levado a ceder ao poder da tentação. Satanás encontra nos
corações humanos algum ponto em que pode obter apoio; algum desejo pecaminoso é
acariciado, por meio do qual suas tentações asseguram a sua força. Mas Cristo declarou de Si
mesmo: "Aproxima-se o príncipe deste mundo, e nada tem em Mim." João 14:30. Satanás nada
pôde achar no Filho de Deus que o habilitasse a alcançar a vitória. Tinha guardado os
mandamentos de Seu Pai, e não havia nEle pecado que Satanás pudesse usar para a sua

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vantagem. Esta é a condição em que devem encontrar-se os que subsistirão no tempo de
angústia”. O Grande Conflito, p. 623. (Eventos Finais, p. 267).

Por tudo que já vimos “cuidado com os adiantamentos”.


“Agora é o tempo em que devemos confessar e abandonar nossos pecados, para que
eles nos antecedam no juízo e sejam apagados. Agora é o tempo de purificar-nos "de toda
imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus". II Cor.
7:1. É arriscado adiar esta obra”. MM 1968, Nos Lugares Celestiais, p. 348.

“Cuidado com os adiantamentos! Não deixeis para depois a decisão de abandonar


seus pecados e buscar a pureza de coração através de Jesus. É nesse ponto que milhares
têm errado, e se perderão para sempre. Não vou me demorar aqui sobre a brevidade e as
incertezas da vida. Mas há um perigo terrível – e não suficientemente compreendido – em adiar
o atender ao chamado do Espírito Santo, preferindo permanecer no pecado, pois é isso que
acontece quando esse adiantamento ocorre. O pecado, por menor que possa parecer,
implica em risco de perda da vida eterna. Aquilo que não vencermos acabará por nos
vencer, e causará nossa destruição”. Caminho a Cristo, p. 22

PARA CÂMARA DE ORAÇÃO!

“Todo pensamento pecaminoso tem de ser instantaneamente repelido. Para a câmara de


oração, seguidores de Cristo! Orai com fé e de todo o coração. Satanás está vigilante, para
enlaçar-vos os pés. Precisais ter socorro do alto, se quereis escapar de seus ardis”. Mente
Caráter e Personalidade p. 325
Nesse texto é importante destacar que a serva não menciona se o pensamento foi
acariciado ou não. Todo pensamento pecaminoso que surge em nós precisa ser repelido
instantaneamente. A exortação do Senhor é para que nesses momentos busquemos ajuda
Dele através da oração. Acredito que essa oração deve ser feita tendo em mente dois pedidos
importantíssimos. Pedido de perdão e também pedido de transformação ou purificação
para que esses pensamentos não se manifestem mais. Importante lembrar que isso somente
é possível enquanto ainda não está fechada a porta da graça. Possível enquanto Jesus ainda
estiver intercedendo por nós no santíssimo do santuário celestial. Como vimos um dia será
demasiado tarde para buscar perdão e transformação.

“Fechou-se a porta”
Na palavra de Deus encontramos a comprovação de que um dia será tarde demais para
se buscar a salvação.
“E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram
com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E depois chegaram também as outras virgens,
dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos.
E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque
não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir”. Mateus 25:10-13

“E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com
veste nupcial. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? E ele
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emudeceu. Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas
trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes. Porque muitos são chamados, mas
poucos, escolhidos”. Mateus 22:11-14

“Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E,
em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniquidade”. Mateus 7:22,23

“Naquele dia” já será tarde demais para buscar a veste para as bodas. “Fechou-se a porta”
de entrada para as bodas. Para aqueles que não buscaram o devido preparo para aquele dia só
resta ouvir pronunciado pelo Senhor, “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais
a iniquidade”.

Intenção de Satanás
É intenção de Satanás nos prender no pecado até que seja tarde demais para termos
perdão e purificação do nosso caráter. Temos que ter uma idéia muito clara e objetiva do
que seja pecado e como Deus deseja nos libertar dele para não cairmos nas ciladas do
inimigo das almas.

“O grande conflito entre Cristo e Satanás, que tem prosseguido durante quase seis mil anos,
logo deve terminar; e o maligno redobra seus esforços para frustrar a obra de Cristo em prol do
homem, e prender as almas em suas ciladas. Reter o povo em trevas e impenitência, até que
termine a mediação do Salvador e não mais haja sacrifício pelo pecado, é o objetivo que
ele procura realizar”. O Grande Conflito p. 512

“O grande conflito entre Cristo e Satanás logo será concluído, e o maligno tem duplicado
seus esforços para anular o que Cristo realiza pelos seres humanos. O objetivo dele é manter
as pessoas em trevas e sem arrependimento, até que termine a intercessão do Salvador”.
A Grande Esperança EGW p.26
Nós Adventistas do Sétimo Dia distribuímos milhares desse livro, A Grande
Esperança para pessoas não Adventistas. Levamos essa mensagem para muitos e é
curioso e triste ao mesmo tempo constatar que a maioria dos Adventistas não estão
atentos para o importante alerta do Senhor para nós sobre a intenção de Satanás. Será
bem melhor que os Adventistas além de levar mensagens para outros também leiam os
livros que estão distribuindo e estejam atentos para suas informações e alertas do Senhor
para nós.
“Vivemos hoje no grande dia da expiação. No cerimonial típico, enquanto o sumo
sacerdote fazia expiação por Israel, exigia-se de todos que afligissem a alma pelo
arrependimento do pecado e pela humilhação, perante o Senhor, para que não
acontecesse serem extirpados dentre o povo. De igual modo, todos quantos desejem seja
seu nome conservado no livro da vida, devem, agora, nos poucos dias de graça que
restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento
verdadeiro. Deve haver um exame de coração, profundo e fiel. O espírito leviano e frívolo,
alimentado por tantos cristãos professos, deve ser deixado. Há uma luta intensa diante
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de todos os que desejam subjugar as más tendências que lutam pelo predomínio”. O
Grande Conflito p. 490
“Se condescendemos com a zanga, a concupiscência, a cobiça, o ódio, o egoísmo ou
qualquer outro pecado, tornamo-nos servos do pecado. Ninguém pode servir a dois
senhores. Se servimos ao pecado, não podemos servir a Cristo”. Mensagens aos Jovens
p. 114
“Os que adiaram a preparação para o dia de Deus não podem fazer essa preparação
no tempo de angústia nem em qualquer período futuro”. Signs of the Times. 27 de
novembro de 1879. (O batismo do Espírito Santo p. 112)
“Todo cristão será assaltado pelas seduções do mundo, pelos clamores da natureza carnal
e pelas tentações diretas de Satanás. Ninguém está seguro. Não importa qual tenha sido nossa
experiência, não importa quão alta seja nossa posição, precisamos vigiar e orar continuamente.
Devemos ser controlados diariamente pelo Espírito de Deus ou somos controlados por
Satanás”. 5T 102 (Testemunhos Seletos vol. 2 p. 15)
“Não nos devemos sentar, esperando que nos sobrevenha, por maneira miraculosa, uma
mudança de caráter quando Jesus aparecer nas nuvens do céu com poder e grande
glória. Não, meus jovens amigos, somos destinados ao juízo, e a graça nos é assegurada aqui
nesta vida, a fim de formarmos caracteres para a vida futura, imortal. The Youth's Instructor, 24
de agosto de 1893”. Filhos e Filhas de Deus, pág. 9
O APELO DO SENHOR PARA NÓS

Que possamos pela graça de Deus buscar responder ao Seu apelo para nós.
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude,
e se há algum louvor, nisso pensai”. Filipenses 4:8
A palavra de Deus é muito clara aos nos revelar que o Senhor deseja que tenhamos a
mente completamente purificada, regenerada pelo nosso Senhor o Espírito Santo. Vamos
então irmãos, parar de abaixar a norma que o Senhor tem para nós, e buscar alcançar a
verdadeira norma, a verdadeira e completa libertação do pecado antes que seja tarde demais.
Que pela graça de Deus a intenção de Satanás não se cumpra em nossa vida!

“Quem não possui suficiente fé em Cristo para crer que Ele pode guardá-lo de pecar,
não tem a fé necessária para entrar no reino de Deus”. Ellen G. White, Review and Herald,
10 de março de 1904 (Lição da Escola Sabatina 3° Trim. 1995 lição 7 pág. 5)
Preparados Para a Volta de Jesus
Devemos estar atentos para a orientação do Senhor sobre o devido preparo para a volta de
Jesus. Vejamos nos textos bíblicos a seguir qual deve ser a norma a ser alcançada para estar
realmente preparado para a volta de Jesus.

“Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante
de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos.”1
Tessalonicenses 3:13

“Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados
e irrepreensíveis em paz.”2 Pedro 3:14

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“Portanto, amados, enquanto esperam estas coisas, empenhem-se para serem
encontrados por ele em paz, imaculados e inculpáveis”. 2 Pedro 3:14, NVI.

“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos


irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória,” Judas 1:24

“E o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo,
sejam conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
1Tessalonicenses 5:23
Que possamos então acreditar e permitir que a graça de Deus efetue essa plena
transformação em cada um de nós.
Que o nosso maravilhoso Deus seja sempre louvado!

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